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Bruxelas, 2 de Maio de 2001
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A Comissão continuará a acompanhar a situação do mercado e as suas
investigações relativamente aos custos e apresentará um quinto relatório no
segundo semestre de 2001. Entretanto, o Conselho dos Ministros da Indústria
europeus, que se reúne em Bruxelas em 14 e 15 de Maio, analisará o relatório da
Comissão.
A quota de mercado da indústria de construção naval da UE manteve-se estável em
2000, uma vez que as perdas em alguns segmentos do mercado foram
compensadas por novas encomendas de navios de cruzeiro. Metade do volume
produzido na Europa em 2000 refere-se a este tipo de navios, para os quais não há,
até ao momento, qualquer concorrência do Extremo Oriente. No entanto, só um
número limitado de estaleiros da UE produz navios de cruzeiro. A maioria dos
estaleiros de construção naval da UE continua a esforçar-se no sentido de concorrer
com os estaleiros asiáticos no que respeita aos navios mercantes tradicionais. Se se
incluírem os navios de cruzeiro, a quota de mercado da UE e Noruega é de cerca de
18%. Se se excluírem as encomendas de navios de cruzeiro dos valores totais, a
quota de mercado dos estaleiros da UE, em relação às novas encomendas, atingiu
agora um mínimo histórico inferior a 10%.
COM (2001) 219 final
Em 2000, os preços de novos navios parecem ter recuperado, em alguns
segmentos do mercado, dos níveis muito baixos registados após a crise asiática de
1997. Para se ter uma ideia mais precisa e uma confirmação destes
desenvolvimentos fez-se o acompanhamento dos preços praticados nos estaleiros
navais sul-coreanos, contrato a contrato. A análise mostra claramente que a
tendência ascendente dos preços verificada em finais de 2000 não se manteve, o
que leva à conclusão de que os níveis de preços gerais não recuperaram, de facto,
sendo ainda significativamente inferiores aos de antes da crise asiática de 1997.
Não há quaisquer indicações de que os construtores navais coreanos tenham
conseguido aumentar os níveis de preços a nível geral, conforme repetidamente
anunciado por fontes coreanas. Assim, a Comissão mantém a sua opinião de que
as significativas sobrecapacidades dos estaleiros navais sul-coeranos, combinadas
com uma necessidade contínua de gerar novas encomendas de forma a garantir um
FDVKIORZ suficiente, estão a impedir uma recuperação dos preços e do mercado em
geral.
Desde o último relatório da Comissão, procedeu-se a sete investigações mais
pormenorizadas dos custos de encomendas feitas a estaleiros coreanos. Em
nenhum caso se concluiu que qualquer dos contratos analisados tenha ficado com
um preço a um nível economicamente viável, ou seja, que cubra os custos
operacionais, os lucros e os reembolsos de dívidas. Calculadas desta forma, as
perdas relativas a estas encomendas agora investigadas são, em média, de 14%,
havendo elementos cada vez mais concludentes de que há na Coreia do Sul bancos
detidos pelo Estado ou controlados pelo Estado que foram utilizados para financiar
operações de construção naval inviáveis.
Para mais informações:
http://europa.eu.int/comm/enterprise/maritime/shipbuilding_market/index.htm
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Download

Relatório da Comissão sobre a construção naval mostra que a