REVISTACARGILL Saborosos e saudáveis Consumidores estão mais atentos à qualidade de vida e buscam produtos com menos gordura e sódio. O debate sobre saudabilidade já chegou às empresas ANO 31 - OUT. NOV. 2011 29 Pela saúde das pessoas e do planeta 3 r entrevista 4 s u m O desafio de alimentar o mundo á i o mensagem No caminho da saudabilidade visão global O aquecido mercado de atomatados Notícias Cargill destaques Parceria para preservação da Amazônia responsabilidade social 10 12 15 Revista Cargill é uma publicação bimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos clientes, fornecedores e funcionários da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Ana Lúcia Caiasso (MTB: 27.583) – Comitê Editorial: Ana Lúcia Caiasso, Andrea Fioravante, Anyelle Rocha, Cintia Bernardes, César Neres, Cristiane Bordinhon, Cristine Chui, Débora Sesti, Francisco Gomes, Gerson Beraldo, Neusa Duarte, Rodrigo Campos, Sônia Matangrano e Vagner Rodrigues – Colaboração: Carolina Cardoso – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Quintal 22 – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem: Raquel Casselli e Renata Nogueira – Foto Capa: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas. • A Revista Cargill adota o novo acordo ortográfico da língua portuguesa. A N O 3 1 - N º - 2 9 O U T . / N O V . 2 0 1 1 consumo 6 Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220. P Boa leitura! Foto: Sergio Zacchi t n e d i s e m e n s a g e m Marcelo Martins Presidente d o Esses e outros temas, como o aquecimento no mercado de molhos de tomates e a maior campanha nacional de vendas da Cargill, além de outras novidades da empresa, vocês lerão nas próximas páginas. r Outro ponto importante para nós, da Cargill – e trazido para esta edição da Revista –, é a questão da responsabilidade ambiental. Neste ano, ampliamos nossa parceria com a The Nature Conservancy (TNC), organização internacional de conservação ambiental, para atuar na proteção do bioma amazônico, sem suspender o desenvolvimento da economia. Essa parceria promove o projeto Soja Sustentável, no Pará, e contribui para a conscientização de produtores. p A Cargill vem trabalhando nesse caminho da saudabilidade há alguns anos. Promover alimentação cada vez mais saudável está entre nossos objetivos. Por isso, buscamos sempre desenvolver soluções que apresentem redução de gorduras trans e saturadas, diminuição de açúcar e sódio, inclusão de nutrientes. Em nosso portfólio não faltam produtos e soluções que atendam ao consumidor, mais consciente, e às indústrias de alimentos. Um exemplo é a linha Liza Equilíbrio, lançada em 2010, que traz em uma única embalagem a combinação de Ômega-3, Ômega-6 e vitamina E, presentes nos óleos de canola, milho e girassol, respectivamente. e esquisas mostram que o consumidor brasileiro está cada vez mais atento à sua saúde e a de sua família. E esse comportamento começa a se refletir nas gôndolas. No ato da compra, muitos consumidores já mudam suas escolhas e optam por produtos mais naturais, com menos gorduras e açúcares. 3 t Garantir a nutrição da população é um debate importante e de interesse mundial discutido até no G20 s o d l a r e g e n t r a e n Foto: Divulgação a n ’ a a t s i v Alimento na mesa de todos: um desafio global Alguns desafios da humanidade parecem passar de geração a geração. Um desses dilemas é garantir a alimentação da população mundial. O assunto tem ganhado proporções tais que entrou na pauta do G20 – grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia. “O foro certo é esse. No momento, vivemos a crise econômica e financeira que necessariamente vai levar o mundo a um padrão mais lento de crescimento”, afirma Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, coordenador científico do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e professor titular do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP. Em entrevista à Revista Cargill, o professor aponta os entraves e as saídas para garantir alimento na mesa de todos. recomendado. Quanto à questão populacional, há uma tendência à redução da taxa de natalidade. Acredito que a ação coordenada dos países envolvidos do lado da oferta e da procura poderia suavizar o crescimento, dando mais tempo para o encontro e a adoção de soluções tecnológicas sustentáveis. Revista Cargill – Esse tema tem tomado grandes proporções, a ponto de o G20 incluir a discussão na pauta. O que podemos esperar com isso? Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – O foro certo para tratar da questão é realmente o G20. No momento, vivemos a crise econômica e financeira que necessariamente vai levar o mundo a um padrão de crescimento menos intenso. Mas, mesmo assim, a questão de um crescimento mundial mais balanceado deve entrar em pauta e uma solução efetiva deve ser buscada. É fato que os líderes mundiais não têm se mostrado suficientemente sensíveis aos problemas de sustentabilidade ambiental. Entretanto, são muito sensíveis à inflação. E é exatamente isso que terão de enfrentar caso ignorem as limitações de oferta de recursos naturais. Quando a atual crise for superada, caso o padrão de crescimento excessivo seja retomado, poderá ocorrer um processo inflacionário muito intenso, como, aliás, já se observava em 2007, no momento em que emergiu a crise das bolhas financeiras. A necessidade de combater a inflação acabará levando a um ritmo mais lento de crescimento, ou seja, a inflação agirá como a febre que indica que o organismo está sendo forçado além dos limites de suas forças. O problema ambiental tende a se tornar mais concreto na forma de um problema econômico. Revista Cargill – O crescimento da população – estimado para 7 bilhões em 2012 e 9 bilhões em 2050 –, o aumento da erosão e o esgotamento dos recursos hídricos parecem obstáculos importantes ao desafio de alimentar a população mundial. É possível mudar esse cenário? Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – O problema maior é o exagerado crescimento econômico nos países emergentes e em desenvolvimento, que pressiona a demanda por alimentos, especialmente de origem animal. Os países desenvolvidos têm contribuído para seu agravamento ao conduzir mal sua política macroeconômica – com déficits fiscais altos e excesso de liquidez. Esse crescimento econômico forte vem elevando a demanda por bens que dependem muito de recursos naturais, cuja oferta é limitada, como solo e água. Incluem-se aí também o petróleo, minérios, metais etc. E isso força o uso de recursos naturais além do tecnologicamente Revista Cargill – Outra questão é a competição entre a produção de biodiesel e de alimentos. É viável equilibrar essa divisão? 4 Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – Trata-se de um problema que surge no mesmo arcabouço econômico-ambiental. A demanda por alimentos e energia cresce rapidamente, resultado do acelerado crescimento econômico mundial. Isso leva à escassez de ambos, podendo ocasionar problemas econômicos, sociais e políticos. O uso de produtos agrícolas para o biodiesel e o etanol tende a reforçar a escassez de alimentos. É preciso tempo para que sejam encontradas fórmulas racionais de uso dos recursos naturais, que evitem seu desperdício, a menor oferta de alimentos e a inflação. cientistas, criar um ambiente institucional que favoreça o empreendedorismo e administre o desperdício de recursos naturais. Também é preciso ampliar os laços de intercâmbio comercial e financeiro com outros países, investir em infraestrutura e controlar o apetite fiscal do Estado. Revista Cargill – Na sua opinião, qual o papel das empresas que atuam no agronegócio? O caminho para o equilíbrio estaria em uma conexão maior entre governos, produtores e empresas? Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – As empresas do agronegócio devem ter claro o potencial do Brasil nesse setor e intensificar seus investimentos – tanto em tecnologia como na produção propriamente – nas áreas de alimentos, energia e fibras. Serão elevados na próxima década os investimentos do setor privado no agronegócio – insumos, agroindústria, lavouras, rebanhos, logística. Há muitas deficiências que precisam ser sanadas através da iniciativa do governo, como problemas institucionais no campo da concorrência e da propriedade intelectual, de infraestrutura, excesso de burocracia e carga fiscal excessiva. Revista Cargill – Como o senhor avalia os movimentos dos governos no mundo e do Brasil diante do desafio de alimentar a população? Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – Organismos internacionais e governos vinham obtendo sucesso através do aumento da produtividade desde a década de 1980 até o início dos anos 2000. Nessa época, a produção era farta e os estoques elevados. Por isso, os preços estavam baixos, o que representava grande comodidade, porém desestimulava o investimento. Além disso, faltava levar alimentos a cerca de 1 bilhão de pessoas. Não era hora de relaxar. Quando os Estados Unidos passaram a expandir a oferta monetária a juros muito baixos e alguns países emergentes começaram a acelerar o crescimento, a produção não acompanhou, os estoques caíram e os preços estouraram. A partir daí, surgiram propostas de intervenção nos mercados físicos e de derivativos, supondo que o problema fosse de especulação, quando na verdade era de descuido com a oferta e manejo macroeconômico inadequado – crescimento exagerado e liquidez abusiva. É claro que essas intervenções não ajudariam, mas poderiam prejudicar em demasia o abastecimento alimentar. ”O Brasil poderá se firmar como potência econômica se usar seus recursos naturais sabiamente” Revista Cargill – Como o senhor avalia programas como Fome Zero e Bolsa Família? Incentivos dessa natureza, sobretudo em países pobres, são essenciais para evitar a desnutrição? Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – Programas como o Fome Zero e o Bolsa Família têm sua viabilidade condicionada ao crescimento da produtividade da agropecuária, tal como ocorreu no Brasil e em outros países nas últimas três décadas. Esses programas colocam renda nas mãos dos mais pobres de tal sorte que, se houver uma oferta de alimentos a preços acessíveis, a população carente será beneficiada. Em outros países, onde não há tal oferta, é necessário antes desenvolver as condições para o crescimento da produção com maior produtividade e preços baixos. Caso contrário, as políticas não funcionariam, como não funcionaram quando outras tentativas foram feitas anteriormente no Brasil. Revista Cargill – O Brasil tem uma importante participação nessa tarefa de levar alimentos à população. O senhor acredita que isso pode ser uma oportunidade? Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros – O Brasil é um país comparativamente abundante em recursos naturais e competitivo nos produtos que deles derivam. E poderá se tornar uma potência econômica se souber usar esses recursos mais sabiamente. Trata-se de investir em ciência e tecnologia para agregar valores econômico e tecnológico aos produtos derivados de seus recursos naturais – incluindo minérios e petróleo. Falta investir em educação de qualidade em todos os níveis, apoiar fortemente a formação de 5 Cresce o número de brasileiros preocupados com a alimentação saudável. Uma tendência que influencia as escolhas feitas na gôndola e transforma a indústria alimentícia V ocê é o que come. Essa máxima nunca foi tão valorizada pelos brasileiros. Mais do que proporcionar prazer e saciedade, as escolhas dos produtos que compõem a dieta alimentar estão sendo feitas levando-se em conta o bem-estar e a qualidade de vida. É o que revela a pesquisa Ibope Brasil Food Trends 2020, encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). A pesquisa revela cinco grandes tendências em alimentos para os próximos nove anos (veja quadro), entre as quais está a questão da saudabilidade. “Esse tema aparece com grande força há algum tempo em pesquisas internacionais. Agora, está ganhando espaço no Brasil e deve ser uma das principais preocupações do consumidor nos próximos anos”, afirma Luiz Madi, diretor-geral do Ital e de Agronegócio da Fiesp. De acordo com Luiz, essa tendência está ligada diretamente à busca da população por um estilo de vida mais saudável. Com o aumento da expectativa de vida, as pessoas querem envelhecer melhor e, por isso, investem na saúde. “Prevenir doenças é importante para o cidadão e para o sistema de saúde brasileiro, que vive em colapso, devido aos altos gastos com tratamento da população”, explica. Soma-se a isso o crescente acesso e interesse das pessoas às pesquisas científicas que mostram a relação da alimentação com doenças, como hipertensão, obesidade e diabetes. Fotos: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF v i s ã o g l o b a l Uma questão de saúde “A mídia é grande fator de influência para qualquer tendência de comportamento do consumidor. No caso da saudabilidade, pesquisas e opiniões de 6 médicos e nutricionistas sobre a influência dos alimentos na saúde são noticiadas constantemente tanto na televisão quanto em jornais e revistas”, diz Raul Amaral, coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica do Ital. Poderosa classe C Engana-se quem pensa que saudabilidade é uma preocupação apenas das classes A e B, compostas por brasileiros com maior poder de compra. Estudo realizado pelo Instituto Brasil Food Trends 2020 Pesquisa realizada em março e abril de 2010 Qualitativa •9 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre •Homens e mulheres de 25 a 60 anos •Classes ABC Quantitativa •Entrevistas face a face, domiciliares, com maiores de 16 anos •1.512 entrevistas em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza e Salvador Tendências no Brasil •Conveniência e praticidade •Qualidade e confiabilidade •Sensorialidade e prazer •Saudabilidade e bem-estar •Sustentabilidade e ética (semelhante ao resultado de tendência no mundo) 7 Foto: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF v i s ã o g l o b a l Data Popular, entre os meses de março e julho de 2011, mostra que esse tema também ganha espaço na classe C, que corresponde a 54% da população brasileira. mas não deixa de ser expressivo: 37%. A pesquisa revela, ainda, que elas consomem produtos semiprontos, mas gostam de dar seu toque especial. “O estudo do Instituto Data Popular constatou que essas mulheres estão cada vez mais antenadas: elas leem e estudam mais. Têm acesso a informações sobre saúde e qualidade de vida e querem servir para a família uma comida saborosa e até de rápido preparo, mas suas escolhas levam em consideração a saudabilidade”, conta Raul. Segundo a pesquisa, a nova classe C ganhou mais de 31 milhões de pessoas de 2002 a 2011, está mais jovem, tem mais mulheres no comando das famílias e, além do aumento do poder aquisitivo, ampliou seu acesso à informação. E mais: 70% das mulheres dessa classe fazem as compras no supermercado para abastecer a casa. Essas mesmas mulheres estão de olho na saúde da família: 66% buscam refeições saudáveis e balanceadas. Para o coordenador do Ital, os valores de bem-estar e equilíbrio estão cada vez mais presentes na vida do brasileiro em todas as classes sociais. “Esse equilíbrio passa, em menor escala, pela questão dos impactos da indústria no meio ambiente. Por isso, na pesquisa Ibope a sustentabilidade também aparece como uma tendência, ao lado da saudabilidade – um mercado cada vez mais promissor”, diz. Unidos pelo bem-estar O consumo de light e diet ainda é menor que o da classe A (66%), A tendência de saudabilidade é influenciada ainda pela criação de políticas públicas, como o Plano Nacional de Redução do Sódio em Alimentos Processados. A iniciativa surgiu a partir do Termo de Cooperação entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), com vistas à melhoria do perfil nutricional dos alimentos processados no País. “O resultado dessa união está na redução, desde 2008, das gorduras trans em alimentos processados. Em 2010, trabalhamos para a redução do sódio como novo ponto de ação, tendo em vista o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão, com o consumo excessivo desse nutriente”, diz Patrícia Silveira, gerente de Desenvolvimento de Produtos e Processos na divisão Consumo da Unidade Foods da Cargill. De acordo com Patrícia, a tendência de saudabilidade é um importante direcionador para o desenvolvimento de novos produtos na Cargill. Inovação e novas tecnologias são foco de grande investimento da empresa. “Utilizamos dados de pesquisas e estudamos o consumidor para entender seus desejos e necessidades. O nosso portfólio de azeites, óleos, molhos para salada, maioneses e atomatados oferece produtos que entregam ao consumidor esse valor de alimentação saudável”, afirma. 8 Cargill investe em produtos mais saudáveis Nos últimos anos, a empresa acrescentou a seu portfólio produtos com teor reduzido de gorduras trans e saturadas, de sódio e de açúcar. GORDURA Em 2009, a Cargill lançou no mercado alimentício a linha de gorduras vegetais, Lévia. Com as mesmas características e desempenho das demais gorduras, a linha Lévia é pioneira na redução de gorduras trans e saturadas. Ideal para diversas aplicações, em especial para os segmentos de frituras e panificação, como massas, biscoitos, bolos e panetones. para o molho Liza Balsâmico, lançado em setembro deste ano, com o menor valor calórico por porção no portfólio Cargill de molhos para salada. Quando se trata de óleos, a linha Liza Equilíbrio, lançada em 2010, traz a combinação dos nutrientes presentes nos óleos de canola, milho e girassol em um único produto. Contém Ômega-3 e Ômega-6, poli-insaturados presentes no Óleo de Canola e Milho, além da vitamina E, no Óleo de Girassol. Nas maioneses e molhos para salada a empresa também diminuiu os teores de lipídios e, consequentemente, o teor de gorduras saturadas. Destaque AÇÚCAR Para reduzir a quantidade de açúcar, a empresa desenvolveu sistemas combinados de ingredientes com edulcorantes, polióis e agentes de corpo para substituir as funções sensoriais e de corpo do açúcar, sem perder o sabor. Exemplos dessas combinações podem ser encontrados em preparados de frutas para iogurtes light e sistemas de frutas com inserções, utilizados na formulação de iogurte destinado ao público infantil. real e bala mastigável), isomalte (bala dura), manitol (chicles e produtos farmacêuticos) e ZeroseTM Eritritol (bebidas, chicles, produtos lácteos, chocolates, sorvetes e panificação). A Cargill também colabora com seus clientes na obtenção de produtos mais saudáveis, desenvolvendo soluções e disponibilizando ingredientes que permitem a redução de açúcares e calorias, sem perda das características sensoriais. Neste último ano deu suporte a alguns parceiros para a produção de chocolates e balas com teores reduzidos de açúcares e/ou calorias. Outros exemplos da linha de edulcorantes naturais da Cargill e suas aplicações são sorbitol em pó (bastante usado em chicle), xarope de maltitol (barra de ce- SÓDIO A redução de sódio, conforme reforçado anteriormente, é outra preocupação constante no desenvolvimento de produtos da Cargill. O portfólio de Molhos para Salada Liza, assim como a linha Pomarola Lévia e a linha Pomarola Natural, oferece o menor teor de sal e de valor energético quando comparado aos dos principais players do mercado. 9 Cresce o consumo de molhos, extratos e polpas de tomate, e a Cargill incrementa seu portfólio para conquistar mais espaço na mesa do consumidor c o n s u m o A vez dos atomatados O mercado de atomatados no Brasil não para de crescer. A cada ano o segmento tem comemorado um aumento de volume de 3% e de valor agregado no produto de 4,5%, de acordo com dados da Nielsen. Entre as três categorias de produtos (molho, extrato e polpa), é o molho de tomate que tem impulsionado esses bons resultados, afinal representa 60% do volume total de atomatados e, no ano passado, alcançou um acréscimo de 6% nas vendas. maio de 2011, verificou que o molho de tomate é consumido por 87% da população, seguido pelo extrato, com 65%. Os dados mostram ainda que, semanalmente, molhos e extratos estão presentes em duas ou três refeições dos brasileiros. A explicação para esse cenário promissor para o mercado de molhos, extratos e polpas é o fácil preparo – servindo de base inclusive para diversas receitas – e o preço acessível. Os extratos de tomate, apesar de movimentarem um volume menor, são muito consumidos nas Regiões Nordeste e Sul para dar cor e sabor aos pratos. Outra pesquisa, chamada Projeto de Atomatados, realizada pelo Instituto Ipsos Marketing para a CGL em Novidades para as marcas Foto: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF Diante desse cenário promissor, desde que adquiriu a 10 Fotos: Arquivo Cargill Confira os novos sites das marcas: www.tarantella.com.br, www.pomarola.com.br e www.extratoelefante.com.br linha de atomatados, em março deste ano, a Cargill vem trabalhando para estreitar o relacionamento com os consumidores das marcas Pomarola, Tarantella, Elefante e Pomodoro. “Dessa forma, a empresa, que é líder da categoria, volta a construir valor nesse mercado específico e a se movimentar no que se refere à comunicação e à proximidade com o consumidor”, afirma Raphael Benedetti, gerente de Trade Marketing. Promoção em grande estilo Tomate Mania. Esse é o nome da maior promoção já realizada pela Cargill no País. Iniciada em 1º de setembro e veiculada nacionalmente, é voltada para a linha de atomatados da empresa. A ação conta com veiculação de publicidade e merchandising em TV nas principais emissoras, anúncios em revistas de grande circulação e em publicações do varejo, além de divulgação nas redes sociais. Em todas as peças, o consumidor é incentivado a comprar os produtos e concorrer a vale-compras, utensílios domésticos, carro e uma casa. A primeira ação desenvolvida foi a remodelagem do portfólio de produtos. Desde 1º de setembro, todas as linhas ganharam novas embalagens, mais modernas e atrativas, sem perda da identidade visual. Outra mudança foi o aumento do portfólio de Tarantella, que deixa de ser uma marca exclusiva de molho e passa a integrar também extrato (Tarantella Extratomato) e polpa (Tarantella Tomato). Para participar, basta enviar o código promocional de um produto da linha de atomatados da Cargill por SMS ou pelo site www.tomatemania.com.br. O consumidor recebe três códigos, chamados de “números da sorte”, e concorre às premiações diárias (utensílios domésticos), mensais (carro) e final (casa, carro e R$ 1.000 por mês em compras no supermercado durante um ano). “Queremos aproveitar todas as oportunidades e atender a todos os estilos de consumidores em seus hábitos. Como o uso de cada produto é diferente, um mesmo consumidor que compra molho pode adquirir, outra hora, extrato ou polpa”, diz Patrícia Sanna, gerente de Marketing da Cargill. “Queremos aproximar consumidores e marcas, reforçando a percepção de qualidade de nossos produtos e a consolidação de mercado através de incremento de vendas em toda a cadeia do varejo”, diz Patrícia Sanna. A ação vai até 15 de novembro. 11 C L iza na TV. A marca Liza volta à mídia com um filme que mostra toda a sua linha de produtos. A campanha publicitária será veiculada nas emissoras de TV Globo, Record e SBT – nas principais cidades do Estado de São Paulo, em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. E também, nacionalmente, nos canais TNT e Universal Channel. Haverá ainda vinhetas de patrocínio da Maionese Liza no programa Cine à la Carte, na TNT, e na série The Good Wife, no Universal Channel. R esíduo sustentável. O Raffinate, resíduo sólido gerado pela linha de produção de ácido cítrico da Cargill, está sendo comercializado para diferentes clientes da empresa com cinco aplicações distintas. Em todas elas, substitui produtos químicos, oferecendo maior eficiência na utilização, além de ganhos ambientais. A novidade é fruto de estudos realizados durante um ano, em que o resíduo foi usado como matéria-prima para produção de um xarope natural, biodegradável e não tóxico. Mensalmente, a Cargill produz 2 mil toneladas de Raffinate na fabricação de 4 mil toneladas de ácido cítrico, e mais da metade desse material já vem sendo destinado à produção do xarope, evitando o descarte. M ata reconstruída. Em setembro, funcionários da Cargill fizeram o plantio simbólico de árvores em Piracaia, na região de Campinas (SP), para marcar o início da ação “Um dia para o futuro”, organizada pela Fundação Cargill. Em 2010, uma campanha interna reuniu recursos financeiros e, com a contribuição da sede da empresa em Minneapolis, cerca de R$ 100 mil foram arrecadados para o resgate da biodiversidade da região. Para realizar a ação, a Fundação Cargill conta com o apoio da The Nature Conservancy (TNC), que plantará, nos próximos dois anos, cerca de 10 mil árvores. “Nossa intenção é recuperar a fauna e a flora locais e contribuir para a qualidade da água, pois as árvores servem como filtros biológicos”, diz João Clemente, engenheiro agrônomo da Fundação Cargill. A GRIFAM 2011. A cidade de Agudos (SP) sediou em agosto a oitava edição da Feira da Agricultura Familiar e do Trabalhador Rural. Referência em agricultura familiar no Brasil, o evento foi realizado na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de São Paulo (Fetaesp) e recebeu cerca de 35 mil visitantes. Em seu estande, a Cargill, que participou da feira pela primeira vez, convidava os agricultores a conhecer seu programa voltado à agricultura familiar, bem como informações sobre a empresa e sua atuação no setor agrícola. Fotos: Arquivo Cargill d e s t a q u e s aminhos sustentáveis. A Cargill participou do Primeiro Fórum Sustentabilidade na Cadeia do Cacau, organizado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora). Durante o evento, realizado em julho para produtores e instituições, como a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), foram discutidas melhores práticas no cultivo de cacau. A Cargill ministrou palestra sobre a produção mundial, tendências, oferta versus demanda e sustentabilidade. Gunther Voigtlander (coord. de originação de agricultura familiar da Cargill), Julio Cavalari (eng. agrônono da Fetaesp), Bras Agostinho Albertini (presidente da Fetaesp), Alberto Broch (presidente da Contag), Elcio de Angelis (gerente comercial de Biodiesel da Cargill) e Leandro Ramos (assist. de compras da Cargill em Dourados/MS) 12 10anos A mais confiável. Entre maio e junho de 2011, a Revista Seleções, em parceria com o Ibope, realizou a 10ª Pesquisa Marcas de Confiança em 44 setores do mercado. Liza foi eleita na categoria “Óleos de Cozinha”, pelo décimo ano consecutivo. Para Rubens Pereira, gerente-geral da unidade de Produtos de Consumo da Cargill, “o prêmio é o reflexo da tradição, qualidade e pioneirismo em inovação da marca Liza”. P resença no México. Em agosto a Cargill marcou presença na Confitexpo – Exposição Internacional da Indústria O lívia na internet. A marca Olívia agora está presente também na internet. O site (www.oliviamaissabor.com. br) foi lançado em 6 de junho e visa ser mais um ponto de contato com o consumidor. Oferece receitas e informações sobre os produtos, como o modo adequado de conservação do óleo, o manuseio correto do bico dosador e a tabela nutricional. De de Confectionary, em Guadalajara, México. O evento é um dos mais importantes da categoria de balas e chocolates na América Latina. O estande da empresa contou com as Unidades de Negócio do México: CHN, Açúcar, Aromas, Dressings, Sauces & Oils (DSO) e Corn Milling. Do Brasil, participaram as equipes Comercial e de Assistência Técnica de Cacau & Chocolate. Com a Confitexpo, a Cargill teve oportunidade de fortalecer a imagem da empresa e de seus produtos e estreitar laços comerciais. navegação simples e visual limpo, foi desenvolvido pela MarketData. N ovidade nas prateleiras. As embalagens de vidro da linha extravirgem de azeite Gallo ganharam um novo bico dosador, agora retrátil. A novidade, que chegou em julho às gôndolas, facilitou o manuseio, pois o consumidor controla melhor a quantidade a ser utilizada e a embalagem pode ficar lacrada quando não está em uso. A ação foi possível graças à sinergia da Cargill no Brasil, que demonstrou a necessidade desse tipo de produto no mercado brasileiro, e da Gallo Worldwide, em Portugal, que se dedicou ao desenvolvimento e à negociação do produto. Com esse lançamento, o azeite Gallo, atualmente líder em seu setor, aproxima ainda mais a marca dos consumidores nacionais. 13 Fotos: Arquivo Cargill C asa nova. Escolhida a cidade para a construção da nova fábrica de processamento de milho para produção de soluções em amidos e adoçantes da Cargill: Castro, no Paraná. A decisão foi baseada em fatores como atendimento das áreas técnicas dos municípios, disponibilidade de matéria-prima, proximidade de clientes e condições logísticas da região. Serão investidos aproximadamente R$ 350 milhões. Cerca de 200 postos de trabalho diretos e diversos indiretos serão criados na fábrica, que tem o início das operações previsto para 2013. É o segundo investimento da Cargill nesse negócio em pouco mais de dois anos. Em março de 2010, a empresa já havia concluído a ampliação que elevou em 70% a capacidade de moagem de sua fábrica de Amidos e Adoçantes em Uberlândia (MG). de carbono e sua compensação por meio do plantio de árvores, além da redução do consumo de água, estão sendo realizadas. A Cargill compartilha da iniciativa, por meio da marca Liza, com a coleta da sobra do óleo utilizado nos estabelecimentos e sua destinação à produção de biodiesel. Para mais informações, acesse www.gastronomiaverde.com.br. presa, seus produtos, soluções e cuidados com a sustentabilidade, além de oferecer serviços como receitas e informações sobre aulas de culinária promovidas pela empresa e atendimento ao consumidor. Para conhecer, acesse www.cargillfoodservice.com.br. A linhamento total. A primeira edição do Encontro Global de Cacau & Chocolate, em maio, tratou de temas como tendências globais, produtos, mercado e regulamentação do setor. Representantes do negócio Cacau & Chocolate de diversas partes do mundo se reuniram em Wormer, na Holanda, para trocar experiências e conhecimentos sobre o mercado. Eventos como esse fortalecem a sinergia entre os profissionais da Cargill e otimizam os resultados do setor. 14 A área de Cacau & Chocolate da Cargill entregou o segundo prêmio anual de US$ 2,2 milhões a 26.500 agricultores de 21 cooperativas agrícolas da Costa do Marfim. O reconhecimento foi feito pela produção de 20 mil toneladas de cacau do programa de certificação UTZ, entre outubro de 2010 e maio deste ano. Mais de 50% do prêmio será destinado diretamente aos agricultores. O restante será usado pelas cooperativas para dar assistência aos seus membros e construir instalações beneficentes para a comunidade local, como escolas e maternidades. A premiação é uma forma de incentivar práticas sociais ambientais e agrícolas na produção de cacau, em favor dos pequenos produtores da região. d n u m o l ção de compra da Provimi, uma empresa de nutrição animal, por US$ 2,3 bilhões. A empresa de nutrição animal conta com 16 mil funcionários, distribuídos em 250 unidades industriais, presentes em 37 países. No Brasil, a Provimi atua por meio da marca Nutron, com fábricas em Itapira (SP), Chapecó (SC) e Toledo (PR), com cerca de 450 funcionários, além de um Centro de Pesquisa em Nutrição Animal em Mogi Mirim (SP) e um Centro de Distribuição em Fortaleza (CE). e Em agosto, a Cargill anunciou a inten- Fotos: Arquivo Cargill N ovidade na web. Entrou no ar em outubro o novo site de Food Service da Cargill, com o objetivo de aproximar ainda mais a empresa de seus clientes do setor de Alimentação Fora do Lar. O espaço traz informações sobre a em- Foto: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF a t s e d C hocolate e panificação. A Cargill esteve presente, pela primeira vez, na Feira Internacional da Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos (Fipan). Em parceria com a BWB Embalagens, a empresa aproveitou o espaço para apresentar as linhas de Chocolate Genuine e Cobertura Speciale em aulas de culinária. O evento é um dos mais importantes da categoria, e a participação da Cargill reforça sua presença no mercado de panificação. p ges, em Londres, foi cenário do evento Truvia® Voyage of Discovery, no qual cerca de 2 mil visitantes puderam conhecer o novo adoçante Truvia. Produzido pelas folhas de estévia, planta nativa da América Central e do Sul, o adoçante é desenvolvido pela Cargill e distribuído pela The Silver Spoon Company. A sustentabilidade é um tema presente em toda a cadeia produtiva da Truvia. O evento, assim, seguiu os critérios estabelecidos pela norma britânica BS 8901: os materiais utilizados foram reciclados ou doados e a emissão de carbono calculada e compensada. o Em agosto, o topo do edifício Selfrid- q u e s C onscientização à mesa. De junho a dezembro deste ano, cem restaurantes da capital paulista participam do evento Gastronomia Sustentável. A ação tem como objetivo estimular o respeito à natureza e o consumo consciente nas atividades do setor. Para isso, práticas como reciclagem do óleo, inventário das emissões l Natureza protegida c i a Parceria entre Cargill e TNC auxilia produtores rurais do Pará a conservar o bioma amazônico A O projeto deverá se estender a outros 20 municípios do Estado de Mato Grosso, abrangendo mais 15 milhões de hectares. Além disso, começará a beneficiar produtores de cacau nas comunidades de Tucumã e São Félix do Xingu, no Pará. “É importante atuar com uma das líderes mundiais em produção de alimentos, pois só assim poderemos dar respostas positivas à comunidade em dois dos maiores desafios globais: oferecer mais alimentos de qualidade e conservar os biomas que garantem a vida na Terra”, afirma Francisco Fonseca, coordenador do Programa de Produção Sustentável da TNC. “A parceria entre a Cargill e a TNC demonstra que áreas críticas de biodiversidade podem ser protegidas sem suspender o desenvolvimento da produção agrícola responsável”, afirma Paulo Sousa, líder da Unidade de Grãos 15 d i l i b a s n o Uma dessas ações é o projeto Soja Responsável, da The Nature Conservancy (TNC), organização de conservação mundial. Há oito anos a Cargill vem apoiando esse projeto, que trabalha para garantir a produção responsável de soja em Santarém, no Pará, onde a empresa possui terminal de grãos. Em 2011, a Cargill renovou seu apoio, que totalizará US$ 3 milhões para a ONG. O valor será investido nos próximos três anos com o objetivo de ajudar produtores rurais a cultivar a soja de forma mais sustentável, reduzindo o desmatamento, levando a experiência a outras áreas do bioma Amazônia. p Durante esses anos, o projeto Soja Sustentável atendeu 383 produtores de Santarém, que já foram registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR), primeiro passo no cumprimento das leis ambientais. “Na região, a Cargill compra soja apenas de produtores que tenham obtido o CAR. Essa ação contribuiu para acabar com o desmatamento ilegal nas fazendas”, afirma Afonso Champi, diretor de Assuntos Corporativos da Cargill. s Parceria de longa data e Organizações não governamentais, instituições e empresas têm unido forças para reverter esse quadro. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2006 o desmatamento na Amazônia foi de 14.286 km². Já em 2010 a estimativa de extensão desmatada ficou em 6.451 km². Mesmo com essa considerável redução é preciso agir. Empresas, como a Cargill, apoiam projetos que conscientizam a população da região e oferecem incentivos para o uso adequado do bioma. r e Processamento de Soja da Cargill no Brasil. “Estamos apoiando a ampliação do projeto para ajudar a assegurar o atendimento ao crescente apetite mundial por soja através de agricultura ambientalmente sustentável que protege a Amazônia brasileira.” d a Foto: Arquivo Cargill e s o Amazônia é a principal floresta tropical do planeta. Um bioma riquíssimo banhado pelo rio Amazonas – o maior em volume de águas e o segundo em extensão. A região ocupa territórios de nove nações, com 60% da floresta localizada no Brasil, estendendo-se pelos Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Para proteger esse ecossistema foram criadas leis, as mais severas em todo o mundo, mas ainda não há governança adequada na região para conter por completo os desmatamentos ilegais e as invasões. ANÚNCIO