Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 6E FICHA TÉCNICA Desenvolvimento de conteúdo Equipe Técnico-Pedagógica, Mediação e Design Gráfico do Instituto Monitor Editora Katya Maia Motta Coordenadora de Edição Mariângela Nunes Layout e Diagramação Kleber Cavalcante Colaborador Katya Maia Motta Monitor Editorial Ltda. Av. Rangel Pestana,1105 – Brás São Paulo/SP – CEP 03001-000 Tel.: (11) 3555-1000 / Fax: (11) 3555-1020 www.institutomonitor.com.br Impressão Parque Gráfico do Instituto Monitor: I.C.E. Monitor Av. 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Comunicação....................................................................... 11 1.1 Justificativas para Melhorar a Redação........................... 13 2. Linguagem ........................................................................... 13 2.1 Funções da Linguagem .................................................. 14 2.2 Escolha da Função Linguística ....................................... 14 3. Discurso ............................................................................... 14 3.1 Discurso Direto ............................................................... 14 3.2 Discurso Indireto ............................................................ 14 3.3 Discurso Indireto Livre .................................................... 14 Exercícios Propostos ................................................................ 16 Lição 2 – Fonética 1. Fonema ................................................................................ 19 1.1 Vogal .............................................................................. 20 1.2 Semivogal ...................................................................... 20 1.3 Consoante ..................................................................... 20 2. Encontros Vocálicos, Consonantais e Dígrafos ..................... 21 2.1 Encontros Vocálicos ....................................................... 21 2.2 Encontros Consonantais ................................................ 22 2.3 Dígrafos.......................................................................... 22 3. Sílaba ................................................................................... 22 3.1 Quanto ao Número de Sílabas........................................ 22 3.2 Quanto à Tonicidade ...................................................... 23 3.3 Divisão Silábica .............................................................. 24 Exercícios Propostos ................................................................ 26 001G/5 6/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Lição 3 – Morfologia 1. Radical ................................................................................. 29 2. Prefixo .................................................................................. 32 3. Sufixo ................................................................................... 33 4. Formação das Palavras ........................................................ 34 4.1 Derivação ....................................................................... 34 4.2 Composição................................................................... 35 4.3 Redução ou Abreviação Vocabular ................................. 35 4.4 Onomatopeia ................................................................. 36 4.5 Sigla ............................................................................... 36 5. Classes de Palavras ............................................................. 36 5.1 Substantivo .................................................................... 37 5.2 Adjetivo .......................................................................... 39 5.3 Artigo ............................................................................. 40 5.4 Numeral ......................................................................... 41 5.5 Pronome ........................................................................ 42 5.6 Verbo ............................................................................. 44 5.7 Advérbio......................................................................... 46 5.8 Preposição ..................................................................... 47 5.9 Conjunção...................................................................... 48 5.10 Interjeição..................................................................... 49 Exercícios Propostos ................................................................ 51 Lição 4 – Estudo da Oração 1. Frase .................................................................................... 55 2. Período................................................................................. 56 2.1 Período Simples ............................................................. 56 2.2 Período Composto ......................................................... 56 3. Oração ................................................................................. 56 3.1 Sujeito ............................................................................ 56 3.2 Predicado....................................................................... 58 3.3 Objeto Direto e Objeto Indireto ....................................... 60 3.4 Complemento Nominal ................................................... 61 3.5 Agente da Passiva .......................................................... 61 3.6 Adjunto Adnominal ......................................................... 62 3.7 Adjunto Adverbial ........................................................... 62 3.8 Aposto ........................................................................... 62 3.9 Vocativo ......................................................................... 63 Exercícios Propostos ................................................................ 64 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Lição 5 – Concordância 1. Concordância Verbal ............................................................ 67 1.1 Sujeito Simples ............................................................... 67 1.2 Sujeito Composto........................................................... 67 2. Concordância Nominal ......................................................... 69 Lição 6 – Regência 1. Regência Verbal.................................................................... 73 1.1 Aspirar............................................................................ 74 1.2 Assistir ........................................................................... 74 1.3 Preferir ........................................................................... 74 1.4 Querer ............................................................................ 74 1.5 Visar ............................................................................... 74 2. Regência Nominal ................................................................ 74 Exercícios Propostos ................................................................ 76 Lição 7 – Crase 1. Conceito............................................................................... 79 2. Regras Práticas .................................................................... 79 3. Quando Usar Crase .............................................................. 80 4. Nunca Use Crase ................................................................. 81 5. Uso Opcional da Crase......................................................... 84 Exercícios Propostos ................................................................ 85 Lição 8 – Colocação Pronominal 1. Próclise ................................................................................ 87 2. Mesóclise ............................................................................. 88 3. Ênclise .................................................................................. 88 Exercícios Propostos ................................................................ 89 Anexo 1 – Uso do QUE e do SE 1. Uso do QUE ......................................................................... 91 2. Uso do SE ............................................................................ 92 Anexo 2 – Uso dos Porquês ............................................... 95 Respostas dos Exercícios Propostos ............................... 97 Referências Bibliográficas ................................................ 100 001G/7 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/9 apresentação Todo profissional que busca sucesso na carreira deve estar consciente da importância de um preparo cuidadoso e abrangente. O desemprego não decorre apenas dos problemas estruturais da economia mundial, mas também da falta de qualificação técnica dos eventuais candidatos a uma vaga. Podemos verificar esta deficiência no que diz respeito à Comunicação e Expressão. As pessoas não só se comunicam de modo insatisfatório, como apresentam grandes dificuldades na expressão escrita, tanto na correção gramatical das palavras, quanto na elaboração de textos mais específicos. Visando melhorar esse quadro, buscamos oferecer a ajuda necessária para você aprimorar-se na comunicação escrita e falada. Este fator é de máxima importância na sua vida, seja qual for a sua área de atuação. Vamos apresentar a você, de forma simples e objetiva, a teoria da comunicação, a linguagem e suas funções e os tipos de discurso na Língua Portuguesa. Você irá aprender o conceito e as classificações de fonema, os encontros consonantais e vocálicos, os dígrafos e as regras de separação de sílabas, tão importantes na escrita. Um tema importante é a Morfologia, em que apresentamos os radicais, prefixos e sufixos, a formação, flexão e todas as classes de palavras (substantivo, adjetivo, advérbio etc.). Você aprenderá ainda a distinção entre frase, oração e período, os termos essenciais, integrantes e acessórios da oração e o vocativo. 10/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Nosso conteúdo não estaria completo se não abordássemos a concordância e a regência verbal e nominal, a colocação pronominal e o uso da crase. Nossa intenção é a de te munir com as ferramentas necessárias para chegar à proficiência do uso da Língua Portuguesa. Estude com atenção as lições e não deixe de fazer todos os exercícios propostos. Desta maneira, temos certeza de que, em breve, estará se comunicando muito melhor! Bom estudo! Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/11 lição 1 Comunicação e Linguagem A comunicação é um processo contínuo em nossa vida. Começamos a nos comunicar com a nossa mãe quando ainda estamos no útero e, a partir de então, passamos por um treinamento contínuo para sermos entendidos e para que possamos entender o mundo a nossa volta. Esta lição tem por objetivo apresentar a teoria da comunicação, os elementos necessários para que ela aconteça, a linguagem humana em suas expressões de fala e escrita. Quando se escreve ou se lê um texto, é preciso ter consciência do nosso papel na comunicação, para que a mensagem seja a mais clara e correta possível e para que sejamos capazes de entendê-la. 1. Comunicação Observe como ocorre a comunicação na história ilustrada: Capitão ao Sargento-Ajudante: _ Sargento! Dando-se amanhã um eclipse do Sol, determino que a companhia esteja formada, com uniforme de campanha, no campo de exercício, onde darei explicações em torno do raro fenômeno que não acontece todos os dias. Se por acaso chover, nada se poderá ver e, neste caso, fica a companhia dentro do quartel. Sargento-Ajudante ao Sargento-de-Dia: _ Sargento! De ordem do meu capitão, amanhã haverá um eclipse do Sol, em uniforme de campanha. Toda a companhia terá de estar formada no campo de exercício, onde seu capitão dará as explicações necessárias, o que não acontece todos os dias. Se chover, o fenômeno será mesmo dentro do quartel. 12/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Sargento-de-Dia ao Cabo: _ Cabo! O nosso capitão fará amanhã um eclipse do Sol no campo de exercício. Se chover, o que não acontece todos os dias, nada se poderá ver. Em uniforme de campanha o capitão dará a explicação necessária, dentro do quartel. Cabo aos Soldados: _ Soldados! Amanhã, para receber o eclipse que dará uma explicação sobre o nosso capitão, o fenômeno será em uniforme de exercício. Isto, se chover dentro do quartel, o que não acontece todos os dias. A situação apresentada mostra deformações na comunicação e nos leva à conclusão de que ela não correspondeu à verdade. Poderíamos dizer que a culpa foi das pessoas envolvidas, porque não reproduziram o conteúdo da mensagem na sua totalidade, deformando-o de tal maneira que a mensagem fi nal nem de longe se parece com a inicial. Uma das razões para essa diferenciação é o acréscimo pessoal de cada um dos envolvidos. Contudo, se a mensagem tivesse sido transmitida por escrito, o risco de má interpretação teria sido bem menor, mas mesmo assim existiria. Esta é a razão fundamental destas lições: não somente proporcionar uma comunicação oral mais rica, mas, principalmente, desenvolver habilidades para uma comunicação escrita correta e eficaz. Para que a comunicação aconteça, são necessários os seguintes elementos: a c b O emissor ou remetente, que é a pessoa ou grupo de pessoas que produzem g a mensagem. d O canal de comunicação ou de contato, que é o meio usado para a transmissão da mensagem. O receptor ou destinatário, que é a pessoa ou grupo de pessoas que recebem g a mensagem. A mensagem propriamente dita, que contém as informações transmitidas. e O código, que, no caso de uma mensagem escrita, é a língua. Além da língua, outros códigos poderão ser usados, tais como cores, formas, sinais etc. Para que a comunicação se estabeleça com eficiência, o emissor e o receptor devem utilizar o mesmo código. f O contexto ou referente, que é a situação ou objeto a que a mensagem se refere. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/13 REFERENTE Veja este esquema: Mensagem EMISSOR Canal de Comunicação RECEPTOR Código Se você faz o papel do emissor, é necessário que a sua mensagem seja clara e correta. Nesse caso, deverá considerar as características sociais e psicológicas do seu receptor, para que a mensagem alcance o resultado desejado. O sucesso da sua comunicação estará garantido se você souber manusear bem o código e as informações de que dispõe sobre o referente, usar apropriadamente o canal de comunicação, além de ser capaz de produzir uma mensagem que satisfaça as expectativas de quem vai ser o seu receptor. 1.1 Justificativas para Melhorar a Redação O conhecimento das regras gramaticais serve de apoio para uma boa comunicação escrita, que tem como justificativas fundamentais: a) O ato de escrever é um processo contínuo, que estamos sempre aprimorando. Se, por outro lado, você é o receptor de uma mensagem, deverá ser capaz de captar a intenção do emissor (que poderia ser um jornalista, um escritor, um publicitário, um parente, um amigo, seu chefe etc.): informar, entreter, vender etc. É preciso levar em conta toda a trama comunicativa para que a leitura se torne mais consciente e mais crítica. a) Linguagem não-verbal: não se utiliza de palavras. Exemplos: placas de sinalização de trânsito, o apito da fábrica na hora do almoço, o apito do juiz de futebol apontando para a marca do pênalti. b) O ato de escrever é vivencial, ou seja, está baseado na experiência de vida e no modo como assimilamos as informações que recebemos continuamente. c) O ato de escrever é social; ninguém escreve só para si mesmo, mas para os outros, de modo a divulgar, discutir, criticar, enriquecer. Este é um processo de mão dupla, uma vez que todos são escritores e leitores ao mesmo tempo. d) O ato de escrever é profissional. Você deve se preocupar em ser capaz de redigir não apenas por prazer, mas, principalmente, e é isso que importa aqui, para se sair bem em situações de trabalho. 2. Linguagem Linguagem é o uso da palavra articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação entre pessoas. Pode ser: Na linguagem não-verbal, cores, sons, gestos e desenhos dão logo ideia do significado. b) Linguagem verbal: utiliza-se de palavras, escritas ou faladas. A linguagem está presente em várias situações: livros, jornais e revistas, nos gestos, nos anúncios, nas placas de sinalização, na expressão fisionômica e na conversa das pessoas etc. Ela serve para expressar sentimentos, ordens, desejos, relevar opiniões etc. 14/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 2.1 Funções da Linguagem De acordo com o objetivo que o emissor tem em mente, ele utiliza a linguagem orientando-a para uma certa função: a) Função Referencial ou Denotativa: quando o emissor deseja apenas comunicar algo, dar uma notícia, descrever um objeto, relatar ou explicar uma experiência científica. Para tal, ele deverá utilizar uma linguagem clara e objetiva, cuidando para que os vocábulos (palavras) denotem sua real significação. b) Função Emotiva ou Expressiva: quando o emissor, além de relatar algo, o faz acrescentando a sua própria impressão pessoal, de modo a causar no receptor essa mesma emoção, sensibilizando-o. c) Função Apelativa ou Conativa: quando o emissor busca influenciar o modo de pensar e agir do receptor, tomando como base um texto, um fato, antigo ou não. d) Função Fática ou de Contato: quando o emissor, através de mecanismos adequados, tenta, apesar dos ruídos e obstáculos, manter o receptor em contato, de modo que ele receba a mensagem. e) Função Metalinguística: quando o emissor usa o texto para explicar, definir, analisar, criticar, traduzir ou trocar termos e expressões da própria linguagem. f) Função Poética: quando o emissor procura realçar os aspectos formais da mensagem. Para isso, ele pode lançar mão de recursos especiais, como ritmo, rimas, versos: é uma linguagem rica, original e criativa. texto a ser produzido. Assim, se a redação for do tipo literária, a escolha da função que a linguagem exercerá será diferente daquela encontrada na redação técnica. O quadro a seguir mostra a predominância das funções linguísticas nos textos literários e técnicos: Texto Literário Texto Técnico Função emotiva ou expressiva Função referencial ou denotativa Função apelativa ou conativa Função metalinguística Função fática ou de contato - Função poética - 3. Discurso Discurso é a exposição de um assunto, por meio da fala ou da escrita, podendo assumir três formas: discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre. 3.1 Discurso Direto Nesta forma de expressão, são reprodu-zidas as palavras de alguém nos termos exatos em que foram ditas. Exemplos: Z Peço-lhe que não a deixe ir embora. Z Seu pai possuía grande fortuna? 3.2 Discurso Indireto O discurso indireto reproduz as palavras de alguém na 3ª pessoa. Exemplos: Z Ele pediu que não a deixasse ir embora. Z Ela perguntou se meu pai possuía grande fortuna. 2.2 Escolha da Função Linguística 3.3 Discurso Indireto Livre Para que ,a redação seja um ato efetivo de comunicação, o autor deve levar em conta diversos fatores determinantes do tipo de Esta forma de expressão, em vez de apresentar o personagem em sua voz própria Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/15 (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar conjuntamente. Portanto, combina as características do discurso direto e indireto. Exemplos: Z João passou a meditar, enquanto andava naquele caminho. Por que apontar defeitos nos outros? Eram todos irmãos. Z O senhor aceita um cafezinho? O médico não comia nada depois do jantar. anotações/dicas 16/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exercícios Propostos 1 - Na seguinte situação, identifique cada elemento do processo de comunicação: Renato, apressadíssimo, avança o sinal vermelho com seu fusca azul. O guarda de trânsito está por perto e apita. Renato, apavorado, pára o carro. a) Quem é o emissor? ______________________________________________________ b) Quem é o receptor? _____________________________________________________ c) Qual é a mensagem? ____________________________________________________ d) Qual o canal de comunicação? ___________________________________________ e) Qual o código utilizado? ________________________________________________ f) Qual o referente? _______________________________________________________ 2 - Identifique o tipo de discurso, preenchendo os parênteses com D (Direto), I (Indireto) ou IL (Indireto Livre): ( ) a) Paulo e Maria estão sentados naquele banco da praça. ( ) b) Você viu o que aconteceu ali na esquina? ( ) c) Confirmaram-se todas as expectativas. ( ) d) Passe-me os pãezinhos, por favor. ( ) e) D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. (Graciliano Ramos) 3 - É chamada função __________ quando o emissor usa o texto para explicar, definir, analisar, criticar, traduzir ou trocar termos e expressões da própria linguagem. Assinale a alternativa que preenche adequadamente a lacuna: ( ) a) Expressiva ( ) b) Apelativa ( ) c) Fática ( ) d) Metalinguística ( ) e) Referencial Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/17 4 - Assinale a alternativa correta: I. A Função Apelativa é normalmente utilizada em textos literários. II. A função Denotativa é normalmente utilizada em textos literários. III. A Função Metalinguística é normalmente utilizada em textos técnicos. ( ) a) Todas as alternativas estão corretas. ( ) b) Todas as alternativas estão incorretas. ( ) c) Apenas as alternativas I e II estão corretas. ( ) d) Apenas as alternativas I e III estão corretas. ( ) e) Apenas as alternativas II e III estão corretas. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/19 lição 2 Fonética Fonética é a parte da gramática que estuda os sons da fala. Quando duas pessoas conversam, elas produzem sons, que são os chamados fonemas. Quando uma pessoa escreve, ao contrário, ela se utiliza de letras. Nesta lição você aprenderá sobre fonemas, encontros de vogais e consoantes, dígrafos e sílabas. 1. Fonema Fonema é todo som que pode estabelecer diferença de significado entre as palavras de uma língua. Por exemplo, nas palavras: MATA, LATA, PATA e CATA, a diferença de significado entre elas é determinada pelos fonemas M, L, P e C. Não se deve confundir fonema com letra. Letra é a representação gráfica do fonema. Tomemos como exemplo a palavra BARRO, que tem: Z 5 letras B / A / R / R / O e Z 4 fonemas B / A / RR / O O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra. O fonema z (zê), por exemplo, pode ser representado pelas letras z, s ou x. Exemplos: Z C o z e r (lê-se cozer) Z C a s a (lê-se caza) Z E x e m p l o (lê-se ezemplo) Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 20/001G A mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar os fonemas: Z ZÊ (exemplo: e x a t i d ã o ) Z CÊ (exemplo: p r ó x i m o ) Z CHÊ (exemplo: e n x e r g a r ) Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes. 1.1 Vogal Vogal é o fonema produzido pelo ar que passa pela boca sem encontrar nenhum obstáculo. As vogais podem ser orais, nasais, abertas ou fechadas, como veremos a seguir: a iu eo 1.1.3 Vogal Aberta Temos uma vogal aberta quando, ao pronunciá-la, ocorre uma abertura máxima da boca, como no caso de Á, É e Ó. Exemplos: Z Pará Z Cafuné 1.1.4 Vogal Fechada Temos uma vogal fechada quando, ao pronunciá-la, ocorre uma abertura mínima da boca. Exemplos: Z Boba Z Menta 1.2 Semivogal Semivogal é o nome que se dá aos fonemas I e U quando, junto de uma vogal, formam uma só sílaba. Observe que não se trata das letras I e U, mas sim dos fonemas. Na escrita, os fonemas I e U também podem ser representados pelas letras E e O. Z Mão A vogal é dita oral quando a corrente de ar sai apenas pela boca, como A, E, I, O e U. Z Fita 1.1.2 Vogal Nasal A vogal é nasal quando a corrente de ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Exemplos: Z Pântano Z Tenda Z Cama Z Anta Exemplos: 1.1.1 Vogal Oral Exemplos: Z Fala Z Neta Z Cola Z Tudo Z Pó Z Vinte Z Ronco Z Mundo Z Cães Z Mãe Em cada sílaba só pode existir uma vogal. As demais são semivogais. Exemplo: De acordo com a separação silábica da palavra RELÓGIO temos: RE – LÓ – GIO, em que Z I é semivogal e Z O é vogal 1.3 Consoante Consoante é o fonema produzido graças aos obstáculos que impedem a livre passagem do ar. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Experimente pronunciar os fonemas B e T. Para pronunciar o B você une os dois lábios e depois solta o ar. Para pronunciar o T, você une a língua aos dentes. Observe que nestes dois casos o ar encontrou obstáculos na sua passagem pela boca. b g t fmz Na Língua Portuguesa, as consoantes são representadas pelas letras: B, C, D, F, G, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y e Z. 2. Encontros Vocálicos, Consonantais e Dígrafos 2.1 Encontros Vocálicos Quando as vogais e semivogais se juntam em algumas palavras, formam os chamados encontros vocálicos, conhecidos como ditongo, tritongo e hiato. 2.1.1 Ditongo 001G/21 2) De acordo com a separação silábica da palavra LEITE, temos: LEI – TE, em que Z EI é um ditongo Z E é vogal Z I é semivogal e 2.1.2 Tritongo Tritongo é o grupo formado pela junção de semivogal + vogal + semivogal numa só sílaba. Exemplos: 1) De acordo com a separação silábica da palavra URUGUAI, temos: U – RU – GUAI, em que Z UAI é um tritongo Z U e I são semivogais e Z A é vogal 2) De acordo com a separação silábica da palavra SAGUÃO, temos: SA – GUÃO, em que Z U e O são semivogais Z UÃO é um tritongo Z Ã é vogal 2.1.3 Hiato Hiato é o grupo formado pela junção de vogal + vogal em sílabas separadas. Exemplos: Ditongo é o grupo formado por semivogal e vogal numa mesma sílaba, correspondendo a uma só emissão de voz. 1) De acordo com a separação silábica da palavra SÉRIE, temos: SÉ – RI – E, em que Z IE é um hiato e Exemplos: 1) De acordo com a separação silábica da palavra COMÉRCIO temos: Z I e E são vogais 2) De acordo com a separação silábica da palavra RAINHA temos: CO – MÉR – CIO, em que RA – I – NHA, em que Z IO é um ditongo Z O é vogal Z AI é um hiato e Z I é semivogal e Z A e I são vogais 22/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 2.2 Encontros Consonantais 2.3 Dígrafos As consoantes podem se juntar numa mesma palavra sem a presença de uma vogal entre elas. Esses grupos de consoantes recebem o nome de encontros consonantais. Dígrafo é o conjunto de duas letras que representam um só fonema. Eles podem ou não permanecer na mesma sílaba em caso de separação silábica. São dígrafos: 2.2.1 Na Mesma Sílaba Os encontros consonantais, que permanecem na mesma sílaba quando da separação silábica, mais frequentes na Língua Portuguesa são os seguintes: Z BL (exemplo: blu-sa) Z BR (exemplo: a-bra-çar) Z CL (exemplo: cla-ri-da-de) Z CR (exemplo: es-cre-ver) Z DR (exemplo: dra-gão) Z FL (exemplo: flâ-mu-la) Z GL (exemplo: in-glês) Z GR (exemplo: ne-gro) Z PL (exemplo: pla-no) Z PN (exemplo: pneu-má-ti-co) Z PR (exemplo: prín-ci-pe) Z PS (exemplo: psi-có-lo-go) Z TL (exemplo: a-tle-ta) Z TR (exemplo: tran-ça) Z VR (exemplo: li-vro) 2.2.2 Em Sílabas Diferentes Damos, a seguir, uma relação de encontros consonantais que ficam em sílabas separadas (quando da separação silábica): Z BS (exemplo: ab-sol-vi-ção) Z GN (exemplo: dig-no) Z CC (exemplo: con-vic-ção) Z LS (exemplo: con-vul-são) Z CT (exemplo: as-pec-to) Z PT (exemplo: ap-ti-dão) Z DV (exemplo: ad-vo-ga-do) Z TM (exemplo: rit-mo) Z FT (exemplo: af-to-sa) Z CH (exemplos: chu-va, cha-ve) Z GU (exemplos: guer-ra, guin-cho) Z LH (exemplos: te-lha, lha-ma) Z NH (exemplos: ni-nho, u-nha) Z QU (exemplos: a - q u e - l e , q u e - r e r ) Z RR (exemplos: t e r - r a , b a r - r o ) Z SC (exemplos: nas-cer, des-cer) Z SÇ (exemplos: cres-ça, des-ça) Z SS (exemplos: as-sa-do, pás-sa-ro) Z XC (exemplos: ex-ce-lên-cia, ex-ce-to) 3. Sílaba Sílaba é o fonema ou conjunto de fonemas pronunciado numa só emissão de voz. Na Língua Portuguesa, a cada vogal de uma palavra corresponde uma sílaba, não existindo, portanto, sílaba sem vogal. As palavras podem ser classificadas de acordo com a quantidade de sílabas que possui e quanto à posição da sílaba tônica (sílaba com maior intensidade de pronúncia). Vejamos: 3.1 Quanto ao Número de Sílabas Quanto ao número de sílabas, a palavra pode ser: 3.1.1 Monossílaba Monossílaba, como o próprio nome diz, é a palavra que tem somente uma sílaba. Exemplos: Z Mar Z Sol Z Pão Z Fé Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 3.1.2 Dissílaba Exemplos: É conhecida como dissílaba a palavra que tem duas sílabas. Exemplos: Z Pato (pa-to) Z Livro (li-vro) Z Sorte (sor-te) Z Café (ca-fé) 3.1.3 Trissílaba Trissílaba é a palavra que tem três sílabas. Exemplos: Z Coluna Z Número Z Poltrona Z Palito 001G/23 (co-lu-na) (nú-me-ro) (pol-tro-na) (pa-li-to) Z Aluno Z Cafezinho Z Palavra Z Ótimo (a-lu-no) ( ca-fe-zi-nho) (pa-la-vra) (ó-ti-mo) Na Língua Portuguesa, para palavras com duas ou mais sílabas, o acento tônico sempre recai na antepenúltima, na penúltima ou na última sílaba. De acordo com a posição da sílaba tônica, a palavra pode ser classificada como: 3.2.1 Oxítona Uma palavra é classificada como oxítona quando a sua sílaba tônica for a última. Exemplos: 3.1.4 Polissílaba Às palavras que têm quatro ou mais sílabas é dado o nome de polissílabas. Exemplos: Z Comunicação Z Classificação Z Portuguesa Z Maravilha (co-mu-ni-ca-ção) (clas-si-fi-ca-ção) (por-tu-gue-sa) (ma-ra-vi-lha) 3.2 Quanto à Tonicidade De acordo com a intensidade da pronúncia, as sílabas podem ser classificadas como tônicas ou átonas. A sílaba tônica é aquela pronunciada com maior intensidade, pois sobre ela recai o acento tônico. Já a sílaba átona é aquela pronunciada com menor intensidade que a sílaba tônica. Para melhor compreensão, pronuncie a palavra EMPREGADO. Observe que a sílaba GA é a mais “forte”, isto é, é a sílaba pronunciada com maior intensidade, a sílaba tônica da palavra. As demais sílabas; EM, PRE e DO; são sílabas átonas. Z Urubu Z Café Z Animal Z Você Z Avó (u-ru-bu) (ca-fé) (a-ni-mal) (vo-cê) (a-vó) 3.2.2 Paroxítona Quando a sílaba tônica é a penúltima sílaba, a palavra é dita paroxítona. Exemplos: Z Maravilhoso: Z Estudante: Z Móvel: Z Açúcar: Z Greve: (ma-ra-vi-lho-so) (es-tu-dan-te) (mó-vel) (a-çú-car) (gre-ve) 3.2.3 Proparoxítona Quando a sílaba tônica recae sobre a antepenúltima sílaba, a palavra é chamada de 24/ 001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa proparoxítona. Na Língua Portuguesa, toda palavra proparoxítona é acentuada. Exemplos: Z Catálogo: Z Sílaba: Z Vítima: (ca-tá-lo-go) (sí-la-ba) (ví-ti-ma) Z Tônico: Z Pássaro: (tô-ni-co) (pás-sa-ro) As palavras monossílabas, aquelas que contém uma única sílaba, podem ser átonas ou tônicas. A palavra monossílaba átona é a pronunciada fracamente; não tem acento próprio e, por isso, precisa apoiar-se na palavra que vem antes ou depois dela. Exemplos: 1) Os alunos pediram uma reunião com os professores. Palavras monossílabas átonas: os e com. 2) Brilhando no final do dia. Palavras monossílabas átonas: no e do. A palavra monossílaba tônica é aquela pronunciada fortemente e, tendo acento próprio, não precisa apoiar-se na palavra que vem antes ou depois dela. Exemplos: 1) Você não sabia que ela ganhou um carro novo? Palavra monossílaba tônica: não. 2) Ele fez de mim o que quis. Palavras monossílabas tônicas: fez, mim e quis. 3.3 Divisão Silábica A separação silábica (divisão das palavras em sílabas) é feita com hífen e obedece a algumas regras. Vamos estudá-las: 1ª Regra: não se separam as letras que formam os dígrafos ch, gu, lh, nh e qu. Exemplos: Z Chapéu: Z Guincho: Z Telha: cha-péu guin-cho te-lha Z Ninho: Z Querer: ni-nho que-rer Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/25 2ª Regra: não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R. Exemplos: Z Flanela: Z Completo: Z Brasil: Z Alegria: fla-ne-la com-ple-to Bra-sil a-le-gri-a 3ª Regra: separam-se as letras dos dígrafos: rr, ss, sc, sc e xc. Exemplos: Z Terraço: ter-ra-ço Z Desça: Z Passarinho: pas-sa-ri-nho Z Exceção: ex-ce-ção Z Crescimento: cres-ci-men-to des-ça 4ª Regra: não se separam as letras que formam um ditongo. Exemplos: Z História: his-tó-ria Z Leitura: Z Comércio: co-mér-cio Z Verdadeiro: ver-da-dei-ro lei-tu-ra 5ª Regra: não se separam as letras que formam um tritongo. Exemplos: Z P a r a g u a i : Pa-ra-guai Z Quais: Z A v e r i g u o u : a-ve-ri-guou quais 6ª Regra: separam-se as letras que formam um hiato. Exemplos: Z Poeta: po-e-ta Z Joelho: jo-e-lho Z Saída: Z Juiz: ju-iz sa-í-da 26/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exercícios Propostos 1 - Indique o número de fonemas e o número de letras das seguintes palavras: PALAVRA FONEMAS LETRAS Vento Toda Cai Haverá Sobre Esse Folha Que 2 - Coloque D para DITONGO, T para TRITONGO ou H para HIATO, para os encontros vocálicos grifados nas palavras dadas: ( ) a) ficou ( ) b)oceano ( ) c) vou ( ) d) quais ( ) e) navio 3 - Indique dentro dos parênteses o encontro consonantal ou o dígrafo contido em cada palavra a seguir: ( ) a) sorriso ( ) b) submeter ( ) c) exceção ( ) d) braço ( ) e) longe Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/27 4 - Identifique nos parênteses a sílaba tônica das palavras destacadas: ( ) a) Não se fabrica mais nada naquela indústria? ( ) b) Que fábrica é aquela? ( ) c) Os brasileiros que lá se encontram trabalham com afinco. ( ) d) Vamos viajar imediatamente. ( ) e) Os prisioneiros cavaram um túnel para fugir. 5 - Classifique as seguintes palavras quanto à posição da sílaba tônica, assinalando 1 para OXÍTONA, 2 para PAROXÍTONA e 3 para PROPAROXÍTONA. ( ) a) política ( ) b) café ( ) c) loja ( ) d) segurança ( ) e) gramática 6 - Separe as sílabas das seguintes palavras: a) exercício: _______________________________ b) gratuito: ________________________________ c) saia: ____________________________________ d) saía: ____________________________________ e) assembleia: ______________________________ Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/29 lição 3 Morfologia Morfologia é a parte da gramática que estuda a forma e a estrutura das palavras da Língua Portuguesa para depois classificá-las em categorias gramaticais. Cada palavra, portanto, pode ser analisada de acordo com sua função, forma e estrutura. Analisemos, por exemplo, a palavra GUARDA-SOL. GUARDA-SOL • Quanto à função: é um substantivo (palavra que dá nome a um ser). • Quanto à forma: é gênero masculino e singular. • Quanto à estrutura: é uma palavra composta. Nesta lição você conhecerá os processos de formação das palavras e sua classificação. 1. Radical Radical é a parte da palavra que contém o seu significado. A partir do radical de uma palavra primitiva, podemos formar outras, derivadas dela. Observe as seguintes palavras: Z Ferr o Z Ferr ol ho Z F er r o a r Z F er r ugem Z F e rro v ia Estas palavras apresentam uma parte comum, FERR, que recebe o nome de radical. Neste exemplo, a palavra primitiva é FERRO, e, as demais, são derivadas. A maioria das palavras da Língua Portuguesa tem origem no Latim e no Grego. Vejamos então os principais radicais latinos e gregos: 30/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Z RADICAIS LATINOS Radical Significado Exemplo agri campo agricultura (cultivo do campo) beli guerra bélico (relativo à guerra) cida que mata inseticida (que mata insetos) cola que vive, que cultiva arborícola (que vive nas árvores) deci décimo decímetro (décima parte do metro) equi igual equilátero (que tem os lados iguais entre si) fero que contém, que produz carbonífero (que contém ou produz carvão) forme forma uniforme (que só tem uma forma) frater irmão fraterno (relativo a irmãos) herbi erva herbicida (substância empregada na destruição de ervas) homin(i) homem homicídio (assassinato) igni fogo ígneo (relativo a fogo) mini muito pequeno minissaia (saia muito curta) multi numeroso multicolorido (que apresenta muitas cores) ocul(i) olho oculista oni tudo, todo onipotente (que pode tudo) pedi, pede pé pedicuro, velocípede petr(i) pedra petrificar (converter em pedra) pisci peixe pisciano (indivíduo nascido sob o signo de Peixes) pluvio chuva pluvial (relativo à chuva) retro movimento para trás retroativo (relativo ao passado) sideri astro sideral (relativo aos astros) toxico veneno, entorpecente toxicômano (indivíduo viciado em entorpecentes) vitri vidro vitrificar (dar aparência de vidro a alguma coisa) voro que come carnívoro (que se alimenta de carne) Z RADICAIS GREGOS Radical Significado Exemplo acro alto, elevado, ponto culminante acrobata (que anda na ponta dos pés) agogo que conduz demagogo (chefe de facção popular) agro terra agronomia (estudo do cultivo da terra) algia dor nevralgia (dor que se manifesta na extensão de um nervo) antropo homem antropologia (estudo do homem) arqueo antigo, velho arqueologia (estudo das culturas antigas) baro pressão barômetro (aparelho usado para medir a pressão atmosférica) biblio livro biblioteca (coleção de livros) bio vida biologia (estudo da vida) cardio coração cardiologia (estudo do coração) cefalo cabeça cefaleia (dor de cabeça) cito célula citologia (estudo da célula) cracia poder, autoridade democracia (governo do povo) Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/31 Z RADICAIS GREGOS (cont.) Radical Significado Exemplo crono tempo cronômetro (instrumento para medir intervalos de tempo) datilo dedo datilografar (escrever à máquina) deca dez decaedro (que tem dez faces) demo povo democracia (governo do povo) derma pele dermite (inflamação da pele) dromo corrida autódromo (local apropriado para corridas de automóvel) edro base, face tetraedo (poliedro de quatro faces) fagia ato de comer antropofagia (ato de comer carne humana) fago que come ou aquele que come antropófago (aquele que come carne humana) fobia temor, horror, aversão hidrofobia (horror a líquidos) fobo que odeia, que tem aversão zoófobo (que tem medo de qualquer animal) fono som fonologia (estudo do sons da linguagem) gastro estômago gastrite (inflamação do estômago) geo terra geografia gono ângulo hexagonal (que tem seis ângulos) grafia escrita, descrição ortografia (escrita correta das palavras) grafo que escreve autógrafo (assinatura ou escrita do próprio autor) hemo, hemato sangue hemorragia (derramamento de sangue para fora dos vasos) hepato fígado hepatite (inflamação do fígado) hetero diferente heterogêneo (composto de partes de diferente natureza) hidro água hidromassagem (massagem feita por meio de jatos de água) hipno sono hipnose (estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente) homeo (homo) semelhante homogêneo (composto de partes da mesma natureza) latria culto, adoração idolatria (culto a ídolos) logia estudo astrologia (estudo dos astros) macro grande macrocéfalo (que tem a cabeça grande) metria medida cronometria (medição do tempo) metro que mede termômetro (instrumento para medir temperatura) micro pequeno microcéfalo (que tem a cabeça pequena) mono único, sozinho monobloco (feito em um só bloco) morfo forma morfologia (estudo das formas) neo novo neologismo (palavra ou expressão nova) neuro, nevr nervo neurologia, nevralgia odonto dente odontologia (parte da medicina que estuda os dentes) oftalmo olho oftalmologia (ramo da medicina que estuda os olhos) orto correto ortografia pan tudo, todos panamericano (relativo a todas as nações da América) pneumo pulmão pneumonia (inflamação do pulmão) poli muito polígono polis (pole) cidade metrópole (cidade principal ou capital de um estado) Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 32/001G Z RADICAIS GREGOS (cont.) Radical Significado Exemplo psico alma, espírito psicopatia (doença mental) rino nariz rinite (inflamação da mucosa do nariz) scopia ato de ver microscopia scopio instrumento que permite ver telescópio (instrumento utilizado para ver objetos longíquos) teca coleção, lugar onde se guarda discoteca tele ao longe, distância telescópio teo Deus teologia (estudo das questões religiosas) termo calor, temperatura termômetro zoo animal zoologia (ramo da história natural que estuda os animais) 2. Prefixo Prefixo é o elemento colocado antes do radical de uma palavra com a finalidade de acrescentar a ela um significado. Exemplos: Z RE (exemplos: rever, reanimar, refazer) Z DES (exemplos: desfazer, desgraça, desânimo) Damos a seguir os prefixos de origem latina e grega: Z PREFIXOS LATINOS Prefixo Significado Exemplo ab, abs, a afastamento, separação circum, circun, circu em torno de circumpolar, circundar, circulação com, con, co companhia, ocorrência ao mesmo compartilhar, concomitante, cooperar contra oposição contrariar de movimento de cima para baixo decair des separação, ação contrária desmontar ex, es, e movimento para fora, separação exportar, escorrer, emigrar in, im, i, em movimento para dentro ingerir, importar, imigrar, embarcar in, im, i, ir negação infeliz, impossível, ilegal, irreal inter, entre posição intermediária internacional, entreabrir intro para dentro introduzir abdicar, abstenção, apartar re movimento para trás, repetição refluir, refazer super posição em cima, excesso superior, superpopulação Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/33 Z PREFIXOS GREGOS Prefixo Significado Exemplo an, a negação, ausência de anarquia, ateu anti ação contrária, oposição antiaéreo arqui, arc grau superior arquiduque, arcanjo dis dificuldade dispneia (dificuldade de respirar) ex, ec movimento para fora exterior, eclipse hiper posição superior, excesso hipertensão peri em torno de periferia 3. Sufixo Sufixo é o elemento colocado depois do radical de uma palavra com a finalidade de acrescentar a ela um significado. Exemplos: Z EIRO Na palavra V E R D U R E I R O VERDUR radical EIRO sufixo Z ARIA Na palavra S A P A T A R I A SAPAT radical ARIA sufixo Os sufixos costumam ser usados para: Indicar Aumentativo Indicar Diminutivo O aça (barcaça) O acho (riacho) O aço (balaço) O ebre (casebre) O alhão (brincalhão) O ejo (lugarejo) O anzil (corpanzil) O eto, eta (livreto, saleta) O ão (mulherão) O ico (burrico) O arra (bocarra) O inho, inha (cantinho, mocinha) O ázio (copázio) O zinho, zinha (cajuzinho, florzinha) 34/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Formar Substantivos Coletivos O ada (cachorrada) O al (milharal) O ama (dinheirama) O aria (livraria) 4.1 Derivação Derivação é o processo pelo qual se forma uma palavra a partir de outra já existente. A palavra que dá origem a outra é chamada de primitiva, e a palavra que se origina de outra é chamada de derivada. Exemplos: Indicar Profissão O dor (vendedor) O eiro (marceneiro) O tor (escultor) Indicar Lugar O ário (vestiário) O eiro (banheiro) O tório (dormitório) Indicar Naturalidade e Nacionalidade O ano (alagoano) O ão (alemão) O eiro (brasileiro) O ês (norueguês) O eu (hebreu) Z A palavra primitiva PEDRA tem como derivadas: PEDRARIA, PEDREIRO, PEDREGULHO, PEDRADA. Z A palavra primitiva CARNE tem como derivadas: ENCARNAR, DESCARNAR, CARNÍVORO, CARNOSO. Uma derivação pode ser: prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria. 4.1.1 Derivação Prefixal (ou Prefixação) A derivação prefixal ocorre pelo acréscimo de um prefixo. Exemplos: Z des + continuar = descontinuar Z hiper + mercado = hipermercado 4.1.2 Derivação Sufixal (ou Sufixação) Formar Verbos O ear (pisotear) O entar (apresentar) O icar (bebericar) O itar (saltitar) 4. Formação das Palavras A formação de palavras na Língua Portuguesa é feita através dos seguintes processos: derivação, composição, redução ou abreviação vocabular, onomatopeia e sigla. A derivação sufixal ocorre pelo acréscimo de um sufixo. Exemplos: Z samb + ista = sambista Z polícia + mento = policiamento 4.1.3 Derivação Parassintética (ou Parassíntese) A derivação parassintética ocorre pelo acréscimo, ao mesmo tempo, de um prefixo e um sufixo a um radical já existente. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exemplos: Z a + joelh + ar = ajoelhar a prefixo joelh radical ar sufixo Z en + gavet + ar = engavetar en prefixo gavet radical ar sufixo 4.1.4 Derivação Regressiva A derivação regressiva ocorre pela redução de elementos já existentes na palavra primitiva. 001G/35 4.2 Composição Composição é o processo de formação de palavras pela junção de duas ou mais palavras, ou pela junção de dois ou mais radicais já existentes. Pode se realizar por justaposição ou por aglutinação. 4.2.1 Composição por Justaposição Neste processo, cada elemento que compõe a nova palavra mantém sua pronúncia. Exemplos: Z guarda + chuva = guarda-chuva Z mal + me + quer = malmequer Z vai + vem = vaivém Exemplos: Z BUSCAR (verbo) BUSCA (substantivo) Z ATACAR (verbo) ATAQUE (substantivo) Z COMBATER (verbo) COMBATE (substantivo) Z CASTIGAR (verbo) CASTIGO (substantivo) Z AMPARAR (verbo) AMPARO (substantivo) Z arco + íris = arco-íris Z sexta + feira = sexta-feira 4.2.2 Composição por Aglutinação Neste processo, pelo menos um dos elementos da nova palavra sofre alteração na sua pronúncia. Exemplos: Z plano + alto = planalto Z água + ardente = aguardente 4.1.5 Derivação Imprópria A derivação imprópria ocorre quando a palavra não sofre nenhuma modificação em sua forma, apenas muda de classe gramatical. Exemplos: Z O azul reflete a beleza do mar. Neste exemplo, o adjetivo azul foi empregado como sujeito. Z Pisava forte no chão. Neste exemplo, o adjetivo forte foi empregado como advérbio (fortemente). Z alvo + verde = alviverde Z perna + alta = pernalta 4.3 Redução ou Abreviação Vocabular Consiste na redução fonética da palavra. Exemplos: Z Foto Fotografia Z Quilo Quilograma Z Auto Automóvel Z Pneu Pneumático Z Cine Cinema 36/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Não se deve confundir abreviação vocabular com abreviatura ou sigla da palavra. Exemplos: Z Av. (abreviatura da palavra Avenida) Z MEC (sigla que significa Ministério da Educação e Cultura) 4.4 Onomatopeia A onomatopeia consiste em criar palavras que tentam reproduzir sons ou ruídos. Exemplos: Z tique-taque Z reco-reco Z pingue-pongue Z zum-zum Z tchibum Z pio 5. Classes de Palavras “Existem no jardim muitos habitantes que não podem ser vistos com facilidade, pelo menos durante o dia. É o caso, por exemplo, dos caracóis e das lesmas. Para se descobrir o esconderijo diurno desses animaizinhos, bastaria seguir o ‘caminho’ prateado que eles deixam sobre a grama e as folhas das plantas. Ele poderia conduzi-lo até os galhos caídos e as pedras em um canto do jardim. (...) Você encontrará um mundo praticamente novo e desconhecido.” (O Verde e a Vida – Sonia Tokitaka e Heloísa Gebara) um! b Tchi 4.5 Sigla Através deste processo são reduzidos títulos e expressões extensos, utilizando a letra ou a sílaba inicial de cada um dos elementos. Sigla Significado FUNAI Fundação Nacional do Índio USP Universidade de São Paulo OVNI Objeto Voador Não Identificado IBOPE Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ONU Organização das Nações Unidas Lendo o texto e observando a ilustração, temos aqui duas mensagens: uma visual e outra verbal. A ilustração, que utiliza a linguagem não verbal, reproduz um ambiente do mundo real, com plantas e animais. No texto foram usadas palavras que designam os seres (jardim, caracóis, lesmas, esconderijo, pedras etc.), que ligam palavras (no, que, em etc.), que indicam ações (descobrir, seguir, encontrará) etc. Ao produzir uma mensagem falada ou escrita, cada palavra tem uma finalidade específica. De acordo com cada finalidade, as palavras são classificadas em 10 grupos, chamados classes gramaticais, que são: substantivo, adjetivo, verbo, pronome, numeral, artigo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa As 10 classes gramaticais dividem-se em dois grupos: 1) Variáveis: podem apresentar mudança na forma. São os: substantivos, adjetivos, verbos, artigos, pronomes e numerais. 2) Invariáveis: não apresentam mudança na forma. São os: advérbios, preposições, conjunções e interjeições. Vamos, a seguir, estudar cada uma das classes gramaticais. 5.1 Substantivo Substantivo é a palavra que dá nome aos seres. 001G/37 Exemplos: Z Homem Z Menino Z Cão Z Cidade Z País Z Mulher Substantivo próprio é aquele que dá nome a um ser entre todos os outros seres de uma mesma espécie. Exemplos: Z José Z Totó Z Porto Alegre Z Maria Z Pedrinho Z Portugal 5.1.2 Substantivos Concreto e Abstrato Exemplos: Z Lugares (São Paulo, Londres, Ponta Grossa, Santos) Z Criaturas reais ou imaginárias (João, Papai Noel, assombração, Saci) Z Objetos (vaso, panela, cadeira, livro) Z Sentimentos (amor, saudade, paixão, ódio, alegria, amizade) Z Qualidades (riqueza, beleza, feiura, suavidade, fraqueza) Z Espécie ou gênero (maçã, madeira, artista, visitante, fruta) O substantivo é classificado como: comum, próprio, concreto, abstrato, simples, composto, primitivo, derivado ou coletivo. 5.1.1 Substantivos Comum e Próprio Substantivo comum é aquele que dá nome ao grupo de seres de uma mesma espécie. Substantivo concreto é aquele que designa o ser que existe independentemente de outros seres, podendo ser real ou imaginário. Exemplos: Z Livro Z Árvore Z Fada Z Fantasma Substantivo abstrato é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Indicam ação, sentimento, estado ou qualidade. Exemplos: Z Briga Z Derrota Z Amor Z Ódio Z Beleza Z Riqueza Z Magreza Z Ternura 5.1.3 Substantivos Simples e Composto Substantivo simples é aquele formado por um único elemento. Exemplos: Z Chuva Z Sofá Z Sol Z Tempo 38/ 001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Substantivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Os elementos que formam um substantivo composto podem vir unidos ou separados por hífen. Exemplos: Z Guarda-chuva Z Sofá-cama Z Guarda-sol Z Passatempo Z Girassol Z Bem-te-vi 5.1.4 Substantivos Primitivo e Derivado Substantivo primitivo é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra. Exemplos: Z Limão Z Escada Z Ferro Z Noite Substantivo derivado é aquele que se origina de outra palavra. Exemplos: Z Limoeiro Z Escadaria Z Ferreiro Z Noitada 5.1.5 Substantivo Coletivo Substantivo coletivo é o substantivo comum que, no singular, designa um conjunto de seres. Exemplos: Z Enxame Z Ramalhete Z Multidão Damos a seguir uma relação dos substantivos coletivos mais usados na Língua Portuguesa: Substantivo Coletivo de Substantivo Coletivo de Alcateia Lobos Cancioneiro canções e de poesias líricas Armada navios de guerra Caravana viajantes Arquipélago ilhas Cardume peixes Banca examinadores Chusma pessoas Banda músicos Clero sacerdotes Bando aves, de ciganos e de salteadores Colmeia abelhas Batalhão soldados Conclave cardeais para a eleição do Papa Cacho bananas e de uvas Constelação estrelas Cáfila camelos Corja vadios, de velhacos e de ladrões Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Substantivo Coletivo de Substantivo 001G/39 Coletivo de Coro anjos e de cantores Molho chaves e de verdura Elenco atores Multidão pessoas Enxame abelhas Ninhada pintos Esquadra navios de guerra Plateia espectadores Esquadrilha aviões Penca frutas e de chaves Exército soldados Plêiade poetas e de artistas Falange soldados e de anjos Quadrilha salteadores Fato cabras Ramalhete flores Feixe lenha e de capim Rebanho gado Frota navios mercantes e de ônibus Resma folhas de papel Horda desordeiros, de aventureiros e de bandidos Réstia cebola e de alho Junta bois, de médicos e de examinadores Romanceiro poesias narrativas Legião soldados e de demônios Súcia velhacos e de desordeiros Malta desordeiros Tripulação tripulantes Manada bois, de búfalos e de elefantes Turma estudantes e de trabalhadores Matilha cães de caça Vara porcos 5.2 Adjetivo Adjetivo é a palavra que expressa característica, qualidade, defeito, aparência ou estado dos seres. Exemplos: Z Macio Z Feio Z Azul Z Inteligente Z Bonito Z Angelical Z Inútil Z Econômico O adjetivo sempre modifica um substantivo ou pronome. Exemplos: Z Aquela casa é bonita. Casa substantivo Bonita adjetivo Z Aquela casa é feia. Casasubstantivo Feiaadjetivo Para reconhecer um adjetivo com maior facilidade, basta verificar se a palavra pode ser precedida de “tão”, no singular ou no plural. 40/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exemplos: Z Alegre é um adjetivo, porque é possível dizer tão alegre e tão alegres. Z Casa não é um adjetivo, porque não é possível dizer tão casa ou tão casas. 5.2.1 Classificação dos Adjetivos Os adjetivos classificam-se em primitivos, derivados, simples, compostos e pátrios ou gentílicos. Adjetivo primitivo é aquele que não deriva de outra palavra da Língua Portuguesa. Exemplos: Z Fiel Z Falso Z Novo Adjetivo derivado é aquele que se origina de um substantivo, de um verbo ou de outro adjetivo. Exemplos: Adjetivo pátrio ou gentílico é o que se refere à naturalidade ou nacionalidade. Exemplos: Z Baiano Z Nordestino Z Sulista Z Brasileiro Z Holandês Z Norte-americano Z Carioca Z Gaúcho 5.2.2 Locuções Adjetivas Locuções adjetivas são expressões que equivalem a adjetivos. Exemplos: Z sem capacidade incapaz Z de escola escolar Z de filho filial Z de mãe maternal Z do pai paterno Z sem coragem medroso Z sem limites ilimitado 5.3 Artigo Z MORTALderivado do substantivo MORTE Z LAMENTÁVELderivado do verbo LAMENTAR Z DESUMANOderivado do adjetivo HUMANO Artigo é a palavra empregada antes de um substantivo para defini-lo ou indefini-lo. Observe a figura: Adjetivo simples é aquele que apresenta um só elemento. Exemplos: Z Azul Z Econômico Z Brasileiro Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos (separado ou não por hífen). Exemplos: Z Azul-claro Z Socioeconômico Z Luso-brasileiro João vai dar um vaso de presente. Na primeira frase, não está especificado qual o vaso que João vai dar de presente. O artigo um indefine o substantivo vaso, sendo, portanto, um artigo indefinido. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/41 O numeral pode ser: cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário. 5.4.1 Numeral Cardinal Indica a quantidade exata de seres. João vai dar o vaso de presente. Na segunda frase, não se trata de um vaso qualquer, mas sim de um vaso definido. O artigo o define o substantivo vaso, sendo, portanto, um artigo definido. 5.3.1 Artigos Indefinidos Os artigos indefinidos são usados para generalizar ou indefinir um substantivo, como vimos no exemplo dado. São artigos indefinidos os artigos: UM, UMA, UNS e UMAS. Exemplos: Z um professor Z uns cadernos Z uma revista Z umas bolsas 5.3.2 Artigos Definidos Os artigos definidos são usados para individualizar, determinar ou definir um substantivo. São artigos definidos os artigos: O, A, OS e AS. Exemplos: Z o professor Z os cadernos Exemplos: Z Três carros Z Cinco milhões de insetos Z Doze pessoas 5.4.2 Numeral Ordinal Indica a ordem dos seres numa série. Exemplos: Z Primeiro Z Segundo Z Décimo Z Milésimo 5.4.3 Numeral Multiplicativo Indica uma quantidade multiplicada do mesmo ser. Exemplos: Z Dobro Z Triplo Z Quádruplo Z Dupla 5.4.4 Numeral Fracionário Indica divisão de uma quantidade. Z a revista Z as bolsas Exemplos: Z Um terço Z Um oitavo Z Meio Z Metade 5.4 Numeral Numeral é a palavra que indica a quantidade de seres ou a posição que os seres ocupam numa série. Exemplos: Z Cinco Z Dezesseis Z Mil Z Primeiro Z Décimo 1 8 (Um oitavo) 42/ 001G Saiba Mais Escreva cinquenta, e não cincoenta. No entanto, você pode escrever catorze ou quatorze; ambas as formas são corretas. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa São consideradas como numerais as palavras: Z ZERO Z AMBOS e AMBAS Z que designam um conjunto de seres (numerais coletivos): PAR, NOVENA, DEZENA, CENTENA, DÉCADA, SÉCULO, DÚZIA, GROSA (doze dúzias), MILHEIRO, CENTENÁRIO etc. 5.5 Pronome Pronome é a palavra que substitui ou determina um nome. Eu gostaria que você ficasse com ele! Observe a ilustração, a figura mostra as três pessoas do discurso, que são: Z Quem fala: a mulher. Ela se refere a si mesma dizendo eu. Esta palavra representa a primeira pessoa do discurso (quem fala) no singular. Z Quem ouve: a criança. A palavra você refere-se à segunda pessoa do discurso (o ouvinte) no singular. Z A palavra ele refere-se à terceira pessoa do discurso (pessoa ou coisa de quem/que se fala) no singular: o gato. Portanto, são três as pessoas do discurso ou pessoas gramaticais: Z 1ª pessoa: eu (singular) e nós (plural) Z 2ª pessoa: tu, você (singular) e vós, vocês (plural) Z 3ª pessoa: ele, ela (singular) e eles, elas (plural) Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. 5.5.1 Pronomes Pessoais Pronomes pessoais são aqueles que substituem as três pessoas gramaticais (1ª pessoa, 2ª pessoa e 3ª pessoa), podendo dividir-se em retos e oblíquos, conforme a tabela a seguir. Retos Oblíquos Átonos Tônicos Singular 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa eu tu ele, ela me te se, lhe, o, a mim, comigo ti, contigo si, consigo, ele, ela Plural 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa nós vós eles, elas nos vos se, lhes, os, as nós, conosco vós, convosco si, consigo, eles, elas Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/43 Entre os pronomes pessoais incluem-se também os pronomes de tratamento, que indicam respeito, cortesia, cerimônia. Veja a tabela a seguir. Abreviatura Pronome Singular Emprego Plural Senhor/Senhora Sr./Sr.ª Srs./Sras. tratamento respeitoso em geral Senhorita Sr.ta Sr.tas moças solteiras Você v. tratamento familiar Vossa Alteza V.A. VV.AA. príncipes, princesas, duques Vossa Eminência V. Em.ª V. Emas. cardeais Vossa Excelência V. Ex.ª V. Exas. altas autoridades Vossa Magnificência V. Mag.ª V. Magas. reitores de universidades Vossa Majestade V. M. VV. MM. Vossa Meretíssima usado por extenso reis, imperadores juízes de direito Vossa Reverendíssima V. Rev.a ou V. Rev.ma V. Rev.mas sacerdotes Vossa Senhoria V. S.ª V.Sas. altas autoridades (é bastante frequente também na correspondência comercial) Vossa Santidade V. S. Papa 5.5.2 Pronomes Possessivos Pronomes possessivos são os pronomes que indicam o que pertence a cada uma das pessoas gramaticais. São eles: Singular Z 1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas Z 2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas Z 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas Plural Z 1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas Z 2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossas Z 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas 5.5.3 Pronomes Demonstrativos Os pronomes que situam no espaço os seres de que se fala são chamados de pronomes demonstrativos. São eles: Z este, esta, isto indicando que o ser está perto da pessoa que fala (o falante). Z esse, essa, isso indicando que o ser está perto da pessoa com quem se fala (o ouvinte). Z aquele, aquela, aquilo indicando que o ser está afastado do falante e do ouvinte. 44/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 5.5.4 Pronomes Indefinidos Os pronomes indefi nidos são aqueles que se referem à 3ª pessoa gramatical de modo vago, impreciso e indeterminado, podendo ser classificados como variáveis ou invariáveis. São eles: Variáveis Masculino singular plural singular o qual os quais a qual cujo cujos cuja quanto quantos Inváriaveis que quem feminino plural as quais cujas quantas onde Variáveis qualquer quaisquer Masculino feminino singular plural singular plural algum alguns alguma algumas nenhum nenhuns nenhuma nenhumas todo todos toda todas outro outros outra outras muito muitos muita muitas pouco poucos pouca poucas tanto tantos tanta tantas quanto quanta quantos quantas Inváriaveis alguém algo outrem (outra pessoa) ninguém quem tudo nada 5.5.5 Pronomes Interrogativos Pronomes interrogativos são os pronomes indefinidos que, quem, qual e quanto empregados em frases interrogativas. Exemplos: Z Que recibo? Não assinei nenhum. Z O que significa a palavra pluricelular? Z Quem foi? Z Quanto custa esse dicionário? Z Qual você escolhe? 5.5.6 Pronomes Relativos Pronomes relativos são os pronomes que aparecem numa oração representando alguma palavra que já apareceu na oração anterior. Também podem ser variáveis ou invariáveis. São os seguintes: Oração: conforme estudaremos na próxima lição, oração é a frase, ou parte dela, que se organiza em torno de um verbo ou de uma locução verbal. Exemplos: Z Esse é o livro que prefiro. (que = livro) Z Chegou a pessoa de quem se falava. (quem = pessoa) Z Esta é a cidade onde nasci. (onde = cidade) 5.6 Verbo Verbo é a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado e fenômeno, situando-os no tempo passado, presente e futuro. Observe o texto: O jardim estava repleto de flores, algumas miudinhas, azuis e brancas, outras enormes, em cachos, de um vermelho tão vivo que doía nos olhos. E as borboletas? Tão coloridas e tão frágeis, a esvoaçar no verde tapete do gramado, aproximando-se muitas vezes da casa. Ah! A casa! Era um sobrado maravilhoso, no mais lindo amarelo-claro com detalhes em branco! Uma chuva de florzinhas amarelas a despencar das janelas! Esse, o lugar dos meus sonhos... Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa O modo verbal indica a maneira como o fato é expresso pela pessoa que comunica a mensagem. São três os modos: Todas as palavras destacadas no texto são verbos, a classe de palavras que apresenta o maior número de flexões na Língua Portuguesa. Z 5.6.1 Flexões dos Verbos Z a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós) Modo Indicativo: quando a pessoa que fala demonstra certeza sobre o fato. Exemplo: Veja, por exemplo, a forma estudávamos. Ela indica: Z a ação de estudar 001G/45 Z João trabalhava na feira do subúrbio. Z Modo Subjuntivo: quando a pessoa que fala demonstra dúvida diante do fato. Z o número gramatical (plural) Exemplo: Z o tempo em que essa ação ocorreu (pretérito) Z Talvez João trabalhe na feira do subúrbio. Z o modo como é encarada a ação: um fato acontecido no passado (indicativo) Z que o sujeito pratica a ação (voz ativa) Os verbos admitem as formas singular e plural. Z Modo Imperativo: quando a pessoa expressa o fato como uma ordem, um conselho, um pedido. Exemplo: Z Trabalhe na feira do subúrbio, João. Exemplos: Singular O tempo verbal localiza o fato em relação ao momento em que se fala. São três: Maria estuda naquele colégio. Plural Renata e Patrícia estudam naquele colégio. Z Presente: é quando o fato acontece no exato momento em que se fala. Exemplo: As três pessoas gramaticais servem de sujeito para o verbo: Z 1ª Pessoa (aquela que fala) Singular Eu estudo. Plural Nós estudamos. Z 2ª Pessoa (aquela que ouve) Singular Tu estudas. Plural Vós estudais. Z 3ª Pessoa (aquela de quem se fala) Singular Ele estuda. Ela estuda. Plural Eles estudam. Elas estudam. Z Pego a apostila e estudo. Z Pretérito (ou passado): é quando o fato aconteceu num momento anterior àquele em que se fala. Exemplo: Z Peguei a apostila e estudei. Z Futuro: é quando o fato ainda não aconteceu e poderá acontecer após o momento em que se fala. Exemplo: Z Pegarei a apostila e estudarei. 46/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa As vozes dos verbos são: Z Voz Ativa: é quando o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo. Exemplo: Z A menina penteou o cachorrinho. Z Voz Passiva: é quando o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. Exemplo: Z O cachorrinho foi penteado pela menina. Z Voz Reflexiva: é quando o sujeito pratica e sofre a ação expressa pelo verbo. Exemplo: Z A menina penteou-se. 5.6.2 Locução Verbal É formada por um verbo auxiliar e um verbo principal, que equivalem a uma só forma verbal. Note que a segunda frase é mais completa, pois a palavra ontem ampliou a informação expressa pelo verbo visitar. Ontem indica quando ocorreu o fato de visitar, ou seja, indica uma circunstância de tempo. Nessa frase, ontem é um advérbio que modifica o verbo. Exemplos: Z Dia lindo. Z Dia muito lindo. Observe que a palavra muito está intensificando o significado do adjetivo lindo. Muito é um advérbio que modifica o adjetivo. Veja agora como um advérbio pode também modificar um outro advérbio: Z A casa ficava tão longe que demoramos a chegar. Nesta frase, tão e longe são advérbios. O advérbio tão está modificando o advérbio longe. 5.7.1 Locução Adverbial Exemplos: Z Este trabalho será refeito. será é verbo auxiliar, e refeito é verbo principal Z Os tios de Maria ficaram conversando até altas horas. ficaram é verbo auxiliar, e conversando é verbo principal Locução adverbial é um conjunto de palavras que tem a mesma função de um advérbio. Exemplos: Z Ela comeu em demasia. Z Em breve teremos notícias daquele casal. 5.7 Advérbio Advérbio é a palavra que modifica um verbo, um adjetivo ou outro advérbio, indicando uma circunstância. Observe as seguintes frases: Z Visitei minha prima. Z Ontem visitei minha prima. “Em demasia” é uma locução adverbial que tem a mesma função do advérbio de modo “demasiadamente”. A locução adverbial “em breve” corresponde ao advérbio “brevemente”. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/47 5.7.2 Classificação de Advérbios e Locuções Adverbiais Circunstância Afirmação Advérbio sim, certamente, deveras, realmente etc. Locução Adverbial com certeza, por certo, sem dúvida, de fato etc. Exemplos Sim, era pura teimosia. (Érico Veríssimo) _ O senhor é Rogério Palma? _ indagou. _ Exatamente - respondi eu. (Lúcio Cardoso) Havia uma desgraça, com certeza havia uma desgraça. (Graciliano Ramos) Dúvida talvez, acaso, porventura, provavelmente, decerto etc. Intensidade bastante, bem, demais, mais, menos, muito, pouco, quase, quanto, tanto, tão, demasiado, meio, todo, completamente, demasiadamente, excessivamente, apenas etc. de muito, de pouco, de todo, em demasia, em excesso, por completo etc. abaixo, acima, adiante, aí, aqui, além, ali, aquém, cá, acolá, atrás, através, dentro, fora, perto, longe, junto, onde, defronte, detrás etc. à direita, à esquerda, à distância, ao lado, de longe, de perto, para dentro, por aqui, em cima, por fora, para onde, por ali, por dentro etc. Não precisava ir longe. (José Lins do Rego) assim, bem, mal, depressa, devagar, pior, melhor, como, alerta, suavemente, lentamente, e quase todos os advérbios terminados em -mente. às cegas, às claras, à toa, à vontade, às pressas, a pé, ao léu, às escondidas, em geral, em vão, passo a passo, de cor, frente a frente, lado a lado etc. (...) balões Passavam errantes Silenciosamente. (Manuel Bandeira) Negação não. de forma alguma, de jeito algum, de modo algum, de jeito nenhum etc. Tempo hoje, ontem, amanhã, agora, depois, antes, já, anteontem, sempre, nunca, tarde, jamais, outrora, raramente, sucessivamente, presentemente etc. à noite, à tarde, às vezes, de repente, de manhã, de vez em quando, de súbito, de quando em quando, em breve, de tempos em tempos, vez por outra, hoje em dia etc. Lugar Modo Tirou os óculos talvez para respirar melhor. (Clarice Lispector) _ Vovozinha, que braços tão magros os seus e que mãos tão trementes. (Guimarães Rosa) Gastavam água em excesso. Foram se postar mais adiante... (Jorge Amado) As águas atrasadas derramavam-se em desordem pelo mato. (Raul Bopp) Não ouvi coisa alguma. De jeito algum vou trabalhar neste lugar. Hoje tem festa no brejo. (Carlos Drummond de Andrade) Os pardais acordavam de manhã. (Dalton Trevisan) 5.8 Preposição Preposição é a palavra que relaciona dois termos, em que um completa ou explica o sentido do outro. Observe a frase: Z Estou com medo. Nesta frase, o sentido do termo estou é completado pelo termo medo. A relação entre os dois termos é feita pela palavra com, que é uma preposição. 48/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exemplos: Z Ele ficou sem dinheiro. Z Mariana foi até a sala de reuniões. Z Os meninos continuaram contra a ideia de viajar. Z Alimentar-se bem ajuda a crescer com saúde. As palavras: A, DE, COM, ANTE, SOBRE, EM, ATÉ, CONTRA, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, ATRÁS, APÓS, TRÁS, DESDE são preposições. 5.8.1 Locução Prepositiva Quando várias palavras têm valor de uma preposição, temos o que se chama de locução prepositiva, que geralmente termina com a preposição de. Exemplos: Z Ele estava a fim de encerrar o trabalho naquela manhã. Z Havia muitos interessados, apesar de ser um dia chuvoso. As preposições podem ser combinadas com artigos, alguns pronomes e com advérbios, formando palavras como do, disto, pelas etc. Veja a tabela a seguir. de em per a de + o = do em + o = no per + o = pelo a + o = ao de + ele = dele em + ele = nele per + a = pela a + os = aos de + este = deste em + este = neste per + os = pelos a + onde = aonde de + isto = disto em + isto = nisto per + as = pelas de + esse = desse em + esse = nesse de + isso = disso em + isso = nisso de + aquele = daquele em + aquele = naquele de + aqui = daqui em + aquilo = naquilo de + ali = dali em + outro = noutro em + um = num 5.9 Conjunção Conjunção é a palavra que liga orações ou termos semelhantes de uma mesma oração. Exemplo: Z Joana correu e alcançou a bola. Neste exemplo, a palavra e é uma conjunção, pois está ligando a primeira oração (Joana correu) à segunda oração (alcançou a bola). Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/49 São conjunções: NEM, MAS, PORÉM, TODAVIA, CONTUDO, ENTRETANTO, SENÃO, ORA, LOGO, PORTANTO, POIS, ASSIM, PORQUE, PORQUANTO, COMO, SE, CASO, CONFORME, EMBORA, QUANDO, APENAS, E, QUE, OU, APÓS ETC. Exemplos: Z Não desobedeça, pois ela é sua mãe! Z Ao descer a ladeira, a carga ora escorrega para um lado, ora para o outro. 5.9.1 Locução Conjuntiva Quando várias palavras exercem a função de conjunção, temos uma locução conjuntiva. Exemplos: Z Ele sentiu-se mal logo que começou o filme. Z Vamos àquele parque, já que a entrada é mais barata. Z Lá chegando, não só ela, mas também todos os vizinhos começaram a dançar. 5.10 Interjeição Interjeição é a palavra que expressa emoção, sensação, apelo ou saudação. Por esse motivo, é sempre acompanhada do sinal de exclamação (!). Exemplos: Z Oh! Que casa linda! Z Oba! Vamos viajar! Z Silêncio! Estamos na biblioteca! As interjeições são classificadas de acordo com o sentimento que expressam, entretanto, essa classificação não é rigorosa, uma vez que: Z Uma mesma interjeição pode expressar mais de um sentimento. Z Psiu! Quer sair comigo? (um rapaz dirigindo-se a uma garota, por exemplo) Z Psiu! Fale baixo! (um apelo) Z Puxa! Como você pôde fazer isso com ela, tão sua amiga? (desaprovação) Z Puxa! Ela correu sem parar! (admiração) 50/001G Z Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Pode haver mais de uma interjeição para expressar o mesmo sentimento. Z Ó! Minhas amigas... (chamamento) Z Ei! Venham cá, minhas amigas! (chamamento) As principais interjeições usadas na Língua Portuguesa podem representar: Interjeição exemplo Advertência alerta! cuidado! calma! atenção! devagar! olha lá! Animação coragem! avante! eia! vamos! força! firme! Alegria ah! oh! viva! oba! aleluia! eh! Alívio ufa! arre! uf! ah! Aprovação bravo! bis! viva! boa! Apelo, chamamento alô! olá! psiu! socorro! ei! valha-me Deus! Concordância claro! sim! pois não! hã-hã! tá! Desaprovação credo! fora! basta! francamente! xi! puxa! Desejo oh! oxalá! tomara! pudera! Dor, lástima ai! ui! ai de mim! que pena! ah! oh! Dúvida, incredulidade qual! qual o quê! pois sim! hum! epa! ora! Impaciência, contrariedade hum! hem! raios! diabo! puxa! pô! Medo, terror ui! uh! credo! cruzes! Saudação salve! adeus! viva! oi! olá! alô! Silêncio psiu! silêncio! Surpresa, espanto, admiração ah! oh! xi! ué! uai! puxa! céus! caramba! quê! opa! virgem! putz! Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/51 Exercícios Propostos 1 - Com base no texto, classifique as palavras relacionando as colunas: “A antiga civilização grega baseou a sua urbanização e arquitetura em sólidos princípios matemáticos, onde a escala humana era o ponto de referência para os tamanhos e proporções, e as construções eram voltadas para o ser humano”. (A Grande Aventura de Cousteau). antiga ( ) ( 1 ) artigo definido baseou ( ) ( 2 ) preposição sua ( ) ( 3 ) verbo e( ) ( 4 ) substantivo princípios ( ) ( 5 ) adjetivo a( ) ( 6 ) pronome possessivo de ( ) ( 7 ) conjunção para ( ) construções ( ) 2 - Assinale nos parênteses se as palavras UM, UMA são artigo indefinido (AI) ou numeral (N): a) Um ( ) atleta brasileiro conseguiu ultrapassar a marca de um ( maratona. b) Uma ( ) quilômetro na ) molécula é formada por, no mínimo, dois átomos. c) Dizem que os gatos têm sete vidas. Você tem apenas uma ( d) João não fala uma ( ) palavra sequer de alemão! e) Os índios abriram uma ( ) clareira na floresta. ): cuide bem dela! 52/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 3 - Classifique os pronomes em destaque: ( 1 ) de Tratamento ( 2 ) Demonstrativo ( 3 ) Possessivo ( 4 ) Indefinido ( 5 ) Pessoal ( 6 ) Interrogativo Desde que você ( Tu ( ) me julgou culpado, nada ( ) gostas de macarronada? Este ( Quantas ( ) consigo de bom. ) prato é muito bom! ) medalhas serão necessárias para a premiação? Vossa Excelência ( ) deseja jantar agora? Clara foi visitar sua ( ) tia e encontrou várias ( ) pessoas que não via há muito tempo. 4 - Identifique os verbos no texto sublinhando-os: “De uma forma geral, as ilhas do Mar Mediterrâneo assemelham-se às das costas do sul da Europa, da Ásia Menor e do norte da África. Os relevos montanhosos são cobertos por vegetação de baixa altura, alternando-se com pequenos vales e costas rochosas calcárias e dando a essas ilhas o aspecto rude e árido tão característico das típicas paisagens mediterrâneas”. (A Grande Aventura de Cousteau) 5 - Classifique os advérbios: ( 1 ) Lugar ( 2 ) Dúvida ( 3 ) Locução Adverbial de Negação ( 4 ) Afirmação ( 5 ) Tempo ( 6 ) Negação ( 7 ) Intensidade Era bonita demais ( )! Todos queriam ficar perto ( aproximar. _________________________ Eles raramente ( ) visitavam os avós, provavelmente ( ) dela, mas não ( ) conseguiam se ) devido à distância. Se você não ( ) se esforçar, certamente ( ) terá dificuldades imensas. Hoje ( ) estou contente! Amanhã ( ), talvez ( ) me arrependa e não ( de jeito nenhum ( )! ) volte aqui Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/53 6 - Identifique se o “a” destacado é artigo (A) ou preposição (P): Maria e Fabiana começaram a ( A( ) melhor coisa a ( Esta é a ( ) estudar. ) fazer é não retrucar. ) lição que aprendi na vida: ser honesto. Encare a ( ) verdade: ela não precisa de você a ( Vamos nos pôr a ( Sem ele a ( ) toda hora! ) caminho, sem demora. ) me importunar, conseguirei acabar de ler a ( ) revista. 7 - Leia com atenção as frases seguintes e identifique a conjunção que completa corretamente as lacunas: ( 1 ) porque ( 2 ) mas (ou porém) ( 3 ) logo (ou portanto) ( 4 ) se a) O menino tomou banho, ( b) Não foi à escola ( ) não lavou a cabeça. ) estava doente. c) Vou ao colégio todos os dias, ( d) ( ) sou um aluno assíduo. ) você não me emprestar aquele livro, não poderei estudar para a prova de amanhã. 8 - Classifique as interjeições encontradas no texto a seguir: ( 1 ) Silêncio ( 2 ) Admiração ( 3 ) Medo - Puxa ( - Psiu ( - Cruzes ( )! Você teve muita sorte ao escapar daquela armadilha! )! Acho que eles estão por perto! )! Onde vamos nos esconder? Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/55 lição 4 Estudo da Oração Seja qual for a atividade que você desenvolve, seja qual for o cargo que ocupa numa empresa, é essencial que saiba comunicar-se correta e eficientemente. É claro que para transmitir suas ideias não basta ta simplesmente usar as palavras de qualquer jeito. Elas se organizam e se relacionam de acordo com determinadas regras. Observe a frase: Pelúcia é urso seu de bonito. Esta frase não faz sentido, não é? Isto acontece porque ela não obedece aos princípios de organização. Para que a comunicação ocorra, é preciso alterar a ordem dessas palavras: Seu urso de pelúcia é bonito. m Esta lição pretende ensiná-lo a distinguir frase, oração e período, bem es como identificar os diferentes termos da oração (essenciais, integrantes us e acessórios), conhecimentos indispensáveis para que você ordene seus pensamentos e os expresse em frases e orações bem construídas. 1. Frase Frase é uma palavra ou um conjunto de palavras que tem sentido completo. Exemplos: Z Silêncio! Z Puxa! Que susto! Z Estou com vontade de viajar. Como você pode observar, uma frase pode ter apenas uma palavra, pode não ter verbo, bastando que tenha sentido. 56/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 2. Período Período é a frase formada por uma ou mais orações, e pode ser: simples ou composto. 2.1 Período Simples Período simples é aquele formado por uma só oração. termos de uma oração) são: complementos verbais (objeto direto e objeto indireto), complemento nominal e agente da passiva. Os termos chamados de acessórios (servem para determinar ou qualificar outros termos) são: adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto. Vamos, a seguir, estudar cada um deles. Exemplo: 3.1 Sujeito Z Eu contarei uma pequena história aos garotos. (Um verbo Uma oração) Sujeito é o termo de quem se fala alguma coisa, podendo estar no começo, no meio ou no fim da oração. O sujeito pode ser: simples, composto, indeterminado ou inexistente. 2.2 Período Composto Período composto é o período formado por duas ou mais orações. Exemplo: Z Miriam gosta de escutar música enquanto aguarda sua condução. (Dois verbos Duas orações) 3. Oração Oração é uma frase ou parte de uma frase que apresenta verbo ou locução verbal. Pode ter sentido ou não. Exemplos: Z Estou com vontade de viajar. Verbo estou Uma frase Uma oração Z Maria não foi ao cinema porque não tinha dinheiro. Verbos foi e tinha Uma frase Duas orações Z Eles não vão ter paciência com os sobrinhos. Locução Verbal vão ter Uma frase Uma oração Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. Os termos integrantes (que integram e completam o sentido de outros Exemplos: Z Um acidente aconteceu naquele parque. Z Aconteceu um acidente naquele parque. Z Naquele parque aconteceu um acidente. Observe que nestas orações o termo de quem se fala algo é um acidente. 3.1.1 Sujeito Simples Sujeito simples é aquele que tem só um núcleo. Exemplos: Z O nosso livro está rasgado. Z A partida já estava terminando. O sujeito da primeira oração é o nosso livro, formado por três palavras, porém, a palavra mais importante é livro, considerado o núcleo do sujeito. Na segunda oração, o sujeito é a partida, e o núcleo é a palavra mais importante, partida. 3.1.2 Sujeito Composto Sujeito composto é o sujeito que tem dois ou mais núcleos. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/57 Exemplo: Z Os meninos e a professora foram ao Jardim Zoológico. Nesta oração, o sujeito apresenta dois núcleos: meninos e professora. Portanto, é um sujeito composto. 3.1.3 Sujeito Oculto Algumas vezes, o sujeito simples não aparece claramente na oração, mas é possível saber qual é. Exemplo: Z Vamos hoje ao cinema. Onde está o sujeito? Quem vai ao cinema? Não está escrito, mas, pelo verbo (vamos) é possível perceber que o sujeito é nós (nós vamos). Trata-se, portanto, de um sujeito oculto. 3.1.4 Sujeito Indeterminado Sujeito indeterminado é aquele que não pode ser identificado pelo contexto nem pelo verbo. Exemplos: Z Trabalha-se muito naquele lugar. Z Fizeram questão de estragar a festa. Na primeira oração é impossível determinar quem trabalha muito, tratando-se, portanto, de sujeito indeterminado. Também na segunda oração, não dá para saber de quem se trata, tornando o sujeito indeterminado. 3.1.5 Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito A oração é considerada oração sem sujeito nos seguintes casos: Verbos fazer e haver quando indicam tempo decorrido. Exemplos: Z Faz dois anos que não o vejo. Z Há meses ela espera conseguir aquela vaga. No primeiro exemplo temos duas orações: faz dois anos e não o vejo (que é a conjunção que une as duas orações). Na segunda oração o sujeito é simples e oculto: eu. E a primeira oração não tem sujeito. 58/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa No segundo exemplo, novamente temos duas orações: há meses e ela espera conseguir aquela vaga. A primeira oração não tem sujeito, e o sujeito da segunda oração é ela, sendo sujeito simples. Verbos que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: Z Chove muito na região norte do país. Z Ventou bastante de madrugada. Z Vai nevar hoje? Verbos ser e estar indicando tempo e fenômeno meteorológico. Exemplos: Z São duas horas. Z Está quente aqui. Z É dia! Verbo haver no sentido de existir. Exemplos: Z Havia mil cartazes espalhados pela rua. Z Há muitas espécies de plantas na região amazônica. 3.2 Predicado Predicado é tudo aquilo que se afirma sobre o sujeito. Exemplos: Z Maria e Renato foram ao cinema ontem Sujeito composto Maria e Renato Predicado foram ao cinema ontem Z Estive pensando nele a manhã inteira. Sujeito simples e oculto eu Predicado Estive pensando nele a manhã inteira Z Assaltaram aquele supermercado. Sujeito indeterminado Predicado Assaltaram aquele supermercado Z Chove muito. Sujeito inexistente Predicado Chove muito Observe que nas orações que têm sujeito oculto, indeterminado ou inexistente, a oração inteira é considerada como predicado. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/59 São três os tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal. 3.2.1 Predicado Verbal Predicado verbal é aquele que tem um verbo como núcleo, geralmente indicando ação. Exemplos: Z Os meninos correm pelo gramado. Sujeito os meninos Predicado verbal correm pelo gramado Núcleo do predicado correm (verbo indicando ação) Z Eles patinavam pela casa toda. Sujeito eles Predicado verbal patinavam pela casa toda Núcleo do predicado patinavam (verbo indicando ação) 3.2.2 Predicado Nominal Predicado nominal é aquele que tem, como núcleo, um nome indicando um estado ou uma qualidade do sujeito. O verbo, no caso de predicado nominal, não indica uma ação. Ele tem como função ligar o núcleo do predicado, sendo chamado de verbo de ligação. Exemplos: Z A menina estava preocupada com a prova. Sujeito a menina Predicado nominal estava preocupada com a prova Núcleo do predicado preocupada (indica estado) Z Renata é uma excelente enfermeira. Sujeito Renata Predicado nominal é uma excelente enfermeira Núcleo do predicado excelente enfermeira (indica estado) Observe no primeiro exemplo que o predicado não indica uma ação do sujeito: a menina nada fez. O predicado apenas indica um estado do sujeito: preocupada. No exemplo seguinte, o sujeito Renata não praticou nenhuma ação expressa por um verbo. O predicado é nominal porque apenas indica uma qualidade do sujeito. 60/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Os verbos de ligação não indicam ação. Eles são usados para fazer a ligação de dois termos (o sujeito e suas características). Os principais verdos de ligação são: SER, ESTAR, PARECER, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR e ANDAR (todos indicando estado). 3.2.3 Predicado Verbo-Nominal É chamado predicado verbo-nominal aquele que tem dois núcleos: um verbo e um nome, indicando ação e estado do sujeito. Exemplos: Z O ônibus chegou atrasado. Sujeito o ônibus Predicado verbo-nominal chegou atrasado Núcleo do predicado chegou (verbo indicando ação) Núcleo do predicado atrasado (indica estado) Z Os pássaros voaram livres. Sujeito os pássaros Predicado verbo-nominal voaram livres Núcleo do predicado voaram (verbo indicando ação) Núcleo do predicado livres (indica estado) 3.3 Objeto Direto e Objeto Indireto Alguns verbos precisam de outras palavras que completem seu sentido, ou seja, precisam de complemento. Esses verbos são chamados de transitivos. Exemplo: Z Eles alugam carros. Sujeito eles Predicado alugam carros Verbo alugam (verbo transitivo direto) Objeto direto carros O verbo alugar é um verbo transitivo, pois precisa que se complete seu sentido. Você não poderia dizer apenas: eles alugam. Eles alugam o quê? A resposta a esta pergunta é o complemento verbal chamado objeto direto: carros. Observe que a palavra carros está ligada diretamente ao verbo alugam, não havendo uma preposição entre as duas. Por isto, este complemento verbal é chamado de objeto direto e o verbo alugar é transitivo direto. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/61 Outro exemplo: Z Este carro pertence a ele. Sujeito este carro Predicado pertence a ele Verbo pertence (verbo transitivo indireto) Objeto indireto a ele Nesta oração, a palavra ele está ligada ao verbo pertence pela preposição a, ou seja, a ligação é indireta, daí o nome de objeto indireto. O verbo pertencer, portanto, é transitivo indireto. Os verbos que não necessitam de complemento para fazerem sentido são chamados de verbos intransitivos. Exemplos: Z O verão chegou. Z Os gatos miavam muito. 3.4 Complemento Nominal Complemento nominal é aquele que completa o sentido de um nome, que pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. Ele vem sempre precedido de preposição. Exemplos: Z A mudança da empresa é recente. Substantivo mudança Complemento nominal da empresa Z Fui favorável ao réu. Adjetivo favorável Complemento nominal ao réu Z Agiu favoravelmente aos participantes. Advérbio favoravelmente Complemento nominal aos participantes 3.5 Agente da Passiva Agente da passiva é o termo que indica o ser que pratica a ação, quando o verbo está na voz passiva É normalmente introduzido pela preposição por (ou per) e, algumas vezes, por de. Exemplo: Z O vestido foi costurado pela menina. Sujeito o vestido (voz passiva) Agente da passiva pela menina 62/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Observe que o agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa: Z A menina costurou o vestido. Sujeito a menina (voz ativa) Objeto direto o vestido Z Jogadores de futebol são contratados pelo time estrangeiro. Sujeito jogadores de futebol Agente da passiva pelo time estrangeiro 3.6 Adjunto Adnominal Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina um substantivo. Exemplos: Z Meus amigos são italianos. Substantivo amigos Adjunto adnominal meus (o pronome meus está determinando o substantivo amigos) Z Os cadernos foram comprados na última hora. Substantivo cadernos Adjunto adnominal os Os artigos, numerais, pronomes e adjetivos podem exercer função de adjunto adnominal. 3.7 Adjunto Adverbial Adjunto adverbial é o termo que indica uma circunstância do fato expresso pelo verbo ou intensifica o sentido do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Os adjuntos adverbiais podem expressar diferentes circunstâncias: 3.8 Aposto Aposto é o termo que se refere a um substantivo ou pronome, explicando-o. Pode vir separado por vírgula, por dois pontos ou por travessão. Exemplos: Z Pluminha, a gata tricolor, apareceu atrás da poltrona. Aposto a gata tricolor Z Pluminha apareceu atrás da poltrona. Note que o aposto está se referindo ao substantivo Pluminha, explicando que se trata de uma gata tricolor. A oração teria sentido mesmo sem o aposto. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/63 Exemplos: Z Os dois – Carlos e Camila – vieram do Sul. Aposto Carlos e Camila Z Então veio o melhor: suco de pitanga! Aposto suco de pitanga 3.9 Vocativo Além dos termos essenciais, dos termos integrantes e dos termos acessórios, uma oração também pode apresentar o vocativo. Vocativo é o termo utilizado para invocar, chamar ou nomear algo ou alguém, vindo separado na oração por meio de vírgula. Exemplo: Z Seu prato predileto, José, acaba de ser servido. Vocativo José Z O que você acha disto, Cristina? Vocativo Cristina Z Moacir, por que você não fala mais com ela? Vocativo Moacir anotações / dicas Joãozinho, é hora de entrar! 64/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exercícios Propostos 1 - Identifique o sujeito e o predicado das seguintes orações: a) Devemos sempre fazer o bem, sem olhar a quem. b) Explodiu mais uma guerra no Oriente. c) Como surgiu essa paixão? d) Chovia muito lá fora. e) Atearam fogo na floresta. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/65 2 - Identifique o complemento verbal das orações dadas, assinalando (OD) para objeto direto e (OI) para objeto indireto: a) Discordo totalmente de você ( ). b) Os feirantes remarcaram os preços ( ). c) O fumo faz mal ( ) à saúde ( ). d) Foi proibida a construção de novas casas ( ). e) Não recebo dinheiro nenhum ( ). 3 - Classifique os predicados das orações dadas assilando (N) para nominal, (V) para verbal e (VN) para verbo-nominal: a) A seca castiga a região ( ). b) Aquela cidade precisa de água tratada ( ). c) A menina permanecerá no orfanato ( ). d) Os veículos passavam rápidos ( ). e) Mariana estava apressada ( ). 4 - Identifique os vocativos (V) e os apostos (A) nas orações dadas: a) Gustavo, o marinheiro ( ), tinha uma namorada em cada porto. b) Acomodem-se em seus lugares, senhoras ( ). c) Maria ( ), você me faria um favor? d) Todos eles – João, Fabiano e Augusto ( ) – eram culpados. e) Calada e triste ( ), volta para casa. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/67 lição 5 Concordância Nesta lição vamos abordar um assunto muito importante para quem deseja e precisa saber escrever e falar bem: a concordância verbal e nominal. Vamos dar as regras gerais e também alguns casos particulares de concordância, ou seja, vamos falar da correspondência de flexão entre dois termos. 1. Concordância Verbal 1.1 Sujeito Simples O verbo deve sempre concordar com o sujeito em pessoa e número. Exemplo: Z Os meninos não estudaram para a prova. Sujeito os meninos 3ª pessoa do plural Verbo estudaram 3ª pessoa do plural 1.2 Sujeito Composto Se o sujeito for composto por elementos da 3ª pessoa gramatical, o verbo irá para a 3ª pessoa do plural. Exemplos: Z Vários livros e revistas permaneceram na estante. Sujeito vários livros 3ª pessoa do plural Sujeito revistas 3ª pessoa do plural Verbo permaneceram 3ª pessoa do plural Z Este pacote e esta mala reapareceram misteriosamente. Sujeito este pacote 3ª pessoa do singular Sujeito esta mala 3ª pessoa do singular Verbo reapareceram 3ª pessoa do plural 68/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Se o sujeito for composto por elementos de pessoas gramaticais diferentes, o verbo irá para o plural, na pessoa que tiver prevalência. A primeira tem prevalência sobre as outras, e a segunda tem prevalência sobre a terceira. Exemplos: Z Minha sobrinha e eu pretendemos viajar. Sujeito minha sobrinha 3ª pessoa do singular Sujeito eu 1ª pessoa do singular Verbo pretendemos 1ª pessoa do plural Z Tu e ele acertarão as contas. Sujeito tu 2ª pessoa do singular Sujeito ele 3ª pessoa do singular Verbo acertarão 3ª pessoa do plural Quando o sujeito for formado por um substantivo coletivo no singular, o verbo ficará no singular. Se o substantivo coletivo vier seguido de uma expressão no plural, o verbo poderá ficar no singular ou ir para o plural. Exemplos: Z A multidão gritou bem alto. Sujeito a multidão coletivo no singular Verbo gritou singular Z A multidão de crianças gritou. ou A multidão de crianças gritaram. Coletivo a multidão singular Expressão após o coletivo crianças plural Verbo gritou singular Verbo gritaram plural Quando o sujeito composto vier depois do verbo (sujeito posposto), este irá para o plural ou concordará com o núcleo mais próximo. Exemplos: Z Faltaram vontade e dinheiro. Sujeito vontade e dinheiro composto posposto Verbo faltaram plural Z Faltou vontade e dinheiro. Sujeito vontade e dinheiro composto posposto Verbo faltou singular concordando com o núcleo vontade Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/69 2. Concordância Nominal O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se referem. Exemplo: Z Os nossos três sobrinhos mais talentosos foram premiados. Artigo os plural Pronome nossos plural Numeral três invariável Substantivo sobrinhos masculino e plural Adjetivo talentosos masculino e plural Quando o adjetivo vier depois de mais de um substantivo, poderá concordar com o mais próximo ou ir para o plural, no masculino, se os gêneros dos substantivos forem diferentes. Exemplos: Z Quadros e mesas arrumados. Substantivo quadros masculino e plural Substantivo mesas feminino e plural Adjetivo arrumados masculino e plural Z Quadros e mesas arrumadas. Substantivo quadros masculino e plural Substantivo mesas feminino e plural Adjetivo arrumadas feminino e plural (concordando com o substantivo mais próximo) Quando o adjetivo vier antes de mais de um substantivo, concordará com o substantivo mais próximo. Exemplos: Z Mantinha arrumados os quadros e as mesas. Substantivo quadros masculino e plural Substantivo mesas feminino e plural Adjetivo arrumados masculino e plural Z Mantinha arrumadas as mesas e os quadros. Substantivo mesas feminino e plural Substantivo quadros masculino e plural Adjetivo arrumadas feminino e plural Quando dois ou mais adjetivos referem-se a um só substantivo, há duas concordâncias possíveis: 70/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa O substantivo vai para o plural e não se coloca artigo antes do adjetivo. Exemplo: Z Novas competições desafiam times carioca e paulista. Substantivo times plural Adjetivo carioca singular Adjetivo paulista singular O substantivo permanece no singular e coloca-se artigo antes do substantivo e do último adjetivo. Exemplo: Z Novas competições desafiam o time carioca e o paulista. Substantivo time singular Adjetivo carioca singular Adjetivo paulista singular Artigo o singular (precede o substantivo e o último adjetivo) Acompanhando expressões como é proibido, é necessário, é bom, é preciso etc., tanto o verbo quanto o adjetivo ficam invariáveis se o sujeito não vier com artigo. Obrigado! Exemplos: Z Refrigerante é bom. Z É proibido entrada. Entretanto, se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, pronome ou adjetivo, tanto o verbo quanto o adjetivo concordarão com ele. Exemplos: Z Este refrigerante é bom. Z É proibida a entrada. Obrigada! As palavras anexo, obrigado, mesmo e incluso são adjetivos, devendo, portanto, concordar em gênero e número com o substantivo ao qual se referem. Exemplos: Z Segue anexa a tabela. Z Seguem anexos os documentos. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/71 As palavras alerta e menos são invariáveis. Exemplos: Z Permaneçam alerta. Z Façam menos força. As palavras caro, barato e meio são invariáveis quando têm a função de advérbio. Quando têm a função de adjetivo, numeral ou pronome, concordam com o nome ao qual se referem. Exemplos: Z Aquelas frutas custam caro. (advérbio) Z Aquelas frutas são caras. (adjetivo) Z Aquelas frutas custam barato. (advérbio) Z Aquelas frutas estão baratas. (adjetivo) Z Estavam meio azedas. (advérbio) Z Comeu meia dúzia de bananas. (numeral) anotações/dicas Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/73 lição 6 Regência Observe com atenção as seguintes frases: Z Eles adoram assistir a um bom filme na TV. Z Os médicos de plantão assistiram o rapaz acidentado. Na primeira frase, o verbo assistir significa ver, presenciar e é transitivo indireto, pois está ligado ao complemento por meio de preposição. Na segunda frase, o verbo significa ajudar, socorrer e é transitivo direto, pois seu complemento vem ligado diretamente a ele (o rapaz acidentado). Como você pode notar, a relação do verbo assistir com seu complemento é diferente nas duas frases. É justamente essa dependência entre as palavras de uma frase que vamos estudar nesta lição. A essa dependência dá-se o nome de regência. 1. Regência Verbal Quando um termo pede preposição, dizemos que ele rege preposição. O termo que rege outros termos é chamado de termo regente. Os outros termos, subordinados ao termo regente, chamam-se termos regidos. Se o termo regente for um verbo, temos a regência verbal. Exemplos: Z Assistimos ao filme. Termo regente assistimos Termo regido ao filme Z Assistimos o doente. Termo regente assistimos Termo regido o doente Vamos estudar a seguir os verbos que apresentam maiores problemas de regência. 74/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 1.1 Aspirar Quando significa inspirar, sorver, tragar, o verbo aspirar é transitivo direto. Exemplos: Z Nas grandes cidades aspira-se um ar poluído. Z A menina aspirou o perfume da rosa. Quando significa pretender, desejar, almejar, o verbo aspirar é transitivo indireto. 1.4 Querer Quando significa desejar, o verbo querer é transitivo direto. Exemplos: Z Queremos uma mesa perto da janela. Z A menina queria a boneca de pano. Quando significa gostar, estimar, o verbo querer é transitivo indireto. Exemplos: Exemplos: Z Ele aspira a um aumento de salário. Z Aspiramos a uma grandiosa festa. Z Quero muito bem a você. Z Queremos bem a esses objetos antigos. 1.2 Assistir 1.5 Visar Quando significa ajudar, socorrer, prestar assistência, o verbo assistir é transitivo direto. Quando significa dar visto, mirar, o verbo visar é transitivo direto. Exemplos: Z Os paramédicos assistiram os acidentados. Z Ele assistiu o ferido. Quando significa ver, presenciar, o verbo assistir é transitivo indireto. Exemplos: Z Nenhum visitante assistiu ao programa de televisão. Z Ele gosta de assistir a uma partida de tênis. 1.3 Preferir Preferir é um verbo transitivo direto e indireto, exigindo, portanto, a preposição a. Exemplos: Z Prefiro suco de frutas a refrigerante. Z Preferimos cozinhar a comer fora. Exemplos: Z A professora visou meu caderno. Z Visou o alvo com atenção. Quando significa pretender, ter em vista, ter como objetivo, o verbo visar é transitivo indireto. Exemplos: Z As mães sempre visam ao bem dos filhos. Z Essas regras visam a orientar os alunos no aspecto da cidadania. 2. Regência Nominal Temos regência nominal quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Exemplo: Z Eles agora estão imunes ao vírus da paralisia infantil. Termo regente imunes (adjetivo) Termo regido vírus Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/75 Damos a seguir uma lista de palavras e suas preposições mais usadas, além de exemplos de cada uma: Palavra Preposição Exemplos Acostumado a, com • Ela estava acostumada a certas dificuldades. • Não estava acostumado com a nova escola. Adaptado a • João está adaptado à nova escola. Aflito com, por • Ficou aflito com a nota do trabalho. • Estava aflita por receber essa notícia. Alheio a • Permanecia alheio a tudo. Alienado de • Renato estava alienado das dificuldades que todos enfrentavam. Análogo a • Sua ocupação é análoga a minha. Atento a, em • Fique atento a esse problema. • Estava atenta na preparação da comida. Avesso a • Sou avesso a qualquer tipo de discussão. Ávido de, por • Sou ávida de sucesso. • Eram ávidos por vingança. Curioso de, por • Era curioso de descobertas científicas. • Maria estava curiosa por saber notícias de sua mãe. Devoto a, de • Era devota a vários santos. • Sou devota de São Benedito. Imbuído de, em • João e Mariano estavam imbuídos de boas intenções. • Dava aulas imbuído nas regras de cidadania. Incompatível com • Seu comportamento era incompatível com as normas da escola. Passível de • Todo este trabalho é passível de correção. Preferível a • Namorar é preferível a casar. em • Eles são residentes em ruas sem asfalto. • Márcio é residente na Rua das Flores. Residente ! Consulte o dicionário sempre que tiver dúvidas sobre regência. 76/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Exercícios Propostos 1 - Nas frases dadas, complete com a regência verbal: a) Quero bem _____ meus amigos. b) Joana aspirava _____ perfume da flor. c) Todos os enfermeiros assistiram _____ doentes. d) Eliane assistiu _____ programa de TV. e) Prefiro cinema _____ teatro. 2 - Complete as lacunas com o verbo entre parênteses: a) Nós vamos ____________________ corridas de cavalo no Domingo. (assistir) b) Um bom aluno ________________ um bom cargo no futuro. (aspirar) c) Ontem, o dentista ______________ paciente com dor de dentes. (assistir) d) Todos _________________________ ganhar na loteria. (visar) e) _________________ meus pais. (querer) 3 - Assinale a alternativa correta: ( ( ( ( ( ) a) Sou devoto por vários santos. ) b) Sua resposta é passível a contra-argumentação. ) c) Ele está acostumado a trabalhar até mais tarde. ) d) Estava alheia de tudo. ) e) Fui imbuída a trabalhar até que o problema esteja resolvido. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/77 4 - Assinale a alternativa abaixo até que não se adeque ao uso da preposição “a“: ( ) a) Está acostumado _____ pedir favores. ( ) b) Era avesso _____ qualquer forma de trabalho. ( ) c) Prefiro trabalhar _____ estudar. ( ) d) Seu gênio era totalmente incompátivel _____ dele. ( ) e) Sua dúvida é análogo _____ minha. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/79 lição 7 Crase Este é um assunto que preocupa bastante quem escreve: quando usar crase? Para resolver de vez esta questão, apresentaremos regras práticas para facilitar sua memorização. 1. Conceito Chamamos de crase a fusão da preposição a com o artigo a, representada pelo acento grave: “ ` ”. Exemplos: Z Vou à cidade comprar mantimentos. Z Elas estão à vontade em seus novos vestidos! Z Márcia foi às pressas verificar o que tinha acontecido. Observaremos a seguir algumas regras práticas para facilitar o uso, ou não, de crase. 2. Regras Práticas Substitua a palavra que aparece após o a (ou as) por um termo masculino. Se o a (ou as) se transformar em ao (ou aos) cabe o uso de crase, caso contrário não. Exemplo: Z Maria deseja retornar à terra natal. Maria deseja retornar ao país natal. Como você pode observar, o a transformou-se em ao, confirmando a necessidade de crase. 80/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa No caso de nome geográfico ou de lugar, você deve substituir o a ou as por para. Se o termo adequado for para a, cabe o uso de crase, caso contrário não. Exemplos: Z Os melhores alunos do colégio irão à Itália. Os melhores alunos do colégio irão para a Itália. Z Ele me contou que iria à Fazenda Reconquista. Ele me contou que iria para a Fazenda Reconquista. Substitua o a por outras preposições: para a, na, da, pela, com a. Sempre que esta substituição for possível, cabe o uso de crase, caso contrário não. Exemplos: Z À falta de solução, ficou desanimado. Na falta de solução, ficou desanimado. Com a falta de solução, ficou desanimado. Z Pediu o automóvel emprestado à amiga. Pediu o automóvel emprestado para a amiga. 3. Quando Usar Crase Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo. Exemplos: Z Alcance o prato àquela moça. Z Fomos àquelas praias dos nossos sonhos. Z Não devemos dar importância àquilo. Nas indicações de horas, desde que determinadas (inclusive as formas zero e meia). Exemplos: Z O trem chegará às 8 horas. Z Acertem seus relógios à zero hora. Z O encanto vai se dissipar à meia-noite em ponto. Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas: às pressas, à esquerda, à direita, à risca, à noite, às vezes, à moda de, à maneira de, à frente de, à procura de, à custa de, à medida que, à força de, à espera de etc. Exemplos: Z Minha impaciência aumentava à medida que as horas passavam. Z Ele cozinha à moda dele mesmo. Z Estou à espera de boas notícias. Z À noite, todos os gatos são pardos. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/81 Nas locuções que indicam meio ou instrumento, como: à máquina, à bala, à faca, à venda, à toa, à vista, à mão etc. Neste caso não vale a regra de substituir a por ao. Exemplos: Z Z Z Z Pagou a geladeira à vista. Joaquim foi morto à bala. Helena colocou sua casa à venda. Deixe a toalha à mão. Antes dos pronomes relativos que, qual e quais, quando o a (ou as) puder ser substituído por ao (ou aos). Exemplos: Z Esta é a candidata à qual você emprestou o casaco. Este é o candidato ao qual você emprestou o casaco. Z Vamos enfrentar uma fila semelhante à que você havia encontrado. Vamos enfrentar um problema semelhante ao que você havia encontrado. 4. Nunca Use Crase Antes de palavras masculinas. Exemplos: Z Seguiu a pé pela estrada. Z Resolveu pagar o microcomputador a prazo. Z Andou muito a cavalo. Exceção: ocorre crase quando se subentende uma palavra feminina, como moda e maneira, ou outra que determine um nome de empresa ou coisa. Exemplos: Z Salto à Luís XV. Salto à moda de Luís XV. Z O poema foi escrito à Olavo Bilac. O poema foi escrito à maneira de Olavo Bilac. Z Amanhã irei à Melhoramentos. Amanhã irei à Editora Melhoramentos. 82/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Antes de nome de cidade. Exemplos: Z Nair foi a Brasília. Z Vamos a Paris? Exceção: ocorre a crase quando se atribui uma qualidade à cidade. Exemplos: Z Nair foi à Brasília dos políticos. Z Vamos à Paris da moda maravilhosa? Antes de verbo. Exemplos: Z Já começou a fazer frio. Z Janete passou a ver a menina com outros olhos. Antes de substantivos repetidos. Exemplos: Z Ele ficará cara a cara com seu adversário. Z Agora estamos frente a frente. Z Ganhou a maratona de ponta a ponta. Antes de ela, esta e essa. Exemplos: Z Darei este presente a ela. Z Chegaram a esta conclusão. Z A música tinha sido dedicada a essa senhora. Antes de formas de tratamento. Exemplos: Z Solicitamos a Vossa Senhoria que nos remeta o documento. Z Uma ofensa dessas não poderia ter sido feita a Vossa Alteza. Antes de palavra feminina com sentido genérico. Exemplos: Z Devido a morte em família, não foi ao teatro. Z Não me refiro a mulheres, mas a meninas. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/83 Antes de substantivos no plural que fazem parte de locuções de modo. Exemplos: Z Conseguiram ser aprovados a duras penas. Z Agrediram-se a bofetadas. Antes de nomes de mulheres célebres. Exemplos: Z Ele a comparou a Joan Crawford. Z Martinho preferia Greta Garbo a Ingrid Bergman. Antes de dona e madame. Exemplos: Z O pacote foi entregue a dona Selma. Z O cachorrinho já se acostumou a madame Estela. Exceção: ocorre crase se estas palavras forem particularizadas. Exemplos: Z O pacote foi entregue à dona do apartamento 52. Z O cachorrinho já se acostumou à madame do Mercedes branco. Antes de numerais considerados de forma indeterminada. Exemplos: Z Os filhotes nasceram a 15 de agosto. Z Fiz uma visita a sete empresas, procurando emprego. Antes de distância indeterminada. Exemplos: Z Estou fazendo um curso a distância. Z Os vizinhos ficaram olhando a distância. Z Se ficarmos a distância, não seremos atingidos. Exceção: ocorre crase se a distância for determinada. Exemplo: Z Se ficarmos à distância de 200 metros, não seremos atingidos. 84/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Antes de terra, quando significa terra firme. Exemplos: Z O barco chegou a terra ontem. Z Os marinheiros foram a terra. Antes de casa, considerada o lugar onde se mora. Exemplos: Z Cheguei bem cedo a casa. Z Tatiana vai a casa. 5. Uso Opcional da Crase O uso da crase é opcional nos seguintes casos: Antes de pronome possessivo. Exemplos: Z A carta foi remetida à sua residência. Z A carta foi remetida a sua residência. Antes de nome de mulher. Exemplos: Z Fez uma declaração à Helena. Z Fez uma declaração a Helena. Depois de até. Exemplos: Z O gato do vizinho seguiu-me ate à porta de casa. Z O gato do vizinho seguiu-me até a porta de casa. Z A reunião reunião foi até às 17h. Z A reunião reunião foi até as 17h. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/85 Exercícios Propostos Preencha as lacunas com a ou à: 1) _______ noite, feche bem as janelas. 2) Eles gostam muito de andar _______ cavalo. 3) Peça ao motorista que vire _______ direita e depois _______ esquerda. 4) Quando você for _______ São Paulo, não deixe de passear _______ pé no centro antigo. 5) Sempre que nos encontram, começam _______ gaguejar. 6) Já que os móveis estão _______ venda, procure comprá-los _______ prazo. 7) Temos muitas contas _____pagar, por isso não podemos ir _______ Fortaleza das belas praias. 8) Quando você for _______ Porto Alegre, conhecerá o mais lindo pôr-do-sol do Brasil. 9) São lindos estes móveis _______ Maria Antonieta. 10) Os filhotes começaram _______ nascer _______ 1 hora da madrugada. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/87 lição 8 Colocação Pronominal Os pronomes oblíquos átonos – me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes – podem ocupar três posições com relação aos verbos: antes, no meio ou depois. É o que chamamos, respectivamente, de próclise, mesóclise e ênclise. Exemplos: Z Não me diga que você já me esqueceu! Próclise Z Dar-lhe-ei aquilo que merece. Mesóclise Z Diga-nos, o que pretende com isso? Ênclise Embora não existam regras rígidas de colocação pronominal, algumas normas herdadas de Portugal ainda estão em uso. Nesta lição você aprenderá a empregar corretamente esses pronomes nas frases. 1. Próclise A próclise é geralmente usada: Em orações que contenham palavra ou expressão de valor negativo: não, nunca, nada, ninguém etc. Exemplos: Z Os candidatos não se conformaram com a decisão. Z Saiba que nada me impedirá de alcançá-lo. Z Eu nunca lhe disse isso! Em orações com advérbios ou pronomes indefinidos. Exemplos: Z Assim se comportam os chimpanzés. Z Tudo me aborrece muito! 88/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Em orações iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos. Exemplos: Z Que energia o mantém? Z Por que a mantinham presa? Na linguagem coloquial, no dia a dia, é comum iniciar uma frase com um pronome oblíquo. Entretanto, evite cometer este erro na escrita formal. Com verbos no imperativo afirmativo. Exemplos: Em orações exclamativas e optativas (que exprimem desejo). Exemplos: Z Como se brinca neste parque! Z Tomara que o embrulho lhe caia na cabeça! 2. Mesóclise A mesóclise é usada quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra que exija a próclise. A mesóclise é pouco usada na Língua Portuguesa, tanto escrita quanto falada. Exemplos: Z Tudo o que houve no passado repetir-se-á no futuro. Z Se pudessem, olhar-se-iam nas águas límpidas da lagoa. 3. Ênclise A ênclise é geralmente usada: Com verbos que iniciam o período. Exemplos: Z Olhei-me no espelho da sala. Z Largue-me, seu bruto! Um erro bastante comum é iniciar a frase com um pronome oblíquo átono. Exemplos: Z Me olhei no espelho da sala. Z Me largue, seu bruto! Z Conte-me o que está acontecendo. Z Previna-se: a epidemia está se alastrando. Com verbos no gerúndio. Exemplos: Z Brincava calmamente com o gatinho, acariciando-o. Z Tratando-se de bordado, os de Maria Lúcia são mais bonitos. Se o gerúndio vier precedido da preposição em, emprega-se a próclise. Exemplos: Z Em se tratando de bordado, os meus são únicos. Z Em se plantando tudo dá. Com verbos no infinitivo impessoal. Exemplos: Z É chegada a hora de dizer-se adeus. Z Já é tempo de abrir-se. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/89 Exercícios Propostos 1 - Indique nas frases dadas que tipo de colocação pronominal ocorre, preenchendo os parênteses com P (próclise), M (mesóclise) e E (ênclise): ( ( ( ( ( ( ( ( ) a) Amar-se-iam muito, não fosse aquele impedimento. ) b) Digam-lhe o quanto a adoro. ) c) Disseram-nos que você viria. ) d) Se isto o incomoda, pode ir embora. ) e) Ninguém a ama mais do que eu. ) f) O príncipe dar-te-á um prêmio pela sua coragem. ) g) Não me importo de partir sozinho. ) h) Chamaram-no pela fresta da janela. 2 - Nas frases dadas, o pronome indicado entre parênteses deve ser colocado junto ao verbo, usando P (próclise), M (mesóclise) ou E (ênclise). Identifique cada caso. a) Solicitaram vários intérpretes, pois ninguém entendia ( ). (o) b) Olhei ( ) atentamente, nada disse ( ) e continuei o meu caminho. (o / lhe) c) Quando as últimas visitas retiraram ( ), todos foram dormir. (se) d) Basta de discussão: por que você não avisou ( )? (a) e) Não posso recebê ( ). ( lo ) Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/91 Anexo 1 Uso do Que e do Se Vamos agora abordar o uso de duas palavras que sempre levantam dúvidas na hora de falar ou escrever: QUE e SE. Estude com bastante atenção e aprenda a utilizar corretamente ambas. 1. Uso do QUE A palavra que pode ter várias funções na frase: substantivo, interjeição, pronome interrogativo, pronome exclamativo, pronome relativo, conjunção subordinativa, palavra expletiva e preposição. Damos, a seguir, exemplo de cada uma destas funções. O que que funciona como substantivo é, geralmente, precedido de artigo e com acento circunflexo. Exemplos: Z Ela tinha um quê de beleza. Z O quê é a décima-sexta letra do alfabeto. O que que funciona como interjeição designa espanto, surpresa e leva acento. Exemplos: Z Quê! Então era você? Z Quê! Você ainda está aqui? Veja exemplos do que usado como pronome interrogativo. Exemplos: Z Que livro você está lendo? Z Que espécie de homem és tu? 92/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Veja exemplos do que usado como pronome exclamativo. Exemplos: Z Que linda noite! Z Que mulher, meu Deus! O que usado como pronome relativo introduz oração, reproduzindo o sentido de um termo. Exemplos: Z Eu sou como a fruta madura que serve de alimento aos pássaros. Z A porta é de um material que não pode ser lixado. O que usado como conjunção subordinativa une orações subordinadas, uma oração não tem sentido sem a outra. Exemplo: Z Quero que você estude inglês. Primeira oração quero Segunda oração que você estude inglês O que também pode ser usado como palavra expletiva, que é a palavra usada apenas para realçar, completar o sentido da frase, podendo ser retirada sem fazer falta. Exemplo: Z Quase que perdi tudo! O que usado como preposição pode substituir a preposição de. Exemplo: Z Ela tinha várias coisas a fazer, mas foi à igreja primeiro que tudo. Z Ela tinha várias coisas a fazer, mas foi à igreja primeiro de tudo. 2. Uso do SE A palavra se também apresenta várias funções na frase. São elas: substantivo, conjunção subordinativa, pronome apassivador, objeto direto e índice de indeterminação do sujeito. Vamos conhecer exemplos de cada uma delas. Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Substantivo 001G/93 Objeto direto Exemplos: Exemplos: Z Seu “se” é perturbador! Z Algum “se” o está incomodando. Z Maria recusa-se a ler o livro indicado. Z Acalme-se, que eu já estou calmo. Conjunção subordinativa Índice de indeterminação do sujeito Exemplos: Exemplos: Z Se mentires, saberei. (condição) Z Se precisa, vai! (causa) Z Come-se bem em São Paulo. Z Vive-se bem em Curitiba. Pronome apassivador Exemplos: Z Vende-se casa. Z Compram-se artigos de segunda mão. anotações/dicas Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/95 Anexo 2 Uso dos Porquês PORQUE (junto e sem acento) é conjunção causal ou explicativa, ou seja, deve ser usada quando introduz um motivo ou uma explicação. Ela geralmente equivale a “pois”, “uma vez que”, “porquanto”. Exemplos: Z Ela não foi trabalhar porque perdeu a hora. Z Ela não foi trabalhar, pois perdeu a hora. Z Não se saiu bem na prova porque não estudou. Z Não se saiu bem na prova, uma vez que não estudou. PORQUÊ (junto e com acento) é substantivo. Nesse caso, ele será precedido de artigo ou palavra determinante e é sinônimo de motivo, razão. Exemplos: Z Tirou boa nota porque estudou. Eis o porquê. Z Tirou boa nota porque estudou. Eis o motivo/razão. Ele sabia o porquê de sua demissão. Ele sabia o motivo de sua demissão. Ela sabia a razão de sua demissão. POR QUE (separado e sem acento) deve ser usado quando se trata de dois vocábulos: preposição por + pronome que. Seu uso equivale a “pelo qual”, “pelos quais”, “ pela qual”, “pelas quais” ou “para que”, ou sempre que acompanhar as palavras “motivo” ou “razão”, sendo que estas podem estar subentendidas. Exemplos: Z O motivo por que ele foi embora, ninguém sabe. (por que = pelo qual) Z Não sei por que (razão/motivo) ela faltou. 96/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Também se emprega por que no início de frases interrogativas: Exemplos: Z Por que você não veio? Z Por que não estudou? POR QUÊ (separado e com acento) deve ser no final de frase interrogativa equivalendo a “por que motivo”. Nesse caso o que deve recebe o acento gráfico, pois se torna tônico. Exemplos: Z Gosto de torcer pelos perdedores, mas nem sei por quê. Z Ela saiu mais cedo por quê? Z Simplesmente não acredito! Você quebrou sua guitarra por quê? anotações/dicas Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 001G/97 Respostas dos Exercícios Propostos Lição 1 1 - a) O guarda de trânsito b) Renato c) Pare d) O apito e) O som do apito f) Lei de trânsito 2 - a) D b) D c) I d) D e) IL 3-D 3 - a) RR b) BM c) XC d) BR e) NG 6 - a) e-xer-cí-cio b) gra-tui-to c) sai-a d) sa-í-a e) as-sem-blei-a 4-D Lição 2 1) PALAVRA FONEMAS LETRAS Vento 4 5 Toda 4 4 Cai 3 3 Haverá 5 6 Sobre 5 5 Esse 3 4 Folha 4 5 Que 2 3 2 - a) D b) H c) D d) T e) H 4 - a) BRI b) FÁ c) LEI d) MEN e) VA 5 - a) 3 b) 1 c) 2 d) 2 e) 3 Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 98/001G Lição 3 1-5 3 6 7 4 1 2 2 4 3 - a) 1/4 b) 5/2 c) 6 d) 1 e) 3/4 2 - a) AI/N b) AI c) N d) N e) AI 5 - a) 7/1/6 b) 5/2 c) 6/4 d) 5/5/2/6/3 6 - a) P b) A/P c) A d) A/P e) P f) P/A 4 - assemelham / são / alternando / dando 7 - a) 2 b) 1 c) 3 d) 4 8-2 1 3 Lição 4 1a) Sujeito Nós (oculto) Predicado Devemos sempre fazer o bem, sem olhar quem b) Sujeito Mais uma guerra Predicado explodiu no Oriente c) Sujeito essa paixão Predicado como surgiu d) Sujeito inexistente Predicado Chovia muito lá fora e) Sujeito indeterminado Predicado Atearam fogo na floresta 2 - a) OI b) OD c) OD/OI d) OI e) OD 3 - a) V b) V c) N d) VN e) N 4 - a) A b) V c) V d) A e) A Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Lição 6 1 - a) aos b) o c) os d) ao e) a 2 - a) assistir às b) aspira a c) assistiu o d) visam a e) quero a Lição 7 1-À 2-a 3-à/à 4-a/a 5-a 6-à/a 7-a/à 8-a 9-à 10 - a / à Lição 8 1 - a) M b) E c) E d) P e) P f) M g) P h) E 2 - a) P b) E / P c) P d) P e) E 3-C 4-D 001G/99 100/001G Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa Referências Bibliográficas AQUINO, Renato. Gramática Objetiva da Língua Portuguesa. 5. ed. Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48. ed. Revisada. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008. CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro: LEXICON, 2008. FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Gramática. 12. ed. São Paulo: Editora Ática, 1993. FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Gramática Nova. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 1992. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1975. MARTINS, Eduardo. Manual de Redação e Estilo. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1990. ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática Normativa da Língua Portuguesa: Prefácio de Serafim da Silva Neto. 37. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. Simulado Parabéns! Agora que você concluiu seus estudos nesta disciplina, é chegada a hora de fazer os exercícios do Simulado. É muito importante que você o responda, pois ele foi especialmente elaborado para que você se prepare melhor para a sua avaliação. Observe que, para as questões de múltipla escolha, existe apenas UMA alternativa correta. Depois de pronto, envie-o para o endereço indicado abaixo ou entregue pessoalmente na Secretaria Escolar de sua Unidade. INSTRUÇÕES Para os alunos matriculados em: • Cursos oficiais (técnicos): a resolução do Simulado é opcional. Caso deseje, os professores de plantão farão a correção e a devolverão pelo correio. • Cursos livres (não-oficiais): a resolução do Simulado terá o valor de prova realizada a distância e deve, OBRIGATORIAMENTE, ser respondido à caneta (azul ou preta) e enviado para a correção, sendo que sua aprovação lhe conferirá o Certificado de Conclusão. Caixa Postal 1220 01031-970 - São Paulo - SP A/C Departamento Pedagógico ou Av. Rangel Pestana, 1105 - Brás 03001-000 - São Paulo - SP A/C Departamento Pedagógico 001G - Comunicação e Expressão 5E em Língua Portuguesa Nome (campo não obrigatório):............................................................................................................. Nº de Matrícula (campo obrigatório): ................................................. Nota: .................................. 1) Assinale a função de linguagem predominante no texto abaixo. Geografia clássica Qual a origem dos nomes dos continentes? “Inventores da geografia, foram os gregos que batizaram os primeiros territórios conhecidos. Inicialmente, consideravam o mundo entre os que estavam a oeste (ereb, em grego) e a leste (assu) do rio Egeu. Com o passar do tempo, essas denominações dariam origem aos nomes Europa e Ásia. “África” é um termo grego traduzido para o latim. Refere-se a um lugar ensolarado, sem frio. O nome “América” homenageia o navegador italiano Américo Vespúcio, que descreveu a região como um novo mundo, e não a Ásia, como acreditava seu descobridor, Cristóvão Colombo.” (Galileu. nov. 2002.) ( ) a) emotiva ( ) b) fática ( ) c) apelativa ( ) d) poética ( ) e) referencial 1 2) AS COBRAS TENHO UM MÉTODO INFALÍVEL PARA PASSAR PELO CAÇAPAVA EU CORRO NA FRENTE E VOCÊ ME DÁ POR ELEVAÇÃO NAS COSTAS DELE NÃO PODE FALHAR VAMLÁ! Luiz Fernando Veríssimo As letras destacadas (NH-SS-RR-LH) na charge de Luis Fernando Veríssimo classificam-se como: ( ) a) encontros consonantais; ( ) b) hiatos; ( ) c) dígrafos; ( ) d) vogais; ( ) e) ditongos. 3) “Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descansar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era.” (Quincas Borba. Machado de Assis) No trecho acima, percebemos a existência do discurso. ( ) a) direto. ( ) b) indireto. ( ) c) indireto livre. ( ) d) não há discurso. ( ) e) pessoal. 4) Assinale a alternativa em que ambas as palavras apresentam o mesmo número de fonemas. ( ) a) impressora – correspondem ( ) b) caracteres – consideração ( ) c) delinquente – adequada ( ) d) conhecimento – consideração ( ) e) esquerda – massacre 5) A sequência de palavras cujas sílabas estão separadas corretamente é: ( ) a) a-dje-ti-va-ção/im-per-do-á-veis/bo-ia-dei-ro ( ) b) in-ter-ve-io/tec-no-lo-gi-a/sub-li-nhar ( ) c) in-tu-i-to/co-ro-i-nha/pers-pec-ti-va ( ) d) co-ro-lá-rio/subs-tan-ti-vo/bis-a-vó ( ) e) flui-do/at-mos-fe-ra/in-ter-vei-o 6) Assinale a resposta correta. Em papagaio temos um: ( ) a) ditongo ( ) b) trissílabo ( ) c) proparoxítono ( ) d) tritongo ( ) e) dígrafo 7) Considerando o processo de formação de palavras, assinale a alternativa que apresenta palavras formadas por derivação sufixal: ( ) a) clareza, ligação, velozmente ( ) b) refazer, contrapor, desligar ( ) c) entardecer, amadurecer, desalmado ( ) d) feliz, infeliz, felizmente ( ) e) sambista, ajoelhar, descontinuar 8) BENEDITO CUJO UM BILHETE PARA MAMÃE ME ACORDAR CEDO! QUERO IR BEM NO TESTE DE REDAÇÃO! MAMÃE, PRECISO POR QUE TEM OS TESTE QUE EU ACORDO PRO TESTE QUANDO ANTES MAIS LEGAL Fernando Gonsales Considerando a situação da charge, podemos concluir que: ( ) a) Benedito é semi-analfabeto. ( ) b) o bilhete é confuso porque Benedito domina a língua falada, mas não a escrita. ( ) c) o bilhete é confuso porque a mãe de Benedito não sabe ler. ( ) d) Benedito escreveu o bilhete com pressa, por isso ele está confuso. ( ) e) o nervosismo impede que as pessoas redijam corretamente. 3 9) Leia: A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia. Nesta frase, estamos diante de uma construção de linguagem popular “A gente ...”. Você diria que, no modelo culto, essa expressão popular é substituída por: ( ) a) “nós ”, com função de sujeito da oração. ( ) b) “vive-se”, o que não indetermina o sujeito da oração. ( ) c) “muitas pessoas”, visto que “a gente” é considerado um coletivo e não sujeito. ( ) d) “ninguém”, com função de sujeito da oração. ( ) e) “alguém”, com função de sujeito da oração. 10) Assinale a alternativa que completa corretamente a frase: Não chove ... meses; mas a esperança e o vigor que sempre ... no sertanejo não o ... . ( ) a) faz – existiu – abandonou ( ) b) faz – existiram – abandonaram ( ) c) fazem – existiu – abandonou ( ) d) fazem – existiram – abandonaram ( ) e) fazem – existiu – abandonaram 11) Para a gramática normativa, assinale a frase correta. ( ) a) Para quem gosta de cinema, é necessário presença de filmes nacionais. ( ) b) Haviam estrelas no céu. ( ) c) Fazem anos que fui a Natal. ( ) d) São neles que você se mede, se reflete, se encontra. ( ) e) Havia contado as estrelas. 12) A única frase em que há erro é: ( ) a) Deu seis horas no relógio da igreja. ( ) b) Devem ser duas horas e meia. ( ) c) Dois quilos é muito. ( ) d) O filho era a preocupação dos pais. ( ) e) Vai fazer cinco meses que ela se foi. 13) Assinale o item em que o pronome não está devidamente colocado. ( ) a) Compraram um presente e guardaram-no a sete chaves. ( ) b) Entregou-nos o convite logo que chegamos de viagem. ( ) c) É possível que dir-te-ão toda a verdade sobre o caso. ( ) d) Se ninguém nos falar sobre o acontecido, nós não nos apresentaremos às autoridades. ( ) e) O pai nunca lhe chamou a atenção diante de estranhos. 14) “Meu bem-querer É segredo, é sagrado Está sacramentado Em meu coração Meu bem-querer Tem um quê de pecado Acariciado pela emoção Meu bem-querer, Meu encanto To sofrendo tanto Amor E que o é o sofrer Para mim que estou Jurado pra morrer de amor” Meu bem-querer (Djavan) Assinale a alternativa que contém apenas palavras formadas por derivação imprópria: ( ) a) sacramento, coração ( ) b) quê, sofrer ( ) c) sofrendo, encanto ( ) d) querer, sofrer ( ) e) morrer, amor 15) Em “no relógio deu duas horas” há um erro de: ( ) a) concordância ( ) b) regência ( ) c) emprego do tempo ( ) d) acentuação ( ) e) ortografia 16) Assinale a alternativa que preencha corretamente o período abaixo: Os folhetos ............ não temos cópia são exatamente aqueles ............ conteúdo ele se fixou. ( ) a) que/cujo ( ) b) de que/cujo o ( ) c) de cujos/no qual ( ) d) dos quais/em cujo ( ) e) os quais/ao qual 17) “Doei meu sapato e minha roupa ............... .” Se formos colocar um adjetivo que se refira aos dois substantivos, deveremos usar: ( ) a) novo ( ) b) novos ( ) c) nova ( ) d) novas ( ) e) as alternativas (a) e (b) estão corretas 5 18) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo: Os Estados Unidos ................ grandes universidades de ................ fama e mérito. ( ) a) possuem/reputada ( ) b) possui/reputado ( ) c) possui/reputados ( ) d) possuem/reputado ( ) e) possui/reputada 19) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do período abaixo: “ ............ seis horas da manhã, já estávamos ............ esperar o trem que nos levaria .......... cidadezinha, de onde iríamos, ........... cavalo, ............... fazenda do Sr.Juca. ( ) a) As, à, a, à, à ( ) b) Às, a, à, à, a ( ) c) As, a, à, a, à ( ) d) Às, a, à, a, à ( ) e) As, à, à, a, a 20) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente: Minha ................. está .................. por culpa não sei de ................... . ( ) a) pesquisa/atrazada/quê ( ) b) pesquiza/atrasada/quê ( ) c) pesquisa/atrazada, que ( ) d) pesquiza/atrasada/que ( ) e) pesquisa/atrasada/quê Pesquisa de Satisfação Caro Aluno: Para que possamos aprimorar cada vez mais os nossos serviços, oferecendo um material didático de qualidade e eficiente, é muito importante a sua opinião sobre este fascículo que você acaba de estudar. Sua identificação não é obrigatória. Responda as perguntas a seguir assinalando a alternativa que melhor corresponda a sua opinião (assinale apenas UMA alternativa). Você também pode fazer sugestões e comentários por escrito no verso desta folha. Na próxima correspondência que enviar à escola, lembre-se de juntar sua(s) pesquisa(s) respondida(s), ou entregá-la(s) na Secretaria Escolar de sua Unidade Educacional. O Instituto Monitor agradece sua colaboração. Secretaria Escolar 001G - Comunicação e Expressão 5E em Língua Portuguesa Nome (campo não obrigatório):............................................................................................................. Nº de Matrícula (campo obrigatório): ................................................. Curso Técnico em: T Eletrônica T Transações Imobiliárias T Contabilidade T Secretaria Escolar T Informática T Logística T Secretariado T Administração QUANTO AO CONTEÚDO 1) A linguagem dos textos é: T a) sempre clara e precisa, facilitando muito a compreensão da matéria estudada. T b) na maioria das vezes clara e precisa, ajudando na compreensão da matéria estudada. T c) razoavelmente clara e precisa, ajudando, embora nem sempre, na compreensão da matéria estudada. T d) um pouco difícil, tornando trabalhosa a compreensão da matéria estudada. T e) muito difícil, impossibilitando a compreensão da matéria estudada. 2) Os temas abordados nas lições/aulas são: T a) em sua totalidade, atuais e importantes para a formação do profissional. T b) em sua maioria, atuais e importantes para a formação do profissional. T c) razoavelmente atuais e importantes para a formação do profissional. T d) atuais, mas sua importância nem sempre fica clara para o profissional. T e) ultrapassados e sem nenhuma importância para o profissional. 3) As lições/aulas são: T a) muito bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade. T b) bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade. T c) razoavelmente bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco com facilidade. T d) muito extensas, dificultando a compreensão do conteúdo. T e) muito curtas e pouco aprofundadas. QUANTO AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS (se existirem) 4) Os exercícios propostos são: T a) muito bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos. T b) bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos. T c) muito simples, exigindo apenas que se decore o conteúdo. T d) um pouco difíceis, mas abordando o que se viu na lição. T e) muito difíceis, uma vez que não abordam o que foi visto na lição. 5) A linguagem dos exercícios propostos é: T a) sempre clara e objetiva. T b) em sua maioria, clara e objetiva. T c) algumas vezes um pouco complexa, dificultando a resolução do problema proposto. T d) mal-elaborada, tornando mais difícil compreender a pergunta que respondê-la. T e) muito complexa, impossibilitando a resolução dos exercícios. QUANTO À APRESENTAÇÃO GRÁFICA 6) O material impresso/online é: T a) muito bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando o estudo bastante agradável. T b) em sua maior parte, bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando o estudo bastante agradável. T c) bem cuidado, mas nem sempre o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização. T d) razoavelmente bem cuidado, mas a disposição das imagens e do texto dificulta a compreensão do mesmo. T e) confuso e mal distribuído, as informações não seguem uma sequência lógica. 7) As ilustrações são: T a) sempre bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto. T b) na maioria das vezes, bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto. T c) bonitas, mas sem nenhuma utilidade para a compreensão do texto. T d) malfeitas, mas necessárias para a compreensão e fixação do texto. T e) malfeitas e totalmente inúteis. Lembre-se: você pode fazer seus comentários e sugestões, bem como apontar algum problema específico encontrado no fascículo. Sinta-se à vontade! Sugestões e comentários