Arq Sanny Pesq Saúde 1(1):1-7, 2008
Arq Sanny Pesq Saúde 1(1):1-7, 2008
ARTIGO ORIGINAL
Indicadores antropométricos associados ao risco de doença cardiovascular.
Lívia Ramos Alves¹, Vanessa Coutinho¹, Luana Caroline dos Santos2
1-Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Nutrição Clínica da Universidade Gama Filho – Porto
Alegre – RS.
2- Universidade Gama Filho e Universidade Federal de Minas Gerais.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre indicadores antropométricos e risco de
doença cardiovascular em adultos atendidos no ambulatório do Hospital Municipal de Esteio, RS.
Estudo de corte transversal, composto por adultos de ambos os sexos, atendidos em um hospital
municipal. Realizou-se a avaliação antropométrica (peso, estatura e circunferências) e
determinaram-se os valores do índice de massa corporal, índice de conicidade e a razão
cintura/quadril (RCQ). Calculou-se a associação destas variáveis com risco cardiovascular, sendo este
estimado por meio de algoritmo. Considerou-se risco cardiovascular elevado (RCE) a pontuação
superior a 12 e 16 para homens e mulheres, respectivamente. Participaram do estudo 300 indivíduos
com média de idade de 49,2 + 15,3 anos de idade, 182 (60,7%) do sexo feminino. Identificou-se
29,7% de sobrepeso e 18,6% de obesidade. Houve baixo consumo diário de frutas e verduras (45,3%)
e cereais integrais (12,2%), associado ao elevado sedentarismo (90%). Verificou-se 18,7% de
diabetes e 46,0% de hipertensão, sendo estes relacionados ao RCE. Etilismo e baixo consumo de
cereais integrais também foram associados ao risco. Entre os indicadores antropométricos, destacase entre os homens maior chance de RCE entre aqueles com RCQ elevada (OR:2,98; IC95%1,22-7,27)
e índice de conicidade aumentado (OR:6,52; IC95%1,45-29,33), enquanto entre as mulheres houve
associação do RCE com as medidas elevadas de RCQ (OR:7,05; IC95% 2,38-20,85). A inadequação da
RCQ e índice de conicidade associaram-se ao risco cardiovascular elevado, destacando que medidas
antropométricas de fácil execução podem ser utilizadas para discriminar RCE e possibilitar
estratégias precoces de intervenção nutricional.
Palavras chave: antropometria, doenças cardiovasculares, fatores de risco, obesidade.
Abstract
The aim of this study was to evaluate the association between anthropometric indicators and
cardiovascular disease risk in adults of Esteio’s Municipal Hospital, in Brazil. Cross-section study,
consisting in adult sample of both genders, patients of a Municipal Hospital. Anthropometric
assessments (measurement of weight, height and circumference) were identified and led to the
values of body mass index (BMI), conicity index and the waist-hip-ratio (WHR). Association between
these variables with cardiovascular risk was calculated, which was estimated by an algorithm. A high
cardiovascular risk (HCR) was considered when the score was over 12 and 16 for men and women,
respectively. They were 300 individuals in the study with an average of 49.2 + 15.3 years old, 182
(60.7%) women. It was 29.66% of overweight and 18.6% of obesity. There was also a low
consumption of fruits and vegetables (45.3%), whole cereals (12.2%) and high physical inactivity
(90%). It was verified 18.7% of diabetes and 46.0% of hypertension, those are related to HCR.
Furthermore, alcohol intake and low whole cereals was related to HCR. In men, it was identified a
larger chance of HCR between those with high WHR (OR:2.98; CI95%1.22-7.27) and increased
conicity index (OR:6.52; CI95%1.45-29.33). In women, there was association between HCR and high
WHCR (OR:7.05; CI95% 2.38-20.85). High WHR and conicity index were associated to cardiovascular
disease risk increased. Thus, anthropometric measurements have easy execution and may be used
to discriminate HCR and make possible early nutrition intervention strategies.
Keywords: obesity, anthropometry, cardiovascular diseases, risk factors.
Alves et al., Antropometria e risco cardiovascular.
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Introdução
As doenças cardiovasculares (DCV)
vêm ocupando grande espaço em termos de
morbimortalidade nas populações nas últimas
décadas. Cerca de 17 milhões de óbitos
ocorrem anualmente no mundo em virtude
das mesmas1.
Dentre as DCV encontram-se o infarto
agudo do miocárdio, angina, insuficiência
arterial periférica e isquemia cerebral. O
infarto agudo do miocárdio é considerado o
mais importante, por ter um elevado índice
de mortalidade. Em média, 7,2 milhões de
pessoas morrem por ano devido à cardiopatia
isquêmica, 5,5 milhões por acidente vascular
cerebral e 3,9 milhões devido à hipertensão e
outras cardiopatias2.
Fortes evidências científicas indicam
que os indivíduos mais susceptíveis as DCV
são os que apresentam alguns fatores de risco
como diabetes mellitus, hipertensão arterial,
tabagismo e dislipidemia. História familiar de
DCV em homens com idade inferior a 55 anos
e mulheres com 65 anos, inatividade física,
eestressee, depressão, dieta e obesidade,
também estão claramente associadas com
maior risco de doença coronária3,4.
Estudo realizado em 52 países apontou que os
fatores de risco como tabagismo, dislipidemia,
diabetes mellitos, hipertensão arterial,
obesidade abdominal, consumo insuficiente
de frutas, vegetais e inatividade física, são
responsáveis por 90% dos eventos de infarto
agudo do miocárdio5.
A obesidade favorece a ocorrência de
DCV, pois além de elevar a pressão arterial e a
concentração de colesterol, promove
aumento na resistência insulínica, dificultando
a captação e utilização de glicose. As
alterações
metabólicas
consequentes
contribuem para o aparecimento de doenças
crônicas e agravos não transmissíveis6.
De acordo com a pesquisa Vigilância
de fatores de risco e proteção para doenças
crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL),
realizada pelo Ministério da Saúde7, 43% da
população adulta brasileira apresenta excesso
de peso. Observou-se que apenas 17,7% dos
entrevistados consomem frutas e verduras
habitualmente e que 29% dos adultos são
Alves et al., Antropometria e risco cardiovascular.
sedentários. Quando comparadas as capitais
dos estados brasileiros, Porto Alegre
apresentou um dos valores mais elevados de
excesso de peso (47,9%), sucedendo apenas o
Rio de Janeiro (48,3%). A frequência de
excesso de peso tem aumentado nas últimas
décadas, provavelmente em virtude de
mudanças dos modos de vida da população.
Atualmente, verifica-se maior consumo de
alimentos de alto valor energético, ricos em
sódio, gordura saturada, alta ingestão de
bebidas alcoólicas e elevada inatividade
física8.
A avaliação antropométrica e
identificação do excesso de peso podem
favorecer a identificação precoce do risco
cardiovascular. Estudos destacam que a
circunferência da cintura elevada, além da
inadequação de outros índices como índice de
massa corporal (IMC), razão circunferência
cintura/quadril (RCQ) e índice de conicidade
(índice C) podem contribuir para o aumento
do risco coronariano9-11.
Sendo assim, o objetivo deste estudo
foi verificar a associação entre indicadores
antropométricos com risco de doença
cardiovascular em adultos atendidos no
ambulatório do Hospital Municipal de Esteio,
RS.
Métodos
Estudo descritivo de corte transversal,
realizado no Hospital Municipal São Camilo,
na cidade de Esteio, Rio Grande do Sul.
A amostra foi constituída por pacientes de
ambos os sexos atendidos em primeira
consulta no ambulatório do referido hospital
no primeiro semestre de 2008. Os
participantes foram entrevistados a partir de
um questionário, que incluía questões
sociodemográficas
(idade,
escolaridade,
ocupação), comportamentais (como prática
de atividade física, consumo de álcool,
tabagismo, estresse e sono), alimentar
(consumo de frutas e verduras, cereais
integrais e frituras) e de morbidades.
Além disso, realizou-se aferição de altura,
peso, circunferências da cintura e do quadril,
pressão arterial sistólica e diastólica e
dosagem de glicemia de jejum.
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A avaliação antropométrica foi
realizada segundo as técnicas preconizadas na
literatura, sendo utilizado balança de
plataforma com antropômetro acoplado
(marca Filizola®) e trena antropométrica
(Sanny®).
A partir dos dados de peso e estatura
calculou-se o índice de massa corporal
(IMC=peso/altura2), classificado de acordo
com os critérios da Organização Mundial de
Saúde12.
A razão cintura/quadril (RCQ) e índice
de
conicidade
(circunferência
da
cintura/0,109*[peso/altura½]
foram
determinados e classificados segundo a
Organização Mundial de Saúde12 e Pitanga &
Lessa10,11, respectivamente.
A aferição da pressão arterial foi
realizada em duplicata (esfigmomanômetro
marca Bic®) seguindo critérios e referenciais
das V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
Arterial3.
A dosagem de glicemia de jejum foi
realizada pelo próprio laboratório do hospital,
sendo classificados como diabetes os valores
superiores a 126 mg/dL3, ou o uso de
medicamentos específicos.
Todos os participantes do estudo,
aprovado pelo comitê de ética do Hospital,
assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido, conforme preconiza a resolução
196 do Conselho Nacional de Saúde.
Elaborou-se um indicador de risco
coronariano baseado no algoritmo proposto
para a coorte de Framingham13. Para cada
variável a pontuação positiva era considerada
risco e a pontuação negativa, considerada
fator de proteção (Quadro 1). Para
identificação
do
risco
cardiovascular,
selecionou-se a soma da pontuação referente
ao percentil 75 da própria amostra deste
estudo, que correspondeu a 12 pontos para o
sexo masculino e 16 pontos para o sexo
feminino.
Os dados foram analisados com
auxilio do programa estatístico Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS, versão
15.0), sendo aplicados os testes KolmogorovSmirnov, Qui-quadrado e teste t de Student
para verificar a distribuição das variáveis, as
diferenças de frequência e média,
respectivamente, além do cálculo de Odds
Ratio para testar associação entre as variáveis
e risco coronariano elevado.
Quadro 1. Escore para cálculo do risco de doença cardiovascular segundo o sexo.
Idade
20-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75-79
PAS (mmHg)
<120
120-129
130-139
140-159
> 160
Homem
Pontos
Tabagismo
-9
8
-4
8
0
5
3
5
6
3
8
3
10
1
11
1
12
1
13
1
Não tratada
Tratada
0
0
0
1
1
2
1
2
2
3
Alves et al., Antropometria e risco cardiovascular.
Mulher
Pontos
Tabagismo
-7
9
-3
9
0
7
3
7
6
4
8
4
10
2
12
2
14
1
16
1
Não tratada
Tratada
0
0
1
3
2
4
3
5
4
6
3
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Resultados
Participaram
do
estudo
300
15,3
indivíduos, com média de 49,2 anos, sendo
182 (60,7%) do sexo feminino. Não houve
recusa a participação. Deste modo, todos os
pacientes atendidos em 1ª consulta nos
ambulatórios foram incluídos.
Identificou-se que a maioria da
amostra (68,7%) completou o 1º grau, seguida
de 27,3% que finalizaram o 2º grau, sem
diferenças entre os sexos. Foi verificado entre
as mulheres menor peso, altura e IMC, além
de maior circunferência do quadril, RCQ e
consumo de frutas (Tabela 1). A classificação
do estado nutricional pelo IMC destacou
29,66% de sobrepeso, 16,95% de obesidade
Grau I e 1,69% de obesidade Grau II.
Observou-se similar inatividade física entre os
sexos, sendo que apenas 10% dos homens e
9,0% das mulheres relataram prática habitual
(mínimo 3 vezes por semana) de qualquer
atividade.
O consumo diário e ocasional (finais
de semana) de álcool foi referido por 6,7% e
32,7% dos participantes, respectivamente. O
tabagismo foi mais frequente entre as
mulheres (47,3% vs 22,3%; p<0,001). O
eestressee foi similar entre os sexos, sendo
citado por 59% da amostra.
Verificou-se 18,7% de diabetes e
46,0% de hipertensão entre os pacientes. A
história familiar de DCV foi citada por 52,0%
da amostra e 23,3% relataram esta ocorrência
antes de 65 anos (sexo masculino) ou 55 anos
(sexo feminino). Não houve diferenças
significativas destas variáveis entre os sexos
(p>0,05).
Quanto ao consumo alimentar,
observou-se entre os participantes baixo
consumo diário de frutas (37,2% dos homens
e 53,4% das mulheres; p=0,02) e cereais
integrais (10,7% dos homens e 13,7% das
mulheres; p>0,05). O consumo diário de
frituras foi referido principalmente pelos
homens (33,0% vs 14,8%; p<0,01).
Identificou-se
relação
estatisticamente significativa de diabetes e
RCE (OR:15,62; IC95% 5,22-46,74 para
homens e 6,11; 2,73-13,70 para mulheres),
bem como com a hipertensão e RCE (OR:
6,69; IC95% 5,22-46,74 para homens e 8,31;
3,44-20,09 para mulheres). De modo similar,
houve associação do baixo consumo de
cereais integrais e consumo de álcool com
RCE, embora apenas entre os homens
(p<0,05). As demais variáveis dietéticas e
comportamentais não se associaram ao risco
cardiovascular.
Em
relação
aos
indicadores
antropométricos, foi observada maior chance
de risco cardiovascular elevado entre os
homens com RCQ e índice de conicidade
acima dos valores referenciais. Entre as
mulheres, a RCQ elevada associou-se
significativamente com o risco (Tabela 2).
Tabela 1. Média e desvio padrão das variáveis de estudo segundo o sexo.
Homens (n=118)
Mulheres (n=182)
Idade (anos)
49,7 (15,04)
48,8 (15,58)
Peso (kg)
74 (14,23)
69,37 (13,84)
Estatura (m)
1,71 (0,07)
1,59 (0,08)
Pressão arterial sistólica (mm/Hg)
133,3 (19,16)
132,1 (23,46)
Pressão arterial diastólica (mm/Hg)
82,96 (13,90)
82,18 (14,78)
Circunferência da cintura (cm)
93,40 (12,33)
93,13 (13,26)
Circunferência do quadril (cm)
97,28 (9,27)
103,88 (10,02)
Índice de massa corporal (kg/m²)
25,33 (4,24)
27,44 (5,82)
Razão cintura/quadril
0,96 (0,10)
0,89 (0,08)
Índice de conicidade
1,31 (0,09)
1,30 (0,11)
Glicemia (mg/dL)
115,04 (65,73)
111,82 (65,45)
Cigarros (maço/dia)
0,57 (0,84)
0,24 (0,55)
Frutas e verduras (porções/dia)
2,75 (1,47)
2,32 (1,09)
Horas de sono
6,86 (2,11)
6,38 (1,99)
*Teste t de student para amostras independentes.
Alves et al., Antropometria e risco cardiovascular.
p-value*
0,61
0,01
<0,001
0,62
0,65
0,86
<0,001
<0,001
<0,001
0,46
0,68
<0,001
0,01
0,06
4
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Tabela 2. Associação* entre os indicadores antropométricos e o risco cardiovascular elevado,
segundo o sexo.
Indicadores antropométricos**
Homens
(n=118)
Índice de massa corporal
2,09 (0,88 - 4,95)
Circunferência da Cintura
2,19 (0,93 - 5,18)
Razão cintura/quadril
2,98 (1,22 - 7,27)
Índice de Conicidade
6,52 (1,45 - 29,33)
*Odds-ratio (Intervalo de confiança de 95%)
**Valores acima dos referenciais (10-12).
Discussão
Estudos vêm demonstrando a relação
entre o risco cardiovascular e os indicadores
antropométricos11,14-16. Neste estudo, a
associação foi verificada entre os índices de
conicidade e a RCQ com o risco. Resultados
similares foram encontrados em 712
indivíduos franceses, 552 homens e 160
mulheres, onde a RCQ apresentou forte valor
clínico para a previsão de alto risco de doença
cardiovascular17. Outros autores também
verificaram que o índice de conicidade é um
forte indicador para descriminação do
RCE11,18, 19.
Entretanto, evidências científicas
relatam que o IMC apresenta resultados
significativamente superiores que o índice de
conicidade
na
avaliação
do
risco
20
cardiovascular , bem como a circunferência
da cintura (CC) tem se destacado como
instrumento de avaliação deste risco15,16,21.
Dobbelsteyn et al.22 avaliaram 500 homens e
501 mulheres chinesas e identificaram a CC
como
medida
preditiva
de
risco
cardiovascular, especialmente em mulheres,
seguida da RCQ, enquanto que para os
homens ressaltou-se o IMC e CC.
De uma maneira geral, observa-se
que os indicadores antropométricos de
obesidade central (RCQ, CC e índice C)
associam-se melhor com risco cardiovascular
do que os indicadores antropométricos de
obesidade total (IMC)10,16-20. Essa relação se
deve à associação da gordura abdominal com
diversas alterações metabólicas como,
diabetes, hipertensão, intolerância a glicose e
alterações
nas
concentrações
de
Alves et al., Antropometria e risco cardiovascular.
Mulheres
(n=182)
1,19 (0,57 - 2,48)
2,73 (0,78 - 9,55)
7,05 (2,38 - 20,85)
6,61 (0,86 - 50,84)
lipoproteínas, que frequentemente são
encontradas nas doenças cardiovasculares11.
Na
amostra
avaliada
houve
associação significativa do baixo consumo de
cereais integrais e o RCE entre os homens,
que pode ser explicada pela função que as
fibras presentes nestes alimentos apresentam
como controle da glicemia e manutenção dos
níveis séricos de lipídios23. Estes são fatores
diretamente
relacionados
ao
risco
cardiovascular1,3,6. As demais variáveis de
consumo alimentar não se associaram ao
risco cardiovascular, em contraste com outros
estudos1, 15, 23. As diferenças amostrais e dos
métodos de avaliação dietética podem ter
contribuído para a discrepância.
De modo similar, neste trabalho a
prática de atividade física não foi associada ao
RCE, mas a proteção que esta confere a
ocorrência de doenças e agravos não
transmissíveis
é
indiscutível2,24.
Provavelmente, a homogeneidade da amostra
quanto a inatividade física contribuiu para tal
resultado.
Ressalta-se como limitação do estudo
a não avaliação da concentração de
lipoproteínas, a falta de avaliação de outros
parâmetros associados ao risco de doença
cardiovascular como ingestão de sódio, além
do fato de todos serem pacientes em busca
de atendimento ambulatorial por motivos
diversos. No entanto, o objetivo de verificar a
associação do risco cardiovascular com os
indicadores antropométricos foi obtido e
ressalta a importância da adequada aferição e
avaliação destes na prática clínica. Trata-se de
uma estratégia para possibilitar a detecção
precoce de risco cardiovascular elevado e a
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adoção de intervenções específicas como a
mudança de modos de vida, incluindo hábitos
alimentares e atividade física.
Agradecimentos
À direção e funcionários do Hospital
Municipal São Camilo pelo apoio à coleta de
dados.
Conflitos de Interesse
Os autores declaram a inexistência de
conflitos de interesse que possam interferir
na imparcialidade do trabalho científico.
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Endereço para correspondência:
Lívia Ramos Alves
R Vereador Pinho de Carvalho,175 Centro.
Barra Mansa – Rio de Janeiro
Telefone: (024) 3322-2540
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ARTIGO ORIGINAL Indicadores antropométricos associados ao