PRATOS
REGIONAIS,
DOCES
E VINHOS
À BOA MESA
O Alentejo é conhecido por ser terra onde se
come bem. E Beja não é exceção, aqui ainda
podemos encontrar pitéus cozinhados de acordo
com os preceitos de outrora.
Adequado para os dias quentes de verão, o saborosíssimo gaspacho – sopa feita à base de
tomate, pepino, pão, alho e água, servida muito,
muito fresca. Para abrir um almoço em pleno
Verão, nada mais apropriado!
As migas com carne de porco, ou com chouriço,
são um prato alentejano cuja fama passou além
fronteiras da região, com justos motivos!
A açorda é uma sopa muito própria do tempo frio.
Servida com ovos que se cozem no próprio caldo,
é de um sabor castiço, condimentada apenas com
produtos da terra. Ramalho Ortigão chamou-lhe –
“a honrada açorda de coentros”.
O Ensopado de borrego, cujo nome lhe vem das
fatias de pão caseiro que, à maneira clássica,
se dispunham a abeberar no molho (o pão, no entanto, é abolido muitas vezes), é um pitéu provinciano que pode encontrar em muitos dos restaurantes típicos da cidade.
A mioleira com lombinho e ovos, grande fritada
muito própria da época das “matanças”, é um petisco de autêntico gosto alentejano e de paladar
bem apurado.
A moleja é outro guisado do tempo da “matança do
porco”, preparado com sangue do mesmo, fígado e
“miúdos”.
Nas sopas e para quem gosta da autêntica gastronomia “da terra”, não podemos deixar de citar a
de beldroegas com queijinho e a açorda de
poejos. Preparadas segundo os velhos preceitos,
conservam um sabor pastoril e representam as
verdadeiras raízes caseiras do Alentejo.
OS DOCES
Toda a doçaria alentejana – que é vasta e de
apuradíssimo sabor – tem origem conventual! Os
ócios da clausura permitiam às madres ensaiar
essas gulodices que se tornaram famosas e que
conservam ainda hoje nomes que relembram essa
mesma origem.
Em Beja ficaram célebres certas receitas provenientes do Convento da Conceição. Um doceiro
local, cujo nome figura entre os das casas congéneres, herdou o segredo desse fabrico conventual. As trouxas-de-ovos são uma especialidade
bejense muito procurada.
Mas os queijinhos de hóstia, o toucinho-do-céu
e os papos de anjo, ainda se fabricam com
frequência e fazem parte da excelente doçaria
alentejana.
As queijadas de requeijão são uma iguaria também
muito apreciada, mesmo para os paladares menos
acostumados a estes mimos caracteristicamente
alentejanos.
Entre os bolos de farinha figuram, com principal
relevo, os bolos folhados. O bolo podre e as
costas têm velhas tradições entre a doçaria
local.
OS QUEIJOS
Ganharam fama e muito apreço nos mercados centrais os queijos de ovelha que, na meia “cura”,
tomam o nome de queijo de entorna. A pasta que
sai da crosta ainda pouco endurecida tem um
sabor delicioso, ainda de origem pastoril.
Os queijinhos de cabra e de ovelha, frescos ou
já curados, que se fabricam desde o Inverno até
à entrada da Primavera, são uma excelente sobremesa, vincadamente provinciana, que faz as
delícias de quem a experimenta!
OS VINHOS
A produção de vinho é uma atividade ancestral,
no entanto, foi já no presente século que esta
se desenvolveu com grande expressão na região de
Beja. E foi de tal forma que, para além de
produtores de vinho, encontramos aqui das melhores unidades de enoturismo do país, que proporcionam experiências enriquecedoras, surpreendentes e de grande qualidade. Não deixe de
degustar os sabores dos néctares alentejanos!
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