Mensagem do
Presidente da SBHCI
Estimados colegas:
Guarujá, “pérola do Atlântico”, paraíso do litoral sul do estado de São Paulo. Em 1976 acontecia ali o
pri­­meiro congresso da SBHCI – Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Invasiva. Dava-se
então um primeiro grande passo em busca da consolidação de uma entidade que se tornaria cada vez mais
forte e respeitada. Uma tradição começava a se construir, reiterando-se, ano após ano, o compromisso
então assumido, de representar o avanço sustentado de nossa área de atuação, promovendo e difundindo
as incessantes e progressivas inovações do conhecimento científico.
Salvador, primeira capital do país, com sua história, sua arquitetura, sua mística, sua música e sua cozinha,
berço de nossa primeira escola médica, a Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, fundada em 18
de fevereiro de 1808, palco de atuação de Anna Justina Ferreira Nery, pioneira brasileira da enfermagem.
Neste ano 2012, a Salvador da Bahia de Todos os Santos delineia o cenário do nosso XXXIV Congresso,
da SBHCI 2012. O estado da Bahia, cuja cardiologia sempre teve grande destaque, com hospitais bem
equipados e profissionais de renome, está preparado para ser o centro das atenções, como anfiteatro da
cardiologia intervencionista nacional.
A comissão organizadora do congresso não mediu esforços para assegurar o maior sucesso ao conclave,
da escolha das funcionais e confortáveis instalações do Centro de Convenções da Bahia, até, sobretudo, a
seleção de uma plêiade de especialistas do mais alto nível. A programação científica, de grande densidade
e intensidade, revela o melhor da cardiologia intervencionista, com palestras, mesas-redondas, casos ao vivo
nacionais e internacionais, além de, especificamente, exposições de temas livres nas formas oral e pôster.
O êxito dos nossos eventos anuais pode ser aquilatado, entre outros fatores, exatamente pelo número
crescente de temas livres inscritos. Expressão inconteste do progresso da cardiologia intervencionista brasileira, esses trabalhos retratam a experiência acumulada dos associados e testemunham seu desejo de
intercambiarem valiosas experiências pessoais nesse grande fórum científico.
A SBHCI não pode fugir ao compromisso de fomentar e incentivar essa necessidade e essa ânsia de desenvolvimento. Por isso, já instituiu um programa de incentivo à pesquisa em cardiologia intervencionista
que contempla uma ampla gama de premiações destinadas aos melhores pesquisadores. Neste ano, amplia­
mos ainda mais as oportunidades nesse sentido, estabelecendo uma parceria com o prestigioso Brigham
and Women’s Hospital, de Boston, nos Estados Unidos, vinculado à Harvard Medical School. Trata-se do
Arie Research Fellowship, por meio do qual se concederá uma bolsa de estudos de dois anos, naquela
instituição, a um jovem pesquisador intervencionista.
Cumprimentamos a equipe coordenadora da avaliação, do julgamento e da apresentação dos temas livres,
que divulgam a experiência e a excelência da cardiologia intervencionista neste país, revelando grandes
talentos em nossa área de atuação, seja na atividade assistencial ou na realização de estudos científicos.
Este suplemento da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva consititui-se em importante documento, que
demonstra o envolvimento dos cardiologistas intervencionistas brasileiros na produção científica, apresen­
tando os resultados de seu trabalho em busca do contínuo aprimoramento pessoal e do estado da arte do
conhecimento da área.
Com nosso agradecimento, auguramos a todos um ótimo congresso.
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Marcelo Queiroga
Presidente da SBHCI
Mensagem do
Coordenador de Temas Livres
Prezados colegas:
É com imenso prazer que apresento este suplemento dos temas livres da programação científica do XXXIV Congresso da SBHCI 2012, que é o maior evento
da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, o nosso
congresso anual, realizado desta vez na histórica e calorosa cidade de Salvador.
Consciente de que é singularmente importante a participação e a valorização de
toda a comunidade da SBHCI, a diretoria envidou todos os esforços para sustentar e fortalecer a política de incentivo constante à pesquisa científica. Como
resultado, neste ano, tivemos a inscrição de um número recorde de temas livres,
num total de 284 trabalhos originais, abrangendo as áreas de intervenção em
doença cardiovascular adquirida, cardiopatias congênitas, doenças extracardíacas
e enfermagem. Destaque-se aqui o alto nível das contribuições, oriundas de todas
as regiões do país e também do exterior, assegurando à nossa especialidade a
vanguarda da produção científica no campo da cardiologia brasileira.
Desta vez, utilizamos com sucesso o já consagrado sistema de inscrição eletrônica
introduzido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Todas as contribuições
foram devidamente avaliadas e julgadas, de forma “cega”, por três colegas
inter­vencionistas. Dada a disponibilidade de espaço na grade científica da programação, mantivemos a média de aprovação dos anos anteriores, de cerca de
35%, equivalendo a 90 trabalhos originais.
As dez produções que receberam as maiores notas no julgamento eletrônico
foram selecionadas para exposição oral. Aqueles que concordarem em submeter
o artigo para publicação em nossa renomada Revista Brasileira de Cardiologia
Invasiva – RBCI, indexada na base de dados Lilacs (Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde), serão contemplados com o “Prêmio RBCI –
Julgamento Eletrônico”. Durante o evento, os demais temas livres não premiados
voltarão a ser avaliados por três jurados. Novamente, os dez primeiros colocados que aceitarem submeter o artigo à RBCI também serão agraciados com as
mencio­nadas premiações.
Finalizando, quero deixar registrado meu sincero agradecimento a toda a equipe
da SBHCI e aos colegas que participaram do processo de avaliação dos temas
livres inscritos na programação de nosso congresso. Estou certo de que teremos
um grandioso evento científico, que muito contribuirá para o desenvolvimento
da nossa especialidade e, por extensão, da cardiologia brasileira como um todo.
Um cordial abraço a todos!
Vinicius Daher Vaz
Coordenador de Temas Livres
5
Comissão Julgadora
dos Temas Livres
Coordenador: Vinicius Daher Vaz (GO)
Adrian Paulo Morales Kormann (SC)
Adriano Dias Dourado Oliveira (BA)
Alexandre do Canto Zago (RS)
Alexandre Schaan de Quadros (RS)
André Labrunie (PR)
Antônio Carlos de Camargo Carvalho (SP)
Antônio Carlos Neves Ferreira (MG)
Ari Mandil (MG)
Áurea Jacob Chaves (SP)
Bruno Moulin Machado (ES)
Carlos Augusto Cardoso Pedra (SP)
Carlos Augusto Formiga Áreas (MG)
César Augusto Esteves (SP)
César Rocha Medeiros (RJ)
Claudia Maria Rodrigues Alves (SP)
Décio Salvadori Jr. (SP)
Dimytri Alexandre de Alvim Siqueira (SP)
Eduardo José Pereira Ferreira (SE)
Eulógio Emílio Martinez Filho (SP)
Expedito Eustáquio Ribeiro da Silva (SP)
Fabrício Ribeiro Las Casas (GO)
Fausto Feres (SP)
Fernando Stucchi Devito (SP)
Francisco José Araujo Chamié Queiroz (RJ)
Frederico Augusto de Lima e Silva (CE)
Gilberto Lahorgue Nunes (RS)
Hélio José Castello Jr. (SP)
Hélio Roque Figueira (RJ)
Helman Campos Martins (PB)
Jamil Abdalla Saad (MG)
José Airton de Arruda (ES)
José Antônio Marin-Neto (SP)
José Augusto Marcondes de Souza (SP)
José Carlos Raimundo Brito (BA)
José Eduardo Moraes Rego Sousa (SP)
6
José Klauber Roger Carneiro (CE)
José Nogueira Paes Jr. (CE)
Júlio César Machado Andréa (RJ)
Leonardo Cogo Beck (DF)
Luiz Alberto Piva e Mattos (SP)
Luiz Antônio Ferreira Carvalho (RJ)
Luiz Antônio Gubolino (SP)
Luiz Carlos do Nascimento Simões (RJ)
Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes (PB)
Marcelo de Freitas Santos (PR)
Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP)
Marco Antônio de Vivo Barros (PB)
Marco Vugman Wainstein (RS)
Marcos Antônio Marino (MG)
Marcos Flávio Moelmann Ribeiro (SC)
Marden André Tebet (SP)
Maurício de Rezende Barbosa (MG)
Miguel Antônio Neves Ratti (RJ)
Newton Fernando Stadler de Souza Filho (PR)
Paulo Antônio Marra da Motta (DF)
Paulo Ricardo Avancini Caramori (RS)
Paulo Sérgio de Oliveira (RJ)
Pedro Beraldo de Andrade (SP)
Raimundo João Costa Furtado (MA)
Raul D'Aurea Mora Jr. (PR)
Renato Giestas Serpa (ES)
Ricardo César Cavalcanti (AL)
Rodolfo Staico (SP)
Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS)
Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR)
Samuel Silva da Silva (PR)
Santiago Raul Arrieta (PE)
Sérgio Luiz Navarro Braga (SP)
Wilson Albino Pimentel Filho (SP)
Prêmio RBCI:
Melhor Tema Livre
Julgamento Eletrônico 2012
Intervenção em Doenças
Cardiovasculares Adquiridas
Apresentação Oral
Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre • Julgamento Eletrônico 2012 • Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas • Apresentação Oral
01
Gene expression study of in-stent restenosis through
mRNA analysis of coronary atheromatous plaques –
GENESIS-R study
ALEXANDRE DO CANTO ZAGO; MARCO A A COSTA; ALCIDES JOSÉ ZAGO;
JULIANE S ROSSATO; BRUNO S MATTE; GERMÁN ITURRY-YAMAMOTO;
CRISTIANE S ROCHA; AILEEN HEALY; RUSSELL WALKER;
TAHARA SATOKO; DANIEL I SIMON
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL
e UH Hospitals Cleveland, BRASIL
Aims: This study sought to identify overexpressed genes in human de novo co­­
ro­nary plaques in relation to neointimal hyperplasia.
Methods: Forty de novo coronary atheromatous plaques were retrieved from
patients with symptomatic coronary artery disease through directional atherecto­
my prior to bare metal stent implantation. RNA profiling analysis of more than
22,000 genes was successfully performed in 28 of 40 samples by microarray
te­­­­­
chnique. All patients underwent intravascular ultrasound assessment at sixmon­­
th follow-up for stent volumetric analysis. The correlation between gene
expression of de novo coronary atheromatous plaque and in-stent neointimal
volume was evaluated. Pearson´s correlation and T Student test were used for
the statiscal analysis.
Results: Baseline and procedural main characteristics of the patients were: mean
age of 60.2 years-old, diabetes proportion of 35.7%, absolute late loss of 1.07 ±
0.75 mm, and mean intimal hyperplasia volume and percent intimal hyperplasia
volume (PIH) at follow-up of 2.8 ± 28.2 mm 3 and 29.9 ± 18.7%, respectively.
The degree of neointimal proliferation did not vary between patients with and
without diabetes (PIH: diabetics 29.5% versus 30.7%, p = 0.89). There was no
significant correlation between PIH and stent length (r = -0.26, p = 0.26) or stent
diameter (r = 0.14, p = 0.56). Several genes involved in atherosclerosis cas­­­cade
(6 genes), cell proliferation (9 genes) and smooth muscle cell (SMC) structure and
function (8 genes) showed a positive correlation with PIH.
Conclusion: The results of this study suggest that atherosclerotic plaques hold an
inherent predisposition to cell hyperproliferation and neointima formation that
predates stent implantation, being the overexpressed genes possible novel therapeutic targets.
8
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas
02
Evolução clínica tardia entre pacientes tratados
por intervenção coronária percutânea primária
pelo SUS e saúde suplementar:
Dados do Registro Multicêntrico ICP-BR
CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS; CESAR ROCHA MEDEIROS;
JOSE ANTONIO MARIN NETO; CARISI ANNE POLANCZYK;
ANTONIO LUIZ PINHO RIBEIRO; FLAVIO ROBERTO AZEVEDO DE OLIVEIRA;
ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS;
MARCELO ANTONIO CARTAXO QUEIROGA LOPES; PEDRO ALVES LEMOS NETO
SBHCI, São Paulo, SP, BRASIL
Fundamentos: A intervenção coronária percutânea (ICP) primária é a terapia de
escolha para o infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnível do segmen­to
ST. No entanto, não existem dados comparando o impacto da cobertura assisten­cial
na evolução tardia dos pacientes submetidos a ICP primária.
Métodos: Registro constituído para a captação de dados de oito centros selecionados para inclusão de ICP consecutivas, sem critérios de exclusão. A presente análise incluiu pacientes admitidos para realização de ICP primária no
entre 2008 e 2011. Os indivíduos foram divididos de acordo com a cobertura
do sistema de saúde a que estavam sujeitos: Sistema Único de Saúde (SUS) ou
Saúde Su­­­plementar (SS). O objetivo primário foi a comparação da ocorrência
tardia de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM), composto por óbito, infarto
e re­­­­­vascularização do vaso alvo.
Resultados: Um total de 680 indivíduos foram incluídos nesta análise para com­­­
parar o tratamento pelo SUS (n = 362) e pelo SS (n = 318). A idade média foi
de 61,5 ± 12,9 anos, onde 26% tinham diagnóstico de diabetes e 38% tinham
diag­­­­­­nóstico de IAM de parede anterior. Após 1 ano a ocorrência de ECAM foi
semelhante entre o tratamento pelo SUS (85,2%) e SS (85,4%; P = 0,9), mesmo
após ajuste estatístico para as diferenças entre os grupos. Os preditores destes
eventos combinados foram Killip IV a admissão (OR 7,1 IC 95% 4-12,3), diabetes mellitus (OR 1,81 IC 95% 1,1-2,8), idade acima de 70 anos (OR 2,4 IC
95% 1,6-3,8) e clearance de creatinina menor que 40 ml/min (OR 3,35 IC 95%
1,8-6). A utilização de stents farmacológicos (OR 0,13 IC 0,01-0,9) e antecedente
familiar de coronariopatia (OR 0,5 IC 95% 0,3-0,8) tiveram influência benéfica
no risco de eventos adversos.
Conclusão: A despeito dos diferentes perfis clínicos entre os sistemas de saúde,
a evolução clínica tardia foi semelhante entre os grupos. Conhecidos preditores
de eventos foram validados nesta inédita séria multicêntrica nacional.
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Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre • Julgamento Eletrônico 2012 • Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas • Apresentação Oral
03
Sensibilidade à insulina está diretamente associada
a fluxo coronariano, massa infartada e mortalidade
após trombólise em pacientes não diabéticos
ANDREI CARVALHO SPOSITO; MATEUS DOS SANTOS VIANA;
OTÁVIO RIZZI COELHO FILHO; OTAVIO RIZZI COELHO
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, BRASIL e Hospital das
Clínicas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL
Introdução: A diminuição da sensibilidade à insulina (SI) pode proporcionar um
estado pro-trombótico e pró-inflamatório, caracterizados por uma fibrinólise
en­­dógena reduzida, ativação plaquetária aumentada e disfunção microvascular,
em pacientes diabéticos que sofrem infarto do miocárdio (IM). Além disso, a
insulina é capaz de inibir a atividade proteolítica de determinadas enzimas
reduzindo a extensão da massa infartada do tecido cardíaco. O impacto da SI
em indivíduos não diabéticos apresentando IM permanece desconhecida.
Métodos: Em uma coorte prospectiva, avaliamos 293 pacientes não-diabéticos
(média de idade 61 ± 8 anos) apresentando IM com supredesnivelamento do
segmento ST e tratados com tenecteplase. SI foi estimada utilizando o índice de
avaliação modelo homeostático (HOMA2S) dentro de 12 horas do início do IM.
Todas as causas de mortalidade foram documentadas durante os primeiros 30
dias. Em um subgrupo de pacientes, o fluxo sanguíneo coronariano foi estimado
por angiocoronariografia e a massa infartada foi avaliada usando ressonância
magnética cardíaca.
Resultados: Entre os pacientes com IM de parede anterior e HOMA2S abaixo
da mediana (50%), 37% tiveram fluxo TIMI 0 ou 1 e 63% fluxo TIMI 3. Em
con­­­­­­­­­traste, 30% apresentaram fluxo TIMI 2 e 70% fluxo TIMI 3 entre aqueles
com HOMA2S acima da mediana (p = 0,01). O tamanho do infarto foi maior
em pacientes com HOMA2S diminuído em comparação a pacientes com HOMA2S
elevado (20 ± 13 vs 16 ± 8 g, p = 0,009). Entre os pacientes que não apresen­
taram MI em parede anterior e com HOMA2S diminuído, foi encontrado fluxo
TIMI 0 (20%), 1 (20%) e 3 (60%), enquanto todos os pacientes com HOMA2S
elevado tinham fluxo TIMI 3 (p = 0,008). Pacientes com HOMA2S diminuído
apresentaram maior extensão de massa infartada do que pacientes com HOMA2S
elevado (16 ± 11 x 11 ± 7 g, p = 0,039). A mortalidade total de pacientes infartados durante os primeiros 30 dias foi significativamente maior em indivíduos
com HOMA2S diminuído (7,9% vs 2,5%, p = 0,032).
Conclusão: A SI está diretamente associada com o fluxo sanguíneo coronariano
após trombólise, com o tamanho da massa infartada e sobrevida em pacientes
não diabéticos com IM.
10
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas
04
Implante por cateter da bioprótese CoreValve com
e sem pré-dilatação: Dados do Registro Brasileiro
FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR; DIMYTRI ALEXANDRE DE ALVIM SIQUEIRA;
LUIZ ANTONIO FERREIRA CARVALHO; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE;
JOSE ARMANDO MANGIONE; PAULO RICARDO AVANCINI CARAMORI;
PEDRO ALVES LEMOS NETO; MARCO PERIN; ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID;
JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA; EBERHARD GRUBE
SBHCI, São Paulo, SP, BRASIL
Fundamentos: A valvoplastia por balão é uma etapa preparatória do implante por
cateter de prótese valvar aórtica. Entretanto, recentemente demonstrou-se que o
implante direto da prótese CoreValve é factível.
Objetivo: Avaliar os resultados do implante da prótese CoreValve com e sem
pré-dilatação.
Métodos: Compararam-se os resultados imediatos e de 30 dias do implante da
CoreValve com e sem pré-dilatação em pts do Registro Brasileiro de Implante
de Bioprótese Aórtica.
Resultados: De jan/2008 a fev/2012, 243 pts foram submetidos ao implante da
pró­­­tese CoreValve em 10 centros, sendo 79 (32,5%) sem e 164 (67,5%) com pré-di­­­
latação. Não houve diferença entre os grupos em relação à idade (81 ± 7 vs. 82
± 7 anos, p = 0,33), classe funcional III ou IV (83,5 vs. 84,1%, p = 0,9), EuroScore
logístico (22,2 ± 16,2 vs. 20,6 ± 13,6%, p = 0,45), STS (12,4 ± 8,8 vs. 15 ± 13,3%,
p = 0,071) e gradiente transvalvar médio (49,9 ± 15,9 vs. 53,7 ± 16,1 mmHg,
p = 0,083). A taxa de sucesso do implante foi semelhante com as 2 técnicas
(88,6 vs. 84,8%, p = 0,42), assim como a realização de pós-dilatação (32,9 vs.
34,7%, p = 0,77) e a presença de insuficiência aórtica moderada ou acentuada
ao final do procedimento (3,8 vs. 7,3%, p = 0,40). O gradiente transvalvar aórtico
médio foi menor no grupo sem pré-dilatação (8,9 ± 4,7 vs. 10,6 ± 5,9 mmHg,
p = 0,019). Aos 30 dias, não houve diferença em relação à mortalidade (15,2 vs.
9,1%, p = 0,16), infarto (2,5 vs. 0%, p = 0,105) e acidente vascular cerebral
(5,1 vs. 4,2%, p = 0,75). No grupo tratado sem pré-dilatação, o implante de
mar­­­­­capasso permanente (MP) foi menos frequente (15,9 vs. 29,6%, p = 0,037).
Conclusão: O implante da prótese CoreValve sem pré-dilatação é factível, com
taxa de sucesso e resultados clínicos semelhantes aos da técnica convencional.
No entanto, se associa a menor necessidade de MP, podendo se tornar a técnica
de implante dominante da prótese CoreValve.
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Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre • Julgamento Eletrônico 2012 • Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas • Apresentação Oral
05
Drug:excipient dose-finding of the first polymer-free
sirolimus eluting balloon: an optical coherence
tomography and histopathology study in
porcine coronary arteries
CELSO KIYOCHI TAKIMURA; MICHELI ZANOTTI GALON; PAULO SAMPAIO GUTIERREZ;
VERA DEMARCHI AIELLO; PRAKASH SOJITRA; MANISH DOSHI;
PEDRO ALVES LEMOS NETO
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Background: Magic Touch (Concept Medical, Inc.) is a polymer-free sirolimus
elu­­­­­­­­ting balloon with acute transfer of nanosized carriers in 45-60s exposure and
maximum retention of drug in tissue due to encapsulation.
Methods: 14 pigs with coronary implantation of BMS followed by 60 sec dilatation with balloon (Drug:Excipient ratio 1:0.25; 1:0.5; 1:1; 0:1 and POBA).
After 28 days the neointimal hyperplasia (NIH) were studied and compared by
optical coherence tomography (OCT) and histopathology.
Results: Table
1:0.25
1:0.5
1:1
0:1
POBA
p
NIHoct, %
32.2
28.1
17.3
28.6
37.9
0.03
NIHoct, mm²
0.27
0.24
0.15
0.27
0.31
0.03
NIHpathology, %
35.1
33.4
20.9
30.2
42.3
0.03
NIHthickness, mm
0.21
0.28
0.15
0.22
0.28
0.04
Inflammation
1
1
1
1
1
ns
Fibrin
1
1
1
0
0
ns
Schwartz score
1
1
1
1
1
ns
Gunn score
2
2
1.5
2
1.5
ns
Conclusions: There was a stepwise increase in efficacy for inhibition of NIH
pro­­­­­­­­­­­liferation as the concentration of excipient increased: the lowest efficacy was
seen with the 1:0.25 drug: excipient formulation and the most intense inhibition
was seen with the 1:1 drug: excipient formulation. The 1:1 drug: excipient for­­­­
mulation significantly reduced NIH proliferation in comparison to controls with
low inflammation and injury scores.
12
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas
06
Oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo para
prevenção de AVC em pacientes com fibrilação
atrial não-valvular: experiência de 100 casos
ENIO EDUARDO GUÉRIOS; STEFFEN GLOEKLER; MICHAEL SCHMID;
AHMED KHATTAB; PETER WENAWESER; STEPHAN WINDECKER; BERNHARD MEIER
Bern University Hospital Berna, SuIça e CONCEPT - Centro de Cardiop. Cong.
e Estruturais do Paraná, Curitiba, PR, BRASIL
Fundamentação: A oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo (OAAE) surgiu
como alternativa à anticoagulação oral (AO) para a prevenção do acidente vas­­
cular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial não-valvular (FANV) e
es­­­­­­core CHADS2 > 2.
Métodos: Cem pacientes consecutivos com FANV, contra-indicação à AO, escore
CHADS2 = 2,6 ± 1,3 e CHA2DS2-VASc = 3,7 ± 1,7 foram submetidos a OAAE
com implante de Amplatzer Cardiac Plug (ACP). Realizou-se seguimento clínico
e ecocardiográfico no mínimo 4 meses após o implante.
Resultados: Todos os implantes foram guiados apenas por angiografia. Em 66%
dos casos, o acesso ao átrio esquerdo foi feito por punção trans-septal; nos casos restantes, um forâmen oval patente (FOP) ou uma comunicação interatrial
(CIA) foram ultrapassados e ocluídos no final da intervenção. O sucesso do
pro­­­­cedimento foi de 98% (um insucesso por tamponamento cardíaco e um por
embolização da prótese,com suspensão da OAAE em ambos os casos), e os ACPs
implantados mediram 22,7 ± 3,9 mm (16-30 mm). Dois pacientes receberam o
implante de 2 próteses cada. Houve 5 complicações maiores (o tamponamen­
to e a embolização já referidos, 2 AVCs transitórios e uma embolização com
re­­­­­­­­­
tirada percutânea da prótese seguida do implante de um segundo ACP) e
três menores (dois derrames pericárdicos sem tamponamento e uma pequena
CIA evidenciada no seguimento). Houve 1 óbito hospitalar após 6 dias, não
relacionado à intervenção. Todos os outros pacientes receberam alta sem AO.
Após seguimento de 27,7 pacientes-ano (73 pacientes) não houve AVCs nem
embolizações tardias de próteses. O AAE estava completamente ocluído em 97%
dos casos. Seis pacientes apresentaram evidência de trombo sobre a prótese,
que desapareceram após reinstituição de AO por 3 meses.
Conclusões: OAAE com implante do ACP se associa a um alto índice de suces­so,
um índice aceitável de complicações e resultados promissores a médio prazo,
podendo ser considerada uma alternativa válida à OA na prevenção do AVC
em pacientes com FANV.
13
Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre • Julgamento Eletrônico 2012 • Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas • Apresentação Oral
07
Determinantes do implante de marcapasso definitivo
após o tratamento percutâneo da estenose aórtica
MARCO AURELIO MAGALHAES; FERNANDO JOSÉ; SVEN HAUSEN;
JAN-MALTE SINNING; NIKOS WERNER; GEORG NICKENIG; EBERHARD GRUBE
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, São Paulo, SP, BRASIL
e Hospital Universitário de Bonn, Bonn
Fundamentos: O tratamento percutâneo da estenose aórtica sintomática consa­­­­
grou-se como modalidade terapêutica para os pacientes de alto risco. Entretanto,
a incidência dos distúrbios de condução átrio/inter-ventriculares (DCAI) e a
ne­­­ces­­­­sidade de implante de marcapasso definitivo são elevadas e consideradas
li­­­­­­­­­­mitações do método. Os fatores determinantes permanecem pouco estabelecidos.
Objetivos: Avaliar os fatores preditores da necessidade de marcapasso definitivo
após o implante de valva aórtica transcateter (IVAT) - CoreValve™.
Método: Analisaram-se 206 pacientes consecutivos de alto risco portadores de
estenose aórtica sintomática. 10 pacientes foram excluídos pelo implante prévio de marcapasso/cardiodesfibrilador. Avaliaram-se a frequência e os tipos
de DCAI nesta população antes, durante e após o IVAT. O desfecho primário
foi a ocorrência de DCAI com a necessidade de marcapasso definitivo. Para
a regressão logística foram selecionadas variáveis clínicas, eletrocardiográficas,
ecocardiográficas e do procedimento, incluindo o posicionamento da prótese.
Resultados: Entre jan/08 e dez/09, 206 pacientes foram tratados com IVAT-Co­
reValve™. O acesso utilizado foi o transfemoral em 94,9% dos casos. A mé­­­dia
das idades foi de 82 ± 6 anos, sendo 61% do sexo masculino e 60% por­­­­­­­tadores de
doença arterial coronariana. A frequência de DCAI pré IAVT foi de 34%. Após
o IVAT, 39% dos pacientes (76/196) necessitaram de marcapasso de­­­finitivo. Os
fatores independentemente associados foram o bloqueio de ramo direito prévio
(Odds Ratio [OR] 4,6- intervalo de confiança [IC 95%]: 1,2-17,0) e a espessura
do septo interventricular (OR 1,9- IC 95%: 1,2-3,2).
Conclusões: Os distúrbios de condução átrio/interventriculares são frequentes
na população candidata ao IVAT. A presença de bloqueio de ramo direito e a
espessura do septo interventricular são determinantes independentemente asso­
ciados à necessidade de marcapasso definitivo pós IVAT.
14
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas
08
Stents farmacológicos liberadores de everolimus
Xience V no tratamento de pacientes com lesões
coronárias complexas na prática diária – resultados
do seguimento de 1 ano do registro brasileiro BRAVO
ERLON OLIVEIRA DE ABREU SILVA; RICARDO A. COSTA;
ANDREA CLAUDIA LEÃO DE SOUSA ABIZAID; MARCO PERIN;
RODRIGO DE FRANCO CARDOSO; MAURICIO LOPES PRUDENTE;
HELIO JOSE CASTELLO JUNIOR; JOSE ARMANDO MANGIONE;
LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS; ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID
Cardiovascular Research Center, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: O stent farmacológico (SF) liberador de everolimus Xience V (Abbott
Vascular, Santa Clara, Califórnia, EUA) tem demonstrada eficácia e segurança
sustentada no tratamento de pacientes selecionados com lesões coronárias. Contudo, o impacto do SF Xience V em populações da prática clínica com lesões
com­­­plexas ainda não está totalmente determinado.
Métodos: O Registro BRAVO foi um estudo prospectivo, não-randomizado, mul­­­­
ticêntrico, com 535 pacientes, que avaliou resultados clínicos tardios de pacientes minimamente selecionados tratados com o SF Xience V na prática diária
bra­­­
sileira. Eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) foram definidos como
morte cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM) e revascularização do vaso-al­­­­
vo (RVA), incluindo revascularização da lesão-alvo (RLA).
Resultados: Média das idades de 62,7 anos, 40% com diabetes, 24,9% com
IAM prévio e 49,6% com revascularização prévia. Cerca de 41,9% apresentaram-se com síndrome coronária aguda, 68,9% tinham lesões tipo B2/C, e 46,1%
trataram a artéria descendente anterior. Múltiplos stents foram implantados em
13,8% dos casos, e sucesso angiográfico foi >99%. As incidências cumulativas
de eventos na fase intra-hospitalar e em 1, 6 e 12 meses foram, respectivamente:
ECAM: 1.9, 2.4, 4.3 e 5.6%; Morte cardíaca: 0, 0.4, 1.1 e 1.3%; IAM: 1.9, 1.9,
2.2 e 3.0%; RLA/RVA: 0/0, 0.2/0.4, 0.9/1.3 e 2.2%/1.7%. Ocorreram 5 casos
de trombose de stent - pelos crtitérios ARC - até 1 ano, com taxa de evento de
0,93% (0,56% definitiva/provável).
Conclusão: Neste Registro multicêntrico nacional que incluiu pacientes e lesões
complexos, o SF Xience V mostrou excelentes resultados imediatos e efetividade
clínica e segurança sustentadas até o seguimento de 1 ano.
15
Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre • Julgamento Eletrônico 2012 • Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas • Apresentação Oral
09
Resultados imediatos e de 30 dias do Registro Brasileiro
de Implante de Bioprótese Aórtica por Cateter em
pacientes com estenose aórtica e alto risco cirúrgico
FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR; DIMYTRI A A SIQUEIRA; LUIZ A F CARVALHO;
ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; JOSE A MANGIONE; PAULO R A CARAMORI;
PEDRO ALVES LEMOS NETO; MARIA CRISTINA MEIRA FERREIRA;
EBERHARD GRUBE; J EDUARDO MORAES REGO SOUSA
Investigadores RIBAC / SBHCI, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: O implante por cateter de prótese valvar aórtica é uma nova modalidade de tratamento para portadores de estenose aórtica (EAo) inoperáveis ou
de alto risco cirúrgico. O Registro Brasileiro de Implante de Bioprótese Aórtica
por Cateter foi idealizado pela SBHCI para avaliar os resultados deste procedimento em nosso meio. Descrevemos os resultados imediatos e de 30 dias do
implante de bioprótese aórtica no Brasil.
Métodos: Registro multicêntrico, prospectivo e retrospectivo, com pts tratados
em centros com experiência > 3 casos. Os desfechos foram analisados conforme
VARC (Valve Academic Research Consortium).
Resultados: Entre jan/2008 e jan/2012, foram incluídos 231 pts em 10 centros
nacionais: 225 pts apresentavam EAo em valva nativa e 6 pts possuíam disfunção
de prótese biológica. A idade foi de 82 ± 7,5 anos, sendo 55,4% mulheres e
82,7% em classe III/IV (NYHA). As estimativas de mortalidade cirúrgica conforme
EUROscore logístico e STS foram de 20,4 ± 13% e 12,1 ± 8,4 %, respectivamente. A área valvar pré-implante era de 0,8 ± 0,65 cm2, e a FE de 58,5 ±
14,9%. As próteses auto-expansível Corevalve® e balão-expansível Sapien XT®
foram empregadas em 219 (94,8%) e 12 (5,2%) casos, respectivamente. Em 2
pts a prótese Corevalve® não pode ser implantada por complicação antes do
im­­­­plante. Os procedimentos foram realizados por punção femoral (45,9%) ou
por dissecção femoral ou subclávia (54,1%). Obteve-se sucesso do procedimento
em 87,1% dos pts, com significativa redução do gradiente médio (52,3 ± 16 p/
10 ± 6 mmHg, p < 0,001). Regurgitação moderada / severa foi observada em
10,8% dos casos. As complicações incluíram AVC em 3,5% e eventos vasculares
maiores em 5,6%; MP permanente foi requerido em 17% dos pts. A sobrevida
aos 30 dias foi de 91%, com 93,3% dos pts em classe I/II NYHA.
Conclusões: O registro reflete a experiência nacional com o novo procedimento,
que se mostrou seguro e eficaz, com expressiva melhora hemodinâmica e da
clas­­­se funcional e mortalidade inferior a estimada por escores cirúrgicos.
16
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas
10
Registro DESIRE: uma década de experiência
com stents farmacológicos
JOSE RIBAMAR COSTA JUNIOR; AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA;
RICARDO ALVES DA COSTA; ADRIANA MOREIRA; BRUNO PALMIERI BERNARDI;
MANUEL NICOLAS CANO; GALO MALDONADO; CANTÍDIO DE MOURA CAMPOS NETO;
RICARDO PAVANELLO; ENILTON SERGIO TABOSA DO EGITO;
JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA
HCOR, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A despeito de todo conhecimento adquirido nos últimos anos sobre
os stents farmacológicos, ainda há uma escassez de informação sobre o desempenho destes novos dispositivos no seguimento bastante tardio. No presente
estudo apresentamos o seguimento de 10 anos de uma coorte não-selecionada
de pacientes complexos tratados exclusivamente com stents farmacológicos.
Métodos: Estudo prospectivo, unicêntrico, incluindo todos os pacientes tratados
desde 2002, somente com stents farmacológicos, no Hospital do Coração. O obje­
tivo primário do estudo é definir preditores independentes de eventos cardíacos
maiores combinados (ECAM: óbito cardíaco, IAM não-fatal e RLA) e trombose.
Resultados: Um total de 4229 pacientes (7000 stents farmacológicos) foram incluídos. A média de idade da população é de 64 anos, sendo 31% diabéticos
e 40,8% portadores de síndrome coronária aguda. Lesões em enxertos venosos
e pacientes com IAM com supra de ST representam 5% e 3,4% respectivamente
da população incluída. Seguimento clínico foi obtido em 98,5% dos pacientes
(mediana 5,6 anos). Atualmente, 79,6% dos pacientes encontram-se livres de
ECAM. RLA ocorreu em 4,7% dos pacientes, enquanto IAM não fatal e trombose ocorreram em 1,7% e 2,2% dos pacientes. Preditores independentes de
ECAM foram tratamento de enxertos venosos (RR 1,63; IC 95%, 1,22 a 2,18,
p = 0,001), doença multiarterial (RR 1,39; IC 95%, 1,03 a 1,87, p < 0,001),
este­­­nose residual (RR 1.3; IC 95%, 1,1 a 1,5, p = 0,034), DM (RR 1,6; IC 95%,
1,1 a 2,2, p = 0,006) e insuf renal (RR 1,5; IC 95%, 1,34 a 1,81, p = 0,004).
Preditores de trombose foram: ICP em pacientes com IAM com supra de ST (RR
3.5; IC 95%, 1,3 a 9,4, p = 0,013), calcificação moderada/importante no sítio
da lesão (RR 2,38; IC 95%, 1,34 a 4,23, p = 0,003), comprimento do stent (RR
1,8; IC 95%, 1,09 a 3,02, p = 0,023) e estenose residual (RR 1,04; IC 95%,
1,01 a 1,06, p = 0,003).
Conclusões: No Registro DESIRE, o uso de stents farmacológicos associou-se a
taxas muito baixas de eventos adversos no muito longo prazo, demonstrando a
efetividade e segurança desta nova tecnologia.
17
Prêmio RBCI:
Melhor Tema Livre
Julgamento Eletrônico 2012
Intervenção em
Cardiopatias Congênitas
Apresentação Oral
Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre • Julgamento Eletrônico 2012 • Intervenção em Cardiopatias Congênitas • Apresentação Oral
11
Tratamento do PCA em crianças: estudo clínico
comparativo entre o método percutâneo e o cirúrgico
RODRIGO N COSTA; FABRICIO L PEREIRA; MARCELO S RIBEIRO;
SIMONE R F F PEDRA; VALMIR F. FONTES; PATRICIA M OLIVEIRA;
IEDA B JATENE; MARCELO B JATENE; CARLOS A C PEDRA
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio SP, BRASIL
Introdução: Nos últimos 10 anos o fechamento percutâneo (FP) do PCA
tornou-se uma alternativa atrativa ao tratamento cirúrgico (TC). Entretanto,
estudos comparando os dois métodos de tratamento são escassos.
Objetivo: Comparar os desfechos do FP e do TC em 2 séries de pacientes
(pts) com PCA tratados em um hospital de excelência.
Métodos: Estudo observacional prospectivo não randomizado de 2 coortes
de pts com PCA. Coleta de dados retrospectiva. O FP foi realizado com
próteses aprovadas pela ANVISA de 04/09-10/11. O TC foi realizado por
acesso lateral e ligadura do PCA no período de 01/07-10/11. Excluídos:
peso < 5 kg e idade > 14 anos. O estudo foi financiado pelo ministério
de saúde (MS) para avaliação do custo-efetividade do FP do PCA.
Resultados: 80 pts no grupo FP e 39 no TC,sem diferenças entre os
sexos e peso (16 ± 12 TC e 18 ± 11 kg FP). A idade o grupo de TC foi
menor (47 ± 44,6 e x 60 ± 47,6 meses). O tamanho do PCA ao eco foi
semelhante entre os grupos (FP 3,2 ± 1,1 x TC 3,8 ± 1,2 mm). Todos
com 100% sucesso e 0% mortalidade. A morbidade doTC foi maior que
do FP. Treze e 27 pts (33% x 0% e 69% x 0%) necessitaram transfusão
ou tiveram HAS pós TC. Quilotórax e pneumotórax (PNTX) ocorreram em
4 pts do TC (10%). Um pt do FP necessitou punção do PNTX durante
o procedimento. No FP, 4 pts necessitaram retirar o dispositivo (3 coils
e 1 NitOcclud). Nos 3 pts com coil, foi implantado outro após o 1° ser
la­çado. O 4° teve espasmo do PCA sendo trocado por prótese Cera. UTI
em 100% no TC e 16% no FP. A média de peso deste grupo de pts
do FP foi de 9,2 ± 5,6 kg, evidenciando a recuperação de pts de baixo
peso na UTI. A prevalência de fluxo residual foi semelhante em ambos
grupos (10% FP x 5% TC). Em nenhum pt foi considerado significativo.
O tempo de internação foi maior no grupo TC (8 vs 1,3 dias).
Conclusões: São métodos seguros e eficazes com ótimos desfechos. O
FP resulta em menor morbidade e tempo de internação. Tais observações
embasam a visão que o FP é, hoje em dia, o método de escolha para
pts com PCA e justificam a viabilização da incorporação desta tecnologia
pelo MS.
20
Temas Livres
Intervenção em
Cardiopatias Congênitas
Apresentação Oral
Temas Livres • Apresentação Oral
12
13
Estenose pulmonar em menores de um ano: resultados
de valvoplastia percutânea no hospital pequeno prín­
cipe de 2000 a 2010
Experiência em Oclusão Percutânea de Forame Oval
Pa­­­tente – Resultados a curto, médio e longo prazos
CASSIO F B SUM; LEO A SOLAREWICZ; NELSON I MIYAGUE; CRISTIANE N BINOTTO;
JOSIANE M C D AGOSTINI; ANDRE H C SILVA; JOÃO P CARNIEL; CAMILA T BOBATO;
MARIA F S AVELAR
Hospital infantil Pequeno Príncipe, Curitiba, PR, BRASIL
Objetivo: Descrever a experiência no tratamento de estenose pulmonar por meio
de valvoplastia percutânea com cateter-balão em menores de um ano, realizada
no período de 01 janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2010, descrever as
características clinicas dos pacientes, as complicações pré e pós-procedimento
e o resultado imediato assim como a ocorrência de reintervenção e de óbito.
Metodologia: Estudo retrospectivo de análise de pacientes com idade inferior
a 365 dias submetidos a tratamento percutâneo de estenose valvar pulmonar.
Foram submetidos ao tratamento percutâneo 129 pacientes com media de idade
131,7 ± 114,4 dias, peso médio 5,7 ± 2,4 kg. Estes pacientes apresentavam
anomalias associadas, sendo as principais a CIA (69 pacientes), CIV (8 pacientes) além de uma alta incidência de insuficiência tricúspide importante
(28 pacientes). Resultados: Antes da realização da valvoplastia percutânea os
pacientes apresentavam um gradiente sistólico médio da válvula pulmonar de
67,21 ± 10,49 mmHg, com pressão sistólica média do ventrículo direito de
81,34 ± 19,97 mmHg. Após a realização da valvoplastia os pacientes apresentaram re­­­­dução significativa destes gradientes, sendo o gradiente sistólico
médio da válvula pulmonar de 17,73 ± 8,38 mmHg e a pressão sistólica média
do ven­­­­trículo direito de 39,61 ± 17,92 mmHg sem nenhum caso de óbito. Os
pacientes que necessitaram de reintervenção foram os que apresentaram, no
momento da primeira intervenção, a menor média de idade (70,91 ± 104,93
dias) e o menor peso médio (4,12 ± 2,23 Kg), assim com um menor tamanho
do anel pulmonar médio de 7,03 ± 2,26 mm. A via anterógrada via acesso
femoral foi a preferencialmente escolhida (97,6% dos casos) com baixo índice
de complicação. Conclusão: A valvoplastia pulmonar percutânea é um método
seguro no tra­­­ta­mento da estenose pulmonar crítica demonstrando neste estudo
uma dimi­nui­­­­­­­ção importante do GS Pulmonar, com mortalidade mínima e em
poucos casos sendo necessário realizar a reintervenção.
FÁBIO AUGUSTO SELIG; ENIO EDUARDO GUÉRIOS; DEBORAH CHRISTINA
NERCOLINI; EDUARDO MENDEL BALBI FILHO
CONCEPT – Centro de Cardiopatias Congênitas e Estruturais do
Curitiba, PR, BRASIL
Introdução: O Forame Oval Patente (FOP) encontra-se presente em 25% da
população adulta. Sua importância tem aumentado nos últimos anos, pela
associação com o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) por embolia
paradoxal e com a enxaqueca. O estudo tem como objetivo demonstrar os
critério de indicação para o procedimento, bem como resultados obtidos com
a oclusão do FOP com prótese. Método: Incluiu-se no protocolo pacientes
enquadrados nos critérios: AVCi secundário à embolia paradoxal, portadores
de enxaqueca crônica grave ou Síndrome Platipnéia-Ortodeoxia (SPO). A
indicação consistiu na obtenção de história clínica, caracterização da cefaléia
e investigação hematológica; Exame de imagem encefálico, Ecocardiograma
Transesofágico e Doppler Transcraniano ambos com microbolhas; Doppler de
membros inferiores e Carótidas. Realizou-se então oclusão do FOP com prótese. Os pacientes foram reavaliados com os mesmos critérios pré-operatórios.
Resultados: Foram avaliados 130 pacientes de diferentes faixas etárias, com
110 pacientes encaminhados para cateterismo. 90% das indicações foram
por AVCi secundário à embolia paradoxal. Todos pacientes exceto dois obti­
veram melhora significativa ou cura das crises de enxaqueca após a oclusão
percutânea. Pacientes com trombofilia foram mantidos anticoagulados mesmo
após o tratamento. Foram utilizadas no cateterismo cinco diferentes próteses:
Amplatzer, Occlutech, Cardia, Helex e Solysafe. Três pacientes permaneceram
com shunt residual, tendo sido um deles submetido a um segundo procedimento
com sucesso. Em seis casos implantou-se duas próteses. Houve recorrência de
AVCi em apenas um paciente, portador de múltiplas co-morbidades (diabetes,
hipertensão arterial e obesidade). Conclusões: A oclusão percutânea do FOP
com prótese tem se mostrado método eficaz para prevenção de recorrência
do AVCi e tratamento da enxaqueca.
14
15
From bare to covered: 15 anos de experiência de
um centro terciário no tratamento percutâneo da
coarctação de aorta com stents
Estratégias percutâneas para oclusão de defeitos
septais musculares amplos em lactentes de baixo peso
JOÃO LUIS LANGER MANICA; RAUL IVO ROSSI FILHO; GIANFRANCO BUTERA;
LUCIANE PIAZZA; MARIO CARMINATI
Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
BRASIL e Instituto Policlinico San Donato Milanese Milão, BRASIL
Introdução: O uso de stents convencionais é amplamente difundido no
tratamento da coarctação de aorta. Stents recobertos foram inicialmente
relatados no tratamento das complicações aórticas, entretanto, mais recen­
temente observa-se um aumento do espectro de pacientes beneficiados
por esse dispositivo, apesar de ainda não disponível para o tratamento
da totalidade dos pacientes do Sistema Único de Saúde. Métodos: De
1997 a 2011, 143 pacientes com coarctação de aorta foram tratados com
implante de stent em um centro terciário. Setenta e um pacientes com
idade mediana de 17 anos (4 a 70) foram submetidos a implante de stent
convencional (Grupo 1) e 72 pacientes com idade mediana de 17,5 anos
(6 a 68) foram submetidos a implante de stents recobertos (Grupo 2).
Taxa de sucesso foi de 95% sem diferença entre os grupos. Incidência
de eventos adversos relacionados ao procedimento foi maior no grupo
1 (21.12% versus 8.3% p = 0.035). Complicações aórticas ocorreram
em 7% dos pacientes no grupo 1 (1 morte) sendo ausentes no grupo
2 (p = 0.028). Complicações técnicas como migração ou mobilização
do stent foram mais frequentes no grupo 1 e em pacientes com lesões
leves (balão/CoAo<1.5). Duração média do seguimento foi de 81.70 ±
33,58 no grupo 1 e 36 ± 24.81. Preditores independentes associados
com reintervenção foram presença de lesão complexa (HR: 2.70; CI:
1.15 to 6.32), diâmetro do balão<14 mm (HR: 3.76; CI: 1.48 to 9.55) e
gradiente residual >10 mmHg (HR: 4.30; CI: 1.96 to 9.47). Conclusão:
Ambos stents são seguros e eficientes no tratamento da coarcta­­ção de aorta.
Recentemente, o espectro de pacientes tratados com stent recoberto tem
aumentado com menores taxas de complicações agudas e tardias, o que
pode justificar a sua incorporação no Sistema Único de Saúde.
22
RENATA MATTOS SILVA, LUIZ CARLOS NASCIMENTO SIMÕES, JOSE GERALDO
DE ATHAYDE, MONICA CELENTE, CLAUDIA FERNANDA GALVÃO FONSECA
Instituto Nacional de Cardiologia Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
Os lactentes com peso inferior a 9 kg e insuficiência cardíaca por múltiplos
defeitos ou um grande defeito interventricular muscular tendem a ser referidos
à cirurgia ou a procedimentos periventriculares pelas limitações existentes com
as bainhas e sistemas liberadores. Nosso objetivo é relatar a experiência inicial
com a prótese de Amplatzer para CIV muscular (CIVm) por via percutânea
utilizando a veia jugular interna direita e as no­­vas bainhas AGA resistentes a
do­­­bras. Selecionamos quatro lactentes com quadro de insuficiência cardíaca.
O ecocardiograma transtorácico prévio determinou a morfologia e dimensões
do defeito e a possibilidade de fechamento por prótese: bordos ventriculares
adequados e não inclusão no defeito de estruturas subvalvares. Os procedimentos
foram realizados sob anestesia geral e monitoramento com ecocardiograma
transesofágico. O estudo hemodinâmico reavaliou pressões e resistências pulmonares. Confirmamos por angiografia a morfologia e as dimensões da CIVm.
Estabelecemos alça arteriovenosa entre a artéria femoral e a veia jugular
in­­­­­­­­terna direita. A partir da veia então posicionamos bainha AGA resistente a
dobras 7 French na via de saída do VE. Selecionamos prótese de diâmetro
1 a 2 mm superior ao tamanho do defeito medido em diástole, liberando-a
orien­­­­­tados por ETE e angiografias. Os pacientes tinhas entre 14 e 21 meses e
entre 6,5 e 9 kg. Os defeitos mediram entre 7 e 11 mm e se localizavam no
terço médio do septo muscular. Nos dois primeiros casos houve instabilidade
hemodinâmica durante o posicionamento, tratada com as medidas habituais. Em
dois casos foram escolhidas próteses 12 mm, uma de 10 mm no terceiro caso e
de 8 mm no quarto caso. Todos os pacientes receberam alta hospitalar em 48
horas. Em um paciente houve pequeno “shunt” residual; em outro observamos
insuficiência tricúspide leve. Concluímos que as técnicas e materiais para
intervençao percutânea nos defeitos congênitos estão em constante evolução.
Demonstramos que, com a utilização de bainhas mais flexíveis e com menor
perfil, defeitos amplos podem ser tratados por via percutânea com eficácia e
se­­­­gurança mesmo em lactentes de baixo peso.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
Intervenção em Cardiopatias Congênitas
16
Fechamento Percutaneo da Comunicação Interventri­­
cular. Resultados e complicações
ARRIETA; RAUL; ESTEVES; CESAR A; NEVES; JULIANA R; SOLAREWICZ;
LEO A; VAZ; VINICIUS D; SANTOS; CLEUSA C L; RENATA SA CASSAR
IMIP Recife, PE, BRASIL e Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL
Introdução: O fechamento da comunicação interventricular representa um
de­­­­­­­­­­­s a­­­fio importante para a cardiologia intervencionista. Objetivo: Relatar
nossa experiência no fechamento percutâneo da CIV nas suas diferentes
va­­­­riantes anatômicas. Material e Método: As variantes incluídas foram CIV
perimembranoss (pm), pos infarto (PIAM), muscular (m) e tipo Gerbode (G).
Foram excluídos os pt com: peso inferior a 10 Kg; portadores de Insuficiências
valvares moderadas, transtornos da condução AV ao ECG. Os pacientes foram
divididos em: Grupo 1 (CIVpm); Grupo 2 (CIVPIAM) Grupo 3 (CIVm) e Grupo
4 (CIV G). Resultados: Grupo 1: 76 pts com idade e peso médio 17,5 ± 10
e 34 ± 15 respectivamente. Os dispositivos (Disp) utilizados foram CERA (73)
Lepu (5) Mola Flipper (4) Amplatzer-Amptz (1) NitOcclud (1). Em 4 pts foram
implantados 2 Disp e em 1 pt 3 Disp. Como complicações agudas (48 hs)
houve 1 pte com Insuficiencia Aortica Importante (cirurgia); 1 pte com BAVT
(marcapasso) e 1 pt com embolização do Disp. No seguimento médio (SM)
de 1783 ± 468 dias 2 pts apresentaram shunt residual (SR) importante sendo
indicado implante de um segundo dispositivo. 3 pts apresentam SR leve. Não
houve EM neste grupo. Grupo 2 foi constituído por 3 pts com idade media
59 ± 8 anos o IAM era anteroseptal (2). O tempo médio pos IAM foi de 156
dias. Os Disp utilizados foram Amptz CIV 2 pts e AmptzCIA 1 pt. Um pte foi
a óbito 48 h apos. No SM1570 ± 366 dias nao houve EM e sem SR. Grupo 3:
3pts com idade e peso médio de 6,2 ± 3,1 e 24 ± 5. Os Disp foram AmptzCIV
em todos e não houve EM no SM de 1648 ± 345 dias. O Grupo 4: 3 pts (2
póscirúrgicos) idade de 4-43 anos. Os Disp. foram AmptzCIV 1 pt e CERA 2
pts.Não houve EM no SM de 1708 ± 379 dias. Conclusão: O tto percutâneo das
CIV foi seguro e eficaz em todos os grupos. No grupo das CIVpm a incidência
de BAVT foi baixa (1,3%) e os pts grupo 2 apresentaram maior mortalidade.
23
Temas Livres
Apresentação em Pôster
Temas Livres • Apresentação em Pôster
17
18
Impacto da transferência hospitalar nos resultados
da intervenção coronária percutânea primária
Head-to-head comparison of a new polymer-free na­­
no­­­­particle-based sirolimus eluting coronary stent
versus Biomatrix™ and bare metal stents: an OCT
study in porcine coronary arteries
PEDRO BERALDO DE ANDRADE; MARDEN ANDRÉ TEBET; MÔNICA VIEIRA
ATHANAZIO; ROBSON ALVES BARBOSA; LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS;
ANDRE LABRUNIE
Santa Casa de Marília, Marília, SP, BRASIL
Fundamentos: Atrasos decorrentes da transferência para realização de intervenção coronária percutânea (ICP) primária impactam negativamente os benefícios
do procedimento. Métodos: Registro prospectivo objetivando comparar os
resultados da ICP primária entre pacientes com infarto agudo do miocárdio
com supra de ST (IAMCSST) admitidos (n = 118) ou transferidos (n = 201)
pa­­­ra hospital provido de laboratório de intervenção. Resultados: Entre 02/2009
e 12/2011 foram incluídos 319 pacientes, com média de idade de 59 anos,
28% do sexo feminino, 22% de diabéticos e 10% em classe Killip III/IV, sem
diferenças entre os grupos. Os tempos médios de isquemia e de transporte
foram de 267 e 52 minutos, respectivamente. As características e resultados
dos procedimentos estão expressos na tabela. Conclusões: A despeito de um
sistema de emergência integrado, possibilitando a transferência em intervalo
de tempo inferior a 60 minutos, o encaminhamento do paciente com IAMCSST
a hospital com laboratório de intervenção associa-se a menor tempo porta-ba­­­
lão e melhora não significativa de marcadores de reperfusão, com potencial
benefício na redução de mortalidade.
CELSO KIYOCHI TAKIMURA; MICHELI ZANOTTI GALON; PAULO SAMPAIO
GUTIERREZ; VERA DEMARCHI AIELLO; PRAKASH SOJITRA; MANISH DOSHI;
PEDRO ALVES LEMOS NETO
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Background: Focus™ stent (Envision Scientific Pvt. Ltd.) is a new chromiumcobalt stent coated with a polymer-free nanocarrier that releases sirolimus
from the balloon and the abluminal stent surface. In vitro and in vivo
preliminary studies with the nanoparticle carrier indicate improved drug
distribution and bioavailability of sirolimus. Methods: A total of 7 Cro-Co
bare metal stents (BMS), 8 Focus™ stents and 6 Biomatrix™ stents were
implanted at random in the coronary arteries of 9 non-atherosclerotic
domestic pigs (stent:artery ratio 1.2:1.0). After 28 days, OCT imaging was
used to evaluate neointimal hyperplasia. Results: See Table. Conclusions:
The new nanoparticle-carrier sirolimus stent was effective in reducing
neointimal proliferation after 28 days in a porcine coronary model.
Intralum. tis
Variáveis
Não-transferidos
Transferidos
p
Focus
Biomatrix
0
0
33
p value
14
0
33
69 ± 23 min
86 ± 27 min
< 0,0001
NIH, mm
0.19
0.09*
0.15
Acesso radial
95%
97%
0,34
Lumen, m²
5.73
7.30
5.79
Inibidor de GP IIbIIIa
74%
71%
0,69
Stent, m²
8.34
8.29
7.68
Implante de stent
94%
97%
0,24
NIH, mm²
1.85
0.99†
1.43
†0.08
TIMI pré 0/I
84%
87%
0,51
NIH,%
24.1
11.8‡
20.1
‡0.06
TIMI pós III
94%
90%
0,29
Resolução do supra ST
90%
83%
0,17
Sucesso procedimento
94%
90%
0,29
Mortalidade hospitalar
4%
7%
0,29
Tempo porta balão
Heterog. NIH
Cro-Co BMS
*0.048
19
20
Seguimento longo prazo dos stents farmacológicos
de 1ª e 2ª geraçao: análise sequencial de 800 pacientes
do Registro TotalCor-RJ
Implante de stents farmacologicos em pacientes com
disfunçao ventricular esquerda: análise dos eventos
hospitalares e ao longo de mais de 4 anos
JOSÉ A BOECHAT; JULIO C M ANDREA; LEANDRO A CÔRTES; HELIO R FIGUEIRA
JOSÉ A BOECHAT; JULIO C M ANDREA; LEANDRO A CÔRTES; HELIO R FIGUEIRA
Hospital TotalCor - RJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
Hospital TotalCor - RJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL e Clínica São
Vicente Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
Fundamento: Os stents farmacológicos (SF) de segunda geraçao foram desen­
volvidos para aumentar a segurança e eficacia dos stents coronarianos. Obje­
tivo: Avaliar os resultados imediatos e tardios dos pacientes tratados com
im­­­plante de SF numa série consecutiva não randomizada em um único centro.
Materiais e métodos: De Jun/02 a Jan/12, 514 pts (média 1,53 st/pt) tratados
com implante de SF da 1a geracao (grupo I) e 281 (média 1,50 st/pt) com
SF de 2a geraçao (grupo II). Stents de 1a geraçao Taxus® (51,6%) e Cypher®
(14,1%), e de 2a geraçao Endeavor/Resolute® (1,3%) e Xience/Promus® (34%).
Idade média (61,8 vs 61,4 anos, p = 0,6) e masculino (68,5 vs 74%, p = 0,05).
Diabetes (43,6 vs 43,8%, p = 0,5), insuf renal (5,3 vs 5%, p = 0,5), infarto
prévio (20,6 vs 21,4%, p = 0,4) e CRM prévia (15,2 vs 12,1%, p = 0,1). Indicacao por reestenose (20,2 vs 19,2%, p = 0,4) e lesao off-label (76,5 vs 74%,
p = 0,2). Quadro clínico SCA (48,8 vs 46,3%, p = 0,2). Multiarteriais (63,4 vs
59,1%, p = 0,1), disfuncao VE (15,2 vs 10,7%, p = 0,04). Trombo (7,6 vs
2,8%, p = 0,004) e bifurcaçao (16,9 vs 22,8%, p = 0,02). Vasos < 2,5 mm (42
vs 48,8%, p = 0,04) e lesóes B2/C (86,8 vs 77,2%, p < 0,001). Resultados:
Sucesso angiográfico (99 vs 100%, p = 0,1). No-reflow (0,8 vs 0,4%, p = 0,4),
infarto (2,5 vs 0,7%, p = 0,05), trombose aguda/subaguda (0,2 vs 0%, p = 0,6).
Óbito em 30 dias (0,4 vs 0%, p = 0,4). Seguimento médio de 4,1 anos em
88% dos casos, sendo mais longo no grupo I (5,3 vs 1,9 anos, p < 0,001).
Óbito tardio (4,7 vs 0,4%, p < 0,001). RLA (7,2 vs 2,5%, p = 0,003) e E CM
(13,2 vs 3,2%, p < 0,001). Os preditores independentes de E CM tardios foram
reestenose de stent (OR 2,1; IC 95% 1,0-4,3), insuf renal (OR 3,2; IC 95%
1,3-8,1), lesao ulcerada (OR 2,0; IC 95% 1,1-3,6) e ponte de safena (OR 6,3;
IC 95% 1,3-29,1). Conclusão: O uso de SF numa populacao de mundo real
esteve associada a elevada taxa de sucesso, baixíssima mortalidade em 30
dias (0,2%), com reduzida ocorrencia de E CM a médio-longo prazo. Os pts
tratados com SF de 2a geraçao apresentaram menor incidencia de reintervencao
e eventos adversos a médio prazo.
26
Fundamento: A disfunção ventricular esquerda (DVE) está associada a doença
co­­­
ronaria mais difusa e severa, sendo um importante preditor clinico de
eventos tardios após intervencao percutanea. Objetivo: Avaliar os pacientes
com disfuncao moderada a severa do ventriculo esquerdo submetidos a
implante de stents farmacologicos (SF), observando sua evolucao hospitalar e
tardia. Materiais e métodos: De Jun/02 a Jan/12, 1359 pts foram submetidos
a implante de SF. 211 pts com disfuncao moderada/severa (grupo I) do VE
e 1148 com funcao normal ou levemente deprimida (grupo II). Grupo I com
pts mais idosos (64,8 vs 62 anos, p = 0,001), com passado de CRM (35,5
vs 11,9%, p < 0,001) e infarto (46,4 vs 17,1%, p < 0,001). Predomínio de
diabéticos (47,4 vs 39%, p = 0,01), IRC (18 vs 3,5%, p < 0,001) e quadro
clinico de SCA (67,3 vs 48%, p < 0,001). Doença multiarterial (81,5 vs 61,6%,
p < 0,001), com trombo (14,7 vs 5,2%, p < 0,001) e lesão calcificada (39,3 vs
28,5%, p = 0,001). Resultados: Sucesso angiográfico (100 vs 99,6%, p = 0,4).
Complicações intra-hospitalares: no-reflow (2,8% vs 0,4%, p = 0,003), sem
diferença de infarto e trombose em 30 dias. Óbito em 30 dias (0,3 vs 1,5%,
p = 0,3). Seguimento médio de 4,5 anos em 87% dos casos, com obito (8,5 vs
2,3%, p < 0,001), revascularização da lesão alvo (6,6 vs 5,9%, p = 0,3) e
eventos cardíacos maiores – E CM (16,1 vs 8,9%, p = 0,002). E CM com SF
de 1a geraçao (18,5 vs 11,6%, p = 0,01) e 2a geraçao (9,3 vs 3,8%, p = 0,07).
Os preditores independentes de E CM tardios no grupo com disfunção foram
foram idade > 75 anos (OR 7,9; IC 95% 2,3–26,2), lesões ulceradas (OR 3,9; IC
95% 1,1–13,2), reestenose de stent (OR 6,8; IC 95% 1,8–25,8), stent < 2,5 mm
(OR 3,5; IC 95% 1,2-10,5) e lesão de bifurcacao (OR 4,4; IC 95% 1,1–16,7).
Conclusão: O uso de SF em pacientes com DVE não esta associado a maior
necessidade de reintervenção. Entretanto a insuficiencia cardiaca avançada está
associada a aumento significativo de eventos tardios, mais pronunciado com
SF de 1a geraçao. Preditores independentes de eventos foram idade avançada,
vasos finos, lesoes ulceradas, reestenóticas e bifurcadas.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
21
22
Ocorrência de trombose de stent no seguimento clínico
muito tardio após implante de stents farmacológicos na
prática diária - Seguimento de 10 anos do Registro DESIRE
Seguimento muito tardio de pacientes octogenários
submetidos a implante de stent farmacológico
RICARDO ALVES DA COSTA; AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA;
ADRIANA MOREIRA; JOSE RIBAMAR COSTA JUNIOR; BRUNO PALMIERI
BERNARDI; GALO MALDONADO; MANUEL NICOLAS CANO; FAUSTO FERES;
ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID; CANTÍDIO DE MOURA CAMPOS NETO;
JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio, São Paulo,
SP, BRASIL
Introdução: A trombose de stent (TS) após o implante de stents farmacológicos
(SF) é um fenômeno raro na intervenção coronária percutânea (ICP) atual;
no entanto, sua ocorrência está associada a elevada morbi-mortalidade. Nós
investigamos a ocorrência e os preditores de TS no seguimento clínico até 10
anos em pacientes tratados com SF no mundo real. Métodos: 4.229 pts (6.518
lesões) foram submetidos a ICP eletiva ou de urgência com implante de SFs
(n = 7.000) em centro único entre 2002 e 2012. O seguimento clínico foi rea­
lizado anualmente até 10 anos (98,1%). A TS foi classificada de acordo com
os critérios da Academic Research Consortium. Resultados: A média das idades
era 64 anos, 31% tinham diabetes, 23% IAM prévio, 30% tabagismo atual e
51% revascularização prévia (ICP ou cirúrgida). Com relação a apresentação
clínica, 41% tinham síndrome coronária aguda incluindo 16% com IAM recente.
Cerca de 62% das lesões tinham elevada complexidade (tipo B2/C), mas o
sucesso angiográfico foi 99%. No seguimento tardio (média 3,9 ± 2,6 anos), a
incidência cumulativa de TS foi 2,3% (n = 97) (Tabela), sendo que 96,5% dos
pacientes estiveram livres de TS no seguimento até 10 anos. Conclusões: Nessa
análise, a incidência cumulativa de TS no seguimento tardio foi de 2,3%, e a
sobrevida livre de TS até 10 anos foi de 96,5%. No geral, a maioria dos eventos
foi documentada (TS definitva), sendo que 59% ocorreram no fase muito tardia.
Definitiva
Provável
Possível
Total
Aguda
TS (n = 97)
0
1
0
1 (1%)
Subaguda
11
1
1
13 (13%)
Tardia
10
0
26
26 (27%)
Muito tardia
29
0
28
57 (59%)
50 (52%)
2 (2%)
45 (46%)
97 (100%)
Total
BRUNO PALMIERI BERNARDI; ADRIANA MOREIRA; RICARDO ALVES DA COSTA;
JOSE RIBAMAR COSTA JUNIOR; JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA;
AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA; MANUEL NICOLAS CANO;
GALO MALDONADO
Hospital do Coração, SP, BRASIL
Fundamentos: Os pacientes octogenários já representam uma expressiva par­­­­
cela da população mundial, entretanto pouco se sabe sobre o efeito dos stents
farmacológicos (SF) nesta população. Na presente subanálise do registro DESIRE
objetivamos demonstrar a evolução muito tardia desta população submetida
a implante de stents farmacológicos no mundo real. Métodos: DESIRE é um
registro prospectivo, não randomizado, de único centro incluindo todos os
pacientes tratados com implante de SF no período de maio de 2002 até
Agosto de 2011. Na presente análise, foram selecionados os pacientes com
idade acima de 80 anos. O objetivo principal deste estudo é a taxa de eventos
cardíacos maiores (ECAM = morte cardíaca, IAM não fatal e RVA) e trombose
de stent. Os pacientes foram seguidos clinicamente com 1, 6 e 12 meses e
então anualmente. Resultados: Um total de 372 pacientes > 80 anos foram
incluídos no registro e tratados com 625 stents (1,68 SF/paciente). A média
de idade desta população foi de 83,3 anos, sendo 57,26% do sexo feminino
e 25,54% portadores de DM. A apresentação clínica inicial mais frequente foi
angina instável. A presença de doença multiarterial ocorreu em 67,43% dos
casos e o vaso mais frequentemente tratado foi a artéria descendente anterior
(45,23%), sendo calcificação moderada/severa observada em 33,17% dos casos. O seguimento clinico foi obtido em 98,9% dos pacientes (média de 3,7
anos). Na fase hospitalar ocorreram 8,3% de ECAM e a grande maioria IAM
peri procedimento 7,26%, com apenas 1,88% de óbitos. A mortalidade foi
de 24,19%, sendo apenas 9,4% atribuído a causas cardíacas. Notavelmente,
a incidência de RVA e trombose foi baixa (1,6% e 1,61%, respectivamente).
Conclusão: A despeito da elevada complexidade da população avaliada, a
ICP com SF mostrou-se segura e efetiva no tratamento de octogenários, com
baixas taxas de complicação e reestenose.
23
24
Comparação entre stents de 1ª geração com stents
de 2ª geração com seguimento de 1 ano. Subanalise
do registro DISIRE
Avaliação inicial em humanos de um novo stent eluidor de sirolimus com polímero bioabsorvível para
trat­­­­amento de lesões coronarianas de novo, únicas,
não complexas
BRUNO PALMIERI BERNARDI; JOSE RIBAMAR COSTA JUNIOR; ADRIA­
NA
MOREIRA; RICARDO ALVES DA COSTA; GALO MALDONADO; MANUEL NICOLAS
CANO; JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA; AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA
RICARDO A. COSTA; SAMEER DANI; ERLON OLIVEIRA DE ABREU SILVA;
MIRELA LIMA; HASIT JOSHI; JAY SHAH; RASHMIT PANDYA; ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID
Hospital do Coração, São Paulo, SP, BRASIL
Cardiovascular Research Center, São Paulo, SP, BRASIL e Lifecare
Fundamentos: O surgimento dos stents farmacológicos (SF) apresentou grande
impacto no tratamento percutâneo da doença arterial coronária. Visando melhorar
seu perfil de segurança, novas gerações SF têm sido incorporadas a pratica
clí­­­nica. Na presente subánalise do registro DESIRE objetivamos comparar os
resultados dos SF de 1ª geração (Cypher®) com os novos SF (Xience®, Resolu­
te®, Biomatrix®, Promus®). Métodos: DESIRE é um registro prospectivo, não
randomizado, de um único centro incluído todos os pacientes tratados somente
com implante de SF no período de maio de 2002 até Agosto de 2011. Para
presente analise os pacientes incluídos no registro foram separados em dois
grupos: G1 - pacientes tratados com SF de 1º geração no período de 01/01/2009
a 31/12/2010, e; G 2- pacientes tratados com SF de 2º geração no período de
01/05/2002 a 15/01/2011), e comparados quanto aos resultados do seguimento
de até 1 ano. O objetivo primário deste estudo é comparar a ocorrência de
eventos cardíacos maiores (ECAM) e necessidade de nova revascularização
da lesão alvo. Resultados: Um total de 782 pacientes foram incluídos nesta
análise (G2 = 270 pts). Pacientes G2 tinham maior diâmetro de referência do
vaso tratado (3,03 mm vs. 2,62 mm, p = 0,001), porém mais indivíduos com
disfunção ventricular grave (1,88% vs. 0,8%, p = 0,1). As demais características
clínicas e angiográficas não diferiram de modo significativo. A taxa de ECAM
foi equivalente (G1 = 11,91% vs. G2 = 13,7%, p = 0,7), com baixa ocorrência
de revascularização da lesão-alvo (1,56% vs. 2,59% p = 0,3 respectivamente).
Não se observou nenhum caso de trombose definitiva/provável no G2 (1 caso
de possível), ao passo que no G1 ocorreram 4 casos (2 casos de definitiva).
Conclusão: No presente estudo a utilização dos SF de 2ª geração se mostrou
tão efetiva quanto os SF de 1ª geração em pacientes complexos do mundo
real. O seguimento mais tardio desta população definirá se haverá real ganho
em segurança com estes novos SF.
Institute of Medical Sciences and Research Ahmeda, Índia
Objetivos: Apesar da efetividade dos stents farmacológicos (SF) de primeira
geração na redução de hiperplasia neointimal (HNI), reestenose e necessidade de
revascularização da lesão-alvo (RLA) comparados aos stents não-farmacolóficos,
ainda persistem preocupações relacionadas a capacidade de entrega/posicionamento e desfechos de segurança. O dispositivo BioMime (Meril Life Sciences
Pvt. Ltd., Gujarat, India) é um SF que incoprora um stent de plataforma ultra
fina (espessura de haste 0,0026’’), um polímero biodegradável e sirolimus.
Reportamos a avaliação inicial em humanos deste novo SF no tratamento de
lesões coronarianas. Métodos: O meriT-1 foi um estudo prospectivo, não-randomizado, de braço único e unicêntrico, e avaliou segurança, viabilidade
e performance do SF BioMime no tratamento de lesões de novo, únicas, com
estenose ³ 50% e < 100% em coronárias nativas de 2,5-3,5 mm de diâmetro
e extensão £ 19 mm. Exclui-se lesões de tronco de coronária esquerda, bifurcação, reestenose intra-stent, presença de trombo e oclusão total. Seguimento
clínico realizado com 1, 8, 12 e 24 meses, e seguimento angiográfico aos 8
meses. O desfecho primário foi perda tardia luminal (PTL) intra-stent aos 8
meses. Resultados: Incluídos 30 pacientes. Média das idades de 49,9 anos, 30%
diabéticos e 43% com IAM prévio. As medianas de extensão de lesão, diâmetro
de referência e% de estenose foram 15,51 mm [12,74- 20,27], 2,94 mm [2,713.33], e 80,5 [67-90,7], respectivamente. Implantados 30 stents (1 stent/lesão).
Os sucessos angiográfico e do procedimento foram de 100%. No seguimento
angiográfico de 8 meses, PTL intra-stent foi de 0,15 mm [0,09-0,33]. Não houve
eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) ou trombose de stent (TS) até 12
meses. Conclusão: Nesta avaliação inicial em humanos, unicêntrica, o novo SF
BioMime mostrou excelente performance em lesões coronarianas únicas com
alto sucesso do procedimento e eficiência na inibição de HNI no seguimento
angiográfico de 8 meses (87%), além da ausência de ECAM ou TS em 1 ano.
27
Temas Livres • Apresentação em Pôster
25
26
Effective neointimal reduction with two novel druge­­luting stents coated with biodegradable polymers
– An intravascular ultrasound analysis from the
PAINT randomized trial
Impacto do novo stent eluidor de sirolimus BioMime em
pacientes complexos da prática diária – resultados
preliminares do estudo meriT-2
CESAR ROCHA MEDEIROS; BRUNO MOULIN MACHADO; JOSE AIRTON DE
ARRUDA; MARCO PERIN; LUDMILLA ALMEIDA DA ROCHA R. DE OLIVEIRA;
VALTER CORREIA DE LIMA; ANTONIO AUGUSTO GUIMARAES LIMA; PAULO
RICARDO AVANCINI CARAMORI; MAURICIO REZENDE BARBOSA; EXPEDITO
E. RIBEIRO DA SILVA; PEDRO ALVES LEMOS NETO
ERLON OLIVEIRA DE ABREU SILVA; RICARDO A. COSTA; ASHOK SETH; UPENDRA
KAUL; G. S. WANDER; ROHIT MANOJ; SUHAS HARDAS; SURESH VIJAN; MIRELA
LIMA; ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID
Cardiovascular Research Center, São Paulo, SP, BRASIL e Fortis
Escorts Heart Institute New Delhi, Índia
Background: Sirolimus and Paclitaxel are well known anti-restenosis agents;
they have been tested in different stents with different platforms and polymers.
Objectives: We aim to compare the neointimal inhibition efficacy of two drug
eluting stents with identical platforms and biodegradable polymers, but with
different drugs (Sirolimus or Paclitaxel) against bare metal stents (BMS) by
intravascular ultrasound (IVUS). Methods: From the 274 pts randomized in
the PAINT trial, who had a stent implanted in a de novo lesion in a native
vessel, a pre-defined subset of 110 patients underwent 9-month IVUS fol­­
low-up. Patients were randomly allocated at a 2:2:1 ratio for sirolimus-eluting
stent (SES; n = 45), paclitaxel-eluting stent (PES; n = 45), or BMS (n = 20).
All IVUS analyses were performed by a technician blinded to the study group.
Results: There were no differences in the stent length or stent area among
the three groups. Incomplete apposition was found in 2 pts (1 in the BMS and 1
in the SES group). The average neointimal hyperplasia (NIH) area was 0.8 ±
0.9 mm2, 1.0 ± 1,2 mm2, and 1.8 ± 1.3 mm2, for the SES, PES, and BMS groups
respectively (p = 0,004 for the overall comparison). Also, the NIH obstruction
was 12.0 ± 11.9%, 12.9 ± 13.3%, and 24.9 ± 15.8% respectively (p = 0,002).
There were no differences in the NIH parameters for the comparison of SES vs.
PES. There were no differences in the analysis of the stent edge portions.
Conclusions: Both sirolimus- and paclitaxel-eluting stents coated with a novel
biodeg­radable polymer carrier were effective in inhibiting neointimal hyperplasia,
in comparison to bare stents. The efficacy of both formulations of drug-eluting
stents, releasing either sirolimus or paclitaxel, did not appear to be different
when compared in a head-to-head analysis by IVUS.
Objetivos: O dispositivo BioMime (Meril Life Sciences Pvt. Ltd., Gujarat, India)
é um novo SF que incorpora um stent de plataforma ultra fina (espessura de
haste 0,0026’’), um polímero biodegradável e sirolimus. Estudos iniciais demons­­
traram sua eficácia clinica e seguranca. Contudo, o impacto do SF BioMime em
populações da prática clínica com lesões complexas ainda não está totalmente
determinado. Métodos: O meriT-2 foi um estudo prospectivo, não-randomizado,
multicêntrico, com pacientes minimamente selecionados, e avaliou segurança e
performance do SF BioMime no tratamento de lesões complexas em pacientes
da prática diária. Incluídas estenoses em coronárias nativas com diâmetro
> 2,5 e <3,5 mm e extensão £ 37 mm, e oclusões totais crônicas. Excluídas
lesões de tronco de coronária esquerda, enxertos de veia safena, em vigência
de infarto agudo do miocárdio (IAM) e pacientes com fração de ejeção < 30%.
Seguimentos clínico em 1, 8 e 12 meses, e angiográfico aos 8 meses. Desfechos
primários foram eventos cardíacos adversos maiores (ECAM: morte, IAM e RLA)
em 1 mês; e perda tardia luminal (PTL) intra-stent em 8 meses. Resultados:
Incluídos 242 pacientes, com média de idade de 56,7 anos, 37% diabéticos,
32% com IAM prévio, maioria com lesões tipo B2/C, 40% com doença multiarterial e 52% em síndrome coronariana aguda. A mediana de extensão de
lesão, diâmetro de referência e% de estenose foram 15,8 mm [13,47-21,42],
2,79 mm [2,42-2.99], e 89,8 [83,2-93,2], respectivamente. Implantados 363
stents. Não houve eventos cardíacos em 30 dias e PTL intra-stent em 8 meses
(n = 132) foi de 0,15 mm [0,09-0,33]. A taxa cumulativa de ECAM em 12
meses foi 5,7% (0,5% morte cardíaca; 4,7% RLA). Houve 3 casos de TS (1
agudo, 1 sub-agudo e 1 tardio). Conclusão: Nesta avaliação multicêntrica de
pacientes complexos do “mundo real”, o novo SF BioMime mostrou excelente
performance de efetividade e segurança, com baixas taxas de ECAM em 1 mês
e 1 ano, assim como baixos valores de PTL e ocorrência de TS.
27
28
Stent coronário recoberto com nanopartículas mag­­­
néticas: avaliação em artérias coronárias suínas
Evolução clínica muito tardia (10 anos) de portadores
de insuficiência renal após implante de stents farmacológicos no Registro DESIRE
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL e Rede D’Or de Hospitais Rio
de Janeiro, RJ, BRASIL
TAKIMURA; C K; GALON; M Z; GUTIERREZ; P S; AIELLO; V D; CHAVES; M;
FERREIRA; S K; BORGES; T F C C; NETO; P A L
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL e Scitech Produtos Médicos
Goiânia, GO, BRASIL
Introdução: Nanopartículas magnéticas recobrindo um stent coronário
pode resultar em eventual inibição da hiperplasia neointimal (HNI) ou
pode ser um novo carreador de drogas antiproliferativas. Métodos: Em
4 porcos não-ateroscleróticos foram implantados em suas artérias coro­
nárias 7 stents controle (Cronus® - Grupo I) e 9 stents recobertos com
na­­­­
nopartículas magnéticas (Grupo II). Após 28 dias foram realizados
tomografia de coerência óptica (OCT) coronária com imagens analisadas
a cada 1 mm e estudo histopatológico. Resultados: A OCT revelou área
luminal (mm²) (média ± DP), área do stent (mm²), área de HNI (mm²)
e HNI porcentual (%) de 5,77 ± 1,39; 8,35 ± 1,78; 2,57 ± 2,11; 28 ±
19 e 5,19 ± 1,20; 7,20 ± 1,22; 2,00 ± 1,20 e 27 ± 14 para o Grupo
I e Grupo II, respectivamente (p = 0,01 área luminal e p = 0,0001 área
do stent do Grupo I versus Grupo II). A histopatologia não evidenciou diferenças entre os grupos quanto às variáveis endotelização, inflamação, fibrina,
escore de injúria de Schwartz e escore de injúria de Gunn. Conclusões: O
stent recoberto com nanopartículas magnéticas revelou-se seguro neste experimento com implante em artérias coronárias de porcos não-ateroscleróticos
e semelhança em relação ao stent Cronus® quanto à proliferação neointimal
e achados anatomopatológicos.
28
ADRIANA MOREIRA; AMANDA G M R SOUSA; J RIBAMAR C JUNIOR; RICARDO
A COSTA; MANUEL N CANO; GALO MALDONADO; BRUNO P BERNARDI; ABRAO
J C JUNIOR; ENILTON S T D EGITO; EDSON R ROMANO; JOSE E M R SOUSA
Hospital do Coração, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Diversos estudos randomizados demonstraram significativo bene­­­­­
fí­­­­cio do uso dos stents farmacológicos (SF) em vários subgrupos clínicos e
angiográficos. Entretanto, nos portadores de insuficiência renal (IRC) este
fato não está demonstrado. O objetivo deste estudo foi avaliar os preditores
de eventos após ICP com SF nesta população de alto risco. Métodos: Desde
maio/2002, 4000 P consecutivos foram tratados apenas com SF e incluídos
no Registro DESIRE (prospectivo, unicêntrico, não randomizado). Excluímos
os P com IAM, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução.
Os demais dividimos em 2 grupos de acordo com a função renal (Grupo I:
Clearance Cr £ 60 e Grupo II: ClCr > 60). Protocolo anti-trombótico: clopidogrel
(600 mg+75 mg/dia) e AAS (100 mg/dia) 1 ano. Resultados: Incluímos 1044 P
no Grupo I e 2396 P no Grupo II. No grupo I, os P apresentavam idade mais
elevada (73,8 vs. 60, 2 anos, p < 0,001) e mais mulheres (39,1% VS. 15,7%,
p < 0,001). O acompanhamento clínico (mediana = 3,6 anos) foi obtido em
98%. Não houve diferença entre os grupos quando considerados os eventos
cardíacos combinados (13% vs. 11,4%, p = 0,28) e o infarto do miocárdio
(6,8% vs5,5%,p = 0,22). No grupo I, a revascularização da lesão-alvo foi menos
frequente (2,5% vs. 4,8%, p = 0,01) entretanto, o óbito cardíaco foi mais elevado
(4,2% vs. 1,7%,p < 0,001). A taxa de trombose protética foi semelhante entre
os grupos (1,3 x 1,1% p = 0,75). A cirurgia de revascularização miocárdica
prévia (OR = 2,05; IC 1,22 - 3,44, p = 0,007), o Diabetes mellitus (OR =
2,6; IC 1,18 – 5,72, p = 0,017) e angina instável (OR = 2,17; IC 1,16-4,07,
p = 0,015) foram preditores de óbito cardíaco nesta população. Conclusões: A
mais elevada taxa de mortalidade nos portadores de IR pode ser justificada pela
sua maior complexidade clínica. No presente estudo, os SF aboliram o efeito
negativo da IR referente à necessidade de nova revascularização e trombose.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
29
30
Seguimento clínico muito tardio (10 anos) de diabéticos
submetidos ao Implante de stents farmacológicos
no Registro DESIRE
Correlação entre as modificações na composição do
ateroma nas bordas de stents farmacológicos e nãofarmacológicos e alterações na geometria arterial:
análise randomizada com USIC e Histologia Virtua
ADRIANA MOREIRA; AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA; JOSE
RIBAMAR COSTA JUNIOR; RICARDO ALVES DA COSTA; MANUEL NICOLAS
CANO; GALO MALDONADO; BRUNO PALMIERI BERNARDI; FAUSTO FERES;
ENILTON SERGIO TABOSA DO EGITO; IEDA MARIA LIGUORI; JOSE EDUARDO
MORAES REGO SOUSA
Hospital do Coração, São Paulo, SP, BRASIL
Fundamento: Os diabéticos constituem ainda um grande desafio às diferentes
formas de tratamento da doença coronária. O objetivo deste estudo foi avaliar
a eficácia dos stents farmacológicos (SF) neste subgrupo. &#8232; Métodos: O
Registro DESIRE (Drug Eluting-Stents In the REal world) consiste em um estudo
unicêntrico, não-randomizado, prospectivo, de 4000 pacientes submetidos
consecutivamente ao implante de SF desde Maio/02. Excluímos os pacientes
com IAM recente, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução
Os demais foram divididos em 2 grupos: Grupo I: 1222 Diabéticos (18% dependentes de insulina) e grupo II:2778 Não diabéticos. O seguimento clínico
realizado c/ 1, 6 e 12 meses e anualmente a partir de então. &#8232; Resulta­
dos: Os diabéticos apresentaram maior prevalência do sexo feminino (26,8%
vs 21,2%, p < 0,001); média das idades mais elevada 65,4+10,1 vs. 63,6 +
11,7 anos, p < 0,001; maior comprometimento multiarterial (68,6 vs.
60,7%, p < 0,001). A relação stents implantados/pacientes foi 1,6 e 1,7, res­­­
pectivamente. A mediana do tempo de seguimento foi 3,6 anos, c/ elevado
seguimento (97%). Na tabela, encontram-se os resultados dos SF nessa população. &#8232; Conclusão: O implante de SF, constituiu-se numa boa opção
terapêutica para ambos os grupos. Apesar de não equalizados os resultados
entre diabéticos e não diabéticos, as baixas taxas de eventos encontradas
configuram baixo risco de eventos cardíacos maiores após o procedimento.
Diabéticos
Não diabét
p
Revasc. lesão-alvo
Eventos (%)
5,0
3,6
0,09
Infarto do miocárdio
5,3
4,9
0,68
Óbito cardíaco
3,8
2,2
0,03
Eventos combinados
13,6
10,4
0,02
JOSE RIBAMAR COSTA JUNIOR; DIMYTRI ALEXANDRE DE ALVIM SIQUEIRA;
ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID; DANIEL SILVA CHAMIE DE QUEIROZ;
RICARDO ALVES DA COSTA; RODOLFO STAICO; RENATA MIRELLI DE MELO
VIANA; LUIZ FERNANDO LEITE TANAJURA; FAUSTO FERES; AMANDA GUERRA
DE MORAES REGO SOUSA; JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Pouco se sabe sobre a influência da modificação na composição
do ateroma nas bordas dos stents e a ocorrência de alterações na geometria
vascular. Este estudo objetiva correlacionar, utilizando de maneira seriada o
ultrassom monocromático (USIC) e a Histologia Virtual® (HV), as modifica­
ções na composição dos ateromas nas bordas proximais e distais de stents
não-­­farmacológicos (SNF) e farmacológicos (SF) e as alterações ocorridas nas
di­­­mensões do vaso, luz e placa. Métodos: Estudo prospectivo, unicêntrico, que
randomizou (1:1) pacientes com síndrome coronária aguda para receberem SNF
(Driver®, n = 20 pacientes) ou SF (Cypher®, n = 20 pacientes). Após a rea­­­­lização
do procedimento, todos os pacientes submeteram-se a avaliação com USIC e
HV, que foi repetido ao final de 9 meses de seguimento. Objetivou-se avaliar as
modificações na área do vaso, luz e placa ao USIC e na composição do ateroma
pela HV no período entre o implante e o reestudo, buscando correlacionar as
alterações no ateroma com as modificações na geometria vascular. Resultados:
Observou-se na borda proximal de SF tendência a remodelamento arterial positivo
( = +0,6 mm², p = 0,06). Na borda distal, há menor crescimento da área da
placa entre os pacientes tratados com SF, resultando em maior área da luz no
reestudo de nove meses ( = +0.2 mm² vs.  = +1.1 mm², p < 0.001). À HV,
nos 2 grupos e em ambas as bordas houve redução do componente fibroso e
núcleo necrótico com aumento no conteúdo fibrolipí­­­dico. Notou-se importante
correlação entre a variação do componente fibrótico e o aumento na área da
placa (r = 0.78, p = 0.01). Conclusões: O uso de SF não se correlaciona com
“efeito de borda”, havendo menor crescimento da placa na borda distal destas
endopróteses quando comparadas às sem fármaco. A modificação na composição do ateroma, com aumento do conteúdo fibro-lipídico pode explicar em
parte estes achados.
31
32
Avaliação comparativa da função endotelial 8 meses
após o implante de stents revestidos com hidroxiapatita com ou sem eluição de sirolimus
Stent recoberto com polímero biodegradável e li­­­
be­­ração de sirolimus em sua face abluminal exclu­
si­­vamente: estudo experimental com avaliação angio­
gráfica, ultrassonográfica e histopatológica
BRENO O ALMEIDA; ALEXANDRE A C ABIZAID; RICARDO A COSTA; J RIBAMAR
C JUNIOR; ANDREA C L S ABIZAID; BRUNO L JANELLA; JULIANA POLACHINI
DE CASTRO; MIRELA LIMA; AMANDA G M R SOUSA; J E M R SOUSA
TAKIMURA; C K; GALON; M Z; CHAVES; M; FERREIRA; S K; GUTIERREZ; P S;
AIELLO; V D; BORGES; T F C C; NETO; P A L
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL e
Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, BRASIL
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL e Scitech Produtos Médicos
Goiânia GO, BRASIL
Introdução: A disfunção endotelial sistêmica é preditora de eventos cardiovasculares. O implante de stents farmacológicos (SF) de 1a geração
induz maior disfunção endotelial que os convencionais, que pode estar
re­­­lacionada a trombose tardia. Objetivo: Comparar uma nova plataforma
metálica sem polímero e com revestimento cerâmico de hidroxiapatita,
em suas versões com (VestaSync) ou sem droga (VestaCor), utilizando a
função endotelial (FE) como desfecho substituto de segurança. Métodos:
20 pacientes foram randomizados para implante de um dos stents e, aos
8 meses, submetidos à análise da FE após estímulo de marcapasso atrial.
A cada 2 minutos havia incremento da frequência cardíaca, 20 batimentos
por fase até máx de 150, com resposta esperada de vasodilatação coronária
se função endotelial normal ou vasoconstricção se disfunção. Resultados:
No gráfico a variação (angiografia quantitativa) dos diâmetros médios das
bordas (5 mm) de acordo com a fase do teste dos grupos. Conclusões:
A resposta vasomotora de artérias coronárias não foi influenciada pela
eluição de droga a partir de stents metálicos revestidos com hidroxiapatita.
Pacientes de ambos os grupos apresentaram FE semelhantes.
Fundamentos: O recobrimento de stents (ST) com polímero (POL) biodegradável
e liberação de sirolimus apenas de sua face abluminal potencialmente propicia
uma mais rápida reendotelização pós-implante. Neste estudo experimental
avaliamos ST recobertos c/ POL biodegradável e liberação de sirolimus em
sua face abluminal por meio de angiografia coronária quantitativa (QCA),
ul­­­­­­­­­trassom intracoronário (IVUS) e histopatologia. Métodos: Nas artérias coro­
nárias de 15 porcos juvenis não-ateroscleróticos foram implantados 45 ST de
cromo-cobalto sendo 9 ST s/ recobrimento (Grupo I), 9 ST c/ POL nas faces
luminal e abluminal (Grupo II), 8 ST c/ POL abluminal (Grupo III), 9 ST c/
POL e sirolimus nas faces luminal e abluminal (Grupo IV), 10 ST c/ POL e
si­­­rolimus na face abluminal exclusivamente(Grupo V). Após 28 dias foram
realizadas QCA, IVUS e histopatologia. Resultados: Para os Grupos I, II, III,
IV e V encontramos respectivamente: estenose porcentual (%) de 29 ± 20; 36
± 14; 33 ± 19; 22 ± 13; 26 ± 15 (p = 0,443); perda luminal tardia (mm) de
1,02 ± 0,60; 1,24 ± 0,48; 1,11 ± 0,54; 0,72 ± 0,44; 0,78 ± 0,39 (p = 0,253);
área neointimal (mm²) de 2,84 ± 2,22; 3,26 ± 2,17; 2,69 ± 1,43; 1,39 ± 1,42;
1,30 ± 1,17 (p = 0,078); área neointimal porcentual (%) de 39 ± 29; 45 ±
25; 38 ± 21; 21 ± 23; 20 ± 16 (p = 0,109); grau de inflamação (mediana)
(mínimo-máximo) de 1 (0-2); 1 (0-2); 1 (0-3); 1 (0-1); 1 (0-1); escore de injúria
Schwartz (mediana) (mínimo-máximo) de 1 (0-3); 1 (0-2); 1 (1-3); 1 (0-2) e 1
(0-2). Conclusões: Os ST c/ POL biodegradável e liberação de sirolimus apenas
de sua face abluminal (Grupo V) foram equivalentes aos ST c/POL e sirolimus
nas faces luminal e abluminal e estes tenderam a apresentar menor hiperplasia
neointimal em relação aos ST s/ liberação de sirolimus.
29
Temas Livres • Apresentação em Pôster
33
34
Evolução temporal da proliferação neointimal após o
implante de dois tipos de stents farmacológicos com
polímero biodegradável em modelo porcino: estudo
de tomografia de coerência óptica sequencial
Avaliação por tomografia de coerência óptica de
stent nacional com polímero biodegradável eluidor
de sirolimus versus stent eluidor de biolimus A9 em
artérias coronárias porcinas aos 28 e 90 dias
GALON; M Z; TAKIMURA; C K; CHAVES; M; LAURINDO; F R M; NETO; PEDRO A L
GALON; M Z; TAKIMURA; C K; CHAVES; M; AIELLO; V; GUTIERREZ; P S; LAURINDO; F R M; NETO; P A L
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Baseados na hipótese de que a neointima derivada dos stents
far­­­­macológicos (SF) com polímeros biodegradáveis (PB) aos 28 dias não é a
neointima definitiva e que a tomografia de coerência óptica (TCO) é um método
eficaz para a avaliação sequencial da neointima, comparamos os achados da
TCO em dois tipos de SFs com PB e liberadores de sirolimus ou biolimus A9
aos 28 e 90 dias. Métodos: Sete porcos foram submetidos a implante de 7
stents Inspiron® e 7 BioMatrix®. Cada porco recebeu os dois tipos de stent
e após 28 e 90 dias realizada TCO e análise quantitativa e qualitativa intra-stent a cada milímetro. Resultados: Análises quantitativas aos 28 dias não
apresentaram diferenças aos 90 dias (p > 0,05). Avaliação qualitativa, feita por
pareamento evidenciou neointima heterogênea em 21,94% aos 28 dias e 0%
aos 90 dias, presença de tecido intra-luminal em 8,26% aos 28 dias e 1,71%
aos 90 dias, lúmen irregular em 31,05% aos 28 dias e 1,99% aos 90 dias
(Figura 1). Conclusão: Os achados à TCO corroboram com a hipótese de que
a neointima derivada dos SFs com PB aos 28 dias não é a neointima definitiva.
A evidência experimental mais significativa é a mudança nas características da
neointima observada à TCO sequencial. Figura 1: Imagens pareadas deTCO em
corte transversal do stent Biomatrix® aos 28 (A) e aos 90 dias (B).
A
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Dois tipos de stents com polímero biodegradável foram com­­­
parados após implante em artérias coronárias porcinas:o stent eluidor de
sirolimus Inspiron® e o stent BioMatrix® eluidor de biolimusA9. To­­­mografia
de coerência óptica (TCO) foi utilizada para avaliação da hiperplasia
neointimal intrastent após 28 e 90 dias. Métodos: Sete porcos foram
sub­­­­­­metidos a implante de 7stents Inspiron® e 7 BioMatrix® e após 28 e 90 dias
foi realizada a TCO. Resultados: A área neointimal intrastent no stent Inspiron®
foi de 1,89 ± 0,24 mm2 e do stent Biomatrix® 1,66 ± 0,92 mm2 (p > 0,05)
aos 28 dias e de 2,38 ± 0,79 mm2 no stent Inspiron® e 2,06 ± 1,06 mm2
no stent Biomatrix® (p > 0,05) aos 90 dias. A área neointimal porcentual
foi de 37% no stent Inspiron® versus 28% no stent Biomatrix® (p > 0,05)
aos 28 dias e 39% no stent Inspiron ® versus 34% no stent Biomatrix ®
(p > 0,05) aos 90 dias (Figura 1). Conclusão: Após 28 dias de implante
em artérias coronárias porcinas o Inspiron® apresentou grau de hiperplasia
neointimal intrastent semelhante ao stent BioMatrix®, com resultado mantido
aos 90 dias. Figura 1: Imagens representativas de TCO do stent Inspiron®
com quantificação de área do lúmen, área do stent e área porcentual de
neoíntima aos 28 (esquerda) e aos 90 dias (direita).
B
35
36
EVOLUÇÃO CLINICA EM PACIENTES COM LESÕES DE TRONCO
DE CORONARIA ESQUERDA TRATADOS COM CRM versus
ICP COM STENTS FARMACOLOGICOS. EXPERIENCIA DE UM
ÚNICO CENTRO
Evolução Clinica de Pacientes com Lesões de Tronco
de Coronária Esquerda Não-Protegido Submetidos a
Angioplastia Coronária com Implante de Stents Far­­
macológicos
COSTANTINO ROBERTO FRACK COSTANTINI; DANIEL ANIBAL ZANUTTINI; SERGIO GUSTAVO TARBINE; MARCOS A DENK; MARCELO DE FREITAS SANTOS;
COSTANTINO ORTIZ COSTANTINI
DANIEL ANIBAL ZANUTTINI; COSTANTINO ORTIZ COSTANTINI; SERGIO GUSTAVO TARBINE; MARCELO DE FREITAS SANTOS; MARCOS A DENK; MARCOS
HENRIQUE BUBNA; COSTANTINO ROBERTO FRACK COSTANTINI
Hospital Cardiológico Costantini, Curitiba, PR, BRASIL
Hospital Cardiológico Costantini, Curitiba, PR, BRASIL
Introdução: A revascularização cirúrgica (CRM) é a primeira opção terapêutica para pacientes (pts) com lesões de tronco de coronária esquerda
não protegido (TCE-NP) quando comparado ao tratamento clinico. A
In­­tervenções Coronárias Percutânea (ICP) com implante de stents farmacológicos (SF) de forma eletiva é uma alternativa viável e segura. Objetivo:
Comparar os eventos cardíacos adversos maiores (ECAM): mortalidade,
AVC, IAM, revascularização vaso alvo (RVA) hospitalar e no seguimento
clínico, em pts com lesões TCE-NP, com CRM ou ICP com SF. Método:
Estudo retrospectivo, observacional, unicêntrico, de Novembro de 2003
a Dezembro de 2010, avaliando pts consecutivos com lesão de TCE-NP
sendo 127 pts submetidos a ICP com SF e 114 pts a CRM. Resultados:
Caracteristicas clinicas: EuroScore  6 em 32% no grupo CRM e 49,5%
no grupo ICP (p = 0,005). Grupo ICP, utilizados 2,6 SF/pt, guiados por
ultrassom intracoronario em 92%. Grupo CRM, anastomosada a artéria
mamaria esquerda para DA em 80,7%, usadas 2 mamarias em 26,3%.
Pontes/pt 2,84. Evolução clinica intra hospitalar do grupo CRM vs ICP:
Morte (4,38% vs 1,57%, p = 0,19), IAM (0,87% vs 0,78%, p = 0,93),
RVA (0,87% vs 0,78%, p = 0,93), AVC (2,6% vs 0%, p = 0,06), ECAM
(6,1% vs 1,57%, p = 0,06). Trombose no grupo ICP 1,57%. Mediastinite
no grupo CRM 5,2% e reoperação 7,8%. Seguimento médio, 940 dias:
Morte (12,8% vs 8%, p = 0,22), RVA (10.1% vs 9,6%, p = 0,89), ECAM
(19,2% vs 15,2%, p = 0,41). Trombose em ICP 0,8%. Conclusão: Em pts
com lesões de TCE-NP a ICP com SF, mostrou uma tendência a menor
incidência de AVC e ECAM na fase hospitalar, comparada a CRM, assim
como equivalência dos eventos descritos no seguimento tardio.
Introdução: Recentemente a intervenção coronária percutânea (ICP) com stents
farmacológicos (SFs) tem se mostrado uma opção viável em pacientes selecionados com lesão de tronco de coronária esquerda não-protegido (TCE-NP). Este
estudo teve como objetivo avaliar a efetividade e a segurança da ICP com SFs
em lesões de TCE-NP da prática diária, analisando a ocorrência combinada
de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) a longo prazo. Métodos: Entre
Março 2002 e Fevereiro 2012 foram tratados 183 pacientes consecutivos, com
média de seguimento clínico de 951 ± 748 dias. A decisão de utilizar um
ou dois stents e inibidor da glicoproteína IIb/IIIa ficou a critério do operador.
A angiografia ou tomografia multicorte coronária no seguimento foi realizada
em 48% dos pacientes. Os outros pacientes foram avaliados clinicamente ou
por contato telefónico. Resultados: A média de idade foi de 66,1 ± 15 anos,
masculino em 75%, diabetes em 29%, angina instável em 39% e Euroscore
 6 em 51%. Multiarterias em 81%, com Syntax score  33 em 47%. Foram
utilizados 2,61 SF/paciente. Lesões com comprometimento da bifurcação foram
identificadas em 91,2% e as técnicas mais frequentemente utilizadas foram o
provisional stent em 38% e o small crush em 28% dos pacientes. Ultrassom
intracoronário foi realizado em 93,2% dos pacientes, e reintervenção ocorreu
em 21,8% dos stents, por apresentarem aposição incompleta de suas hastes
após o implante. Evolução intra hospitalar: ECAM ocorreram em 1,6%, óbito
1,1%, IAM 1,6%, e trombose definitiva/ provável do stent em 1,6%. Evolução
no seguimento tardio: ECAM em 16,9%, óbito em 6% e óbito cardíaco em
3,8%, revascularização do vaso-alvo em 9,2% e trombose tardia do stent em
0,6%. Conclusões: A ICP com SFs em lesões de TCE-NP neste estudo mostrou
ser segura e eficaz na evolução tardia, com baixas taxas de óbito cardíaco
e de trombose do stent.
30
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
37
38
O uso do escore de propensão na análise do custoefetividade com uso seletivo de stents farmacológicos
e não farmacológicos
Incidência, fatores preditores e evolução dos pacientes
com trombose aguda/subaguda de stents: análise de
5000 angioplastias coronárias com implante de stent
ESMERALCI FERREIRA; BERNARDO AMORIM; DENIZAR VIANNA ARAUJO; VITOR
MANUEL PEREIRA AZEVEDO; CAMILLO DE LELLIS CARNEIRO JUNQUEIRA;
CYRO VARGUES RODRIGUES; ALCIDES FERREIRA JUNIOR; ANTONIO FARIAS
NETO; EDGARD FREITAS QUINTELLA; VALTER GABRIEL MALULY; DENILSON
CAMPOS DE ALBUQUERQUE
JOSÉ A BOECHAT; JULIO C M ANDREA; LEANDRO A CÔRTES; HELIO R FIGUEIRA
Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL e
Hospital de Clínicas Mario Lioni, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
Os estudos sobre custo-efetividade comparando stents farmacológicos (SF)
e não farmacológicos (SNF), são escassos. Objetivos: Avaliar resultados e
comparar os custos (razão do custo-efetividade incremental - RCEI) por rees­
tenose evitada entre SF e SNF utilizando o escore de propensão. Métodos:
220 pacientes prospectivos durante dois anos (média = 17 meses): 111 SF e
109 SNF. O escore de propensão foi usado para ajustar o efeito da intervenção através de pareamento, estratificação e ponderação. Resultados: Maior
predomínio do sexo masculino (n = 174 - 66,8%) e média da idade de 65,9
anos (42 a 91 anos). No SF foi maior a incidência de: diabetes (50,4%
versus 17,4% - p = 0,0001), DAC (38,7% versus 22,1% - p = 0,007), infarto
prévio (48,6% versus 28,4% - p = 0,002), triarteriais (18,9% versus 10,1% p = 0,029) e cirurgia prévia (21,7% versus 5,5% - p = 0,0005). Não houve
diferença para angioplastia prévia (25,2% versus 15,5% - p = 0,077), reestenoses
(6,3% versus 12,8% - p = 0,099) e SCA (43,3% versus 32,0% - p = 0,088). A
sobrevida foi semelhante. Houve incremento de custo R$ 9.590,00 a RCEI foi
R$ 147.538,00 por reestenose evitada (acima do limiar da OMS). Entretanto,
utilizando o escore de propensão as variáveis que melhor classificaram os
pacientes para SF e apresentam uma RCEI máxima de R$ 4.774,96 foram
idade >72 anos, diabéticos, lesões com diâmetro < 3,2 mm e comprimento
>18 mm. Conclusões: O SF atendeu uma população mais grave e apresentou
resultado semelhante. Os SF não foram custo-efetivo na população em geral.
Entretanto o escore de propensão demonstrou que nos diabéticos, idosos,
com calibre e diâmetro específicos dos vasos, o uso dos SF foi custo-efetivo.
Hospital TotalCor - RJ, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL e Clínica São
Vicente Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
Fundamento: A trombose de stent (TS) nos primeiros 30 dias após o procedimento (trombose aguda e subaguda) é um evento infrequente, porém associado
a elevada morbidade e mortalidade. Objetivo: Avaliar a incidência, fatores
pre­­­ditores e evolução dos pacientes com TS aguda/subaguda numa grande
coorte de mais de 5000 angioplastias com implante de stent. Métodos: Análise
retrospectiva de banco de dados, identificando casos de trombose definida de
stent (TS) nos pacientes submetidos a implante de stent nos primeiros 30 dias
após o procedimento índice. Resultados: De Novembro/1998 a Janeiro/2012,
foram realizadas 5040 angioplastias com implante de stents, com ocorrencia
de TS nos primeiros 30 dias em 42 pts (0,8%). Idade média de 59,9 ± 11,9
anos, com predomínio do sexo masculino 76,2%. Quadro clínico: maioria
com síndrome coronariana aguda (infarto com supra 38,1% e resgate 9,5%),
sendo apenas 1 caso com angina estável (2,4%). Fatores de risco: dislipidemia
38,1%, hipertensão 69%, diabetes 11,9%, tabagismo 21,4% e infarto prévio em
26,2%. Extensão da doença: multiarterial 73,8%, disfuncao VE 42,9%, Vaso
abordado: ACD 42,9%, tronco coronaria esquerda 2,4%, ACDA 40,5%, ACX
19% e ponte de safena 2,4%. Características das lesões: trombo angiográfico
64,3%, bifurcação 14,3%, calcificadas 4,8%, stents < 2,75 mm 40,5%. Sucesso
angiográfico foi obtido em 97,6% dos casos, e 14,3% apresentaram no reflow
durante procedimento índice. Tempo médio de internação XX dias. Análise
multivariada demonstrou que as variaveis independentes relacionadas a TS
foram no reflow (OR 8,0; IC 95% 3,3-19,6; p < 0,001), stents < 2,75 mm
(OR 2,2; IC 95% 1,0-4,8; p = 0,03) e pacientes com infarto prévio (OR 2,6;
IC 95% 1,0-6,7; p = 0,03). A frequencia de óbito e infarto nos primeiros 30
dias foi de 11,9% e 28,6% respectivamente. Conclusão: Na análise de mais de
5000 angioplastias a TS foi uma complicação incomum (0,8%), porém associada
a elevada morbi-mortalidade. A ocorrência de no reflow, o tratamento de vasos
de fino calibre e pacientes com infarto prévio foram variáveis preditoras de TS.
39
40
Influência do escore de cálcio na severidade das
le­­­­
sões coronarianas moderadas: uma análise com
ultrAssom intracoronariano
Uso de protamina para retirada precoce dos introduto­
res femorais após angioplastia coronária com implan­­­
te de stent
YARED; FELIPE S; MISSEL; EDUARDO; YARED; GILSON A; YARED; ADROALDO;
ROCHA; FÁBIO B; YARED; GUILHERME S; SELEME; VINÍCIUS B; COSTA;
FRANCISCO D A
BERNARDO KREMER DINIZ GONÇALVES; ANGELO LEONE TEDESCHI; MARCELLO AUGUSTUS DE SENA; RODRIGO TRAJANO SANDOVAL PEIXOTO; EDISON
CARVALHO SANDOVAL PEIXOTO
Instituto de Cardiologia Ecoville, Curitiba, PR, BRASIL e Fsicor,
Curitiba, PR, BRASIL
Procordis, Niteroi, RJ, BRASIL e Universidade Federal Fluminense,
Niteroi, RJ, BRASIL
Introdução: A área luminal mínima (ALM) medida ao ultrassom intraco­­­
ronariano (USIC) é um preditor de eventos em pcts portadores de lesões
angiograficamente moderadas. O cálcio, por sua vez é um preditor de
estabilidade na análise qualitativa dessas lesões post mortem. O objetivo
desse estudo é observar qual a influência da quantidade total de cálcio nas
coronárias na severidade de lesões moderadas avaliadas no USIC. Método:
Analisamos com USIC 27 lesões moderadas em uma série consecutiva de
22 pcts com indicação. Realizado as medidas da ALM, carga de placa
(CP) e percentual de área de estenose (PAE), estes com angiotomografia
coronariana pré procedimento. Resultados: Os pcts com dade 60 ± 9 anos,
sendo 85% homens e 41% diabéticos. Observamos relação significativa entre
a ALM e escore de cálcio total (ECT) (P = 0,002) e escore de cálcio alvo
(P = 0,003), mas não houve entre ECT e CP (P = 0,93) e PAE (P = 0,32).
Os preditores da ALM na análise multivariada foram diabetes (P = 0,01),
FE < 50% (P = 0,02), PCR (P = 0,02) e HDL (P = 0,02). Conclusão: O ECT
apresenta correlação positiva com a ALM em artérias coronárias, sugerindo
de maneira indireta que lesões ateroscleróticas moderadas com maior
carga de cálcio apresentam melhor prognóstico clínico.
Fundamento: A angioplastia coronária é executada através de introdutor
he­­­mostático na artéria femoral. Esses introdutores são retirados após o
procedimento tão logo haja normalização da crase sanguínea, o que
pode levar várias horas. Este tempo pode ser abreviado com o uso de
pro­­­tamina, porém o seu uso não é difundido devido ao possível maior
risco de trombose de stent. Objetivo: Demonstrar a segurança do uso da
Protamina, após a angioplastia coronária com stent, através da ausência
de correlação do uso da droga com a ocorrência de trombose. Métodos:
Avaliados 6318 pacientes submetidos a angioplastia coronária. Divididos
em dois grupos: os que receberam protamina após a intervenção (G1)
não receberam (G2). Feita a análise univariável para diversos parâmetros.
O G2 apresentou um percentual maior de pacientes diabéticos (38,1%
versus 27,4% p < 0,0001), choque (7,17% versus 1,11% p < 0,0001),
infarto agudo do miocárdio (22,5% versus 10,8% p < 0,0001). O G1
apresentava maior ocorrência de lesões excêntricas (98,1% versus 94,1%
p < 0,0001), do tipo C (53,2% versus 40,5% p < 0,0001), vasos menores
que 2,5 mm (23,2% versus 15,6% p < 0,0001) e menos lesões com trombos (13,6% versus 25,3% p < 0,0001) Depois, realizou-se uma segunda
divisão: os que apresentaram trombose de stent e os que não apresentaram
esta complicação. Feito análise univariável para parâmetros clínicos e
angiográficos e multivariável para identificar preditores independentes
de trombose de stent. A protamina não foi identificada como preditor
independente de trombose de stent. Conclusão: O uso da Protamina é
segura, após a angioplastia coronária, por não estar associado a maior
ocorrência de trombose aguda e subaguda de stent.
31
Temas Livres • Apresentação em Pôster
41
42
Uso de protamina para retirada de introdutores fe­­
morais após implante de stents farmacológicos: “é
uma estratégia segura?”
Importância do Syntax Score na avaliação dos pacientes
submetidos à intervenção coronária percutânea no
mundo real
BERNARDO KREMER DINIZ GONÇALVES; ANGELO LEONE TEDESCHI; MARCELLO
AUGUSTUS DE SENA; RODRIGO TRAJANO SANDOVAL PEIXOTO
BRUNO STEFANI LELIS SILVA; GHANDOUR; M S; BEZERRA; B V; BARBOSA;
D O N; CARNIETO; N M; ERUDILHO; E; CRISTOVAO; S A B; MAURO; M F Z;
MANGIONE; J A
Procordis, Niteroi, RJ, BRASIL e Universidade Federal Fluminense,
Niteroi, RJ BRASIL
Fundamento: A reversão da anticoagulação pela protamina após o implante de stent pode ser uma opção terapêutica. Pois poderia auxiliar no
tratamento de complicações da angioplastia, como a ruptura ou perfuração coronária e permitir a retirada precoce dos introdutores, evitando
complicações de punção e reduzindo o desconforto dos pacientes. Esta
abordagem raramente é usada após o implante de stent farmacológico
(DES) devido ao possível aumento do risco de trombose de stent. Métodos:
Foram analisados retrospectivamente a incidência de trombose aguda ou
subaguda em 6023 pacientes submetidos a angioplastia coronária com
implante de stent sendo divididos em dois grupos: o GI com 2509 DES
implantados que receberam protamina após o procedimento e o GII com
436 DES implantados porém não receberam protamina após a intervenção para a retirada precoce dos introdutores femorais. Resultados: Seis
pacientes (0,24%) apresentaram trombose de stent no GI (2509DES) e
apenas um paciente apresentou trombose no GII (436 DES) (p = 0,96,
odds ratio: 0,96; 95% intervalo de confiança). Conclusão: A reversão
do efeito anticoagulante da heparina pela protamina após angioplastia
coronária com implante de stent farmacológico, em nosso estudo, foi
segura por não predispor a maior incidência de trombose de stent. Estes
achados podem ter importantes consequências na prática da cardiologia
intervencionista.
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: O Syntax Score foi idealizado para avaliar a complexidade angio­­
gráfica dos pacientes (p) portadores de doença arterial coronária (DAC). Se­u uso
mostrou-se importante no estudo Syntax que comparou a intervenção percutânea
(ICP) com stents farmacológicos (SF) com a cirurgia de revascularização do
miocárdio em p triarteriais ou com lesão do tronco da coronária esquerda.
Entretanto, sua utilidade no chamado “mundo real” não está completamente
es­­­­clarecida. Objetivos: Avaliar os resultados da ICP em p com diferentes
graus de complexidade angiográfica, tratados em um único centro, avaliados
atra­­­vés do Syntax Score. Métodos: De julho/2009 a dezembro/2011 foram
analisados os casos de ICP eletiva com SF em p multiarteriais e divididos em
Grupo A (GA) Syntax Score  16 pontos e Grupo B (GB) > 16. O desfecho
primário foi a taxa de eventos cardíacos adversos maiores: óbito cardíaco,
infarto agudo do miocárdio (IAM) não fatal e revascularização do vaso alvo
guiada por isquemia. Dentre os desfechos secundários analisou-se a taxa de
sucesso clínico e de trombose. Resultados: Foram incluídos 321 p com idade
média de 65 ± 10,5 anos. O GA foi composto por 242 p (75%) e o GB por
79p (25%). Os grupos eram homogêneos, exceto para história de IAM prévio
GA 33,1% vs GB 20,3% (p = 0,04). Com relação à extensão da DAC no GA
predominaram biarteriais 70,7% e no GB triarteriais 63,3 (p = 0,03). A taxa de
sucesso clínico foi de 99,6% no GA vs 93,7% no GB (p = 0,02). O follow-up
médio de 195 ± 163 dias foi realizado em 97,2% dos p. O desfecho primário
ocorreu em 7p (2,9%) no GA e 2p (2,5%) no GB (p = ns). Houve um caso
de trombose definitiva subaguda no GB (1,4%). Não houve diferença neste
período no grau de angina entre os 2 grupos. Conclusão: Os p de maior complexidade angiográfica (Syntax Score > 16) apresentam menor taxa de sucesso
do procedimento, no entanto, evolução clínica semelhante comparado aos de
menor complexidade (Syntax Score  16).
43
44
Comparação entre avaliação angiográfica e ultrasso­
nográfica de volume de placa aterosclerótica em
artérias coronárias
Preditores de cardiopatia isquêmica utilizando a angiografia coronária na insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida
ERLON OLIVEIRA DE ABREU SILVA; JOÃO MIGUEL MALTA DANTAS; PEDRO ALVES
LEMOS NETO; CLAUDIA MARIA RODRIGUES ALVES; VALTER CORREIA DE LIMA
EDUARDO FRANÇA PESSOA DE MELO; RODRIGO MOREL VIEIRA DE MELO;
BRUNO BISELI; JOAO PAULO GURGEL DE MEDEIROS; HENRIQUE BARBOSA
RIBEIRO; GERMANO EMILIO CONCEIÇÃO SOUZA; EDIMAR ALCIDES BOCCHI;
EXPEDITO E. RIBEIRO DA SILVA
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Volume de placa aterosclerótica coronariana tem valor prognóstico
na evolução da doença e em desfechos clínicos pós-intervenção. Sendo primariamente um conceito tridimensional, a quantificação angiográfica do volume
de placa usa modelos matemáticos concebidos para análise de enxertos de
safena ou artérias nativas. Objetivos: Comparar medidas de volume de placa
aterosclerótica coronariana na angiografia, utilizando dois diferentes modelos
matemáticos, com aquela obtida através do ultrassom intra-coronário (USIC),
utilizada como referência. Método: Estudo transversal com 28 adultos submetidos
à angiografia coronariana e USIC simultaneamente. A lesão alvo analisada foi
definida pela angiografia. Foram utilizados os seguintes modelos matemáticos:
Angio1)  x (EL)x[(DRV/2)2 – (DLM/2)2], onde  = 3,14; EL=extensão de
lesão; DRV=diâmetro de referência do vaso; DLM=diâmetro luminal mínimo;
e Angio2) Volume da Lesão=V – 2 * {(/3)*(EL/2)*[(D/2)2 + (D*(1-S/2)* D/2) +
(D*(1-S)/2)2 ]}, onde D=diâmetro da lesão e S=% máximo de estenose. Calculados os coeficientes de correlação de Pearson, de correlação de concordância
(C.C. concordância) e realizada análise de Bland-Altman. Resultados: A tabela
abaixo exibe a comparação entre os diferentes métodos. A análise de Bland-Altman indica uma diferença sistemática significativa (Angio1xUSIC= -52,4;
Angio2xUSIC= -89,6). Conclusão: Apesar da boa correlação entre as medidas
volumétricas anfiográficas e de USIC, sua concordância é baixa e a angiografia
subestima o volume de placa aterosclerótica coronariana, independentemente
do modelo matemático utilizado.
Pearson
C. C. Concordância
Angio1xAngio2
0,99
0,65
Angio1xUSIC
0,87
0,57
Angio2xUSIC
0,87
0,28
Instituto do Coração, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Fundamento: A angiografia coronária (AC) na insuficiência cardíaca (IC) sistólica
sem etiologia definida pode ser justificada para avaliação diagnóstica de cardiopatia isquêmica (CI). Porém os pacientes que se beneficiam desta estratégia não
são bem definidos. Objetivo: Avaliar prevalência e preditores de CI através de
critérios angiográficos, em pacientes com IC e fração de ejeção (FEVE) reduzida
sem etiologia definida. Métodos: Pacientes ambulatoriais consecutivos com IC
e disfunção sistólica (FEVE < 45%), sem etiologia definida após avaliação não
invasiva inicial, que tiveram a AC indicada para esclarecimento etiológico da
cardiopatia. Os critérios angiográficos utilizados basearam-se nas definições
publicadas previamente. Os pacientes com diagnóstico de DAC, sorologia
positiva para Chagas, cardiopatia congênita, valvopatia grave ou submetidos
a transplante cardíaco foram excluídos. Foram coletados dados demográficos e
clínicos. Resultados: 152 pacientes foram incluídos sendo 105 (69%) do sexo
masculino com idade de 53 (+-10,3) anos e FEVE: 27,7% (+-7,7). A prevalência
de CI foi de 14 (9,2%) pacientes. Os preditores para CI estão na tabela 1. Na
análise univariada apenas a presença de angina foi preditora de CI (p = 0,006).
Conclusão: A realização da AC em pacientes com IC e disfunção sistólica sem
etiologia definida apresentou baixo rendimento diagnóstico para CI. Apenas
história de angina foi preditor de alterações angiográficas compatíveis com CI.
Idade, anos
Masculino, n
Angina
CNI
p
54 +- 10
0,220
12 (85,7%)
93 (67,4%)
0,228
7 (50%)
22 (15,9%)
0,006
0,142
NYHA 3-4
8 (57,1%)
47 (34,1%)
¡Ý3 FR para DAC
9 (64,3%)
71 (51,4%)
0,41
27.07
27.8
0,738
FEVE, %
32
CI
50+-10
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
45
46
Utilização da Histologia Virtual® na identificação de
lesões propensas à reestenose
Estudo sequencial por tomografia de coerência ópti­
ca - 30 e 180 dias - pós-implante de stents em artérias
coronárias porcinas
DIMYTRI A A SIQUEIRA; AMANDA G M R SOUSA; J RIBAMAR COSTA JUNIOR;
LUIZ F L TANAJURA; RICARDO A COSTA; RODOLFO STAICO; GALO MALDONADO;
FAUSTO FERES; ALEXANDRE A C ABIZAID; J EDUARDO MORAES REGO SOUSA
TAKIMURA; C K; GALON; M Z; GUTIERREZ; P S; AIELLO; V D; CHAVES; M;
FERREIRA; S K; BORGES; T F C C; NETO; P A L
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Incor, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Fundamentos: Diversos fatores clínicos, anatômicos e técnicos associam-se à
ocorrência de reestenose intra-stent. A hipótese de que o tipo ou a composição
da lesão aterosclerótica tratada possa correlacionar-se com a reestenose ainda
não foi esclarecida. Objetivo: Determinar a relação entre a composição da
placa aterosclerótica - conforme análise pela Histologia Virtual® – e a magni­tude
da HNI após stents farmacológicos (SF) e não-farmacológicos (SNF). Mé­­­todos:
De 09/2008 a 11/2009, 52 pts com SCA com ou sem supra ST foram randomizados para o tratamento com SF com sirolimus ou com SNF. O USIC com
Histologia Virtual® foi realizado antes do tratamento das lesões cul­­­padas, e
correlacionou-se o porcentual dos componentes fibrótico (FF), fi­­­bro­lipídico (FL),
núcleo necrótico (NC) e cálcio (Ca) das placas com o grau de HNI, avaliado
pelo USIC aos 9 meses. Resultados: A média de idade foi de 55,3 ± 4,9 anos,
sendo 77% homens. Os grupos eram semelhantes no que se refere às variáveis
clínicas e angiográficas. À Histologia Virtual®, não foram detectadas diferenças
em relação ao tipo de placa culpada, sendo predominantes as lesões do tipo
fibroateroma e fibroateroma calcificado. O tecido fibrótico foi o componente
preponderante (59,6% ± 15,8% do volume total das placas), e cerca de 20%
do volume das lesões era composto por núcleo necrótico. Após 9 meses, o
USIC foi realizado em 49 (94%) dos pts. Tanto o volume como o porcentual
de HNI foram significativamente maiores no grupo tratado com SNF (60,8 ±
32 mm 3 vs 14 ± 9,2 mm 3, p < 0,0001 e 31,9 ± 12,9% vs 8,2% ± 7,6%,
p < 0,0001, respectivamente). Não foi observada associação entre os porcentuais dos componentes FF (corr. 0,038, p = 0,81), FL (corr. 0,109,
p = 0,49), Ca (corr. -0,073, p = 0,64) e NC (corr. -0,062, p = 0,69) com
a HNI. Conclusão: Os resultados deste estudo prospectivo e randomizado
indicam que as informações providas pela Histologia Virtual® não auxiliam
na identificação de lesões mais propensas à reestenose, tanto após stents
farmacológicos como não- farmacológicos.
Introdução: A avaliação de longo prazo (180 dias) de stents implantados
em artérias coronárias porcinas é fundamental na avaliação da segurança
de novos stents coronários. A tomografia de coerência óptica (OCT) permite
uma análise temporal sequencial da hiperplasia neoíntimal (HNI). Métodos:
Em 3 porcos foram implantados 8 stents nas artérias coronárias (3 stents
Cronus® e 5 stents com eluição de sirolimus Inspiron®). Aos 30 e 180 dias
utilizou-se a OCT para avaliação da HNI em cada animal. Resultados: Aos
30 dias a área luminal (mm2), área do stent (mm2), área de HNI (mm2) e
HNI porcentual (%) foi de 5,11 ± 1,81 (média ± DP); 8,32 ± 0,69; 3,21
± 1,28; 39 ± 18 e de 4,53 ± 2,62; 7,98 ± 1,93; 3,44 ± 1,84; 45 ± 24
para o stent Cronus® e stent Inspiron®, respectivamente (p = ns). Aos 180
dias a área luminal (mm2), área do stent (mm2), área de HNI (mm2) e
HNI porcentual (%) foi de 7,44 ± 1,82 (média ± DP); 8,77 ± 0,97; 1,33
± 0,91; 15 ± 12 e de 6,08 ± 2,62; 8,62 ± 1,91; 2,53 ± 0,99; 33 ± 16
para o stent Cronus ® e stent Inspiron ®, respectivamen­te (p = 0,039;
p < 0,0001; p < 0,0001 para área luminal, área de HNI e HNI porcentual
do stent Cronus® versus Inspiron®). Análise das médias do mesmo tipo de
stent nos 2 períodos avaliados (30 dias versus 180 dias) revelou para o
stent Cronus® área luminal, área do stent, área de HNI e HNI porcentual
um p < 0,0001, p = 0,017, p < 0,0001 e p < 0,001 respectivamente. Para
o stent Inspiron® o p foi < 0,001 para as comparações (30 dias versus
180 dias) das mesmas variáveis. Conclu­sões: 1. O stent Cronus® e o stent
Inspiron® se mostraram seguros nesta observação experimental de longo
prazo. 2. Entre 30 dias e 180 dias pós-implante ocorreu remodelamento
da neoíntima traduzidos por aumento da área luminal e redução da HNI,
tanto no stent Cronus® quanto no stent Inspiron®.
47
48
Comparação quantitativa de cateteres utilizados pela
técnica radial e femural em 1124 pacientes em ins­­­
tituição do SUS
PERFIL CLÍNICO DO PACIENTE SUBMETIDO À RESERVA DE FLU­­­­
XO COMBINADA AO ULTRASSOM INTRACORONÁRIO DURANTE
CINECORONARIOGRAFIA
HEITOR MAURICIO DE MEDEIROS FILHO; MARIA ANTONIETA ALBANEZ ALBUQUERQUE MEDEIROS; GUSMÃO; M O; NETO; RUI F T; MEDEIROS; M A A;
MEDEIROS; H N A A
JOSE MARIANI JUNIOR; ANTONIO ESTEVES FILHO; LUIZ JUNYA KAJITA;
THIAGO FERRAZ VIEIRA PINTO; FABIANA PEREZ; ROBERTO KALIL FILHO;
PEDRO ALVES LEMOS NETO
Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL
HOSPITAL SIRIO LIBANES, SÃO PAULO, SP, BRASIL
Introdução: Abordagem radial tem sido descrita como uma via de acesso ef­­­etiva
e segura para diagnóstico e intervenção. Método: Dois grupos de operadores,
o grupo radial (GR), composto de único operador e grupo femural (GF), 05.
Resultados: De Abril 2010 à Jan 2012, 1.124 pacientes (p), divididos em
dois grupos: GR 562p, 55.2% masculino (m) com idade média 61.3 anos e
GF- 562p, 55.7% m e idade média 63.2 anos. No GR, 461p estudo diagnóstico
- 422p cinecoronariografia simples (CS) e 39 p revascularizados com estudo das
coronárias e pontes, total de 461 cateteres diagnósticos TIG 5f. Na intervenção
percutanêa 101p: 53p IAM supra ST e 48p angioplastia eletiva-42p uniarterial
e 06 biarterial, sendo um único cateter guia, no total de 101 cateteres Ikare il
nas diferentes curvas em 95% dos casos.Totalizando 213 cateteres, 2,1 cat- p.
No GF 461p submeteram a cateterismo- 422p realizaram CS e 39p revascularizados com estudo das coronárias e pontes. Foram utilizados os cateteres
convencionais, Judkins de direita e esquerda, pigtail e o cateter se­­­letivo de
mamária. Totalizaram-se 1.422 cateteres, média de 3.3 cateteres por paciente.
Na intervenção percutanea foram 101p, 53p com IAM ST supra, utilizando 03
cateteres, 02 diagnosticos e 01 terapeutico para abordar a artéria alvo, totalizando 159 cateteres. Realizaram angioplastia eletiva 48 p - 42p vasos únicos
e 06p biarteriais, total de 54 cateteres terapêuticos. Totalizando 213 cateteres,
2,1 cat por paciente. No GF foram utilizados 1.635 cateteres total. A diferença
entre GF e GR grupo diagnostico: 961 cateteres; interveção, 112 terapeutico,
totalizando em 1073 cateteres. No GR não houve crossover, porém, no GF,
1%. Em relação a complicações maiores: no GR, zero; no GF 2%- 06p com
hematoma volumoso e 04p hemotransfundidos. Conclusão: A técnica radial
com único cateteter para diagnóstico e intervenção proporcionou uma nova
opção para diminuir custos, além do menor tempo porta- balão, contraste e
radiação para o paciente.
Introdução: Métodos complementares à cinecoronariografia, como a Reser­­­­va
de Fluxo Coronariano (RFF) e o Ultrassom Intracoronário (USIC) tem sido cada
vez mais empregados em nosso meio. Objetivos: Analisar e delinear o perfil
clínico dos pacientes submetidos, de forma combinada, à RFF e ao USIC em
hospital geral de alta complexidade cardiológica. Métodos: Entre Novembro de
2009 à Dezembro de 2011, foram realizados 841 procedimentos diagnósticos.
Destes, 58 (6,9%) foram realizados, de forma combinada, com RFF e o USIC
(G1). O perfil clínico deste grupo foi delineado e comparado com os pacientes
que realizaram procedimentos diagnósticos sem RFF nem USIC (G2). Resultados: No G1, 15 pacientes (25,8%) eram diabéticos não insulino-dependentes
(DMNID), enquanto que no G2, 354 pacientes (42,1%) eram portadores de
DMNID – p = 0,01. No G1, 7 pacientes (12,06%) eram tabagistas no momento
do procedimento, e, no G2, 192 pacientes (22,8%) – p = 0,07. No G1, 2
pacientes (3,45) pacientes tinham insuficiência renal (dialítica ou não) e no
G2, 104 pacientes (12,3%) – p = 0,03. No G1, 17 pacientes (29,3%) tinham
história prévia de doença aterosclerótica coronariana e no G2, 587 pacientes
(69,7%): p < 0,0001. No quadro clínico de admissão, 38 pacientes (65,5%)
eram assintomáticos ou referiam dor torácica atípica no G1, enquanto que no
G2, 502 pacientes (59,7%) tinham esta mesma apresentação clínica: p = 0,40.
À angiografia, no G1, 3 pacientes (5,1%) tinham lesão menor que 50% e,
no G2, 168 pacientes (19,9%): p = 0,03. Conclusões: Os pacientes que se
submeteram a RFF e USIC tinham menor incidência de Diabetes Mellitus, de
insuficiência renal e de história prévia de doença aterosclerótica coronariana.
Alem disso, também tinham menor prevalência de lesão coronariana severa à
angiografia. São, portanto pacientes de menor risco clínico e angiográfico de
doença aterosclerótica coronariana.
33
Temas Livres • Apresentação em Pôster
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SEGURANÇA E EFETIVIDADE DA ANGIOPLASTIA AD HOC EM
SÉRIE CONSECUTIVA DE 214 PACIENTES EM HOSPITAL DE ALTA
COMPLEXIDADE CARDIOLÓGICA
Incidência, Manejo e Prognóstico das Perfurações
Coronarianas
JOSE MARIANI JUNIOR; ANTONIO ESTEVES FILHO; LUIZ JUNYA KAJITA;
THIAGO FERRAZ VIEIRA PINTO; FABIANA PEREZ; ROBERTO KALIL FILHO;
PEDRO ALVES LEMOS NETO
HOSPITAL SIRIO LIBANES, SÃO PAULO, SP, BRASIL
WERSLEY ARAUJO SILVA; RICARDO A COSTA; TARCISIO C B JUNIOR; GENTIL B
A FILHO; JOSE R C JUNIOR; DIMYTRI A A SIQUEIRA; RODOLFO STAICO; FAUSTO
FERES; LUIZ A P E MATTOS; ALEXANDRE A C ABIZAID; JOSE E M R SOUSA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A angioplastia ad hoc, definida aqui como angioplastia rea­
lizada imediatamente após a cinecoronariografia em pacientes que não
são portadores de síndrome coronariana aguda ou equivalente isquêmico,
tem sido controversa, porém sua utilização rotineira neste grupo populacional é factível, aumentando o conforto do paciente. Objetivos: Relatar
a segurança e efetividade, da angioplastia ad hoc em hospital geral de
alta complexidade cardiológica, que tem como rotina esta estratégia de
tratamento. Métodos: Entre Novembro de 2009 e Dezembro de 2011,
foram realizadas 270 angioplastias em pacientes portadores de síndrome
coronariana crônica ou assintomáticos, com indicação de tratamento
percutâneo. Destas, 214 (78%) foram ad hoc e 56 (22%) foram efetuadas
tardiamente na mesma ou em outra internação. Analisamos o volume
de contraste durante o procedimento, e, no período intrahospitalar, a
ocor­­­­rência de alteração da função renal, de complicações vasculares e a
mortalidade. Resultados: O volume de contraste utilizado no grupo ad hoc
foi de 181,4 ± 10,1 ml e de 72,3 ± 9,2 ml no grupo tardio (p < 0,01).
No entanto, não houve diferença entre os grupos com relação à função
renal pós-procedimento; o aumento médio na creatinina sérica após 48
hrs do procedimento foi de 22% vs. 19% para os grupos ad hoc e tardio,
respectivamente (p = 0,54). Houve 4 (1,8%) complicações vasculares
(pseudoaneurismas) no grupo ad hoc e 1 (1,7%) pseudoaneurisma no
grupo tardio (p = 1,0). No período intrahospitalar, houve1 óbito (0,5%)
no grupo ad hoc e nenhum óbito no grupo tardio (p = 1,0). Conclusões:
A angioplastia ad hoc foi tão efetiva quanto à angioplastia não ad hoc;
não aumentou a mortalidade e não cursou com maior incidência de
nefropatia induzida pelo contraste, podendo assim ser incorporada à
prática clínica diária com segurança, efetividade e baixo risco.
Introdução: A perfuração coronariana (PC) na era dos stents é uma rara com­­­­­­
plicação, contudo potencialmente catastrófica e o seu manejo ótimo e preditores
permanecem indefinidos. O nosso objetivo foi avaliar a incidência, o manejo
e o prognóstico das perfurações coronarianas na experiência de um centro
clínico terciário. Métodos: Análise de pacientes submetidos à intervenção
coronariana percuntânea (ICP) entre 12/2007 e 01/2012 no IDPC, a partir da
pesquisa do banco de dados, prontuários médicos e análise angiográfica qua­­
litativa e quantitativa. Pacientes que apresentaram PC foram analisados quanto
às características clínicas e angiográficas, tratamento estabelecido e evolução
intra-hospitalar. Foi ainda realizada uma análise tipo caso/controle para determinação dos preditores clínicos e angiográficos. Resultados: Um total de
5.583 pacientes foram submetidos à ICP no período e a incidência de PC foi
de cerca de 0,3% (n = 16), sendo a maioria do sexo feminino (56,3%). Cerca
de 43,8% foram encaminhados devido a um quadro de síndrome coronariana
aguda e apenas 2 pacientes (12,5%) eram assintomáticos (isquemia silenciosa).
O território mais acometido foi a da artéria descendente anterior (62,5%) e
a lesão coronariana mais frequente foi a do tipo C (56,3%) pela ACC/AHA,
in­­­cluindo 25% de oclusões crônicas. Em relação ao tipo de perfuração, 62,5%
apresentaram uma PC grau II ou III segundo à classificação de Ellis e a corda-guia foi o dispositivo responsável em 43,75% das perfurações. Realizou-se
insuflação prolongada com cateter-balão em 62,5% dos casos e a reversão
da heparina com protamina em 81,3% dos casos. Apenas 1 paciente (6,25%)
necessitou de abordagem cirúrgica de emergência devido a um tamponamento
cardíaco, sendo que não houve óbito associado à PC. Na análise univariada,
os preditores significantes de PC foram: tabagismo (p = 0,02) e oclusão crônica
(p = 0,002). Conclusões: Apesar da complexidade das lesões em nosso serviço,
a maioria dos casos de PC foram manejados com reforço de protamina e/ou
insuflação do balão, com resultados favoráveis incluindo ausência de óbito.
Em nossa série, a PC esteve associada ao tabagismo e à oclusão crônica.
51
52
Ultrassom com Histologia Virtual do Tronco da Artéria
Coronária Esquerda: Uma Janela para Avaliar Carga
e Composição da Aterosclerose na Árvore Coronária
Intervenção coronária percutânea pela via radial:
ex­­­­periência e resultados clínicos em um centro formador de cardiologistas intervencionistas
BRENO A A FALCÃO; GUSTAVO R MORAIS; JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO; RAFAEL
C SILVA; RYAN A A FALCÃO; PEDRO ALVES LEMOS N
GENTIL BARREIRA DE AGUIAR FILHO; DIMYTRI ALEXANDRE DE ALVIM
SIQUEIRA; JOSE RIBAMAR COSTA JUNIOR; FELIPE DE MACEDO COELHO;
RODOLFO STAICO; RICARDO ALVES DA COSTA; FAUSTO FERES; SERGIO
LUIZ NAVARRO BRAGA; ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID; AMANDA
GUERRA DE MORAES REGO SOUSA; JOSE EDUARDO MORAES REGO SOUSA
Instituto do Coração, FMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Imagens de aterosclerose em leitos vasculares extra-cardíacos, como
nas carótidas, têm sido incorporadas para estratificação de risco coronário.
A carga aterosclerótica coronariana global, e possivelmente sua composição,
tem influência no risco para eventos cardiovasculares maiores. Considerou-se
a hipótese de que a avaliação isolada do tronco da artéria coronária esquerda
(TCE) pudessse predizer a carga e a composição da aterosclerose no restante
da árvore coronária. Métodos: Foram elegíveis pacientes com diagnóstico de
doença arterial coronária com indicação de angioplastia. Durante o procedimento, realizou-se ultrassom intracoronariano, com técnica de Histologia Virtual
(HV), do TCE e de pelo menos os 40 mm proximais de ao menos uma das três
artérias coronárias principais. A média dos parâmetros ultrassonográficos de área
luminal, área da membrana elástica externa, área de placa e carga de placa;
bem como a área média de cada componente da placa (fibrótico, fibro-lipídico,
necrótico e calcífico) foi mensurada para o TCE e para o restante da árvore
coronária como um todo, sendo realizados testes de correlação. Resultados:
Foram incluídos 67 pacientes, com idade média de 58,7+9,3 anos, 67% do sexo
masculino e 42% diabéticos. Foram analisados 67 TCE (41,3 cm) e 180 outras
coronárias (980,6 cm). Observou-se correlação significativa (p < 0,01) entre o
TCE e o restante da árvore coronária como um todo para todos os parâmetros
ultrassonográficos de escala de cinza avaliados: área luminal (r = 0,60), área
da membrana elástica externa (r = 0,64), área de placa (r = 0,53), carga de
placa (r = 0,55); e para todos os parâmetros de composição de placa pela
HV: área média do componente fibrótico (r = 0,54), fibro-lipídico (r = 0,52),
necrótico (r = 0,52) e calcífico (r = 0,36). Conclusão: Carga e composição da
aterosclerose na árvore coronariana podem ser estimadas a partir da avaliação
isolada do tronco da artéria coronária esquerda. Essa associação é relevante
para construção de índices ateroscleróticos de predição de risco cardiovascular,
utilizando sistemas de imagem invasivos e não-invasivos.
34
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A intervenção coronária percutânea (ICP) por via radial associa-se
à redução nas taxas de complicações vasculares e hemorrágicas. Neste estudo,
avaliamos a prevalência e os resultados da ICP por via radial em comparação
com a via femoral. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, unicêntrico com
5545 pacientes consecutivos submetidos a ICP. Os procedimentos eram realizados pelos médicos residentes, com supervisão de intervencionistas experientes.
Resultados: No período de dezembro de 2007 a novembro de 2011, 3893
pacientes (70,2%) foram submetidos a ICP pela via femoral e 1652 pacientes
(29,8%) pela via radial. A média de idade foi de 60,8 ± 11,7 anos, sendo
68,9% do sexo masculino e 29% com síndromes coronárias agudas (11,4%
com IAM com supra ST). No período, observou-se aumento na prevalência de
utilização da via radial para ICP (11,8% em 2008, 26,1% em 2009, 41,9%
em 2010 e 45% em 2011). Os pacientes que utilizaram a via radial (30%)
eram mais frequentemente do sexo masculino (76% vs. 66% p < 0,01) e
apresentava mais doença vascular periférica (3% VS. 2% p = 0,04). No grupo
femoral (70%) os pacientes eram mais idosos (61,3 ± 11,7 vs. 59,83 ± 11,6
anos p < 0,01), possuiam mais Insuficiência Renal Crônica (30% vs. 23%;
p < 0,01) e houve um maior volume de contraste utilizado (97,3 ± 48,1 vs.
85,8 ± 39,5 ml p < 0,01).. Maior incidência de complicações vasculares e
sangramentos maiores foi observada nos pacientes submetidos a ICP por via
femoral (2,2% vs 0,48%, p < 0,01 e 1,3% vs. 0,36% p < 0,01). Não foram
detectadas diferenças nas taxas de eventos cardíacos maiores entre os grupos
radial e femoral (AVCi 0,025% vs 0,06%, p = 0,5 / IAM peri-procedimento
3,8% vs 4,4%, p = 0,27 / óbito 0,08% vs. 0,01%, p = 0,71, respectivamente).
Conclusões: Maior prevalência na utilização da via radial tem sido observada
nos últimos anos, ela foi rapidamente incorporada e trouxe resultados do
procedimento equivalentes aos da via femoral, com menores complicações
vasculares e redução nos índices de sangramento.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
53
54
EuroSCORE como preditor de eventos cardíacos maiores em
pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea
Escore Syntax, EuroSCORE e eventos cardíacos em 6
meses: qual o melhor marcador prognóstico?
LUIZ CARLOS CORSETTI BERGOLI; FELIPE C. FUCHS; GUSTAVO NEVES DE
ARAÚJO; GABRIELA SCHOLER TRINDADE; ALEXANDRE MORAES BESTETTI;
RODRIGO V WAINSTEIN; MARCO VUGMAN WAINSTEIN; SANDRO CADAVAL
GONÇALVES; JORGE PINTO RIBEIRO
LUIZ CARLOS CORSETTI BERGOLI; FELIPE C. FUCHS; GUSTAVO NEVES DE
ARAÚJO; ALEXANDRE MORAES BESTETTI; GABRIELA SCHOLER TRINDADE;
RODRIGO V WAINSTEIN; SANDRO CADAVAL GONÇALVES; MARCO V WAINSTEIN;
JORGE PINTO RIBEIRO
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL
Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL
Introdução: Conhecer os preditores de risco em pacientes submetidos à
intervenção coronária percutânea (ICP) em nosso meio permite estratificarmos seu risco, sendo o tratamento proposto apropriado somente quando
os benefícios esperados em termos de sobrevida ou sintomas excedam as
consequências do procedimento. Objetivo: Definir os preditores independen­
tes de eventos cardíacos maiores (morte, IAM ou nova revascularização)
em 6 meses em pacientes submetidos à ICP). Métodos: Foram incluídos
de forma consecutiva 150 pacientes submetidos à ICP, com idade média
de 63 anos, 62% eram do sexo masculino 78,8% hipertensos, 20% tabagistas ativos, 33% diabéticos, 28,7% com IAM prévio e 60,4% livres de
qualquer tipo de intervenção coronariana prévia (ICP ou revascularização
cirúrgica). Os escores foram calculados após cada procedimento e o
seguimento de 6 meses se deu através de contato telefônico. Resultados:
Na análise univariada, os preditores de eventos cardiovasculares maiores
foram IMC baixo (p = 0,008), volume de contraste elevado (p = 0,006),
FE < 40% (p = 0,005) e Síndrome Coronariana Aguda (SCA) (p = 0,001).
Após análise multivariada, os fatores independentes de eventos foram
idade > 70 anos (p = 0,05) e SCA na apresentação (p = 0,01). Quando
adicionados EuroScore e escore Syntax ao modelo, o primeiro foi o
único preditor independente de eventos, com hazard ratio de 1,267 (IC
1,073-1,496). Conclusão: Idade > 70 anos e SCA na apresentação foram
preditores independentes de desfechos cardíacos maiores em 6 meses de
seguimento. EuroSCORE, quando adicionado à análise multivariada, foi
o único preditor independente, ao contrário do escore Syntax, que não
apresentou esta capacidade de predizer eventos cardíacos.
Introdução: EuroSCORE e escore Syntax são os modelos de risco mais
extensivamente estudados em pacientes submetidos à revascularização
coronariana. Embora o primeiro inclua variáveis clínicas e tenha o obje­
tivo de estratificar o risco da revascularizaçao cirúrgica e, o segundo,
variáveis angiográficas e seja ferramenta útil para escolha da forma de
revascularização mais adequada, ambos tem demonstrado capacidade
de predizer eventos pós angioplastia. Objetivo: Avaliar a capacidade
dos escores acima em predizer eventos cardíacos maiores (morte, IAM
ou nova revascularização) em 6 meses, em pacientes submetidos a
intervenção coronária percutânea (ICP) em nosso meio, assim como
compará-los entre si. Métodos: Foram incluídos de forma consecutiva
150 pacientes submetidos a ICP em nosso meio e os escores foram
calculados após cada procedimento. O seguimento de 6 meses foi feito
através de contato telefônico. Resultados: O EuroSCORE médio foi de
3% e o escore Syntax médio foi de 10 pontos na população analisada,
com idade média de 63 anos, sendo 33% dos pacientes diabéticos. Os
escores apresentaram uma correlação positiva, porém apenas razoável,
com coeficiente de Pearson r = 0,43. Quando divididos em alto (> 3%)
e baixo (< 3%) risco, o euroSCORE foi capaz de predizer eventos em 6
meses de forma independente (p = 0,018); o escore Syntax alto (> 10)
não foi preditor quando comparado com escore Syntax baixo (< 10)
(p = 0,353). Conclusão: Na população analisada, o EuroSCORE foi melhor preditor de eventos cardíacos maiores em pacientes submetidos à
intervenção coronária percutânea que escore SYNTAX.
55
56
Aquisição de imagens com lente de pequeno aumento durante
cateterismo cardíaco: Resultados do estudo randomizado RX
Reduction Trial
Interferência do Perfil Antropométrico no Prognóstico de Pacientes Submetidos a Intervenção Coronária
Percutânea
CRISTIANO DE OLIVEIRA CARDOSO; CLAUDIO VASQUES DE MORAES;
JULIO VINÍCIUS DE SOUZA TEIXEIRA; JULIANA CANEDO SEBBEN; JULIO R
VIEGAS; CLÁUDIO A RAMOS DE MORAES; CARLOS ROBERTO CARDOSO; LA
HORE CORREA RODRIGUES; ALEXANDRE SCHAAN DE QUADROS; ROGÉRIO
SARMENTO-LEITE; CARLOS ANTONIO MASCIA GOTTSCHALL
Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS, BRASIL
Introdução: Cateterismo cardíaco expõe pacientes e profissionais aos riscos
da radiação ionizante. É objetivo do estudo avaliar se obtenção de imagens
radiológicas em lente de pequeno aumento reduz significativamente a dose de
exposição à radiação. Métodos: Através de um estudo randomizado, pacientes
foram submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico através de dois métodos:
(1) todo o exame realizado em lente de pequeno aumento e (2) realização da
coronáriografia em lente de médio aumento e ventriculografia em pequeno
aumento. Informações clínicas e dados relacionados ao exame foram coletadas.
A dose de radiação recebida pelo paciente, médico operador do exame e
da equipe de enfermagem foi mensurada por dosímetros digitais individuais.
O objetivo principal foi redução da dose recebida pelos pacientes. Objetivo
secundário foi dose recebida pelo operador e profissional de enfermagem.
Para comparação entre os grupos foram utilizados teste t, não paramétrico e
qui-quadrado, considerando significância estatística qunado p < 0,05. Foram
necessários 120 pacientes para a realização do exame assumindo um “effect
size” de 0,6 com poder de 90%. O estudo foi registrado no clinical.trials.gov
(NCT01334931). Resultados: 120 pcts foram randomizados. Não existiram
diferenças clinicas estatisticamente significante entre os grupos. Os tempos
procedimento (15,20 ± 4,43 x 14,52 ± 3,15 minutos, p = 0,53) e fluoroscopia
(3,05 ± 2,11 x 2,45 ± 1,21 minutos, p = 0,33) foram semelhantes entre os
grupos. Os pacientes do grupo 1 apresentaram redução de 28% na exposição
radiológica (482 ± 235 x 617 ± 182 mgy, p < 0,001). Apresentaram tendência
à menor exposição os operadores (0,44 ± 0,16 x 0,49 ± 0,17 Sv, p = 0,09)
e profissionais da enfermagem (0,26 ± 0,13 x 0,31 ± 0,12 Sv, p = 0,06) do
grupo 1. Conclusão: A aquisição de imagens em lente de pequeno aumento
promove significativa redução de dose de radiação aos pacientes. Médicos
operadores e profissionais de enfermagem apresentam tendência a menor
exposição radiológica.
RAPHAEL K OSUGUE; VINÍCIUS B C ESTEVES; CLEVERSON N ZUKOWSKI;
ARTHUR PIPOLO; CRISTIANO A MASSIH; DANIEL S RAMOS; ULISES E A
SOLORZANO; CHARLES L VIEIRA; GALO MALDONADO; CESAR A ESTEVES
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP
BRASIL e Hospital Santa Catarina, Blumenau, SC, BRASIL
Objetivo: Avaliar se existe correlação entre o perfil antropométrico, através do
índice de massa corporal (IMC), com o prognóstico dos pacientes (P) submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) nas fases intra hospitalar e ao
final de 30 dias. Métodos: Estudo prospectivo não randomizado, multicêntrico,
envolvendo 444 P submetidos a ICP, destes 89 (19,9%) eram obesos. Para fins
de comparação foram considerados obesos os P com IMC > 30. O objetivo
primário foi comparar as taxas de Eventos Cardiovasculares Maiores (ECAM),
definidos por morte, IAM, Revascularização da Lesão Alvo (RLA) e acidente
vascular cerebral (AVC) nos períodos intra-hospitalar e de 30 dias, assim como
as taxas de sangramento e nefropatia induzida por contraste (NIC). Resultados:
A média de idade em ambos os grupos foi semelhantes com 61,5 ± 9,4 anos
no grupo IMC > 30 e 62,3 ± 10,2 anos no grupo IMC<30 (p = 0,508). A
média de peso para ambos os grupos foi respectivamente de 91,2 ± 11,3 kg e
71,1 ± 10,8 kg (p < 0,001). O sexo masculino estava presente em 51 (57,3%)
P com IMC > 30 e 246 (73,2%) P com IMC<30 (p = 0,055). A HAS foi mais
prevalente no grupo do IMC > 30 (93,3% vs 80,7%, p = 0,008), assim como
a utilização de introdutores 5 french (9,0% vs 3,4%, p = 0,040). As outras
variáveis como diabetes, dislipidemia, tabagismo, ICP prévia, IAM prévio,
insuficiência renal crônica e revascularização cirúrgica previa não tiveram
diferença estatisticamente significativa. As taxas de ECAM foram semelhantes
em ambos os grupos (5,6% no grupo IMC > 30 vs 7,0%, no grupo IMC < 30,
p = 0,823) na fase intra hospitalar e 3,4% vs 4,2%, p = NS no respectivos
grupos aos 30 dias. As taxas de sangramento e NIC no período intra hospitalar
para os grupos IMC > 30 e IMC<30 foram 1,1% vs 6,4%, p = 0,074 e 4,5% vs
1,4%, p = 0,082, respectivamente. Nenhuma variável dos ECAM apresentou
significância estatística isoladamente. Conclusão: nessa análise, o IMC não teve
interferência nos resultados relacionados ao prognóstico dos P submetidos a
ICP ao longo dos 30 dias de evolução.
35
Temas Livres • Apresentação em Pôster
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58
Utilidade da Guia de Pressão Intracoronaria na Ava­­­
lia­ção de Lesões Severas Indutoras de Isquemia em
Estudo Funcional Não Invasivo
Comparação dos índices de radiação na angioplastia
realizada pelas vias radial e femoral - Registro
TotalCor
COSTANTINO ROBERTO FRACK COSTANTINI; COSTANTINO ORTIZ COSTANTINI;
MARCOS A DENK; DANIEL ZANUTINI; MARCELO DE FREITAS SANTOS; SERGIO
GUSTAVO TARBINE; MARCOS HENRIQUE BUBNA
RODRIGO B. ESPER; HENRIQUE BARBOSA RIBEIRO; ANDRÉ GASPARINI SPADARO; ROGER RENAULT GODINHO; SANDRO FAIG; FABIO CONEJO; CAMILA
GABRILAITIS; VIVIANE APARECIDA FERNANDES; GUSTAVO CORTEZ SACRAMENTO; VALTER FURLAN; EXPEDITO E. RIBEIRO DA SILVA
Hospital Cardiológico Costantini, Curitiba, PR, BRASIL e Fundação
Francisco Costantini, Curitiba, PR, BRASIL
Hospital TotalCor, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A guia de pressão (GP) permite uma avaliação funcional
in­­­­­­­­­vasiva de lesões coronarianas através da obtenção da reserva de flu­­­­
xo­fracionada (RFF). A RFF tem sido utilizada para determinar a neces­
sidade de revascularização em lesões estenóticas > 50%. Objetivo: Em
lesões coronarianas visualmente consideradas severas (> 70%), avaliar a
correlação entre a isquemia objetivada em estudo funcional não invasivo
(EFNI) pela cintilografia de perfusão miocárdica e a isquemia objetivada
em estudo funcional invasivo pela RFF. Métodos: Estudo prospectivo,
não randomizado, em pacientes consecutivos submetidos a intervenção
coronária percutânea (ICP). De um total de 74 pcts submetidos a ICP e
avalição funcional invasiva e com ultrasom intracoronario apenas 29 pcts
apresentavam isquemia em EFNI correlacionada com lesões angiograficamente severas e conformam a população analisada. Resultados: Sexo
masculino 76%, idade media 63 anos, diabetes 38%, dislipidemia 86%,
hipertensão 97%. Um total de 35 lesões foram analisadas comprome­
tendo DA em 57%, CD 11%, TCE 9%, CX 9%, DPCD 9%, MGCX 3%
e VPCD 3%. Na angiografia quantitativa o grau de estenose médio foi
58.2 ± 14%. Pelo IVUS a média da estenose de área foi 78.6 ± 8.3%
e a média da área luminal mínima foi 2.9 ± 0.8 mmº. O valor médio
de RFF foi 0.80 ± 0.13. Apesar de todas as lesões produzirem isquemia
em ESNI, somente 46% apresentaram RFF < 0.80 (p = 0.5 na regressão
logística). Conclusão: Nesta analise de pacientes com lesões coronárias
severas indutoras de isquemia em estudo funcional não invasivo, a
RFF por meio da guia de pressão se mostrou um método com 64% de
resultados falsos negativos.
Introdução: Nos últimos anos, o número de procedimentos de angioplastia
(ATC) pela via radial tem aumentado progressivamente. A realização de procedimento pela via radial está associada a maior tempo de exame, exposição
à radiação e maior volume de contraste, quando comparada com a via femoral. Diversos estudos referem melhora significativa destes parâmetros, após
curva de aprendizado inicial, em centros de alto volume de utilização da via
radial. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar os índices de
radiação, em serviço com alta experiência no uso da via radial, de acordo
com as vias de acesso. Métodos: Trabalho realizado em um único centro,
incluindo pacientes consecutivos submetidos à ATC coronária pela via radial e
femoral. Foram analisadas as características clínicas, dados dos procedimentos
e radiação (mgy) em relação aos grupos de ATC radial e femoral. Resultados:
Foram incluídos 313 pacientes, 187 submetidos a ATC radial e 126 a ATC
femoral. Não foram observadas diferenças em relação a idade (60,6 ± 12,0 vs.
62,2 ± 13,0; p = 0,86), peso (79,4 ± 15,1 vs. 76,3 ± 14,5; p = 0,64), índice
de massa corpórea (27,0 ± 4,4 vs 26,6 ± 4,6; p = 1,0), HAS (88,0% vs. 85%,
p = 0,52), IAM prévio (24,6% vs 34,1%, p = 0,06) e ATC prévia (18,5% vs.
22,4%, p = 0,39), respectivamente nos grupos radial e femoral. Contudo, o
grupo radial apresentou menor taxa de diabéticos (31,5% vs. 45,6%; p = 0,02) e
de revascularizados prévios (7,6% vs. 24%, p < 0,001). Além disso, a quantidades de radiação entre os grupos radial e femoral foi semelhante (1678 ±
1058 vs. 1648 ± 959 mgy; p = 0,82, respectivamente). Conclusão: Em centro
com alta experiência de intervenção radial, não foi observada diferença no
índice de radiação na ATC radial vs. femoral, apesar de menor incidência de
diabéticos e revascularizados prévios no grupo radial.
59
60
GUIDANCE BY COMPUTED TOMOGRAPHIC ANGIOGRAPHY FOR
AD HOC PERCUTANEOUS CORONARY INTERVENTION. LESSON
FROM A CONTINUOUS - REGISTRY
PERCUTANEOUS CORONARY INTERVENTION IN NINETY - YEAROLD PATIENTS
WILSON ALBINO PIMENTEL F; WELLINGTON B CUSTODIO; EDSON A BOCCHI;
MILTON MACEDO SOARES N; GUSTAVO V OLIVOTTI; CASSIO S NUNES; THOMAS
E C OSTERNE; WAIGNER BENTO PUPIM F; JORGE ROBERTO BUCHLER;
STOESSEL F ASSIS; EGAS ARMELIN
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP,
BRASIL e CENTRO MÉDICO CAMPINAS, SP, BRASIL
Introduction: The AIM of this study was to evaluate the diagnostic performance of coronary computed tomographic angiography (CCTA) and
its influence on modification of percutaneous coronay interventions (PCI)
strategies. Method: The study included two groups of patients: a main
group (MG), including 200 patients screened with a suspect of severe
CAD by CCTA and indication for coronary cineangiography (CINE), and
a control group (CG) for comparison, including 200 patients selected
during the same period, with indication for CINE according to clinical
criteria or by positive functional tests. We evaluated the performance of
CCTA for the diagnosis of lesions > 50% in coronary segments, arteries
and patients and the revascularization strategies adopted. Results: The
sensitivity, specificity and positive and negative predictive values of CCTA
were 85%, 86%, 71% and 98% for the coronary segments, 90%, 91%,
82% and 98% for the coronary arteries and 100%, 88%, 96% and 98%
for patients, respectively. In the MG, PCI was performed in 90% of the
patients, whereas in the CG was performed in 43% of the patients (P = 0.01).
Conclusion: CCTA had a high diagnostic performance in detecting CAD
and allowed ad hoc PCI to be performed in 90% of the patients. This
strategy, however, must await randomized studies to confirm these results.
36
GUSTAVO V OLIVOTTI; WILSON ALBINO PIMENTEL F; MILTON MACEDO SOARES
N; WELLINGTON B CUSTODIO; EDSON A BOCCHI; CASSIO S NUNES; THOMAS
E C OSTERNE; WAIGNER BENTO PUPIM F; JORGE R BUCHLER; STOESSEL
F ASSIS; EGAS ARMELIN
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, SÃO PAULO, SP,
BRASIL e HOSPITAL SAMARITANO CAMPINAS, SP, BRASIL
Background: Elderly people represent a significant part of the Brazilian
population and the population > 90 years hás tripled in the past three
decades. This retrospective study was aimed at analyzing the results of
percutaneous coronary intervention in ninety-year-old patients. Method:
Overall, 62 ninety-year-old patients (G1) undergoing percutaneous coronary treatment from January 1995 to January 2011 were retrospectively
evaluated. These patients were compared to 6,222 patients < 80 years
of age (G2), treated within the same period. Clinical, angiographic and
procedure characteristics were assessed as well as early and late major
adverse cardiovascular events (MACE) (death, stroke, myocardial infarction, recurrent ischemia). Results: Ninety-year old patients had a greater
prevalence of diabetes, unstable angina, chronic comorbidities, three vessel
coronary disease and left ventricular ejection fraction < 50%. Procedure
success was different between both groups (87% vs. 95.1%; P = 0.049),
as well as the incidence of in-hospital death (6.4% vs. 0.3%; P = 0.022)
and acute myocardial infarction (6.4% vs. 3.6%; P = 0.035). In the late
follow-up, there were significant differences in survival free from MACE
(68% vs. 91%; P < 0.001). Left ventricular ejection fraction < 50% (RR
1.08, IC 0.39-2.99; P = 0.022), > 2 vessel disease (RR 1.82, IC 1.04-3.19;
P = 0.011), left main coronary artery lesion (RR 2.98, IC 0.97-9.17;
P = 0.001), presence of unstable angina (RR 2.48, IC 0.97-9.17; P = 0.0013)
and diabetes (RR 2.35, IC 1.21-4.55; P = 0.0015) were MACE predicting
variables. Conclusion: Ninety-year-old patients had a higher incidence
of cardiovascular events than younger patients. However, when the
intervention may be effectively used with an acceptable safety margin.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
61
62
Avaliação da curva de aprendizado na ocorrência de
complicações nas Intervenções Coronarianas por
Via Radial
PACIENTES COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO DO VENTRICULO ESQUERDO DEPRIMIDA (< 40%) E PORTADORES DE DOENÇA
CORONÁRIA GRAVE – QUANDO INDICAR A REVASCULARIZAÇÃO
PERCUTÂNEA?
EDERLON FERREIRA NOGUEIRA; DIMYTRI A A SIQUEIRA; GUSTAVO D P
MONTEIRO; ROBERTO R BARBOSA; ALEJANDRO S VELÁSQUEZ; JAVIER
O OBLITAS; FÁBIO S RINALDI; JOSE RIBAMAR COSTA J; J E M R SOUSA;
AMANDA G M R SOUSA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A realização de procedimentos pela via de acesso transradial
(TR) tem demostrando redução das complicações vasculares e ocorrência
de sangramentos. No entanto, existem poucos estudos nacionais avaliando a
curva de aprendizado (CA) através da TR. O objetivo foi avaliar a evolução
da CA na realização dos procedimentos pela TR e sua associação com as
complicações e sucesso dos procedimentos. Métodos: Estudo prospectivo, com
237 pacientes submetidos conscecutivamente à cineangiocoronariografia e/ou
Intervenção com stent (ICP) eletiva, realizados por seis residentes do ultimo
ano de treinamento em Cardiologia Intervencionista (CI), sob a orientação e
supervisão de médicos assistentes/preceptores. O sucesso foi definido como
término do mesmo pela via radial. Foram avaliados os tempos de punção (TP),
de cateterização seletiva de coronárias (TC), do exame (TE), de fluoroscopia (TF)
e o volume de contraste utilizado (VC). A ocorrência de espasmos, hematomas,
crossover para via femoral, trombose e necessidade de reparo cirúrgico também
foram determinadas. Resultados: Os pacientes tinham média de idade 60,6 ±
10 anos, 21% eram mulheres e 31,2% de diabéticos. ICP corresponderam a
82,3% da amostra, sendo a taxa de sucesso de 96,7%. O TP foi de 3 min
39 s (DP 3 min 23 s), o TC de 4 min 05s (DP 3 min 07 s), TE de 37 min 07
(DP 22 min 30 s), TF de 16 min 26 s (DP 11 min 13 s), VC 77,7 ± 36,61 ml e
consistente redução no TP e TF foi observada após o 30º exame. Punção radial
na primeira tentativa foi de 78,9%, e em 6,4% a punção foi realizada pelos
preceptores. Na comparação entre os operadores, observou-se estabilização nos
tempos avaliados após o 20º exame. Espasmo arterial ocorreu em 14,3%, com
crossover em 10 casos (4,3%), 4 hematomas (1,7%). Oclusão arterial, fistula,
pseudoaneurisma ou necessidade de reparo cirúrgico não foram observados.
Conclusão: A utilização da TR por médicos em treinamento em CI mostrou-se
segura e eficaz, com baixas taxas de complicações e elevado sucesso. Nesta
casuística, observou-se estabilização no cumprimento e redução na duração
das etapas do procedimento após o 30° exame.
WELLINGTON B CUSTODIO; WILSON ALBINO PIMENTEL F; MILTON MACEDO
SOARES N; GUSTAVO V OLIVOTTI; PAULO C A MAIELLO; FABIO S PETRUCCI;
WAIGNER BENTO PUPIM F; JORGE R BUCHLER; STOESSEL F ASSIS; EGAS
ARMELIN
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, SÃO PAULO, SP,
BRASIL e INSTITUTO DE CARDIOLOGIA, SÃO PAULO, SP, BRASIL
Objetivo: A função ventricular esquerda (FVE) deprimida é fator de mal
prognostico nos pacientes (P) com doença coronária grave (DCG) e nem
sempre com reversão dessa disfunção ventricular. A finalidade desse
estudo foi caracterizar os P portadores de disfunção grave da FVE (FE < 40%)
associado a DCG que poderiam obter benefícios com a intervenção
percutânea (IP). Material e Métodos: No período de janeiro de 1998 a
novembro de 2008, revisamos 500 P, grupo (G)-1 que se submeteram
a IP com sucesso e eram portadores de FE< 0,40%. Desses P, 270 P
realizaram alguma prova de viabilidade miocárdica, sendo que 100 P a
tinham positiva, G-2, e os demais P, 170 P, negativa, G-3. Não houve
diferenças demográficas significativas entre os grupos. Resultados: Ver
tabela. Conclusões: Foi visível a melhor evolução clínica no período
de 4-anos naqueles P com a viabilidade miocárdica presente. Portanto,
nesse subgrupo de P é relevante essa prova para que se tenha uma
melhor visão prognostica.
EVOLUÇÃO DE 4-ANOS
G-1
G-2
G-3
p = *vs**
INS. Cardíaca (%)
40
15*
59**
< 0,001
Óbito (%)
38
22*
47**
< 0,05
63
64
COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS IMEDIATOS E NO MÉDIO PRAZO DA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM
PACIENTES JOVENS VS. OCTOGENÁRIOS
INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA - DIFERENÇAS ENTRE
GÊNEROS?
JULIANO RASQUIN SLHESSARENKO; JACKSON STADLER; IVONE NASCENTE
GOMES; AGNALDO SOLON ARRUDA AZAMBUJA; ALEXANDRE XAVIER; JOSE
RIBAMAR COSTA JUNIOR; RICARDO A. COSTA; LUIZ ALBERTO PIVA E MATTOS;
FAUSTO FERES; AMANDA GUERRA DE MORAES REGO SOUSA; JOSE
EDUARDO MORAES REGO SOUSA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
e Cinecor, Cuiaba, MT, BRASIL
Introdução: A intervenção coronária percutânea (ICP) em pacientes (P) jovens
(< 40 anos = Pj) representa 2-5% das ICP eletivas. Este subgrupo é considerado de baixo risco.Visamos analisar as complicações intra-hospitalares e
os eventos no médio prazo em P complexos, não-selecionados, com angina
estável que realizaram ICP, comparando-os aos pacientes idosos (> 80 anos =
Pi). Métodos: Estudo tipo registro,retrospectivo no qual foram incluídos todos
os Pi e Pj tratados por ICP entre 01/2008 e 01/2009.Os P incluídos foram
avaliados quanto às características clínicas, complicações intra-hospitalares e
eventos clínicos (infarto+ nova angioplastia no vaso-alvo + óbito = ECAM).
Resultados: 171 P foram incluídos (66 Pj e 105 Pi) sendo homens (62,1%). DM
(29,5% vs. 15,2%, p = 0,05), HAS (91,4 vs. 65,2%, p < 0,01), dislipidemia
(68,8% vs. 42,4%, p = 0,002) e insuficiência renal (82,9% vs. 6,1%, p < 0,01)
foram mais prevalentes entre Pi enquanto o tabagismo (95,2% vs. 72,7%,
p < 0,01) e infarto do miocárdio recente < 30 dias (53% vs. 30,5%, p = 0,004)
foram mais frequentes entre os Pj. Predominou entre os Pi o comprometimento
multiarterial (24,7% vs. 21,4%, p = 0,007) e maior calcificação (66 vs. 34%,
p = 0,01). O sucesso do procedimento foi 95,2% Pi vs 96% Pj, p = 0,187.
No período intra-hospitalar,o infarto peri-procedimento representou a mais
frequente complicação (6% Pj vs. 4,8% Pi, p = 0,55), seguido de sangramento (1,5% Pjvs. 2% Pi, p = 0,906) e insuficiência renal (0% Pj vs. 4,1% Pi,
p < 0,01). Ao final de um ano de seguimento, a taxa de eventos combinados
foi de 3% para Pj e 6,9% para os Pi (p = 0,047), porém com mais recorrência
de angina (18,1% vs. 4,9%, p = 0,018) e necessidade de nova revascularização
da lesão-alvo (3% vs. 1%, p = 0,041) entre Pj. Conclusão: Na fase atual da
cardiologia intervencionista, com aprimoramento dos instrumentais e sobretudo
o advento dos stents, o resultado imediato da ICP equiparou-se nas diferentes
faixas etárias. A tendência por uma conduta mais conservadora entre os idosos
pode explicar a menor taxa de reestenose entre estes P.
MARTA MENEZES; PAULO RIBEIRO SILVA; LUCAS SOUSA LOPES; ERENALDO
DE SOUZA RODRIGUES JUNIOR; MARILIA MENEZES GUSMÃO; SIMONE LETICIA
SOUZA QUERINO; MARIANA NOBREGA MAIA SOUZA; MANUELA CORREIA DA
SILVEIRA; JORGE PEREGRINO BRAGA; ANTONIO JOSE NERI SOUZA; ADEMAR
SANTOS FILHO
Hospital Ana Nery, Salvador, BA, BRASIL e Escola Bahiana de Medicina
e Saúd Pública, Salvador, BA, BRASIL
Fundamento: Estudos tem descrito diferenças entre gêneros nos resultados da
intervenção coronária percutânea (ICP). Questiona-se se as mulheres tem a
mesma possibilidade de ser submetida ao procedimento, se o perfil clínico da
mulher é de maior gravidade, em função de faixa etária maior com relação ao
homem, se o perfil dos stents utilizados seria adequado à anatomia coronariana
feminina ou se existem respostas biológicas distintas entre os gêneros. Objetivo:
Descrever características dos pacientes submetidos a ICP, para avaliar diferentes
possibilidades de acesso ao procedimento e faixa etária, comparando homens
e mulheres. Delineamento: Estudo descritivo de corte transversal. Pacientes e
métodos: Avaliados registros do laboratório de hemodinâmica de pacientes
submetidos a ICP entre janeiro a dezembro de 2011. Resultados: Dos 303
pacientes 138 (45,5%) eram mulheres e 165 (54,5%) homens. A média de
idade foi de 61,68 (± 11,35) e 61,72 (± 11,93) respectivamente, sem significância estatística. Stent farmacológico e não farmacológico foram utilizados
em 27 (9,38%) e em 261 (90,63%) respectivamente, quanto ao número de
stents, 202 (77,4%) usaram 1, 77 (29,5%) 2 e 9 (0,34%) receberam 3 stents,
não sendo observada diferença entre os gêneros. Em 31 (10,1%) pacientes foi
descrito insucesso do procedimento, a media de idade, embora pouco mais
elevada no grupo insucesso 63,35 vs 61,52 no grupo com sucesso, não foi
significante, desses 14 (10,1%) eram mulheres e 17 (10,4%) homens. Dentre
as causas descritas como insucesso, a não passagem do fio guia foi descrito
em 10 (34,7%) dos pacientes, dos quais 8 (80%) eram mulheres, diferença
significante (p < 0,007). Conclusão: Não verificada maior faixa etária entre as
mulheres, que tiveram igual oportunidade de serem submetidas ao procedimento, quando comparadas com os homens. A significativa taxa de insucesso
relacionada à não passagem do fio guia poderia sugerir inadequação técnica à
anatomia coronariana feminina. É necessário aprofundamento do estudo, com
acompanhamento prospectivo para melhor entendimento deste tema.
37
Temas Livres • Apresentação em Pôster
65
66
O Stent Modifica a Evolução da Aterosclerose Coro­
nária em Áreas Não-Tratadas do Vaso-Alvo?
Intervenção precoce por via femoral após TNK no
IAMCSST mostra baixa frequência de complicações
vasculares
BRENO A A FALCÃO; RAFAEL C SILVA; JOAO LUIZ DE A.A. FALCAO; GUSTAVO
R MORAIS; RYAN A A FALCÃO; PEDRO ALVES LEMOS N
Instituto do Coração, HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: O implante de stent coronário é um possível fator implicado
na progressão da aterosclerose em regiões não-tratadas do vaso-alvo.
Objetivou-se analisar a evolução da aterosclerose em áreas não-tratadas
do vaso-alvo, comparativamente a vasos não tratados de um mesmo
paciente. Métodos: Foram elegíveis pacientes com indicação de angioplastia, que apresentassem pelo menos uma artéria coronária principal
sem necessidade de tratamento percutâneo. Durante a angioplastia,
realizou-se ultrassom intracoronário do vaso-alvo e também das artérias não-tratadas, para mensuração da carga aterosclerótica coronária,
avaliando-se área luminal média, área média do vaso e carga de placa
média. Os pacientes fora mmantidos em prevenção secundária, e aqueles
que necessitaram de nova coronariografia, no seguimento clínico, foram
incluídos nesse estudo, sendo submetidos à reavaliação ultrassonográfica.
Resultados: Foram incluídos 40 pacientes, com idade média de 57,1 + 8,6
anos, 62% do sexo masculino e 40% diabéticos. A mediana do tempo
de seguimento até o reestudo foi de 17,4 m (8,6 m – 23,1 m). Foram
analisadas 83 artérias coronárias (345,3 cm), 43 tratadas com stent e 40
artérias controles. Tanto para as artérias tratadas com stent (áreas não-tratadas do vaso-alvo) como para as artérias controles, não se observou
variação significativa da carga aterosclerótica quanto aos três parâmetros
ultrassonográficos avaliados no basal versus seguimento. A variação
temporal desses parâmetros ultrassonográficos também não diferiu de
forma significativa entre as artéria tratadas com stent versus as artérias
controles. Conclusão: Em pacientes submetidos à angioplastia coronária,
o implante do stent não influenciou na evolução da aterosclerose nas
áreas não tratadas do vaso-alvo.
FELIPE J A FALCÃO; CARLOS A L OLIVEIRA; EDILBERTO CASTILHO; EDUARDO
LANARO; MANUEL P M G J; ADRIANO H P BARBOSA; ANTONIO C C MORENO;
J L V HERRMANN; JOSE A M SOUZA; CLAUDIA M R ALVES; A C C CARVALHO
Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, BRASIL e Secre­
taria Municipal de Saúde, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A trombólise (TT) é frequentemente utilizada no infarto agudo
do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCSST). Desfechos cardíacos maiores foram reduzidos com o tratamento antiplaquetário otimizado,
porém com o aumento do risco de sangramento. Objetivo: Avaliar o risco
de complicações vasculares ou sangramentos no cateterismo precoce pós TT,
utilizando-se a via femoral para o acesso vascular. Método: Entre fev/2010
e dez/2011, cinco pronto-socorros municipais da cidade de São Paulo e as
ambulâncias avançadas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU)
utilizaram tenecteplase (TNK) para tratamento de pacientes com IAMCSST. Os
pacientes foram encaminhados a um único hospital terciário e submetidos a
cateterismo cardíaco durante a internação. Todos os exames foram realizados
por via femoral e o critério BARC foi utilizado para a classificação do tipo
de sangramento. Resultados: 177 pacientes preencheram os critérios acima,
sendo que 169 não tiveram complicação hemorrágica ou vascular (G1) e 8
apresentaram hemorragias, sendo 5 de causa vascular (G2) (2,8%). O G2
apresentava idade maior que o G1 (72 + 9 vs 57 + 11 anos, p = 0,001)
porém comíndice de massa corporal e GRACE escore semelhantes (p >.05
para ambos). A mediana de tempo entre a lise e o cateterismo foi de 24 horas
no G1 e de 13 horas no G2. No G2, dois pacientes receberam abciximab
durante a intervenção. Segundo o critério BARC, 1 paciente teve sangramento
do tipo 3b não relacionado ao acesso vascular e 1 paciente sangramento tipo
3c (hematoma retro-peritoneal), sendo os demais do tipo 1. No G2 apenas 1
transfusão de sangue foi necessária. Nenhum paciente teve óbito relacionado
a complicação vascular pós-intervenção. Adicionalmente, 1 paciente com
hemorragia digestiva baixa necessitou transfusão. Conclusão: A estratégia
fármaco-invasiva, por via femoral, apresentou baixa taxa de complicação
vascular, comparável a observada em angioplastias eletivas.
67
68
Angioplastia primária para tratamento do infarto
agudo: existe diferença nos desfechos entre as an­­
gioplastias realizadas entre os horários diurno e
noturno?
Análise prospectiva dos escores TIMI, GRACE, PAMI e
Zwolle em pacientes submetidos à intervenção coro­
nária percutânea primária
CRISTIANO DE OLIVEIRA CARDOSO; CARLOS ROBERTO CARDOSO; FERNANDO
CENCI TORMEN; MARCOS MICHELIN; JULIANE IOPPI; EDUARDO MATTOS;
FELIPE ANTONIO BALDISSERA; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; ALEXANDRE
SCHAAN DE QUADROS; CARLOS ANTONIO MASCIA GOTTSCHALL
Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS, BRASIL
Introdução: Estudos demonstram que as angioplastias primárias (AP) realizadas fora do horário de rotina estão relacionadas com pior prognóstico.
É objetivo do presente estudo avaliar os desfechos das AP realizadas no
horário de rotina e no esquema de plantão. Métodos: Estudo de coorte
prospectivo incluindo pacientes (pts) atendidos por IAM com supradesnivelamento do segmento ST entre Dez 2009/Dez 2011. Pts foram
entrevistados e acompanhados no período hospitalar, sendo os mesmos
divididos em dois grupos para comparação: “A” – IAM entre as 8-20 h
e “B” - IAM entre às 20-8 h. Os dados foram armazenados e analisados
em programa estatístico SPSS. Foram utilizados teste t, qui-quadrado e
Mann-whitney para comparação considerando valor de p significativo
< 0,05. Resultados: No total 1108 pacientes foram submetidos à AP, sendo
680 pcts no grupo “A” e 428 no “B”. As características basais referentes
a fatores de risco, tempo de apresentação de IAM e classificação Killip
foram semelhantes em ambos os grupos. Porém, o grupo B apresentou
maior prevalência de BAVT. O tempo porta-balão foi significativamente
maior no grupo “B” (80 x 72 minutos, p < 0,001). No entanto, não
houve diferença significante entre os grupos “A” e “B” em relação à
mortalidade hospitalar (7,6% x 10,2%, p = 0,16), trombose de stent
hospitalar (1,5% x 1,1%, p = 0,78) e sangramento maior (2,1 x 1,9%,
p = 0,83). Conclusão: Pacientes com IAM apresentam desfechos clínicos
semelhantes independentemente do horário de realização da angioplastia
primária. No entanto, o tempo porta-balão é maior nos pacientes tratados
entre as 20-8 h.
38
ANIBAL PEREIRA ABELIN; RENATO BUDZYN DAVID; JULIANA CANEDO SEBBEN;
GUILHERME LUIZ DE MELO BERNARDI; EDUARDO MATTOS; FELIPE ANTONIO
BALDISSERA; JULIANE IOPPI; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS ANTONIO
MASCIA GOTTSCHALL; ALEXANDRE SCHAAN DE QUADROS
Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS, BRASIL
Introdução: Diversos escores de risco foram desenvolvidos para identificar
pa­­­cientes (pts) com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento
ST(IAM) de alto risco, mas comparações na prática clínica contemporânea do
mundo real são escassas. O objetivo deste estudo foi comparar a acurácia dos
escores de risco GRACE, PAMI, Zwolle e TIMI para IAM em pts submetidos a
intervenção coronária percutânea primária (ICPp). Métodos: Estudo de coorte
prospectivo com pts consecutivos com IAM e submetidos a ICPp entre Dez
2009/Nov 2010. Foram avaliados eventos cardiovasculares maiores (ECVM) e
morte em 30 dias. A acurácia diagnóstica dos escores foi avaliada pela área
sob a curva ROC, e diferenças entre os escores foram avaliadas pelo método
não paramétrico de DeLong. Resultados: No período do estudo, 501 pts
foram incluídos consecutivamente. A idade média foi de 60,5 ± 11,8 anos
e 68% eram do sexo masculino. Em 30 dias, 62 pts (12,4%) apresentaram
ECVM e óbito ocorreu em 39 indivíduos (7,8%). Todos os escores foram
estatisti­camente associados com morte e ECVM em 30 dias (p < 0,01). A
estatística c e respectivos intervalos de confiança dos escores na avaliação
do risco de morte em 30 dias foram os seguintes: GRACE = 0,84 [0,78-0,90];
TIMI = 0,81 [0,74-0,87]; Zwolle = 0,80 [0,73 -0,87]; e PAMI (0,75 [0,68-0,82];
p < 0,001). Os escores TIMI, GRACE e Zwolle apresentaram acurácia diagnóstica
semelhante para óbito em 30 dias, e o escore GRACE foi superior ao PAMI
(p = 0,0097). Os escores não apresentaram acurácia diagnóstica adequada para
ECVM em 30 dias. Conclusões: Os escores TIMI, GRACE e Zwolle apresentaram desempenho similar para prever óbito em pacientes submetidos à ICPp
na prática clínica diária. O estudo sugere que o escore de Zwolle, em adição
aos escores de TIMI e GRACE, pode ser utilizado para avaliar o prognóstico
de pacientes com IAM submetidos a ICPp.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
69
70
Benefício adicional da angioplastia primária em as­
so­ciação às terapias anti-agregantes plaquetárias,
an­­­ticoagulantes e trombolíticas no infarto com su­
pra-ST: meta-análise
Incidência e evolucão hospitalar de pacientes com
doenca renal crônica e infarto agudo do miocárdio
BRUNO R NASCIMENTO; MARCOS ROBERTO DE SOUSA; LUISA C.C.BRANT; FÁBIO
NOGUEIRA DEMARQUI; THALLES OLIVEIRA GOMES; JULIO CESAR BOGRES;
GUILHERME RAFAEL SANT`ANNA ATHAYDE; ANTONIO LUIZ PINHO RIBEIRO
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte MG. BRASIL
Introdução: O infarto do miocárdio com supra-ST (IAMCSST) é responsável por
elevada morbimortalidade e novas classes de drogas vêm sendo progressivamente adicionadas ao seu tratamento, muitas vezes associadas a angioplastia
primária (AP). O real benefício versus o risco de sangramento das associações
ainda não é totalmente conhecido. Objetivos: Avaliar, por revisão sistemática,
o impacto da adição progressiva de drogas trombolíticas, anticoagulantes e
antiagregantes plaquetárias e da AP sobre os desfechos morte, reinfarto (IAM)
e sangramento maior (SM) em pacientes (P) com IAMCSST, e a evolução
tem­­­­poral desses desfechos. Métodos: Realizada busca no Medline com os
termos acute, myocardial infarction/therapy, para identificar estudos envolvendo
adultos com IAMCSST, aleatorizados, pelo menos 500 P, comparando-se estas
classes de drogas e/ou AP, apresentando dados de morte, IAM e SM. Braços
terapêuticos semelhantes foram agrupados e foi avaliada correlação entre adição
progressiva de drogas, número de drogas e AP e esses desfechos através de
regressão multivariada e coeficiente de Spearman, além de correlação entre
o ano e a era do estudo e a ocorrência dos desfechos. Resultados: A busca
resultou em 2.313 artigos, 59 após exclusões, 404.556 P, tempo médio de
seguimento de 23,3 dias. A regressão mostrou correlação independente da AP
com menor mortalidade (r = -1,60, P < 0,001) e aumento de SM (r = 1,25,
p = 0,039), e benefício adicional em relação ao número de drogas. Houve
correlação significativa entre o número de drogas do esquema e a proporção
de morte (r = -0,466, p = 0,005) e de SM (r = 0,403, p = 0,016), que se
confirmou no modelo de regressão. O ano e era do estudo tiveram correlação
significativa com os três desfechos avaliados. Conclusão: A AP demonstrou
redução significativa de mor­­­talidade, estando associada a aumento de SM no
IAMCSST, com benefício independente do número de drogas empregadas e
com benefício adicional em relação às medicações.
ALEXANDRE DAMIANI AZMUS; LUIS MARIA YORDI; MAURO RÉGIS DA SILVA
MOURA; HENRIQUE BASSO GOMES; JULIO VINÍCIUS DE SOUZA TEIXEIRA;
ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; ALEXANDRE SCHAAN DE QUADROS; ANDRE
LUIZ LANGER MANICA; CARLOS ANTONIO MASCIA GOTTSCHALL
Instituto Cardiologia, FUC, Porto Alegre, RS, BRASIL
Introdução: A Doenca Renal Crônica (DRC) é um dos principais fatores de
pior evolução em pacientes (pts) com infarto agudo do miocárdio (IAM) com
supradesnivelamenteo do segmento ST, mas existem poucos estudos em nosso
meio. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com pts consecutivamente atendidos por IAM com supradesnivelamento do segmento ST em um centro de
referência em cardiologia (Dez 2009/Dez 2011) e submetidos a recanalizacao
mecanica. A incidência de DRC (definida como estimativa da taxa de filtracao
glomerular  60 ml/min) foi avaliada, e os desfechos destes pts foram comparados com aqueles sem DRC. A intervenção coronariana percutânea (ICP)
foi utilizada de rotina, geralmente com contraste renografina. Os dados foram
analisados com SPSS 17.0. Resultados: No período do estudo foram incluídos
consecutivamente 1015pts com evento coronariano primário, sendo que a DRC
foi identificada em 20,4%. A média de idade foi significativamente maior nesse
grupo quando comparado com pacientes sem DRC (72 ± 10 x 58 ± 10 anos,
p = 0,001). Não houve diferenca dos grupos em relação a presenca de diabete
e dislipidemia. O grupo com DRC apresentava significativamente maior número
de pacientes do sexo feminino (46% x 26%), maior numero de hipertensos
(70% x 61%, p = 0,02) e pctes com instabilidade hemodinâmica (39% x 14%,
p = 0,013). Variáveis angiográficas foram semelhantes, exceto em relação a
maior presença de multiarteriais do grupo com DRC (59,9%x46,7%, p = 0,002).
Houve ocorrência significativamente maior de óbito intra-hospitalar no grupo
com DRC (14,5% x 3,5%) Nefropatia induzida pelo contraste foi observada em
15,8% dos casos, mas somente 1,1% necessitou diálise.Na analise multivariada,
a presença de DRC e um fator independente de obito. Conclusão: DRC e um
fator frequentemente detectado na fase aguda de IAM, sendo um dos fatores
independente de óbito intra-hospitalar
71
72
Valor prognóstico dos escores angiográficos em
pacientes com síndromes coronarianas agudas sem
supradesnível do segmento ST
Acurácia do julgamento clínico na escolha de stent
farmacológico para angioplastia coronária em
sín­­­
dromes coronarianas agudas: comparação com
modelo matemático
MATEUS DOS SANTOS VIANA; CAROLINA ESTEVES BARBOSA; MARIANA BRITO
DE ALMEIDA; MICHAEL SABINO RODRIGUES SOARES; GUILHERME GARCIA;
FELIPE KALIL BEIRÃO ALEXANDRE; CLAUDIO MARCELO BITTENCOURT DAS
VIRGENS; JOSÉ PÉRICLES ESTEVES; MARCIA MARIA NOYA RABELO; LUIS
CLAUDIO LEMOS CORREIA
MATEUS DOS SANTOS VIANA; ISIS LIMA; GUILHERME GARCIA; MARIANA
BRITO DE ALMEIDA; MICHAEL SABINO RODRIGUES SOARES; FELIPE KALIL
BEIRÃO ALEXANDRE; CAIO FREITAS; MAIRA CARVALHO IVO; MARCIA MARIA
NOYA RABELO; LUIS CLAUDIO LEMOS CORREIA
Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL e Escola Bahiana de
Medicina Salvador, BA, BRASIL
Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL e Escola Bahiana de
Medicina Salvador, BA, BRASIL
Introdução: O valor prognóstico (VP) de escores angiográficos em pacientes com
síndromes coronarianas agudas sem supradesnível do segmento ST (SCA) não está
demonstrado. Objetivo: Em pacientes com SCA submetidos a coronariografia,
testar a hipótese de que a quantificação da extensão da doença coronária por
meio de escores angiográficos possui superior VP em relação à simples descrição
do número de artérias acometidas. Métodos: Indivíduos com critérios objetivos
de SCA e que realizaram coronariografia durante o internamento foram incluídos
no estudo. Calculados cinco escores: Gensini Modificado, Friesinger, Escore de
Doença Proximal, Duke Jeopardy e Syntax. Além disso, foi feita a descrição
do número de artérias com obstrução  70%, classificação que variou de 0
a 3, sendo presença de obstrução  50% em tronco de coronária esquerda
caracterizada por 4. Os VP destes escores foram comparados entre si e com
a descrição numérica das artérias acometidas, levando-se em consideração o
desfecho hospitalar composto de óbito, infarto não fatal ou angina refratária.
Resultados: Estudados 215 pacientes, idade 66 ± 13 anos, 53% masculinos,
GRACE 117 ± 38, 30% com doença triarterial ou tronco de coronária esquerda,
17% biarterial, 25% uniarterial e 28% sem obstrução coronária significativa.
Eventos hospitalares ocorreram em 19% dos pacientes (14 óbitos, 10 infartos
e 16 anginas refratárias). Todos os escores apresentaram predição de eventos
(P < 0,001), com estatísticas-C semelhantes: Gensini = 0,76, Friesinger = 0,73,
Escore de Doença Proximal = 0,74, Duke Jeopardy = 0,76, Syntax = 0,77)
– P > 0,10 na comparação entre os escores. A simples classificação do
número de artérias acometidas apresentou estatística-C de 0,73 (P < 0,001),
sem diferença significativa em relação aos escores (P > 0,10). Conclusão: A
quantificação da extensão da doença coronária por escores angiográficos não
oferece vantagem prognóstica em relação à simples descrição do número
de artérias acometidas em pacientes com SCA submetidos a coronariografia.
Fundamento: Recentemente, um modelo matemático foi validado para predição
de reestenose clínica após implante de stent. Na prática, a escolha do tipo de
stent (farmacológico ou convencional) se faz por meio do “julgamento clínico”
quanto à propensão a reestenose. Objetivo: Testar a acurácia do “julgamento
clínico” quanto à escolha do tipo de stent em pacientes internados com síndromes coronarianas agudas (SCA). Métodos: Incluídos pacientes consecutivamente
internados por SCA, cuja coronariografia identificou lesão culpada pelo evento
com mais de 70% de estenose, nunca antes tratada com stent. Foi utilizado
um modelo matemático previamente validado para avaliação da probabilidade
de reestenose caso esta lesão fosse tratada com stent convencional. Definiu-se
que uma probabilidade de reestenose de pelo menos 10% indica stent farmacológico, baseado em número necessário a tratar de 25 pacientes para prevenir
uma reestenose. Paralelamente, um médico intervencionista cego em relação
ao modelo matemático determinou qual o tipo ideal de stent a ser utilizado
na referida lesão. Foi avaliada a concordância entre o modelo matemático e o
“julgamento clínico”. Resultados: Foram avaliados 101 pacientes, idade 64 ±
13 anos, 64% masculinos. De acordo com o modelo matemático, a probabilidade média de reestenose foi de 6,6% ± 2,4%, sendo que 8,9% dos pacientes
apresentavam probabilidade de pelo menos 10%, indicando stent farmacológico.
O “julgamento clínico” concordou com a indicação matemática em apenas
50,5% dos casos (Kappa = 0,13; P = 0,008). Todas as discordâncias ocorreram
quando o modelo matemático indicou stent convencional e o julgamento clínico
indicou stent farmacológico (superindicação). Em seguimento de 293 ± 157
dias, a indicação de stent farmacológico pelo modelo matemático foi preditor
de nova angioplastia (RR = 4,9; 95% IC = 1,3 – 18; P = 0,02), ao contrário do
“julgamento clínico” (P = 0,55). Conclusão: O “julgamento clínico” superestima
a necessidade de stent farmacológico em pacientes com SCA.
39
Temas Livres • Apresentação em Pôster
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Avaliação do valor prognóstico incremental do escore
Syntax-Clínico em relação ao escore Syntax original
em síndromes coronarianas agudas sem supradesnível
do segmento ST
Effect of Public and Private Health Insurance on the
Access to Invasive-Procedure Hospitals and on the
Outcomes in Acute Myocardial Infarction - A Brazi­
lian Pilot Study
LUIS CLAUDIO LEMOS CORREIA; MATEUS DOS SANTOS VIANA; MICHAEL
SABINO RODRIGUES SOARES; GUILHERME GARCIA; MARIANA BRITO DE
ALMEIDA; FELIPE KALIL BEIRÃO ALEXANDRE; ISIS LIMA; MAIRA CARVALHO
IVO; JOSÉ PÉRICLES ESTEVES; MARCIA MARIA NOYA RABELO
EDUARDO JOSÉ PEREIRA FERREIRA; JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO
FILHO; ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA; LAWRENCE ANDRADE ARAUJO;
ACELINO DE OLIVEIRA SOUZA JUNIOR; AELSON FONSECA COSTA; ANA
TERRA FONSECA BARRETO; THAIANE MUNIZ MARTINS; CAMILE BITTENCOURT
SOARES; ENALDO VIEIRA DE MELO; JOSELINA LUZIA MENEZES OLIVEIRA
Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL e Escola Bahiana de
Medicina, Salvador, BA, BRASIL
Fundação de Beneficência, Hospital de Cirurgia - ANGIOCOR, Aracaju,
SE, BRASIL e Hospital do Coração, Aracaju, SE, BRASIL
Fundamento: Uma vez realizada a coronariografia de pacientes com síndromes
coronarianas agudas sem supradesnível do ST (SCA), a conduta clínica é guiada
pela gravidade angiográfica, a qual pode ser traduzida pelo Escore Syntax.
Não está estabelecido se dados clínicos devem ser incorporados à estimativa
de risco fornecida pelo Escore Syntax. Objetivo: Testar a hipótese de que o
valor prognóstico de um Escore Syntax-Clínico é superior ao Escore Syntax
original em pacientes com SCA. Métodos: Indivíduos admitidos com critérios
objetivos de SCA que realizaram coronariografia durante o internamento, sem
antecedentes de cirurgia de revascularização prévia, foram consecutivamente
incluídos no estudo.O Escore Syntax foi calculado conforme originalmente
definido. O Escore GRACE foi incorporado do Escore Syntax, gerando o Escore
Syntax-Clínico. Desfechos hospitalares foram definidos pela combinação de
óbito, IAM não fatal e angina refratária não fatal. Resultados: Foram estudados 215 pacientes, idade 66 ± 13 anos, 53% masculinos, Escore Syntax com
mediana de 8 (IIQ = 0 – 22) e incidência de desfechos hospitalares de 19%
(14 óbitos, 10 infartos, 16 anginas). O Escore Syntax apresentou estatística-C
de 0,77 (95% IC = 0,69 – 0,85; P < 0,001) na predição de desfechos hospitalares. Em análise de regressão logística, o Escore GRACE se mostrou preditor
de eventos (P = 0,007) após ajuste para o Syntax. Desta forma, o GRACE foi
incorporado do Syntax, gerando o Escore Syntax-Clínico. O Escore SyntaxClí­­­nico apresentou estatística-C de 0,78 (95% IC = 0,70 – 0,86; P < 0,001),
sem incremento significativo em relação ao escore Syntax original. Conclusão:
Em pacientes com SCA, o advento do Escore Syntax-Clínico não incrementa
o valor prognóstico obtido pelo Escore Syntax original.
In 1988, the public Unique System of Health (SUS) was launched in Brazil
with the promise to offer high quality healthcare for all Brazilians. Whether
outcomes of patients with ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI)
using SUS are similar to those occurring in patients using private services
is scarcely known. This study aimed to compare the time of access to PCI
hospitals and 30-day mortality in Sergipe. Methods: From January to October
2011, we evaluated 143 consecutive patients admitted with diagnosis of STEMI
and submitted to PCI in three of the four PCI hospitals in Sergipe: 104 were
treated by SUS and 39 treated by private insurances. Results: We observed a
trend toward increase in incidence of older patients, multivessel disease and/or
left main coronary disease in the private group. The time from onset symptoms
to arrival at the PCI hospital was above the reco mmended in both groups but
even longer for SUS patients (median, 14 hours, 25th-75th percentiles, 8-24 h)
than private patients (median, 7 hours, 25th-75th percentiles, 4-17 h; p = 0.003).
Nevertheless, door-to-balloon times were similar comparing SUS group (median,
97 minutes, 25th-75th percentiles, 79-108 min) and private group (median, 90
minutes, 25th-75th percentiles, 76-100 min; p = 0.69). Drug-eluting stents and
glycoprotein IIb/IIIa inhibitors were more frequently used in the private group.
Despite similar and high angiographic success rates, younger age and lower
prevalence of multivessel disease, SUS patients presented 6% higher 30-day
mortality (14% vs. 8%, p = 0.39). Conclusions: Our results depicted that STEMI
patients using SUS coverage arrived later to PCI hospitals, were less likely to
use drug-eluting stent and glycoprotein IIb/IIIa inhibitors and, more importantly,
presented higher mortality rates despite lower predicted risk.
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76
PACIENTE COM SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA SEM ST: RESULTADOS CLÍNICOS DA CINECORONARIOGRAFIA MUITO PRECOCE
(< 6 H) VS PRECOCE (> 6-24 h) VS TARDIA (> 24 H)
Evolução em longo prazo da valvoplastia mitral com
balão único. Sobrevida e sobrevida livre de eventos
MILTON MACEDO SOARES N; WILSON ALBINO PIMENTEL FILHO; WELLINGTON
B CUSTODIO; CASSIO S NUNES; GUSTAVO V OLIVOTTI; EDSON A BOCCHI;
THOMAS E C OSTERNE; FABIO S PETRUCCI; JORGE R BUCHLER; STOESSEL
F ASSIS; EGAS ARMELIN
Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, SÃO PAULO, SP,
BRASIL e CENTRO MÉDICO CAMPINAS, SP, BRASIL
Introdução: É notório que paciente (P) com portador de síndrome coronária aguda sem supra do segmento ST (SCASST), a abordagem invasiva
seleciona o tratamento mais apropriado. Quando da indicação da intervenção coronária percutânea (ICP), é lícito saber qual o momento ideal
para sua feitura. Métodos: Foram estudados 333P com SCASST, 203P
com angina instável (AI) e 130P com infarto agudo do miocárdio sem
ST (IAMSST). Destes, 207 (62%) foram para a ICP: 66P (31%) em tempo
inferior a 6hs (m = 3,6 hs), grupo (G)-1, 125P (60%) entre 6 h e 24 hs
(m = 14 hs), G-2 e 142P após as 24 hs (m = 38 hs), G-3. Os dados
demográficos clínicos e anatômicos foram similares entre os G. Todos
os P se enquadravam em valores intermediário-elevados do escore de
estratificação de risco TIMI ( 3-7). Resultados: ECAM: eventos cardiovasculares adversos maiores. Na analise de sobrevivência livre de ECAM
(Kaplan-Meier) em 2-anos, evidenciamos: resultados similares entre o G-1
e o G-3, respectivamente 88% e 89%, p = 0,22 e resultados inferiores
quando comparado o G-1 e G-3 vs G-2, respectivamente 88%, 89% e
94% (G-1 vs G-2, p < 0,05 e G-3 vs G-2, p < 0,01). Conclusão: Em
nossa avaliação o período “pre­­­­coce” (G-2) apresentou melhores resultados
na evolução clinica de 2-anos, sugerindo que o tempo insuficiente de
ação dos cuidados gerais e terapêuticos específicos nas SCASST interferiu
nos resultados do G-1 (muito precoce) e que a demora na reperfusão
interferiram nos resultados do G-3 (tardio).
40
RICARDO TRAJANO SANDOVAL PEIXOTO; EDISON C S PEIXOTO; RODRIGO T
S PEIXOTO; IVANA P BORGES; ARISTARCO GONCALVES DE SIQUEIRA FILHO
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
e Cinecor Hospital Evangélico, Rio de Janeiro, RJ, BRASIL
Introdução: A técnica do balão único (BU) para valvoplastia mitral por balão
(VMB) é a de menor custo. O objetivo foi analisar a evolução e determinar
as variáveis para sobrevida e sobrevida livre de eventos maiores (EM) na evolução em longo prazo da técnica do BU Balt. Métodos: Estudo prospectivo.
De 07/1987 a 12/2010, realizamos 526 procedimentos, 404 (76,8%) com BU
Balt, 256 com evolução em longo prazo. O diâmetro foi de 25 mm em 5
pro­­­cedimentos e de 30 mm em 251 e a área de dilatação de 7,02 ± 0,30 cm².
A evolução em longo prazo foi de 55 ± 33 (1 a 198) meses. EM foram óbito,
nova VMB ou cirurgia valvar mitral. Utilizou-se os testes: Qui quadrado, t de
Student, curvas de Kaplan-Meier e análise multivariada de Cox. Resultados:
Idade média 38,0 ± 12,6 anos, sexo feminino 222 (86,7%) pacientes, ritmo
si­­nusal 215 (84,0%), escore ecocardiográfico (EE) 7,2 ± 1,5 (4 a 14) pontos,
área valvar mitral (AVM) pré-VMB 0,93 ± 0,21 cm². A AVM pré e pós-VMB
(Gorlin) foi 0,90 ± 0,20 e 2,02 ± 0,37 cm² (p < 0,001) e sucesso AVM 1,5 cm²
em 241 (94,1%) procedimentos. Três (1,2%) pacientes começaram a evolução
com insuficiência mitral (IM) grave. No final da evolução 118 (46,1%) pacientes estavam em classe funcional (CF) I, 71 (27,7%) em CF II, 53 (20,7%) em
CF III, 3 (1,2%) em CF IV e 11 óbitos (4,3%) e 17 (8,2%) pacientes com IM
grave. Doze (4,7%) pacientes foram submetidos à nova VMB e 27 (10,5%) à
cirurgia valvar mitral. Previram independentemente sobrevida: EE 8 (p < 0,001,
HR = 0,116), idade 50 anos (p = 0,011, HR = 0,203) e ausência de cirurgia
valvar mitral na evolução (p = 0,004, HR = 0,170) e sobrevida livre de EM:
ausência de comissurotomia prévia (p < 0,002, HR = 0,318), sexo feminino
(p = 0,036, HR = 0,466) e AVM pós VMB 1,50 cm² (p < 0,001, HR = 0,466).
Conclusões: A VMB com BU teve resultados semelhantes às outras técnicas.
Previram sobrevida e/ou sobrevida livre de EM: EE 8, idade 50 anos, ausência
de cirurgia valvar mitral na evolução, ausência de comissurotomia prévia, sexo
feminino e AVM pós VMB 1,50 cm².
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
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78
Impacto clínico do implante de marcapasso definitivo
após o tratamento valvar transcateter
Implante de segunda bioprótese (TAV-in-TAV) para manejo
de malposicionamento de valva aórtica percutânea
MARCO AURELIO MAGALHAES; FERNANDO JOSÉ; LUTZ BUELLESFELD;
EBERHARD GRUBE
ENIO EDUARDO GUÉRIOS; STEFFEN GLOEKLER; THOMAS PILGRIM; STEPHAN
STORTECKY; LUTZ BULLESFELD; AHMED KHATTAB; CHRISTOPH HUBER;
BERNHARD MEIER; STEPHAN WINDECKER; PETER WENAWESER
Hospital Alemão Oswaldo Cruz, São Paulo, SP, BRASIL e Hospital
Universitário de Bern, Bern, suiça
Fundamentos: Os distúrbios de condução átrio-ventriculares com necessidade
de marcapasso definitivo são reportados em até 40% dos casos de implante
valvar aórtico transcateter (IVAT). Embora padronizado como complicação
do método, o seu impacto prognóstico não é conhecido. Objetivo: Avaliar o
impacto clínico do implante de marcapasso definitivo após o IVAT. Método:
Entre 2007 e 2010, 353 pacientes (Pac) consecutivos portadores de estenose
aórtica de alto risco foram tratados por IVAT. Comparou-se o prognóstico entre
3 grupos: 1- Pac. com necessidade de marcapasso definitivo pós IVAT; 2- Pac.
sem necessidade de marcapasso definitivo pré ou pós IVAT; 3- Pac. portadores
de marcapasso definitivo pré IVAT. O desfecho primário foi mortalidade global
aos 30 dias e 12 meses. Os desfechos secundários foram o acidente vascular
cerebral, ataque isquêmico transitório, infarto do miocárdio, e sua combinação
nos eventos cardíacos adversos maiores. O grupo controle consistiu de uma
população padronizada pela idade, gênero e centro. Resultados: Do total de
353 pac. com idade média de 82 ± 7 anos e Log Euroscore de 24 ± 15%, 98
(27.8%) pertenceram ao Grupo 1; 207 (58.6%) ao Grupo 2 e 48 (13.6%) ao
Grupo 3. Os pacientes portadores de marcapasso definitivo prévio (Grupo 3)
apresentaram maior frequência de comorbidades em comparação aos Grupos
1 e 2. (doença coronária: 77% vs. 53% e 58%; p = 0.009; infarto prévio: 31% vs.
15% e 16%; p = 0.02; fibrilação atrial: 44% vs. 23% e 20%; p = 0.005). Aos
12 meses, a mortalidade global foi semelhante entre os 3 grupos (Grupo 1:
19%; Grupo 2: 18%; Grupo 3: 23%,) nas análises não ajustada (p = 0.77) e
ajustada (p = 0.88). Comparados com a população padrão, os riscos de óbito
foram 2.4 (IC 95% 1.5-3.7) para o Grupo 1; 2.2 (1.6-3.1) para o Grupo 2 e
2.8 (1.5-4.9) para o Grupo 3. Conclusões: O prognóstico da estenose aórtica
nesta população de alto risco submetida ao IVAT permanece comprometido em
comparação à população padronizada. Entretanto, o implante de marcapasso
definitivo, aparentemente, não influencia na incidência de eventos cardíacos
adversos maiores.
Bern University Hospital, Berna, Suiça e CONCEPT - Centro de
Cardiop. Cong. e Estruturais do Paraná, Curitiba, PR, BRASIL
Fundamentação: Resultados insatisfatórios imediatos ou tardios após implante
percutâneo de valva aórtica (TAVI) podem ser devidos a disfunção estrutural
da bioprótese ou ao seu malposicionamento, embolização ou degeneração.
Nestes casos, uma estratégia terapêutica a ser considerada é o implante de
uma segunda prótese sobre a primeira (TAV-in-TAV). Métodos: Seis (1,4%)
dentre 412 pacientes submetidos a TAVI necessitaram do implante de uma
segunda prótese (TAV-in-TAV) para tratamento de um resultado inadequado
consequente ao posicionamento muito alto (n = 4) ou muito baixo (n = 2) da
primeira prótese implantada. Resultados: Cinco pacientes receberam o implante
da segunda prótese no mesmo tempo do primeiro implante, para manejo
de embolização (n = 4) ou de insuficiência aórtica (IAo) severa decorrente
de implante baixo da prótese (n = 1). Um paciente realizou TAV-in-TAV
eletivamente um ano após o primeiro procedimento para tratamento de IAo
significativa. Todas as TAV-in-TAV foram realizadas com sucesso. A área valvar
aórtica média aumentou de 0,7 ± 0,5 cm2 para 1,6 ± 0,3 cm2, e o gradiente
transvalvar médio caiu de 48,3 ± 31,3 mmHg para 7,3 ± 2,2 mmHg após o
implante da segunda bioprótese. Observou-se uma IAo residual final grau 1
em 5 pacientes e grau 2 em 1 paciente. Dois pacientes necessitaram implantar
marcapasso definitivo por bloqueio átrio-ventricular total. Após 30-724 dias
de seguimento, dois pacientes estavam em classe funcional I (NYHA), e 4 em
classe funcional II, não tendo havido alteração significativa da área valvar média
(1,47 ± 0,31 cm2), do gradiente transvalvar (7,5 ± 3,6 mmHg) nem do grau de
IAo residual. Conclusão: A realização de TAV-in-TAV é viável, leva a resultados funcionais imediatos favoráveis que parecem se manter no seguimento a
curto e médio prazos, e pode ser considerada como estratégia terapêutica para
tratamento de malposicionamento da primeira prótese implantada.
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80
O Amplatzer Cardiac Plug™ no fechamento do apêndice
atrial esquerdo: resultados de 1 ano
Implante valvular aórtico percutâneo: 30 casos em
3 anos. Experiência adquirida e resultados de curto,
médio e longo prazo
MÁRCIO JOSÉ MONTENEGRO DA COSTA; EDGARD FREITAS QUINTELLA;
BERNARDO AMORIM; GUSTAVO COULON PERIM
Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, Rio de
Janeiro, RJ, BRASIL
Fundamento: A fibrilação atrial está associada a acidentes vasculares
em­­­­bólicos que frequentemente resultam em morte ou invalidez. Eficaz
na redução desses eventos, a anticoagulação possui várias limitações
e vem sendo amplamente subutilizada. Mais de 90% dos trombos
identificados nos portadores de fibrilação atrial sem patologia valvar se
originam no apêndice atrial esquerdo, cuja oclusão é investigada como
uma alternativa à anticoagulação. Objetivos: Determinar a viabilidade
da oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo em pacientes com
alto risco de eventos embólicos e limitações ao uso de anticoagulação.
Métodos: Relatamos a experiência inicial com o Amplatzer Cardiac
PlugTM (St. Jude Medical, St. Paul, Estados Unidos) em pacientes com
fibrilação atrial não-valvar. Foram selecionados pacientes com alto risco
de tromboembolia, sangramentos maiores, e contra-indicações ao uso ou
grande labilidade na resposta ao anticoagulante. Os procedimentos foram
realizados por viapercutânea, sob anestesia geral e com ecocardiografia
trans-esofágica. O desfecho primário foi a presença de complicações pe­
ri-procedimento e o seguimento programado incluiu reavaliação clínica e
ecocardiográfica em 30 dias e por contato telefônico após 3, 6, 9 e 12
meses. Resultados: Nos 5 pacientes selecionados se conseguiu a oclusão
do apêndice atrial esquerdo sem complicações peri-procedimento. Não
houve eventos clínicos no seguimento. Conclusões: Ensaios clínicos con­­­
trolados são necessários antes que o fechamento percutâneo do apêndice
atrial esquerdo constitua uma alternativa à anticoagulação na fibrilação
atrial não associada a patologia valvar. Mas o dispositivo se mostrou
promissor em pacientes com alto risco de embolia e restrições ao uso
de anticoagulantes.
GUILHERME LUIZ DE MELO BERNARDI; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; PAULO
ROBERTO LUNARDI PRATES; ALEXANDRE SCHAAN DE QUADROS; IMARILDE
GIUSTI; PAULO AFFONSO SALGADO FILHO; TAILUR ALBERTO GRANDO; CARLOS
ANTONIO MASCIA GOTTSCHALL
Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS, BRASIL
Introdução: A estenose aórtica severa é uma patologia prevalente na faixa
etária idosa e de alta morbi-mortalidade. O implante valvular aórtico
percutâneovem se desenvolvendo rapidamente nos últimos anos sendo
uma alternativa à cirurgia clássica nos pacientes de alto risco cirúrgico.
Métodos: Série de 30 casos nos últimos 3 anos com resultados imediatos, de médio e longo prazo do implante do dispositivo CoreValve, que
con­­siste de uma bioprótese de pericárdio porcino montada e suturada
em um stent auto-expansível de nitinol introduzido pela via arterial
femoral ou ilíaca. Resultados: 16 pacientes do sexo feminino e 14 do
se­­­
xo masculino com idade media 82,8 anos, EuroSCORE log. médio
de 21%, submeteram-se ao implante deste dispositivo. Doze pacientes
completaram 2 anos de seguimento, seis 1 ano e os demais menos de 1
ano. Sucesso no implante de 83,3%. Quatro óbitos, dois decorrentes do
procedimento, uma morte súbita e outro de causa não cardíaca. Houve
significativa queda imediata dos gradientes entre o ventrículo esquerdo
e a aorta com redução média de 46 mmHg. Dez pacientes necessitaram de implante de marcapasso definitivo por distúrbio de condução
átrio-ventricular. Todos no seguimento apresentaram melhora da classe
funcional e sustentam a queda do gradiente entre VE-Ao e o aumento
da área valvar. Conclusões: Nossa experiência entra em seu quarto ano
e vem se mostrando segura e efetiva em análise de curto, médio e longo
prazo. Atualmente aguardam-se os resultados dos grandes ensaios clínicos
com o dispositivo em questão para definir o seu exato papel e precisas
indicações desta nova e promissora técnica.
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Temas Livres • Apresentação em Pôster
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Percutaneous transfemoral aortic valve implantation
with a novel, next-generation device: First-in-Man
experience
Implante de Bioprótese Aórtica por Cateter em Pa­­­
cientes com Estenose Aórtica e Disfunção de VE:
da­­­dos do Registro Brasileiro
DIMYTRI A A SIQUEIRA; ALEXANDRE A C ABIZAID; JOERG KEMPFERT; AURISTELA
I O RAMOS; ANTONIO M KAMBARA; DAVID C S L BIHAN; MAGALY A SANTOS;
IBRAIM F PINTO; AMANDA G M R SOUSA; J EDUARDO MORAES REGO SOUSA
DIMYTRI ALEXANDRE DE ALVIM SIQUEIRA; FABIO SANDOLI DE BRITO
JUNIOR; LUIZ ANTONIO FERREIRA CARVALHO; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE;
JOSE ARMANDO MANGIONE; CESAR ROCHA MEDEIROS; MARIA CRISTINA
MEIRA FERREIRA; ALEXANDRE ANTONIO CUNHA ABIZAID; MARCO PERIN;
EBERHARD GRUBE
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Background: In recent years, transcatheter aortic valve replacement has assumed a major role in the treatment of inoperable or high-risk elderly patients
with severe aortic stenosis (AS). Currently, two systems are widely used, and
several are in early clinical evaluation. We report the initial clinical experience
with a novel, next-generation transfemoral aortic valve. Methods: The Symetis
Acurate™ TF valve is composed of a self-expandable nitinol stent with porcine
pericardial leaflets - mounted in a flexible shaft, 18F delivery system - and
is designed for anatomical orientation of the co mmissures and subcoronary
implantation. A unique three-step implantation protocol provides intuitive
positioning. The valve comes in 3 sizes and acco mmodates native annular
sizes of 21to 27 mm. Results: Three patients were selected for treatment with
Acurate™ TF. Mean age was 80 ± 9.8 y, all presented with symptomatic AS
(class III NYHA), the logistic EuroSCORE was 18.9 ± 6.3% and the STS score
was 5.5 ± 2.9%. Mean gradient and aortic valve area were 56.7 ± 8.5 mmHg
and 0.6 ± 0.2 mm2, respectively. Procedures were performed by a fully percutaneous, transfemoral route in 2 pts; one pt required a retroperitoneal access
due to marked arterial calcification. All implants were delivered successfully
in the intra-annular and subcoronary position. Echocardiography at discharge
revealed a mean gradient of 7 ± 1 mmHg, with a valve area of 1.8 ± 0.3
mm2. Mild aortic regurgitation was noted in one patient. None of the patients
developed new-onset conduction abnormalities or AV-block. Functional class
was improved, with all pts in NYHA I at 30 days. Conclusions: In this first-in-man experience, the Symetis Acurate™ TF valve has demonstrated good
hemodynamic performance, with promising initial clinical results.
IInvestigadores do RIBAC / SBHCI, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: Pacientes com estenose aórtica (EAo) severa e disfunção ventricular
esquerda (VE) apresentam pior prognóstico e mais elevado risco cirúrgico. Neste
cenário, o implante percutâneo de prótese aórtica representa estratégia terapêutica alternativa. Descrevemos a experiência nacional e os resultados clínicos
e hemodinâmicos deste procedimento em portadores de EAo e disfunção VE.
Métodos: O Registro Brasileiro de Implante de Bioprótese Aórtica por Cateter
(RIBAC) é um registro multicentrico nacional, prospectivo e retrospectivo, com
pts tratados com a prótese auto-expansível Corevalve® ou com o sistema balão
expansível Sapien XT®. Os desfechos clínicos foram definidos conforme VARC
(Valve Academic Research Consortium). Resultados: De jan/2008 a fev/2012,
de 228 pts analisados, 35 (15,3%) apresentavam disfunção VE (fração de
ejeção < 40%). Pts com disfunção VE possuíam menor média de idade (78,5
± 9,2 vs 82,6 ± 6,9 anos, p = 0,002), eram mais frequentemente masculinos
(68,5 vs 39,9%, p = 0,003) e apresentavam menor gradiente médio VE-Ao
(39,9 ± 16,2 vs 54,5 ± 14,9 mmHg, p < 0,0001); neste subgrupo, 91,5%
encontravam-se em classe III/IV NYHA e as estimativas de mortalidade pelo
EUROscore logístico e STS eram de 24,8 ± 15% e 13,9 ± 11,7%, respectivamente. Sucesso no implante foi obtido em cerca de 90% dos casos, com
sobrevida aos 30 dias de 88,6% naqueles com disfunção e de 91,6% nos
pts com FE > 40% (p = 0,86). Não foram observadas diferenças nas taxas de
AVC, complicações vasculares e necessidade de MP entre os grupos. Pts com
disfunção VE apresentaram melhoria na classe functional (84,4% em classe
I/II aos 30 dias) e da função VE após o implante (39,9 ± 16,2 para 54,4 ±
14,9%, p < 0,001). Conclusões: Nesta casuística com dados da experiência
nacional, o implante de bioprótese aórtica mostrou-se eficaz em pts com EAo
e disfunção VE, com resultados clínicos similares aos obtidos em pts sem
disfunção. Significativo aumento na fracão de ejeção do VE – com melhoria
de classe funcional – pode ser observada após o procedimento.
83
84
EVOLUÇÃO EM CURTO E MÉDIO PRAZO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À IMPLANTE TRANSCATETER DA VALVA AÓRTICA
Resultados imediatos e após 20 anos da valvotomia
percutânea por balão na estenose mitral grave
GHANDOUR; M S; BARBOSA; D O N; BEZERRA; B V; SILVA; B S L; ERUDILHO; E;
CARNIETO; N M; CRISTOVAO; S A B; SALMAN; A A; MAURO; M F Z; MANGIONE; J A
GENTIL BARREIRA DE AGUIAR FILHO; S LLUBERAS; L F P ANDRADE; M V E
SILVA; N L GOMES; Z M MENEGHELO; M MALDONADO A; S LUIZ N BRAGA; C
A ESTEVES; A A C ABIZAID; J EDUARDO MORAES REGO SOUSA
Hospital Beneficência Portuguesa, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A estenose valvar aórtica (EAo) grave apresenta história natural
desfavorável, com mortalidade em 2 anos de 20 à 30% e em 5 anos, próxima
à 50% após o início dos sintomas A substituição cirúrgica da valva aórtica é
considerada o tratamento de escolha da EAo, entretanto, cerca de 1/3 da população idosa portadora desta patologia não apresenta condições para o tratamento
cirúrgico. Neste contexto, o implante transcateter valvar aórtico (ITVA), por
ser menos invasivo, mostra-se uma alternativa terapêutica para estes pacientes
(pt). Objetivos: Avaliar a evolução clínica dos pt portadores de EAo calcificada
submetidos à ITVA em nosso serviço, analisando os resultados hospitalares e
a médio prazo. Métodos: Estudo prospectivo de 22 pt submetidos de forma
consecutiva ao ITVA em único centro. Foram selecionados pt com idade  75
anos, área valvar aórtica  0,6 cm/m2 e EuroSCORE logístico  15% ou com
comorbidades que contra-indicassem o procedimento cirúrgico e também a
não aceitação à cirurgia. Resultados: A média de idade foi de 79,64 ± 5,82
anos, sendo 13 pt (59%) do sexo feminino. O EuroSCORE logístico médio foi
de 23,23 ± 13,87% com 4 pt (18%) em classe funcional (CF) IV de acordo
com a NYHA e 15 pt (68%) em CF III. O sucesso imediato do implante foi
de 21 pt (95%), sendo 1 pt (4,5%) submetido a reposicionamento percutâneo
da prótese em segundo tempo com sucesso. Na fase hospitalar ocorreram 2
(9%) óbitos, 11 pt (50%) desenvolveram Bloqueio de Ramo Esquerdo (BRE) e
5 pt (23%) necessitaram de implante de marcapasso definitivo. No seguimento
médio de 9,1 ± 7,92 meses, houve melhora significativa da CF: 17 pt (85%)
encontravam-se em CF I e 3 pt (15%) em CF II. Ocorreram 2 óbitos, sendo
1 (5%) relacionado ao ITVA e outro não cardíaco após 2 anos de evolução.
Conclusões: Os resultados favoráveis hospitalares e no seguimento clínico
observados neste estudo sugerem o ITVA como uma opção atrativa de tratamento para os pt portadores de EAo calcificada que apresentam risco cirúrgico
elevado. Entretanto, é necessário um período maior de acompanhamento para
demonstrar o benefício a longo prazo do procedimento.
42
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A valvotomia mitral percutânea por balão (VMP) é um procedimento seguro e eficaz em pacientes (PCT) selecionados para o tratamento de
estenose mitral grave sintomática com resultados imediatos e em longo prazo
comparáveis a intervenção cirúrgica. Este estudo tem o objetivo de descrever
os resultados das primeiras 200 VMP realizadas em nossa instituição e identificar os fatores preditivos de reestenose. Métodos: Foram submetidos à VMP,
200 PCT no período de 1987 a 1991. Avaliações clínica e ecocardiográfica
foram realizadas 48 horas após VMP e durante o seguimento anualmente.
Foram avaliados: Classe funcional(CF) pela NYHA, escore de Wilkins, área
valvar mitral (AVM), gradiente transvalvar mitral (GTM), regurgitação mitral
(RM), e diâmetro do átrio esquerdo. Sucesso foi definido como AVM 1,5 cm2
sem refluxo valvar mitral ++2/4+. Perda de 50% do ganho inicial e AVM
< 1,5 cm2 foram definidos como reestenose. Resultados: A idade média foi de
32 ± 11 anos, 27(13,5%) PCT eram homens, 161 (81%) PCT encontravam-se
em CF III ou IV. A média do Escore de Wilkins foi de 7,6 ± 1,2, somente 32
(16%) PCT possuíam escore > 8. Intervenção cirúrgica imediata foi necessá­­­
ria em sete (3,5%) PCT devido RM grave e 18 (9%) PCT devido problemas
técnicos relacionados à curva de aprendizado. O sucesso do procedimento
ocorreu em 175 (88%) PCT. o seguimento médio foi de 140 ± 79 meses.
Mantiveram acompanhameto 129 (74%) PCT. A reestenose ocorreu em 60
(46%) PCT. Foi realizado segunda VMP em 25 PCT (19%) e terceira VMP
em quatro PCT (3%). Em cinco anos a probabilidade livre de reestenose
foi de 85%, em 10 anos de 60% e 20 anos de 36%. O diâmetro do átrio
esquerdo (p = 0,034), GTMl pré e pós procedimento (p = 0,013 e p = 0,038
respectivamente), Escore de Wilkins e AVM pré e pós procedimento não foram
estatisticamente significantes para predição de reestenose. Conclusão: Durante
seguimento clínico por 20 anos, 36% dos pacientes estavam livres de reestenose. A identificação dos fatores preditivos de reestenose é uma ferramenta
útil para a seleção apropriada dos pacientes para a VMP.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
85
86
Análise de custo-efetividade do fechamento percu­­­
tâneo da persistência do canal arterial (PCA) em
com­­­paração com manejo cirúrgico
Angioplastia com stent em pacientes com estenose das
veias pulmonares pós ablação da fibrilação atrial
RODRIGO N COSTA; FABRICIO L PEREIRA; MARCELO S RIBEIRO; ANDRE L
FERREIRA; CARISI A POLANCZYK; OTAVIO BERWANGER; CARLOS A C PEDRA
FABRICIO LEITE PEREIRA; MARCELO SILVA RIBEIRO; WANDA NASCIMENTO;
LUIS OTAVIO CAMPANHÃ SANT`ANNA; RODRIGO NIECKEL DA COSTA; VALMIR
F.FONTES; CARLOS AUGUSTO CARDOSO PEDRA
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio, SP, BRASIL
Hospital do Coração, Associação Sanatório Sírio, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: As alternativas para o tratamento do PCA de maior diâmetro
sãoo fechamento percutâneo com próteses ou por cirurgia. Dados publicados e experiência nacional demonstram a eficácia e segurança desses
métodos, embora os dispositivos percutâneos não estão previstos pelo
Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo tem como objetivo avaliar a
custo-efetividade de estratégias terapêuticas para fechamento do PCA na
perspectiva do SUS. Métodos: Foi desenvolvida uma avaliação econômica
do uso desses dispositivos em comparação ao tratamento cirúrgico para
o fechamento do PCA 2,5 mm. Dados primários sobre a eficácia e
segurança dos dispositivos percutâneos para o fechamento de PCA foram
coletados de uma revisão sistemática da literatura, focando nas probabilidades de ocorrência de eventos para o modelo de análise de decisão.
Os custos utilizados foram aqueles reembolsados pelo SUS em 2010 e
o custo do dispositivo tipo ADO foi estimado em R$ 10 mil. Resultados:
O custo total foi estimado em R$ 8507 para cirurgia e R$ 11 mil para
ADO. O valor está acima do aceitável para reembolso, assumindo uma
disposição de pagar de 3x o PIB per capita (R$ 57 mil em 2010). A
análise demonstrou que a redução do custo do dispositivo/sistema de
entrega em R$ 492,65 traria o valor para o limiar dos R$ 57 mil/ano de
vida salvo. Conclusão: O tratamento percutâneo com dispositivos tipo
ADO apresenta eficácia semelhante ao tratamento cirúrgico. Existe ainda
incerteza sobre a razão de custo-efetividade incremental (RCEI) para o
uso da intervenção percutânea em substituição ato tratamento cirúrgico,
considerando a variabilidade nos parâmetros estimados da literatura.
Uma redução de R$ 492,65 no custo dos dispositivo ADO e seu sistema
de entrega tornaria a RCEI aceitável para uma disposição de pagar de
R$ 57 mil reais/ano de vida salvo.
Introdução: Fibrilação atrial (FA) é a arritmia mais frequente nos adultos.
Apesar da ablação percutânea com isolamento dos focos arritmogênicos
por radiofrequência ter boa eficácia e baixas taxas de complicação,
a estenose secundária de veias pulmonares (VP) parece ser sub-diagnosticada. Relatamos3 pts que foram tratados por meio do implante
de stents. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, descritivo, com
dados colhidos retrospectivamente por revisão de prontuários. 3 pts (2)
com mediana de idade 39 anos (25 a 67) com dispneia e hemoptise.
Paralisia frênica direita associada em 2 pts. Diagnóstico de estenose
unilateral de VPus esquerdas foi confirmado por TC. Submeteram-se a
cateterismo direito, esquerdo, punção transseptal e cineangiografia das
veias pulmonares seguido de implante de stents. Resultados: Nenhum pt
apresentava hipertensão pulmonar. O pt 1 apresentava estenose de 75%
das veias média e superior e foi tratado com cutting-balloon seguido de
angioplastia com alta pressão. Apresentou reestenose após 4 meses necessitando implante de stents com diâmetros de 8 mm. Pt 2 estenose de
60% na junção VP inferior e média e total da superior, sendo realizado
implante de stents 7 x 24 e 6 X 23, com pós dilatação com balões 8
e 7 mm, respectivamente. Pt 3 estenose de 73% na média, sendo pré-dilatada (avaliar a complacência) seguida de implante de stent 10 x 25
com dilatação da malha para preservação do fluxo para demais VP. Não
houve complicações, os pts apresentaram melhora dos sintomas, mantidos
com dupla antiagregação e a TC de controle evidenciou VPus de bom
calibre, sem reestenoses ou congestão pulmonar. Conclusão: Angioplastia
com implante de stents de diâmetro > 7-8 mm parece ser segura e eficaz
no tratamento da estenose de VPus pós ablação, com bons resultados a
médio prazo. Angioplastia por balão parece não ser efetiva por retração
elástica do tecido cicatricial.
87
88
Tratamento das comunicações interatriais (CIA) em
crianças: estudo clínico comparativo entre o método
percutâneo e o cirúrgico
Aortoplastia com stent coberto Advanta V12 para
tratamento da coartação da aorta
RODRIGO N COSTA; MARCELO S RIBEIRO; FABRICIO L PEREIRA; WANDA
NASCIMENTO; SIMONE R F F PEDRA; VALMIR F. FONTES; FABIANA M PASSOS;
IEDA B JATENE; MARCELO B JATENE; CARLOS A C PEDRA
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio, SP, SP, BRASIL
Introdução: O fechamento percutâneo (FP) da CIA é uma alternativa ao
tratamento cirúrgico (TC), porém estudos comparativos são escassos na
literatura. Objetivo: Comparar os desfechos do FP e do TC em 2 séries de
pa­­­cientes (pts) com CIA tratados em um hospital de excelência. Métodos:
Estudo observacional não randomizado com dados de 2 coortes de pts com
CIA. FP realizado com próteses aprovadas pela ANVISA entre 04/09-10/11.
TC realizado por toracotomia e CEC no período de 01/07-10/11. Excluídos
com < 8 kg e > 14 anos. Estudo financiado em parte pelo ministério de
saúde (MS) para avaliação do custo-efetividade do FP da CIA. Resultados:
75 pts no grupo FP e 105 no TC. A idade e o peso do grupo TC foram
menores (57 ± 40 meses e 18 ± 11 kg x 94 ± 45,3 meses e 27 ± 15 kg).
Não houve diferenças na distribuição dos sexos, CIAs fenestradas (14 x
18%) e tamanho do defeito (13 ± 6,5 x 12 ± 4,5 mm). Sucesso em 100%
e mortalidade 0% nos grupos. A taxa de fluxo residual (FR) à alta hospitalar foi semelhante nos grupos (2,5%FPx0,9%TC). Os 2 pts com FR do FP
tinham CIAs adicionais pequenas não cobertas pela prótese. Necessidade
de UTI, uso de drogas vasoativas no pós-operatório, arritmias necessitando
tratamento, uso de hemoderivados e necessidade de novos procedimentos
maior no TC (100 x 3%, 19 x 0%, 9,5 x 0%, 37 x 0% e 7 x 1%). Neste
grupo, os pts fizeram recuperação na UTI e 20 usaram inotrópicos. Dez
apresentaram arritmias e 5 necessitaram MP provisório. Derrame pericárdico
e pleural com necessidade de drenagem ocorreu em 3 e 5 pacientes. Uso
de hemoderivados por anemiaou na CEC ocorreu em 37% dos pts. No FP,
1 pt teve BAV transitório com retirada da prótese e substituição por outra
3 meses depois. Três pts necessitaram de observação na UTI por terem
< 10 kg. A internação foi maior no TC (8,4 vs 1,2 dias). Conclusões: Os 2
tratamentos são seguros e eficazes com ótimos desfechos. O FP tem menor
morbidade e tempo de internação. Tais observações embasam a visão que
o FP é, hoje em dia, o método de escolha para pts selecionados com CIA
e justificam seu uso no MS.
WANDA NASCIMENTO; FABRICIO LEITE PEREIRA; MARCELO SILVA RIBEIRO;
LUIS OTAVIO CAMPANHÃ SANT`ANNA; RODRIGO NIECKEL DA COSTA; VALMIR F.
FONTES; SIMONE ROLIM F. FONTES PEDRA; CARLOS AUGUSTO CARDOSO PEDRA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL e
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio, São Paulo,
SP, BRASIL
Introdução: O tratamento de eleição da coartação da aorta (CoA) nos adolescentes e adultos é aortoplastia percutânea com stent. Stents cobertos tem
indicações precisas: pacientes (pts) >30 anos ou com Sd Turner, CoA subatrética ou associada a PCA ou aneurismas. Entretanto, tem sido cada vez mais
utilizados por estarem associados a menor taxa de formação de aneurismas
ou dissecção. Descrevemos nossa experiência com o stent coberto Advanta
V12. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, descritivo de uma coorte
de pts submetidos a aortoplastia com stent Advanta V12 entre 2009 e 2012.
Coleta de dados retrospectiva por meio da revisão dos prontuários. 25 pts (13
masc) com mediana de idade e peso de 15 anos (5 a 55) e 48 kg (21,1 a 95)
submeteram-se ao procedimento sob anestesia geral utilizando-se introdutores
8 a 12F. Um pt possuía PCA associado e 4 pts tinham CoA sub-atrética. O
diâmetro final do stent foi o mesmo do arco ou istmo. Os pts foram acompanhados com ecocardiograma com 6 e 12 meses e tomografia com 12 meses.
Resultados: Houve sucesso no implante em todos pts com 4 necessitando de
pré-dilatação. O gradiente sistólico caiu de 33 ± 17 para 3 ± 4 mmHg e o
diâmetro CoA aumentou de 5,3 ± 3,0 para 13,4 ± 2,1 mm (ambos p < 0.001).
Na maioria dos pts (20 pts) realizou-se pós-dilatação para melhor aposição.
Dois pts apresentaram redução de pulso necessitando de heparina. No seguimento (mediana 12 m) todos pts apresentaram normalização da amplitude
dos pulsos nos membro inferiores, no Doppler da aorta descendente ao eco
e controle da pressão arterial. Na tomografia ou cate de controle com 12 m
em 12 pts, os stents estavam íntegros e não houve complicações da parede
da aorta ou necessidade de reintervenção. Conclusões: O uso do stent V12 é
seguro e eficaz para tratamento da CoA levando a desfechos hemodinâmicos
e clínicos de curto e médio prazo satisfatórios. A pós-dilatação é necessária
devido ao recolhimento imediato da malha.
43
Temas Livres • Apresentação em Pôster
89
90
Fechamento do canal arterial com plug vascular Am­­­­
platzer do tipo II
Avaliação da viabilidade econômica do fechamento
per­­­­cutâneo da Comunicação Interatrial (CIA) em crian­
ças pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
LUIS OTAVIO CAMPANHÃ SANT`ANNA; RODRIGO NIECKEL DA COSTA; FABRICIO
LEITE PEREIRA; MARCELO SILVA RIBEIRO; WANDA NASCIMENTO; VALMIR F.
FONTES; CARLOS AUGUSTO CARDOSO PEDRA
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL e
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio, Sâo Paulo,
SP, BRASIL
Introdução: Apesar da grande gama de dispositivos para o tratamento
percutâneo do canal arterial persistente (PCA) encontramos dificuldades
para o posicionamento de próteses em pacientes de menor tamanho
devido ao prolapso de seus discos. Desta forma o uso do plug vascular
Amplatzer (AVP II) tem sido cada vez mais frequente por sua configuração
mais curta permitindo a perfeita aposição de seus discos no interior do
canal arterial (CA). Apresentamos uma série de pacientes em que o AVP
II foi utilizado para fechamento do CA. Métodos: No período de Março
de 2011 à Janeiro de 2012, 12 pacientes (pts) com PCA foram tratados
com AVP II. Os dados foram coletados de forma retrospectiva através
dos prontuários dos pacientes. A via anterógrada foi utilizada para posicionamento do dispositivo em todos, exceto 1 dos pts. Resultados: 5 pts
(42%) eram do sexo masculino e 7 pts (58%) tinham PCA do tipo A. A
média de peso e idade foi de 25 ± 28 kg e 142 ± 220 meses, respectivamente. O diâmetro pulmonar do CA e da prótese utilizada foram de
3,6 ± 1,7 mm e 8,5 ± 2,2 mm, respectivamente. Um paciente necessitou
da troca do dispositivo por um de diâmetro menor com perfeita aposição
da nova prótese. Em outra foram realizadas tentativas de implante com
2 dispositivos, sem sucesso, sendo encaminhada para correção cirúrgica.
Não houve shunt residual significativo ou estenose de artéria pulmonar.
Na angiografia pós-procedimento se observou discreta protrusão do disco
para a aorta em 3 pts, entretanto em nenhum houve estenose ístmica
ou gradiente identificável. Conclusões: O dispositivo AVP II é uma nova
opção segura e eficaz para o tratamento da PCA em crianças menores e
naqueles com anatomia desfavorável ao uso de dispositivos concebidos
exclusivamente para fechamento percutâneo de CA.
RODRIGO N COSTA; MARCELO S RIBEIRO; FABRICIO L PEREIRA; ANDRE L
FERREIRA; CARISI A POLANCZYK; OTAVIO BERWANGER; CARLOS A C PEDRA
Hospital do Coração, Associação do Sanatório Sírio, SP, SP, BRASIL
Introdução: Apesar do fechamento percutâneo (FP) da CIA ser considerado a
modalidade terapêutica de escolha na maioria dos países, seu custo associado
ao uso das próteses limita sua incorporação no SUS. Objetivos: Realizar uma
análise de custo-efetividade (cust-efet) do FP da CIA sob o prisma de valores
do SUS usando uma revisão sistemática da literatura. Métodos: A revisão foi
direcionada para busca de estudos que tivessem avaliado a eficácia e segurança do
FP ou cirúrgico da CIA nas bases dedados MEDLINE e Cochrane. Incluídos com
> 50 pacientes e idade média < 14 anos. A análise econômica foi de cust-efet,
computando os custos econsequências, no longo prazo, de ambas as opções. A
efetividade foi estimada em anos de vida. O limiar para definir tecnologia como
custo-efetiva foi de R$ 57000 por ano de vida ganho, equivalente a 3x PIB
percapita em 2010. Considerou-se que pacientes com fluxos residuais tivessem
o mesmo comportamento daqueles com CIA não tratadas baseados na curva
de Campbell. Utilizaram-se valores do SUS para a cirurgia de CIA (R$ 12410)
e para cateterismo (R$ 800) em 2010. O valor total da prótese foi estipulado
arbitrariamente em R$16mil. Resultados: 35 referências incluídas. Todos estudos
observacionais. O procedimento cirúrgico mostrou mortalidade maior (0,24%
x 0,09%), porém com necessidade de 2º procedimento e de shunt residual
menores que o FP. No modelo econômico, a relação de cust-efet incremental
do FP foi de R$ 368614 por ano de vida salvo. Seria necessário que o custo
associado à cirurgia fosse de R$ 3890, ou que o valor pago pelo dispositivo
percutâneo sofresse redução de R$ 3892 do seu valor original para que o FP
se tornasse aceitável do ponto de vista econômico. Conclusões: Com base nos
valores sob o prisma do SUS, a relação de cust-efet é desfavorável para o FP
em relação ao cirúrgico. O delineamento dos estudos (ausência de ensaios),
a dificuldade para levar em conta custos indiretos (banco de sangue, falta
ao trabalho e escola, maior tempo de ocupação hospitalar) e a premissa que
pacientes com pequenos fluxos residuais tem evolução desfavorável limitam
a qualidade da evidência gerada.
91
92
Percutaneous retrieval of intravascular foreign
bodies - Our experience with a simple technique using
pigtail catheter and two guidewires
CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE AORTA TO­­­
RÁCICA. ANÁLISE DOS RESULTADOS DE ÚNICO CENTRO
RODRIGO G P MODOLO; ANDRÉ E GOMES; ANDRÉ L W BITTAR; PEDRO H
O ALBUQUERQUE; BRUNO A COLONTONI; THIAGO Q A C SILVA; WALASSE R
VIEIRA; RODRIGO C SANTOS; EDUARDO ARANTES NOGUEIRA
PATRICK B METZGER; FABIO S PETRUCCI; FREDERICO AUGUSTO CARVALHO
LINHARES F; ALDO Z PASSALACQUA; BRUNO LORENÇÃO A; EDUARDO SILVA
JORDÃO O; NILO M IZUKAWA; FABIO H ROSSI; MARCELO B O COLLI; SAMUEL
M. MARTINS; ANTONIO M KAMBARA
HOSPITAL DE CLÍNICAS – UNICAMP, Campinas, SP, BRASIL
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
Introduction: The use of intravascular devices in Intensive Care Units
and Oncology Centers is increasingly higher with the onset of new
center venous therapies. The embolization of these devices fragments
are more frequent, and should always be retrieved. The aim is to show
the authors experience with an alternative technique for foreign body
retrieval. Methods: We point the routine of our Cath Lab using a pigtail
catheter to pull the object to the inferior vena cava to free an extre­
mity, and a doublewire technique on the site of puncture, avoiding the
loss of the central venous access in case of a new embolization of the
foreign body. Results: Between 1992 and 2011, we have performed 26
procedures in patients referred to our service for foreign body retrieval.
The average age was 32.5 years, with 53.8% male. We used the femoral
access, where 69.2% were right femoral vein. The fragments retrieved
were in order intracath (34.6%), portocath (30.7%), NIH catheter, guide
wires and vascular stents. With the use of the described technique we
got 96.1% of success, with no major adverse effects. Conclusions: With
this technique, after obtaining the access, two guidewires are positioned
inside the femoral vein, being one of them outside the introductor. This
way, even in a rough retrieval with loss if the introductor, the access
is still granted. The authors identified this technique for foreign body
retrieval as safe, efficient and with a high rate of success; making easier
to capture the object with a basket catheter and maintaining the venous
access in case of its loss after a new embolization of the fragment.
Introdução: A terapia endovascular das doenças da aorta torácica vêm apre­­­
s­­­entando notável avanço técnico e tecnológico, atualmente pode ser considerada o tratamento de eleição para o reparo dessas afecções, ao mostrar
melhores taxas de morbi-mortalidade precoce, quando comparadas com a
cirurgia aberta. Objetivo: Analisar os resultados de uma série consecutiva
de 55 pacientes submetidos ao tratamento endovascular de doenças da
aorta torácica, avaliando o sucesso técnico, sucesso terapêutico, morbidade,
mortalidade, taxas de complicações peri-operatórias e taxas de reintervenções
destes pacientes. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, realizado em um
centro de referência, no período de janeiro de 2010 à julho de 2011, em que
foram analisados os pacientes submetidos à correção endovascular de doenças
da aorta torácica. A população foi dividida em 2 grupos: grupo 1 (G1)-AAT
verdadeiros, úlcera aórtica e pseudoaneurisma; grupo2 (G2) - dissecção
aórtica tipo B crônica. Resultados: Em um total de 55 pacientes tratados,
29 pertenciam ao G1, e 26 ao G2. As idades médias foram de 66,8 ± 10 e
56,4 ± 7 anos, respectivamente. O sexo masculino esteve presente em 69%
no G1 e 61,5% no G2. Os sucessos técnico e terapêutico foram de 86,3%
e 68,6% no G1 e de 100% e 74% no G2. A mortalidade peri-operatória foi
de 10,3% no G1 e de 7,6% no G2, com uma taxa de mortalidade anual
de 10,3% no G1 e de 19,3% no G2. As taxas de reintervenções foram de
10,3% e 15,3% respectivamente. Conclusão: Em nosso estudo, o tratamento
endovascular das doenças da aorta torácica demonstrou ser um método viável
e associado a aceitáveis taxas de complicações perioperatórias. As taxas de
sucesso terapêutico e de re-intervenções obtidas, demonstram a necessidade
do seguimento clínico rigoroso e atento desses pacientes.
44
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
93
94
Angioplastia carotídea com Stent em único centro.
Com­­­
paraçào dos Stents de celdas abertas versus
fechadas
Tratamento percutâneo de pseudoaneurisma de artéria
ilíaca externa: relato de caso
DANIEL ANIBAL ZANUTTINI; COSTANTINO ORTIZ COSTANTINI; SERGIO GUSTAVO TARBINE; MARCELO DE FREITAS SANTOS; MARCOS A DENK; MARCOS
HENRIQUE BUBNA; COSTANTINO ROBERTO FRACK COSTANTINI
GUILHERME RAFAEL SANT`ANNA ATHAYDE; THALLES OLIVEIRA GOMES; JULIO
CESAR BOGRES; EDUARDO BELISÁRIO FALQUETO; EDUARDO KEI MARQUESINI WASHIZU; BRUNO R NASCIMENTO; ARI MANDIL; JAMIL ABDALLA SAAD
Hospital Cardiológico Costantini, Curitiba, PR, BRASIL
Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, BRASIL e Hospital das
Clínicas da UF MG, Belo Horizonte, MG, BRASIL
Introdução: Recentes estudos comparando angioplastia carotídea com stent
com endarterectomia carotídea demonstraram resultados controversos. A baixa
experiência dos intervencionistas que realizaram a angioplastia foi a principal
limitação destes estudos. O numero de procedimentos (pr) necessários para
alcançar um resultado ótimo é desconhecido. Objetivo: Avaliar os resultados
de angioplastia carotídea em único centro com significativo volume de pacientes (pts) e realizada por cardiólogos intervencionistas experientes. Método:
Nos últimos 10 anos (Novembro 2001/Dezembro 2011), foram efetuados 319
pr consecutivos de angioplastia carotídea com stent e sistema de proteção
cerebral, em pts sintomáticos e assintomáticos. Foram usados stents com
celdas fechadas (Carotid Wallstent: área 1,08 mm²) em 206 pr e stents com
celdas abertas (Precise: área 5,8 mm², Protegé: área 10,7 mm², Acculink: área
11,4 mm², Tubulares: área > 5 mm²) em 113 pr. Os dados clínicos e demográficos não mostraram diferenças entre os 2 grupos. As complicações intra
hospitalar e a 30 dias foram definidas como uma taxa acumulativa de óbito,
IAM o AVC. Resultados: Sucesso angiográfico foi em 99,7% dos procedimentos. As complicações hospitalar e a 30 dias foram 1,56% (5 pts), incluindo
mortalidade 0,31% (1 pt), AVC maior 0,62% (2 pts) e AVC menor 0,62% (2
pts). Considerando os grupos de stents ocorreram no grupo com stents de
celdas fechadas 2 eventos (0,97%) e no grupo de stents com celdas abertas 3
eventos (2,65%), p = não significativa. Conclusão: Os procedimentos realizados
por cardiólogos intervencionistas experientes, e com mais de 10 angioplastias
carotídeas ao ano apresentaram 1,56% de complicações intra hospitalar e a 30
dias, menor ao publicado na literatura. A angioplastia carotídea com sistema de
proteção cerebral e com stents de celdas fechadas apresentou uma tendência
a menor taxa de eventos.
Cerca de 10% dos pacientes submetidos a transplante renal têm algum tipo de
complicação. Dentre elas destacam-se a estenose ou a trombose das artérias
renais ou ilíacas, a formação de fístulas arteriovenosas e a de pseudoaneurismas que acomete menos de 1% dos pacientes. Eles se formam no sítio da
anastomose ou na própria artéria renal do enxerto. Homem, 35, doença renal
crônica estadio V desde 2009. Em julho de 2011 foi submetido a transplante
renal, evoluindo com um pós operatório complicado e perda do enxerto. Em
setembro evoluiu com dor em flanco direito, instabilidade hemodinâmica e
queda de hemoglobina. Realizado US de fossa ilíaca direita (FID) que mostrou
volumoso hematoma retroperitonial e dilatação vascular na topografia de artéria
ilíaca externa direita (AIED). Encaminhado para avaliação, apresentava dor
e massa volumosa em FID. Rea­­­lizada angiotomografia (TC) de abdome que
mostrou formação ovalada medindo 11,6 x 11,1 cm relacionada anteriormente
a AIED e sugestiva de pseudoaneurisma. Sem outras alterações significativas.
Devido ao risco iminente de ruptura, foi conduzido em caráter de urgência,
para o laboratório de Hemodinâmica. Realizada angiografia de membro inferior
direito via femoral que confirmou a presença de pseudoaneurisma gigante em
AIED. Realizado implante direto de stent graft Fluency 10 x 60 mm seguido
de pós dilatação com balão Advance 10 x 40 mm em AIED. Angiografia
de controle mostrou interrupção no enchimento do pseudoaneurisma. Não
houve intercorrências no procedimento. Teve evolução hospitalar satisfatória.
Realizado duplex scan e TC de controle que evidenciaram stent graft pérvio e
pseudoaneurisma trombosado sem sinais de endoleak. Encontra-se atualmente
assintomático. Os pseudoaneurismas de artéria ilíaca no pós transplante, apesar
de raros, resultam em altas taxas de nefrectomia. As técnicas endovasculares,
menos invasivas, oferecem uma nova opção terapêutica.
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96
Impacto da hemodiálise e transplante simultâneo
rim-pâncreas sobre a espessura médio-intimal das
carótidas em pacientes com Diabetes Mellitus do tipo 1
Relação entre alterações hemostáticas e parâmetros
antropométricos com o risco de eventos isquêmicos
e tromboembólicos
JOÃO MIGUEL MALTA DANTAS; FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR; JOSE
OSMAR MEDINA PESTANA; CLAUDIA MARIA RODRIGUES ALVES; VALTER
CORREIA DE LIMA
PRISCILLA TEIXEIRA CÉO MATOS
Hospital São Paulo, São Paulo, SP, BRASIL e Hospital do Rim e Hipertensão São Paulo, SP, BRASIL
Fundamentos: Espessura médio-intimal das carótidas (EMIC) é preditor de morte
na população geral e naqueles com falência renal terminal (IRCT). Pacientes
com diabetes tipo 1 (DM1), o transplante rim-pâncreas (TRP) é curativo com
melhora de qualidade e quantidade de vida. Alterações vasculares relacionadas a hemodiálise (HD) e ao TRP ainda são pouco conhecidas. Método:
Analisados 30 pacientes com DM1 e IRCT em 3 fases: basal (admissão na lista
de espera), 18 meses pós-basal e 18 meses pós-TRP. A EMIC foi medida por
único observador, com técnicas padrão e adequado estudo de variabilidade.
ANOVA com correção de Bonferroni para comparações sequenciais e análise
multivariada foram utilizadas. Resultados: Idade média de 35 + 7 anos, predomínio de homens (21), duração média do DM1 22 + 8 e HD 2,4 + 2 anos.
Resultados em mm (média e EP) de cada carótida e média estão no gráfico.
Variáveis independente correlacionadas com redução da EMIC pós-TRP: idade,
índice de massa corporal e LDL-colesterol. Marcadores de risco cardiovascular: Hemoglobina, Hemoglobina glicada, troponina, PCR, índice de massa do
ventrículo esquerdo apresentaram redução significante pós-TRP. Conclusões:
No grupo de alto risco, o aumento da EMIC observado no período de HD
foi revertido pós-TRP. Novos estudos devem explorar a relação desta redução
com diminuição de risco cardiovascular ou de aterosclerose.
Pós-Graduação e Pesquisa - Santa Casa de Belo Horizonte, Belo
Horizonte, MG, BRASIL
Introdução: O PAI-1 (inibidor do ativador do plasminogênio do tipo 1)
é uma proteína antifibrinolítica produzida pelo fígado e tecido adiposo,
que inibe a formação da plasmina, responsável pela dissolução do coágulo de fibrina. Em indivíduos obesos, concentrações elevadas de PAI-1
estão associadas ao estado pró-trombótico, além de forte correlação com
outros parâmetros como a obesidade central. Métodos: Foram analisadas
através do método ELISA, amostras de sangue de 45 mulheres obesas
com índice de massa corporal (IMC) 30,0 kg/m² para o grupo caso e
21 mulheres com peso normal (IMC 18,5 < 25 kg/m²) para o grupo
controle. Resultados: Os níveis de PAI-1 do grupo das mulheres obesas
foram superiores ao do grupo controle (p < 0,0001), entretanto, não
houve diferença estatística entre os grupos estratificados pelo IMC, por
grau de obesidade. O grupo com circunferência abdominal (CA) > 80 cm
apresentou aumento dos níveis de PAI-1 em relação ao grupo com CA
< 80 cm (p < 0,0001). Conclusões: A avaliação dos níveis de PAI-1 mostrou um aumento significativo da atividade antifibrinolítica nas mulheres
obesas com CA > 80 cm. Dessa forma, podemos concluir neste trabalho
que a obesidade central, avaliada pela CA é um fator contribuinte para
o aumento do risco de eventos isquêmicos e tromboembólicos.
45
XVII Jornada
de Enfermagem
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista
Diretoria do DESBHCI
Gestão 2012-2013
Presidente
Ivanise Maria Gomes (SP)
Vice-Presidente
Jacqueline Wachleski (RS)
Primeira Secretária
Maria Aparecida de Carvalho Campos (SP)
Segunda Secretária
Tatiane Maria Carvalho Bellia (PR)
Primeira Tesoureira
Adriana Correia de Lima (MS)
Segunda Tesoureira
Rosa Maria Quinzani Almeida Mendes (MG)
Coordenadora Científica
Erika Gondim Gurgel Ramalho Lima (CE)
Coordenadora de Educação Continuada
Luciana Cristina Lima Correia Lima (RJ)
Coordenadora Titulação
Simone Souza Fantin (RS)
Conselho Deliberativo
• Região 1: AM, PA, AP, PI, CE, MA, PB, RN,
PE, SE, AL, BA, RR, RO E AC
Celeste Tourinho Guimarães (BA)
Francisco Audemir Fernandes de Siqueira (CE)
Jubá Azevedo da Cunha Filho (PE)
• Região 2: MT, MS, GO, TC, DF
Kelly Bianca de Lima Loureira (DF)
Márcia Tereza Manggini (DF)
• Região 3: RJ , ES e MG
José Antônio Osório (RJ)
Martha Bezerra Maya Carvalho (MG)
Vivian Cristina Souza (RJ)
• Região 4: São Paulo
Célia de Fátima Anhesini Benetti (SP)
Gustavo Cortez Sacramento (SP)
Roberta Corvino Begueldo (SP)
• Região 5: PR, SC e RS
Claudia Burigo Zanuzzi (PR)
Daniane Rosane Martins da Silva (PR)
Marilene Friedrich (PR)
Mensagem da Presidente
do DESBHCI
Caros colegas:
Salvador os recebe de braços abertos para a XVII Jornada Brasileira de Enfermagem em
Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Será um momento ímpar de atualização e
intercâmbio de conhecimentos entre enfermeiros e a equipe organizadora, bem como entre
técnicos e tecnólogos em radiologia dos estados brasileiros que militam nas diferentes
atividades dessa área.
Na elaboração da programação científica, coube à Comissão de Temas Livres a res­
pon­
sabilidade e o desafio de selecionar, para exposição oral ou na forma de pôsteres, as melhores
contribuições inscritas. De se ressaltar que estas demonstraram de forma clara e inequívoca
o compromisso dos profissionais com um processo de desenvolvimento científico incessante.
A avaliação dos trabalhos foi feita de forma criteriosa e com absoluta isenção por dezessete
jurados dos diversos estados brasileiros, sendo que cada um deles foi julgado obrigatoriamente por três profissionais de destaque em seus campos de atuação. Os melhores serão
premiados, visando incentivar o crescimento e o aprimoramento da produção científica da
enfermagem em cardiologia intervencionista, radiologia vascular intervencionista, neurorradiologia intervencionista, intervenções em cardiopatias congênitas e eletrofisiologia invasiva.
Não há dúvidas de que a troca de conhecimentos e experiências a ter lugar neste Centro
de Convenções da Bahia enriquecerá sobremaneira a programação dessa nossa jornada
e redundará em benefícios da maior expressão para o incremento e a consolidação da
educação continuada na área.
Cordiais agradecimentos e sinceros parabéns a todos que enviaram seus trabalhos.
Ivanise Maria Gomes
Presidente do DESBHCI
49
Comissão Julgadora
dos Temas Livres
Coordenadora dos Temas Livres 2012 do DESBHCI
Jacqueline Wachleski (RS)
Coordenador dos Temas Livres 2012
Vinicius Daher Vaz (GO)
Andrelisa Vendrami Parra (MS)
Celeste Tourinho Guimarães (BA)
Claudia Burigo Zanuzzi (PR)
Edna Valéria da Silva (SP)
Elenice Candido Moreira (SP)
Érika Gondim Gurgel Ramalho Lima (CE)
Gianfábio Pimentel Franco (RS)
Grace Lima (SP)
José Antonio Osório (RJ)
Juba Cunha (PE)
Márcia Tereza Manggini (DF)
Márcia Valéria Rotter (SP)
Mariana Yumi Okada (SP)
Martha Bezerra Maya Carvalho (MG)
Patrícia Aiko Namekata (SP)
Rosa Maria Quinzani Almeida (MG)
Tatiane Maria Carvalho Bellia (PR)
50
Temas Livres
XVII Jornada de Enfermagem
Apresentação Oral
Temas Livres • XVII Jornada de Enfermagem • Apresentação Oral
01
02
Avaliação do efeito do curativo oclusivo nos pacientes
submetidos à intervenção coronária percutânea após
o uso de dispositivo hemostático
Sala de Espera no laboratório de hemodinâmica: o
en­­­­­fermeiro promovendo mudanças no comportamento
e conhecimento dos pacientes e familiares
ANA PAULA GIBIN LEONCIO; TATIANA BARTKEVICIUS CASTAGNARI; ALINE
BUENO DO NASCIMENTO; ALEXANDRA FREITAS; RAFAEL LEME PEREIRA;
IRISVALDO SOUZA DE OLIVEIRA; IVANISE MARIA GOMES; BRENO OLIVEIRA
ALMEIDA; FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR; MARCO PERIN
ANA CRISTINA DE OLIVEIRA ABRAAO SANTESSO
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, BRASIL
Introdução: A via femoral é a técnica mais utilizada para a realização de
in­­­­­­­­­tervenções coronárias percutâneas (ICP). As principais desvantagens desta
técnica são as complicações vasculares e o tempo de repouso. Os dispositivos
hemostáticos são utilizados com o intuito de promover o conforto do paciente,
diminuir o tempo de hemostasia e a permanência no leito. O curativo compressivo é utilizado com a finalidade de minimizar as complicações vasculares, mas
na prática diária observamos a presença de lesões cutâneas decorrentes do uso
do mesmo. A proposta do estudo foi avaliar o efeito do curativo oclusivo em
pacientes submetidos à ICP após o uso de dispositivo hemostático. Métodos:
Foi realizado um estudo prospectivo, randomizado, de abordagem quantitativa.
Elaborou-se um instrumento de coleta de dados para avaliação das condições
clínicas, do sitio de punção, dos dados do procedimento e as técnicas de
curativo empregadas. Para realização do curativo oclusivo utilizou-se o filme
transparente e para o curativo compressivo, a fita cirúrgica. Foram incluídos
77 pacientes submetidos à ICP com utilização de dispositivo hemostático no
período de dezembro de 2011 a março de 2012. Resultados: A técnica do
curativo compressivo foi utilizada em 40 (52%) pacientes e a técnica oclusiva
em 37 (48%). Em nenhum dos grupos foi evidenciado complicações vasculares.
Na avaliação da pele, 23 (57,5%) pacientes apresentaram lesão cutânea no
grupo compressivo: bolhosa 11 (47,8%), eritema 10 (43,5%), escoriação 1
(4,3%) e pústula 1 (4,3%). No grupo oclusivo não houve evidência de lesão
cutânea (p < 0,0005). Conclusões: O curativo oclusivo demonstrou eficácia
por não apresentar complicações vasculares e manter a integridade da pele
local nos pacientes submetidos à ICP com a utilização de dispositivo hemostático. A preconização do uso do curativo oclusivo proporciona segurança
ao paciente devido ao menor risco de infecção, menor tempo de internação
e redução de custos.
Santa Casa de Misericórdia, Juiz de Fora, MG, BRASIL
Introdução: A prática dos procedimentos na Cardiologia Intervencionista
está marcada por grandes avanços médicos e de enfermagem, mas o
mesmo não se verifica no trato das informações e conhecimento dos
pacientes e acompanhantes. Uma intervenção de enfermagem coerente
que atenda as reais necessidades desse cliente requer conhecimento para
tomada de decisões assistenciais e de educação em saúde. Objetivo:
Avaliar a importância do profissional enfermeiro nas atividades assistenciais/educacionais junto aos pacientes e acompanhantes antes de um
procedimento de intervenção cardiovascular no laboratório de hemodinâmica. Método: Estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório,
descritivo, comparativo realizado em um serviço de hemodinâmica em
Minas Gerais Para coleta de dados foi aplicado um questionário com
questões abertas para um grupo de 30 participantes, tendo sido dividido
em dois grupos distintos. Um grupo foi constituído de pacientes que
receberam orientações do enfermeiro verbalmente e através de uma
vídeo-aula na sala de espera, e a seguir responderam ao questionário. O
Segundo grupo(grupo controle) não recebeu nenhum tipo de orientação e
somente responderam ao questionário. Resultados e Conclusão: A maioria
dos pacientes/acompanhantes não possuem referência de profissional que
os oriente, esclareçam as particularidades, dividam seus anseios e medos
antes do procedimento. A informação e educação em saúde no que tange
a procedimentos no laboratório de hemodinâmica ainda está muito aquém
do realmente necessário. A presença do enfermeiro no desenvolvimento
de atividades educacionais aliado ao cuidado interfere positivamente no
comportamento e conhecimento de pacientes e acompanhantes.
03
04
Indicadores de qualidade como resultado dos processos em hemodinâmica
Retirada do introdutor na sala de hemodinâmica
ver­­­sus na enfermaria em crianças submetidas a ca­­­
teterismo cardíaco. A procura de um atendimento
mais humanizado
PAGANIN; ANGELITA; VIEIRA; CRISTIANE F R; SOUZA; EMILIANE N
Hospital Unimed Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, BRASIL e Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, BRASIL
Introdução: Indicadores de qualidade são os resultados dos processos de
trabalho. Eles sinalizam o que pode ser modificado, melhor planejado e
executado, direcionando as ações a serem realizadas. Objetivo: Descrever
os indicadores de qualidade desenvolvidos em um serviço de hemodi­
nâmica do Rio Grande do Sul (RS). Método: Trata-se de um relato de
experiência acerca dos indicadores utilizados em um laboratório privado
de hemodinâmica da região nordeste do RS, no ano de 2011. Em um
trabalho conjunto entre o setor de Gestão da Qualidade da instituição e
o laboratório de hemodinâmica foram elaborados indicadores relaciona­­­­­­dos
a processos realizados no serviço, visando à melhoria, à segurança e à
qualidade do atendimento ao cliente. A coleta de dados foi realizada
por enfermeiras através de formulários específicos. Os dados alimentam
o software Strategic Adviser, utilizado para controle de processos e
obtenção de boas práticas de gestão. Resultados: Foram criados cinco
in­­­dicadores específicos. No período de janeiro a dezembro de 2011, o
tempo porta-balão apresentou média de 74,96 ± 12,40 minutos; o percentual médio de satisfação dos clientes foi 94,04 ± 2,08%; a acuracidade
do estoque de órteses e próteses obteve 100% em todo o ano; a reação
adversa ao uso do contraste foi de 0,09 ± 0,32% e o percentual médio
de complicações para procedimentos de hemodinâmica foi de 1,98 ±
1,39% anual. Destas, 17 (74%) foram vasculares, e 1 (4%) as demais
(neu­­­­rológica, isquêmica, vaso-vagal, choque séptico, e perfuração cardíaca).
Conclusão: A utilização de indicadores de qualidade no laboratório de
hemodinâmica permite a mensuração e o controle das ações a serem
realizadas, buscando a satisfação do cliente e melhor desempenho da
equipe. Tais indicadores são publicados e acompanhados de forma a
evidenciar a qualidade da assistência no setor.
54
ROSALIA DANIELA MEDEIROS DA SILVA; RAUL ARRIETA; JULIANA RODRIGUES NEVES; JENNEFER SANTOS RAMOS DE BARROS; JULIANA OLIVEIRA
ANGELO DA SILVA
IMIP, RECIFE, PE, BRASIL
Introdução: Nas crianças submetidas a cateterismo cardíaco (CC) o introdutor
é habitualmente retirado na sala de hemodinâmica sem grandes complicações,
porém este fato, além de aumentar o tempo de anestesia, aumenta o tempo de
distanciamento entre a criança e seus pais ou parentes. Objetivo: Comparar os
resultados obtidos na retirada do introdutor na sala de hemodinâmica (Grupo
1) versus a retirada na enfermaria na presença dos pais ou parentes (Grupo 2).
Material e Método: Estudo retrospectivo realizado de 01/02/11 a 01/03/12.
Foram incluídos 60 pacientes (pts) sendo 30 no Grupo 1 e 30 no Grupo 2. A
analise estatística realizada foi de teste exato de Fisher e Chi quadrado para
as variáveis não paramétricas. Foram incluídos apenas CC (diagnósticos ou
procedimentos) eletivos e consideradas estáveis desde o ponto de vista cardiovascular. As variáveis estudadas nos resultados foram tempo de compressão
(considerado aceitável quando menor que 20 min) e complicações como dor
durante a compressão (acima de 3 da escala de faces de Wong-Baker), presença
de hematomas e perda de pulso. Resultados: No grupo 1 a idade e o peso
médio foram 4,6 ± 4,3 e 16,3 ± 10,8. Os tipos de CC foram 14 diagnostico
(Dx) e 16 procedimentos (Pr). No grupo 2 a idade e o peso médio foram 5,5 ±
3,9e 18,4 ± 9,7 os tipos de CC foram 19 Dx 11 Pr. Os introdutores utilizados
em ambos grupos foram 20 venosos, 11 arteriais e ambos 29 variando de 4 a
10 Fr. Na comparação entre os grupos das variáveis demográficas como idade ,
peso e tipo de procedimento não houve diferença estatisticamente significativa.
Em relação ao tempo de compressão nos introdutores arteriais ou venosos não
houve diferença entre os grupos (p:0,09 e p: 0,291 respectivamente). E não
houve diferença estatística entre os grupos na presença de hematoma nem dor
(p:0,64; p:0,075). Não houve perda de pulso em nenhum paciente. Conclusão:
A retirada do introdutor na enfermaria após CC em crianças se mostrou segura e eficaz sem aumento da incidência de complicações possibilitando um
atendimento mais humanizado e qualificado.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
XVII Jornada de Enfermagem
05
06
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO RÁPIDO PARA O SERVIÇO DE ENFERMAGEM NO SETOR DE HEMODINÂMICA
Avaliação do procedimento híbrido de oclusão temporária por balões em pacientes portadoras de
acretismo placentário durante a cesárea
PRISCILIA VIRGINIA RUBIO; EDUARDO LÚCIO NICOLELA JR; HUMBERTO MAGNO
PASSOS; MARINA GRISOTTO PAGANI; VANDENI CLARICE KUNZ
Centro de Hemodinâmica - EMCOR, Santa Casa de Piracicaba, PIRACICABA, SP, BRASIL
TATIANA BARTKEVICIUS CASTAGNARI; ANA PAULA GIBIN LEONCIO; ALINE
BUENO DO NASCIMENTO; RAFAEL LEME PEREIRA; ALEXANDRA FREITAS;
IRISVALDO SOUZA DE OLIVEIRA; IVANISE MARIA GOMES; FELIPE NASSER;
BRENO BOUERI AFFONSO; FRANCISCO LEONARDO GALASTRI
Introdução: Tendo em vista a necessidade de arquivar de forma sistematizada os dados que compõe o prontuário do paciente, para posterior
ope­­­­
racionalização, justifica-se a importância do desenvolvimento de
prontuário eletrônico específico para o setor de hemodinâmica. Objetivo:
Desenvolver um prontuário eletrônico rápido (PER) no setor de hemodi­
nâmica, para gerenciar com qualidade os cuidados da enfermagem.
Métodos e Resultados: Com auxilio de um técnico em informática, foi
de­­­­­senvolvido um PER no setor de hemodinâmica, de modo que permitisse
o registro de todas as informações relacionadas ao paciente, para controle
da enfermagem e elaboração de relatório diário. O PER é dividido em
3 etapas: a 1ª etapa consiste de informações relacionadas aos dados
pessoais, características antropométricas, diagnóstico clínico, história de
saúde, medicamentos em uso e resultados de exames bioquímicos de
sangue; a 2ª etapa do PER, chamada de trans-operatório consiste em
dados relacionados ao início e término do procedimento, via de acesso
arterial, tipo de contraste iônico e introdutor utilizado, quantidade de
heparina administrada e horário; a 3ª etapa, chamada de pós-operatório
consiste de informações relacionadas à evolução do paciente após o
procedimento, bem como horário de alta e médico atendente. Nas 3
eta­pas há um campo para anotação, relatório e evolução da enfermagem,
respectivamente. Conclusão: O desenvolvimento do PER possibilitou maior
qualidade do prontuário, maior rigor no preenchimento do prontuário,
interligação de informações das três etapas, diminuição do espaço de
armazenamento de grandes quantidades de prontuários de papel, facilidade
e rapidez na pesquisa de informações.
Introdução: O acretismo placentário (AP) consiste na aderência anormal da
placenta na parede uterina. Devido à invasão do vilo corial no miométrio, o
momento da dequitação eleva o risco de sangramento, aumentando as chances
de transfusões sanguíneas e de histerectomia, impactando na morbimortalidade
materna. A oclusão temporária por balões, realizada pela radiologia vascular
intervencionista é uma alternativa para minimizar as complicações do AP durante
o parto. O objetivo do estudo é avaliar a técnica de oclusão temporária durante
a cesárea. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo, de abordagem
quantitativa. Foram avaliados os dados clínicos, a terapia transfusional, as
complicações e os dias de internação de 8 pacientes com diagnóstico de AP no
período de novembro/ 2006 a outubro/ 2011, submetidas à oclusão temporária
por balões durante a cesárea. Resultados: A idade média das pacientes foi de
36 ± 3,3 anos. Não houve óbito entre as pacientes tratadas. 50% destas recebeu
concentrado de hemáceas (1,88 ± 2,3 U/paciente). O tempo de internação foi
de 5,3 ± 2,9 dias pós procedimento. O tempo médio de insuflação do balão foi
de 2,5 horas sendo que 2 (25%) pacientes ficaram com o balão insuflado por
5 horas e apresentaram oclusão arterial aguda de membro inferior necessitando
de trombectomia. A histerectomia foi realizada em 5 pacientes (62,5%) com
programação cirúrgica prévia. Conclusões: Apesar da crescente incidência de
AP e poucos casos relatados em literatura, o procedimento híbrido de oclusão
temporária por balões durante a cesárea reduz a perda sanguínea, a necessidade
de terapia transfusional e o tempo de internação, promovendo a sobrevida e
preservando a capacidade reprodutiva das puérperas. A equipe de enfermagem
deve ser capacitada para que disponibilize os recursos adequados e promova
o elo entre a equipe multiprofissional e, principalmente, o apoio à gestante.
07
08
VIGILÂNCIA DE EVENTOS ADVERSOS POR MEIO DA RASTREABILIDADE DE CATETERES DE HEMODINÂMICA
Resultados da angioplastia primária no IAM realizadas no horário de atendimento de rotina e plantão:
acompanhamento a curto e longo prazo
LIMA; A C; BARBOSA; A L
HOSPITAL DO CORAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL, CAMPO GRANDE,
MS, BRASIL
Introdução: A elaboração, validação e implementação de protocolos de reprocessamento tem por finalidade a obtenção de um controle eficaz do número
máximo de reuso. A presença de eventos adversos pode comprometer a segurança
do paciente e seu controle constitui-se um desafio para o aprimoramento da
qualidade de serviços prestados no setor saúde. Objetivo: Levantar a incidência
de eventos adversos em pacientes internados e submetidos a procedimentos
percutâneos, possivelmente relacionados ao reprocessamento de cateteres de
hemodinâmica. Método: Estudo de coorte prospectivo, realizado no período
de janeiro a junho de 2011, incluindo pacientes submetidos a procedimentos
percutâneos diagnósticos e terapêuticos nos quais foram utilizados materiais de
uso único reprocessados através de protocolo validado. Resultados: Um total
de 487 pacientes foram incluídos no estudo, a idade média foi de 61,7 anos
(57,7% sexo masculino). Os procedimentos foram realizados pela via femural
em 337 (69,2%) dos casos, sendo o restante por via braquial. Após análise,
foram identificadas 23 (4,7%) ocorrências de eventos adversos, sendo: 10
(43,5%) hipertensão, 5 (21,7%) náuseas/ vômitos, 5 (21,7%) tremores/calafrios,
2 (8,7%) prurido e apenas 1(4,3%) paciente evolui com mais de um tipo de
intercorrência: hipotensão, dispnéia e sudorese. No total geral 5 (1%) pacientes
apresentaram sinais e sintomas que poderiam ser ligados a reação pirogênica
(prurido, tremores, hipotensão, sudorese) reações estas, mais comumente ligada
ao reuso de material reprocessado pois podem ser desencadeadas por resíduos
de endotoxinas e produtos de degradação proteica infundidas na corrente
sanguínea do paciente. Conclusão: Foi possível esclarecer que a utilização
de um protocolo de reprocessamento é fator fundamental para o sucesso da
ras­­­­­treabilidade dos cateteres e que a vigilância dos eventos adversos no pós
procedimento pode comprovar ou não o conceito de segurança e eficácia do
método empregado para o reprocessamento.
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, BRASIL
MARINA GRISOTTO PAGANI; EDUARDO LÚCIO NICOLELA JR; HUMBERTO
MAGNO PASSOS; PRISCILIA VIRGINIA RUBIO
Centro De Hemodinâmica – EMCOR, Piracicaba, SP, Brasil
Introdução: A literatura refere que as angioplastias primárias (ATCP) rea­­­­­­­­­
lizadas nos horários de plantão, em pacientes com infarto agudo do
miocárdio (IAM), estão relacionadas a maiores índices de mortalidade e
pior prognóstico. Considerando que o turno de trabalho pode influenciar
as principais variáveis clínicas após ATCP, o objetivo desse estudo foi
avaliar as principais variáveis após ATCP em pacientes com IAM, na fase
hospitalar e tardia, realizadas nos horários de atendimentos de rotina
e plantão. Métodos: Estudo do tipo coorte, prospectivo, incluindo 165
pacientes com IAM, tratados por ATCP, no período de 2004 a 2006,
divididos em dois grupos, de acordo com o momento de atendimento,
sendo atendimento de rotina (8:00 as 18:00 h) e plantão (18:00 as 8:00 h).
Testes estatísticos: T de Stundent para dados quantitativos e qui-quadrado
para dados qualitativos, nível de significância de 5%. Resultados: A amostra
incluiu 91 pacientes (55%) submetidos ao atendimento de rotina (idade
63 ± 12 anos) e 73 (45%) pacientes submetidos ao atendimento plantão
(idade 61 ± 12 anos), com um follow-up médio de 4,5 ± 1,5 anos para
ambos os grupos. Não houve diferenças entre os grupos, relacionado à
mortalidade por causas cardíacas na fase hospitalar (5,5% e 11%), e na
fase tardia (12% e 7%) para atendimento de rotina e plantão, respectivamente. Também não houve diferenças entre os grupos no que se refere
ao sucesso da ATCP (96% e 97%), a necessidade de um novo procedimento de angioplastia (16% e 21%), de revascularização do miocárdio
(15% e 17%) para os atendimentos de rotina e plantão, respectivamente.
Conclusão: Independente do horário de realização da angioplastia (rotina
e plantão) não houve diferenças entre os grupos para os resultados dos
principais desfechos clínicos desse estudo. Assim, torna-se importante o
serviço nas 24 horas do dia, tendo em vista que cerca de 45% dos casos
de IAM ocorrem fora do horário de atendimento de rotina.
55
Temas Livres • XVII Jornada de Enfermagem • Apresentação Oral
09
10
Desenvolvimento e validação de protocolos de processamento de materiais de uso único utilizados em
procedimentos endovasculares
Redução da incidência de complicações no local da
punção utilizando um protocolo para remoção de
introdutor e compressão de acesso vascular
SIMONE FANTIN; ALINE F COPETTI; SUED SALETE DA SILVA; MARIA JUSSÁRA
DE DEUS; ROSANE FELTRIN; DELOCILDES DOS SANTOS; MARIA DENIS S
LUIZ; ROSE C LAGEMANN
SIMONE FANTIN; ENEIDA REJANE RABELO; ROSELENE MATTE
Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL
O acesso percutâneo via artéria femoral ainda é a preferência para procedimentos em muitos laboratórios de hemodinâmica, contudo, as complicações
vasculares e hemorrágicas decorrentes do manuseio do local da punção e da
retirada do introdutor arterial quando ocorrem aumentam a morbidade e os
custos hospitalares. Dentre as técnicas utilizadas para se obter a hemostasia
por punção percutânea, a compressão manual acende controvérsias por
conta da execução da técnica aplicada. É prática comum no nosso país a
re­­tirada de introdutores vasculares por profissionais de enfermagem. Embora
a legislação indique como responsabilidade médica essa técnica, a equipe
de enfermagem capacitada pode desempenhar esta atividade. Esse estudo foi
conduzido para investigar a segurança da retirada de introdutor arterial pela
equipe de enfermagem após cateterismo cardíaco ou angiografia utilizandose um protocolo padrão. Estudo realizado entre março e agosto de 2011, no
ser­­­viço de hemodinâmica de um hospital público e universitário. Comparouse o emprego do protocolo de retirada do introdutor e compressão arterial (n = 94
pacientes) realizado por técnicos de enfermagem treinados (n = 10), e a
mesma técnica realizada sem o uso do protocolo (n = 99 pacientes). Ambos
os grupos foram supervisionados por enfermeiros especialistas na área. Foram
incluídos pacientes submetidos à punção de arterial femoral, para realização
de procedimento diagnóstico sem uso de anticoagulante. Não houve ocorrência
de complicações vasculares maiores em nenhum dos grupos, sendo que 4,04%
dos pacientes apresentaram sangramento ou hematoma > 5 cm após termino
da compressão, no grupo sem uso de protocolo vs 1,06% no outro grupo. Os
resultados desse estudo indicaram que para os pacientes nos quais a retirada
do introdutor foi realizada pela equipe de enfermagem capacitada e utilizou
um protocolo padrão teve significativamente menos complicações vasculares.
Estudos futuros, randomizados podem confirmar esses benefícios.
O processamento de materiais de uso único em hemodinâmica é uma situação
frequente em muitos hospitais. Essa prática está sob a regulação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e sujeita à tecnovigilância. Na sua maioria
são materiais de alto custo, reutilizados por questões econômicas, embora não
haja consistente análise de custos sobre esta prática. Na última regulamentação
publicada pela ANVISA, em 2006, além de apresentar uma lista proibitiva de
reprocessamento, foi determinado a orientação a cerca do processamento de
materiais e definida a obrigatoriedade de criarem-se protocolos institucionais,
validados, para cada tipo e modelo de material submetido a processamento. É
neste cenário que esse estudo objetiva descrever a metodologia que utilizamos
para desenvolver e validar os protocolos de processamento de materiais de
uso único na área de hemodinâmica bem como os resultados da validação
dos protocolos, o qual foi realizado de outubro de 2010 a agosto de 2011
em um hospital público e universitário. Na primeira fase foram selecionados
os materiais de acordo com os critérios da RDC 156/2006: não fazer parte da
lista proibitiva, ser passível de limpeza plena, ter a certeza de funcionalidade
preservada após processamento, permitir a validação do processo e apresentar
viabilidade econômica. A organização do protocolo foi estruturada em tópicos
no qual descrevemos passo a passo todo o processo. A validação foi baseada
nos resultados do controle de qualidade do processamento e em testes laboratoriais. Analisamos todos os materiais que rotineiramente eram submetidos
ao reprocessamento e desenvolvemos 28 protocolos dos quais foram validados
20, e excluídos aqueles que não atenderam aos critérios estabelecidos. Não
observamos nenhuma falha ou queixa técnica com os materiais processados
utilizando o protocolo apresentado. Diante das evidências de efetividade do
processo observados através dos resultados de validação e nenhuma ocorrência
de eventos adversos relacionados ao uso destes materiais, consideramos a
estratégia segura para aplicação nos materiais citados.
56
Hospital de Clinicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, BRASIL
Temas Livres
XVII Jornada de Enfermagem
Apresentação em Pôster
Temas Livres • XVII Jornada de Enfermagem • Apresentação em Pôster
11
12
Proposta para sistema informatizado de gestão de
materiais com utilização de curva ABC no serviço de
hemodinâmica do Hospital do Coração
Avaliação da qualidade de vida de gestantes cardiopatas
ZABOTTO; CLAUDIA M; BENETTI; CELIA F A
Hospital do Coração, São Paulo, SP, BRASIL
O estudo teve por objetivo identificar o consumo de materiais na
Hemodinâmica por um período de quatro meses, através da coleta
de informações relativas à quantidade de materiais e custo, agrupar
os materiais de consumo utilizando o método da curva ABC e definir
critérios para a elaboração de um sistema de gestão informatizado de
estoque. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem
quantitativa. A fonte de dados constituiu-se da análise de 594 tipos de
materiais utilizados no setor, no período de 01 de março a 30 de junho
de 2011. Foi utilizado como critério de inclusão os materiais utilizados
em todos os procedimentos, sendo excluídos os materiais consignados,
específicos e cobrados via centro de custo. Os instrumentos de coleta
de dados foram elaborados em forma de planilhas. Os dados foram
coletados através do programa de gestão de estoque institucional, e em
seguida inseridos em um banco de dados do Excel. Para a elaboração
da curva ABC, calculou-se o gasto total do material, multiplicando-se
o consumo médio mensal pelo custo médio unitário de cada item. Os
valores obtidos foram ordenados em ordem decrescente. Em seguida
foi construída uma coluna de valores acumulados e de percentual acumulado, a partir desses dados foi elaborado um gráfico que expressa a
curva ABC. No período estudado, foram realizados 1495 procedimentos.
Foram analisados 71 materiais que totalizaram 121.534 unidades consumidas, a um custo de R$ 2.087.671,62. Entre os materiais analisados,
9,58% dos itens pertencem à classe A, e representam 50,88% do custo.
39,44% dos itens foram atribuídos à classe B e representam 42,6% do
custo. E a classe C totalizou 50,71% dos itens, que despendem somente
6,02% dos recursos. O estudo possibilitou a determinação dos itens que
demandam mais recursos financeiros do setor e forneceu subsídios para a
readequação do estoque de materiais, assim como o desenvolvimento de
um sistema informatizado de gestão de estoque específico para o setor.
CAROLINE DE LIMA XAVIER; SILMARA MENEGUIN
UNESP - Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu,
SP, BRASIL
Introdução: A associação entre cardiopatia e gravidez é reconhecidamente
um potencial fator de risco obstétrico e fetal durante o ciclo gravídicopuerperal, gerando expectativas de piora na qualidade de vida das
pacientes. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em pacientes gestantes
com cardiopatia. Método: Foi aplicado o índice de qualidade de vida de
Ferrans and Powers (IQV) em gestantes cardiopatas, no segundo trimestre
da gestação. Os escores do IQV variam de 0 a 30 e são calculados para
a qualidade de vida em geral e em quatro domínios: saúde e funcionamento, psicológico/espiritual, socioeconômico e família. O coeficiente
de correlação linear de Pearson foi utilizado para as correlações e
consideramos como significante um valor de p < 0,05. Resultados: Entre janeiro de 2008 e março de 2009 foram entrevistadas 42 gestantes
cardiopatas, com idade media de 28,6 anos (± DP 5,63), 50% casadas,
que engravidaram sem planejamento (66,6%) e mais de uma vez (38%).
Além disso, 26,1% relataram ocorrência de abortos prévios, pelo menos
uma vez (54,5%). O escore médio do índice de qualidade de vida
foi relativamente alto (23,2) e o domínio socioeconômico foi o mais
comprometido (20,9). Uma tendência entre gravidez não planejada e o
domínio socioeconômico também foi observada (p = 0,065). Conclusão:
A qualidade de vida destas pacientes pode ser considerada boa, mas
quando a gravidez não foi planejada contribuiu para piorar a condição
socioeconômica. A gestação de alto risco não afetou a qualidade de
vida, uma vez que a mesma está atrelada a significados de felicidade,
satisfação e realização pessoal.
13
14
Uso da pulseira TR Band para fechamento de pseudoa­
neurisma em artéria radial após cateterismo diagnós­
tico – relato de caso
Utilização da técnica transradial como acesso de
es­­­­colha para a realização de procedimentos de cardiologia intervencionista: experiência de um centro
formador de Goiânia
GUSTAVO CORTEZ SACRAMENTO; HENRIQUE BARBOSA RIBEIRO; ANDRÉ
GASPARINI SPADARO; ROGER RENAULT GODINHO; EXPEDITO E. RIBEIRO
DA SILVA; SANDRO FAIG
ADRIANO GONÇALVES DE ARAUJO; FABÍOLA GOMES SILVA MAGALHAES;
FERNANDA CHAVES MIRANDA; PEDRO WILKER DE ANDRADE FERREIRA
Hospital TotalCor, São Paulo, SP, BRASIL
Encore, Goiânia, GO, BRASIL
O acesso radial para a realização de procedimentos em cardiologia
intervencionista demonstra benefícios em relação a conforto, segurança,
tempo de internação e menor taxa de complicações vasculares. Contudo,
algumas complicações raras como o pseudoaneurisma da artéria radial
podem ocorrer. Nesse sentido, relatamos o primeiro caso de uso da
pulseira TR Band como instrumento de fechamento desta complicação.
Paciente do sexo feminino, 82 anos, ex-tabagista, com antecedentes
de hipertensão arterial, fibrilação atrial crônica e insuficiência cardíaca
congestiva. Foi submetida a cateterismo diagnóstico pela artéria radial
direita com introdutor 6F. Após 24 horas, apresentou hematoma, edema
e dor no punho direito. No ultra-som com doppler do membro superior
direito, foi diagnosticado pseudoaneurisma na face anterior do antebraço,
sendo tentada manobra compressiva por 20 minutos, com retorno do
fluxo no interior do pseudoaneurisma. Optado então por utilizar a
pulseira TR-Band para compressão da artéria radial na tentativa de
oclusão mecânica do pseudo-aneurisma. Após 24 horas, realizado novo
ultra-som que evidenciou pseudoaneurisma trombosado, e sem sinais
clínicos de síndrome compartimental. Recebeu alta no dia seguinte e
após uma semana novo ultra-som confirmou os achados anteriores, com
manutenção do fluxo distal do membro. Em conclusão, a pulseira TR
Band demonstrou ser alternativa eficaz menos invasiva no tratamento do
pseudoaneurisma da artéria radial.
Introdução: A cardiologia intervencionista experimentou uma grande evolução
nos últimos 80 anos. Inicialmente utilizado para o estudo e registro das pressões
das câmaras cardíacas, somente há pouco mais de 50 anos teve início o estudo das coronárias por meio da dissecção braquial proposta por Sones. Após
isso, outras vias de acesso foram disseminadas, sendo as mais importantes a
punção femoral e, mais recentemente, a punção radial. Este estudo teve o
objetivo de avaliar a evolução da utilização da técnica de acesso transradial
na execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Metodologia: Este
é um estudo descritivo, retrospectivo, de 30.648 procedimentos de cardiologia
intervencionista realizados em pacientes de um grande centro de Goiânia no
período de 2002 a 2011. Resultados: No ano de 2002, 55% dos procedimentos
eram realizados por dissecção braquial direita (71,2% das coronariografias e
7,4% das angioplastias), 43,3% utilizaram a punção femoral direita (27,2% das
coronariografias e 90,4% das angioplastias), enquanto o uso da artéria radial
direita foi inexpressivo (0,1%). Em 2005 foi introduzida a punção radial direita,
que atingiu 4,8% e 17,2% em angioplastias e coronariografias, respectivamente,
totalizando 13,1% dos procedimentos. O número de dissecções braquiais caiu
para 25,3%, enquanto o uso do acesso femoral direito subiu para 54%. Em
2011 a dissecção braquial foi praticamente extinta (0,1%), havendo inclusive
queda no uso da punção femoral direita (20,2%), com predomínio da punção
radial direita, que atingiu 72,3% dos procedimentos (82% das coronariografias
e 52% das angioplastias). A técnica de dissecção braquial direita, punção
braquial direita e a punção radial direita permitiram até 5 repetições no
período, enquanto a punção femoral direita possibilitou até 17 repetições.
Conclusão: Tornar o acesso transradial como método de escolha ainda é um
desafio, sendo necessário o entendimento da curva de apredizagem inicial a
ser transposta. A reformulação dos programas de treinamento talvez possa ser
a maneira mais simples de tornar isto uma realidade.
58
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
XVII Jornada de Enfermagem
15
16
Implementação da sistematização da assistência de
enfermagem (SAE) em serviço de hemodinâmica de um
hospital privado: relato de experiência
Implante de válvula aórtica percutânea (core valve):
atuação do enfermeiro
VIVIANE DOS SANTOS PINHO; MARINêS GUIMARÃES CHAVES BARRETO;
LIDIANE YOKOYAMA MILICCHIO MELO; CINTHIA ALUISI ROMANO; ROSANA
PIRES RUSSO BIANCO
Hospital São Camilo, São Paulo, SP, BRASIL
A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é um dos ins­
trumentos que a enfermeira dispõe para aplicar seus conhecimentos na
assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional colaborando
na definição do seu papel. A SAE é um processo composto por cinco
etapas inter-relacionadas, sendo elas: histórico, diagnóstico, planejamento,
implementação e avaliação. Assim, a SAE é um instrumento importante
e indispensável no exercí­cio de atividades cuidativas do enfermeiro na
unidade de hemodinâmica, onde se utiliza métodos diagnósticos por
radioscopia avançados. Temos como objetivo destacar a importância
da implementação da SAE na hemodinâmica de um hospital privado de
São Paulo. Trata-se de um estudo descritivo, realizado na hemodinâmica
de um hospital privado de São Paulo. A coleta dos dados foi realizada
em fevereiro de 2012, com dados de todos os pacientes submetidos a
procedimentos hemodinâmicos na instituição. A implementação da SAE
na unidade de hemodinâmica, possibilitou a identificação dos seguintes
diagnósticos de enfermagem em pacientes submetidos a procedimentos
diagnósticos e terapêuticos: Risco de Sangramento; mobilidade física prejudicada; eliminação urinária alterada; perfusão tissular alterada; dor aguda
ou crônica e intervenções de enfermagem individualizadas. Observou-se
que a avaliação clínica por meio da anamnese e exame físico contribuíram
para umas maiores interações entre enfermeiro, pacientes e familiares. O
desenvolvimento da SAE no serviço de hemodinâmica inicialmente representou um desafio para a equipe, mas, vem contribuindo na otimização
de uma assistência de enfermagem individualizada, proporcionando maior
segurança ao paciente durante os exames hemodinâmicos.
FRANCISCO DE CASSIO DE OLIVEIRA MENDES; ANA ELZA OLIVEIRA DE
MENDONÇA
Hospital Unimed, Natal, Natal, RN, BRASIL
Introdução: Nas últimas décadas a cardiologia intervencionista vem evoluindo
significativamente, tornando os procedimentos mais eficientes e seguros.
Como o Implante de Válvula Aórtica Transcateter (IVAT), novo método
percutâneo utilizado para correção de estenose aórtica, que substitui a
técnica convencional, minimizando riscos inerentes à cirurgia. Objetivo:
Descrever a atuação do enfermeiro no IVAT. Método: Estudo descritivo
do tipo relato de experiência sobre a atuação do enfermeiro no IVAT,
realizado no laboratório de hemodinâmica de um hospital privado em
Natal/RN. Resultados: A atuação do enfermeiro no IVAT se inicia com o
treinamento e capacitação de sua equipe, quanto aos aspectos técnicos
do procedimento, demanda de cuidados dos pacientes e possíveis intercorrências. As etapas pré, trans e pós-operatória, devem ser planejadas
cuidadosamente, pois, diferem da sistemática habitual do serviço. Assim,
incube ao enfermeiro conferir previamente a autorização dos materiais
a serem utilizados. Outra importante atividade é o agendamento do
IVAT, que requer a mobilização de profissionais, como cardiologistas
intervencionistas, equipes da cirurgia cardíaca, ecocardiografista e anestesista. Conclusão: O IVAT requer do enfermeiro planejamento e atitude
pró-ativa frente à dinamicidade do procedimento, pois, exige capacitação
técnica e administrativa, mobilização de uma equipe multiprofissional e
equipamentos específicos. Nesse contexto, o enfermeiro do laboratório
de hemodinâmica representa um elemento imprescindível na efetivação
e êxito do procedimento, por seu conhecimento sobre a fisiopatologia
cardíaca. Descritores: Papel do Enfermeiro; Implante de prótese Valvar
Cardíaca; Hemodinâmica.
17
18
Origem anômala da artéria coronária esquerda no
tronco da pulmonar: caso clínico e assistência de
enfermagem no estudo hemodinâmico
A importância da visita de enfermagem pré operatória
em pacientes internados que realizarão cateterismo
cardíaco
VANESSA DE ALENCAR BARROS; FLAVIA DA COSTA RODRIGUES LIMA; TATIANE
LINS DA SILVA; SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA; NYAGRA RIBEIRO
DE ARAÚJO; LIANE LOPE DE SOUZA; CATIUSCIA REBECCA SANTOS DE
LIRA; THAISA REMIGIO FIGUEIREDO; ISABELLA BEATRIZ BARBOSA OLIVEIRA
ADAMS RANDSON DE ARAÚJO MOREIRA; SILVIO CESAR CONEJO
PRONTO SOCORRO CARDIOLÓGICO UNIVERSITÁRIO DO PERNAMBUCO,
RECIFE, PE BRASIL
A origem anômala da artéria coronária esquerda no tronco pulmonar (OACEP)
é uma anomalia congênita rara com incidência de aproximadamente um
caso a cada 300.000 nascimentos. Pode ser causa de insuficiência cardíaca
e morte em lactentes. Objetivos: Relatar caso clínico sobre Origem anômala
de artéria coronária esquerda no tronco pulmonar e discutir a assistência de
enfermagem no estudo hemodinâmico. Método: Relato de caso de lactente
admitida na hemodinâmica de Hospital universitário referência em cardiologia
no Pernambuco. Relato: Lactente N.T.N.A, 7 meses, sexo feminino, natural de
Paudalho-PE, história de dispnéia desde o nascimento e frequentes infecções
respiratórias. Admitida em 10/02/2012 proveniente de outro hospital para
investigar miocardiopatia dilatada. Realizou ecocardiograma, o qual evidenciou
aumento de câmaras esquerdas e FE 34%, não tendo sido possível visualizar a
artéria coronária esquerda. Hipóteses diagnósticas: agenesia de artéria coronária
esquerda ou origem anômala desta artéria. Solicitado cineangiocoronariografia
para definição do diagnóstico. Na indução anestésica no início do procedimento,
apresentou parada cardiorrespiratória, revertida após reanimação. O exame foi
interrompido pela instabilidade clínica da paciente e o laudo foi inconclusivo
pela não visualização da artéria coronária esquerda pela aortografia. Novo exame
foi realizado sem intercorrências, onde foi possível visualizar a origem anômala
da artéria coronária esquerda na artéria pulmonar. Teve indicação cirúrgica
para correção da anomalia. Discussão: Na criança portadora da OACEP, a
insuficiência cardíaca é o mais importante a ser considerado no seu manejo
clínico. Na assistência de enfermagem, os cuidados devem ser voltados para
a diminuição das necessidades cardíacas, consumo de oxigênio e melhoria da
oxigenação tecidual. Assim, é possível intervir de modo a contribuir para a
otimização do quadro clínico de crianças portadoras desta cardiopatia quando
submetidas a procedimentos diagnósticos em hemodinâmica.
Hospital Paulistano, São Paulo, SP, BRASIL
Visita de enfermagem pré operatória em pacientes internados
que realizarão cateterismo cardíaco
Adams Randson de Araújo Moreira
Hospital Paulistano
Introdução: As doenças cardiovasculares, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde, no Brasil são responsáveis por 33% das mortes, sendo
causa principal de incapacitação. Um dos procedimentos diagnósticos
mais utilizados atualmente é cateterismo cardíaco, sendo ele um procedimento minimamente invasivo e com resultados fidedignos e confiáveis.
O enfermeiro tem papel fundamental no que diz respeito à humanização
da assistência de enfermagem pré operatória, proporcionando esclarecimentos, orientações e segurança ao paciente que realizará cateterismo
cardíaco, além de minimizar os frequentes cancelamentos devido fatores
relacionados a exames laboratoriais alterados, uso de medicamentos que
prejudicam a qualidade e eficácia do procedimento, ressaltando assim
a importância da visita de enfermagem pré operatória como ferramenta
para intervenção nos pacientes internados que farão cateterismo cardíaco.
Objetivo: Reduzir níveis de ansiedade e minimizar chances de cancelamentos. Método: Levantamento bibliográfico, entre 2003 a 2011 com
palavras chaves: Cuidados de enfermagem, pré operatório, ansiedade e
cateterismo cardíaco. Resultado: Com a visita de enfermagem e com base
nos dados coletados e intervenções de enfermagem realizadas, temos a
certeza de que a qualidade e segurança na assistência de enfermagem
foram asseguradas. Conclusão: A visita de enfermagem pré operatória
mostra a importância do profissional enfermeiro para redução da ansiedade e diminuição do número de cancelamentos de exames tendo assim
qualidade e segurança para o paciente.
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Temas Livres • XVII Jornada de Enfermagem • Apresentação em Pôster
19
20
Perfil demográfico e características clínicas de
mu­­­lheres submetidas à angioplastia
Influência da angiotensina II sobre os biomarcadores
protrombóticos e de disfunção endotelial na doença
arterial coronariana (DAC): um estudo de revisão
GALLO; A M; DELIMA; F A C; PAULINO; R; SILVA; S S
Serv. Hemodinâmica de Arapongas, Arapongas, PR, BRASIL
A atenção que vem sendo dispensada às mulheres aos mínimos sinais de
doenças cardiovasculares e associação de comorbidades tem sido crescente,
principalmente pelo fato de que elas apresentam a doença em sua forma
aguda mais tardiamente do que os homens e com prognóstico diferenciado.
Desta forma, o estudo das particularidades femininas relacionadas à doença
já instalada pode, de maneira significativa, contribuir para que se atue na
prevenção secundária, papel importante dos profissionais de enfermagem. O
presente estudo teve por objetivo descrever o perfil demográfico e características clínicas de mulheres que foram submetidas à angioplastia em um serviço
de hemodinâmica localizado na região norte do estado do Paraná. Como
metodologia realizou-se um estudo descritivo e observacional, com base em
prontuário médico. Foram analisados os prontuários de 124 mulheres, cujos
critérios de busca foram a idade entre 30 e 60 anos, terem sido submetidas
à angioplastia coronariana eletivas ou em caráter de urgência e ainda em
período correspondente ao mês de janeiro de 2010 a dezembro de 2011. A
maioria das mulheres submetidas à angioplastia tinham entre 50 e 60 anos
de idade (85%), são brancas (91%), possuem nível de escolaridade entre 5 a
7 anos (38%) e religião católica (80%), residem na zona urbana (87%) e são
do lar (51%). Em relação às características clínicas colhidas no momento da
realização de triagem pré-angioplastia foram detectados os seguintes fatores de
risco: hipertensão arterial (84%), diabetes mellitus (44%), dislipidemia (37%),
tabagismo (37%), revascularização do miocárdio prévia (10%) e ainda, após
verificação de peso e altura, foi calculado o índice de massa corpórea que
indicou excesso de peso (40%). Tais resultados apontam tendências de padrões
de morbidade encontrados em mulheres e revelam a associação de doenças
prévias, independente de características demográficas. Dentro desta perspectiva
de compreensão de tais fatores, salienta-se a necessidade de implantação de
medidas de prevenção secundária pensando-se na estabilização das placas
de ateroma residuais e melhoria na qualidade de vida destas mulheres após
serem angioplastadas.
PRISCILLA TEIXEIRA CÉO MATOS; JACQUELINE TEIXEIRA CEO MATOS
Centro de Ensino Superior de Ilhéus – CESUPI, Ilhéus, BA, BRASIL e
Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Itabuna, BA, BRASIL
Introdução: A doença aterosclerótica tem origem multifatorial e diversos
estudos tem demonstrado sua associação com os fatores de risco tradicionais, além de outros fatores descobertos mais recentemente como
biomarcadores hemostáticos, inflamatórios e genéticos. Material e métodos:
Foi realizada uma pesquisa de revisão da literatura nas bases de dados
da Bireme, PubMed e SciELO no período entre 20 de agosto a 25 de
outubro de 2011, utilizando como descritores: angiotensina II, inibidor
do ativador do plasminogênio e doença arterial coronariana. Revisão da
literatura: A fisiopatogênese da aterosclerose associada à hipertensão
arterial sistêmica (HAS) desencadeia o estresse mecânico exercido pela
pressão arterial sobre o endotélio, resultando em lesão endotelial. A
ruptura da placa aterosclerótica expõe para o fluxo sanguíneo células
tais como o fator tissular (FT), que atua como ativador do sistema da
coagulação sanguínea e induz a formação de trombos. A angiotensina II
(ANG II) é um importante peptídeo que promove nas células musculares
lisas vasculares a estimulação das metaloproteinases (MMP) que facilitam
a digestão e ruptura da capa fibrosa que envolve o ateroma. Além disso,
aumenta a expressão do inibidor do ativador do plasminogênio (PAI-1),
uma proteína antifibrinolítica, que inibe a formação da plasmina, responsável pela lise do coágulo de fibrina. Considerações finais: A ANG II tem
um papel desencadeante no processo de lesão endotelial, ao aumentar a
expressão dos fatores ativadores da cascata de coagulação e acarretar à
formação de um trombo no endotélio vascular. A avaliação do desempenho dos biomarcadores protrombóticos e de disfunção endotelial nos
indivíduos com DAC portadores de HAS pode auxiliar na compreensão
da participação desta comorbidade nos eventos isquêmicos coronarianos,
além de contribuir para a melhoria das medidas preventivas, diagnósticas
e terapêuticas da DAC.
21
22
Atuação do enfermeiro na notificação das complicações
re­­­lacionadas às vias de acesso para procedimentos
hemodinâmicos
Perfil das angioplastias primárias realizadas no ano
de 2011 em um Hospital Universitário
FRANCISCO DE CASSIO DE OLIVEIRA MENDES; TATIANA MARIA NÓBREGA
ELIAS; ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA
Hospital Unimed, Natal, Natal, RN, BRASIL
Introdução: Atualmente o mapeamento dos riscos tornou-se preocupação
constante dentro das instituições hospitalares. Assim, a notificação das
complicações relacionadas às vias de acesso no laboratório de hemodinâmica, passou a ser um importante parâmetro para avaliar os processos
e rotinas assistenciais desses serviços. Objetivo: Destacar a importância
da notificação de complicações. relacionadas às vias de acesso em procedimentos hemodinâmicos. Metodologia: Estudo exploratório descritivo
com abordagem quantitativa, realizado num laboratório de hemodinâmica
privado de Natal-RN. A coleta foi realizada entre 01 de janeiro de 2011 a
01 de janeiro de 2012, com dados da instituição. Resultados: Mensalmente
são atendidos em média 80 pacientes, totalizando 982 procedimentos
no período estudado, dos quais 564 foram para fins diagnósticos e 418
terapêuticos. Resultando no registro de 09 (0,91%) eventos adversos, destes,
78% hematomas importantes em região inguinal, 11% sangramentos re­­
troperitoneais e 11% distúrbios de coagulação. Conclusão: A maioria das
complicações está relacionada à intercorrências vasculares decorrentes
dos procedimentos percutâneos, nas artérias radial, braquial ou femoral
puncionadas para acesso a corrente sanguínea. Apesar da complexidade
dos procedimentos hemodinâmicos, os dados obtidos nesse estudo nos
permitem inferir que, os riscos relacionados aos procedimentos foram
relativamente baixos. Assim, podemos concluir que as notificações das
complicações, mostraram-se um valioso indicador de qualidade a ser
mensurado em pacientes submetidos a procedimentos cardiovasculares.
Descritores: Vias de acesso vascular; Complicações; Enfermagem.
60
LIMA; F M A; SILVA; C F; SILVA; D S
Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina de Botucatu, Botucatu, SP, BRASIL
Introdução: A utilização da angioplastia coronariana primária tem sido o
tratamento de escolha nos centros especializados como terapia de reperfusão
miocárdica, que substitui grandes cirurgias, os riscos aos pacientes e o tempo
de internação. Essa acarreta exposição a altas doses de radiação ionizante à
equipe e aos pacientes. O contraste utilizado, iodado e não iônico, facilita
a visualização dos vasos durante os exames. O estudo buscou avaliar a
quantidade de contraste não iônico utilizada e o tempo de exposição dos
pacientes à radiação ionizante, além de verificar as artérias mais acometidas
pela isquemia e o número de stents utilizados no tratamento. Método: Foram
incluídos todos os pacientes submetidos à angioplastia primária no período
de Janeiro a Dezembro de 2011. Dados referentes ao sexo, idade, tempo total
de exposição à radiação ionizante, volume total de contraste iônico utilizado,
artéria responsável pelo infarto agudo e a quantidade de stents utilizados no
tratamento da lesão, foram obtidos retrospectivamente através dos arquivos
do Serviço de Hemodinâmica. Resultados: No período foram realizadas 78
angioplastias primárias. Houve predominância de pacientes do sexo masculino,
com idade média de 61,3 anos. A quantidade contraste não iônico utilizado
variou entre 100 ml e 550 ml, com média em torno de 280 ml. Em relação
à artéria acometida, houve o predomínio do ramo descendente anterior (DA)
da coronária esquerda, em 45,9% dos casos. Foram tratadas 85 lesões nos
78 pacientes, já que em alguns casos foi tratada mais de uma artéria. Ocorreram 31 lesões de coronária direita (36,5%) e 7 lesões no ramo circunflexo
da coronária esquerda (8,2%). Os outros locais de lesões responsáveis pelo
infarto agudo totalizaram 9,4% das lesões tratadas. Conclusões: A artéria
mais acometida no IAM foi a DA. O volume médio de contraste utilizado foi
de 280 ml. Ocorreram 4 casos de reinfarto, demonstrando a necessidade de
acompanhamento destes pacientes após o evento isquêmico, com orientações
em relação à mudança de certos hábitos de vida que podem retardar e/ou
reduzir a incidência das doenças cardiovasculares.
Rev Bras Cardiol Invasiva.
2012;20(supl.1)
XVII Jornada de Enfermagem
23
24
Padrão de exposição radiológica em profissionais da
saúde durante cateterismo cardíaco
Caracteristicas dos pacientes com infarto agudo do
miocardio submetidos à angioplastia transluminal
coronária
DAIANE DIEL; SABRINA KOEHLER TORRANO; JAQUELINE SAUER; CLAUDIO
VASQUES DE MORAES; JULIO VINÍCIUS DE SOUZA TEIXEIRA; JULIANA CAnEDO
SEBBEN; CRISTIANO DE OLIVEIRA CARDOSO
Instituto de Cardiologa do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
RS, BRASIL
Introdução: Cateterismo cardíaco expõe paciente e profissionais da saúde
aos riscos da radiação ionizante. É objetivo do estudo avaliar o padrão
de exposição radiológica em profissionais da saúde. Métodos: Através
de um estudo prospectivo, pacientes submetidos à cateterismo cardíaco
diagnóstico tiveram informações clínicas e dados relacionados ao exame
coletadas. A dose de radiação recebida pelo paciente, médico operador
do exame e da equipe de enfermagem foi mesurada por dosímetros
digitais individuais. Resultados: O estudo incluiu 119 pacientes. Os pcts
apresentaram idade média foi 58 ± 10 anos, peso 82 ± 17 Kg e altura
160 ± 8 cm. Os tempos de procedimento e fluoroscopia foram de 15 ±
4 minutos e 2 ± 1 minuto, respectivamente. Os pacientes receberam em
média 549 ± 220 mGy por procedimento. A exposição radiológica dos
médicos e profissionais de enfermagem foi de 0,47 ± 0,16 microSv e
0,28 ± 0,13 microSv, respectivamente. Verificou-se que os profissionais
da enfermagem recebem 58% da dose que o médico operador do exame.
Conclusão: Profissionais de enfermagem são expostos a 58% da dose
de radiação que o médico operador do exame. Essa achado demonstra
que todos os profissionais da saúde devem utilizar os equipamentos de
proteção radiológica disponível em sua totalidade.
JEFERSON DE PAULA; ANA CLEIDE SOARES VICTOR
CEDIPAR - CENTRO DE DIAGNÓSTICO, PARANÁ, Maringá, PR, BRASIL
Introdução: A doença cardiovascular corresponde à principal causa de morte
no Brasil. A doença isquêmica do coração é a responsável pela maioria dos
óbitos. O infarto agudo do miocárdio continua sendo o principal problema de
saúde pública no mundo industrializado, apesar dos progressos no diagnóstico
e tratamento nas ultimas três décadas. Cerca de 50% dos óbitos se associam
ao infarto do miocárdio e que estes ocorrem uma hora após o evento e são
atribuídos principalmente a arritmias. Como esta patologia pode surpreender
o individuo na fase mais produtiva da sua vida, trazendo consequências
psicossociais e econômicas profundamente deletérias, dá – se a importância
de ampla divulgação dos fatores de risco associados. A proposta da pesquisa
foi de identificar as principais características, que causaram infarto agudo do
miocárdio, nos pacientes submetidos à angioplastia transluminal coronária.
Métodos: É um estudo descritivo com uma abordagem quantitativa. Através
de uma tabela estruturada contendo doze variáveis, foram analisados todos os
prontuários de pacientes que sofrerão infarto agudo do miocárdio e submetidos
à angioplastia transluminal coronária durante o ano de 2010, totalizando o
número de 19 pacientes. São as variáveis: sexo, idade, peso, altura, índice
de massa corpórea, obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo, sedentarismo,
histórico familiar e dislipidemia. Resultados: Evidenciou – se que os índices
são altos para fatores de risco modificáveis, ou seja, é possível minimizar
as taxas de incidência deste evento através de orientações de enfermagem,
para que possa melhorar a perspectiva e qualidade de vida da população.
Conclusões: É importante ressaltar que hoje podem ser propostas medidas
preventivas muito antes que eles adoeçam, através da educação em saúde e
também através dos programas do governo. Principalmente quando tratamos de
fatores de risco modificáveis, ou seja, em grande número dos casos o infarto
agudo do miocárdio pode ser prevenido, como também através do controle
das doenças crônicas (hipertensão, diabetes) evitando o adoecimento crônico.
O enfermeiro está inserido na equipe multiprofissional e desenvolve papel
fundamental perante estes pacientes.
25
26
Análise comparativa do custo da cineangiocorona­
riografia por abordagem braquial versus femoral
em um hospital público de Salvador-BA
Abordagem telefônica como sistema de follow up
para pacientes pós-angioplastia, seguimento clinico:
12 meses
SIMONE LETICIA SOUZA QUERINO; ERENALDO DE SOUZA RODRIGUES JUNIOR;
PAULO RIBEIRO SILVA; ROQUE ARAS JUNIOR; FRANCISCO JOSE FARIAS B. REIS
KELLY BIANCA DE LIMA LOUREIRO; MARCUS PAULO CAVALCANTE DE LIMA
Hospital Ana Neri Salvador, BA, BRASIL e Universidade Federal da
Bahia, Salvador, BA, BRASIL
Introdução: Os laboratórios de Hemodinâmica se destinam a realização
de exames e procedimentos intervencionistas que permitem uma resolução clínica e uma melhor investigação da condição fisiopatológica
dos pacientes cardiopatas. O procedimento de cineangiocoronariografia
(CACG) permite o estudo da circulação coronariana, melhorando assim
o raciocínio clínico para uma intervenção terapêutica mais eficaz. A
realização da CACG envolve custos associados a sua realização, e o
local da punção para a realização do exame pode contribuir para um
maior custo do exame. Desta forma, o objetivo desse estudo foi analisar
comparativamente o custo direto da CACG por abordagem braquial versus femoral. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, qualitativo e
quantitativo para definição dos custos dos procedimentos diagnósticos,
cardíacos em hemodinâmica de um hospital público de referência em
Salvador-Ba. Foram estudados pacientes submetidos à CACG por aborda­
gem braquial ou femoral de urgência, emergência ou eletivo, ambos os
sexos, no período de Março de 2009. Resultados: Foram estudados 40
pacientes (20 pacientes punção braquial e 20 pacientes punção femoral),
com média de idade de 49,5 anos, sendo 45% (18 pacientes) do sexo
masculino. O custo médio da CACG por punção braquial encontrado
foi de R$ 540,32 (quinhentos e quarenta reais e trinta e dois centavos)
e por punção femoral de R$ 675,05 (seiscentos e setenta e cinco reais e
cinco centavos). Observa-se que o método femoral tem custo superior de
24,94% em relação ao braquial. Conclusões: Os nossos resultados mostram
menor custo direto na realização de CACG por abordagem braquial, uma
vez que não necessita de internação hospitalar o que demandaria custos
com nutrição, hotelaria e outros honorários profissionais.
CENTRO DE TRATAMENTO CARDIOVASCULAR, BRASILIA, DF, BRASIL
As doenças cardiovasculares são consideradas as principais causas de morte
e invalidez no Brasil e no mundo. Dados do DATASUS de 2004 indicaram
que, no Brasil, houve 140 mil óbitos por doença coronária. Com o objetivo
de diminuir a morbimortalidade e aumentar a sobrevida de pacientes, novas
terapêuticas foi introduzidas baseadas em evidências de grandes ensaios clínicos,
como a intervenção coronariana percutânea, porém a adesão ao tratamento
é uma das principais dificuldades na avaliação do sucesso deste por se tratar
de um procedimento minimamente invasivo. A adoção de hábitos saudáveis
como a prática de atividades físicas, alimentação equilibrada, sono saudável
e a cessação do tabagismo, como a manutenção do acompanhamento com
o cardiologista clinico e a utilização correta dos medicamentos prescritos é
apontada como importante medida para melhorar a saúde, a qualidade de
vida e facilitar a prevenção de eventos recorrentes. Trata-se de um estudo
realizado em uma clinica de hemodinâmica no distrito federal com objetivo
de avaliar a adesão ao acompanhamento clinico dos clientes submetidos às
intervenções coronarianas percutânea de janeiro á dezembro de 2009, identificar
quais pacientes fizeram acompanhamento com o cardiologista e detectar se
apresentaram novos eventos coronarianos. A amostra foi de 75 clientes, que
realizaram angioplastia com implante de stent de diferentes sexo e faixas etárias,
com base em uma população de 200. Foram inclusos na pesquisa somente os
clientes em que se conseguiu contato por telefone e que foram submetidos à
intervenção coronariana percutânea no centro de referência Foi considerado
como adesão: o uso regular das medicações prescritas, capacidade de descrever
corretamente as medicações utilizadas e assiduidade às consultas médicas. Foi
utilizado o método de investigação com abordagem quantitativa exploratória.
Resultados: Mostraram que 60% do grupo eram do gênero masculino, que 31%
fazem parte da faixa etária de 60 á 69 anos, que a maioria dos entrevistados
fazia acompanhamento com o cardiologista clínico, 20% apresentaram novos
eventos, e que apena 7% deixaram o tabagismo.
61
Temas Livres • XVII Jornada de Enfermagem • Apresentação em Pôster
27
Avaliação da ansiedade em pacientes portadores de
doença arterial coronariana submetidos a angioplas­
tia: uma comparação entre gêneros
DENISE MARIA OSUGUI; ALESSANDRO FERREIRA ALVES; ELIZA MARIA
REZENDE DÁZIO; SUELEN DE SOUZA NAVES
MinasCardio, Varginha, MG, BRASIL
Introdução: A ansiedade é um estado emocional que comporta, tanto
com­­­­ponentes psicológicos como fisiológicos sendo definida como um
evento de adaptação as diferentes ocasiões impostas pela vida. Objetivos:
Avaliar a ansiedade no pré angioplastia realizando um comparativo
entre gêneros. Método: Estudo quantitativo, hipotético dedutivo e comparativo. Para a coleta dos dados foi utilizado o método autoaplicável
sendo este o questionário de ansiedade estado de Spilberger composto
de vinte perguntas claras e objetivas. Resultados: A amostra consistiu
de 65 pacientes cardíacos isquêmicos, adultos, encaminhados a uma
clinica de atendimento cardiovascular. A amostra foi composta em sua
maioria por indivíduos do sexo masculino com idade média de 61,5
anos. Quanto à escolaridade a maioria dos participantes possui ensino
médio completo (n = 32/42,7%). As doenças associadas mais prevalentes
foram a Hipertensão Arterial Sistêmica (n = 52/ 69,3%), Diabetes Mellitus
(n = 1/1,3%) e a associação de Hipertensão Arterial e Diabetes (n = 16/
21,3%). Apenas seis participantes (8,0%) não relataram nenhuma doença
associada e 24 (32%) participantes afirmaram ser tabagista, entre eles 13
(29,5%) eram homens e 11 (39,5%) eram mulheres. Conclusão: Após a
análise de dados e a realização da média entre os valores da pontuação
de ansiedade, as mulheres apresentaram um escore de 48,8 enquanto os
homens apresentaram escore de 38, concluiu-se que mesmo a população
de mulheres sendo menor que a dos homens, elas possuíram maiores
índices de ansiedade.
29
Registro de Enfermagem em Hemodinâmica da admissão
a alta: Uma proposta para otimizar a comunicação
ROSALIA DANIELA MEDEIROS DA SILVA
IMIP, RECIFE, PE, BRASIL
Introdução: Por se tratar a hemodinâmica de um setor de alta comple­
xidade, com atividades excessivas e variadas, com intenso ritmo de
produção e com muita sobrecarga de trabalho para a equipe se faz
necessário uma comunicação efetiva minimizando a probabilidade de
erros e colaborando para a qualidade no atendimento ao paciente.
Os registros efetuados pela equipe de enfermagem têm a finalidade de
fornecer informações sobre a assistência prestada, assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde e garantir a continuidade
das informações devendo, portanto, estar imbuídos de autenticidade e
de significado legal pois refletem todo o empenho e força de trabalho
da equipe de enfermagem, valorizando, assim, suas ações. Métodos: Foi
elaborado um protocolo para um registro de enfermagem padronizado
contendo itens que direcionam a dados pertinentes a assistência de enfermagem em hemodinâmica da admissão a alta do paciente para tornar
a comunicação entre a equipe mais eficiente. Resultados: O protocolo
consta de itens referentes ao preparo do paciente antes do exame, o
paciente segue com esse impresso para a sala de exames aonde todos
da equipe ficarão cientes de tais informações. O técnico continuará
registrando os dados referentes ao procedimento neste mesmo impresso
e ao ser transferido para a sala de recuperação se dá continuidade ao
registro da assistência de enfermagem durante o tempo de repouso até
o momento da alta quando será colocado horário, condições clínicas,
destino e o paciente ou acompanhante assina caracterizando o término
da permanência do paciente no serviço. Conclusões: A utilização do
protocolo possibilita uma comunicação mais efetiva e sincronizada entre
os integrantes da equipe, reduz a propabilidade de erros e informações
equivocadas como também padroniza o registro por parte dos técnicos
de enfermagem colaborando para uma assistência de maior qualidade.
62
28
Orientações pré e pós angioplastia
DENISE MARIA OSUGUI; JOAO CARLOS BELO LISBOA DIAS; FABIANO AMARAL
FULGÊNIO DA CUNHA
MinasCardio, Varginha, MG, BRASIL
Introdução: A angioplastia é um procedimento invasivo realizado com
o objetivo de desobstruir as artérias coronárias com placas de ateroma.
Este procedimento realizado em um serviço de hemodinâmica utiliza um
balão na ponta de um cateter que, insuflado dentro da artéria libera uma
mini-tela de metal chamada stent, que expandida restabelece o fluxo
sanguíneo. Tal procedimento pode gerar ansiedade e preocupação no
paciente e nos familiares. Objetivo: Elaborar orientações claras e concisas
para o paciente no pré e pós angioplastia. Método: Realizou-se uma
revisão bibliográfica, no qual foram identificados artigos de referência
relacionados, bem como uma consulta ao Guideline for Percutaneous
Coronary Intervencion 2011. Resultado: Elaborado um manual contendo
orientações relacionadas ao agendamento, tipos de documentos necessários,
exames a serem apresentados no ato da admissão, medicamentos a serem
suspensos, cuidados pré angioplastia desde o jejum até sua chegada no
laboratório de hemodinâmica, cuidados pós angioplastia até sua chegada
no quarto ou UTI e orientações para a alta. Conclusão: Este trabalho
resultou em um manual de orientações pré e pós angioplastia de um
Instituto de Intervenção Cardiovascular, situado no Sul de Minas Gerais.
O esclarecimento ao paciente permitirá maior tranquilidade, confiança,
gerando menos ansiedade mediante ao procedimento.
30
Elaboração de Protocolo: Relato de Ex­­­pe­riên­cia: Ge­­­
renciamento da Assistência de Enfermagem ao Clien­te
submetido à Retirada de Introdutor Percutâneo
EDLENE SOBRAL FIGUEIREDO; IANA PATRÍCIA RODRIGUES DE MELO BOMFIM
Hospital Portugues, Salvador, BA, BRASIL
Introdução: O artigo relata a experiência da enfermagem dos setores de
cardiologia em medicina crítica e do laboratório de hemodinâmica de um
hospital filantrópico/privado da cidade de Salvador Bahia Brasil. Método:
O gerenciamento da assistência transcorreu através da elaboração de um
protocolo de monitoramento dos clientes submetidos a procedimentos
minimamente invasivos como: Cinecoronariografia e angioplastia transluminal percutânea coronariana, em uso de anti agregantes plaquetários
e anticoagulação profilática. Por meio de oficinas de trabalho, foram
elaborados protocolos para o procedimento buscando monitorar a equipe
de enfermagem na assistência prestada ao cliente submetido a retirada
de introdutor percutâneo. A avaliação incluiu os pacientes submetidos às
punções via radial e femoral, e dia após dia, o treinamento contribuiu
para minimizar as possíveis complicações nos locais de punção após a
retirada do introdutor. Resultado: No decorrer do trabalho foram identi­
ficadas as necessidades como a busca de novos pontos críticos dos
processos gerenciamento, revisão dos protocolos existentes obedecendo
a periodicidade preconizada bem como, elaboração de novos protocolos
de cuidados de enfermagem, conforme demanda de gerenciamento de
eventos sentinela identificados e, o gerenciamento da aplicação dos
protocolos e do conhecimento fundamento dos mesmos nas unidades
de destino dos clientes seja na medicina crítica ou não crítica, elaborar
protocolos de cuidados de enfermagem na retirada do introdutor percutâneo para as unidades críticas, aplicação de crioterapia para controle da
complicação imediata no local de punção. Conclusão: No transcorrer
das nossas atividades pudemos concluir que, conforme acreditamos,
a utilização de protocolos proporciona uma prática mais qualificada,
humanizada e segura. Além disso, favorece uma assistência planejada
e, consequentemente cada vez mais eficaz ao cliente.
Índice remissivo de autores
da Área Médica
A
M
Abelin AP............................................................................... 68
Abizaid AAC.......................................................................... 26
Aguiar Filho GB...............................................................52, 84
Almeida BO........................................................................... 31
Andrade PB............................................................................ 17
Arrieta SR............................................................................... 16
Athayde GRS.......................................................................... 94
Azmus AD.............................................................................. 70
B
Magalhaes MA.................................................................07, 77
Manica JLL............................................................................. 14
Mariani Junior J................................................................48, 49
Matos PTC.............................................................................. 96
Medeiros CR.......................................................................... 25
Medeiros Filho HM................................................................ 47
Melo EFP................................................................................ 44
Menezes M............................................................................ 64
Metzger PB............................................................................. 92
Modolo RGP.......................................................................... 91
Moreira A.........................................................................28, 29
Bergoli LCC......................................................................53, 54
Bernardi BP......................................................................22, 23
Bernardi GLM......................................................................... 80
Boechat JA................................................................ 19, 20, 38
Brito Junior FS..................................................................04, 09
Nascimento BR....................................................................... 69
Nascimento W....................................................................... 88
Nogueira EF........................................................................... 61
C
Campos CAHM...................................................................... 02
Cardoso CO.....................................................................55, 67
Correia LCL............................................................................ 73
Costa Junior JR.................................................................10, 30
Costa MJM............................................................................. 79
Costa RA..........................................................................21, 24
Costa RN............................................................. 11, 85, 87, 90
Costantini CRF.................................................................35, 57
Custodio WB.......................................................................... 62
D
Dantas JMM........................................................................... 95
E
Esper RB................................................................................. 58
F
Falcão BAA......................................................................51, 65
Falcão FJA.............................................................................. 66
Ferreira E................................................................................ 37
Ferreira EJP............................................................................. 74
G
Galon MZ........................................................................33, 34
Ghandour MS......................................................................... 83
Gonçalves BKD................................................................40, 41
Guérios EE........................................................................06, 78
L
Lima M................................................................................... 26
N
O
Olivotti GV............................................................................ 60
Osugue RK............................................................................. 56
P
Peixoto RTS............................................................................ 76
Pereira FB............................................................................... 86
Pimentel Filho WA................................................................. 59
S
Sant‘Anna LOC....................................................................... 89
Selig FA.................................................................................. 13
Silva BSL................................................................................ 42
Silva EOA.................................................................. 08, 26, 43
Silva RM................................................................................. 15
Silva WA................................................................................ 50
Siqueira DAA............................................................ 45, 81, 82
Slhessarenko JR...................................................................... 63
Soares Neto MM.................................................................... 75
Sposito AC............................................................................. 03
Sum CFB................................................................................ 12
T
Takimura CK.................................................27, 05, 18, 32, 46
V
Viana MS.........................................................................71, 72
Y
Yared...................................................................................... 39
Z
Zago AC................................................................................. 01
Zanuttini DA....................................................................36, 93
63
Índice remissivo de autores da
XVII Jornada de Enfermagem
A
N
Araujo AG.............................................................................. 14
Nicolela Junior EL.................................................................. 08
B
Barros VA............................................................................... 17
C
Castagnari TB......................................................................... 06
D
Diel D.................................................................................... 23
F
Fantin S............................................................................09, 10
Figueiredo ES......................................................................... 30
G
Gallo AM............................................................................... 19
L
Leoncio APG.......................................................................... 01
Lima AC................................................................................. 07
Lima FMA.............................................................................. 22
Loureiro KBL.......................................................................... 26
M
Matos PTC.............................................................................. 20
Mendes FCO....................................................................16, 21
Moreira ARA.......................................................................... 18
64
O
Osugui DM......................................................................27, 28
P
Pagani MG............................................................................. 08
Paganin.................................................................................. 03
Paula J.................................................................................... 24
Pinho VS................................................................................ 15
Q
Querino SLS........................................................................... 25
R
Rubio PV................................................................................ 05
S
Sacramento GC...................................................................... 13
Santesso ACOA...................................................................... 02
Silva RDM........................................................................04, 29
X
Xavier CL............................................................................... 12
Z
Zabotto................................................................................... 11
Missão
Desenvolver a cardiologia intervencionista, certificar a
atuação profissional e representar os associados
com qualidade, eficiência e alto valor agregado em
prol da comunidade.
Visão
Ser reconhecida internacionalmente como
referência no âmbito de Sociedade de Intervenções
Cardiovasculares.
Valores

Ética

Competência técnica e científica

Capacidade resolutiva

Valorização profissional

Responsabilidade socioambiental

Comprometimento

Sustentabilidade

Inovação tecnológica
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Mensagem do Presidente da SBHCI