RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva ARTIGO erapia Intensiva do Município Unidades de T Terapia enças entr entre diferenças e pacientes dos de São Paulo: difer núcleos rregionais egionais de saúde e dos hospitais namentais gover governamentais governamentais namentais e não gover Intensive Care Units in São Paulo differences among patients of regional health divisions and governmental and non-governmental hospitals Maria Cláudia Moreira da Silva*, Regina Márcia Cardoso de Sousa** ABSTRACT This study aimed at comparing adult patients admitted to Intensive Care Units (ICUs) of Sao Paulo Regional Health Division, and in governmental and non-governmental hospitals. Ten percent of the ICUs of Sao Paulo city were selected by a casually stratified sample analysis, taking into account the five Regional Health Divisions (RHDs) and the type of hospital. The sample studied was composed of 200 patients and the collected data referred to one day in the ICU. Several associations were observed in the analysis of the characteristics of the patients and RHDs: age, origin, length of stay in ICU, discharge, some reasons of admission in ICU and antecedents. Differences were observed in therapeutic interventions. When comparing patients admitted in governmental and non-governmental ICUs, associations were observed in origin, TISS-28 scoring and discharge. There were associations among type of hospital and reasons of admission related to circulatory system diseases and immediate postoperative period antecedent of cancer. The TISS-28 categories, Cardiovascular Support and Renal Support were most frequently in patients of governmental hospitals, and this difference got the significance level established. Key words: Intensive Care Units, Hospital. *Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. **Profª Drª do Depto de Enfermagem Médico-cirúrgica da Escola de Enfermagem da USP. 6 O Município de São Paulo concentra parcela importante das UTIs do País, porém, a distribuição geográfica é irregular e a disponibilidade de equipamentos por leito é também diferenciada nos Núcleos Regionais de Saúde (NRSs)2,6,10,11. Por outro lado, diferenças entre as características dos pacientes de hospitais particulares e públicos vêm sendo empiricamente percebidas na prática clínica e também mostradas no estudo realizado por PIERIN et al16. Dentro da proposta de comparar os pacientes das UTIs do Município de São Paulo, de diferentes NRSs e dos hospitais governamentais e não governamentais, cabe sumarizar resultados de publicações em nosso meio que direcionaram a elaboração da proposta do presente estudo. KIMURA; MIYADAHIRA10 mostraram que, no âmbito nacional, nas regiões sudeste e sul estavam localizadas 76,4% de instituições com UTI, sendo que só na região sudeste concentrava-se metade desses estabelecimentos do País (54,5%). Dados mais recentes da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA INTENSIVA2 sobre a distribuição geográfica das UTIs brasileiras revelaram que a região sudeste concentra cerca de 57,7% das UTIs do país. KIMURA; MIYADAHIRA10 constataram ainda que, particularmente, o Estado de São Paulo concorria com 279 estabelecimentos com serviços de terapia intensiva ou 55,5% do total de instituições com UTI na região sudeste, sendo que destas, 94 (33,7%) localizavam-se no próprio Município de São Paulo. Essas autoras, analisando a distribuição de hospitais com UTI no Município, observaram que tais estabelecimentos concentravam-se na região central da cidade (Regional Centro). Mais recentemente, KIMURA et al 11, comple- Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva mentando esse estudo, revelaram que, quando se analisou a distribuição das UTIs nas regiões do Município, verificou-se uma concentração no Núcleo Regional de Saúde (NRS) 1 - região centro-oeste, a qual englobava a região Centro a Butantã da regionalização proposta anteriormente dentro do Município. Esse estudo também mostrou que o número de UTIs nos hospitais variou de um a quatro, sendo a maioria aqueles com uma única unidade; 79,2% pertenciam a hospitais particulares. PADILHA et al 14 observaram que, em termos de planta física, essas UTIs estavam aquém dos padrões mínimos estabelecidos a considerados seguros para o atendimento e que havia muito para se investir em sua melhoria. Indicou também algumas diferenças entre instituições públicas e particulares: as públicas foram aquelas que apresentaram melhores condições de espaço físico por leito. Porém, seis (66,7%) das nove UTIs públicas ti- nham somente até três ambientes de apoio, do total de 12 preconizados, enquanto que nas 34 UTIs privadas, 13 (38,2%) encontravam-se em tal situação. Em relação à dotação de equipamentos, CRUZ et al6 descreveram que o NRS 1 foi a região que manteve mais constante a média de aparelhos de monitorização por leito e que nem todos esses tipos de equipamento foram encontrados nas UTIs do NRS3 (região leste) e NRS4 (região norte). No geral, o número médio de equipamentos por leito, segundo Núcleos Regionais de Saúde (NRSs) apresentado nesse estudo, mostrou que a disponibilidade de equipamentos por leito das UTIs diferia entre regiões do Município. Para KIMURA et al11, os recursos humanos, materiais e estruturais de que dispunham as UTIs do Município eram bastante diversificados e fatores como a má distribuição geográfica e a predominância de UTIs particulares certamen- ARTIGO te dificultariam o acesso da maioria da população. Além disso, diferenças estruturais, presentes na comparação entre os NRSs, são importantes indicadores de diferenças nas características dos pacientes já que os recursos existentes determinam a possibilidade de assistência ao doente, assim como características do paciente determinam a necessidade de recursos para atendimento. O perfil, ainda pouco delineado dos pacientes com indicação de UTI em nosso meio, e o conhecimento das diferenças anteriormente comentadas, motivaram os seguintes objetivos: • Comparar as características dos pacientes adultos atendidos em UTI de instituições hospitalares dos diferentes NRSs do Município de São Paulo. • Comparar as características dos pacientes adultos atendidos em UTI de instituições hospitalares governamentais e não governamentais desse mesmo Município. Figura 1. Distribuição geográfica dos NRSs do Município. São Paulo, 1996. Nº 4 Nº 1 Nº 5 Nº 3 Nº 2 Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 Núcleo Regional de Saúde 1- Centro Aclimação, Alto de Pinheiros, Barra Funda, Bela Vista, Bom Retiro, Brás, Butantã, Cambuci, Cerqueira César, Consolação, Itaim Bibi, Jaguará, Jaguaré, Jardim Paulista, Lapa, Liberdade, Morumbi, Pari, Perdizes, Pinheiros, Raposo Tavares, República, Rio Pequeno, Santa Cecília, Sé, Vila Leopoldina, Vila Sônia. Total da população: 1.456.498. Núcleo Regional de Saúde 2 - Santo Amaro Campo Belo, Campo Grande, Campo Limpo, Capão Redondo, Cidade Ademar, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim Angela, Jardim São Luiz, Marsilac, Parelheiros, Pedreira, Santo Amaro, Socorro, Vila Andrade. Total da população: 1.991.814. Núcleo Regional de Saúde 3 - Itaquera Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Ermelindo Matarazzo, Guaianazes, Iguatemi, Itaim Paulista, Itaquera, Jardim Helena, José Bonifácio, Lajeado, Parque do Carmo, Ponte Rasa, São Miguel Paulista, São Mateus, São Rafael, Vila Curuçá, Vila Jacuí. Total da população: 2.287.319. Núcleo Regional de Saúde 4 - Mandaqui Anhanguera, Brasilândia, Cachoeirinha, Casa Verde, Freguesia do Ó, Jaçanã, Jaraguá, Limão. Mandaqui, Perus, Pirituba, Santana, São Domingos, Tremembé, Tucuruvi, Vila Guilherme, Vila Jaguará, Vila Maria, Vila Medeiros. Total da população: 1.976.253. Núcleo Regional de Saúde 5 - Belém Água Rasa, Aricanduva, Artur Alvim, Belém, Cangafba, Carrão, Cursino, Ipiranga, Jabaquara, Moema, Moóca, Penha, Sacomã, São Lucas, Sapopemba, Saúde, Tatuapé, Vila Mariana, Vila Matilde, Vila Prudente. Total da população: 2.508.899. 7 ARTIGO MÉTODO Este estudo foi realizado com dados relativos a 200 pacientes adultos internados em 14 UTIs sediadas no Município de São Paulo, sendo as unidades selecionadas através de uma amostragem casual estratificada, considerando-se os cinco NRSs do Município e a fonte mantenedora dos hospitais. A Figura 1 mostra a distribuição geográfica dos cinco NRSs do Município de São Paulo, subdistritos pertencentes e o total da população de cada núcleo de acordo com a divisão administrativa do Sistema Único de Saúde apresentada por BASEGGIO et al3. A amostra foi obtida a partir do levantamento das UTIs do Município de São Paulo realizado por BASEGGIO et al 3. Com base em dados fornecidos pelo Centro de Informações da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, as UTIs do Município foram caracterizadas no que se refere à quantidade e distribuição geográfica, ao número de leitos, entidade mantenedora, tipo de atendimento, de clientela e de tratamento. Nesse estudo, foram identificados 173 hospitais, sendo que um encontrava-se desativado e dois foram excluídos por possuírem número de leitos inferior a 50. No total, restaram 170 instituições: 85 com UTI e 85 sem. Das que possuíam UTI, 83 forneceram informações sobre suas unidades, sendo então identificadas 169 UTIs no Município. Quanto ao tipo de clientela, das 169 UTIs foram constatadas 86 que atendiam somente adultos, 60 que atendiam crianças e 23, ambos. Foram excluídas para amostragem as 60 unidades que atendiam somente crianças totalizando, assim, 109 unidades amostrais. A amostragem casual estratificada foi feita considerando os 8 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva 10 estratos resultantes das distribuições das 109 UTIs, segundo NRS e fonte mantenedora. Foi estabelecido o critério de sorteio de 10% das UTIs de cada estrato, sendo assegurada a participação de pelo menos uma unidade naqueles estratos que tinham menos de 10 unidades. A quantidade de pacientes participantes do estudo foi estabelecida em função dos 1084 leitos de UTI ativos no Município3. Assim, determinou-se o percentual de 20% que totalizou cerca de 200 participantes. Estabeleceu-se a participação de número similar de pacientes por NRS, fixando-se em 40 os participantes de cada núcleo, além disso, o número de pacientes por UTI da amostra foi pré-determinado tendo em vista o número de leitos das unidades sorteadas. Houve escolha aleatória dos participantes quando o número de internados na unidade, no dia da coleta de dados, superava o estabelecido para a UTI, e em caso de menor quantidade, retornava-se à unidade uma semana depois e assim, sucessivamente, até que se completasse o total pretendido. Pacientes menores de 12 anos internados nas UTIs da amostra sorteada foram excluídos do presente estudo. Para se obter os dados referentes às características dos pacientes, foi utilizado o método de coleta de dados “snapshot” descrito por GROEGER et al9, em que os participantes do estudo foram os internados nas UTIs, selecionados no momento da coleta de dados e as informações sobre as condições dos pacientes foram captadas considerando um único dia de internação na unidade. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um formulário composto de quatro partes, onde foram registrados dados de identificação do paciente, referentes à internação na UTI, intervenções terapêuticas do TISS-28 a condição de saída do paciente da UTI. No instrumento foi apresentada a versão simplificada do TISS com 28 itens, proposta por MIRANDA et al 13 . Constitui-se de uma relação de intervenções terapêuticas que recebem escores de um a oito, de acordo com a complexidade e a utilização em situação de maior ou menor gravidade para o paciente. Tais intervenções são agrupadas e incluídas nas seguintes categorias: Atividades Básicas, Suporte Ventilatório, Suporte Cardiovascular, Suporte Renal, Suporte Neurológico, Suporte Metabólico e Intervenções Específicas (Anexo A). O prontuário do paciente foi utilizado basicamente como fonte de dados. Como já foi mencionado, o índice de escolha para caracterizar a gravidade dos pacientes e a intensidade de cuidados requeridos foi o TISS-28. Os dados obtidos na sua aplicação permitiram também a descrição das intervenções terapêuticas às quais os pacientes de UTI foram submetidos. Os dados sobre as intervenções terapêuticas foram registrados pela autora, sempre referentes às últimas 24 horas que antecederam o momento da coleta de dados do paciente na UTI, conforme preconiza MIRANDA et al 13, sobre a aplicação do TISS-28. A coleta de dados foi realizada em dois momentos: inicialmente procedeu-se à captação das condições dos pacientes internados nas UTIs selecionadas e, durante um período, que variou de uma semana a 11 meses, houve retorno às referidas unidades até que se completasse a informação sobre a data de alta da UTI e o destino (alta, óbito ou transferência) dos pacien- Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva tes estudados. Por meio do livro de registros, ou mesmo consulta aos enfermeiros, foram obtidas essas informações nas unidades. Os dados foram inseridos em banco de dados e processados eletronicamente, os resultados apresentados em quadros. A análise estatística foi realizada na comparação das características dos pacientes, segundo NRS e tipo de hospital (governamental e não governamental). A associação entre NRS a as variáveis descritivas dos pacientes e entre tipo de hospital a as mesmas variáveis foram avaliadas, empregando-se o teste Qui-quadrado, sendo seu valor corrigido conforme as indicações realizadas por BERQUÓ et al 4. O nível de significância utilizado para os testes foi de 5%. RESULTADOS E DISCUSSÃO Comparação das características dos pacientes dos NRSs do Município de São Paulo Os pacientes do Município, agrupados segundo NRS, foram comparados de acordo com suas características como sexo, idade, dados referentes à internação na UTI, antecedentes clínicos a cirúrgicos e intervenções terapêuticas. Para tanto, os dados foram trabalhados considerando-se os seus valores absolutos, distribuídos em tabelas cruzadas e submetidos a provas estatísticas. A seguir serão apresentados a discutidos os Quadros 1, 2, 3 e 4 que mostram os resultados obtidos. O Quadro 1 mostra que, excetuando as variáveis sexo e pontuação do TISS-28, diferenças significativas foram observadas nas outras características quando se analisa os pacientes distribuídos nos NRS. Quanto à idade, o NRS2 (Santo Amaro) destacou-se por apresentar Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 ARTIGO Quadro 1. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças nas características dos pacientes, segundo NRS. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO* SIGNIFICÂNCIA Sexo x NRS 2,74 9,48 Não Faixa etária x NRS 39,06 26,29 Sim Procedência x NRS 58,16 21,02 Sim Pontuação do TISS-28 x NRS Não aplicável Não aplicável Não aplicável Tempo de Permanência x NRS 37,37 21,02 Sim Condição de saída x NRS 9,48 Sim 11,05 *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. Quadro 2. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças nos motivos de internação dos pacientes na UTI, segundo NRS. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO SIGNIFICÂNCIA Doenças do aparelho circulatório x NRS 3,80 9,48 Não Doenças do aparelho respiratório x NRS 5,05 9,48 Não 9,48 Sim 9,48 Sim Pós-operatório imediato x NRS 19,37 Outros 21,89 *Admilindo-se erro de 1ª espécie de 5%. Quadro 3. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças na presença de antecedentes clínicos e cirúrgicos, segundo NRS. São Paulo, 1998/99. Neoplasias x NRS 18,53 9,48 Sim Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas x NRS 6,32 9,48 Não Doenças do aparelho circulatório x NRS 18,56 9,48 Sim Doenças do aparelho respiratório x NRS 7,02 9,48 Não Doenças do aparelho geniturinário x NRS 3,18 9,48 Não Outros x NRS 17,87 9,48 Sim *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. Quadro 4. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças na presença de intervenções terapêuticas, segundo NRS. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO SIGNIFICÂNCIA Atividades Básicas x NRS Não aplicável Não aplicável Não aplicável Suporte Ventilatório x NRS Não aplicável Não aplicável Não aplicável Suporte Cardiovascular x NRS 5,31 9,48 Não Sim Suporte Renal x NRS 16,46 9,48 Suporte Neurológico x NRS Não aplicável Não aplicável Não aplicável Suporte Metabólico x NRS 23,07 Intervenções Específicas x NRS 9,84 9,48 Sim 9,48 Sim *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. 9 ARTIGO a maior parte dos pacientes na faixa etária entre 21 e 40 anos. Nos demais núcleos, os pacientes mais idosos predominaram. Embora essa seja a terceira região mais populosa do município e a maior em extensão geográfica é a com menor número de UTIs, sendo todas com oito leitos ou menos3. O pequeno número de leitos destinado á assistência intensiva na região acirra a busca pelas vagas existentes podendo ser os indivíduos idosos preteridos nessa disputa. Além disso, sabe-se que esse núcleo atende uma das regiões mais violentas da cidade, o que também pode contribuir para esse resultado. Segundo estatísticas de mortalidade, a grande maioria das vítimas de violência do Município tem idade inferior a 40 anos 5. Em relação à procedência, as UTIs do NRS 1 (Centro), NRS3 (Itaquera), NRS4 (Mandaqui), tinham pacientes vindos predominantemente do Pronto Socorro/ Pronto Atendimento, enquanto que as unidades dos NRS 2 (Santo Amaro) e 5 (Belém) recebiam mais pacientes provenientes do Centro Cirúrgico. Os pacientes do NRS3 (Itaquera), além de distinguirem-se pela maioria ser oriunda do Pronto Socorro/Pronto Atendimento, apresentaram longos períodos de internação nesse núcleo a os pacientes com mais de 60 dias internados alcançaram o percentual de 32,50%. O NRS4 (Mandaqui) destacou-se pela menor mortalidade. Na análise dos pacientes distribuídos nos NRSs, segundo a pontuação do TISS-28, a aplicação do teste Qui-quadrado não foi indicada, uma vez que as condições de sua aplicação não foram satisfeitas. No entanto, observando-se a distribuição dos pacientes, verifica-se que o NRS4 (Mandaqui) apresentou o menor número de pa- 10 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva cientes com pontuação maior que 30 e a maior freqüência (42,5%) de pacientes com pontuação inferior a 16. Dois dos mais freqüentes motivos de internação entre os pacientes internados nas UTIs do Município de São Paulo, as doenças do aparelho circulatório e respiratório, estiveram presentes de forma similar nos NRSs do Município. Diferença significativa foi observada quando se analisou como motivo de internação o pós-operatório imediato a outros motivos. O NRS2 (Santo Amaro) a NRS5 (Belém) diferenciaram-se pela maior presença de pacientes no pós-operatório imediato, assim como se destacaram na freqüência de pacientes procedentes do centro cirúrgico. Quando foram analisados os antecedentes dos pacientes a NRS, Quadro 3, constatou-se que houve significância nas diferenças entre os NRS quanto à presença de neoplasias, doenças do aparelho circulatório e outros antecedentes. O NRS 1 (Centro) a NRS5 (Belém) foram os que mais se destacaram pela a presença de neoplasias e de doenças do aparelho circulatório. O NRS3 (Itaquera) destacou-se pela presença de outros antecedentes como doenças do aparelho digestivo, infecciosas e parasitárias, doenças do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo, do sistema nervoso, entre outros. Quando se analisa o Quadro 4, observa-se que as provas estatísticas indicam diferença na presença de intervenções das categorias Suporte Renal, Suporte Metabólico e Intervenções Específicas. O NRS5 (Belém) a NRS2 (Santo Amaro) destacaram-se na freqüência de procedimentos da categoria Suporte Renal e o NRS4 (Mandaqui), na ocorrência das Intervenções Específicas propostas no TISS-28. As intervenções relacionadas com o Suporte Metabólico foram mais freqüentes nos NRS2 (Santo Amaro) a NRS3 (Itaquera). Observando-se o tempo de permanência dos pacientes internados em unidades desses dois últimos núcleos, nota-se freqüência elevada de pacientes com mais de cinco dias de internação. A relação desses resultados pode ser estabelecida quando se considera que o suporte nutricional não é habitualmente priorizado na assistência intensiva, sendo introduzido mais tardiamente durante a internação. Em relação aos itens em que a prova estatística não foi aplicável, cabe salientar que, na categoria Atividades Básicas, todos os pacientes foram pontuados, ao passo que na categoria Suporte Neurológico, com exceção de um único paciente, não se observou essa intervenção. A categoria Suporte Ventilatório esteve presente na grande maioria dos pacientes de todos os NRSs do Município. COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES DAS UTIS DOS HOSPITAIS GOVERNAMENTAIS A NÃO GOVERNAMENTAIS Os pacientes, agrupados em internados em hospitais governamentais e não governamentais, foram comparados considerando as mesmas variáveis da análise feita em relação aos NRSs. Os quadros 5, 6, 7 e 8 mostram os resultados dos testes estatísticos utilizados nessa comparação. Conforme os resultados do quadro 5, o grupo de pacientes dos hospitais governamentais apresentaram diferenças em relação aos não governamentais nas características: procedência, pontuação do TISS-28 a condição de saída. Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva ARTIGO Quadro 5. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças nas características dos pacientes, segundo tipo de hospital. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO SIGNIFICÂNCIA Sexo x tipo de hospital 2,49 3,84 Não Faixa etária x tipo de hospital 7,49 11,07 Não Procedência x tipo de hospital 17,12 7,81 Sim Pontuação do TISS x tipo de hospital 6,23 5,99 Sim Tempo de permanência x tipo de hospital 3,20 11,07 Não Condição de saída x tipo de hospital 5,35 3,84 Sim *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. Quadro 6. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças nos motivos de internação dos pacientes na UTI, segundo tipo de hospital. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO SIGNIFICÂNCIA Doenças do aparelho circulatório x tipo tipo de hospital 4,42 3,84 Sim Doenças do aparelho respiratório x tipo tipo de hospital 0,04 3,84 Não Pós-operatório imediato x tipo de hospital 8,79 3,84 Sim Outros x tipo da hospital 0,04 3,84 Não *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. Quadro 7. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças na presença de antecedentes clínicos a cirúrgicos, segundo tipo de hospital. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO SIGNIFICÂNCIA Neoplasias x tipo de hospital 9,42 3,84 Sim Doenças endócrinas, 0,98 nutricionais e metabólicas x tipo de hospital 3,84 Não Doenças do aparelho circulatório x tipo de hospital 0,01 3,84 Não Doenças do aparelho respiratório x tipo de hospital 2,63 3,84 Não Doenças do aparelho geniturinário x tipo de hospital 1,76 3,84 Não Outros x tipo de hospital 1,01 3,84 Não *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 Nos hospitais públicos, a maioria dos pacientes foi admitida do Centro Cirúrgico seguidos por aqueles que foram admitidos do Pronto Socorro/Pronto Atendimento, já nos hospitais particulares ocorreu o inverso, a maioria foi proveniente do Pronto Socorro/ Pronto Atendimento seguida por aqueles vindos do Centro Cirúrgico. Tal achado contrapõe-se à relação encontrada por PIERIN et al16 onde, no hospital público, a maioria era proveniente do Pronto Socorro/Pronto Atendimento e no particular, do Centro Cirúrgico. Visto que o encaminhamento de pacientes para hospitais especializados é geralmente conseqüente à triagem anterior em outras instituições, pode-se relacionar os resultados do presente estudo com a distribuição das UTIs especializadas no Município de São Paulo. Segundo dados apresentados por BASEGGIO et al3, a maioria das UTIs públicas eram especializadas (37 de 72 unidades), enquanto que cerca de um terço das particulares apresentavam essa modalidade (32 de 97 unidades). Os pacientes das UTIs dos hospitais governamentais apresentaram maior pontuação no TISS-28, assim como maior mortalidade quando comparados às não governamentais. Tais resultados apóiam o pressuposto de CULLEN et al7, de que quanto mais elevado o número de intervenções, mais grave é o estado do paciente, base para o desenvolvimento do TISS-28 para índice de gravidade. Estudos como o de REYES; D’EMPAIRE17 e de ARTUCIO et al1 mostraram que a mortalidade teve boa correlação com a pontuação do TISS. PARADA et al15 mostraram que os escores APACHE a TISS foram significantemente maior nos pacientes que morreram quando comparados com aqueles 11 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva ARTIGO Quadro 8. Resultados da prova de associação Qui-quadrado (X2) para verificar eventuais diferenças na presença de intervenções terapêuticas, segundo tipo de hospital. São Paulo, 1998/99. VARIÁVEIS X2 OBSERVADO X2 CRÍTICO SIGNIFICÂNCIA Atividades Básicas x tipo de hospital Não aplicável Não aplicável Não aplicável Suporte Ventilatório x tipo de hospital 0 3,84 Não Suporte Cardiovascular x tipo de hospital 6,70 3,84 Sim Suporte Renal x tipo de hospital 4,11 3,84 Sim Suporte Neurológico x tipo Não aplicável de hospital Não aplicável Não aplicável Suporte Metabólico x tipo de hospital 0 3,84 Não Intervenções Específicas x tipo de hospital 3,39 3,84 Não *Admitindo-se erro de 1ª espécie de 5%. que sobreviveram, durante o seguimento, concluindo-se, então, que o uso desses métodos de avaliação permitiria estabelecer resultado a prognóstico a curto e médio prazo. Também nos estudos de GOMEZ et al 8, o grau de gravidade dos doentes quantificado pelo TISS nas primeiras 24 horas foi altamente correlacionado com a morte, sendo que não houve mortalidade naqueles com escore menor que dez a nos demais, a mortalidade foi crescente paralela à pontuação do TISS-28. No que diz respeito ao motivo de internação na UTI, houve associação das doenças do aparelho circulatório e pós-operatório imediato com o tipo de hospital que o paciente encontrava-se internado. As doenças do aparelho circulatório foram mais freqüentes nas unidades dos hospitais particulares e o pós-operatório imediato, nas dos hospitais governamentais. Conforme verifica-se no Quadro 7, quando se analisa os antecedentes e o tipo de hospital, diferença significativa foi observada somente na presença de neoplasias. Esse antecedente, mais fre- 12 qüente entre os pacientes internados em UTIs de hospitais não governamentais foi o mais presente nesse grupo de pacientes após as doenças do aparelho circulatório. PIERIN et al16, na análise do diagnóstico médico principal na admissão na UTI, mostraram que as neoplasias predominaram na UTI particular e era o terceiro diagnóstico principal mais freqüente na unidade governamental. Pelos dados do Quadro 8 observa-se que, considerando a variável tipo de hospital, ocorreu diferença significativa na distribuição dos pacientes nas categorias de intervenções Suporte Cardiovascular e Renal, sendo ambas mais freqüentemente observadas em UTIs dos hospitais governamentais. Essa diferença entre os tipos de hospital pode ser justificada pela contenção de custos mais rígida nas instituições particulares. No geral, as unidades dos hospitais governamentais distinguiram-se dos não governamentais pela maior presença de intervenções nessas categorias, mortalidade mais alta e pontuação do TISS-28 mais elevada. Tendo em vista que hospitais governamentais atendem pessoas de nível socioeconômico mais baixo, pode-se relacionar tais resultados com os apresentados por LATOUR et al12. Esses autores, analisando a associação entre condição socioeconômica e mortalidade em pacientes de UTI, verificaram uma relação inversa entre essas variáveis. Demais resultados desse mesmo estudo indicaram que a maior mortalidade nos pacientes de nível socioeconômico mais baixo pode ser explicado pela maior gravidade de doença; em contrapartida, não houve evidências estatísticas de desigualdade no empenho terapêutico dos pacientes, segundo condição social. A desigualdade nas condições de saúde das classes sociais têm sido atribuídas às adversidades ambientais, alienação social, estilo de vida pouco saudável e cuidados médicos inadequados dos grupos sociais menos privilegiados12. Nesse sentido, os resultados do presente estudo são indicativos de que diferenças sociais não interferem na realização de intervenções terapêuticas na UTI, prevalecendo, assim, o pressuposto da assistência intensiva em que maior gravidade requer maior intensidade de intervenções. CONCLUSÕES O estudo sobre as diferenças das características dos pacientes internados nas UTIs do Município de São Paulo segundo NRS e tipo de hospital permitiu as seguintes conclusões: • Verificou-se que houve associação entre os NRSs a as características: idade, procedência, tempo de permanência, condição de saída. Entre os motivos de internação houve diferença significativa quando se analisou o pós-operatório imediato a outros motivos pouco Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva ARTIGO ANEXO A THERAPEUTIC INTERVENTION SCORING SYSTEM (TISS-28) Atividades básicas Pontuação - Monitorização padrão. Sinais vitais horários, registros e cálculo regular do balanço hídrico ................................................. 5 - Laboratório. Investigações bioquímicas a microbiológicas ...................................................................................................... 1 - Medicação única. Endovenosa, intramuscular, subcutânea, e/ou oral (por exemplo, sonda nasogástrica) ............................ 2 - Medicações endovenosas múltiplas. Mais do que uma droga. Injeções únicas ou contínuas ................................................ 3 - Troca de curativos de rotina. Cuidado e prevenção de úlceras de decúbito e troca diária de curativo ................................... 1 - Trocas frequentes de curativos. Troca frequente de curativo (pelo menos uma vez por turno de enfermagem) e/ou cuidados com feridas extensas ....................................................................................................................................... 1 - Cuidados com drenos. Todos (exceto sonda nasogástrica) .................................................................................................... 3 Suporte ventilatório - Ventilação mecânica. Qualquer forma de ventilação mecânica/ventilação assistida com ou sem pressão expiratória positiva final, com ou sem relaxantes musculares; respiração espontânea com pressão expiratória positiva final ................ 5 - Suporte ventilatório suplementar. Respiração espontânea através do tubo endotraqueal sem pressão expiratória positiva final; oxigênio suplementar por qualquer método, exceto aplicação de parâmetros de ventilação mecânica ........... 2 - Cuidados com vias aéreas artificiais. Tubo endotraqueal ou traqueostomia ........................................................................... 1 - Tratamento para melhora da função pulmonar. Fisioterapia torácica, espirometria estimulada, terapia de inalação, aspiração endotraqueal ........................................................................................................................................................... 1 Suporte cardiovascular - Medicação vasoativa única. Qualquer droga vasoativa ........................................................................................................... 3 - Medicação vasoativa múltipla. Mais de uma droga vasoativa, independente do tipo e dose ................................................. 4 - Reposição endovenosa de grandes perdas volêmicas. Administração de volume >31/m2/dia, independente do tipo de fluido administrado ............................................................................................................................................................. 4 - Cateter arterial periférico ......................................................................................................................................................... 5 - Monitorização do átrio esquerdo. Cateter de artéria pulmonar com ou sem medida de débito cardíaco ............................... 8 - Via venosa central ................................................................................................................................................................... 2 - Ressuscitação cardiopulmonar após parada cardiocirculatória nas últimas 24 horas (soco precordial único não incluído) .. 3 Suporte renal - Técnicas de hemofiltração. Técnicas dialíticas ........................................................................................................................ 3 - Medida quantitativa do débito urinário (por exemplo, sonda vesical de demora) .................................................................... 2 - Diurese ativa (por exemplo, Furosemide >0,5mg/Kg/dia por hipervolemia) ............................................................................ 3 Suporte neurológico - Medida de pressão intracraniana ............................................................................................................................................ 4 Suporte metabólico - Tratamento da acidose/alcalose metabólica complicada ........................................................................................................ 4 - NPT - Nutrição Parenteral Total endovenosa .......................................................................................................................... 3 - Nutrição enteral através da sonda nasogástrica ou outra via gastrointestinal (por exemplo jejunostomia) ............................ 2 Intervenções específicas - Intervenção específica única na UTI. Intubação naso ou orotraqueal, introdução de marca-passo, cardioversão, endoscopia, cirurgia de emergência nas últimas 24 horas, lavagem gástrica: não estão incluídas intervenções de rotina sem consequências diretas para as condições clínicas do paciente, tais como radiografias, ecografias, eletrocardiograma, curativos, introdução de cateter venoso ou arterial .................................................................................. 3 - Intervenções específicas múltiplas na UTI. Mais do que uma conforme descritas acima ...................................................... 5 - Intervenções específicas fora da UTI. Procedimentos diagnósticos ou cirúrgicos .................................................................. 5 “Medicação endovenosa múltipla” exclui “medicação única”, “ventilação mecânica” exclui “suporte ventilatório suplementar”, “medicação vasoativa múltipla” exclui “medicação vasoativa única” e “intervenções específicas múltiplas na UTI” exclui “intervenção única na UTI”. TOTAL:______________pontos freqüentes. Houve associação entre a presença dos antecedentes: neoplasias, doenças do aparelho circulatório e outros menos freqüentes e a variável NRS. Diferença na presença de intervenções te- Volume 13 - Número 1 - Abril 2001 rapêuticas foi observada nas categorias Suporte Renal, Metabólico e Intervenções Específicas do TISS-28. • Na comparação dos pacientes atendidos em UTI de instituições hospitalares governamentais e não governamentais, verificou-se associação entre esses tipos de hospitais a as seguintes características dos pacientes: procedência, pontuação do TISS a condição de saí- 13 RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva ARTIGO da. Quanto ao motivo de internação na UTI, houve associação das doenças do aparelho circulatório e pós-operatório imediato com o tipo de hospital que o paciente encontrava-se internado. Em relação aos antecedentes clínicos e cirúrgicos houve associação apenas entre tipo de hospital e a presença de neoplasias. As categorias do TISS-28, Suporte Cardiovascular e Renal foram mais freqüentes em pacientes de hospitais governamentais, e essa diferença alcançou o nível de significância estabelecido. RESUMO O objetivo deste estudo foi comparar as características dos pacientes adultos internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos diferentes Núcleos Regionais de Saúde (NRS) do Município de São Paulo, além de comparar pacientes de hospitais governamentais e não governamentais. Por meio de amostragem casual estratificada, considerando-se os cinco Núcleos Regionais de Saúde (NRSs) e o tipo de hospital , foram selecionados 10% das UTIs do Município. A amostra estudada foi de 200 pacientes, sendo os dados coletados referentes a um dia de internação na unidade. Na análise, as seguintes características apresentaram associações com os NRSs: idade, procedência, tempo de permanência na UTI, condição de saída da UTI e alguns motivos de internação e antecedentes. Observou-se também diferença nas intervenções terapêuticas. Em relação à comparação dos 14 pacientes assistidos em UTIs de instituições hospitalares governamentais e não governamentais, associações foram observadas com procedência, pontuação do TISS-28 e condição de saída. Houve associação entre tipo de hospital a as causas de internação relacionadas a doenças do aparelho circulatório e pós-operatório imediato assim como o antecedente neoplasia. As categorias do TISS-28, Suporte Cardiovascular a Renal foram mais freqüentes em pacientes de hospitais governamentais, e essa diferença alcançou o nível de significância estabelecido. UNITERMOS: Unidade de Terapia Intensiva, Hospital, Município de São Paulo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ARTUCIO, H. et al. Utilización de los indices APACHE y TISS en una unidad de medicina intensiva. Paciente Crítico, v.1, n.2, p.142-58,1988. 2. ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA. Anuário Brasileiro de Unidades de Terapia Intensiva. São Paulo, 1999/2000. v.1. 3. BASEGGIO, D. et al. Unidades de Terapia Intensiva: situação atual no Município de São Paulo. São Paulo, 1997/ Mimeográfado/. 4. BERQUÓ, E S. et al Bioestatística. São Paulo, EPU, 1981. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Mortalidade Brasil. Brasília, 1995. 6. CRUZ, D. A. L. M. et al. Disponibilidade de equipamentos em unidades de terapia intensiva do Município de São Paulo. Rev. Bras. Terap. Intens., v.9, n.2, p.82-6, 1997. 7. CULLEN, D. J. et al. Therapeutic Intervention Scoring System: a method for quantitative comparision of patient care. Crit. Care Med., v.2, n.2, p.57-60, 1974. 8. GOMEZ, et al. Análisis de la mortalidad en función de la gravedad: estudo comparativo en 2 unidades de cuidados intensivos. Revista Colombiana de Cirugia, v.4, n.3, p.129-34, 1989. 9. GROEGER, J. S. et al. Descriptive analysis of critical care units in the United States Crit. Care Med., v.20, n.6, p.846-63, 1992. 10. KIMURA, M.; MIYADAHIRA, A. M. K. Aspectos da assistência hospitalar no Município de São Paulo - A situação da assistência intensiva. Rev. Esc. Enf. USP, v.25, n.1, p.61-72, 1991. 11. KIMURA, M. et al. Caracterização das unidades de terapia intensiva do Município de São Paulo. Rev. Esc. Enf. USP, v.31, n.2, p.304-15, 1997. 12. LATOUR, J. et al. Inequalities in health in intensive care patients. J. Clin. Epidemiol., v.44, n.9, p.889-94, 1991. 13. MIRANDA, D. R. et al. Simplified Therapeutic Intervention Scoring System: the TISS-28 itens Results from a multicenter study. Crit. Care Med, v.24, n. 1, p.64-73, 1996. 14. PADILHA, K. G. et al. Estrutura fisica das unidades de terapia intensiva do Município de São Paulo. Rev. Bras. Terap. Intens, v.9, n.2, p.71-6, 1997. 15. PARADA, M. T. et al. Aplicacion de dos sistemas de evaluacion, APACHE y TISS, en pacientes bronquiticos cronicos ingressados a una unidad de cuidados intensivos. Enferm. Respir. Cir. Torac., v.4, n.43, p.15-7, 1988. 16. PIERIN, A. M. G. et al. Caracterização dos pacientes de duas unidades de terapia intensiva (UTI): condições biossociais, processo de internação e intervenções terapêuticas. Rev. Esc. Enf. USP, v.24, n.3, p. 371-88, 1990. 17. REYES, J.; D’EMPAIRE, G. Indices de severidad y prognostico en una unidad de medicina critica privada. Med. Crit. Venez, v.7, n.1, p. I 1-22, 1992 Volume 13 - Número 1 - Abril 2001