Análise funcional de genes diferentemente expressos em macrófagos murinos infectados por Leishmania amazonensis ou L. major Mario Gandra Laboratório de Patologia e Bio-Intervenção Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz – Fiocruz/BA Interação leishmania-macrófago via proteoglicanos de superfície celular: um novo alvo contra a infecção parasitária? Mario Gandra Laboratório de Patologia e Bio-Intervenção Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz – Fiocruz/BA Introdução • Proteoglicanos são glicoproteínas que contém uma ou mais cadeias de glicosaminoglicanos (GAGs); • Os proteoglicanos são moléculas ubíquas, podendo ocorrer na matriz extracelular, ancorados à superfície celular ou no interior de mastócitos; • Participam de vários processos fisiológicos, tais como a coagulação, adesão célula-matriz, reconhecimento de citocinas e fatores de crescimento, etc. • Alguns microorganismos patogênicos ligam-se a proteoglicanos na membrana celular de hospedeiros; Introdução • Muitos trabalhos já mostraram a importância dessa interação na infectividade desses patógenos – Lysteria monocytogenes, Borrelia burgdorferi, Chlamidya Trachomatis, Plasmodium falciparum, Herpes Simplex Virus, Human Immunodeficiency Virus, etc. • Na maioria dos casos, o proteoglicano envolvido é de Heparam Sulfato e a ligação do parasito ocorre através das cadeias de GAG; • Presença de Heparina exógena modula interação parasito-célula hospedeira. • Amastigotas de L. amazonensis possuem uma proteína de superfície que se liga a um proteoglicano de heparam sulfato na membrana de macrófagos. Objetivos • Investigar a participação dos proteoglicanos de superfície de macrófagos de camundongos CBA na infectividade de L. amazonensis e L. major; • Identificar os proteoglicanos envolvidos; • Identificar o ligante dos proteoglicanos na superfície do parasito. Metodologia • Estímulo na cavidade peritoneal com tioglicolato, coleta de macrófagos inflamatórios, plaqueamento; • Infecção com L. amazonensis ou L. major, por 45`; • Tratamento dos macrófagos com diferentes doses de GAGs exógenos (no momento da infecção – competidores) ou de clorato (por 24 horas antes); • Contagem das células infectadas em microscópio óptico. Condroitim 4-sulfato Infectividade L. amazonensis 140 120 80 60 40 20 0 0,1 1 10 20 100 [C -4-S] ug/mL L. amazonensis Infectividade 140 120 100 % controle % controle 100 80 60 40 L. major 20 0 0,1 1 10 [C -4-S] ug/mL L. major 20 100 Condroitim 4-sulfato Lsh/Mo L. amazonensis 140 120 80 60 40 20 0 0,1 1 10 20 100 [C -4-S] ug/mL L. amazonensis Lsh/Mo 140 120 100 % controle % controle 100 80 60 40 L. major 20 0 0,1 1 10 [C -4-S] ug/mL L. major 20 100 Condroitim 6-sulfato Infectividade L. amazonensis 160 140 100 80 60 40 20 0 0.1 10 20 100 1000 [C -6-S] ug/mL L.amazonensis Infectividade 160 140 120 % controle % controle 120 100 80 60 40 L. major 20 0 0.1 10 20 [C -6-S] ug/mL L. major 100 1000 Condroitim 6-sulfato Lsh/Mo L. amazonensis 140 100 80 60 40 20 0 0.1 10 20 100 1000 [C -6-S] ug/mL L. amazonensis Lsh/Mo 140 120 % controle % controle 120 L. major 100 80 60 40 20 0 0.1 10 20 [C -6-S] ug/mL L. major 100 1000 Heparina Infectividade L. amazonensis 180 160 120 100 80 60 40 20 0 0,1 1 10 20 100 [Hep] ug/mL L. amazonensis Infectividade 180 160 140 120 Lsh/Mo % controle 140 100 80 60 40 L. major 20 0 0,1 1 10 [Hep] ug/mL L. major 20 100 Heparina Lsh/Mo 140 L. amazonensis 120 80 60 40 20 0 0,1 1 10 20 100 [Hep] ug/mL L. amazonensis Lsh/Mo 140 120 100 % controle % controle 100 80 60 40 L. major 20 0 0,1 1 10 [Hep] ug/mL L. major 20 100 Clorato L. amazonensis 120 100 80 60 40 20 0 1 50 200 [NaClO 4] ug/mL L. amazonensis Infectividade % controle % céls. infectadas Infectividade L. major 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 50 [NaC lO4] ug/mL L. major 200 Clorato L. amazonensis 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 50 200 [NaC lO4] ug/mL L. amazonensis Lsh/Mo % controle % controle Lsh/Mo L. major 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 50 [NaC lO4] ug/mL L. major 200 Conclusões • A carga negativa de GAG(s) do macrófago é importante para a infectividade de L. amazonensis, mas não de L. major; • Esse GAG parece ser um heparam sulfato; Perspectivas • Confirmar o heparam sulfato com enzimas que o degradam especificamente; • Purificar, identificar e caracterizar o ligante na leishmania;