Novo ministro da Justiça quer investir no sistema prisional Qui, 11 de Fevereiro de 2010 06:45 Em entrevista à Agência Estado, o novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, indicou que o sistema prisional será tratado com mais atenção a partir de agora. Na entrevista ele avalia que "O Brasil desenvolveu muito o sistema de polícia, seus sistemas judiciais, mas o sistema penitenciário não seguiu esse investimento", e conclui: "Hoje, nós temos um sistema de Justiça que funciona bem, um sistema de polícia cada vez mais preparado e um sistema penitenciário em destroços. Nós precisamos reerguer esse sistema." Em entrevista à Agência Estado, o novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, indicou que o sistema prisional será tratado com mais atenção a partir de agora. Na entrevista ele avalia que "O Brasil desenvolveu muito o sistema de polícia, seus sistemas judiciais, mas o sistema penitenciário não seguiu esse investimento", e conclui: "Hoje, nós temos um sistema de Justiça que funciona bem, um sistema de polícia cada vez mais preparado e um sistema penitenciário em destroços. Nós precisamos reerguer esse sistema." O novo ministro defendeu que a segurança pública brasileira precisa ser vista como "um tripé que envolva o Poder Judiciário, a polícia e o sistema prisional". "Essa visão é um avanço em termos de política de segurança pública no Brasil, pois até então os governos vinham resumindo a segurança pública às polícias constituídas (civil, militar e federal) e à Justiça", analisa João Rinaldo Machado, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo. Para o presidente sindical, "O sistema prisional sempre foi largado à própria sorte, como se não fizesse parte da segurança pública. Isso resultou em anos de construções inadequadas de unidades prisionais, falta de investimentos tecnológicos e humanos, falta de reconhecimento das funções policiais efetivamente cumpridas pelos ASPs e AEVPs, falta de valorização dos servidores que atuam no sistema. Em resumo, pode-se dizer que os governos anteriores só olhavam a ponta de um perigoso iceberg que é a segurança pública; esqueceram, talvez, que o verdadeiro risco do iceberg se esconde sob as águas. E nós, servidores do sistema prisional, sempre fomos largados para cuidar desse perigo que fica longe dos olhos da sociedade". Luiz Paulo Barreto assumiu o cargo de ministro da Justiça nesta quarta (dia 10), substituindo Tarso Genro. O novo ministro era secretário executivo do MJ e tem 46 anos. 1/1