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Taxas variáveis ou fixas. Qual devo escolher? Por Eduarda Pita
Uma das questões com que os clientes de hipotecas frequentemente se debatem centra-se nas taxas de juro: será
melhor optar por uma taxa variável, ou uma taxa fixa? A resposta, porém, depende!
As taxas de juro variáveis baseiam-se no juro “prime”, que é a taxa que as instituições financeiras cobram aos seus
melhores clientes. Esta, por seu turno, é influenciada pela taxa estabelecida pelo Banco Central – o juro que o Banco do
Canadá cobra às instituições financeiras quando estas necessitam de empréstimos a curto prazo. À medida que esta taxa
central sobe ou desce, o mesmo acontece com o juro “prime” e, por sua vez, com as taxas de juro variáveis.
Já as taxas de juro fixas pelo período de cinco anos baseiam-se nos valores estabelecidos através do mercado de títulos
de valor (bonds). Quando estes sobem ou descem, provocam igual movimento na taxa de juros.
Se o juro “prime” subir, portanto, isso não implica que os juros fixos subam também, ou vice-versa. Desde o início da
década que a média da taxa semanal “prime” se situa nos 5,09 por cento. Em contrapartida, a taxa fixa de cinco anos
situou-se nos 6,89% neste mesmo período.
Ainda há poucos anos, era certo que se o consumidor optasse por uma taxa de juro variável, pouparia dinheiro. Mas os
descontos que se têm feitos nos juros fixos e o estreitar da diferença (o designado “spread”) entre os juros a curto e a
longo prazo tornaram agora as opções menos óbvias.
Em vez de tentarmos adivinhar em que direcção os juros se movem, seria melhor que os consumidores se debruçassem
sobre as suas próprias situações pessoais. Para isso, devem procurar avaliar o balanço da sua situação financeira e o seu
grau de tolerância ao risco. A decisão entre optar por juros a curto prazo (variáveis) ou a longo prazo (fixos), vai
depender dessa tolerância ao risco, assim como da própria capacidade de cada um para absorver os aumentos nas
prestações que têm de fazer, para pagarem as hipotecas.
Quem compra casa pela primeira vez, ou aqueles que dão o mínimo de entrada na compra de um imóvel, são os
consumidores ideais para as hipotecas com juros fixos pois não podem correr o risco de ver subir os juros se os seus
pagamentos já estão perto do máximo que comportam. Também para aqueles que se preocupam constantemente com
os juros e perdem sono a pensar se estará na altura de “fechar” com uma taxa fixa, esta será a melhor opção.
O comprador que já acumulou bastante equidade na sua casa ou para quem já resta pouco tempo para acabar de pagar
a hipoteca (5 ou 10 anos), pode-se dar ao luxo de optar por juros variáveis e aceitar esse risco.
É importante ter presente que as hipotecas com juros variáveis podem “fechar-se” com um juro fixo a qualquer altura,
sem incorrer custos adicionais. Mas embora não haja custos para fazer esta alteração, nem todas as instituições de
crédito oferecem a sua melhor taxa de juros por cinco anos. O cliente deve averiguar isto com a instituição, antes de
tomar essa decisão.
Em geral, os economistas consideram que o juro prime irá aumentar ligeiramente. Para quem já atingiu o máximo que o
seu poder de compra lhe permite ou para quem se preocupa muito, o melhor mesmo é optar por uma taxa de juro fixa,
para se poder esquecer do assunto e desfrutar a vida.
Fale com o seu profissional do ramo de hipotecas e informe-se sobre qual a melhor solução para si.
A questão que os consumidores colocam sobre as hipotecas é a seguinte:
Devo escolher uma taxa variável ou fixa? – A resposta – Depende!
A taxa variável é baseada no Banco principal, é o que as instituições financeiras cobram aos consumidores. “Bank Prime
(taxa bancária ), é baseada, na taxa do Banco Central (montante de juros que o Banco do Canada leva ás instituições
financeiras por empréstimos a curto prazo). À medida que a taxa de juros do Banco Central aumenta ou baixa, também a
“Bank Prime” (taxa bancária) e em torno da taxa variável.
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