Agenda de integração em DST, Aids e Hepatites Virais 13 de maio de 2011 Hepatoaids – São Paulo Ronaldo Hallal Departamento de DST, ais e Hepatites Virais Secretaria de Vigilância em Saúde Aumento de investimento em Hepatites Virais 2010 - 2011 RECURSO GLOBAL DAS HEPATITES EM R$ MILHÕES– EXERCÍCIOS 2010 e 2011 Incremento 2010 2011 Orçamento global das hepatites virais 19,49% R$ 469 R$ 560 Pagamento de procedimentos para diagnostico laboratorial das hepatites virais virais 6,60% R$ 181 R$ 193. * Testes para quantificação da carga viral do VHB 157,26% R$ 4 (para atender 16 laboratórios) R$ 10 (para atender 38 laboratórios) Aquisição de Testes rápidos para a triagem das hepatites B eC - 0,00 R$ 9 Aquisição de medicamentos** 2,70% R$ 242 R$248 Imunização (vacina para hepatite B) 162,99% R$ 41 (33 milhões de dose) R$ 109 (87 milhões de dose) (*) VALOR ESTIMADO COM BASE NA TAXA DE INCREMENTO NOS GASTO DO SIA/SUS – SÉRIE HISTÓRICA • Estamos discutindo internamente (SVS) novos mecanismos para financiamento das ações de Hepatites Virais e de DST/AIDS. O objetivo principal é encontrar mecanismos para descentralizar os recursos. • O modelo que está em discussão é por meio de uma chamada pública para seleção de municípios que atendam a determinados critérios. • Está em definição valores e critérios do edital – Gestão – Prevenção – Assistëncia Estudo de prevalência de base populacional das infecções por VHA, VHB e VHC nas capitais do Brasil (2004/2008) • Hepatite A (infecção passada) – Entre 5 e 19 anos: 39,5% • Hepatite B (HBsAg) – Entre 20 e 69 anos = 0,60% • Hepatite C (anti-HCV) – Inquérito nas capitais – Entre 20 e 69 anos = 1,56% – Extrapolando os dados para municípios do interior, estima-se que 1,5 milhão de pessoas portadoras de HCV no Brasil – Incluída testagem para HBV e HCV no sentinela parturiente – 40 mil amostras Importância da integração e reestruturação Aids e Hepatites Virais possuem diversas afinidades programáticas: • Infecções de transmissão sexual, sanguínea e vertical; • Longo período de latência clínica com necessidade de ampliação do acesso ao diagnóstico precoce; • Testes rápidos validados no país: HIV, HCV, HBV e Sífilis; • Compartilham da mesma rede: Centros de Testagem e Aconselhamento e Rede de Assistência; • Complexidade na utilização de antivirais, resistência viral, importância da adesão; • Participação social e disponibilização de acesso universal a prevenção, diagnóstico e tratamento. Importância da integração e reestruturação Como e porque os desdobramentos das afinidades programáticas devem estar na ordem do dia? É pelo nosso espírito público? Apenas a coinfecção move na direção da integração? A integração fortalece apenas os programas de Hepatites Virais? Estudos de sobrevida de Aids em adultos Período do diagnostico Último ano de acompanhamento Mediana de Sobrevida 1981 - 1989 1995-1996 1998-1999 1989 2000 2007 5,1 meses* 58 meses** > 108 meses*** *Chequer, P, 1991 **Marins et al., 2002. *** Guibu, I et al. Los adultos identificados entre 1998 y 1999 en las regiones sur y del sudeste (82.4% del total de casos identificados en el Brasil en este período). No si alcanzó el medio de toda la muestra, por lo tanto hasta nueve años de comentario, 59.4% de los pacientes eram vivos Perfil atual em elevados niveis de cobertura de acesso ao tratamento Impacto da integração na assistëncia Diagnóstico mais precoce Toxicidade Coinfecções com TB e HV Redução de Novos casos em BC: Testagem, TARV e CV Coletiva • Tratar doenças virais crönicas reduz transmissibilidade • Ampliar o tratamento da monoinfecção tem impacto na transmissão e prevenção 1400 10.000 1200 8.000 1000 Novos casos de HIV+ Pacientes (n) 6.000 800 600 4.000 2.000 0 Montaner J, et al. CROI 2010. Abstract 88LB. 400 200 0 Número de novos casos 12.000 CV (RNA), cópias/mL < 500 500-3.499 3.500-9.999 10.000-49.999 ≥ 50.000 Coincidëncia de populações vulneráveis Fortalecer rede para ações de redução de Danos prevenção, promoção de DDHH e estabelecimento da rede Prevenção e cuidado a HSH Ações de prevenção junto a jovens imunização de HBV, prevenção a DST e aids Direcionamento de prevenção e diagnóstico para pessoas com idade > 40 anos Estabelecendo acesso universal ao tratamento das HV (1º trimestre - 2011) • HEPATITE B 11.666 PACIENTES – – – – – Região Norte: 890 Região Nordeste: 2.574 Região Centro Oeste:7823 Região Sudeste: 4.615 Região Sul: 2.805 • HEPATITE C 11.882 PACIENTES – – – – – Região Norte: 979 Região Nordeste: 994 Região Centro Oeste: 468 Região Sudeste: 6.081 Região Sul: 3.360 • HEPATITE B e C 23.548 PACIENTES – Região Norte: 1.869 – Região Nordeste: 3.568 – Região Centro Oeste: 1.250 – Região Sudeste: 10.696 – Região Sul: 6.165 Agenda com as Coordenações Estaduais de Hepatites Virais após a integração e reestruturação do D-DST/AIDS/HV • Duas reuniões para estruturar a implementação das ações: • Em fevereiro 2011 estabelecidas prioridades na agenda e definida a participação das Coordenações de Hepatites nas instâncias consultivas do Departamento (CNAIDS), Comissão de Coordenadores Estaduais e Municipais e Comissão de Articulação com Movimentos Sociais) • Em abril 2011 acordadas as atribuições na ampliação do acesso ao diagnóstico, aos exames de monitoramento; e implementação de diretrizes de tratamento e normatização dos comitês estaduais 2011 e 2012: Compromissos e encaminhamentos ENCAMINHAMENTOS JÁ DEFINIDOS EM 2011 JUNTO AS COORDENAÇÕES ESTADUAIS • Descentralização da aquisição de marcadores virais para diagnóstico com responsabilização de estados e municípios até março de 2012; • Aquisição e distribuição pelo MS de testes rápidos para triagem de HCV e HBV (1.848.000 testes cada) à partir de julho de 2011: validação já realizada pela FIOCRUZ. Capacidade instalada nos serviços Rede de multiplicadores em TR e referencias para aconselhamento Implantação em CTA que já utilizam TR para HIV (primeira onda) Definição local de prioridades em serviços e populaçoes Acesso à vacinação contra hepatite B, preservativos e outros insumos ENCAMINHAMENTOS JÁ DEFINIDOS EM 2011 • Em 2011 ampliação da vacinação contra HBV para jovens até 24 anos: realizadas reuniões regionais e construção de Planos de Ação Estaduais • População privada de liberdade: estratégia definida e pactuada no Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. • Vacinação para a população indígena: Secretaria Especial de Saúde Indígena em parceria com as coordenações estaduais de imunização e hepatites virais. • Até 2012 ampliar faixa etária até 29 anos Centros de testagem e aconselhamento na agenda de integração Fortalecer o aconselhamento em HV Implantação de TR – HIV, sifilis, HBV e HCV Estruturar retaguarda laboratorial para diagnostico Encaminhamento para referëncias clinicas Implantar sala de vacinação para Hepatite B Jovens até 24 anos Populações vulneraveis PVHA Migração dos medicamentos de Hepatites Virais para o Componente Estratégico Encaminhamentos da Reunião de Abril de 2011 com os Estados: • Estados definirão suas redes de dispensação farmacêutica até junho/2011; • Implantação do SICLOM de Hepatites Virais nos Estados a partir de jan/2012 com a migração programada após implantação; • Capacitação dos profissional das Unidades Dispensadoras de Medicamentos na operação do Sistema; • Migração definitiva dos antivirais das Hepatites do componente especializado para o estratégico em jan/2013. • Vantagens: - Maior autonomia para aquisição, aprimoramento das informações de logística (planejamento de demandas, abastecimento e distribuição) - Qualificação na dispensação farmacêutica - Sistema informatizado facilita o acesso do paciente ao tratamento e promove melhoria no cuidado - Autonomia para individualização do tratamento, quando pertinente Profilaxia da reinfecção do HBV pós-transplante hepático • Portaria nº 469, de 24 de julho de 2002 – SAS/MS (“Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Profilaxia da Reinfecção pelo HBV Pós-transplante Hepático”): » estabelece o uso de HBIg e lamivudina. • Portaria nº 2.561, de 28 de outubro de 2009 – GM/MS (“Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para o Tratamento da Hepatite Viral Crônica B e Coinfecções”): » estabelece o uso dos seguintes antivirais: lamivudina, adefovir, entecavir e tenofovir. • NOTA TÉCNICA nº. 140/11 / DST-AIDS E HEPATITES VIRAIS/SVS/MS: – Na indicação de transplante hepático, recomendamos observar as recomendações expressas no protocolo de 2009, na fase pré e pós-transplante, incluindo pacientes virgens e experimentados no tratamento antiviral. (Ampliação do uso de antivirais - NUC) – Para imunoprofilaxia com HBIg recomendamos as mesmas diretrizes descritas no “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Profilaxia da Reinfecção pelo HBV Pós-transplante Hepático” de 2002 – As estratégias indicadas nesta Nota Técnica devem ser observadas até que os respectivos protocolos sejam atualizados. Tratamento da hepatite B - atualizações • Atualização do PCDT - 2º semestre 2011: – Desenvolvimento e/ou atualização dos temas: • • • • Transmissão vertical; Abordagem a gestantes; Manejo Pré e pós-transplante hepático; Monitoramento do tratamento da hepatite D • Aquisição de formulação de ETV 1,0mg para maior comodidade posológica Novas intervenções terapêuticas • Departamento participa como parecerista ad hoc na área de registro de medicamentos na ANVISA; • Os produtores já solicitaram registro na ANVISA de dois inibidores de protease: – Boceprevir (fevereiro de 2011) – Telaprevir (abril de 2011); • No segundo semestre o Comitê Técnico Assessor do Departamento avaliará a pertinência da incorporação dos inibidores de protease, caso registrados. • Nova era – Adesão ao tratamento – EA de longo prazo Barreira genética Mutações do HBV necessárias para diminuir a eficácia da droga Lamivudina e Telbivudina Adefovir 204 e/ou 180 236 e/ou 181 184 ou 202 ou 250 180 Entecavir 204 Tenofovir (?) US prescribing information for Epivir-HBV®, Hepsera® and Baraclude™ Fung SK, et al. J Hepatol 2006; 44:283–290 Locarnini S, et al. J Hepatol 2006; 44:422–431 Tenney DJ, et al. Antimicrob Agents Chemother 2004; 48:3498–3507 Perspectiva estratégica: preparando o sistema para novas intervenções terapêuticas • Desenvolvimento do Projeto Piloto multicêntrico para a criação de uma “MicroRede” de laboratórios de resistência genotípicas do HBV (uso de antivirais há cerca de uma década) e HCV (perspectiva de introdução de inibidores da protease no arsenal terapêutico) para vigilância e manejo da resistência dos vírus das hepatites B e C • Identificados laboratórios no N, NE, S e SE • Oficina para desenvolvimento de metodologias Qualificação e atualização das recomendações de tratamento de Hepatites B e C Lançamento em julho de 2011 • Protocolo mais amplo • Conteúdos direcionados para linha de cuidado e atenção integral • Cuidado desde o diagnóstico • Informações para prevenção e autocuidado • Abordagem terapêutica • Manejo de eventos adversos • Inclusão de indicações terapêuticas sem necessidade de biópsia hepática para aumentar pessoas em tratamento • Ampliação da indicação do Interferon Peguilado para tratamento de genótipos não 1 : - Recomendado pelo CTA, apresentado pelo Departamento e aprovado por unanimidade pela CITEC em 15/04/2011. Campanha de Comunicação • Será lançada no próximo 28 de julho - Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais - uma campanha de comunicação de massa chamando a atenção para a importância das Hepatites, – Com envio de Testes Rápidos para rede – Com informações sobre prevenção, vacinação contra Hepatite B, – E estímulo ao diagnóstico Em resumo, as ações programáticas • • Diagnóstico descentralizado Triagem com testes rápidos – Aquisição centralizada – Capacidade técnica instalada com uso de TR para HIV • Centralização de biologia molecular – Acesso a resposta virológica • • Desenvolvimento do piloto de rede de resistência genotípica Migração dos medicamentos para Componente Estratégico – Autonomia para aquisiçaõ e controle – Rede de dispensação – Implantação do SICLOM de HV • Gestão sobre o circuito de registro e introdução de novas intervenções terapêutica no SUS • Clara direção programática • Aproveitamento de brechas e oportunidades para fortalecimento programático da resposta em DST, aids e Hepatites Virais Evolução das ações relacionadas com as Hepatites Virais [email protected] Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais www.aids.gov.br