Educação de Essencialidades Conceito - significa "conter completamente", "formar dentro de si"; é aquilo que a mente concebe ou entende: uma idéia ou noção, representação geral e abstrata de uma realidade. Pode ser também definido como uma unidade semântica, um símbolo mental ou uma "unidade de conhecimento". Um conceito corresponde geralmente a uma representação numa linguagem ou simbologia. O termo é usado em muitas áreas , na matemática, na filosofia, nas ciências cognitivas, na física, na informática. Conceitos são portadores de significado. Um único conceito pode ser expresso em qualquer número de linguagens: Por exemplo a palavra “cão” pode ser escrita em várias línguas e na tradução vai significar sempre “cão”. Palavras em várias línguas "querem dizer" o mesmo porque expressam um e o mesmo conceito. Conceito é uma frase que diz o que a coisa é ou como funciona. O conceito, enquanto oque-é é a expressão de um predicado comum a todas as coisas da mesma espécie. Chegase a esses predicados ou atributos comuns por meio da análise de diversas coisas da mesma espécie. O homem é um ser racional. A racionalidade é o predicado comum a todos os homens. CRENÇAS A crença é um sentimento inerente exclusivamente da raça humana, nenhum outro animal é capaz de cultivar ou transmitir tamanha subjetividade. Crença é a parte subjetiva do conhecimento, ou seja, aquilo que se acredita ser verdade mesmo que não haja nenhuma prova que confirme o fato. O interessante sobre a crença, no entanto, é que nela não cabe a dúvida ou incerteza, crer é tomar algo por verdade certa, independente de comprovações sociais ou científicas. Crer é confiar, acreditar, apostar em algo apenas pela convicção de que ali está a verdade, pode-se dizer que a crença nos move a agir, sem a crença de que será bem sucedido, o homem não tomaria atitude alguma. Vendo sob essa perspectiva, a crença também pode ser muito perigosa, uma vez que acreditar cegamente pode funcionar tanto para o bem quanto para o mal, ou seja, ao passo que Gandhi pregou a paz, Hitler pregou a guerra e o racismo, ambos criam verdadeiramente em sua concepção e lutaram por ela por toda sua vida. A crença pode criar tanto quanto destruir, o que define isso é o objeto da crença. Frequentemente se confunde crença e fé com religiosidade, o que certamente é um equívoco, eles se confrontam, mas não são sinônimos. A religião é apenas uma forma de crença, tanto quanto a filosofia, a ciência em muitos aspectos, a teoria da relatividade, vida em outros planetas, Deus, enfim, toda e qualquer teoria sem comprovação. A crença é a contraparte do agir e sentir, ela não pode ser ensinada ou aprendida por meio da ação ou percepção, senão desenvolvida em um momento de reflexão própria e livre de influência externa e, porque não dizer, através de insights acidentais em ocasiões excepcionais. Ora, como poderíamos fazer da crença uma regra? A regra é o que aceitamos de imediato, verdades que permitem a interação com o mundo exterior e, por isso, possuem aceitação espontânea de nossa parte, a crença, por sua vez, é a conclusão tirada depois da reflexão livre sobre a regra....... ...... Eu poderia dizer que a crença é uma evolução da regra ou mesmo um questionamento a veracidade da mesma após análise interna, a crença jamais pode ser aceita de forma espontânea e imediata porque não possui provas em sua defesa. Todos esses conhecimentos são subjetivos demais e símbolos são apenas símbolos, como saberemos que crença eles evocam em cada um de nós? A crença do espírito é a exata medida que compõe os quadros de sua vida, É através dela que ele estabelece a maneira de ler as situações vividas. Até os dias atuais, crer foi interpretado como sendo um movimento religioso, mas ele permeia todos os setores da vida, possibilitando-lhe avançar em suas escolhas e decisões quando direcionadas pela consciência. Ao limitar a crença, o espírito impede que o conhecimento se amplie, assim, não consegue compreender a vida em suas múltiplas expressões, atribuindo ao acaso ou a Deus tudo aquilo que o acomete, como se não tivesse participação e responsabilidade naquilo que está vivendo. Identificar nossa verdadeira crença é urgente, para que possamos decifrar o que pensamos e o que sentimos. Aquele que diz “eu creio”, muitas vezes, não aciona a inteligência para desvendar os mistérios que sua compreensão ainda não alcança, tornando necessário que a Lei de Progresso o conduza pelos caminhos do entendimento através da dor e do sofrimento. Quando o ser se desconhece, crê que a responsabilidade pela edificação e sua vida está assentada nas circunstâncias das quais se sente vítima. Ele crê: que as pessoas não se modificam; que o mundo está piorando a cada dia; que as doenças são males injustos; na indiferença; no descaso; na injustiça, enfim, que o mundo caminha para o caos. O ser espiritual está confuso, carrega angústias seculares, pensamentos desordenados que pedem redirecionamento, quer ser feliz e não sabe que caminho tomar, para que a felicidade se faça em seu mundo interior. Se tivermos a coragem de identificarmos nossas crenças, daremos um grande passo para o entendimento de nossa intimidade, na consciência de que nem sempre o que dizemos crer, em nosso nível consciente, é verdade em nossos sentimentos, por estar sempre em antagonismo com nossos desejos e realizações. Por isso, quando somos acometidos por contrariedades, atribuímos nossas dores a causas exteriores. Isto atesta o nível de entendimento que temos da verdade, acreditamos que Deus está fora de nós e que o outro é o agente da nossa dor. A crença de um ser não deve ser avaliada por suas palavras ou atitudes, mas pelo seu comportamento perante a vida, dentro e fora de si, por sua ação e reação perante os seres, coisas e fatos, no percurso de sua existência. Como me conduzo perante a crença que em mim pede desenvolvimento? Já tentei me auto conhecer pelo que digo crer? As sintonias que tenho atraído e alimentado são compatíveis com o que digo crer? Minha crença consciente acompanha meus pensamentos e meus atos? Tenho me esforçado para deixar de ser um desconhecido para mim? Como me educar e educar o outro se desconheço o que creio e, consequentemente, permito que o orgulho me leve a crer que já sei de tudo? A investigação sobre nós pede urgência, devemos acionar coragem para irmos de encontro ao alicerce de nossas construções interiores e, assim compormos o verdadeiro saber.