UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
,QVWLWXWRGH$UWHV
'HSDUWDPHQWRGH$UWHV&RUSRUDLV
*UDGXDomRHP'DQoD
0DWpULD7ySLFRV(VSHFLDLVHP'DQoD±,OXPLQDomR
Pr o f e s s o r : V a l m i r Pe r e z
³$ LOXPLQDomR GR 3RQWR GH YLVWD GR
6LPEROLVPR´
26LPEROLVPR
Escola, estilo e movimento literário nascido na França, na 2ª metade
do século XIX. O Simbolismo visou estabelecer um credo estético baseado no
subjetivo, no vago, no pessoal, na sugestão, no ilógico, no misticismo e na
expressão indireta e simbólica. Aparecendo em um mundo dominado pelo
positivismo, pelo mecanicismo e pelo ideal realista da objetividade, o Simbolismo
foi uma reação contra a ordem mecânica e cientifica, em nome do individuo, seu
valor intrínseco e sua realidade subjetiva. Foi uma nova revolta do ser, que
afastou o sentimentalismo romântico, e o descritismo naturalista.
Nas artes visuais, o Simbolismo começou a delinear-se por volta de
1885 como reação ao Impressionismo. Levou os pintores à representação da
realidade objetiva, mediante símbolos. Os mentores desse movimento cultivavam
em suas telas o gosto pelas superfícies lisas e achatadas; propunham a
simplificação do desenho; valorizavam a cor pelo uso de largas e difusas
pinceladas criando áreas cromáticas rigorosamente planas, limitadas por linhas
negras.
A força evocativa da linha, do contorno das figuras e da cor,
elementos empregados para sugerir idéias claras e íntegras, foi considerada fator
de suma importância na técnica simbolista. O resultado era, por assim dizer,
arbitrário ou sintético, e não mais traduzia uma cópia das formas visuais da
natureza.
Nas artes plásticas os simbolistas faziam uma síntese entre a
percepção dos sentidos e a reflexão intelectual. Buscavam revelar o outro lado da
mera aparência do real. Em muitas obras enfatizavam a pureza e a espiritualidade
dos personagens, em outras, a perversão e a maldade do mundo. A atração pela
ingenuidade fazia com que vários artistas se interessassem pelo primitivismo.
O artista mais significativo foi o francês Paul Gauguin, que começou a pintar
influenciado pelo pós-impressionismo. Em suas telas abandonava a perspectiva e
delineava as figuras utilizando contornos pretos. As cenas evocavam temas
religiosos e mágicos, como em Cristo Amarelo. Também se destacaram os
franceses Gustave Moreau (1826-1898) e Odilon Redon (1840-1916).
A partir de 1890, o simbolismo difundiu-se por toda a Europa e pelo resto do
mundo.
No espaço cênico os simbolistas introduziram novos dados na
problemática da utilização do mesmo. O espaço cênico livrou-se aos poucos do
atravancamento decorativo que o limitava e sufocava. Rejeitando o mimetismo
rigoroso dos naturalistas, os simbolistas libertaram-se automaticamente de todos
os ônus técnicos que dele decorreram. Chegou-se assim a uma concepção mais
flexível e leve do espaço cênico e à devolução de uma ênfase maior aos atos e à
iluminação com a ajuda da manipulação de alguns objetos significativos ou
sugestivos.
Já foi constatada que a contribuição essencial dos simbolistas
para o palco moderno foi a adesão dos pintores. Os autores românticos já haviam
contado com a colaboração dos artistas plásticos, um com os outros, empenhados
em sair do academicismo reinante. Mas a intervenção dos pintores na encenação
simbolista conduziu a um novo questionamento da teoria do espetáculo sobre a
qual repousavam até então a concepção e construção dos cenários por mais
diversificados que pudessem ser, sob os outros aspectos, as estéticas que as
norteavam. Os alemães e franceses aderiram ao palco giratório ou desmembrado
em vários níveis, à projeção de slides e títulos explicativos, à utilização de rampas
laterais para ampliar a cena ou plataformas colocadas no meio da platéia. O
britânico Edward Gordon revolucionou a iluminação usando, pela primeira vez a
luz elétrica.
No teatro, como o movimento rejeitava a abordagem da vida,
os personagens não eram seres humanos, constituíam a representação de idéias
e sentimentos. Através de uma forte relação, fazia com que o som, a luz, a cor e o
movimento tivessem destaque na encenação. Um dos principais textos pôs em
cena os personagens que materializavam expressões poéticas sobre a brevidade
e falta de sentimento da vida. No Brasil, o teatro simbolista começou a ser escrito
e encenado no século XX. A produção de textos era pequena, falavam da
sociedade carioca da época.
%LEOLRJUDILD
Integral Curso e Colégio.Caderno vol. 5, Coleção Vestibular I. Editora
Companhia da Escola. 2003.
http://www.conhecimentosgerais.com.br/teatro/simbolismo.html
http://www.micropic.com.br/noronha/liter_s.htm
Download

A iluminação do Ponto de vista do Simbolismo