Anais do Seminário Nacional Literatura e Cultura
Vol. 1, agosto de 2009 – ISSN 2175-4128
06 e 07 de agosto de 2009
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A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS NO ENSINO DE LEITURA
Tarcisio Bruno Santos Silva
1-INTRODUÇÃO
A necessidade da formação de leitores em nosso país é urgente, contudo o primeiro
passo é dissociar a atividade de leitura como algo ruim ou aplicada como forma de castigo,
neste contexto é preciso trabalhar desde a mais tenra idade atividades que desperte o prazer
por esta importante atividade. É possível estabelecer um vínculo de prazer ao ato de ler?
Assim o objetivo desta pesquisa é apresentar a contação de história como recurso de
incentivo a leitura, discorrendo sobre o projeto: Linguagem, arte e educação desenvolvido
pela Universidade Federal de Sergipe (com estudantes do curso de Pedagogia, da disciplina:
Arte e educação, sob a orientação da professora Drª. Verônica dos Reis Mariano Souza) e
Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva situada a rua Santa Catarina, bairro Siqueira
Campos, Aracaju-SE e sua contribuição para a formação de leitores, além de possibilitar a
construção de outras habilidades, pois o ato de contar história, além de atividade lúdica,
amplia a imaginação e ajuda a criança a organizar sua fala, através da coerência e da realidade
instigando o prazer pela leitura.
Em relação aos aspectos metodológicos, para o desenvolvimento deste trabalho
foram utilizadas como procedimentos técnicos a pesquisa bibliográfica, quanto ao objetivos
utilizar-se-á a pesquisa exploratória e segundo GIL (2002,p. 23) “Esta pesquisa tem como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
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explícito. Pode envolver levantamento bibliográfico”.A análise dos dados será realizada
qualitativamente.
A razão da escolha pela temática deu-se em virtude do envolvimento como “contador
de histórias” no projeto, bem como da importância de formação de leitores
para o
desenvolvimento da educação em nosso país.
Este artigo torna-se de profunda relevância, pois servirá de subsídios para educadores
que pretendam motivar e transformar o ato de ler em um momento de prazer por meio da
contação de história, além da importância desta importante atividade que é a leitura,
fundamental para a formação de qualquer individuo e responsável também pelo crescimento
intelectual.
Neste contexto a escola precisa desenvolver em seus discentes este hábito que é o ato
da leitura, assim são apontadas neste trabalho como é desenvolvida e trabalhada esta atividade
na escola, em seguida é discutido e apresentado o projeto:Linguagem, Arte e educação e sua
contribuição para a formação de leitores.
2- A LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA ESCOLA
Indubitavelmente a escola é o espaço propicio para o desenvolvimento de atividades
que despertem o prazer pela leitura, entretanto esta instituição acaba provocando o desgosto
por esta importante atividade, seja pela imposição e/ou visão equivocada da maioria dos
educadores, assim são apontados segundo Cunha diversos aspectos que contribuem para o
desinteresse dos alunos pela leitura:
Todos os educadores reclamam muito, atualmente, contra o crescente desinteresse
dos estudantes de todos os graus pela leitura. Muitas e diferentes razões são
apontadas para o fato: descuido familiar, decadência do ensino, excesso de
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facilidades na vida escolar, apelos sociais com muitas formas de diversão mais
atrativas (CUNHA, 2003, p.9).
Este desinteresse também é provocado em virtude da exigência por parte dos
educadores com a quantidade de leituras realizadas bem como imposta como obrigação, assim
Freire coloca:
“Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os
estudantes “leiam” num semestre, um sem número de capítulos de livros, reside na
compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler “(FREIRE, 2001,p.17).
Ratificando o exposto acima Capella (2007) assevera:“Na maioria das instituições,
crianças e adolescentes são submetidos a tarefas desgastantes, principalmente a de ler livros
difíceis e, posteriormente, realizar uma prova sobre a história, conflitos e personagens
apresentados.”.Ainda segundo o mesmo autor
Atividades como essa contribuem e muito para que, infelizmente, leitores
traumatizados e angustiados se afastem definitivamente dos livros, por melhor que
esses sejam. Fica claro, então, que a leitura, seja ela em âmbito escolar ou familiar,
não deve ser obrigatória, e sim estimulada a todo instante.(CAPELLA,2007).
A contação de história corrobora para a aproximação do livro com a criança, não por
meio da imposição, mas pela aventura, curiosidade, ludicidade, este recurso da contação,
segundo Cury sempre foi utilizado por Cristo e empolgava também os jovens:
O mestre dos mestres foi um excelente educador porque era um contador de
parábolas.Cada parábola que ele contou há dois mil anos era uma rica história que
abria o leque da inteligência, destruía preconceitos e estimulava o pensamento.Este
era um dos segredos pelos quais ele vivia rodeado de jovens.(CURY, 2003, p.49)
Nota-se a aplicabilidade deste recurso da contação não apenas para educação infantil,
qualquer educador pode e deve contar histórias, “humanizar as disciplinas”.
Quanto à
quantidade de leituras esta nem sempre reflete em qualidade, não é raro ouvir dos estudantes
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diversas críticas acerca do professor, referente aos extensos materiais para leitura, acerca do
exposto Freire (1989,p.17) assevera “Não foram poucas as vezes em que jovens estudantes me
falaram de sua luta às voltas com extensas bibliografias a serem muito mais “decoradas” do
que realmente lidas ou estudadas.”.
Percebe-se a necessidade de mudanças urgentes nas concepções dos educadores a
cerca da leitura e sua prática, esta mudança torna-se crucial principalmente nos professores da
educação infantil, pois o interesse pela leitura e formação de bons leitores, depende
essencialmente da formação inicial.
Comungando da mesma idéia Dmitruk (2001, p. 41) afirma, que “[...] não importa
tanto o quanto se lê, mas como se lê. A leitura requer atenção, intenção, reflexão, espírito
crítico, análise e síntese; o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar.”
Estas habilidades podem ser desenvolvidas desde a infância por meio da contação de
história e para Hamze:
Através da arte de contar histórias, podemos tornar possível a construção da
aprendizagem relacionada à competência cognitiva da criança, propiciando
elaboração de conceitos, compreendendo sua atitude no mundo, e se identificando
com papéis sociais que exercerá ao longo de sua existência.As histórias devem
acontecer dentro de um contexto simples e adequado ao entendimento da criança.
São extraordinárias ferramentas para a comunicação de valores, porque dão
contexto a fatos abstratos, difíceis de serem transmitidos isoladamente. (HAMZE)
Aspectos relacionados à inclusão (aceitação das diferenças) também são trabalhados no
projeto em estudo, por meio das contações de histórias, assim o posicionamento acima é
ratificado por estas práticas, por trazer fatos abstratos com leveza e ludicidade.
A superação das respostas prontas, a valorização do inesperado, a preparação para o
novo são aspectos que devem nortear as práticas pedagógicas de qualquer educador, Morin,
descreve bem estas necessidades, ao enfatizar:
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O inesperado surpreende-nos. É que nos instalamos de maneira segura em nossas
teorias e idéias, e estas não têm estrutura para acolher o novo. Entretanto, o novo
brota sem parar. Não podemos jamais prever como se apresentará, mas deve-se
esperar sua chegada, ou seja, esperar o inesperado.E quando o inesperado se
manifesta, é preciso ser capaz de rever nossas teorias e idéias, em vez de deixar o
fato novo entrar à força na teoria incapaz de recebê-lo. (MORIN, p.30,2000)
Este posicionamento pode ser interpretado também na condição de inovação do
educador, ao acolher a contação de história em suas práticas, bem como possibilitar o discente
a “esperar” o inesperado, pois ao contar história este aspecto estar sempre presente. Estar
preparado para ser “interrompido” pelas crianças no desenvolvimento da história, instigar e
saber trabalhar com estas “interrupções” constitui-se também em prever o inesperado e rever
e/ou alterar a teoria (no caso a história). Esta participação do aluno na contação de história
possibilita ainda a superação da visão do aluno como mero expectador (passivo), abrindo
espaços para o desenvolvimento da criatividade e valorização de suas habilidades, desde modo
segundo Elias o educador precisa:
Conhecer o seu aluno e valorizar as habilidades que ele possui criando
oportunidades para que ele possa desenvolvê-las e potencializá-las. Influenciando
muito no que o aluno irá aprender, o aluno não é passivo, mero receptor, mas está
em constante atividade, tudo quer conhecer cabendo à escola não anular esta
vivacidade e esse interesse com imposições e, sim, ativá-los constantemente
(ELIAS, 2000, p. 198)
3- O PROJETO: LINGUAGEM, ARTE E EDUCAÇÃO.
A qualidade do sistema educacional de um país perpassa pela formação de alunos e
professores leitores, entretanto as escolas não têm despertado os prazeres da leitura, tornando
o ensino monótono, sem inovações na aplicação de propostas pedagógicas que estimulem a
criança ao hábito de ler, assim as universidades, em especial nos cursos de formação de
professores, desempenham papel essencial na preparação dos docentes ao trabalhar o
desenvolvimento de atividades que proporcione e divulgue esta atividade, neste sentido a
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Universidade Federal de Sergipe em parceria com a Biblioteca Pública Municipal Clodomir
Silva, situada a rua Santa Catarina, bairro Siqueira Campos, Aracaju-SE, desenvolvem o
projeto: Linguagem, Arte e educação, desde 2008 sob a orientação da professora Drª.
Verônica dos Reis Mariano Souza, que afirma:
Este projeto tem o propósito de despertar no aluno o gosto pela leitura e a
linguagem deve ser trabalhada enquanto arte. Para isto, em parceria com os
contadores de história da Biblioteca Clodomir Silva é desenvolvida oficinas de
contadores de histórias com os alunos do curso de pedagogia matriculados na
disciplina Arte/Educação. No primeiro momento os alunos fazem o levantamento
da bibliografia a ser lida. Depois de escolhidos os textos, escolhem a técnica mais
apropriada para cada história. Escolhida a técnica, o planejamento detalhado e a
simulação de cada oficina. Os alunos apresentam o resultado do trabalho para o
público da Biblioteca. Nas oficinas os alunos apresentam-se como contadores de
história para alunos da rede pública, fornecendo bases para uma leitura criativa e
prazerosa. Além de preparar o aluno de pedagogia para trabalhar com a língua
portuguesa enquanto arte, o projeto irá beneficiar os alunos que freqüentam a
Biblioteca Municipal Clodomir Silva. Com este projeto espera-se conscientizar o
aluno de pedagogia a respeito da importância da leitura e da formação do leitor e
contribuir para a formação do hábito de leitura em crianças e jovens que
freqüentam a Clodomir Silva. (SOUZA, 2008).
Percebe-se no desenvolvimento deste projeto a preocupação em preparar os futuros
educadores para o trabalho com a literatura, proporcionado um novo olhar sobre o ato de ler,
além da superação do paradigma associativo entre leitura e castigo, ou como uma atividade
enfadonha, resgatando e tornando a atividade da leitura prazerosa, não penas para que lê mas
também para quem ouve.É notável a participação, envolvimento e satisfação destes
acadêmicos no desenvolvimento destas atividades, inclusive como contadores de história, esta
“empolgação” dos futuros educadores:pedagogos e pedagogas é essencial,pois entende-se que
para despertar o prazer pela leitura é necessário tê-lo.É preciso “seduzir” para a leitura, assim
Rubem Alves, assevera:
A escola insiste em estragar a leitura. Ela deve ser “uma coisa solta, vagabunda, sem
relatórios” e que o professor deve, antes de tudo, seduzir. E por que a necessidade
de sedução? Porque ninguém nasce gostando de ler. O prazer estético, ou seja, o
gosto pela leitura é despertado em nós por alguém. Ele não nasce conosco.
(ALVES,2002).
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Cunha,(2003,p.15) aponta algumas razões para o distanciamento do ato de ler no
âmbito escolar, uma delas é a falta de empenho dos educadores em “criar tempo” para essas
atividades, este comportamento segundo a autora é fruto da falta de orientação ofertadas pelas
Universidades sobre o assunto, não tendo uma visão da verdadeira função da literatura na
educação.
Entretanto, o posicionamento da autora difere ao menos da realidade desta turma de
pedagogia da Universidade Federal de Sergipe, envolvidos no projeto: Linguagem,arte,e
educação. É visível nas apresentações de contação de história com a participação de alunos da
rede pública e privada de ensino das escolas situadas no bairro Siqueira Campos a “magia” e o
envolvimento no olhar de cada criança, este envolvimento aproxima os discentes do livro,
aguçam a imaginação e curiosidade para conhecer mais histórias. Assim a formação de
professores que vislumbrem a necessidade e a importância da literatura na construção do
conhecimento e desenvolvimento de habilidades (como a leitura por exemplo) é essencial para
a formação de “verdadeiros leitores” e não apenas decodificadores, Os PCN – Parâmetros
Curriculares Nacionais – enfoca algumas questões a respeito da leitura:
É preciso superar algumas concepções sobre o aprendizado inicial da leitura. A
principal delas é a de que ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons,
sendo a compreensão conseqüência natural dessa ação. Por conta desta concepção
equivocada a escola vem produzindo grande quantidade de “leitores” capazes de
decodificar qualquer texto, mas com enormes dificuldades para compreender o que
tentam ler. (PCN, 1997, p. 55).
A superação destas concepções é possível com alteração também na postura do
educador, assim o desenvolvimento do projeto em análise possibilita novas posturas,
formando educadores como contador de histórias, além de incentivar a leitura entre os
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discentes e a formação de indivíduos criativos e pesquisadores, acerca do assunto Hamze
expõe:
O professor como contador de histórias, transforma-se em um mediador
privilegiado dentro do contexto da educação quando leva o aluno a pesquisa e a
novas produções. A história passa a ser reinventada pela criança através de um
desenho, uma pintura, ou mesmo através de uma fala com enfoque pessoal.
(HAMZE)
Este comportamento promove mesmo que paulatinamente, alterações significativas no
processo de ensino aprendizagem, principalmente na aquisição da leitura, e também no
processo educacional como um todo, e segundo Amorim e Meneses (2005,p.30). “A mudança
no processo educacional tem que partir do perfil do professor que precisa se capacitar para
não ser aquele mero ministrador de aula (reprodutor de conhecimento), e sim ser aquele que
produz conhecimento”.
A participação na construção e seleção de obras para a contação pode ser feita em sala
de aula também com participação do aluno, envolvendo-o e atendendo suas necessidades.
Moraes observa o seguinte:
Constatamos que os sujeitos pesquisados utilizam critérios de seleção de obras
literárias para a leitura extraclasse, sendo tais critérios determinados pelo contexto
escolar e, portanto, de caráter extrínseco à literatura. Observamos, também, que a
seleção de obras atende integralmente às exigências do contexto escolar e não
considera as expectativas, interesses e necessidades dos alunos. Detectamos ainda
que a abordagem da leitura adotada pressupõe o texto como pretexto para
aprendizagens outras e não prioriza a criação ou desenvolvimento do espírito
criativo do leitor e a percepção do fato literário como objetivo de linguagem.
(MORAES, 1995, p. 125).
3- CONCLUSÃO
O prazer pela leitura dever ser instigado desde a mais tenra idade, para tanto é
essencial associar esta prática a atividades lúdicas, que despertem a curiosidade, assim a
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contação de história constitui-se em importante recurso para este fim.Então, pode-se
responder sem medo de errar que é possível estabelecer um vínculo de prazer ao ato de ler.
A escola é o espaço principal para a formação de leitores,quando nestas há educadores
que desempenham o papel de mediador de uma prática educativa construtiva e criativa e que
considere e inclua a contação de história como recurso valioso para o incentivo a leitura desde
a mais tenra idade.O educador enquanto mediador do processo ensino aprendizagem e
protagonista na resolução e estudo das dificuldades de aquisição da leitura deve obter
informações e orientações especificas para que desenvolva um trabalho consciente e que
promova o sucesso de todos os envolvidos no processo.
Porém, esta formação do educador será possível apenas em instituições
(Universidades, faculdades) que tenham a visão da necessidade de parcerias para o
desenvolvimento de suas atividades, bem como o olhar de que a sala de aula não se constitui o
único espaço para a construção do conhecimento, estas características estão presentes nesta
turma de pedagogia da Universidade Federal de Sergipe que sob a orientação da professora
Drª. Verônica dos Reis Mariano Souza, Saíram da “Zona de Conforto” (UFS), para adentrar a
Biblioteca Pública Municipal Clodomir Silva e desenvolver esta atividade tão importante para a
formação de leitores que é a contação de histórias. Freire expõe sobre a possibilidade da
mudança
Se é possível obter água cavando o chão, se é possível enfeitar a casa, se é possível
crer desta ou daquela forma, se é possível nos defender do frio, do calor, se é
possível desviar leitos de rios, fazer barragens, se é possível mudar o mundo que na
fizemos, o da natureza, por que não mudar o mundo que fizemos, o da cultura, o a
história, o da política. (FREIRE, 2000, P.98).
Ratificando o pensamento de Freire quanto à possibilidade de mudança, este projeto
demonstra que é possível associar leitura e prazer, além de mostrar a necessidade de mudanças
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em paradigmas enraizados da educação, fazendo acadêmicos, e todos os envolvidos
acreditarem que é possível mudar.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação : cartas pedagógicas e outras escritas.4 reimpressão.
São Paulo: Unesp,2000.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: Em três artigos que se complementam. 23. ed.
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MORIN, Edgar.Os sete saberes a necessário a educação o futuro.2ed.São Paulo:Cortez, 2000
SOUZA,Verônica dos Reis Mariano.Projeto:Linguagem, arte e educação. Universidade
Federal de Sergipe, 2008.
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