P.U. 1 – Literatura e Gramática
Grupo C – 26.03.11
Professores: Aline Santos, Eduardo Pereira, Katinelly Falcão, Robson Tavares e Rogério Costa.
Aluno(a):_______________________________________________________________________________Turma:_____Nota:_____
Texto I
[...] Eu sou um escritor difícil,
Porém culpa de quem é!...
Todo difícil é fácil,
Abasta a gente saber.
Bajé, pixé, chué, ôh "xavié"
De tão fácil virou fóssil,
O difícil é aprender!
Virtude de urubutinga
De enxergar tudo de longe!
Não carece vestir tanga
Pra penetrar meu caçanje!
Você sabe o francês “singe”
Mas não sabe o que é guariba?
– Pois é macaco, seu mano,
Que só sabe o que é da estranja.
(Lundu do escritor difícil - Mário de Andrade)
Texto II
Meu verso é minha consolação. Meu verso é minha
cachaça.[...]
Quem me fez assim foi minha gente e minha terra
e eu gosto bem de ter nascido com essa tara.
Para mim, de todas as burrices, a maior é suspirar pela
Europa
A Europa é uma cidade muito velha onde só fazem caso de
dinheiro
e tem umas atrizes de pernas adjetivas que passam a perna
na gente.
O francês, o italiano, o judeu falam uma língua de farrapos
Aqui ao menos a gente sabe que tudo é uma canalha só,
lê o seu jornal, mete a língua no governo,
queixa-se da vida (a vida está tão cara)
e no fim dá certo. [...]
(Explicação - Carlos Drummond de Andrade )
01. Avalie as afirmações a respeito dos dois textos:
I.
No texto I, Mário de Andrade, numa postura
tipicamente modernista, vale-se, também pela
linguagem, de senso de humor e chama atenção para
o fato de valorizarmos mais o que é de fora,
principalmente a língua estrangeira. Com isso não
prestamos atenção ao nosso próprio idioma e nos
afastamos de nossa própria origem.
II. No texto II, Drummond se apresenta como o brasileiro
sem pretensão de fugir para terras distantes e que quer
para si novas paisagens. Todo desejo é de viver a
condição de ser gente entre sua gente. Uma atitude
própria do Modernismo.
III. Em ambos os contextos dos dois fragmentos percebese a convicção de que cabia ao artista escolher o rumo
dentro do país contra a adesão cega dos modismos
das vanguardas estrangeiras. Atitudes coerentes com
as posturas modernistas de descontentamento e
protesto, sem, contudo, perder a esperança.
O correto está em:
a) I, II e III.
b) I e III, somente.
c) III e IV, somente.
d) II, somente.
e) Nenhuma
COMENTÁRIO:
Uma
das
características
principais do Modernismo é a busca da identidade
nacional através de elementos típicos da
brasilidade; entre eles, está o modo típico de falar
do nosso povo com um vocabulário em que se
evidencia a cultura nacional. O espírito moderno
defende a valorização da nacionalidade e o
rompimento com a dependência cultural europeia,
tanto Mário de Andrade quanto Drummond
apoiaram essa característica.
"Jiguê teve raiva porque peixe andava rareando e caça
inda mais. Foi na praia do rio pra ver si escava alguma coisa e
topou com o feiticeiro Tzaló que tem uma perna só. O
catimbozeiro possuía uma cabaça encantada feita com a
metade duma casca de jerimum. Mergulhou a cabaça no rio,
encheu de água até o meio e despejou na praia. Caiu um
despropósito de peixe. Jiguê reparou bem como que o
feiticeiro fazia. Tzaló largou da cabaça por aí e principiou
matando peixe com um porrete. Então Jiguê roubou a cabaça
do feiticeiro Tzaló que tem uma perna só.
Mais pra adiante fez que-nem tinha reparado e veio muito
peixe, veio pirandira veio pacu veio ascudo veio bagre veio
jundiá tucunaré, todos esses peixes e Jiguê voltou carregado
pra tapera depois de esconder a cabaça na raiz do cipó.
Todos ficaram sarapantados com aquele mundo de peixe e
Comeram bem. Macunaíma desconfiou. No outro dia esperou
com o olho esquerdo dormindo que Jiguê fosse pescar, saiu
atrás. Descobriu tudo. Quando o mano foi-se embora
Macunaíma largou da gaiola de legornes no chão pegou na
cabaça escondida e fez que-nem o mano. Isso vieram muitos
peixes, veio acará veio piracanjuba veio aviú guarijuba,
piramutaba mandi surubim, todos esses peixes. Macunaíma
atirou a cabaça por aí, na pressa de matar todos os peixes,
cabaça caiu numa lapa e Jiguê mergulhou no rio."
02. (PUC) O título da obra Macunaíma é especificado como
anti-herói sem nenhum caráter. A alternativa que não é
verdadeira em relação à especificação é:
a) O caráter do herói é ele não ter caráter definido.
b) O protagonista assume várias esferas de ação, daí ser
simultaneamente herói e anti-herói.
c) A fragilidade de caráter do protagonista faz com
que este perca, no decorrer da obra, sua
característica de herói.
d) O herói se configura por suas qualidades paradoxais,
ele é ao mesmo tempo: preguiçoso e esperto,
irreverente e simpático, valente e covarde.
e) O caráter do herói é contraditório, pois ele se
caracteriza como um sonso-sabido.
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P.U. 1 - Literatura e Gramática - “C”
encontrava-se com eles.
COMENTÁRIO: Macunaíma é uma das obras
mais representativas de todo modernismo e a mais
significativa da geração de 20. Ele representa para
literatura nacional o nosso maior anti-herói, ou
seja, não é dotado da bravura e lealdade dos
heróis do classicismo. Pelo seu caráter inovador,
serviu de modelo para busca da nacionalidade.
Eu Sou Trezentos...
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh! Pirineus! ôh caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!
Abraço no meu leito as milhores palavras,
E os suspiros que dou são violinos alheios;
Eu piso a terra como quem descobre a furto
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios beijos!
Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.
Marcel Duchamp
04. Com relação aos movimentos artísticos e suas definições,
julgue os itens a seguir.
I.
03. Assinale a afirmação correta sobre Mário de Andrade.
a) Inovou a poesia brasileira, buscando uma expressão
objetiva para a idealização do passado nacional.
b) Influenciado pelos futuristas, fragmentou o verso com o
uso de frases nominais, evitando o uso de qualquer
recurso poético tradicional.
c) Em consonância com ideais modernistas, seu
repertório temático contemplou, em especial, a
questão da identidade nacional.
d) Apesar de assumidamente modernista, não conseguiu
superar a tendência à subjetividade, de forte tradição
parnasiana.
e) Avesso ao uso de neologismos e construções
inusitadas, rejeitou as inovações da vanguarda
européia.
COMENTÁRIO: A característica mais evidente
em toda obra de Mário de Andrade é a busca da
identidade nacional. Macunaíma, por exemplo, é a
mistura de lendas indígenas com histórias da
cidade.
Vanguarda (do francês avant-garde, "proteção frontal") em
sentido literal faz referência ao batalhão militar que precede as
tropas em ataque durante uma batalha. Daí deduz-se que
vanguarda é aquilo que "está à frente". Desta dedução surge a
definição adotada por uma série de movimentos artísticos e
políticos do fim do século XIX e início do século XX. Os
movimentos europeus de vanguarda eram aqueles que,
segundo seus próprios autores, guiavam a cultura de seus
tempos, estando de certa forma à frente deles. Muitos destes
movimentos acabaram por assumir um comportamento
próximo ao dos partidos políticos: possuíam militantes,
lançavam manifestos e acreditavam que a verdade
A abstração é toda representação não figurativa. As
vanguardas pregam a liberdade de expressão.
II. O futurismo é um movimento estético e, ao mesmo
tempo, político.
III. A arte conceitual Cubismo utiliza-se de fotografias,
filmes, projetos, textos.
IV. O surrealismo fundamenta-se em composições lógicas
e geométricas.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item III está certo.
b) Apenas os itens I e IV estão certos.
c) Apenas os itens II e IV estão certos.
d) Apenas os itens I, II e III estão certos.
e) Nenhuma alternativa está correta.
COMENTÁRIO:
As
Vanguardas
foram
movimentos que pregaram a destruição do
passado tradicional acadêmico e a valorização do
novo. O Futurismo pregou o pensamento do
mundo tecnológico, associou-se ao Fascismo, de
Mussolini. A arte cubista pregou a valorização das
formas geométricas e a técnica de colagens das
cenas, quebrando a linearidade. O Surrealismo
valorizou o inconsciente, aprofundando no mundo
onírico.
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P.U. 1 - Literatura e Gramática - “C”
revolução operada pela imprensa, teriam visto nas epidermes
coloridas cartas não traçadas em pergaminho, cartas pintadas
na pele viva dos homens. Se tivessem adivinhado a
mensagem desses documentos ambulantes, podiam ter
revisto o juízo negativo que faziam da civilização estranha.
06. Leia os enunciados a seguir:
1. O texto prioriza o argumento de que os descobridores
portugueses não entenderam a fala e os gestos dos
habitantes nativos.
2. Os europeus captaram, já no início, a função simbólica
dos signos pictóricos exibidos na pele dos índios.
3. As expressões descritivas cartas não traçadas em
pergaminho, cartas pintadas na pele viva dos
homens são recursos lingüísticos de substituição que
contribuíram para dar coesão ao texto.
4. Em naquelas linhas estivesse inscrita, o termo
sublinhado equivale a registrada ou sinalizada.
05. Nas primeiras décadas do século XX, as disputas políticas
davam-se entre positivistas, liberais e anarquistas; no
plano artístico, os embates ocorriam entre neoclássicos,
acadêmicos e modernistas. No contexto desse período,
que acontecimento, nas artes, marcou o início do
Movimento Modernista Brasileiro?
a) A chegada de Lasar Segall ao Brasil.
b) A publicação da obra Juca Mulato, de Menotti Del
Picchia.
c) O encontro de Oswald de Andrade, Guilherme de
Almeida, Menotti Del Picchia e Mario de Andrade, nos
Salões de Dona Olívia Guedes Penteado.
d) A publicação da revista Klaxon.
e) A exposição de Anita Malfatti em 1917.
COMENTÁRIO: O primeiro grande momento do
Modernismo brasileiro ocorreu antes mesmo da
Semana de Arte, foi a exposição expressionista de
Anita Malfatti (1917). Exposição que inspirou
Lobato a chamar a pintora de paranoica, no artigo
intitulado: “Paranoia ou Mistificação?”.
TEXTO 1
Os portugueses incorrem em muitos equívocos nos primeiros
contatos com os índios. A desinteligência não se restringe à
fala e aos gestos. Qual era o sentido das pinturas que
revestiam o corpo dos silvícolas? Os descobridores estavam
longe de imaginar que a finalidade daquelas formas
coloridas, resistentes ao contato da água, era mais que
estética. Escapava-lhes que naquelas linhas estivesse inscrita
hierarquia, função, nacionalidade. Advertidos de que
impropriamente restringimos a escrita ao alfabeto, devemos
considerar aquelas cores e traços signos de um sistema de
escrita pictórica, exigido pela organização social. Se os
descobridores viessem menos impressionados com a
Estão corretos apenas:
a) 1 e 2
b) 1, 2 e 3
c) 1, 3 e 4
d) 2 e 3
e) 3 e 4
COMENTÁRIO: 1. Segundo o texto, os
portugueses não priorizaram o argumento de que
os descobridores portugueses não entenderam a
fala e os gestos dos habitantes nativos.
07. Com base no texto 1, encontre a correspondência entre as
expressões da primeira e da segunda coluna.
1.
2.
3.
4.
(
(
(
(
(
daquelas formas coloridas
lhes
desses documentos ambulantes
índios
)
)
)
)
)
cartas pintadas na pele viva dos homens
civilização estranha
os descobridores
pinturas que revestiam o corpo dos silvícolas
silvícolas
A sequência correta é:
a) 1, 2, 4, 3 e 2
b) 1, 3, 2, 4 e 3
c) 1, 4, 2, 3 e 4
d) 3, 4, 2, 1 e 4
e) 3, 2, 4, 1 e 4
COMENTÁRIO: Nesta questão, deve-se observar
as expressões anafóricas(que retomam um termo
ou expressão anterior): as formas coloridas se
referem se referem as pinturas que revestiam o
corpo dos índio; o pronome lhes retoma
descobridores; os documentos ambulantes
retomam cartas pintadas na pele viva dos homens;
índios retoma civilização estranha e silvícolas.
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P.U. 1 - Literatura e Gramática - “C”
08. Observe:
I. A língua portuguesa pode ser definida como um
conjunto de variedades lingüísticas.
II. A variante lingüística de prestígio – chamada também
de língua culta – é a única que merece ser chamada de
linguagem portuguesa.
III. É uma contradição um falante de português dizer: “Eu
não consigo aprender português.”, ou “Eu não sei falar
português”.
IV. “Tu foi”, “Então ta” são frases da linguagem popular
que devem ser banidas de todos os contextos, por
serem uma forma inculta de expressão.
Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas,
de acordo com as idéias do texto, os comentários da
alternativa:
a)
b)
c)
d)
e)
I e II
I, II e IV
I e III
II, III e IV
III e IV
II - Durante o namoro, Tiago pediu a Helena que se
casasse com ele muitas vezes.
III - O câncer de mama tem cura. Se toque.
IV -O garoto adquiriu as balas no morro.
V - O policial levou o adolescente para a casa dele.
a)
b)
c)
d)
e)
I e II apenas.
III e IV apenas.
I e IV apenas.
II, III e IV apenas.
Todas.
COMENTÁRIO: O motivo que gerou a
ambiguidade na frase acima se repete em: III e IV
apenas.
III – SE TOQUE : apalpar o seio ou se ligue,
fique ligado.
IV – Pode ser balas que matam ou balas confeito
TEXTO 1
COMENTÁRIO: II – Todas as variantes formam
a língua portuguesa, não apenas a norma
prestigiada, culta.
IV – Essas expressões, dependendo do contexto,
podem ser usadas sem problema uma vez que
marcam um tipo de variação (social)
09. Leia a tira abaixo e observe a ambiguidade presente nela:
Legenda:
- Tudo bem?
- Em que sentido?
- Como vai?
- Por que a pergunta?
- Quanto tempo?!
- Duas e quinze!
- Adeus!
- Ao diabo!
TEXTO 2
O motivo que gerou a ambiguidade na frase acima se
repete em:
I - Trouxe o remédio para seu pai que está doente neste
frasco.
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oportunidade para você mostrar que não é um filho
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04
P.U. 1 - Literatura e Gramática - “C”
TEXTO 3
contrapartida, a escrita apresenta elementos
significativos próprios, ausentes na fala, tais como o
tamanho e o tipo de letras, cores e formatos,
elementos pictóricos, que operam como gestos,
mímica, e prosódia graficamente representada.
Oralidade e escrita são práticas e usos da língua com
características próprias, mas não suficientemente
opostas para caracterizar dois sistemas lingüísticos
nem uma dicotomia. Ambas permitem a construção de
textos coesos e coerentes, ambas permitem a
elaboração de raciocínios abstratos e exposições
formais e informais (...). As limitações e os alcances
de cada uma estão dados pelo potencial do meio
básico de sua realização: som de um lado e grafia do
outro, embora elas não se limitem a som e grafia,
como acabamos de ver. Em suma, eficácia
comunicativa e potencial cognitivo não são vetores
relevantes para distinguir oralidade e escrita.
(Luiz Antônio Marcuschi. Da fala para a escrita. São Paulo:
Cortez, 2001, p. 17. Fragmento adaptado).
10. Analise os comentários sobre os textos ao lado:
1- No texto 1 a função da linguagem predominante é a
mesma que aparece nos versos abaixo:
Catar feijão se limita com escrever:
Jogam-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2- No texto 2, a expressão “filho da mãe” é usada em
sentido positivo diferente do pejorativo, no qual o termo
é habitualmente utilizado.
3- O uso do verbo no modo imperativo indica, no texto 2,
a presença da função conativa da linguagem.
4- Queromeu, personagem do texto 3, interpreta
literalmente a fala do primeiro balão.
Estão corretas:
a) apenas 1 e 4;
b) apenas 2,3 e 4;
c) apenas 2 e 3;
d) apenas 1, 3 e 4;
e) Todas.
COMENTÁRIO: O item 1 está errado, visto que a
função da linguagem do texto 1 é a FÁTICA,
enquanto a que aparece nos versos é POÉTICA.
Texto 4
Oralidade e escrita
Sob o ponto de vista mais central da realidade
humana, seria possível definir o homem como um ser
que fala e não como um ser que escreve. Entretanto,
isto não significa que a oralidade seja superior à
escrita nem traduz a convicção, hoje tão generalizada
quão equivocada, de que a escrita é derivada, e a fala
é primária. A escrita não pode ser tida como uma
representação da fala. Em parte, porque a escrita não
consegue reproduzir muitos dos fenômenos da
oralidade, tais como a prosódia, a gestualidade, os
movimentos do corpo e dos olhos, entre outros. Em
11. A posição do autor frente ao problema levantado no Texto
4 é francamente:
I II
0 0 a favor da escrita: por várias razões, a oralidade
tem mais limitações e menos alcances.
1 1 partidária da idéia de que oralidade e escrita, se
implicam oposições, não chegam, no entanto, a
constituir dois sistemas distintos.
2 2 contrária à perspectiva de que a oralidade é um
código sonoro primário, do qual a escrita é apenas
uma representação gráfica.
3 3 equilibrada: reconhece que fala e escrita têm iguais
possibilidades cognitivas e o mesmo poder de
promover a comunicação.
4 4 neutra: nem chega a reconhecer o que é próprio da
oralidade nem aponta o que é específico dos usos
da escrita.
RESPOSTA: FVVVF
COMENTÁRIO: 0 0 – O autor não é só a favor
da escrita, mas sim de ambas.
4 4 – A posição do autor não é
neutra. Ele mostra as especificidades de cada
uma.
12. No Texto 4, é possível localizar as seguintes informações:
I II
0 0 a escrita e a oralidade não se equivalem: a escrita é
inferior à oralidade.
1 1 a fala é anterior à escrita; daí que a escrita é
derivada, e a fala é primária.
2 2 a escrita pode ser reconhecida como uma
representação da fala.
3 3 tanto a oralidade quanto a escrita permitem a
elaboração de raciocínios abstratos.
4 4 para distinguir oralidade e escrita é relevante avaliar
a eficácia comunicativa de uma e de outra.
RESPOSTA: FFFVF
COMENTÁRIO: 3 3 – O autor prova que tanto a
oralidade quanto a escrita permitem a elaboração
de raciocínios abstratos.
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P.U. 1 - Literatura e Gramática - “C”
13. Releia o trecho: “Oralidade e escrita são práticas e usos da
língua
com
características
próprias,
mas
não
suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas
lingüísticos nem uma dicotomia. Ambas permitem a
construção de textos coesos e coerentes, ambas permitem
a elaboração de raciocínios abstratos e exposições formais
e informais.”. Nesse trecho, podemos nos apoiar para
admitir as seguintes conclusões.
I II
0 0 Oralidade e escrita têm suas especificidades, suas
idiossincrasias.
1 1 É possível reconhecer nas praticais de oralidade e
de escrita algum tipo de primazia valorativa.
2 2 Os usos da língua admitem mais de um modo de
atualização concreta.
3 3 Os usos orais e os usos escritos da língua
constituem dois sistemas dicotômicos.
4 4 A coesão e a coerência são conseguidas mais
eficazmente nas exposições formais escritas.
RESPOSTA: VFVFF
COMENTÁRIOS: 0 0 - Ambas permitem a
construção de textos coesos e coerentes, ambas
permitem a elaboração de raciocínios abstratos e
exposições formais e informais.
2 2 - As limitações e os alcances de cada uma
estão dados pelo potencial do meio básico de sua
realização: som de um lado e grafia do outro,
embora elas não se limitem a som e grafia.
a qual marca a introdução oficial do Modernismo no Brasil.
Nesse discurso, o autor sintetiza os objetivos do movimento.
Algumas das afirmações que se seguem contêm esses
objetivos.
I
0
II
0
1
1
2
2
3
3
4
4
Resposta: VFFVV
0-0
1-1
14.
2-2
3-3
4-4
Participantes da Semana de Arte Moderna de 1922
Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações
obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue,
velocidade, sonho, nossa Arte. E o que o rufo de um
automóvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o
último deus homérico, que ficou, anacronicamente, a dormir e
a sonhar, na era do JAZZ-BAND e do cinema, com a frauta
dos pastores de Arcádia e os seios divinos de Helena!
O trecho pertence ao discurso feito por Menotti Del Picchia
durante a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 1922,
Os modernistas pregavam a liberdade total da
produção literária, desde a estrutura sintática da
forma até a escolha dos temas.
Embora pregassem a supressão das normas fixas
do verso, continuam recomendando a seleção de
temas nobres, em detrimento dos fatos banais do
cotidiano.
Com a consciência de que a Antiguidade clássica
nos legou os princípios básicos que regem a
produção artística, os modernistas defenderam a
manutenção desses princípios.
A proposta de liberdade incondicional de expressão
não se limitava à literatura; estendia-se à música e
às artes plásticas em geral.
O texto apresenta, logo em seu início, fortes traços
dos ideais do Futurismo
O Modernismo tem como base principal a
liberdade de expressão a qual vai desde a
estética até a liberdade dos temas.
Os temas ligados ao coloquialismo foram
exaltados. Há um repúdio ao acadêmico e
erudito, pois a espontaneidade predomina.
Os modernistas romperam com a estética
dos
conservadora
pré-estabelecida
conservadores acadêmicos.
Realmente,
os
ideais
modernistas
expandiram-se em todos os campos
artísticos, não se limitando apenas à
literatura.
O início do texto percebem-se elementos
representativos
do
Futurismo:
luz,
ventiladores, aeroplanos, etc.
15. Atente para as seguintes associações de marcas
estilísticas a períodos literários. Marque verdadeiro ou
falso:
I II
0 0 “Ruptura do equilíbrio da vida interior, com o triunfo
da intuição e da fantasia” — ROMANTISMO.
1 1 “Inconformismo social, ideais políticos e de
liberdade,
entusiasmo
nacionalista”
—
PARNASIANISMO.
2 2 “Grande desejo de expressão livre e tendência para
transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do
academismo, a emoção pessoal e a realidade do
País” — MODERNISMO.
3 3 “Muito peculiar é o seu vocabulário, adaptado aos
temas prediletos da morte, do distanciamento, das
cerimônias litúrgicas, das paisagens vagas cheias
de cisnes, lagos, luares, envoltas em neblinas e em
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P.U. 1 - Literatura e Gramática - “C”
ressonâncias.” — SIMBOLISMO.
4
4
O BARROCO é um estilo de época voltado à razão
e equilíbrio.
Resposta: VFVVF
0-0
1-1
2-2
O Romantismo rompeu com a formalidade
clássica, buscando a liberação subjetiva.
Os parnasianos não se interessavam pelo
mundo social, eram voltados para o luxo e
requinte. Buscavam a perfeição dos versos.
O Modernismo busco a expressão livre, sem
as amarras da arte tradicional. Evitou a
subjetividade excessiva dos românticos.
3-3
O Simbolismo empregou um vocabulário
voltado ao inefável e vaporoso. Fez um
banho na transcendência, ampliando a
subjetividade.
4-4
O Barroco é caracterizado pela tensão e
conflito.
1-1
2-2
3-3
4-4
Foi um dos líderes da Semana de Arte,
quando foram renovados os ideais estéticos
nacionais.
O Manifesto Pau-Brasil é de autoria de
Oswald de Andrade, inspirado pela pintura
de Tarsila do Amaral.
Dedicou-se não só à literatura mas também
à pesquisa cultural e à música.
Macunaíma faz um intertexto com Iracema,
de Alencar, e não uma paródia irônica da
história como todo.
.
“Detestam e contrariam a língua que estou usando; enfim uma
porção de coisas, às vezes me falam, outras nem falam, não
gostaram do meu Paulicéia Desvairada e se horrorizaram
quando escrevi o Clã do Jabuti e mesmo assim continuo
amigo de todos.”
16. O trecho da carta pessoal transcrito acima é de um autor
sobre o qual pode ser dito que:
I II
0 0 foi acusado de querer criar uma “língua brasileira”,
incompreensão que o indispôs com muitos de seus
amigos.
1 1 foi organizador da Semana de Arte Moderna de São
Paulo, em 1922, quando foram renovadas as artes
em geral, com destaque para a literatura, pela
abolição dos cânones anteriores.
2 2 escreveu o Manifesto Pau-Brasil, criando um novo
grupo dentro do Modernismo. Também fez poesia e
teatro.
3 3 foi um homem plural, exercendo atividades
múltiplas no campo da arte. Escreveu ficção e
poesia, foi pesquisador na área de música e artes
plásticas.
4 4 Macunaíma, sua obra mais conhecida, foi
publicada, em 1928. É uma narrativa em que
utilizou a paródia para reescrever de forma irônica a
história de Iracema.
RESPOSTA: VVFVF
0-0 Muitos não entenderam as propostas de
Mário de Andrade e acusaram-no de querer
criar em sua obra, outra língua nacional,
mas sua proposta era defender a cultura
nacional e valorizar a língua não-erudita,
coloquial.
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07
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Esta prova tem como objetivo avaliar aspectos referentes à