REVISTACARGILL
Momento
da retomada
O ano de
2007 aponta
perspectivas
promissoras para
o agronegócio
ANO 27 - FEV. MAR. 2007
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Perspectivas para 2007
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mensagem
Práticas empresariais
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Prosperidade no campo
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visão global
Parcerias duradouras
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entrevista
com a palavra
Saúde em Rio Verde
responsabilidade social
Boas notícias da Páscoa
Biocombustível: uma importante reflexão
directions
O poder da diversidade
expertise
Notícias Cargill
destaques
Talentos reconhecidos
personagem
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Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos funcionários, clientes e fornecedores
da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi
– Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Comitê Editorial: Andrea Anjos, César Infante, Débora Basso,
Débora Sesti, Erick Ascenção, Felipe Rodrigues, Gonzalo Garcia, Lisandra Faria, Luciane Reis, Marcello Moreira, Neusa Duarte, Patrícia Garcia,
Renata Holzer, Shirley Lobo, Sônia Matangrano, Vera Duarte, Valmir Tambelini, Vitor Ideriba e Walter Tommasi – Colaboração: Gabriela Guerra – Projeto
Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo:
Thear Editora – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem: Renata Rossi e Thais Corrêa – Foto Capa: Steve Satushek/GettyImages.
A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas.
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consumo
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Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220.
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No campo dos projetos sociais, esta edição reitera a prática à qual a empresa tem-se
dedicado desde a criação da Fundação Cargill, em 1973. Ainda neste primeiro semestre a Fundação Cargill entregará a primeira sala de cirurgia do Hospital do Câncer de Rio Verde – cidade do interior de Goiás com expressiva participação no desenvolvimento do agronegócio da
região –, que, até então, não dispunha de local e equipamentos para intervenções cirúrgicas.
Acreditamos que este é um exemplo de que ações sociais conjuntas entre empresas, instituições do terceiro setor e órgãos do governo aumentam a abrangência da iniciativa beneficiando, inclusive, comunidades mais distantes.
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Outro fator hoje de grande relevância para a Cargill reside na diversidade de sua
equipe, na qual cada um representa um papel importante no desenvolvimento e crescimento da empresa. Valorizar essas diferenças, entender as peculiaridades de cada região
é um de nossos compromissos. Transformar essa diversidade em vantagem competitiva,
uma de nossas missões.
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Visualizar e entender o contexto econômico em que se está inserido, além das
rápidas mudanças – e, por que não dizer, muitas vezes dramáticas – que atingem o cenário mundial, são o primeiro passo para uma empresa se manter líder. Tanto assim que
a Cargill ajustou o foco da sua Iniciativa Estratégica, e, até 2015, pretende ser a empresa
preferida, reconhecida por ter pessoas de grande qualidade e com imaginação, comprometidas com a excelência nas soluções entregues aos parceiros que servimos nos setores
agrícola, alimentício e de gerenciamento de risco.
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Esse movimento de mercado já aportou por aqui e especialistas visualizam um ano
promissor – com índice de crescimento projetado para o agronegócio de cerca de 10%
ou mais –, impulsionado pelos melhores preços das commodities, pela renegociação da
dívida dos produtores, mas, principalmente, pela larga produção de etanol e biodiesel que
se anuncia. Mesmo diante de boas perspectivas, sabemos que o caminho é árduo, pois é
necessária ainda uma série de medidas urgentes, além das reformas institucionais tão importantes. Muitas delas – como a questão da desoneração fiscal de toda a cadeia, a ampliação
dos recursos para a defesa sanitária, o incentivo às pesquisas – não estão contempladas no
novo Plano de Aceleração do Crescimento, denominado PAC, anunciado recentemente pelo
governo Federal, mas nós, da Cargill, esperamos que essas medidas sejam tratadas com a
devida atenção pelos órgãos competentes dentro de um prazo razoável para o setor. Definitivamente esperamos que se cumpra o que foi prometido com planejamento.
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primeiro mês de 2007 já nos mostra o que esperar deste ano. A continuidade do processo de crescimento deverá ser a palavra-chave na
Cargill e nos vários setores nos quais a empresa atua. Os bons ventos
chegam com as perspectivas otimistas do setor agrícola mundial, com
o avanço do biocombustível. Só os Estados Unidos anunciam ampliar sua produção de
etanol em 50% até 2010.
Boa leitura.
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Sergio Barroso
Foto: Rogério Pallatta
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Presidente
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Foto: Fernando Faria
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A governança corporativa está para as empresas assim
como o sangue está para o corpo humano: é o que dá a vida.
E leis como a Sarbanes-Oxley ajudam as organizações
a melhorar ainda mais as suas práticas empresariais
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Mais transparência
e segurança
Ética. Segurança. Transparência. Responsabilidade. Gerenciamento de risco. Essas são palavras de ordem nas organizações preocupadas com a perenidade de seus negócios.
Esses atributos são indispensáveis para atrair os investidores e podem ser traduzidos em duas palavras: governança
corporativa.
Revista Cargill - Como surgiu a SOX?
Francisco Macedo - A lei foi criada depois dos escândalos contábeis que atingiram importantes e respeitadas
companhias com a finalidade de proteger os investidores de possíveis fraudes. O principal objetivo é assegurar,
através de controles internos rígidos e eficientes, que as
demonstrações financeiras sejam mais precisas, completas e transparentes. Com a nova lei, a alta gestão das
empresas é responsável pelas informações contábeis e
responde criminalmente por possíveis fraudes.
Nesse sentido, a lei Sarbanes-Oxley (SOX) é uma forte aliada das empresas que buscam melhores práticas de governança. Criada em 2002 para as companhias listadas em
bolsas de valores americanas, a SOX é administrada pela
Securities and Exchange Commission (SEC), instituição
equivalente à brasileira Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), e prevê elaboração de rígidos controles internos,
confere transparência às demonstrações financeiras e exige
responsabilidade das corporações quanto à veracidade dos
números apresentados. Os resultados são mais proteção e
segurança para os investidores e, conseqüentemente, um
melhor desempenho na governança corporativa.
Revista Cargill - De que maneira a SOX contribui para
a segurança dos investidores?
Francisco - Através da exigência de que as empresas
mantenham adequados controles internos que assegurem que as operações sejam refletidas nas demonstrações financeiras. Estas, por sua vez, devem ser preparadas
de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Adicionalmente, uma forte estrutura de controles
internos proporciona melhores oportunidades para
detectar e evitar fraudes.
A Mosaic, empresa formada pela união entre a Cargill
Crop Nutrition e a IMC Global – empresa norte-americana
de fertilizantes –, tem ações negociadas na bolsa de valores dos Estados Unidos e adequou-se à SOX em 2006. A
experiência adquirida pela companhia no processo de implantação dos requisitos da lei comprova que a Sarbanes
é mais do que uma exigência legal. É uma ferramenta de
gerenciamento de riscos.
Revista Cargill - Qual o impacto da SOX para a auditoria externa?
Francisco - Os auditores tiveram seu nível de responsabilidade ampliado. Antes, eles emitiam uma única
opinião sobre as demonstrações financeiras. Hoje,
emitem três: uma sobre o processo implantado pela
administração da empresa para garantir que os controles internos sejam eficazes; outra sobre a operação dos
controles internos; e, por fim, opinam sobre as demonstrações financeiras em si. Os auditores têm seu trabalho
regulamentado pela entidade chamada Public Company
Accounting Oversight Board (PCAOB), que monitora
suas atividades a fim de proteger os interesses dos acionistas e assegurar o interesse público de que os relatórios
de auditoria sejam informativos, apropriados e preparados de forma independente.
Para falar sobre o impacto da nova lei no mercado e
da experiência da Mosaic no processo de adequação de
seus controles, a Revista Cargill conversou com Francisco
Macedo*, gerente executivo da PricewaterhouseCoopers e
consultor da Mosaic no projeto de implantação da SOX.
Há quatro anos, Francisco vem coordenando trabalhos de
auditoria e consultoria para certificação de controles internos, requerida pela Seção 404 da Lei Sarbanes-Oxley, em
empresas americanas e européias.
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Revista Cargill - Aumentou também a responsabilidade dos executivos?
Francisco - Sim. O artigo 404 da lei diz que os controles internos devem ser avaliados pela administração da
empresa. E isso tem um impacto enorme na governança
corporativa. Um forte código de ética e conduta é exigido pela SOX. Em termos práticos, podemos verificar o
engajamento do CEO e do CFO nas próprias demonstrações financeiras. Elas são publicadas anualmente e
devem ter a certificação de ambos. Nesse documento,
os executivos atestam que a estrutura de controles internos está adequada às operações da companhia. Eles
podem também dizer que há deficiências nos controles
internos e que ações corretivas estão sendo tomadas.
O importante é ter transparência. O investidor tem de
receber informações claras e precisas sobre a empresa,
para saber se é um bom negócio investir ou não.
Revista Cargill - Que benefícios a SOX traz para as
empresas?
Francisco - É uma boa ferramenta de gerenciamento de
risco e transmite as melhores práticas de governança
corporativa. As organizações que adaptam suas operações à lei passam por um processo de melhoria contínua. Estão sempre avaliando os controles já existentes
e criando outros, de acordo com os riscos gerados por
novas operações. Além disso, como os controles são
analisados periodicamente, é possível encontrar deficiências no processo com tempo hábil para consertá-las
sem prejudicar o negócio.
Revista Cargill - Como foi a implantação da SOX na
Mosaic no Brasil?
Francisco - O trabalho de adequação dos processos começou em maio de 2005 e levou 12 meses. A primeira fase
durou seis. Os controles considerados chave foram identificados e documentados. Além disso, desenhamos controles
adicionais para os processos que julgamos relevantes.
Depois, avaliamos os desenhos e verificamos se estavam
mitigando o risco associado. Na fase seguinte, testamos sua
operação e observamos se as pessoas responsáveis pelos
controles estavam executando as tarefas com consistência.
Revista Cargill - Há algum tipo de punição ao CEO e ao
CFO caso ocorra fraude na companhia?
Francisco - Sim. Eles podem pegar até 20 anos de prisão.
Essa é uma das leis federais mais severas nos Estados
Unidos. No caso da Enron, por exemplo, os executivos
afirmavam que não sabiam de nada. A SOX não abre
espaço para que isso se repita.
Revista Cargill - Foi um trabalho bastante sistematizado?
Francisco - Sim. A SOX pede isso. A divisão por fases e os
testes internos dão segurança para receber os auditores
externos e independentes que chegam à empresa para
também realizar os mesmos testes. No caso da Mosaic, a
KPMG foi o auditor externo e a PricewaterhouseCoopers
fez parte do time de auditores internos, ao lado dos profissionais da Mosaic. Para cada deficiência encontrada nos
controles internos, criamos planos de ação com prazos
definidos para sanar o problema.
Com a SOX,
a responsabilidade pela
segurança dos controles
internos é compartilhada
com todos os funcionários
da empresa
Revista Cargill - Quais aspectos foram determinantes
para que a Mosaic conseguisse ajustar seus controles
internos à lei?
Francisco - O apoio e o comprometimento da alta
administração, a cultura de colaboração que se instalou
na empresa e os profissionais extremamente capacitados envolvidos no projeto. Apesar de a SOX ser tratada
pela área financeira das organizações, é necessário que
os funcionários de todas as áreas estejam envolvidos. Foi
fundamental nesse contexto o processo de comunicação e treinamento. Outro aspecto importante é a questão do comportamento ético e do código de conduta
existentes na Mosaic. Ambos dão suporte à implantação
de leis tão rigorosas como a Sarbanes-Oxley. 
Revista Cargill - Quais as principais mudanças ocorridas nas organizações por conta da SOX?
Francisco - A principal mudança diz respeito à necessidade de transformar políticas em controles internos.
Isso exigiu uma adaptação significativa dos funcionários
e sistemas de informação.
Revista Cargill - Quais os principais desafios e obstáculos enfrentados pelas organizações na implantação
da SOX?
Francisco - Conversão das demonstrações financeiras
para o padrão americano de contabilidade e vulnerabilidade no acesso aos sistemas de tecnologia de informação. Existem diferentes perfis de acesso aos sistemas e é
difícil controlar e monitorar as mudanças realizadas.
* Colaboraram com a entrevista Eduardo Monteiro, controller, e José Eduardo
Bonjardim, supervisor de controle interno, ambos da Mosaic.
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Foto: Delfim Martins/Pulsar
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Um ano fértil
para o agronegócio
A agricultura brasileira inicia 2007 com boas notícias.
A produção de etanol, a recuperação do preço das
commodities e a renegociação de dívidas formam o tripé
que impulsiona o setor para um ciclo positivo
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W. Bush deu detalhes do plano energético para o país
durante um almoço num centro de pesquisas de combustíveis alternativos: ele defendeu a redução de 20%
do consumo de gasolina e anunciou que o consumo
de etanol de milho chegou a 18,9 bilhões de litros,
uma expansão de 300% em cinco anos. O aumento
da demanda por milho, aliado à baixa dos estoques
do grão nos Estados Unidos, promete transformar o
produto brasileiro em vedete e, claro, trazer dólares
para o caixa dos produtores.
sol volta a brilhar nos campos do
Brasil. Após três anos conturbados,
que não deixaram saudade para os
produtores, as expectativas para o
agronegócio em 2007 são positivas, embaladas pela
recuperação dos preços das commodities agrícolas no
mercado internacional.
As boas notícias não param por aí. No dia 23
de janeiro, o presidente dos Estados Unidos George
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Foto: Nellie Solitrenick
No cesto das novidades ainda estão a renegociação de R$ 20 bilhões de dívidas dos produtores brasileiros e a queda dos custos de produção, em parte graças
ao câmbio estável. A previsão é de Roberto Rodrigues,
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
no primeiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula
da Silva e atual presidente do Conselho Superior de
Agronegócio da Fiesp. “Quanto tempo irá durar este
período depende de uma série de fatores que já estão
na pauta da agenda econômica, como continuação da
queda dos juros e reforma tributária”, analisa.
Segundo Roberto Rodrigues, o momento traz
um alívio ansiosamente desejado durante o amargo
ano de 2006, com uma crise de rentabilidade provocada por preços baixos e insumos caros, que culminou
com a comercialização da maior parte dos produtos
com prejuízos. O problema já vinha desde 2003, com o
dólar em patamares que oscilavam na faixa de R$ 4,00.
No ano seguinte, preços caíram e a disparidade de custos altos com vendas baratas foi o início da explosão
da dívida do campo que continua até hoje. Somem-se
a isso a seca que atingiu o sul do país, a falência da logística de distribuição da produção e os novos focos de
febre aftosa. Entre o que se calculava receber e o que de
fato se faturou, ficou um buraco de R$ 30 bilhões.
Roberto Rodrigues: “Estamos entrando em um ciclo positivo muito desejado pelos
produtores brasileiros”
preços das commodities, especialmente milho, arroz,
soja e trigo.
No fim das contas, mesmo diante dos obstáculos,
o setor revelou seu potencial ao fechar o ano com recorde nas exportações, somando US$ 49,4 bilhões – aumento de 13,4% em relação ao ano anterior. Os dados do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelam também que os embarques de produtos agropecuários representaram 93% do saldo comercial do Brasil
em 2006, de US$ 46,077 bilhões. Da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) vieram os números que
confirmam o cenário favorável. A safra nacional de grãos
E, quando não havia mais esperança, os últimos meses de 2006 surpreenderam o mercado. Os
sinais da retomada chegaram antes do esperado, estimulados por um câmbio de cerca de R$ 2,20, pela
renegociação de parte da dívida e pelo aumento dos
Milho vira vedete
Foto: Arquivo Arco W
Os Estados Unidos já iniciaram a corrida para a
produção do etanol, biocombustível desenvolvido com
pioneirismo pelo Brasil. A diferença é que lá o etanol
vem principalmente do milho, enquanto no Brasil é
feito a partir da cana-de-açúcar.
Diante desse cenário, as expectativas para o milho
do Brasil não poderiam ser melhores. A relação estoque–consumo do milho nos Estados Unidos é a menor
desde a safra 1995-1996, com o estoque estimado hoje
em 23,76 milhões de toneladas, enquanto para o consumo e as exportações estão previstos 299,48 milhões
de toneladas.
Mas, como lembrou o presidente americano George
W. Bush no dia 23 de janeiro, quando anunciou detalhes
do plano energético para o país, há uma limitação para o
uso do milho na fabricação de biocombustível, devido à
produção de frango e suínos, que usa o grão como ração.
O aumento da demanda já fez explodir o preço do milho
nos últimos meses e puxou também o do frango.
Dessa maneira, o Brasil entra na linha de frente
dos países com potencial exportável de milho e o
grão promete ser a vedete da agricultura em 2007. O
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
estima 5 milhões de toneladas.
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do apoio à agroenergia com prioridade ao tema nas negociações internacionais. “Também precisamos reforçar
a busca por agregação de valor aos produtos brasileiros
e fortalecer as negociações comerciais internacionais,
inclusive investimento na formação de pessoal”, aponta. Muitos desses itens já estão na pauta do governo,
mas não entraram no Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), anunciado na segunda quinzena de
janeiro. “Nossa esperança é que isso aconteça com o
apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, conclui. 
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para o ciclo 2006-2007 deve ser de 121,5 milhões de toneladas, um crescimento de 1,59 milhão/toneladas, ou
1,3%, sobre a safra anterior. As culturas com maior destaque são a soja e o milho. A primeira deve alcançar 54,9
milhões de toneladas, 2,7% a mais que a safra anterior, e
a produção de milho está estimada em 44,7 milhões de
toneladas, 7,2% acima do mesmo período anterior.
“O Brasil está vivendo um bom momento na
sua história agrícola”, diz o otimista Roberto Rodrigues,
“com excelente tecnologia tropical desenvolvida no país,
quantidade de terra disponível e qualidade de recursos
humanos atuais.”
Império da carne
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A melhor tecnologia tropical
A recente recuperação dos preços de grãos nas bolsas do mundo deverá contribuir para que as exportações
nesse segmento continuem se expandindo. O Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já prevê taxa de
crescimento de 10% a 15% para este ano. As expectativas
para a próxima safra dos 11 principais produtos agrícolas
do país já chegam a 603,5 milhões de toneladas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Esse volume é 2,85% superior aos 586,7 milhões de
toneladas produzidos na última safra.
A crise de preços de 2006 atingiu em cheio a
pecuária brasileira. As cotações da arroba chegaram ao seu pior nível nos últimos 50 anos e, com o
aumento dos custos de produção acumulados nos
últimos três anos, a atividade apresentou significativa perda de rentabilidade. Os novos focos de febre
aftosa ajudaram a tornar o período ainda mais
crítico, pois vários mercados tomaram medidas sanitárias contra o produto brasileiro, com destaque
para a União Européia e Rússia.
Roberto Rodrigues observa que a produtividade
na pecuária está igualmente crescendo e a quantidade
de terras necessárias para a criação deve diminuir. As
mudanças da política econômica na primeira metade da
década de 1990, com a abertura do mercado brasileiro
e a estabilização monetária, também contribuíram para
formar um time de gestores capaz de tocar o negócio
sem contar com a bengala do sistema financeiro. “A administração do negócio no campo atualmente é feita de
forma extremamente profissional”, diz.
Mas confortável na posição de um dos maiores
produtores mundiais de carne do mundo, embalado pelos preços baixos, a abundância de terras
e com a superação da crise aftosa a passos largos,
também na pecuária o Brasil prepara-se para um
2007 com boas notícias.
A maioria dos países que haviam adotado
medidas sanitárias contra as exportações de carne
do Brasil está voltando atrás e o mercado deve se
estabilizar. Vale lembrar que a solução para um
problema tão antigo chega a ser até simples demais:
defesa sanitária mais eficaz, com rastreabilidade e
certificação. Portanto, os US$ 16,3 milhões destinados pelo Mercosul à implantação do projeto-piloto
do bloco de combate à febre aftosa nas áreas de
fronteira – previsto para ter início nos próximos
meses – são um passo real nesse sentido, pois se
trata de um primeiro esforço conjunto – e não é
segredo que a erradicação da aftosa só será possível
dessa forma.
Sim, as expectativas são boas, mas o caminho
para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil ainda
é árduo. Para fazer o país vencer no jogo internacional,
um pacote de medidas precisa ser avaliado pelo governo federal. Segundo Rodrigues, na lista de necessidades
urgentes estão: implementação do seguro rural com
ênfase na criação do fundo de catástrofe; ampliação dos
recursos para a defesa sanitária, com a complementação
da rastreabilidade e da certificação; política de fomento
e financiamento a cooperativas e associações de produtores para agregar valor a produtos exportados; desoneração fiscal de toda a cadeia; incentivo ao financiamento
privado de pesquisas na Embrapa; e, por fim, ampliação
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Desde julho de 2006, quando o programa foi lançado oficialmente, ações importantes estão sendo realizadas com o objetivo de estreitar o relacionamento com
esse público. “Por meio de uma metodologia específica
de levantamento de informações, queremos conhecer
cada um dos nossos clientes”, conta Valdir Bertolino,
gerente nacional de Originação.
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O produtor credita o prêmio à forte parceria
desenvolvida com a empresa. “Estamos há 12 anos no
mercado produzindo sementes de soja, algodão e milho.
E construímos um relacionamento com a Cargill baseado na ética e na transparência, características que temos
em comum”, diz Scheffer.
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Cargill trabalha, há cerca de dois anos, no
programa Futuro do Complexo Soja, cuja
meta é tornar a empresa a opção preferida de comercialização aos fornecedores
de grãos e oleaginosas de todo o Brasil. Nesse sentido, o
programa prevê uma série de ações estruturadas voltadas
para o relacionamento com o fornecedor, público que, na
Cargill, é chamado de cliente de originação.
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Para reconhecer os melhores clientes de originação, a Cargill elege, desde 2001, o Fornecedor do Ano. O
prêmio tem abrangência nacional e destaca o cliente de
originação que possuiu o maior volume de soja negociado ao longo do ano. Os critérios para a escolha incluem,
entre outros aspectos, fidelidade, responsabilidade
social e respeito pelo meio ambiente. Pela segunda vez
consecutiva, Erai Maggi Scheffer, fornecedor da Cargill
há cinco anos, foi eleito o Fornecedor do Ano.
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Fornecedor do Ano
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Para a Cargill, produtores
são considerados clientes
que contam com todo
o apoio da empresa,
incluindo premiação àquele
que foi destaque do ano
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Bons negócios
no campo
Segundo Van Vliet, os profissionais da Cargill conhecem bem a história de sua empresa e já realizaram
ações importantes para que os negócios prosperassem.
“Contratos em dólar, investimento no tratamento do
plantio, além de informações atualizadas sobre o mercado mundial de soja, são algumas das iniciativas da Cargill
que nos ajudaram muito a crescer e nos manter ligados
ao que acontece no segmento em que atuamos”, conta
Van Vliet, que fornece o maior volume de sua produção
à Cargill.
Segundo ele, o foco desse trabalho é entender as
necessidades do cliente, acompanhar de perto sua trajetória
e oferecer soluções inovadoras, além de serviços diferenciados. Joanes Hermanus Van Vliet, um dos sócios da empresa
Irmãos Van Vliet, localizada em Goiás, conta que um dos
pontos fortes da Cargill está no empenho da companhia em
construir um relacionamento de confiança. “Somos parceiros da Cargill no fornecimento da soja há mais de 20 anos.
Ao longo desse tempo a empresa acompanhou de perto o
nosso crescimento e sempre ofereceu soluções sob medida
para os problemas que tínhamos de enfrentar”, lembra.
Em contrapartida ao investimento feito em pesquisas, o produtor lembra do esforço comercial que a
Cargill desenvolve na melhoria da alternativas na área
de logística em Mato Grosso – estado em que ficam
seus negócios. “A empresa tem dado muita atenção à
região, principalmente no que diz respeito ao terminal
portuário em Santarém (PA), que é a porta de saída
alternativa para a produção local, pelo norte do país”,
afirma Scheffer, que conta hoje com 2 mil funcionários
em suas propriedades. 
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Foto: Delfim Martins/Pulsar Imagens
Segundo ele, o diferencial de sua empresa está no
trabalho realizado na área de pesquisas, o que garante
um alto nível de produtividade. O foco dos estudos está
nas doenças da soja, na fertilidade e na melhor variedade
do produto. “Com esse trabalho conquistamos a confiança da Cargill”, diz.
Hospital do Câncer na
cidade de Rio Verde (GO)
recebe investimento
para construção de
sala cirúrgica
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itocentos mil habitantes em 50 municípios. Esse é o número de pessoas
que poderão ser beneficiadas com a
implantação da nova sala cirúrgica do
Hospital do Câncer de Rio Verde, em Goiás. O projeto,
coordenado pela Fundação Cargill, por meio de recursos
financeiros doados pela Unidade de Negócio Complexo Soja, pela Mosaic e pela Cargill Foundation – um
exemplo de que ações sociais conjuntas entre empresas,
instituições do terceiro setor e órgãos do governo podem aumentar a abrangência da iniciativa, beneficiando,
inclusive, comunidades mais distantes.
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Hospital de Rio Verde: parcerias entre instituições, empresa e governo para melhorar o atendimento aos pacientes de câncer
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União
pela saúde
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Goiânia. São quatro horas para ir e quatro para voltar de
ônibus, o que pode se tornar uma viagem extremamente
desgastante para os pacientes.
“Com a nova sala cirúrgica, evitaremos esse tipo
de situação, o que é extremamente positivo para os moradores da região, que há tempos precisavam dessa estrutura perto de sua cidade. Além disso, irão contar com
o que há de mais moderno em tratamento oncológico”,
diz Geraldo Ribeiro de Carvalho, presidente do hospital.
De acordo com Geraldo, o câncer traz um estigma de
grande sofrimento ao paciente e seus familiares. Realizar
o tratamento longe dos parentes pode comprometer
os resultados e piorar a qualidade de vida do paciente.
“Por isso, o benefício para a comunidade de Rio Verde e
região é enorme”, afirma Paulo César de Carvalho Teles,
vice-presidente do hospital.
O Hospital do Câncer de Rio Verde, inaugurado
em 1994, é um dos poucos existentes na região sudoeste
do estado especializados no tratamento da doença. E,
como a instituição era carente de sala cirúrgica e alguns
tratamentos, como a radioterapia, muitos pacientes
tinham de se deslocar para outros hospitais. O mais
próximo deles fica a 220 quilômetros de distância, em
A nova sala cirúrgica possibilitará a realização
de procedimentos mais complexos na unidade, como
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Fotos: Cairo Fagundes
cirurgias de câncer de colo de útero e mastectomia, e
casos mais graves de cirurgia de pele. “Esperamos iniciar
ainda o tratamento cirúrgico do câncer de próstata e do
aparelho digestivo. Também prevemos a realização de
três cirurgias maiores por dia e outras de pequeno porte,
conforme demanda exigida atualmente”, explica o vicepresidente do hospital.
Ultra-sonografia, mamografia e radiologia são
alguns dos serviços já prestados hoje. O hospital realiza
campanhas freqüentes de informação à comunidade para
a prevenção de câncer de colo de útero, mama, próstata e
pele e recentemente inaugurou o serviço de quimioterapia em parceria com uma empresa de Goiânia.
Doação de equipamentos e construção
de nova sala (foto acima) levam mais
qualidade ao tratamento de pacientes
com câncer na região de Rio Verde
Dedicação e comprometimento
muito séria, que se mobiliza freqüentemente”, diz Denise
Cantarelli. Além disso, a Cargill tem forte ligação com Rio
Verde. Investimentos importantes foram feitos no local
pela empresa, como sua mais nova fábrica de processamento de soja, inaugurada em maio de 2004. “O sudoeste
goiano é um local estratégico. Há um significativo desenvolvimento do agronegócio, principalmente no segmento
de grãos”, conta Ingo Kalder, gerente Comercial de Fábricas e Mercado Interno.
O projeto consistiu na construção e montagem
da sala, incluindo toda a infra-estrutura, mobiliário hospitalar, equipamentos e a casa das máquinas, que dará
suporte para o bom funcionamento do local. “Montar
uma sala cirúrgica foi algo que nunca fizemos e envolveu
vários detalhes que não imaginávamos. Houve muita dedicação e comprometimento”, conta Denise Cantarelli,
gerente da Fundação Cargill.
Rogério Noce, diretor Industrial da Mosaic, afirma
que um dos princípios básicos da companhia – resultado
da união entre a Cargill Crop Nutrition e a IMC Global,
empresa norte-americana de fertilizantes – é trabalhar
para a melhora da qualidade de vida das regiões em que
atua. A Mosaic também possui uma unidade industrial
no município, inaugurada em 2005. “Essa iniciativa vem
ao encontro dos nossos objetivos, uma forma de demonstrar nosso compromisso para com a comunidade
de Rio Verde”, finaliza. 
Com investimento total de R$ 500 mil, a obra foi
realizada em parceria com o hospital, mantido por uma
entidade sem fins lucrativos, e a Prefeitura de Rio Verde,
responsável por garantir mão-de-obra especializada. Segundo Denise, não seria possível realizar um projeto como
esse sem as parcerias. “Nós convidamos a sociedade a participar e, com isso, vamos conseguir ajudar muita gente”,
pondera. O projeto contou com o apoio de voluntários e
teve também a colaboração da Transportadora Expresso
Araçatuba, que cedeu o frete de todos os equipamentos
para Rio Verde, além do seguro desses equipamentos.
Hospital mais que comunitário
Afora a montagem completa da sala cirúrgica, de
32 metros quadrados, o projeto ainda vai oferecer treinamento aos profissionais do hospital. “Não adianta construir
e entregar equipamentos, se as pessoas não souberem
utilizá-los. Para alguns será uma reciclagem, para outros,
novidade, pois são equipamentos modernos, de primeira
linha”, conta a gerente. O projeto foi assinado em setembro
de 2006, as obras começaram em outubro e a inauguração
está prevista para o primeiro semestre deste ano.
O Hospital do Câncer de Rio Verde surgiu da iniciativa de um casal que perdeu a filha em um acidente automobilístico. Foram anos de luta com o auxílio
constante da comunidade para arrecadar fundos.
Houve também colaborações da Prefeitura e do estado. “O grande pedreiro nessa obra sempre foi a população rio-verdense. Hoje, 15% do projeto inicial do
hospital está pronto. Temos em torno de 2 mil metros
quadrados de área construída, contando com a nova
sala”, afirma o vice-presidente do hospital.
Uma das razões para a empresa ter escolhido investir na sala cirúrgica, em Rio Verde, foi a necessidade e
a idoneidade do hospital. “Trata-se de uma instituição
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Páscoa:
sabor de sucesso
A produção de chocolate aumentou 4,6%
no Brasil no último ano, uma aceleração
positiva para os fabricantes da guloseima
e fornecedores de insumos
A
pesar do cunho religioso, é impossível falar de Páscoa sem pensar em
chocolate. E a tradição de presentear as pessoas com essa deliciosa
guloseima movimenta um importante segmento de mercado que dá
início aos preparativos para a ocasião em setembro do ano anterior,
ou seja, sete meses antes da data.
Chocolate é quase uma unanimidade: agrada à maioria dos paladares e dá aquela
boa sensação de prazer. Tanto é verdade que as recentes pesquisas apontam o crescimento
do consumo do produto. De 2005 a 2006 as empresas brasileiras comemoraram aumento
de 4,6% na produção de chocolate, e o consumo cresceu 8,4%. “Durante a Páscoa do ano
passado a produção do chocolate subiu 13%, com a fabricação de 10,9 mil toneladas de
ovos”, comemora Getulio Ursulino Netto, presidente da Associação Brasileira da Indústria
de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).
Quando o assunto é previsão de consumo para o mesmo período em 2007, Getulio
arrisca um palpite. “Observando o comportamento do mercado nos anos anteriores, estima-se que o crescimento na produção de chocolate para a próxima Páscoa será da ordem
de 5% a 7%”, analisa.
Fotos: Arquivo Arco W
Cacau e produções caseiras
A data, porém, movimenta não apenas a grande indústria de alimentos, como
também o produtor caseiro e todas as empresas que estão relacionadas com venda de
insumos, como é o caso da Cargill. “Percebemos um crescimento significativo nesse
mercado e, com isso, a Cargill também amplia sua produção, principalmente nos meses de setembro a dezembro, pois fornece manteiga de cacau e liquor para as maiores
indústrias de chocolate do Brasil”, afirma Eliana Ianez, gerente Comercial da Unidade
12
Fotos: Arquivo Cargill
de Negócio de Cacau. Os dois ingredientes são utilizados na fabricação de chocolates e coberturas em barras
ou tabletes.
indústrias. “Elas mantêm segredo sobre seus produtos,
só anunciam as novidades bem próximo à data. Isso tem
uma explicação: o mercado de chocolate é aquecido e
muito competitivo. A concorrência é grande, e os consumidores estão cada vez mais exigentes e em busca de
novidades”, conta Eliana. 
A Cargill se encarrega do abastecimento. As
novidades para a Páscoa ficam por conta das grandes
Azeite também participa da festa
Além das boas notícias para o chocolate e seus
insumos, a Páscoa também movimenta o mercado
de azeite. Para se ter uma idéia, os meses de março
e abril representam 20% do volume total de vendas no ano. Muito utilizado em pratos preparados
com peixe, alimento mais consumido por ocasião
da comemoração, o azeite é presença garantida na
maioria dos lares brasileiros nessa época do ano.
Atenta a essa demanda, a Cargill,
que comercializa e distribui o azeite Gallo
desde 2003, investe em ações promocionais nesses períodos. Para a próxima
Páscoa, Gallo terá novidades no pontode-venda, incentivo à equipe de vendedores e mídia televisiva confirmada
para a data. O filme do azeite criado
pela agência TBWA, que começou a ser
veiculado em outubro de 2006, continuará
sendo exibido até a Páscoa. A propaganda retrata o jantar de um casal, ocasião
em que o marido descobre que será pai.
Além disso, uma ação especial está sendo
desenvolvida para a venda do azeite Gallo
Novo – safra 06-07, lançado em dezembro
de 2006.
Em 2006 o mercado de azeite cresceu 4% na
Páscoa, o que significa um aumento de produção de 22.674 toneladas para 23.581 toneladas.
“A expectativa para a data em 2007 é de que a
expansão seja semelhante ao do mesmo período do ano anterior”, diz Eliza Estrada, gerente
de Grupo de Produtos da Unidade de Negócio
Cargill Foods.
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Biocombustíveis
levantam questões
importantes
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Foto: Arquivo Cargill
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Dave Raisbeck*
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setor de biocombustíveis vai de vento em popa. Nos
últimos cinco anos, a produção dobrou ao redor do
mundo. Apenas nos Estados Unidos existem mais de 100
usinas de etanol em atividade, outras 42 em construção,
e entre 50 e 60 em fase de planejamento. Projeções indicam que até 2010
o país terá uma produção de etanol 50% acima da atual.
D
A Cargill faz parte desse movimento, com investimentos de
US$ 1 bilhão em diferentes partes do mundo. Contudo, seus líderes manifestaram em público certa cautela com relação à expansão da produção
de biocombustíveis – que é o uso de produtos agrícolas como combustível, e não como alimento.
“Deveríamos
usar nossa
safra agrícola
para produzir
combustíveis, em
vez de alimentar
o mundo?”
Estamos confusos? Estamos em contradição? Não, eu diria que estamos levantando algumas questões que precisam ser respondidas. Estamos
tentando estruturar uma discussão séria que deveria ocorrer em âmbito
global. São perguntas difíceis, mas se o mundo deixar de fazê-las – ou, até
pior, deixá-las sem respostas – poderemos enfrentar conseqüências inesperadas e difíceis.
As perguntas não tem sido feitas porque a aprovação dos biocombustíveis é praticamente unânime. O atual Congresso dos Estados
Unidos pôs em pauta mais de 290 projetos de lei versando sobre eficiência
energética e fontes renováveis de energia. Sob a ótica política, o etanol
é muito bem-visto. É uma questão emocional. É ecologicamente correta.
É até patriótica. Parece ser uma resposta fácil para reduzir a dependência
do petróleo estrangeiro. Mas será que estamos analisando todas as implicações a longo prazo?
Gostaria de deixar claro que a Cargill é um grande produtor de biocombustíveis. Nos Estados Unidos somos o quarto maior produtor. Estamos construindo usinas de etanol nos Estados Unidos e usinas de biodiesel
nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil temos uma joint venture para a
produção de etanol. Comercializamos em escala global os combustíveis e
as rações animais produzidas nessas unidades. Também prestamos serviços para outros produtores de etanol.
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A Cargill atuará de maneira ampla no mercado de
biocombustíveis. Temos que integrar a cadeia de produção e atender nossos clientes. Muitas de nossas competências tradicionais – em transportes, comercialização,
gestão de riscos, produção industrial e commodities
– são facilmente aplicáveis ao setor de biocombustíveis.
Quando os governos impõem leis, os mercados
são distorcidos. A Cargill acredita que o desenvolvimento de biocombustíveis deve ser baseado em
critérios econômicos e regido pelas leis de mercado.
Fontes de combustível competitivas deverão prevalecer sobre o favoritismo trazido pelos subsídios
governamentais.
Acreditamos que os biocombustíveis devem integrar o abastecimento de combustíveis. Mas podem ser
apenas parte desse abastecimento. Atualmente, etanol
supre somente 3% das necessidades energéticas dos
Estados Unidos, consumindo cerca de 13% da safra de
milho. Uma lei de Minnesota, estado que sedia a Cargill,
determina que 20% do abastecimento de combustível
seja feito em etanol ou biodiesel. Se todos os 50 estados
norte-americanos tivessem essa exigência, e se fosse usado apenas etanol produzido naquele país, toda a safra de
milho seria consumida para a produção de combustível.
Não há como não se sentir otimista com a produção de combustível a partir de nossos próprios produtos
agrícolas, ao invés de depender de petróleo estrangeiro.
Contudo, leis que determinam que esses produtos agrícolas sejam utilizados para combustível podem ter efeitos futuros. Com o tempo, os mercados resolverão essa
questão. A dúvida é quanto de distorção acontecerá e
quanto isso prejudicará outros grupos.
Biocombustíveis são um negócio crescente para a
Cargill. Temos muita satisfação em liderar esse mercado.
Contudo, estamos adentrando o mercado de biocombustíveis com nossos olhos abertos. 
É importante que consideremos as conseqüências da expansão da produção de biocombustíveis.
Deveríamos usar nossa safra agrícola para produzir combustíveis, em vez de alimentar o mundo? Em que grau
podemos ampliar a produção de milho, e qual seria seu
efeito sobre as outras culturas?
*Dave Raisbeck é vice-presidente do Conselho Administrativo da Cargill.
A seção “Directions” traz artigos escritos pela Equipe
de Liderança Mundial da Cargill e são dirigidos aos
funcionários da companhia em todo o mundo. Esta seção
é publicada bimestralmente na revista Cargill News
International, com distribuição para todas as unidades da
empresa nos diversos países em que atua.
Embora os biocombustíveis sejam unanimidade
atualmente, precisamos entender as possíveis conseqüências das políticas públicas e das escolhas feitas pelos empresários. Com maior volume de milho voltado à produção de
combustíveis, outros de seus usos mais tradicionais sofreriam. Os preços dos alimentos poderiam subir. E essa questão pode-se tornar ainda mais complexa, se considerarmos
que até meados desse século precisaremos do dobro dos
alimentos produzidos atualmente.
É totalmente possível que as mudanças trazidas
pelos biocombustíveis nos mercados de alimentos sejam muito mais significativas que seus efeitos no setor
de combustíveis utilizados pelos veículos.
Na Europa já estamos vendo o surgimento de um
conflito entre energia e alimentos. A União Européia estabeleceu a meta de ter combustíveis renováveis representando
5,7% de seu abastecimento de combustível até 2010. Isso
já provocou uma mudança nas plantações européias, com
grandes áreas dedicadas à colza, principal matéria-prima
para o biodiesel. Há indícios de que a União Européia
possa rever essa meta, devido a dúvidas com relação
ao aumento nos preços dos alimentos e à capacidade
do governo de subsidiar combustíveis renováveis.
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Ilustração: GettyImages
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Valorizar
diferenças: estímulo à
inovação e ao sucesso
Margaret Studer*
A
Cargill cresceu, a partir de um único
silo graneleiro na região central dos
Estados Unidos, para tornar-se uma
fornecedora internacional de produtos e serviços alimentícios, agrícolas e de gestão de risco.
A sua história nos ajuda a compreender como é importante ter uma visão que comunique claramente aquilo
que fazemos: alimentar idéias e alimentar pessoas.
capacidade de valorizar diferenças – não apenas ao redor do mundo, mas na nossa cidade, no nosso local de
trabalho, na mesa ao lado. Porque, mesmo em unidades como as localizadas em São Paulo, no Brasil, ou de
Xangai, na China, nossos funcionários são únicos, assim
como os fornecedores que contratamos, os clientes
que atendemos e as comunidades que enriquecemos.
A mudança começa por você
Também passamos a entender a importância de
valorizar as diferenças. Elas ampliam nossa experiência,
reforçam nossa competitividade, estimulam soluções
para os clientes e promovem a inovação. Funcionários
que estão preparados para as demandas sociais, culturais e técnicas do mundo globalizado são melhores cidadãos das comunidades locais, nacionais e internacionais
nas quais vivemos. Na Cargill, procuramos criar um ambiente que valoriza as diferenças individuais em nossos
funcionários, fornecedores e comunidades.
Valorizar as diferenças começa em cada um de nós
quando abraçamos as várias maneiras de pensar, sentir,
expressar, viver e ser. Aqueles dispostos a desafiar o status
quo e encorajar os outros a expressar seus pontos de vista
criam uma cultura que promove a livre troca de idéias e
estimula todos a assumir riscos e oportunidades. O sucesso
de nosso negócio exige habilidades e talentos colaborativos
de todos os nossos funcionários. Isso significa criar, ao redor
do mundo, ambientes de trabalho nos quais se promova a
individualidade de todos os nossos funcionários.
Nossa empresa conta, atualmente, com mais de
149 mil funcionários, que vivem e trabalham em mais de
63 países e falam mais de 30 idiomas. Nessa diversidade
– nas forças, habilidades e experiências individuais de
cada pessoa – reside um poder surpreendente. É o poder de muitos! Cada um de nós tem sua própria história
especial, com suas vitórias e derrotas. Somos motivados
por algo diferente. E isso contribui para resolvermos os
problemas e desenvolvermos melhor nosso raciocínio.
Entender como somos diferentes é o primeiro passo. O
segundo é saber fazer disso uma vantagem competitiva.
Valorizar diferenças significa criar um ambiente
em que as idéias e opiniões díspares não nos dividem, mas
nos unificam para alcançar o melhor desempenho, além
de gerar uma experiência de trabalho mais interessante.
E tudo isso começa com você, e, na Cargill, essa
valorização significa sucesso nos negócios. Isso vale hoje
e valerá ainda mais amanhã. Quando, verdadeiramente,
valorizamos as diferenças e promovemos a diversidade
de nossas experiências, perspectivas e pontos de vista,
estimulamos a inovação e promovemos o sucesso permanente da Cargill. 
O futuro é brilhante e o nosso crescimento depende de nossa permanente disposição em trabalhar
em equipe – de forma global. Isso começa com nossa
*Margaret Studer é vice-presidente de Diversidade Global.
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odos pela Educação. A
Fundação Cargill amplia sua
ação em favor da qualidade
da educação no Brasil, por meio da
integração ao movimento Todos pela
Educação, que reúne empresas, instituições e poder público. A Fundação
Cargill irá participar com ações que
auxiliem o principal objetivo do movimento: garantir educação pública
de qualidade às crianças e aos jovens
de todas as regiões do país. As cinco
metas propostas pelo movimento
são: toda criança e jovem de 4 a 17
anos estará na escola; toda criança de
8 anos saberá ler e escrever; todo aluno aprenderá o que é apropriado para
sua série; todos os alunos vão concluir
o ensino fundamental e o médio; e o
investimento na educação básica será
garantido e bem gerido.
A
ção reconhecida. Em novembro, a Cargill foi reconhecida pelo Instituto
Ronald McDonald, entre os oito maiores fornecedores contribuidores,
pela doação de farinha, gordura vegetal, xaropes e coberturas para
o McDia Feliz 2006. A Cargill, representada por Rubens Pereira e Luiz Góes,
recebeu um troféu das mãos de Sérgio Alonso, presidente do McDonald’s Brasil.
Foram também homenageadas entidades beneficiadas com as doações do Instituto em 2006.
P
rêmio Bramex 2006. A Cargill participou, em novembro, do Prêmio Ambiental
Brasil–México, apresentando um trabalho que reúne as Unidades de Três Lagoas
(MS), Rio Verde (GO), Barreiras (BA), Ilhéus (BA), Mairinque (SP), Ponta Grossa
(PR), Guarujá (SP), Uberlândia (MG) e Itumbiara (GO). A empresa obteve a pontuação
máxima e recebeu um certificado com o prêmio de ganhador da categoria. O reconhecimento só foi possível graças ao comprometimento e dedicação dos funcionários com as
atividades que estão sendo desenvolvidas pela empresa na área de meio ambiente.
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argillPrev com novo portal.
No primeiro semestre, a
Sociedade de Previdência
Complementar da Cargill terá seu
novo portal na internet. Destinado a
todos os participantes (funcionários e
aposentados), o portal terá como objetivos facilitar o acesso a informações
sobre a entidade e melhorar a comunicação com seu público. Além disso, os
participantes contribuintes poderão
acompanhar seus investimentos, verificar os retornos e repiques, conferir
extrato e realizar simulações em um espaço restrito, mediante uso de senha.
E
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apacitação na Fundação
Cargill. Até o mês de abril
será realizada mais uma etapa da capacitação dos educadores dos
programas “de grão em grão”, voltado
ao incentivo à segurança alimentar e à
agricultura familiar, e “Fura-Bolo”, de
apoio ao ensino fundamental e voltado
à literatura infantil e resgate da cultura
popular. Este ano, a capacitação terá
duas novidades: a inclusão da cidade de
Tatuí (SP) no programa “Fura-Bolo” e a
união das merendeiras e dos professores
em uma única capacitação do programa
“de grão em grão”. Na capacitação, realizada anualmente, professores, merendeiras, diretores das escolas, coordenadores
pedagógicos e participantes da Secretaria
de Educação recebem treinamentos para
obter um melhor aproveitamento do
material pedagógico utilizado nos programas da Fundação.
Q
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m nossas próprias palavras. A Cargill
produziu um DVD intitulado Em nossas
próprias palavras, gravado em diferentes
instalações da empresa ao redor do mundo. O
DVD traz comentários feitos por funcionários
sobre confiança, liberdade e compromisso. Gravado na língua nativa de cada funcionário, com
duração de 12 minutos, vem com legendas em
13 idiomas. Esse DVD foi encartado na revista da
Cargill, Cargill News, editada mundialmente.
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esquisa de avaliação. Em
sua quarta edição, a Revista
Cargill quer ouvir seus leitores e saber a sua opinião a respeito
da nova publicação. Funcionários,
clientes, fornecedores, poderes constituídos, entidades de classe e mídia
terão acesso a um questionário de
avaliação que poderá ser respondido
até o dia 19 de março. Em algumas
unidades da Cargill a pesquisa será
aplicada por amostragem. Sua contribuição será muito importante.
Participe.
Unidos a reiniciar a exportação de carne para
o Japão, após o surto da vaca louca, ocorrido
no fim de 2003. As fábricas passaram por inspeção de uma equipe japonesa, que liberou o
embarque. A primeira remessa de carne aportou no Japão no segundo semestre de 2006.
C
liente satisfeito. Em novembro, representantes da Cargill e do McDonald’s
no Brasil e na Europa se reuniram na sede da Cargill em São Paulo (SP) e,
também, na Unidades de Sinop (MT), Santarém (PA), Paranaguá (PR), Porto
Velho (RO) e Itapiranga (SC) para conhecer melhor a origem do produto que é exportado
para a rede McDonald’s na Europa. Os visitantes ficaram satisfeitos com as instalações e
procedimentos de gestão, tendo inclusive elogiado o padrão de organização e limpeza, e
com o cumprimento das leis vigentes para fábricas. O encontro foi positivo e nossos clientes se certificaram da qualidade e conservação do produto que é enviado a eles.
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Cargill nos Estados Unidos, no Brasil denominados Garantia Plus, já ultrapassam
US$ 100 milhões em benefícios. O programa, iniciado em 1999, funciona como um
seguro para os agricultores, garantindo
um valor mínimo para o lote do produto
e, caso haja aumento de preço, é repassado
ao fazendeiro um valor médio de mercado.
Essa ferramenta dá sustentabilidade ao
produtor, que fica imune às baixas de preço
das commodities e pode beneficiar-se dos
ganhos no aumento do preço.
 A LNB International Feed B.V, empresa
de nutrição animal, está prestes a fazer
parte da Cargill. O processo de compra
está em andamento e a aquisição deve ser
encerrada no fim de fevereiro. A LNB irá
complementar o negócio de rações para
animais e será responsável pela produção
de concentrados e alimentos prontos. Com
a empresa, a atual rede de fornecimento da
Cargill atingirá novos mercados estratégicos
e importantes. O principal foco de negócio
da LNB é a produção do premix, um suplemento mineral e vitamínico que os fazendeiros e produtores de alimentos utilizam
para enriquecer rações já prontas. Esta será
a segunda maior empresa de nutrição animal adquirida pela Cargill. A primeira foi a
Agribrands, em 2001.
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 Os contratos ProPricing oferecidos pela
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chinesa Shandong Huanghelong Group, a
Cargill passou a deter 100% do negócio de
goma xantana na China. O produto atua
como texturizante na indústria farmacêutica e de alimentos, entre outros segmentos.
Com isso, é agora proprietária da Zibo
Cargill Huanguelong Bioengineering (ZCHB),
uma das fábricas mais modernas de goma
xantana. Essa transação é parte da estratégia
da Cargill para tornar-se uma das principais
produtoras da substância no mundo.
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 Depois de comprar as ações da empresa
ovo posicionamento. Desde julho a equipe de Vendas da Mosaic alinhou suas estratégias à missão da empresa: “Criar valor diferenciado
aos clientes”. Por meio do programa “Se vira nos 30”, a área comercial
passou a segmentar seus clientes, posicionando-os por ordem de importância
e definindo objetivos a serem atingidos, sempre baseados nas necessidades de
cada um deles. A equipe, que recebeu treinamentos específicos, evoluiu de um
processo de venda transacional para um processo de venda consultiva, de relacionamento. O programa é baseado em três pilares – foco no/do cliente, pensamento estratégico e atitude – e tem por objetivo estabelecer com os clientes um
relacionamento de longo prazo e de fidelidade, reforçando o reconhecimento da
Mosaic como especialista em fertilizantes na nutrição de diferentes culturas.
erenda premiada. A gestão da merenda escolar das oito escolas
municipais de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, que fazem
parte do programa “de grão em grão” da Fundação Cargill recebeu,
em novembro, o Prêmio Gestor Eficiente da Merenda, concedido pela ONG
Apoio Fome Zero, na categoria Desempenho Financeiro. O programa, que implementa hortas escolares para a produção de legumes e verduras, colaborou
para a Prefeitura Municipal reduzir o custo da merenda, oferecida diariamente
a 1.800 crianças.
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 A Cargill é a primeira empresa dos Estados
Foto: Arquivo Cargill
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róxima do consumidor. A Unidade de Negócios Cargill Nutrição Animal
- Purina conta agora com um serviço específico para responder às dúvidas,
reclamações e sugestões de seus clientes. É o novo SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor. Esse canal exclusivo e reservado é responsável por passar
rapidamente informações sobre produtos, serviços e programas da Cargill Nutrição
Animal - Purina. O SAC agrega valor e
profissionalismo aos produtos e serviços
da empresa. O número de contato é 0800
7041241 e começa a ser divulgado em todas as embalagens de produtos Purina.
Talentos reconhecidos
“
Trabalhar como trainee valeu como um amplo aprendizado.
A primeira lição aprendida foi que
flexibilidade é essencial na Cargill.
Comecei na área comercial na Unidade de Negócios de Citrus. Passei
um mês em treinamento e em contato com todos os setores. Alguns
meses depois, a Unidade foi vendida
e passei para a Unidade de Negócios
de Açúcar. Após um ano e quatro
meses fui transferido para Genebra,
na Suíça. Estou passando por um
período de desenvolvimento para apoiar a área de Açúcar,
que está se expandindo no Brasil. Atualmente trabalho como
coordenador de mercado de futuros. Enfim, em pouco mais
de dois anos, passei por várias funções em que tive apoio de
uma excelente equipe de profissionais e oportunidades para
mostrar meu trabalho. Aprendi que a Cargill é uma empresa
em que as coisas acontecem, basta querer.
O processo seletivo
consiste em cinco etapas: triagem de currículos de acordo
com os requisitos do Programa,
testes on-line e presenciais, dinâmica de grupo e entrevista com
os gestores. Após as avaliações,
os aprovados são recebidos
em um programa estruturado para que
possam assumir, no
futuro, posições de destaque na empresa. Durante
18 meses, os jovens talentos têm a oportunidade de
conhecer os negócios e estratégias da empresa, os mercados em que atua, os desafios, objetivos, produtos e
tecnologia.
A coordenação e o acompanhamento do Programa são feitos pela área de RH, em acordo com tutores e líderes das diversas Unidades de Negócio. Para
2007, foram selecionados dez jovens, que enfrentaram
um processo de seleção acirrado com mais de 12 mil
inscrições.
Estou feliz com minha carreira. Trabalho em uma
grande organização, com a qual me identifico com valores e comportamento. Tenho aprendido e amadurecido
muito. As oportunidades realmente existem. Planejo
voltar para o Brasil no final do primeiro semestre de
2007 para participar de um grande momento de expansão e desenvolvimento de negócios. Essa é a vantagem
de trabalhar em uma empresa estruturada e diversificada como a Cargill. 
Gabriel Carvalho, 26 anos, entrou na Cargill como
trainee em janeiro de 2004 e vem construindo uma carreira de crescimento na empresa. Ele conta como foi sua
experiência.
”
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A parte mais difícil do Programa foi o início, pois,
entre milhares de candidatos, os avaliadores poderiam
não perceber o quanto eu estava disposto a trabalhar
na empresa. A possibilidade de não dar certo me assustava. Entretanto, o processo foi muito válido, pois tive a
oportunidade de conversar com todos os diretores das
Unidades de Negócios antes mesmo de ser selecionado.
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Programa de Trainees da Cargill, nos últimos quatro anos, contratou cerca de 50
profissionais, que antes mesmo de ingressar na empresa enfrentam o primeiro desafio, o processo de seleção. “Buscamos candidatos que
tenham perfil proativo e inovador frente aos desafios,
foco em resultados e com habilidade para trabalhar em
equipe”, conta Rosely Saca, analista de Recursos Humanos, responsável pelo processo
seletivo de trainees da Cargill.
Gabriel Carvalho
Enquanto cursava Administração de Empresas,
fiz dois estágios remunerados e passei por experiências
diferentes. Minha vontade sempre foi atuar na área de
agronegócio e a empresa com a qual mais me identifiquei
foi a Cargill. E tive a sorte de ser selecionado. Também participei de outros processos. Cheguei a ser selecionado em
um deles, mas não tive dúvida ao ser aprovado na Cargill
de que essa seria a minha melhor opção.
P
Há 20 anos a Cargill abre as
portas para os trainees.
Um deles compartilha sua
experiência no Programa
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Edição nº4