Enf. Flávia Hortense É a complicação pós operatória mais comum da laringectomia total; Aumenta consideravelmente a morbidade, tempo de hospitalização e despesas com o tratamento; Retarda o início da radioterapia adjuvante, quando indicada; Predispõe à lesão de grandes vasos cervicais; Causa considerável desconforto para o paciente e familiares. Aires TA, Dedivitis RA, Castro MAF, Ribeiro DA, Cernea CR, Brandão LG. Pharyngocutaneous fistula following total laryngectomy. Braz J Otorhinolaryngol. 2012, 78 (6): 94-8. Importante problema de saúde pública; Representa 25% dos tumores malignos que acometem a região da cabeça e pescoço; Representa 3% quando consideradas todas as doenças malignas. Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2012> incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA: . 2011. 118p Fatores de risco: Predisposição genética, fatores ambientais, fatores ocupacionais, fatores comportamentais (ingestão excessiva de álcool e tabagismo) entre outros fatores. Principais tratamentos: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia; Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2012> incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA: 2011. 118p. Instituto Nacional do câncer (Brasil). Ações de enfermagem para o controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 3 ed. Ver. Rio de Janeiro: INCA, 2008. 628p. Hematoma; Edema; Obstrução respiratória; Infecção da ferida cirúrgica; Formação de fístula faringocutânea. 30% – 70% Aires TA, Dedivitis RA, Castro MAF, Ribeiro DA, Cernea CR, Brandão LG. Pharyngocutaneous fistula following total laryngectomy. Braz J Otorhinolaryngol. 2012, 78 (6): 94-8. Sawada NO, Zago MMF, Galvãao MC, Ferreira E, Barichello E. Complicações pós operatórias na laringectomias totais: um estudo retrospectivo. Ver Bras Cancerol 1998;44(1):35-41. Magrin J, Kowalski LP. Complicações pós-operatórias em pacientes submetidos a esvaziamento cervical radical bilateral simultâneo. Acta Oncol Bras 1996; 16(1):3-11. Definição: “É uma passagem anormal entre dois órgãos ou entre um órgão e a parte externa do corpo” “Extravazamento de saliva para o meio externo e subcutâneo da região cervical” Potter, PA; Perry AG. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processos e prática. 7 ed, Elsevier, 2010. Radioterapia neoadjuvante; Desnutrição; Dissecção radical do pescoço; Tipo de sutura utilizada: manual x mecânica Doenças sistêmicas; Estadiamento do tumor; Transfusão sanguínea no transoperatório; Nível de hemoglobina no pós-operatório; Infecção da ferida operatória; Formação de hematoma. Lenza NFB, Silva SL, Sonobe HM, Buetto LS, Martins LM. Cancerol. 2013; 59(1): 87-94. Fístula faringocutânea em paciente oncológico: Implicações para a Enfermagem. Ver. Bras. 0º – 3º PO (defeito técnico) correção cirúrgica obrigatoriamente. 5º – 7º – problemas de cicatrização Mais de 6 meses – recidiva??? Sinais e sintomas comumente observados nos 4º-5º PO. Hiperemia da FO; Odor fétido; Queda no estado geral; Estado febril; Exsudato purulento na linha de sutura; Deiscência cirúrgica da mucosa faríngea e pele; Extravazamento de saliva para o meio externo e subcutâneo da região cervical dermatite química ruptura da artéria carótida. Guedes MTS. Tecnologia de cuidado: Intervenção resolutiva de enfermagem ao portador de fístula faringocutânea [dissertação] Rio de Janeiro: Universdade Federal do Rio de Janeiro, 2004. Santana ME, Sawada NO. Fístula faringocutânea após laringectomia total: revisão sistemática. Ver. Latino-am Enf. 2008; 16(4): 772-778. Para o paciente: - Retardo da cicatrização; - Retardo no início da fonoterapia e radioterapia adjuvante; - Retirada tardia da sonda nasoenteral; - Sensação de agravamento da doença; - Diminuição da qualidade de vida e prejuízo no prognóstico. Para instituição: - Custo elevado com o tratamento; - Gasto com recursos profissionais especializados e materiais de consumo; - Novas intervenções cirúrgicas; - Aumento da duração da hospitalização. Enfermeiro Médico Fonoaudiólogo Nutricionista Multiprofissional Ass. social Fisioterapeuta Psicólogo Dentista Conservador: - Higiene oral adequada; - Orientar o paciente a cuspir a saliva; - Cuidados de limpeza com a ferida; - Curativo compressivo da fístula faringocutânea; - Uso da sonda nasoenteral; - Antibioticoterapia; Descrição do curativo: - Limpeza da cavidade oral; - Limpeza do estoma e da região cervical com SF 0,9%; - Irrigação do trato fistular com SF 0,9% até obter retorno de solução límpida; - Remoção de tecido necrosado; - Proteção das bordas AGE?, oxido de zinco, dexpantenol; - Cobertura primária; - Enfaixamento compressivo. Cirúrgico: - Desbridamento cirúrgico e posterior fechamento com retalhos miocutâneo do músculo peitoral maior e deltopitoral. A identificação dos fatores de risco para o desenvolvimento da fístula no pré-operatório é imprescindível para o planejamento das intervenção de enfermagem. Pré operatório Coleta de dados direcionada aos pacientes portadores do câncer de cabeça e pescoço; Avaliação da pele; Inspeção da cavidade oral; Avaliação e adequação nutricional; Educação para o abandono do tabaco e bebidas alcoólicas. Pós-operatório Prevenção padrão para o controle de infecção; Manter decúbito elevado 30º; Aspiração das vias aéreas; Administrar dieta enteral lentamente; Orientar para que não haja a tentativa da emissão de voz . Enfª. Flávia Hortense Mestre em Ciências pela EPE – UNIFESP Enfª Dep. ORL/CCP do Hospital São Paulo – UNIFESP Doutoranda pela EPE – UNIFESP E-mail: [email protected]