Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl PDPL-RV Jornal da Produção de Leite / Ano XIX - Número 261 - Viçosa, MG - Janeiro de 2011 Com a palavra o técnico: Thiago Camacho Rodrigues - Engenheiro Agrônomo O levantamento dos plantios realizado na safra 2009/10 pelos produtores participantes do PDPL-RV resultou em uma área total de 581,5 hectares, distribuídos nas culturas de milho, sorgo, cana-de-açúcar, capim elefante e pastagens. O engenheiro agrônomo, Thiago Rodrigues, afirma que a maioria dos produtores começaram a plantar no início de outubro, sendo um ano marcado por muitas queimadas entre junho e setembro e com uma concentração de chuvas em novembro e dezembro, além de um veranico prolongado nos meses de janeiro e meados de fevereiro, o que favoreceu o aparecimento de pragas eventuais como cigarrinhas e lagartas desfolhadoras infestando diversas culturas. A concentração de chuvas durante o período de desenvolvimento vegetativo das culturas, além de dificultar um eficiente controle de plantas daninhas atrapalhou os tratos culturais, o que comprometeu o desempenho de algumas culturas, principalmente nos plantios realizados mais tarde. Em termos de produtividade de milho para silagem foi obtido uma Retrospectiva da safra 2009/10 média de 54,17 toneladas de matéria verde, devido a aplicação de tecnologias como: 60% de plantio direto (cultivo mínimo), 50% de utilização de híbridos transgênicos, 100% de recomendações de calagem e adubações, monitoramento e controle de pragas e doenças. Este ano estão sendo recomendadas e realizadas algumas práticas agronômicas como rotações de culturas, com milheto, sorgo, feijão, aveia e braquiária, para realização de plantio direto em sua plenitude. O agrônomo Thiago também garante que: “Uma das mais importantes tecnologias que o produtor possui é a tomada de decisão com relação ao momento adequado do plantio, daí a importância de se realizar um planejamento de plantio com compra estratégica de insumos e manutenção correta dos equipamentos.” Para contribuir com o treinamento dos estudantes e obter uma melhor qualidade da silagem produzida no Culturas implantadas na safra e safrinha 2009/10 PDPL-RV, foram adquiridos recentemente alguns equipamentos de campo importantes. Como Penn State que é uma ferramenta utilizada para determinar quantitativamente os tamanhos das partículas das forrageiras e verificar a distribuição dos tamanhos das partículas durante o processo de ensilagem, e um determinador de matéria seca no campo, chamado Koster, que ajuda a definir o momento de colheita no ponto certo. Agrônomo Thiago Camacho utiliza o clorofilog Além disso também foi adquirido um medidor eletrônico de clorofila (clorofilog) que é um equipamento que permite identificar o estado nutricional das lavouras em relação ao nitrogênio e corrigir as deficiências de forma rápida. Agora o importante é planejar o plantio da próxima safra, pois como diz o ditado: “Para ser um bom pecuarista é necessário ser um ótimo agricultor”. Koster, determinador de matéria seca no campo A melhor maneira para se proceder nos casos de Freemartin Ramon Campos Faria Estudante de Med. Veterinária Freemartin é o termo usado para descrever as fêmeas estéreis nascidas gêmeas de um macho. Isto porque no início da gestação (30 a 50 dias) ocorre uma fusão dos vasos que nutrem os fetos denominados Anastomose vascular que expõe os fetos a um mesmo “ambiente” hormonal. Como esta anastomose quase sempre leva à esterilidade da fêmea nos gêmeos de sexos diferentes, cerca de 95% de todas as bezerras que são gêmeas de um macho são freemartins. Os principais efeitos do freemartinismo são verificados nas gônadas (órgãos precursores dos ovários ou testículos) e no trato reprodutivo. Inicialmente, as gônadas femininas parecem se desenvolver normalmente e a partir dos 60 dias de gestação o Visita fora de época desenvolvimento é “masculinizado” numa proporção que varia de fêmea para fêmea. As genitálias externas de freemartin normalmente são como as de fêmeas normais, exceto quanto ao clitóris, que frequentemente está aumentado e algumas vezes um excesso de pêlos na base da vulva que também pode estar presente. Internamente, há uma tendência à um subdesenvolvimento do útero, cérvix, vagina e o desenvolvimento de glândulas exclusivas dos machos. Dependendo do grau de alteração do desenvolvimento, o trato reprodutivo interno varia de mais ou menos feminino a mais ou menos masculino. A Anastomose vascular entre gêmeos de sexos distintos tem pouco ou nenhum efeito sobre estrutura da gônada e do trato reprodutivo dos machos; sua estrutura é normal. Dicas do Zootecnista: Diferimento de pastagens p.2 Há, entretanto, um efeito sobre a capacidade reprodutiva, com diminuição da mobilidade e da concentração dos espermatozóides, ou seja, a fertilidade desse macho fica prejudicada. Muitas vezes o produtor pode ficar na dúvida. Além da observação das características externas já citadas pode-se realizar o “teste da caneta”, que consiste em introduzir um objeto cilíndrico, com diâmetro de uma caneta e 15cm de comprimento, na vulva da bezerra. Em fêmeas normais a vagina tem de 12 a 17cm. Em uma fêmea freemartin, geralmente não se consegue introduzir o objeto por mais de 9 cm e mesmo que isso aconteça, não é garantia de que esta fêmea irá reproduzir normalmente. No caso do Produtor Renato Santana, de Porto Firme, onde recentemente ocorreu um parto gemelar de bezerros de sexos diferentes, o custo Momento do produtor: Célio de Oliveira Coelho p.2 p.3 de criar e recriar uma novilha nessas condições até ela entrar na idade reprodutiva pode ser equiparado ao pagamento de 2 a 3 meses de salários de um funcionário na propriedade, pois no último cálculo de custo de produção de suas novilhas, a estimativa foi por volta de R$1.500,00. Assim sendo, mesmo se após os testes permanecer a indecisão, devido à grande probabilidade de ser estéril, por volta de 95%, a recria de fêmeas provenientes de um parto gemelar com um macho torna-se economicamente inviável quando o objetivo é a reposição do rebanho. Dez passos para o sucesso no controle de carrapato dos bovinos Qualidade do leite: Mastite em novilhas - um problema que pode ser evitado p.4 p.4 Visita fora de época Bruno Eduardo Estudante de Agronomia UNIFENAS Leonardo Assis Duarte Estudante de Agronomia A lagarta Pseudaletia sequax ocorre através da postura de mariposas, conhecida como lagarta do trigo, tem como hábito se alimentar de folhas de várias culturas tais como pastagens, milho e canavial. Apresentam hábitos de alimentação noturna e nas horas mais quentes do dia se abrigam junto a base da planta. A infestação dessa praga eventual ocorre principalmente em anos com muita chuva concentrada no início do período chuvoso, o que dificulta um bom controle de plantas daninhas que servem como habitat de soJornal da Produção de Leite Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa Publicação editada sob a responsabilidade do Coordenador do PDPL-RV: Prof. Sebastião Teixeira Gomes Jornalista Responsável: José Paulo Martins (MG-02333-JP) Redação: Christiano Nascif Zootecnista Marcus Vinícius C. Moreira Médico Veterinário André Navarro Médico Veterinário Thiago Camacho Rodrigues Engenheiro Agrônomo Diagramação e coordenação gráfica: Camila Caetano Impressão: Suprema Gráfica e Editora (32) 3551 2546 brevivência da espécie e consequente migração para cultura principal. Em meados de janeiro deste ano foram observados o ataque da lagarta em lavouras de milho, pastagens e em canaviais, que é uma época atípica ao ataque da lagarta devido ao estágio de desenvolvimento avançado em que as lavouras se encontram. Com esse comportamento anormal, foi observado em propriedades assistidas pelo PDPL-RV e em outras regiões do Brasil o ataque voraz da lagarta com perdas significativas principalmente nas lavouras de milho. Mesmo fora do tempo ideal de colheita, grão farináceo a duro, a solução encontrada na região foi antecipar a ensilagem para minimizar os danos causados por essa praga, em função da dificuldade de controle que deveria ter feito com pulverização aérea. Uma das formas de controle preventivo é a aplicação dos tratos culturais adequados, tais como o monitoramento nas lavouras, escolha de um material transgênico adequado, uma boa adubação, manejo adequado do controle da praga e principalmente no controle de plantas invasoras, seja ele mecânico ou químico, desde que traga resultado e viabilidade, evitando assim a infestação por toda a área. Portanto, seguindo corretamente as recomendações agronômicas resulta em uma lavoura com alto rendimento nutricional, uma silagem de excelente qualidade (lembrando que os cuidados na hora de ensilagem devem ser mantidos, como ponto de colheita, equipamentos, compactação, etc) e consequentemente benefí- Dicas do Zootecnista: Diferimento de pastagens Érico Rodrigues de Araújo Estudante de Zootecnia A técnica do diferimento de pastagens tem baixa necessidade de investimentos e permite evitar a perda de peso dos animais no período da seca. A estacionalidade na produção forrageira é um fenômeno observado em todo o Brasil. Ela é decorrente de alterações nas condições climáticas e causa uma variação acentuada no ganho de peso e produção de leite. Em sistemas onde não se contorna este fenômeno, observa-se que a lotação das pastagens sofre elevada redução, já que a oferta de forragem é restrita. Nestas condições, recomenda-se a aplicação de 40 a 60 kg/ha de nitrogênio, de preferência, na forma de nitrato de amônio, aplicado em cobertura, na data da vedação do pasto. Se não for possível utilizar nitrato de amônio, substituí-lo por sulfato de amônio. ATENÇÃO Uma das maneiras de obter sucesso com a técnica de diferimento está na elevada disponibilidade de forragem, que permite ao animal selecionar partes mais nutritivas do pasto, resultando em níveis mais elevados de desempenho. Entretanto, a seletividade decresce com o decorrer do tempo e os componentes de menor valor nutricional passam a ser mais consumidos, tornando imprescindível a suplementação com proteinado. Outra maneira de obter sucesso com o pastejo diferido é a escolha da espécie forrageira a ser utilizada. Busca-se uma melhor associação entre produção de forragem e valor nutritivo da planta. Deste modo, espécies como as Brachiarias e Cynodons (Tifton, coast-cross, grama estrela), que possuem menor relação haste/folha, com hastes menos espessas e volumosas, são preferidas em relação a espécies cespitosas e eretas como Mombaça e Tanzânia. Estas características confe- QUANDO FAZER O diferimento de pastagens implica em submeter a planta forrageira a um período de crescimento, e posteriormente ser oferecida aos animais. Na região de Viçosa são nos meses de fevereiro e março que se encontram condições climáticas favoráveis para o início da vedação das pastagens. Após o intervalo de vedação de 3 a 4 meses os pastos já podem ser utilizados. ONDE FAZER A vedação, preferencialmente, deve ser feita em pastagens bem formadas e produtivas, como é o caso de pastos formados em áreas férteis ou recém recuperadas. Tifton Braquiárias Endereço do PDPL-RV: Ed. Arthur Bernardes-Subsolo/ Campus da UFV Cep: 36570-000 Viçosa - MG Telefax: (31) 3899 5250 E-mail: [email protected] www.pdpl.ufv.br Twitter: @PDPLRV 2 cios para a produção de leite e rentabilidade da atividade, maximizando assim os lucros na propriedade. Pastagem de Braquiária rem perda menos acentuada do valor nutritivo da pastagem. Isto não quer dizer que plantas de hábito ereto ou cespitoso não possam ser utilizadas no diferimento, mas significa que, se houver a opção, as prostradas devem ser preferidas. RESULTADOS ESPERADOS No início do uso dos pastos diferidos nos primeiros 60 a 90 dias de ocupação, as categorias de cria e recria são capazes de manter seu peso e até mesmo ganhar 100 a 300 g/cab por dia. Isto ocorre com o emprego de uma baixa taxa de lotação (inferior a 1,2 a 1,5 UA/ha), assegurando alta disponibilidade de forragem. Momento do Produtor: Célio de Oliveira Coelho Leonardo Assis Duarte Estudante de Agronomia Abril de 2003, o produtor Célio de Oliveira Coelho adquire o Sítio da Onça situado no município de Porto Firme e iniciou a atividade leiteira por volta de 2006. Antes disto, durante 30 anos, Célio Coelho havia sido proprietário de uma empresa de prestação de serviços para eventos em São Paulo. Após três anos Célio Coelho percebe que é necessário investir em uma produção mais eficiente, neste sentido, o proprietário buscou parcerias de suporte técnico-administrativas, e desde agosto de 2009, passou a fazer parte do quadro de produtores de leite, participantes do PDPL-RV. Atualmente a propriedade possui um rebanho de 34 animais de grau de sangue médio de 7/8 HZ, com 15 vacas em lactação com a média de 15litros/dia, 4 vacas secas, 7 novilhas em reprodução, 7 novilhas em recria, 1 bezerra e 1 boi holandês PO de repasse. Contando com uma área de 25,45 hectares utilizados para pecuária leiteira, dos quais 1 ha plantado com cana-de-açúcar, 0,17 ha com capim elefante, 2,42 ha com milho silagem, 15 ha com pastagem formada de braquiária decumbens, e 6,86 ha para benfeitorias e área de preservação permanente (APP) . A alimentação das vacas em lactação compreende silagem de milho e cana-de-açúcar corrigida no período de seca, e na época das águas basicamente pasto, porém as vacas em lactação recebem uma complementação com capim elefante picado, disponibilizado no intervalo entre as duas ordenhas. A dieta é sempre fechada com o concentrado 24% PB produzido na propriedade. A fase de cria é bem conduzida, em abrigos coletivos que permitem que os animais se movimentem por uma determinada área. Os animais recebem 4 litros leite/ dia, sendo que nas primeiras 6 horas de vida o colostro e a cura do umbigo são indispensáveis. Após os 30 dias a bezerra recebe sucedâneo e leite de vaca na proporção de 50% cada, até o desmame aos 90 dias, onde em média a bezerra está consumindo 800g de concentrado/dia. Desde os 15 dias de vida é disponibilizado concentrado à vontade. Após seguir o calendário sanitário e as atividades rotineiras como mochação e identificação, esta fase chega ao final com um ganho ponderal de 0,750 kg/dia. A fase de recria é dividida em lotes homogêneos e tem o pastejo em braquiária como fonte de volumoso durante o período chuvoso, e cana-de-açúcar corrigida no período da seca. A porção de concentrado é de 1 kg de concentrado/animal/dia com 18% de PB e sal mineral no cocho. Adotando este manejo, atualmente a idade ao primeiro parto é de 28 meses, o que permite um retorno mais rápido do capital investido nas bezerras. A meta para os próximos anos é chegar próximo aos 24 meses. O sistema de ordenha é mecânico do tipo balde ao pé, sendo realizado 2 vezes ao dia. De acordo com orientações dos técnicos do PDPL-RV e o objetivo do produtor, tem-se conseguido bons resultados na área de qualidade do leite, com índices de UFC= 20mil/ ml, graças às atividades rotineiras de higiene como a lavagem correta da ordenha. Esse índice está bem abaixo do permitido pela IN-51 atual que é de 750mil/ml, e abaixo do que é previsto para julho/2011 de 100mil/ml. Além disso, o produtor utiliza a inseminação artificial com touro holandês PO, mas para o grau de sangue acima de 15/16 HZ é usado touros Jersey, já que utiliza o pasto como suplementação volumosa na época das águas, e objetiva melhorar a composição do leite. Com o melhoramento genético do rebanho o produtor já prepara para a reforma do curral aumentando a divisão de lotes, sendo que animais de maior produção receberão volumosos de melhor qualidade, para sistematizar ainda mais a atividade. Este ano o produtor implementou duas técnicas para melhorar a eficácia da atividade, uma é o congelamento do colostro para caso de emergência, e a outra foi a implantação de 1,5 ha de sorgo logo após a retirada do milho, com intuito de deixar como palhada para melhorar a qualidade do solo, isto faz com que a área destinada para a silagem não fique ociosa, otimizando melhor as áreas da propriedade. De acordo com os resultados apresentados as perspectivas são boas, já que o potencial da propriedade é muito bom e o produtor se encontra muito satisfeito com a atividade, logo é possível notar que o progresso e solidez serão alcançados, devido à dedicação e vontade do Sr. Célio Coelho e uma assistência técnica gerencial especializada com estagiários e técnicos competentes do PDPL-RV. Produtor junto ao lote de vacas Indicadores técnicos Antes do Atual Meta Litros/dia 140 225 350 Vacas lactação/total de vacas % 76 78 80 Vacas em lactação/rebanho % 40 44 45 Produção/vaca em lactação L/cabeça 10,7 15 17 Idade ao primeiro parto Meses 36 28 25 Produção/homem/dia L/dh 70 112,5 175 L/ha/ano 2689 4802 6723 Indicador Unid. Produção média de leite Produtividade/área pecuária PDPL-RV 2011 2012 Lote de novilhas em recria Cria de bezerras Momento da ordenha Silo trincheira de milho Vacas em lactação recebendo suplementação volumosa 3 RECEITA Arroz doce de chocolate Ingredientes: - 600 ml de leite - 100 g de açúcar - 200 g de chocolate meio amargo picado - 300 g de arroz cozido e lavado em água corrente - 2 colheres (sobremesa) de licor de laranja - raspas de 1 laranja - 2 maças verdes descascadas e picadas - 30 g de manteiga gelada Modo de preparo: As 10 Maiores produções do mês de dezembro de 2010 Produtor Produção Produtor Município Produtividade Produtividade por vacas em por vaca total lactação 123.950 1 Antônio Maria da Silva Cajuri 27,96 23,52 Coimbra 69.019 2 José Afonso Frederico Coimbra 20,24 17,13 3 Davi Carvalho Senador Firmino 40.128 3 João Bosco Diogo 17,41 14,34 4 Hermann Muller Visc. do Rio Branco 36.442 4 Ozanan Luiz Moreira 17,91 13,43 5 Marco Túlio Kfouri Oratórios 35.316 5 Sérgio H.V. Maciel Coimbra 18,34 13,21 6 Paulo Frederico Araponga 31.000 6 Célio Coelho Porto Firme 15,47 12,22 7 Cristiano José da Silva Lana Piranga 25.947 7 Antônio Carlos Reis Piranga 13,47 11,98 8 Danilo de Castro Ervália 25.670 8 Áureo de Alcântara Guaraciaba 9 José Renato Araújo Piranga 24.928 9 Marco Túlio Kfouri Oratórios 13,40 11,06 Coimbra 13,68 10,99 1 Antônio Maria da Silva Cajuri 2 José Afonso Frederico 10 Paulo Martiniano Coimbra 22.476 10 Paulo Martiniano Porto Firme Ubá 13,13 11,85 Dez passos para o sucesso no controle de carrapato dos bovinos 1º: Numa panela, em fogo médio, coloque o leite e o açúcar e deixe ferver; 2º: Assim que ferver adicione o chocolate meio amargo picado e mexa até que o chocolate derreta. Junte 300 g de arroz (já cozido e lavado em água corrente) e cozinhe por +/15 minutos. 3º: Acrescente 2 colheres (sobremesa) de licor de laranja, raspas de 1 laranja e 2 maçãs verdes cortadas em cubos. Mexa novamente. 4º: Junte batendo vigorosamente a manteiga gelada para dar brilho. Sirva quente com sorvete de sua preferência ou frio. 1: Use a arma adequada: Cada propriedade deve ter seu teste de sensibilidade dos carrapatos aos carrapaticidas, que é feito gratuitamente pela Embrapa Gado de Leite. Dica: se quiser variar o doce acrescente a castanha do Brasil picada e substitua as raspas de laranja por raspas de limão. 3: Obedeça às regras: A bula do produto deve ser lida para seguir as recomendações do fabricante, principalmente quanto à homogeneização, dosagem, período de descarte do leite e permissão para uso em vacas em lactação. Fonte: http://www.nestle.com.br/ site/cozinha/receitas Município As 10 Maiores produtividades do mês de dezembro de 2010 2: Combata o inimigo quando ele estiver em menor número: Nos meses de menores infestações, mais quentes ou mais secos, dê cinco ou seis banhos estratégicos, um a cada 21 dias. 4: Proteja-se: No preparo e aplicação do produto utilize máscaras, luvas e vestuário adequados e banhe os animais a favor do vento, para evitar danos à saúde. 5: Dê o tiro certo: O banho deve ser dado com o animal contido, no sentido contrário ao dos pêlos, com pressão adequada e em toda a superfície do corpo, incluído cara, orelhas e entre pernas. Evite dias de chuva e horários de sol forte. Em caso de tratamento pour on (na linha do dorso), avalie o peso de cada animal para aplicação da quantidade correta do produto, de acordo com as recomendações da bula. 6: Use a tática dos “animais aspiradores”: os animais recém- tra tados devem retornar às pastagens infestadas para que funcionem como “aspiradores” dos carrapatos que estão à espera do hospedeiro. Os carrapatos que subirem nos animais serão mortos quando entrarem em contato com o produto. Os que conseguirem sobreviver serão combatidos no próximo banho. 7: Cuide melhor dos animais de “sangue doce”: Os bovinos mais infestados, conhecidos como animais de “sangue doce”, que são as “fábricas” de carrapatos do rebanho, devem ser identificados e tratados com mais frequência. 8: Avalie o desempenho de sua arma: O teste de sensibilidade dos carrapatos aos carrapaticidas deve ser repetido anualmente. Troque o carrapaticida por outro de mecanismo de ação diferente, no máximo a cada dois anos, de acordo com os resultados do novo teste. 9: Tenha cuidado com os animais que vem de fora: os animais recém-adquiridos devem ser banhados de preferência no local de origem e mantidos isolados por 30 dias antes de sua incorporação ao rebanho. 10: Evite infestações mistas: Equinos e bovinos devem ser mantidos em pastos separados, pois os bovinos também podem ser infestados pelos carrapatos-de-cavalos (“carrapato-estrela”), cujo controle é diferente. Fonte: Calendário Itambé/Embrapa Qualidade do Leite: Mastite em novilhas – um problema que pode ser evitado Rodrigo Rossini Buso Estudante de Med. Veterinária Independentemente da propriedade e do sistema de criação adotado, a fase de cria e recria dos animais jovens requer atenção especial, pois estes animais representam o futuro do rebanho. Os objetivos nesta fase são de fornecer melhores condições para que as novilhas possam expressar o máximo do seu potencial de produção, com o menor custo possível, tendo as infecções intramamárias em novilhas como um dos principais constituintes de risco a expressão deste potencial. Neste contexto, a mastite é responsável pelo desenvolvimento incompleto da glândula mamária durante a gestação ou perda total do quarto, aumento da CCS pós parto e, consequentemente, redução do potencial de produção de leite das primíparas, podendo-se estimar que um quarto afetado produz cerca de 18% menos de leite quando comparado com um quarto sadio. Dentre as principais fontes de infecção e mecanismos de contágio, pode-se apontar que os principais são: 1- Bactérias oportunistas que colonizam a pele do teto e podem adentrar a glândula mamária; 2- Ambiente sujo e contaminado que pode ser fonte de infecção por agentes ambientais; 3- Moscas, em especial as moscas picadoras-sugadoras, que causam pequenos ferimentos na superfície do teto podendo haver o desenvolvimento dos patógenos. As moscas também podem funcionar como vetores mecânicos; 4- Uso de leite mastítico de descarte na alimentação das bezerras, pois é comum o hábito das bezerras mamarem umas nas outras, facilitando o acesso de patógenos ao canal do teto; O tratamento no caso de mastite em novilhas requer acompanhamento do médico veterinário responsável, e pode ser tanto preventivo como curativo. Como preventivo destaca-se: 1- Uso de antimicrobiano intramamário antes do parto, podendo ser feito de duas maneiras, aplicando antimicrobianos específicos para vacas secas 60 dias antes do parto ou para vaca em lactação 7 dias antes do parto; 2- Uso de vacinas para mastite podem ser eficazes no controle da doença em novilhas; 3- O combate a moscas com o uso de produtos químicos e a higienização do ambiente tem gerado resultados positivos na prevenção das mastites em novilhas; ção da carga bacteriana na extremidade dos tetos e a redução da taxa de novas infecções. A prevenção dos casos de mastite é importante para evitar a perda do potencial de produção do animal e de seu valor comercial, diminuindo as perdas econômicas, além de manter o rebanho com melhor sanidade. 4- Manter o local de criação e manejo sempre limpo, seco, com acesso a luz solar, evitando superlotações. Os métodos conhecidos de prevenção da mastite são mais associados a vacas adultas em lactação, e não as novilhas. O ponto crítico para o controle de mastite nos animais jovens é a redu- 4