Área para Clientes Rua Sampaio Viana, 390 - São Paulo/SP - Fone: (11) 3873-1953 - [email protected] Página Principal Artigoteca Experiência nos Negócios O que nos inspira Processo Metanoico Roda do Aprendizado Educadores Equipe Trabalhe conosco De que lado a sua empresa está? Você já deve ter sido vítima da síndrome do NÃO, que assola muitas empresas. Senão confira alguns de seus sintomas mais visíveis, nas seguintes frases - que você já ouviu ou leu, no momento em que está fazendo uma compra: não aceitamos reclamações, confiram o que estão comprando não trocamos aos sábados, não insista, por favor! não nos responsabilizamos por danos em seu veículo não aceitamos cheques, pagamento só a dinheiro não temos troco não embrulhamos para presente... É um despropósito de não, não e mais não. Pense um pouco. Esses "nãos" favorecem a quem? Como clientes, todos nos sentimos frustrados e desconfiados diante de tantas experiências mal sucedidas. Por que continuamos a enfrentar longas esperas nas ligações para essa loucura que é o "gratuito" (entre aspas, claro, porque tempo é o único bem que não se pode recuperar) 0800? Por que somos maltratados pelos profissionais de atendimento ao cliente, que antes de saber detalhes de uma ocorrência já vão logo culpando a própria vítima? Por que nos decepcionamos com produtos sem graça nem utilidade para nós, mesmo depois de termos fornecido a elas todas as informações que elas solicitaram sobre nossas preferências e necessidades? Não estamos acostumados a ver lojas abertas até um pouco mais tarde, pois cerram as portas bruscamente no horário previsto, mesmo quando ainda há algumas pessoas comprando. Da mesma forma, nos habituamos a não receber respostas personalizadas às cartas ou e-mails que eventualmente enviamos, estes sim feitos por nós, e em lugar da correspondência correta nos chegam essas famigeradas respostas padronizadas. Quantas vezes um restaurante deixou de cobrar um jantar quando a refeição estava visivelmente muito abaixo da expectativa? Diante do descaso, desinteresse e desatenção, deixamos de comprar nessas empresas, embora elas pareçam não perceber a nossa ausência. Prosseguem sua trajetória totalmente inconscientes de como a perda de mais um cliente afeta seus lucros. E, ironicamente, persistem com suas campanhas de persuasão e malas-diretas que não levam a nada. Um lar de classe média é inundado por 150 correspondências inúteis por mês, enviadas por empresas que parecem saber tudo sobre nós, exceto que odiamos correspondências inúteis. E, talvez, muito mais deploramos que tenham nossos endereços sem que os tenhamos oferecido. Exemplos e mais exemplos não faltam. São incontáveis. Há o hospital cuja burocracia interna está muito menos interessada na saúde do paciente do que no reembolso das despesas por conta da empresa de assistência médica conveniada, que, por sua vez, tem como principal objetivo manter seus lucros. Para isso, se protege com contratos unilaterais. Há, também, aquele hotel que deixa a fila do check out se estender, enquanto a camareira confere alguns consumos no frigobar. A pequena receita de alguns copos de água com certeza não paga a irritação de hóspedes que, certamente, depois dessa desagradável experiência jamais voltarão. "Desculpe, mas essa é a norma!". Essa frase, muito comum em várias empresas, demonstra como o cliente vale menos do que a norma e como a burocracia ainda está acima do empreendedorismo. Acontece muito por aí, não é? Responda com desprendimento: Diante de um impasse entre a satisfação do cliente e as ordens do chefe, por quem os funcionários da sua empresa optariam? Enfim, como funciona na sua empresa? Quem está em vantagem: o controle ou o cliente? Nesta transição de era, continua o embate entre o controle e o cliente, a norma e o bom atendimento, a satisfação do cliente e a necessidade de lucros. Quer um exemplo bem comum? Muitas centrais de atendimento ao cliente treinam os funcionários para desligar o telefone depois de dois minutos de ligação e medem (e recompensam) o desempenho deles de acordo com sua capacidade de atingir essa meta, Não importa se o problema do cliente foi ou não resolvido. As ligações têm que ser curtas, então para que manter essa opção? Nenhum atendente, em são consciência diante de um sinal desses, se dará ao trabalho de gastar mais tempo para saber, exatamente, o tipo de queixa e como poderá ser resolvida. Tratará de "livrar-se" do queixoso o mais rápido possível. O que é mais inteligente? Atingir a meta dos dois minutos, no máximo, e não exceder os gastos telefônicos, ou investir tempo na fidelização do cliente e estabelecer com ele uma relação duradoura? Mais uma razão a reforçar essa idéia: se o problema for resolvido na primeira ligação, ainda que leve mais tempo, não haverá retornos que também representam custos adicionais, certamente não computados nessa conta simplória da economia de tempo que resulta em mau atendimento. O cliente é a razão de ser da empresa e todos que aí trabalham devem ter consciência disso. Os clientes converted by Web2PDFConvert.com O cliente é a razão de ser da empresa e todos que aí trabalham devem ter consciência disso. Os clientes sempre têm problemas para serem resolvidos, por isso ele nos procuram e por isso os procuramos, justamente para oferecer soluções. As empresas e os produtos são apenas alternativas para que os clientes supram suas necessidades. É preciso ter interesse pelo cliente e isso implica interesse também pelos seus problemas. No fundo, somos resolvedores de problemas. Se o cliente deixar de ter problemas, estaremos fritos! As súplicas dos clientes Diariamente os clientes declaram as suas necessidades para os ouvidos moucos da maioria dos fornecedores. Pode ser que a sua empresa esteja atenta e interessada nesse tema, as necessidades deles, a ponto de tratar disso nas reuniões diárias. Se for, parabéns! Caso contrário, faça o teste. Verifique até que ponto essa questão básica está na ordem do dia. 1) Aos olhos do cliente, a sua empresa cumpre todas as promessas? O cliente precisa confiar na sua empresa. Precisa ter certeza de que não será enganado com preços altos e produtos inadequados. Ele, com toda a razão, não gosta quando percebe que a sua empresa se preserva enquanto o coloca em risco. 2) A sua empresa está disposta a mergulhar no mundo do cliente para melhor compreendê-lo? Mergulhe antes no mundo do cliente, só assim ele se interessará pelos seus produtos e serviços. É preciso compreendê-lo, as suas necessidades, os seus problemas. Somente assim haverá reciprocidade. 3) A sua empresa é simples, clara, veloz e funcional a ponto de facilitar a vida do cliente? Todo e qualquer cliente tem diferentes tipos de problemas. Não seja mais um a aumentar essa lista. Facilite a vida dele. Ofereça rapidez e tudo o que seja inteligível, transparente, descomplicado. 4) O cliente está e, principalmente, se sente no controle da situação? Não se sobreponha ao cliente. Ao final da transação, é ele que preenche o cheque, aperta a tecla do computador para completar a transação ou desliga o telefone. Portanto, não insista! Quem está no controle é o cliente. 5) O cliente recebe toda a orientação de que necessita? Dê a visão do todo para o cliente. Deixe que ele saiba onde está e para onde vai. Sugira uma rota, mas deixe que ele decida o melhor percurso. Dê-lhe todas as instruções de que necessita. 6) O grau de fidelização do cliente é de boa qualidade? Em outras palavras: a sua empresa vai além do que é solicitado pelo cliente? Geralmente é entregue somente aquilo que foi pedido ou o cliente é surpreendido com algo a mais? Lembre-se que "Deus está nos detalhes". É aí que o cliente é surpreendido e conquistado: nos pequenos detalhes. 7) A sua empresa costuma recompensar o cliente fidelizado? A sua empresa tem feito algo a mais para o cliente fiel? De que maneira a fidelidade é reconhecida? Muitas empresas desconhecem o quanto seus melhores clientes gastam com elas, e não criam nenhum tipo de reconhecimento para demonstrar o quanto se importam como eles. Na verdade, será mesmo que se importam com eles? Estenda o teste para outras pessoas da empresa. O desafio é trocar os "nãos" do início do texto para os "sins" e lembrar que todo o problema do cliente é oportunidade. O cliente é a mais importante fonte de informação é preciso disposição para ouvi-lo com intensidade, interesse e empatia. Tudo isso vai dar bastante trabalho, mas esse é o trabalho. Roberto Adami Tranjan é educador e diretor da Metanoia - Educação nos Negócios www.metanoia.net (comentar | 0 comentários ) | (envie este artigo ) | converted by Web2PDFConvert.com