PAPEL DA INTERAÇÃO DO TNF COM SEU RECEPTOR P55 NO
DESENVOLVIMENTO DE UMA RESPOSTA PROTETORA CONTRA
INFECÇÃO POR Leishmania amazonensis
Neste estudo nosso objetivo foi avaliar o papel da interação do TNF com seu
receptor p55 no curso de infecção dos animais TNFRp55-/- infectados com L.
amazonensis. Avaliamos também o papel da interação do TNF com seu receptor p55
nestes animais após imunização com antígeno de L. amazonensis e desafio com esta
mesma espécie de Leishmania usada no preparo do antígeno. Para chegarmos aos
nossos objetivos observamos o curso de infecção pela L. amazonensis, realizamos
quantificação de parasitas, análise histopatológica de uma porção da lesão da pata e
dosagens de NO e das citocinas, IFN-γ, IL-4 e TNF nos animais TNFRp55-/-. Através
dos resultados obtidos nestas análises verificamos se os animais TNFRp55-/- vacinados
eram capazes de desenvolver uma resposta Th1 e se a resposta desenvolvida por estes
animais imunizados era eficiente no controle da infecção. Observamos que os animais
TNFRp55-/-, assim como seus controles (C57BL/6), não controlaram o número de
parasitas e desenvolveram uma lesão que se tornou crônica após infecção com L.
amazonensis. Entretanto, após imunização, estas duas linhagens de camundongos
reduziram o tamanho da lesão e o número de parasitas presentes na lesão,
provavelmente devido à elevação na produção de IFN-γ induzida pela imunização. A
produção de IL-4 foi baixa ou não detectada nestes animais e a produção de TNF, assim
como a de IFN-γ, estava aumentada no final do experimento. Os animais TNFRp55-/-,
portanto, desenvolvem uma resposta Th1 após imunização e esta resposta é eficiente no
controle da infecção. No entanto, observamos um atraso no início do controle da lesão
nos animais TNFRp55-/-, tanto controles quanto vacinados. Nossos dados sugerem,
então, que a interação do TNF com seu receptor p55, tanto em animais vacinados como
em animais não imunizados, não é essencial para o controle dos parasitas mas está
envolvida no controle do tamanho da lesão.
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PAPEL DA INTERAÇÃO DO TNF COM SEU RECEPTOR