TENDÊNCIAS Os jovens e o mar
Lusitania
Consigo
Portugalidades
Motivos
do nosso orgulho
Portugal não vive apenas do fado. O nosso orgulho
estende-se a um conjunto de riquezas nacionais que
esperam por serem reinventadas
Padre Vítor Melícias
A hora da solidariedade
À conversa com o Presidente
da Assembleia Geral da Lusitania
1
2º Semestre
2012
O mosaico
português
A técnica de construção
da calçada portuguesa
foi exportada para
o Brasil e está visível
no calçadão
da Praia de Copacabana
no Rio de Janeiro
Estas originais e autênticas obras-primas nas zonas pedonais
resultam do calcetamento com pedras de formato irregular,
geralmente de calcário e basalto. As cores tradicionais são o preto,
branco, vermelho e castanho. A construção destes painéis no
solo terá tido um maior desenvolvimento a partir de meados do
séc. XIX, sendo então exportada para o Brasil, como é exemplo o
calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A sua origem
remonta aos romanos e aos árabes e, já na época moderna, às
cartas régias de 1498 e de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I,
que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais
notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos
Ferros). Já no século XIX, em 1842, em Lisboa, foi feita uma calçada
calcária, realizada por presidiários (chamados “grilhetas” na época),
a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o
tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado de
traçado simples (tipo zig-zag) motivou vários cronistas portugueses
a escrever sobre o assunto.
Em «O Arco de Sant’Ana», romance de Almeida Garrett, também
a calçada seria referida, tal como em «Cristalizações», poema de
Cesário Verde. A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por
quase todo o país e ex-colónias, tendo-se assim aliado o sentido
artístico à funcionalidade.
*Com revisão técnica de Miguel Monteiro de Barros, membro da
direcção da Associação dos Professores de História.
Lusitania
Consigo
Editorial
É com muito apreço
que saúdo o lançamento
da revista “Lusitania Consigo”.
António Tomás Correia
Presidente do Grupo Montepio
Nesta saudação, ficam abrangidos de forma especial, todos os
clientes, mediadores, trabalhadores e colaboradores da Lusitania,
Lusitania Vida e do Grupo Montepio em geral, a quem a revista é
especialmente dirigida.
Pela sua conceção e grafismo actual, pela variedade de temas que
aborda, pela ênfase na divulgação técnica e cultural e na informação
acerca do Grupo, constituirá, certamente, um excelente meio de
articulação de todos os que se relacionam com o Grupo Montepio,
no caso presente através da Lusitania e da Lusitania Vida.
Ao dobrar o primeiro quartel de vida, as nossas seguradoras têm,
hoje em dia, um papel de relevo na protecção de pessoas e bens e
na dinamização da actividade económica do país.
Num mercado em grande transformação e marcado pelo peso das
multinacionais do sector, a identidade nacional e a raiz mutualista
creditam a Lusitania como um importante projecto nacional que, de
resto, as sete companhias já integradas bem evidenciam.
Na qualidade de Presidente do Grupo Montepio, felicito todos os
que estão ligados ao lançamento deste projecto, formulando os
votos de que a “Lusitania Consigo” atinja todos os objectivos a que
se propõe e designadamente o reforço e estreitamento das relações
com todos os que connosco trabalham.
Lisboa, 15 de Setembro de 2012
Portugalidades
Editorial
“Num mercado em
grande transformação
e marcado pelo peso
das multinacionais
do sector, a identidade
nacional e a raiz
mutualista creditam
a Lusitania como um
importante projecto
nacional...”
05
Lusitania
Consigo
Índice
Editorial 04
À conversa com 08
Breves 14
Portugalidades 24
Ficha Técnica:
Propriedade: Lusitania, Companhia de Seguros, SA
Rua de São Domingos à Lapa nº 35
1249-130 Lisboa
T (+351) 210 407 510 / 220 407 510 Email [email protected]
NIPC: 501689168, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa
Director: José Arez Romão
Coordenação: Susana Pascoal, Rita Collaço
Concepção, edição e produção: Rita Collaço
Definição e gestão de conteúdos: Direcção de Marketing e Inovação – Comunicação, Imagem e Relações Institucionais
Design e Paginação: Carlos Gomes (Chair Design), José Branco
Colaboraram nesta edição: Carlos Nogueira (IELT), Cecília Rezende, Jorge Mafalda, Luís Rasquilha (AYR Consulting),
Maria João Alexandre, Miguel Monteiro de Barros (APH), Rita Oliveira (Museu do Fado)
Fotografia de Capa: Fernando Piçarra
Fotografia: Arquivo Lusitania, Eduardo Grilo, Fernando Piçarra, Istockphoto
Impressão: ACD Artes Gráficas
Rua Marquesa de Alorna, 12 – A, Bons Dias, 2620-271 Ramada
Periodicidade semestral | Tiragem 5.000 exemplares | Distribuição gratuita
Nº de registo 126276 | Depósito Legal nº 348974/12
Os textos desta edição estão redigidos ainda sob o anterior acordo ortográfico.
Os textos, fotografias ou ilustrações desta revista podem ser reproduzidos no todo ou em parte, desde que sejam citados os respectivos
autores e fontes.
Tendências 32
Equipa 36
Rede 42
Portugalidades
índice
Observatório 52 Inovação 54 LusitaniaMar 56 Comunidade 60 Conhecer 64 Meu tempo 68
À Conversa Com
O Presidente da
Assembleia Geral
da Lusitania
Hoje é a hora da solidariedade de todos para
com todos.
Em entrevista, o Padre Vítor Melícias falou-nos da sua missão, do país, dos séniores, dos
jovens e das suas “portugalidades” preferidas.
Tendências
Os Jovens e o mar
A experiência de mar é um desafio exigente
em termos físicos e emocionais, que
desenvolvem nos jovens responsabilidades
pessoais e sociais, tornando-se um marco
fundamental nas suas vidas.
inovação
opinião
Portugal desconhecido 70
Portugalidades
Motivos do
nosso orgulho
Portugal não vive apenas do fado. O nosso
orgulho deve estender-se a um conjunto de
riquezas nacionais, que esperam para serem
reinventadas.
LusitaniaMar
grandes
parceiros
A Naveiro, o mais importante armador
nacional de transportes marítimos e o
Grupo Silva Vieira que integra o núcleo dos
principais armadores de pesca portugueses.
Luís Rasquilha CEO da AYR Consultuing fala
do poder do Coolhunting como solução
para a crise.
07
Lusitania
Consigo
À conversa com...
Padre Vítor Melícias
Em entrevista ao primeiro número
da “Lusitania Consigo”, o
Padre Melícias falou-nos da sua
missão de vida, do país, dos séniores,
dos jovens e de “portugalidades”,
o mote desta nova revista
da companhia de seguros Lusitania
Fernando Piçarra
A hora da
solidariedade
Rita Collaço e Maria João Alexandre
Com 74 anos feitos a 25 de Julho é formado em Teologia, Direito Canónico e em Direito. Franciscano por vocação e formação e um humanista com
activa participação na sociedade do seu tempo, é ainda, presidente e Capelão dos Bombeiros Portugueses, líder do Mutualismo, rosto das Misericórdias,
Presidente do Montepio Geral, Alto-comissário para Timor e Chanceler das Ordens Honoríficas. “Nestes 74 anos que já levo de vida, felizmente polifacetada
e muito activa, seguramente que os grandes marcos foram os votos solenes como franciscano e a ordenação sacerdotal”, contou à “Lusitania Consigo”. O
intenso envolvimento na sociedade civil solidária, quase sempre como voluntário, é um marco que destaca “naquelas actividades em que pude inovar e
ajudar as instituições sociais a reforçarem a sua identidade e imagem de marca.” Falámos sobre o seu percurso, a situação económica actual, os séniores,
os jovens, e sobre “portugalidades”, o mote desta nova revista da companhia de seguros Lusitania. “Não somos, talvez, muito organizados, mas somos um
povo bom”, afirmou orgulhoso. Diz não perder tempo a olhar para o ontem e descreve casos de dificuldade de “pessoas que hoje têm de se socorrer da ajuda
da reformazita dos seus parentes”, ou, “Deus nos valha”, utilizando uma expressão sua, “de quem comece a tentar levar umas coisitas do supermercado ou a
ver o nome alinhado no rol dos fiados.” É como antigamente, desabafa, acreditando que hoje é “a hora da solidariedade de todos para com todos.”
Além da vocação sacerdotal, quais foram as actividades que mais o realizaram?
Senti-me plenamente realizado e feliz em todas as actividades que a vida me proporcionou. Para além do ensino superior, sobretudo de Filosofia do
Direito e de Direitos Humanos, além do Direito Canónico e da Ética Empresarial, a minha primeira actividade, como presidente da Caixa dos Trabalhadores
Migrantes, e os progressos que então se conseguiram na protecção social internacional dos nossos trabalhadores emigrantes, deixam-me ainda hoje a
confortável sensação de ter sido útil a muita gente. Como, aliás, nos Bombeiros, Misericórdias, Mutualismo, Conselho Económico e Social e em várias
instituições de economia social e de cooperação, bem como no caso de Timor, sempre senti que a vontade de ser útil foi sempre a razão do entusiasmo
com que me dediquei e dedico às causas e projectos.
Portugalidades
à conversa com...
Pode caracterizar a sua missão de vida?
Eu nasci de gente pobre, mas muito rica em generosidade e sentido
solidário. Cedo aprendi que ninguém nasce para si mesmo, tudo o que
somos ou temos é de todos e para o serviço de todos. Concebo, assim,
como missão e sentido da minha vida o serviço. Sinto-me mais eu quando
sei que estou a ser útil a alguém ou ao todo.
O que mais o motiva a cada dia que nasce?
Acreditar que o mundo pode ser melhor e que cada um tem um contributo
a dar. E mais: não perder tempo a olhar para o ontem. Cada dia é um amanhã
a nascer.
Como encara esta política de austeridade e em que
medidas acredita para combater a crise económica?
Carlos Gomes
Esta crise é uma crise de valores e de hierarquia de valores e de
objectivos. As pessoas, as famílias, os próprios povos ou países estão a ser
instrumentalizados aos interesses financeiros dos mercados. A economia e
a política estão reduzidas a mero serviço da finança. Há aqui uma distorção
enorme. Os decisores políticos, que por isso mesmo revelam não o ser, estão
“A vontade de ser
útil foi sempre
a razão do
entusiasmo com
que me dediquei e
dedico às causas
e projectos”
09
Lusitania
Consigo
dominados pelo peso dos mercados e dos interesses financeiros. Urge que a política, decidida
e participada pelos cidadãos, inverta os papéis. Impõe-se um novo paradigma de governança.
Na Encíclica “Centesimus Annus”, considerada a primeira e magistral encíclica de economia
social, o Papa João Paulo II denunciava que o homem moderno se encontra “sufocado” entre
o Estado e o mercado. Ora, desde então as coisas têm-se agravado ainda mais: estamos em
risco de “estrangulamento colectivo” às mãos da cegueira financista e perante a incapacidade
de quem decide as políticas. Para responder à sua pergunta, introduziria uma mudança de
prioridades: a economia e os pobres têm que ser opção prioritária sobre a finança e os ricos.
Enquanto franciscano, sente que o clima
de depressão está a afectar o bem-estar social?
Em 5 de Maio deste ano, o vice-ministro das finanças da Alemanha declarou numa visita a
Assis que “hoje se torna urgente uma Europa mais franciscana”. Seguramente não ignorava
que os princípios basilares da economia franciscana, de que são grandes mestres Pedro Olivi,
Guilherme Ockam, S. Bernardino de Sena e o nosso Doutor evangélico, Santo António de
Lisboa, assentam precisamente na ideia de que todos os homens e todos os seres são irmãos e
de que todos os bens têm um destino comum, são para serviço de todos, de modo que qualquer
direito de propriedade, privado ou público, é precedido de um direito de propriedade comum,
segundo o qual, na sua raiz, tudo o que existe é de todos e para todos. Desta visão filosófica da
economia, decorre que os primeiros proprietários, e nesse caso primeiros a ter direito de usar
os bens, são aqueles que, em extrema necessidade, deles mais necessitam. O que significa que,
como literalmente escreveu o nosso Santo António, quem nessas circunstâncias “fechar as
suas entranhas ante o seu irmão pobre peca mortalmente e é um ladrão”, por estar a denegar
ao pobre aquilo que já é seu, porque lhe tem direito.
Afirmou que “a austeridade está a dar prioridade ao sistema financeiro,
em vez de privilegiar os mais pobres.” Pode desenvolver este tema?
A opção preferencial pelos mais pobres, enquanto opção por uma economia em prol do
desenvolvimento humano integral, não consiste numa proposta de redistribuição (muito
menos do tipo esmola) dos recursos existentes. Significa, antes, uma opção preferencial pelos
critérios e soluções de economia que visem um crescimento com utilidade para todos, e não
a remuneração ou a concentração dos ganhos financeiros. Ora, enquanto, por exemplo, os
“Objectivos do Milénio” visavam a erradicação da pobreza extrema, através de políticas de
desenvolvimento económico, as actuais políticas de austeridade para combate à crise dão
prioridade absoluta à estabilidade do sistema financeiro e bancário, gerando uma imensa onda
“Sinto-me mais
eu quando sei
que estou a ser
útil a alguém
ou ao todo”
Vítor José
Melícias Lopes
• Nasceu a 25 de Julho de 1938 no Ramalhal,
Torres Vedras.
• Foi ordenado sacerdote franciscano em 29 de
Julho de 1962.
• Licenciou-se em Direito Canónico, em Roma,
Itália, como bolseiro da Fundação Calouste
Gulbenkian e, em Direito, pela Universidade
Clássica de Lisboa.
• Ajudou a fundar a DECO (Associação
Portuguesa para a Defesa do Consumidor),
colaborou com a SEDES, chefiou quinze
delegações para acordos de segurança social
com dez países.
• Em 1974, assumiu a presidência da Liga dos
Bombeiros Portugueses, cargo que, como
voluntário, ocupou durante seis anos, tendo de
seguida sido Presidente do Congresso por mais
de uma década.
• Em 1983, foi eleito presidente do Conselho
de Administração do Montepio Geral, onde
esteve até Abril de 1988. Um mês antes,
tinha sido empossado provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Lisboa, função que
desempenhou até Janeiro de 1992.
• Em 1991, assumiu a presidência da União das
Misericórdias Portuguesas e, dois anos depois,
foi eleito presidente de honra da Confederação
Internacional das Misericórdias.
• Desde 1998 que é membro efectivo do
Comité Económico e Social da União Europeia
e, em 1999, foi nomeado Comissário Nacional
para Apoio à Transição em Timor-Leste e foi
Chanceler das Ordens Honoríficas Portuguesas.
• Integrou ainda conselhos de diversas
instituições como a Fundação Calouste
Gulbenkian, a Universidade de Coimbra, a
Fundação Montepio Geral, a Fundação Ilídio
Pinho e a Fundação da Juventude.
• Professor no Instituto Superior de Teologia de
Évora e na Universidade Católica onde leccionou
Filosofia do Direito e Direito Canónico. Foi ainda
professor de Ética e Gestão de Empresas no
Instituto Superior de Novas Profissões.
• Destaque para a nomeação como Grande
Oficial da Ordem de Benemerência em 1983,
o Prémio Nacional de Solidariedade de 1986,
a Grã-Cruz do Mérito em 1993 e Grã-Cruz de
Cristo em 2006.
Fernando Piçarra
Padre Vítor Melícias fotografado em Julho, no Seminário da Luz (Convento da Imaculada Conceição)
Lusitania
Consigo
“Eu nasci de gente
pobre mas muito rica
em generosidade e
sentido solidário”
de desemprego e uma paralisia generalizada da economia com imparável aumento das situações de pobreza real e de ataque precisamente aos mais pobres.
Chega-se ao ponto de, pela via da extracção financeira ou da diminuição dos apoios sociais, agravar-se a situação já desesperada dos pobres. Isto é
inadmissível, muito mais quando se chega, como já se chegou, ao indecoro de, para legitimar cortes nos apoios, promover-se a inveja entre os próprios
pobres e beneficiários de apoios sociais.
De que forma as Instituições de Solidariedade a que pertence
estão a dar resposta aos tempos em que vivemos?
Enquanto agentes e promotores de economia social e solidária, estas instituições da sociedade civil procuram minorar a situação sobretudo dos mais
atingidos pelo desemprego e carências básicas. Só que não dispõem de recursos nem de capacidade de reacção imediata para suster a avalanche. Não basta
o princípio da solidariedade, que as move, nem o da proximidade, que as pressiona. É preciso que o da subsidiariedade na organização do país dê mais lugar,
efectivo e sustentado, ao terceiro sector e à participação da sociedade civil organizada.
Pode partilhar casos concretos de histórias de vida
que resultem das dificuldades dos dias de hoje?
O mapa é já tão vasto que nem é preciso partilhar concretizações. Não há praticamente ninguém que não tenha dentro de casa, na porta ao lado ou na
sua rua, situações de carência alimentar, de incapacidade de pagar escola de filhos e remédios próprios ou de familiares, de quem não vá ao médico ou ao
hospital por não poder pagar o transporte ou a consulta, de quem tenha de se socorrer da ajuda da reformazita dos seus parentes ou mesmo, Deus nos valha,
de quem comece a tentar levar umas coisitas do supermercado ou a ver o nome alinhado no rol dos fiados. Como antigamente. Não há dúvida, chegou a
hora da solidariedade de todos para com todos.
Como caracteriza o povo português?
Olhe, só para me conter naquilo de que estamos a falar: o povo português é um povo solidário. Não é por acaso que a maior parte dos nossos corpos
de bombeiros são de associações humanitárias de cidadãos, nem é por acaso que temos uma cobertura impressionante de Misericórdias com mais de
quinhentos anos e uma multidão de instituições de solidariedade social. Como não é por acaso que viemos para a rua por Timor ou temos nos nossos
referenciais culturais histórias e lendas como as de Deuladeu Martins, do Decepado ou do Milagre das Rosas.
Fala-se muito do pecado colectivo da inveja, que infelizmente alguma comunicação social não se envergonha de atiçar… Mas também se devia falar da
tolerância, do universalismo, da hospitalidade, do humanitarismo. Não somos, talvez, muito organizados, mas somos um povo bom. Tenho orgulho no meu
povo.
Qual é a sua tradição portuguesa preferida?
De entre todas, talvez a tolerância e a convivência pacífica com todos as gentes, culturas e crenças. Essa capacidade de convivência, que já em 1147 levou
o cruzado Osberne a notar o pluralismo do povo de Lisboa, esse mesmo pluralismo que permitiu que Lisboa fosse chamada “Cidade da Paz”, atributo tão
necessário nas actuais circunstâncias de um mundo a precisar de diálogo intercultural, inter-religioso e, sobretudo, de solidariedade.
O ano de 2012 é o “Ano europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações”.
Como encara o estado actual da Segurança Social nacional baseada na solidariedade geracional?
O sistema nacional de Segurança Social bem como o Serviço Nacional de Saúde é um bom sistema. De nível europeu e assente no princípio da solidariedade
entre todos. Tal como o modelo social europeu vai precisar de ajustamentos, mas não pode perder a sua filosofia de base.
O “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações” é uma boa e oportuna iniciativa europeia, à qual Portugal não deixará
Portugalidades
à conversa com...
de aderir com as suas próprias capacidades e generosidades. É uma boa altura para
fazermos a pedagogia de antigas tradições culturais portuguesas, que aproximavam
avós e netos, parentes e vizinhos. Nisto não tenhamos receio de promover e recuperar
valores antigos. Aqui ser moderno é também saber valorizar o antigo.
O que significa envelhecer activamente
no seu ponto de vista?
Manter os idosos como participantes activos na vida familiar, de vizinhança e de
sociedade, evitando marginalizações, isolamento e, sobretudo, solidão. Parar é morrer e,
neste caso, empobrecer em muito a sociedade. Seguramente que “menos prato e mais
sapato”, mas parar, nunca.
Fernando Piçarra
Reforma é uma palavra que se aplica ao seu percurso? Se sim, como
encara a sua reforma neste caminho em que tem vindo a contribuir
activamente para a sociedade?
No seminário, junto à colecção de imagens “frades do Povo”,
miniaturas recolhidas ao longo de mais de trinta anos
“A economia
e os pobres
têm que
ser opção
prioritária
sobre
a finança
e os ricos”
No meu caso específico, não significou nada. Continuo a trabalhar mais ou menos, se
calhar até mais, ao mesmo ritmo e no mesmo tipo de actividades. Hoje só de voluntariado
ou de enquadramento institucional ao serviço de causas e de projectos. Como, ao
atingir, a maioridade, fiz voto de pobreza renunciando a qualquer tipo de propriedade
ou de posse, não tenho a mínima preocupação ou mesmo pensamento com a obtenção
de recursos, tanto mais que todo e qualquer provento que me seja devido ou me venha
a ser atribuído vai automaticamente para a mesa dos frades e dos pobres. Sou, até nisso,
um homem livre e feliz.
Alertou – em entrevista à imprensa- para o “desencanto dos
jovens”. Comente esta atitude da juventude portuguesa bem como o
seu impacto no progresso nacional.
Sim, o tipo de sociedade e de economia global em que vivemos, com desprezo pelo
homem e pela natureza, não é nada propício à utopia e ao encantamento dos jovens.
Sobretudo quando são ensinados e preparados nas escolas para um mundo de trabalho
mecanizado e de consumo exacerbado, onde depois não têm lugar, nem grandes
expectativas.
Que conselho pode deixar às gerações mais jovens?
Jovens, sede jovens. Não vos deixeis envelhecer antes de tempo e, quando for tempo
disso, aprendei a envelhecer participativamente. Sede criativos. Ajudai a criar um mundo
novo.
O que faria se fosse hoje um jovem entre os 18 e os 30?
O mesmo que fiz então e faço hoje: acreditar num futuro melhor e preparar-me todos os
dias para participar activamente na sua construção.
Como Presidente do Montepio no ano em que a Lusitania
se fundou, 1986, como vê este projecto 25 anos depois?
Vejo com alegria e agradecimento a Deus e a Nª Sª das Vitórias, à qual na altura confiei o
projecto, por ter estado na sua origem e ter acompanhado durante todos estes anos uma
tão bela aventura comum de querer e de solidariedade, na qual se tornou proverbial o
espírito de família e de co-responsabilidade de todos. Bem hajam todos por isso.
13
Lusitania
Consigo
Breves
Lusitania
BOLSA DE ESTUDO
Fundação Cidade
de Lisboa atribui
diploma universitário
RECONHECIMENTO
Prémio Lusitania
de História distingue
académicos
A Academia Portuguesa da História atribuiu
os prémios Gulbenkian e Lusitania numa
sessão solene na sede desta Academia
no Palácio dos Lilases, em Lisboa, com a
presença de académicos e convidados. Os
prémios foram atribuídos a Augusto Bezerra
da Universidade de Fortaleza no Ceará, Brasil,
e a Maria João Figueiroa Rêgo da Faculdade
de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
A sessão foi presidida pela presidente da
Academia Portuguesa da História Manuela
Mendonça e entregues pelo presidente da
Gulbenkian, Rui Villar, e pelo AdministradorDelegado da Lusitania, José de Arez Romão.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa
entregou ao Administrador-Delegado da
Lusitania o diploma de conclusão do curso
do bolseiro apoiado pela Lusitania, António
Correia. Constituída em 1990, por Nuno Krus
Abecassis, a Fundação Cidade de Lisboa tem
por objecto a formação de quadros dos países
africanos de expressão portuguesa. Um
conjunto de prestigiadas empresas nacionais
e instituições, entre as quais a Lusitania e
o Montepio, atribuem anualmente bolsas
a estudantes universitários. A Fundação
Cidade de Lisboa, ao longo dos últimos 20
anos, tem contribuído para a valorização da
formação de quadros dos países africanos
que falam a nossa língua. Actualmente,
a Fundação é presidida por Álvaro Pinto
Correia, prestigiada figura do meio financeiro
e empresarial.
A Fundação
Cidade de
Lisboa tem
contribuído
para a
valorização
da formação
de quadros
dos países
africanos
Portugalidades
breves Lusitania
Universidade Fernando Pessoa
Lusitania apoia
as Olimpíadas
do Conhecimento
Lusitania
6 de Junho de 1986
Fundação da Lusitania Companhia de Seguros
Celebração da escritura de fundação no Auditório do
Banco Montepio Geral, a primeira Seguradora criada
depois de 1947 e a primeira após a abertura
da banca e dos seguros à iniciativa privada com
capitais inteiramente portugueses, te como principal
accionista o Banco Montepio Geral.
As Olimpíadas do Conhecimento da
Universidade Fernando Pessoa são dirigidas
aos estudantes do 12º ano de escolaridade
ou de ano pedagogicamente equivalente,
de escolas dos subsistemas público e
privado, devidamente acompanhados por
professores. Esta segunda edição realizouse a 12 de Maio, nas instalações da UFPPorto e, conta com mais de 180 estudantes
distribuídos por equipas de três, devidamente
acompanhadas pelos respectivos docentes.
O programa das Olimpíadas inclui Provas
de Biologia, Desenho, Língua Portuguesa e
Matemática.
História
6 de Junho
1944 - II Guerra Mundial. Dia D.
As forças aliadas desembarcam nas praias
da Normandia, França.
Divulgação cultural
Apoio à exposição
sobre a escultura
espanhola
Santo António de Pádua ou Lisboa
Identificada com a preservação e divulgação
dos valores culturais, a Lusitania apoiou a
exposição temporária sobre a imagem do
sagrado na escultura espanhola (1500-1750),
que incluiu uma amostra das mportantes
colecções do Museu Nacional de Escultura
(Valhadolid, Espanha) conhecido como o
“Prado da Escultura”. Pela primeira vez em
Portugal, reuniram-se no Museu de Arte
Antiga, em Lisboa, mais de três dezenas de
esculturas de grandes mestres espanhóis –
desde o declinar da Idade Média ao ocaso
do Período Barroco – como Berruguete, Juan
de Juni, Pompeo Leoni, Gregorio Fernández,
Alonso Cano, Pedro de Mena, Pedro de Sierra
ou Salzillo.Esta exposição inquietante incluiu
na sua mostra ascetas, mártires, virgens e
Cristos crucificados, que provocaram no
visitante uma impressão que ultrapassa as
fronteiras da estética, e uma chamada de
atenção para o valor indissociável do acervo
deste museu espanhol.
Ciência
1986
Passagem do cometa Halley
O cometa foi registado pela primeira vez em 240
a.C. e mostrou-se visível a olho nu em todas as suas
30 aparições registadas. Foi o primeiro cometa a ser
reconhecido como periódico. O próximo periélio do
Cometa Halley será em 29 de Julho de 2061.
Artes
1986
O escritor nigeriano Wole Soyinka agraciado
com o Prémio Nobel da Literatura. Considerado
por muitos o dramaturgo mais notável da África.
Curiosidade
1986
Carro do ano
SAAB 9000 Turbo 16
Juan de Juni (1507-1577)
15
Lusitania
Consigo
GRANDE PRÉMIO APCE 2012
Excelência
da
comunicação
da Lusitania
A Lusitania foi mais uma vez distinguida
pelo Grande Prémio APCE 2012– Excelência
em Comunicação. Um ano em que foi
inclusivamente a anfitriã da cerimónia de
entrega de prémios (Gala APCE), que se
realizou no dia 28 de Junho, pelas 19 horas,
na sede, na Lapa, em Lisboa.
O evento teve início com a actuação da recémformada banda açoriana October Flight,
seguindo-se uma dança contemporânea no
Cocktail que antecedeu a cerimónia de entrega de prémios nos jardins da sede da Lusitania
jardim. Após este momento de música e
dança, os cerca de 170 convidados seguiram
para o auditório onde foram atribuídos os
prémios e a distinção de excelência da comunicação organizacional. Nos,
vários prémios, são eleitos os três melhores em cerca de 20 categorias, aos
quais são atribuídas menções honrosas. Destes, um deles é o vencedor.
Das quatro categorias em que a Lusitania se inscreveu, ganhou duas
menções honrosas e um primeiro lugar, o que é motivo de orgulho para
todos. Assim, foi reconhecida pela excelência da sua comunicação na
categoria de website e hotsite (um jogo online da Lusitania “Viagem
Segura”). E obteve as menções honrosas pelo logótipo comemorativo
dos 25 anos de actividade da Lusitania (Categoria Identidade Corporativa)
e pelo seu Museu de Medalhas da Actividade Seguradora (Categoria
Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial).
Cerimónia de entrega de prémios no auditório da sede da Lusitania
Distinções
Das quatro categorias em que a Lusitania se inscreveu, ganhou duas menções honrosas e um primeiro lugar
Grande Prémio APCE 2012
Excelência em Comunicação
Categoria de Website e Hotsite
Jogo online da Lusitania “Viagem Segura”
Menções Honrosas
Categoria Identidade Corporativa
Logo Comemorativo dos 25 anos
de Actividade da Lusitania
Categoria Responsabilidade Histórica
e Memória Empresarial
Museu de Medalhas
da Actividade Seguradora
Portugalidades
breves Lusitania
apoiO À artista
plástica isabel
DO Botelho
Reflectem-se memórias e estados de
espírito, imagens de coisas antes vistas, em
lugares e momentos talvez imaginados.
Seguiu sempre um percurso independente,
fazendo da sua criação artística um acto
muito pessoal carregado de intenções.
Pinta e desenha desde longa data, ensinado
Pintura e Desenho em organismo privado,
sendo que o ensino da Pintura tem sido uma
contínua via de “aprendizagem, com os seus
alunos...”.
Esteve patente ao público, no Auditório
António da Costa Leal, Sede da Lusitania,
a exposição de pintura “Wonderland
in Waterland”, da artista plástica Isabel
Contreras do Botelho.
Esta mostra reflectiu uma viajem à Ilha
de S. Miguel, ilha dos antepassados da
autora, repleta de histórias extraordinárias,
pretendendo despertar nos visitantes
sentimentos e emoções de uma alma ilhoa.
Mais uma vez, Isabel Contreras do Botelho
reverteu, na totalidade, o valor de venda
de um dos seus quadros a favor de uma
instituição de solidariedade social, neste
caso, a Associação das Aldeias de Crianças
SOS
Isabel Contreras do Botelho nasceu em
Lisboa. Os Açores e a Galiza, estão-lhe no
sangue, cruzando-se as vivências de Lisboa
em que vive e o Alentejo onde passou
muitos dos períodos da sua infância.
A sua pintura sendo assumidamente,
figurativa, tem uma via própria, gestual e
intuitiva, mas, simultaneamente, conceptual
e marcada por simbologias utilizando vários
tipos de materiais, tais como: óleo, acrílico,
pastel, guache, aguarela e tinta da China.
Isabel do Botelho junto ao quadro que
representa a maternidade e gentilmente
cedido à Lusitania.
Wonderland
in Waterland
Remete-nos para uma viagem à ilha de São Miguel
17
Lusitania
Consigo
Breves
eventos
recepção
Encontro
dos principais
resseguradores
internacionais
Realizou-se nos dias 23, 24 e 25 de Maio,
no Hotel Palácio, no Estoril, o XIV Encontro
Internacional de Resseguro, organizado
pela Associação Portuguesa de Seguradores
(APS). Este encontro bianual realiza-se em
Portugal há mais de 25 anos e reúne os
principais resseguradores internacionais
que operam no mercado português,
proporcionando momentos de partilha de
conhecimentos, experiências, e análise do
mercado segurador. Os temas em análise
nesta edição caracterizaram-se pela sua
actualidade e importância para os sectores
segurador e ressegurador, bem como para a
sociedade em geral, centrando-se em quatro
painéis principais: as alterações climáticas,
Portugal, não discriminação e solvência. Os
três dias foram organizados em duas partes
distintas: manhãs de conferências e tardes
destinadas a reuniões de trabalho.
A Lusitania voltou a organizar uma recepção
neste encontro, onde participou o presidente
Eduardo Grilo
Jantar num dos salões nobres do Palácio de Porto Côvo, sede da Lusitania
Portugalidades
Eduardo Grilo
breves eventos
José de Arez Romão Administrador-Delegado da Lusitania, Tomás Correia Presidente do Grupo Montepio, Senhora de Tomás Correia, Virgílio Lima Administrador da
Lusitania, Senhora de Virgílio Lima, Senhora de Jorge Conceição Silva, Maria Manuela Rodrigues Administradora-Delegada da Lusitania Vida e Jorge Conceição Silva
Administrador da Lusitania
dos pontos altos do evento internacional foi
preconizado pelo presidente da Assembleia
Geral da Lusitania, Vítor Melícias, que
expressou, em nome da Lusitania e do
Grupo Montepio, as boas vindas a todos os
presentes, e recordou o papel da actividade
seguradora e resseguradora como meio de
cooperação entre nações e o compromisso
de solidariedade entre todos os parceiros
desta actividade.
Eduardo Grilo
da APS, Pedro Seixas Vale, e o presidente
do Instituto de Seguros de Portugal
(ISP), Fernando Nogueira, bem como os
membros do Conselho de Administração
do Montepio, Lusitania e Lusitania Vida.
Ao todo, os anfitriões receberam cerca de
250 participantes com um cocktail de boas
vindas no jardim, ao som da actuação da
Banda Sinfónica do Exército sob a direcção
do seu maestro, Major João Maurílio Caires
Basílio. Mais tarde, o jantar foi servido nas
salas nobres do Palácio de Porto Covo, sede
da Lusitania, e terminou com um espectáculo
de Guitarra Portuguesa do músico e
compositor português Custódio Castelo,
acompanhado por Gisela João, uma nova
voz do fado. Custódio Castelo apaixonou-se
primeiro pela guitarra portuguesa e só depois
começou a interessar-se pelo fado. Em 2010,
foi vencedor do Prémio Amália Rodrigues,
sendo considerado um dos mais importantes
guitarristas portugueses da actualidade. Um
Momento de actuação de Custódio Castelo na Guitarra Portuguesa e da Fadista Gisela João
19
Lusitania
Consigo
Breves
grupo
A Administradora-Delegada Maria Manuela Rodrigues com a sua equipa da Lusitania Vida
Lusitania Vida
25 Anos
a criar valor
Fundada em 15 de Maio de 1987, a Lusitania
Vida, comemora neste exercício o seu
25º. Aniversário. Tendo como accionista
de referência desde a sua constituição
o Montepio Geral, a Lusitania Vida,
completou, na sua área de intervenção a
oferta do Grupo, no âmbito da actividade
seguradora. Vocacionada para apoiar os
clientes particulares, nas áreas de protecção
pessoal e das famílias, a Lusitania Vida
reintroduziu diversos conceitos inovadores
no nosso mercado, no capítulo da poupança
e capitalização. Com uma gestão altamente
profissionalizada e muito rigorosa, a Lusitania
Vida, tem hoje quer ao nível da supervisão
quer do mercado segurador e ressegurador
uma imagem de grande prestígio, de solidez e
rigor confirmada pelos resultados alcançados
ao longo da sua história. O contributo para
o Grupo em que se insere ultrapassou só
no último triénio os 20 milhões de euros.
Numa época marcada pelo clima depressivo
da economia que assola o mercado nacional
e internacional desde a crise do sub-prime
em 2008, com um mercado de capitais
estagnado, a Lusitania Vida tem mantido um
excelente desempenho, designadamente
no que respeita aos resultados técnicos e
financeiros e registado, em contra-ciclo,
um crescimento sustentado, sendo de
realçar que, tendo em gestão mais de 500
milhões de activos, não regista defaults,
incumprimentos ou prémios em dívida. Com
um total de 27 trabalhadores, a empresa
caracteriza-se ainda, por uma atitude
de inovação permanente nos produtos
que lança no mercado, alguns dos quais
registaram assinalável êxito. A Lusitania,
Companhia de Seguros, associa--se a esta
efeméride, felicitando nesta data festiva, a
sua congénere-irmã e na pessoa da Senhora
Administradora-Delegada, Maria Manuela
Rodrigues, todos os seus trabalhadores e
colaboradores, formulando os votos da
continuação dos maiores sucessos pessoais
e empresariais.
José António de Arez Romão
Administrador-Delegado Lusitania
O contributo
da Lusitania
Vida para
o Grupo
montepio
ultrapassou
no último
triénio
os 20 milhões
de euros
Portugalidades
breves grupo
internacional
Moçambique
Companhia
de Seguros
com dez anos
A Moçambique Companhia de Seguros
(MCS), empresa participada pela Lusitania
e cuja fundação liderou conjuntamente
com distintos accionistas moçambicanos,
acaba de comemorar o seu 10º aniversário,
tendo sido agraciada pelo Governo de
Moçambique com o distintivo “Orgulho
Moçambicano”. A comemoração foi
assinalada com a inauguração das novas
instalações na Avenida Kennet Kaunda
em Maputo. O Administrador-Delegado
da Lusitania, Arez Romão, e Ramos e
Costa na qualidade de Administradores
da Moçambique Companhia de Seguros,
participaram na cerimónia simbólica com
todos os trabalhadores, na presença do
director-geral, José Prata. Estiveram também
presentes o novo presidente do Conselho
de Administração, Lucas Chachine, que
veio substituir Hermenegildo Gamito,
recentemente nomeado para presidir ao
Tribunal Constitucional de Moçambique.
O Conselho de Administração deslocou-se
ao Instituto de Seguros de Moçambique,
onde foi recebido pelo presidente Domingos
José, e onde fez uma breve apresentação do
plano de expansão da empresa e das linhas
de orientação estratégica para o triénio
2012/2015. Nessa ocasião, foi anunciada,
a abertura de três novas dependências: na
cidade da Beira, na Av. Julius Nyerere em
Maputo, e na Matola. Além disso, foi ainda
apresentado o projecto de lançamento
do Ramo Vida. O plano de expansão
apresentado e integrado no referido plano
estratégico visa tornar a MCS na terceira
maior seguradora de Moçambique, no final
do triénio.
Moçambique
Biblioteca do
Tribunal
Constitucional
Com a cooperação da Lusitania, a
Moçambique Companhia de Seguros
ofereceu ao Tribunal Constitucional de
Moçambique uma extensa biblioteca de
Direito. A cerimónia de entrega ocorreu em
Maputo, em Abril. Os administradores, Lucas
Chachine e Gonçalo Ramos e Costa, entregaram 250 volumes para a biblioteca com a presença dos
Juízes Conselheiros. O Presidente do Tribunal Constitucional, Hermenegildo Gamito, realçou o
gesto da seguradora.
21
Lusitania
Consigo
“A Bancasseguros
e a Assurfinance
são uma forma
de crescimento
sustentado e de
desenvolvimento
e consolidação
do Grupo’’
Equipa de consultores da Lusitania que dão apoio aos balcões e gestores do Montepio
BANCASEGUROS
Nova equipa de Consultores
apoia balcões do Montepio
Em tempos de crise esse papel é ainda mais relevante
para defendermos o que temos em casa, mas também para
crescermos e consolidarmos a nossa posição face aos concorrentes
No âmbito da sinergia do Grupo Montepio e desenvolvimento do negócio, e após a análise às melhores práticas de mercado, foi criada uma equipa de
consultores de seguros da Lusitania com o objectivo de dinamizar, apoiar e potenciar a venda de seguros através dos balcões e gestores do Montepio. A
actuação desta nova equipa conta, por parte da Lusitania, com todo o apoio da bancasseguros, mantendo-se este canal em exclusivo para todo o negócio
com origem no canal bancário do Montepio.
A equipa de consultores de seguros reporta a um coordenador geral, Pedro Líbano Monteiro, que coordena as operações bancasseguros e “assurfinance”,
reportando a evolução das mesmas às administrações Montepio e Lusitania. Para o presidente do Grupo Montepio, Tomás Correia “ o desafio subjacente a
este projecto é o de garantir que os clientes da área bancária se tornem clientes da área seguradora e que os clientes da área seguradora se tornem clientes
da área bancária e mutualista”. Citando o Administrador-Delegado da Lusitania, José de Arez Romão, “A Bancasseguros e a Assurfinance são uma forma de
crescimento sustentado e de desenvolvimento e consolidação do Grupo. Em tempos de crise, esse papel é ainda mais relevante para defendermos o que
temos em casa, mas também para crescermos e consolidarmos a nossa posição face aos concorrentes”.
Portugalidades
breves grupo
FROTA SOLIDÁRIA
PATROCÍNIO
Oferta de viaturas
adaptadas a 20 instituições sociais
Expedição
“Montepio Mare
Nostrum”
A Fundação Montepio
voltou a realizar a
5ª edição da Frota
Solidária,
projecto
de
responsabilidade
social
que
visa
oferecer
viaturas
especiais e adaptadas
a 20 instituições de
solidariedade social. A
Lusitania
seguradora
do Montepio alia-se
também a este grande
projecto através da
oferta da primeira anuidade do seguro automóvel das viaturas. Este ano, realizada no Porto, contou
com a presença do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, do Conselho de Administração
do Montepio e da Direcção de Marketing da Lusitania. O Presidente do Montepio, António Tomás
Correia, referiu-se à “Frota Solidária” como “uma prática que assenta no ADN do Montepio”,
salientando que “o Montepio é uma instituição à dimensão humana, razão pela qual os problemas
que afectam a sociedade são problemas que nos preocupam”. No ano 2011, a Fundação Montepio
recebeu, através do Ministério das Finanças, 414 mil euros resultantes de valores atribuídos, em
2009, no âmbito da Lei da Liberdade Religiosa (Consignação Fiscal). Pelo facto de este montante
ter sido entregue, pelos contribuintes, ao cuidado e gestão da Fundação Montepio, esta instituição
de utilidade pública decidiu devolvê-lo à sociedade civil através da sua aplicação na aquisição de
veículos automóveis especiais e adaptados, que, constituindo o que designou por “Frota Solidária”,
se destinam a apoiar a actividade de instituições particulares de solidariedade social.
O velejador solitário Ricardo Diniz recuperou
em Portugal, nos Estaleiros Navais de Peniche,
com o patrocínio do Montepio, um veleiro
muito especial que será “uma embaixada
flutuante da portugalidade” durante a
expedição “Montepio Mare Nostrum”. Este
projecto visa sensibilizar os portugueses
e o mundo para a real dimensão do país
marítimo que somos e para o potencial que
Portugal tem ao investir no mar.
Esta expedição marítima à Zona Económica
Exclusiva (ZEE) do navegador solitário
Ricardo Diniz aposta e alerta para a
importância do mar para a economia nacional.
O navegador já velejou mais de 80 mil milhas
e fez quatro travessias do Atlântico.
O espírito de missão que envolve este
projecto foi imediatamente acolhido pelo
Montepio, que, enquanto instituição do
sector da economia social, procura contribuir
para o desenvolvimento do país, apoiando
projectos empreendedores.
SOLIDARIEDADE
Linha de crédito
de 150 milhões para o sector social
O Montepio assinou um protocolo com o
Ministério da Solidariedade e Segurança
Social para criação de uma linha de crédito
destinada às instituições sociais que se
encontrem em situação de dificuldade
financeira. O protocolo, assente numa
linha de financiamento no montante de 50
milhões de euros, destina-se a misericórdias,
mutualidades, centros sociais das igrejas e
equiparadas que, por via de investimentos
realizados em edifícios e outros
equipamentos aprovados pela Segurança
Social ao abrigo do Programa Operacional
Potencial Humano. Prevê um limite máximo
de financiamento de 500 mil euros por
beneficiário, uma duração de sete anos, um
período inicial de dois anos de carência de
capital, e ainda juros bonificados. Com o
propósito de reforçar o apoio às instituições,
o Montepio associou aos 50 milhões de
euros protocolados mais 100 milhões de
euros, a atribuir nas condições de risco e de
mercado.
Lusitania
Consigoa
Portugalidades
identidade nacional
Motivos
do nosso orgulho
Além do fado há muitos outros motivos
de que nos podemos orgulhar: da alimentação
às novas tecnologias, passando por sectores
tradicionais fortemente exportadores
Maria João Alexandre
Fer
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Portugal não vive apenas do fado, hoje reconhecido como património da humanidade. Na mesma linha do universo Lusitania,
com raiz e sangue português a 100%, apresentamos-lhe bons exemplos de produtos, sectores e clusters nacionais e
que são, nem mais nem menos, o espelho de um país com muitas riquezas para explorar e exportar. Um país é
como uma pessoa. Quanto mais gosta de si própria maior é a probabilidade dos outros gostarem dela. Portugal
não tem demonstrado estar verdadeiramente afeiçoado por si próprio. E portanto adia a visibilidade
desejada aos olhos dos outros, leia-se do exterior. O problema poderá estar numa clara tendência
para a negatividade, que, aliás, é universal. Vejamos como o ser humano tende a “explorar” o que é
menos bom, em vez de se focar nos aspectos positivos ou naqueles com potencial para melhorar,
incrementar. Quando alguém de fora elogia algo que está bem feito, a tendência é para duvidar,
não acreditar. Mas quando se trata de críticas, aí não se põem em causa; e são, desde logo,
retidas como mandamentos. Um país deve orientar-se para o que de melhor possui, para
o que sabe fazer bem e para todo o seu potencial de desenvolvimento.
Portugalidades
identidade nacional
Cavalo Lusitano
CULTURA
É o mais antigo cavalo de sela do mundo,
montado há cerca de 5000 anos. É típico
das planicies quentes e secas do sudoeste
da Península Ibérica. A Fundação Alter Real,
em Alter do Chão, no Alentejo, fundada em
1748, formou uma variação da raça PuroSangue Lusitano, que são os Alter Real,
considerados no Séc XVIII os melhores da
Europa.
Fado
Fernando Piçarra
O Fado é considerado “Património Cultural
Imaterial da Humanidade” desde Novembro
de 2011. Uma decisão anunciada na
6ª reunião do Comité Internacional da
UNESCO, que aconteceu entre 22 e 29 de
Novembro de 2011, em Bali, na Indonésia.
Em Junho de 2010, a Câmara Municipal de
Lisboa tinha apresentado a Candidatura do
Fado à Lista Representativa do Património
Cultural Imaterial da Humanidade da
Unesco, a organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura. O
processo foi desenvolvido pela empresa
municipal EGEAC, através do Museu
do Fado, em parceria com o Instituto de
Etnomusicologia da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa. Os embaixadores foram os fadistas
Mariza e Carlos do Carmo. Para saber mais
pesquise na secção de cultura do site www.
unesco.org.
Guitarra Portuguesa
Eduardo Grilo
Instrumento musical com que se acompanha
o Fado de Lisboa e a Canção de Coimbra traznos o cheiro e emoção dos temas míticos
da nossa música popular urbana: a saudade
e o destino. A técnica com que se executa
distingue-a: com o dedilho especial da mão
direita, e uso exclusivo das unhas dos dedos
indicador e polegar.
Não há espaço e tempo para duvidar das capacidades nacionais, há que fazer, avançar. Com uma atitude negativa,
lamuriosa, não há auto-estima que resista. Adoptar uma atitude movida por uma identidade nacional partilhada
por todos é o primeiro passo na conquista da auto-confiança. O orgulho na cultura (valores partilhados) e no
que torna um país único é o que o faz andar para a frente de queixo levantado. O que fazer? O discurso
pessimista é generalizado, das televisões e jornais à conversa de café. Mas enquanto se ouvem queixas
um pouco por todo o lado há uma massa de empreendedores que trabalham arduamente sem
olhar para o lado, ultrapassando obstáculos. E um conjunto de riquezas nacionais que esperam
por serem reinventadas. Além da inovação sobre os considerados produtos e sectores
portugueses tradicionais, Portugal dá cartas nas novas tecnologias. Portugal tem várias
empresas a trabalhar para a NASA e outros clientes internacionais com o mesmo grau
de exigência. Há que acreditar que vivemos num Portugal tecnológico e inovador.
25
Lusitania
Consigo
Flor do sal
Painel de ajulejos
Fábrica do Rato
Séc. XVIII
(Colecção Lusitania)
A flor de sal
de Tavira foi
distinguida com o
Prémio Prestígio,
atribuído
pelo
International Taste & Quality
Institute, em Bruxelas. A flor de sal é o creme
do Atlântico cristalizado em salinas de argila,
situadas no Parque Natural da Ria Formosa,
utilizando os recursos naturais que são a
água do mar, a energia solar e eólica. Dizem
os especialistas que a flor do sal é ideal na
cozinha gourmet.
ALIMENTAÇÃO
Azulejaria
Ostras portuguesas
Chá
Na azulejaria tradicional portuguesa, usa-se
a pintura figurativa, de cor azul, para decorar
o ladrilho vidrado. Esta tradição introduzida
em Portugal pelos Árabes e que teve início
por volta de 1500 foi renovada em certas
estações de metro de Lisboa, cobertas com
composições abstractas.
As ostras do Sado são conhecidas há muitos
anos em França. Diz a história que as ostras
portuguesas têm origem na Índia ou no
Japão, tendo viajado para Portugal nas quilhas
das naus e como alimento rico em proteínas
para as tripulações, nos finais do século XVI.
Hoje, nos estuários do Tejo e do Sado,
desenvolvem-se muito bem devido
às suas boas condições naturais,
mas enfrentam vários desafios – um
deles é a poluição das águas onde
devem crescer e a concorrência das
suas congéneres francesas.
Originário da China, o chá foi introduzido
na Europa pelos Portugueses no sec XV.
Portugal é hoje o único produtor europeu
de chá. Catarina de Bragança, infanta de
Portugal e rainha de Inglaterra e Escócia, pelo
seu casamento com o rei D. Carlos II, foi a
responsável pela introdução do chá na corte
britânica.
Martin Page, jornalista e autor de «The
first global village, how Portugal changed
the world», obra escrita na Azóia, perto de
Sintra afirma: “Os Portugueses deram o chá
das cinco aos Ingleses”.
CRONOLOGIA
DO FADO
Alguns marcos e caras da nossa canção popular urbana
Início do século XIX
Fado da Lisboa oitocentista
Decorria nas hortas, nas esperas de touros, nos
retiros, nas ruas e vielas, nas tabernas, cafés de
camareiras e casas de meia-porta.
1820-1846
Mito da meretriz Maria Severa Onofriana
O episódio do envolvimento amoroso do
Conde de Vimioso com Maria Severa Onofriana,
meretriz consagrada pelos seus dotes de
cantadeira, transforma-se num dos grandes mitos
da História do Fado.
1870
O Fado no teatro de revista
O Teatro de Revista, género de teatro ligeiro
tipicamente lisboeta, nascido em 1851, descobre
as potencialidades do fado que, a partir de 1870,
integra os seus quadros musicais.
Último quartel do séc. XIX
Definição da estrutura da canção
Época em que se define a forma poética da
“décima”: quadra glosada em quatro estrofes de
dez versos cada. É neste período que a guitarra,
ao longo do século XIX, é difundida dos centros
urbanos para as zonas rurais do país.
1925
Invenção do microfone eléctrico
Criavam-se as condições de acesso ao mercado.
No mesmo período, o fabrico de gramofones
a preços cada vez mais competitivos ajudava à festa.
1927
Censura sobre os espectáculos públicos
Com o golpe militar de 28 de Maio de 1926
e a implementação da censura prévia sobre
espectáculos públicos, imprensa e demais publicações,
a canção urbana sofreria profundas mutações.
Portugalidades
identidade nacional
SECTORES & CLUSTERS
Fernando Piçarra
Cortiça
Azeites nacionais
Vinhos portugueses
Portugal está presente no top 10 dos
produtores de vinho na União Europeia e no
mundo. A pedido da associação do sector,
ViniPortugal, a empresa de consultoria
fundada por Michael Porter retomou o
estudo sobre a vitivinicultura portuguesa,
definida como um dos “clusters” nacionais
mais promissores, num célebre estudo sobre
a economia lusa, feito na primeira metade da
década de 1990, por encomenda do então
Governo de Cavaco Silva.
A marca Periquita, com mais de 150 anos,
é o vinho de mesa engarrafado mais antigo
do país e que hoje se vende nos cinco
continentes. Com mais de 60 anos de
experiência, o Mateus Rosé é um símbolo
mundial do vinho rosé, uma marca de
sucesso no mercado externo. A ideia da
forma da garrafa vem dos cantis usados pelos
soldados na 2ª Grande Guerra. O vinho do
Porto, juntamente com o Xerez, o Bordéus,
o Champanhe, o Borgonha, o Chianti e o
Tokay, integra o grupo mais exclusivo das
denominações de origem vitícolas europeias.
Anos 30
Ouvir fado em casas de fado
Começou a moda de ouvir fados numa casa de
fados, locais que iriam concentrar-se nos bairros
históricos da cidade, com maior incidência no
Bairro Alto.
1931
A severa no cinema
O primeiro filme sonoro português, realizado
em 1931 por Leitão de Barros, foi sobre as
desventuras da mítica figura da Severa.
O nosso clima é ideal para o desenvolvimento
das oliveiras. Com uma origem geográfica
definida e um modo particular de produção,
os azeites de Denominação de Origem
Protegida (DOP) nacionais são uma iguaria.
“Cerca de 95% da superfície oleícola mundial
está concentrada na Bacia Mediterrânica,
sendo que os países produtores da União
Europeia (Espanha, Itália, França, Grécia
e Portugal) são responsáveis por 71%
da produção a nível mundial”, informa
a associação do azeite de Portugal, Casa
do Azeite. Os outros principais países
produtores são a Tunísia (4,1%), a Turquia
(5,4%), a Síria (6,6%), Marrocos (5,1%) e a
Argélia (1,6%). Portugal é, tradicionalmente,
um país com vocação exportadora. Entre
os mercados de destino das exportações
nacionais, destaca-se o mercado brasileiro,
que absorve cerca de 65% do total das
exportações nacionais de azeite, fazendo
com que este produto seja
igualmente o produto
português mais
exportado para
aquele país.
Décadas de 30 e 40 do Século XX
Hermínia Silva
Figura central da história do Fado consagrou-se
nos palcos do teatro.
Anos 50 do século XX
Amália Rodrigues
A poesia erudita na voz de Amália Rodrigues
vive do contributo decisivo do compositor Alain
Oulman. É nesta altura que se passa a cantar
textos de poetas com formação académica e obra
literária publicada, como David Mourão-Ferreira,
Portugal é, segundo dados relativos a 2011, o
maior produtor, exportador e ainda o maior
importador mundial de cortiça. Portugal é
o maior produtor e exportador mundial de
cortiça, exportando actualmente mais de
800 milhões de euros por ano em produtos.
A Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor)
indica que cerca de 90% da cortiça que
produzimos vai para fora e apenas 10% fica
no mercado interno, sendo que 40% das
empresas portuguesas são exportadoras.
Em termos globais 60% das transacções
de cortiça, a nível mundial têm origem em
Portugal. A Europa é o principal destino,
absorvendo, em valor, 59,4% do total. Por
país, as exportações distribuem-se por
França (18,8%), EUA (16%), Espanha (11,6%),
Alemanha (7,5%) e Itália (7,3%). Um dado
menos conhecido é o que indica que Portugal
é o maior importador mundial de cortiça,
principalmente de Espanha. As rolhas de
cortiça continuam a liderar as exportações,
a que se segue a cortiça como material
de construção. Além destas
utilizações, a cortiça começa a
ser indispensável na criação
de acessórios de moda,
como malas. Também a
indústria aeronáutica e
aeroespacial despertou
para o seu potencial.
Pedro Homem de Mello, José Régio, Luiz de
Macedo e, mais tarde, Alexandre O’Neill, Sidónio
Muralha, Leonel Neves ou Vasco de Lima Couto.
A partir de 1950
Internacionalização do Fado
Durante décadas e até à data da sua morte, em
1999, caberia a Amália Rodrigues o protagonismo
a nível nacional e internacional.
27
Lusitania
Consigo
Calçado
No que toca a exportações, Portugal é
número três no mundo. Portugal vende mais
de 95% da sua produção para um total de
132 países nos cinco continentes. De acordo
com dados da Associação Portuguesa dos
Industriais do Calçado (Apiccaps), em 2011
exportou 76 milhões de pares de sapatos
no valor de 1,5 mil milhões de euros, o
que representa um crescimento de 16%
relativamente a 2010.
Fileira da madeira
e do mobiliário
Segundo a Associação das Indústrias de
Madeira e Mobiliário de Portugal, a Fileira,
no seu todo, contabiliza 2 mil milhões de
euros de volume de vendas e exporta 1,1 mil
milhões de euros. Contribuíram para estes
valores o mobiliário, os painéis de madeira,
os produtos para a construção (portas e
pavimentos) e as madeiras de pinho e de
eucalipto, em rolaria e serradas, indica a
associação em nota às redacções. A Fileira
de Transformação Florestal nacional é ainda
responsável por cerca de 4% do PIB nacional,
14% do PIB industrial, 9% do emprego
industrial e 10% das exportações nacionais.
1953
Primeira edição da “Grande Noite do Fado”
Este concurso realiza-se todos os anos até hoje
no Coliseu dos Recreios. Considerados os “anos
de ouro” do fado, o período de 1940 a 1960 ficou
para a História.
Abril de 1974
Hostilidades ao fado
Ao longo de dois anos o concurso “Grande Noite
do Fado” foi interrompido em resultado do clima
após a revolução
Têxtil
e vestuário
A Iindústria têxtil e de vestuário é uma
das mais importantes indústrias para a
economia portuguesa. Representa 10% do
total das exportações portuguesas; 19%
do emprego e 8% do volume de negócios
da indústria transformadora. De acordo
com as estatísticas da Associação Têxtil e
Vestuário de Portugal (ATP), Portugal tem
cerca de 7 mil empresas operando em todos
os sub-sectores da indústria têxtil e do
vestuário. Algumas são unidades verticais,
embora na sua maioria sejam pequenas
e médias empresas, que se localizam
maioritariamente no Norte de Portugal
(Porto, Braga, Guimarães e Famalicão), mas
também na Covilhã (Leste de Portugal) - as
dedicadas aos produtos de lã. Em 2011, o
sector exportou mais de quatro mil milhões
de euros- ou seja, cerca de dois terços
de tudo o que é produzido é vendido ao
exterior. A União Europeia absorve cerca de
80% da exportação.
Década de 90
Fado é world music
Entra nos circuitos da world music internacional
com Mísia e Cristina Branco. Também nos anos
90, um outro nome que se destaca é Camané.
Surge uma nova geração de fadistas, com Mariza
a assumir o protagonismo na internacionalização.
Junho de 2010
Candidatura à Unesco
A Câmara Municipal de Lisboa apresentou a
Candidatura do Fado à Lista Representativa do
Património Cultural Imaterial da Humanidade da
Unesco, a organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura.
Novembro de 2011
O Fado é considerado “Património Cultural
Imaterial da Humanidade”
A decisão é anunciada na 6ª reunião do Comité
Internacional da UNESCO, que aconteceu entre
22 a 29 Novembro em Bali na Indonésia.
Portugalidades
identidade nacional
Moldes e componentes
para a indústria
automóvel
Portugal encontra-se entre os principais
fabricantes mundiais de moldes na área
dos moldes para injecção de plásticos,
exportando mais de 90% da produção total.
Segundo o estudo “A Indústria Portuguesa
de Moldes – 2011”, da Cefamol – Associação
Nacional da Indústria de Moldes, o sector
possui cerca de 532 empresas, com
dimensão de PME, e emprega cerca de 8250
trabalhadores, maioritariamente nas regiões
da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis.
É um sector inovador e de alta intensidade
tecnológica que exporta, a larga maioria da
sua produção: em 2010 a exportação atingiu
cerca de 318 milhões de euros e o valor
total de produção foi cerca de 350 milhões
de euros. Tem como principais mercados
a Alemanha, Espanha, França, República
Checa, México e os Estados Unidos.
RECURSOS NATURAIS
Rochas ornamentais
e industriais
Os mármores portugueses são, segundo o
Centro Tecnológico para o Aproveitamento
e Valorização das Rochas Ornamentais e
Industriais, maioritariamente extraídos na
zona de Borba, Alandroal, Estremoz e Vila
Viçosa. Tanto nas rochas ornamentais como
industriais, a procura está condicionada pelo
sector da construção e, mais ainda, pelo
investimento público de obras públicas
(rodovias, portos, aeroportos, etc.).
As rochas ornamentais estão sujeitas a uma
severa concorrência, com os produtores
tradicionais a serem confrontados com a
escalada da produção na China, na Índia
e também no Brasil. Mas o tempo é de
mudança para o sector.
Cluster da Pedra Natural
Sol, vento e ondas
O Cluster da Pedra Natural foi criado por
empresas de extracção e transformação
de pedra, de maquinaria e equipamentos
e associações integrando universidades e
institutos. Segundo a Associação Valor Pedra,
possui cerca de 2000 empresas, com forte
vocação exportadora. Em 2011 posicionava-se entre os 10 maiores produtores e
exportadores de pedra natural no mundo.
Portugal é o país da Europa com maior
número de horas de sol por ano. A nossa
localização natural é invejável. Temos um
forte potencial nas energias renováveis pela
captação do sol, vento e marés.
Economia do mar
Ao longo da próxima década e meia, a
economia do mar verá o seu peso duplicar
no conjunto da economia portuguesa: se
em 2009 representava 5% do PIB, deverá
chegar, na pior das hipóteses, aos 10% no
final de 2025. O estudo “Hypercluster da
Economia do Mar em Portugal”, da autoria
da Saer, empresa de consultoria do falecido
economista Ernâni Lopes, para a Associação
Comercial de Lisboa (Fevereiro 2009), indica
que as actividades ligadas ao mar pesam
cerca de 2% do PIB nacional e empregam
directamente cerca de 75 milhares de
pessoas.
Em 2025 deverá representar diretamente
cerca de 4 a 5% do PIB.
Clima favorável
e constante
O clima é geralmente estável, o que atrai
turistas e investimentos nesta área. Portugal
construiu um conjunto de projectos
hoteleiros de excelente qualidade, um pouco
por todo o mundo.
Localização geográfica
privilegiada
Estamos no ponto mais ocidental da
Europa. Numa perspectiva geopolítica, há
quem defenda que Portugal deveria ser a
plataforma logística da Europa (com serviços
continental e intercontinental).
Língua disseminada
O português é a quinta língua mais falada no
mundo e a terceira mais falada no Ocidente.
Mais de 210 milhões de pessoas falam a
nossa língua.
29
Lusitania
Consigo
Perfil do português
O que são os Portugueses? “Ser português
é ser sociável, acolhedor, imaginativo,
sentimental, aberto ao mundo. É ser
apaixonado pelo novo, por novas ideias. É
ter orgulho na sua herança histórica, sem
qualquer ponta de arrogância”, declara a
Agência para o comércio externo (AICEP)
nas suas campanhas de promoção do país
no mundo com o objectivo de atrair turistas
a Portugal.
Saber-fazer nacional
A exportação de saber-fazer nacional é
outro motivo de orgulho com potencial de
crescimento. Existem várias multinacionais
instaladas em Portugal e dirigidas por
Portugueses que fazem sucesso junto da
casa mãe. É o caso da multinacional alemã
de tecnologia, Siemens Portugal, que tem
captado para Portugal importantes centros
de competência e de conhecimento na
produção, transporte e distribuição de
energia. Além destes, criou recentemente
dois centros de serviços partilhados: um
na área financeira e outro na dos recursos
humanos, que arrancou em 2009. O centro
dedicado à contabilidade e finanças presta
serviços a 27 clientes e entidades legais
de Portugal, Espanha, França, Bélgica,
Luxemburgo, Itália, Alemanha e Grécia.
Outro caso é o da Bosch Termotecnologia, que
é, desde 2002, um Centro de Competências
Mundial para água quente, localizado em
Aveiro, Portugal. Líder do mercado europeu
desde 1992, e terceiro produtor mundial de
esquentadores, a Vulcano Termodomésticos
SA torna-se Centro de Competência com
responsabilidade mundial no Grupo Bosch
do produto esquentador. Este centro
tem a responsabilidade da concepção e
desenvolvimento de novos aparelhos, bem
como a sua fabricação e comercialização.
Também a Alcatel-Lucent desenvolveu
uma série significativa de investimentos em
Tecnologias de Informação e Comunicação
em Portugal, onde possui vários centros de
inovação que prestam serviços ao mundo.
Escultura
Menina Deitada de João Cutileiro
(Colecção Lusitania)
Fernando Piçarra
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31
Lusitania
Consigo
Tendências
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jovens ao mar,
mantendo viva
a tradição
do nosso
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nacionais
Fomentar o treino de mar e de vela e o interesse pelo mar junto dos jovens,
bem como promover a preservação do património náutico nacional é a
missão da Associação Portuguesa de Treino de Vela (Aporvela). De utilidade
pública e sem fins lucrativos, foi fundada em 1980. Hoje conta com cerca de
500 sócios e tem operações na Doca do Espanhol, em Alcântara. No âmbito
do património náutico nacional, a Aporvela promoveu a recuperação do
navio bacalhoeiro Creoula, hoje propriedade da Marinha Portuguesa, e a
construção da caravela Bartolomeu Dias, que, em 1988, para comemorar
o quinto centenário do descobrimento do Cabo da Boa Esperança, realizou
a viagem de Lisboa a Mossel Bay, na África do Sul. Em 1990, a Aporvela
iniciou a construção de uma nova caravela, a “Boa Esperança”, que já
percorreu cerca de 45.000 milhas em visitas aos portos do norte da Europa,
das ilhas dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, do Mediterrâneo, dos
Estados Unidos da América, do Brasil e das Caraíbas. A partir de 1992, a
associação realizou, em colaboração com a Comissão Nacional para as
Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, um programa de visitas
escolares à Boa Esperança, envolvendo, anualmente, cerca de 50.000 jovens
e 4.000 professores.
Rita Collaço e Maria João Alexandre
Bartolomeu Dias, Boa Esperança e Vera Cruz
são três réplicas das caravelas portuguesas
Portugalidades
tendências os jovens
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O que os grandes
veleiros ensinam
A bordo dos navios, os jovens tornam-se parte da tripulação. Com rígidas regras de segurança, são
ainda instruídos na realização de todas as manobras dos grandes veleiros (tall ships): velas, cabos,
subida aos mastros e vergas, atracação, leme. Viagens que transformam os novos companheiros de
bordo. Este ano, entre os dias 19 e 22 de Julho, o Tall Ships Races aconteceu em Lisboa. Um evento
que contou com mais de 49 grandes veleiros e 3.300 tripulantes de todo o mundo. A competição
teve inicio em Saint Malo, seguindo para Lisboa, Cádis, La Coruña e Dublin. Nos dias em que
estiveram em Lisboa, a zona ribeirinha - entre a Praça do Comércio e a Estação de Santa Apolónia recebeu mais de 720 mil visitantes, que puderam ter contacto com a História e os nossos grandes
feitos náuticos. Um dos grandes momentos que a Aporvela destaca foi o embarque de cerca de 200
jovens portugueses a bordo da frota dos grandes veleiros, no âmbito do projecto “Os Jovens e o
Mar”. Foi no ano de 1956 que Lisboa recebeu a primeira edição das The Tall Ships Races, liderada por
Luís Guimarães Lobato, fundador da Aporvela. Esta iniciativa teve como objectivo manter vivas as
tradições dos grandes navios à vela, que face à chegada do motor de propulsão a vapor, levou ao seu
desaparecimento. Estes grandes veleiros sofreram também com a I e II Grandes Guerras Mundiais,
pois ficaram parados ou simplesmente estagnados. Esta nova iniciativa despertava assim novamente
o renascer das tradições de mar e a oportunidade às gerações futuras de desenvolverem as suas
capacidades de treino de mar em grandes veleiros. A primeira regata realizou-se em 1956 entre
Torbay, sul de Inglaterra e Lisboa contando com a participação de 12 grandes veleiros, entre os quais,
por Portugal, o navio escola Sagres. Face à exposição mediática inerente a estes eventos, os mesmos
perduram até aos dias de hoje, mantendo como missão promover o treino de vela e mar junto dos
jovens de todo o mundo. Os programas treino de mar em grandes veleiros levam os jovens a serem
capazes de enfrentar exigentes desafios físicos e emocionais, pois desenvolvem a autoconfiança
e as responsabilidades pessoais e sociais, promovem a tolerância face aos outros e favorecem a
capacidade de assumir riscos controlados. Esta experiência torna-se um marco fundamental nas
suas vidas.
Como viver
o mar?
Para os jovens do primeiro, segundo e terceiro
ciclos é possível visitar a caravela Vera Cruz,
réplica de uma caravela quinhentista usada
na época dos Descobrimentos, na Doca de
Alcântara em Lisboa e ainda noutros portos
no Continente e nas Regiões Autónomas. O
programa de visitas escolares, que resultam
de um protocolo entre a Aporvela e o
Instituto Sócio Cultural de Educação e Lazer
(ISCEL), já permitiu que milhares de jovens
subissem a bordo da caravela Vera Cruz para
uma aula de História ao vivo. A visita a bordo
da Caravela Vera Cruz oferece aos alunos
uma viagem ao passado, permitindo-lhes
compreender e dominar melhor as matérias
relacionadas com a Expansão Portuguesa do
século XV. A forte componente prática desta
visita oferece uma dinâmica que, doutra
forma, não seria conseguida em contexto de
sala de aulas. Ao poder ver, tocar, ouvir, sentir
e participar, os alunos têm um contacto
directo e real com as temáticas e matérias
aprendidas, e dificilmente esquecerão a
experiência. Com a Academia Portuguesa
de História, a Aporvela divulga a História
marítima portuguesa com especial destaque
para a época dos descobrimentos.
Para quem estiver interessado em visitar
a réplica da Caravela, pode marcar a visita
através dos contactos telefone: 21 495 23 29
ou email [email protected]
33
Lusitania
Consigo
Lusitania deixa
marca no oceano
Assumindo o mar como um privilégio e
imagem de marca do património português,
a Lusitania, em particular a LusitaniaMar,
tem vindo a marcar presença em eventos
ligados ao mar, reforçando a notoriedade de
marca e a imposição da propriedade deste
cluster de negócio. Uma oportunidade para
comunicar a cidade, o país e a nossa herança
e história de mar.
Considerando o The Tall Ships Races Lisboa
2012 como uma excelente oportunidade
para comunicar a marca Lusitania, e sendo a
Companhia parceira da Aporvela, associou-se a este evento como Seguradora Oficial.
Desta parceria resultaram, ainda, acções de
marketing e de responsabilidade social.
Num evento que recebeu mais de 720.000
pessoas, a Lusitania esteve presente no
recinto com um stand próprio que originou
mais de 30.000 vistantes, muitos deles,
clientes ou associados do Montepio, que
reconheceram o Grupo Montepio como um
grupo financeiro de referência. Em alguns
casos, também eram clientes da Companhia
ou conheciam a marca. A comunicação
da marca Lusitania e da LusitaniaMar
diversificou-se em diversas vertentes, não só
através do seu stand no recinto, bem como
através do jogo interactivo relacionado
com o tema mar, onde os jogadores eram
convidados a testar a sua perícia no molinete
e no leme que comandavam o jogo. O evento
The Tall Ships Races Lisboa 2012 contou com
visitas gratuitas às embarcações, concertos,
cinema ao ar livre, jogos para crianças e
até um desfile pela Rua Augusta dos 3.300
tripulantes dos vários veleiros. No final deste
desfile, foi atribuído um prémio à melhor
equipa, tendo a tripulação do Creoula sido
a grande vencedora, equipa essa que integra
os 10 jovens apoiados pela Lusitania e que
participam neste evento. São iniciativas
de responsabilidade social nacional como
estas que merecem destaque pelo serviço
que prestam à comunidade. Projectos que
promovem a vivência do mar junto dos mais
novos e a preservação do património náutico
nacional. Experiências inesquecíveis ao sabor
das ondas do vasto e rico mar português.
Não esquecendo
os seus valores
humanistas,
a Lusitania
aproveitou o
evento The tall
Ships Races
Lisboa 2012 para
desenvolver os
seus valores
educativos,
sociais e
culturais
acções em destaque
Na convicção empresarial que todos devemos ser chamados a procurar promover um papel
preponderante junto da sociedade, a Lusitania aproveitou ainda este evento para desenvolver os
seus valores educativos, sociais e culturais.
10 Jovens embarcam
no Creoula
No âmbito do programa da Aporvela “Os
Jovens e o Mar”, a Lusitania proporcionou
no dia 19 de Julho o embarque a 10 jovens
de IPSS, apoiadas pela Fundação Montepio,
no navio de treino do mar, Creoula. Foram
seleccionadas as seguintes IPSS: Casa dos
Rapazes, Centro Jovem Tábor e Aldeias
SOS. Estes jovens iniciaram uma grande
aventura: embarcar e navegar com milhares
de outros jovens. Durante a viagem,
tiveram a oportunidade de realizar diversas
Portugalidades
tendências os jovens
e o mar
actividades relacionadas com o mar e de
navegar até Cádiz, em Espanha: desde a ajuda
nos trabalhos de manutenção, a subida ao
mastro, a ajuda a içar as velas, ou até mesmo
à responsabilidade de assumir o comando
do leme. Esta aventura encerrou no dia 29 de
Julho, data em que regressaram por terra a
Lisboa, após terem desembarcado em Cádiz.
Fernando Piçarra
sua boa prestação, um brinde simbólico
como prémio. O público mais jovem aderiu
com grande entusiasmo a esta iniciativa. Fernando Piçarra
Recepção a bordo do
veleiro Alexander Von
Humboldt II
Crianças visitam o Navio
Escola Sagres
Sabia que...
Um estudo da Universidade de Edimburgo
demonstrou inúmeros benefícios inerentes
ao treino de vela, com efeitos a longo prazo:
• Desenvolvimento de competências sociais;
• Aprendizagem de trabalho em equipa;
• Crescimento pessoal e social;
• Descoberta de si próprio e aumento de
confiança - superação pessoal e confronto
de medos;
• Aprendizagem de competências técnicas.
• Promoção do diálogo inter-cultural e da
experiência da vida em grupo.
Fonte: www.aporvela.pt
Fernando Piçarra
Enquanto parceira da Acreditar - Associação
de Pais e Amigos de Crianças com Cancro a
Companhia convidou um grupo de crianças
desta associação, a visitar no primeiro dia
do evento o navio escola Sagres. A missão
deste veleiro é complementar a formação
teórica da Escola Naval, ao possibilitar um
profundo contacto com a vida do mar a
diversas gerações de oficiais da Armada.
De seguida ainda houve oportunidade de
visitar o pavilhão Mar Portugal. Além de
participarem num jogo de pesca sustentável,
conheceram diversas espécies marinhas e
recursos minerais.
Para cimentar as relações institucionais e
comerciais com o mercado, em particular
com o negócio e Parceiros da LusitaniaMar, a
Lusitania realizou durante o evento dos The
Tall Ships Races Lisboa 2012, uma recepção
a bordo do veleiro alemão, Alexander von
Humboldt II. Foi servido a bordo um cocktail
seguido de um jantar volante, que uma
vez mais primou por associar a Lusitania
a uma experiência inovadora e de elevada
qualidade. Com 75 metros de comprimento
e capacidade para 79 tripulantes, o Alexander
von Humboldt II é hoje usado como navioescola de treino e está sedeado no porto de
Bremerhaven, na Alemanha.
Jogo interactivo para
velejar
Para desenvolver uma interação com o
público a Lusitania desenvolveu um jogo
relacionado com o mar, que convidava os
visitantes a testar a sua perícia no molinete e
no leme. Dois veleiros disputavam a vitória,
sendo que a equipa vencedora recebia, pela
35
Lusitania
Consigo
Maria João Marques
Equipa
Alexandra Ramos e Costa
Negócio Internacional
Fernando Piçarra
resseguro
Maria Amélia Rocha
Directora do Resseguro
Perfil “fora de horas”
Hoje não consigo viver
sem livros
Em criança, queria ser
bailarina
O meu primeiro emprego foi
na Agência de Viagens Abreu, como guia acompanhante
de grupos em viagens de finalistas
O primeiro ordenado foi gasto
num jantar de celebração com a família
O meu livro preferido
“Cem Anos de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez
A figura pública que mais aprecio
em Portugal e, na actualidade, Isabel Jonet
O meu clube desportivo
Sporting, do coração, porque não sou sócia
A música que me faz dançar
a música brasileira, sempre
A minha tradição portuguesa preferida
Santos Populares
Para mim a Lusitania é...
a obra da minha vida
seguro do seguro
Maria Amélia Rocha, com a Lusitania desde a sua fundação, fala-nos um
pouco sobre o Resseguro, esse desconhecido, e a sua importância que a
generalidade dos clientes e muitos profissionais da actividade por vezes
desconhecem.
O Resseguro é um sucedâneo do capital das seguradoras e, acima de tudo,
um repartidor dos riscos.
Sem resseguro e sem resseguro sólido ou de rating elevado, quer as
empresas cedentes quer, em última instância, os próprios segurados,
poderiam não ver os seus direitos acautelados, particularmente nos
grandes riscos industriais, de engenharia, de transportes ou em que as
responsabilidades atinjam valor elevado.
A importância do resseguro reside na protecção das catástrofes naturais e,
no caso de Portugal, especificamente nos abalos sísmicos. Portugal é um
país geograficamente sujeito a este fenómeno, com grande potencial de
dano. Lembremo-nos do terramoto de 1755, em Lisboa; desde essa data,
há cerca de duzentos e cinquenta anos que não se verifica qualquer outro
do mesmo tipo de intensidade, havendo contudo que recordar um sismo
de elevada intensidade em 1909, que destruiu Benavente.
Em períodos de grandes catástrofes naturais, como foi o ano de 2011, em
Sérgio Antunes
Portugalidades
equipa resseguro
Ana Cristina Loureiro
Maria Amélia Rocha
Fernando Piçarra
O que não sabe e nunca
perguntou…
que se verificaram importantes abalos sísmicos, tsunamis e inundações,
por exemplo, no Japão, na Austrália, na Nova Zelândia e na Tailândia, não
restam dúvidas que, sem a repartição do risco com os resseguradores, os
seguradores destes riscos poderiam ter cessado a sua actividade de imediato,
sem qualquer garantia de capacidade para o completo ressarcimento dos
danos.
O resseguro na Lusitania
Definindo a política de resseguro da Companhia e gizando um programa
anual adequado à protecção dos riscos em carteira age como facilitador da
subscrição conforme definido pelo plano estratégico, bem como a gestão
corrente de toda a actividade em que o seu apoio seja necessário.
O seu painel de resseguradores destaca-se pelo grupo de excelência que
representa uma importante mais-valia, face à segurança financeira e à boa
imagem que este apoio traduz.
Na vertente do negócio internacional, a Lusitania representa, ainda, em
Portugal a Royal & Sun Alliance, gerindo os negócios de seguros dos clientes
multinacionais desta empresa. Desta parceria são exemplo clientes de
grupos internacionais, entre eles, os grupos Ikea, Auchan, Fiat e Volkswagen.
A missão mais difícil
O equilíbrio entre a Lusitania e os seus
resseguradores. O resseguro é protecção; e a
protecção é um custo. O segredo de uma boa
gestão é a melhor protecção ao mais baixo custo.
Um equilíbrio que estabeleça uma óptima relação
custo / benefício para a Companhia e um bom
resultado global para os resseguradores.
O dia a dia do departamento
Uma série de pequenos e grandes acontecimentos,
desde a comissão indevidamente processada até à
grande colocação de um negócio vital.
Tudo nos interessa, tudo nos afecta…Se as bolsas
descem, os resseguradores podem baixar os
ratings; se há um concurso público complicado,
que resseguro será necessário, quem poderá
apoiar-nos? Se há um abalo sísmico no Japão,
os preços da cobertura catastrófica sobem; e
se há um sinistro em Portugal? - estamos em
frente à televisão ou à internet para identificar
participantes e coberturas afectadas.
Institucionalmente participamos em reuniões
com resseguradores, seminários de formação e
encontros internacionais de mercado.
O período do ano menos desejado… o último
trimestre
Os programas de resseguro duram um ano civil,
logo, anualmente a história repete-se! De Outubro
a Dezembro é uma corrida contra o tempo. Para
além do apoio prestado à actividade normal da
Companhia e que, nesta época, do ano também ela
própria, ganha maior ritmo, é necessário produzir
todo o tipo de informação sobre a evolução do
negócio, definição de metas para o ano seguinte,
reuniões com os resseguradores, negociação de
condições até acordo final e, por último, colocação
do programa de resseguro. Impreterivelmente em
Janeiro todas as responsabilidades têm de estar
asseguradas. Nesta época ninguém tira férias!
O pior pesadelo
O pedido de colocação de uma viagem de elevado
capital, às 16h30, de uma sexta-feira. Em Portugal
e na Lusitania, o fim-de-semana está eminente; na
Europa, com uma hora de avanço sobre Portugal,
já é fim de semana…Estará algum ressegurador
ainda sentado à secretária? Terá ainda o seu
telemóvel ligado? A hora é de ansiedade até que a
colocação se concretize.
Os maiores receios
Um abalo sísmico, um cenário de verdadeira
catástrofe onde todos os cálculos, todas as bases
de protecção, serão postas à prova...
37
Lusitania
Consigo
Equipa
balcão de Braga
“Só com trabalho planeado
e organizado se alcança o
sucesso e a qualidade
de serviço”
Fernando Piçarra
Reside e é natural de Braga. Está há 18 anos na Lusitania e encara o
trabalho do comercial como “gestor 360º”, que conhece todas as
facetas do negócio.
Evaristo Sérgio Mano da Silva
Gerente do balcão de Braga
Perfil “fora de horas”
Hoje não consigo viver
sem a minha família e os meus amigos
Em criança, queria ser
mecânico de corridas
O meu primeiro emprego
ajudante de armazém, numa fábrica
de motorizadas (1969/1970)
O primeiro ordenado foi gasto em
era tão pouco e já foi há tanto tempo
que não consigo recordar
O meu livro preferido
“Papillon” de Henri Charrière
A figura pública que mais aprecio
Nelson Mandela, pelo exemplo
que transmitiu de coragem e resistência
O meu clube desportivo
Futebol Clube do Porto
A música que ainda hoje me faz dançar
“Can’t take my eyes off you”, de Paul Anka
A minha tradição portuguesa preferida
Natal em família
Para mim a Lusitania é...
distinção
Qual é a sua estratégia de liderança que aplica no dia-a-dia
junto da sua equipa para alcançar os objectivos traçados?
A minha estratégia assenta nos seguintes factores: identificação com as
linhas orientadoras da companhia, disponibilidade, monitorização de
resultados, acompanhamento, rigor, disciplina e qualidade do serviço.
Estando a estratégia definida, cumpre ao líder dar a conhecer a toda a equipa
essa estratégia. A equipa deve conhecer os objectivos e ser orientada para
o cumprimento dos mesmos, com acompanhamento e monitorização em
reuniões periódicas.
Que factores ou técnicas considera essenciais para motivar
uma equipa?
Identificação com a companhia, o grupo empresarial, o código de conduta e
política de recursos humanos; reconhecimento do mérito, orientação para
os resultados e gosto pela função.
Que aspectos considera essenciais a Lusitania comunicar
aos seus clientes e mediadores de modo a conseguir a
diferenciação no mercado?
Rigor e qualidade de serviço, factores fundamentais na diferenciação, num
mercado que está vez mais focado no preço.
Quais os desafios que um comercial deve estar preparado
para enfrentar?
O paradigma da actividade seguradora mudou. Hoje o perfil do cliente
mudou e as exigências que daí resultam. Um comercial tem que estar aberto
e disponível para a mudança e para os novos desafios, sejam de natureza
comercial ou tecnológica.
Portugalidades
equipa balcão de Braga
Que qualidades são essenciais a um comercial de sucesso?
Um comercial de sucesso deve ser um gestor 360º, conhecendo todas as
facetas do negócio e da actividade. Destaco as seguintes qualidades: ser
líder, disponível, dinamizador, persistente, honesto, credível, assertivo e
focado nos objectivos.
Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal
preocupação de alguém quando compra um seguro?
Os comerciais devem planear, organizar e monitorizar o seu trabalho,
sempre focados nos objectivos e na qualidade da assistência comercial. Só
com trabalho planeado e organizado se alcança o sucesso e a qualidade de
serviço.
Como é que os comerciais podem projectar uma boa imagem
da Companhia junto de clientes e mediadores?
Os comerciais devem estar plenamente identificados com a estratégia e
política comercial da companhia, devem conhecer os produtos e tarifários,
de modo a que possam dar uma assistência comercial de elevada qualidade
aos clientes e agentes, projectando dessa forma uma boa imagem da companhia.
Fernando Piçarra
A principal preocupação é a protecção dos seus bens e das responsabilidades,
considerando ao mesmo tempo a relação custo/beneficio. É fundamental
o portfólio de produtos da companhia estar em conformidade com as
expectativas do cliente.
Qual o seu melhor conselho aos comerciais de modo a que o
seu trabalho seja produtivo, organizado e com qualidade de
serviço?
Anabela Gomes
Gestora de Rede
Ana Costa
Caixa
João Rodrigues
Comercial
Joana Viana
Comercial
Evaristo Sérgio
Gerente
Peixoto Cunha
Administrativo
Rui Magno
Comercial
Rosário Fonseca
Administrativo
Armando Sousa
Resp. Admin. Balcão
39
Lusitania
Consigo
Hugo Aires
Comercial
Rui Gomes
Gerente
Equipa
Fernando Piçarra
balcão de Faro
Telma Correia
Administrativa
Rui Fernando Mota Gomes
Gerente do balcão de Faro
Perfil “fora de horas”
Hoje não consigo viver
sem os meus sete cães
Em criança, queria ser
feliz
O meu primeiro emprego
foi aos 13 anos a embalar frutos secos
O primeiro ordenado foi gasto
a comprar uma viola
O meu livro preferido
“Descubra o seu destino” (Robin Sharma)
A figura pública que mais aprecio
John Lennon
O meu clube desportivo
Benfica
A música que me faz dançar
a que me toca a alma
A minha tradição portuguesa preferida
comer sardinhas assadas no Verão
Para mim a Lusitania é...
uma escola
“são as pessoas
que fazem
a diferença,
e tal como na vida
a confiança é fundamental”
Reside em Goldra, Loulé, mas é natural de Lisboa. está há 31 meses na
Lusitania e acredita que cada um tem de saber exactamente qual é o
seu papel dentro da empresa e procurar fazer sempre melhor.
Qual é a sua estratégia de liderança que aplica no dia-a-dia
junto da sua equipa para alcançar os objectivos traçados?
É aquela que assenta numa gestão democrática. Saber escutar, debater e decidir sempre a favor do
interesse do grupo é, para mim, vital. Só um grupo feliz e equilibrado está na posse de todas as suas
faculdades necessárias para uma gestão de sucesso. Nos termos que correm é importante pensar
positivamente que o mundo que temos à nossa disposição é um mundo de abundância com recursos
suficientes para todos e que apenas necessitamos de nos envolver de corpo e alma para retirar com
trabalho aquilo a que nos propomos. Não podemos deixar que o medo da escassez condiciona todo o
nosso comportamento. Para alcançarmos a nossa plenitude como pessoas os objectivos da nossa vida
pessoal e profissional têm de ser ambiciosos e exequíveis, pois essa é a base para um desempenho de
excelência.
Portugalidades
equipa balcão de Faro
Cristina Calado
Caixa
Carlos Videira
Administrativo
Que aspectos é que a Lusitania deve comunicar aos seus clientes e mediadores
de modo a conseguir a diferenciação no mercado?
Para nos diferenciarmo-nos da restante concorrência, a nossa notoriedade tem de estar assente
principalmente em três pilares: solidez, criatividade e serviço de excelência. Para este último é
fundamental que cada um saiba exactamente qual é o seu papel dentro da empresa e assuma que
temos continuamente de procurar potenciar as nossas virtudes e corrigir os nossos defeitos. O
nosso trabalho é tão importante como o do colega do lado e qualquer decisão, independentemente
do departamento, tem repercussões no trabalho de outros colegas. Temos de passar a mensagem
da importância do nosso trabalho e ter a responsabilidade e consciência que indirectamente
somos um garante do desenvolvimento social e económico do nosso país e da estabilidade da
vida familiar. Todos nós (administrativos, comerciais, mediadores) temos que entender que é a
excelência do nosso trabalho que faz a diferença. Não acredito que clientes plenamente satisfeitos
com a companhia ou o mediador os troquem por pequenas diferenças de prémios. A humildade
é uma virtude que deve estar constantemente presente na mente de todos. No dia-a-dia não faz
sentido pedir aos outros mais do que pedimos a nós próprios.
Fernando Piçarra
Quais os desafios que um comercial deve estar preparado para enfrentar?
O principal desafio é o da mudança. Não nos podemos esquecer que o universo está em constante
evolução e temos que manter um espírito aberto para aceitar e adaptar a nossa existência a todas
as novas exigências inerentes ao mundo que nos rodeia. Quem estiver preparado para a mudança
tem os alicerces para estar preparado para tudo o resto.
Que qualidades são essenciais a um comercial de sucesso?
É necessário ser positivo, envolvermo-nos de corpo e alma e acreditar que o nosso trabalho tem
um propósito. Em vez de nos focarmos nas dificuldades e no lado negativo, devemos procurar
sempre o lado positivo de cada situação. Através da perspicácia, deveremos ter a capacidade de
encontrar oportunidades em cada desafio. Devemos olhar sempre para o copo meio cheio. Tal como
em tudo na vida, se gostarmos do que fazemos, o nosso desempenho melhora significativamente.
Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal preocupação de alguém quando
compra um seguro?
Rui Batalha
Comercial
Quando alguém compra um seguro, a principal motivação é a de garantir uma continuidade da qualidade da sua
vida e da sua família. A nossa função, como profissionais de seguros, passa por dar a conhecer aos nossos agentes e
clientes todos os benefícios que se podem garantir com os nossos produtos e adequar cada um às suas necessidades.
Qual o seu melhor conselho aos comerciais de modo a que o seu trabalho seja produtivo, organizado e com qualidade de
serviço?
O melhor conselho que posso dar é o de se superarem diariamente, tentarem serem bons em tudo o que fazem, tanto na vida pessoal como na profissional.
Nesta profissão, são as pessoas que fazem a diferença, e tal como na vida, a confiança é fundamental. Temos que ter sempre presente que 90% do nosso
trabalho é na área de relações humanas, o produto que vendemos não é tangível, apenas vendemos uma ideia, daí ser fundamental que as relações
interpessoais tenham por base o respeito, a simpatia e o amor que nos diferenciam da mediocridade.
Como é que os comerciais podem projectar uma boa imagem
da Companhia junto de clientes e mediadores?
Comercialmente é muito importante conseguir fazer sentir aos nossos agentes e clientes que podem confiar em nós para lhes resolvermos os problemas;
é por isso que uma companhia de seguros vai muito além do que a sua área comercial. Todos os funcionários da companhia são importantes para que a
relação entre técnico comercial, agente e cliente se baseie numa confiança sem limites. Para que a imagem que passa para o exterior seja a melhor possível,
temos de procurar dar sempre o nosso melhor e estar sempre próximo dos nossos clientes e agentes. A vontade de nos sentirmos úteis tem de ser superior
a qualquer sentimento de vaidade ou de remuneração. O todo tem de continuar a ser superior á soma das partes.
41
Lusitania
Consigo
Rede
novidades
Campanha 20+20!
REUNIÃO COMERCIAL
Reunião
Comercial
da Lusitania
A reunião comercial anual da Lusitania, que decorreu no novo auditório da
sede da Companhia, ficou marcada pela presença e mensagem do Presidente
do Montepio e da Lusitania, Tomás Correia, que sublinhou a importância do
esforço profissional contínuo de todos para a prossecução dos objectivos
anuais propostos, tanto da Seguradora como do Grupo Montepio. Numa
época de conjuntura particularmente adversa, foi ainda sublinhada neste
evento a excelente performance e solidez do Grupo Montepio que o
destaca no mercado onde se insere. A reunião contou com a participação
da Administração, Direcção e Responsáveis dos canais de distribuição Norte
e Sul, Gerentes e Gestores Comerciais dos balcões da Companhia. Houve
ainda oportunidade de ouvir uma palestra do orador motivacional, Miguel
Gonçalves, com o tema da motivação diária para vencer e marcar a diferença
no futuro.
Estímulo à venda
de seguros de
acidentes de
trabalho
A Lusitania lançou a Campanha 20+20!
dirigida aos mediadores segmentados em
2012 na Companhia. Trata-se de um desafio
com que se pretende estimular a venda do
Seguro de Acidentes de Trabalho Conta
de Outrem, dentro do Lusitania Plano E+ e
aumentar o volume de clientes empresariais.
De acordo com um conjunto pré-definido de
actividades, todos podem ganhar, clientes e
mediadores. Enquanto os mediadores têm
direito a uma comissão extra de 20% sobre
todas as atividades em Campanha, os clientes
podem beneficiar, automaticamente, de
um desconto de 20% sobre o seguro de
Acidentes de Trabalho, para um conjunto de
actividades consideradas preferenciais. Esta
acção decorre até 31 de Dezembro de 2012.
Portugalidades
rede novidades
PLANO E+
Conceito
inovador
REDE COMERCIAL
O incentivo
das Olimpíadas
Na sequência dos Jogos Comerciais,
iniciados em 2010, com o Lusitania Grand
Prix, este ano a Lusitania aposta nas
Olimpíadas Lusitania 2012. Inspirado nos
Jogos Olímpicos 2012, que decorrem este
Verão em Londres, este jogo comercial
pretende dinamizar e incentivar a rede
comercial da Lusitania e alguns dos seus
principais parceiros de negócio. Os Jogos
Olímpicos são um evento competitivo e
dinâmico que, por si só, entusiasma e move
as pessoas. Com esta associação a Lusitania
pretende criar um espírito de saudável
competição e de equipa, característico
dos Jogos Olímpicos, transpondo-o para
a actividade de mediação da Lusitania. A
expectativa é que constitua uma mais-valia e
que venha potenciar o desenvolvimento do
negócio em 2012. Por outro lado, pretendese fomentar o espírito de grupo em torno de
cada balcão da Lusitania, bem como reforçar
a relação dos principais mediadores com a
Companhia.
O novo “Plano E+” da
Lusitania permite uma
gestão simplificada dos
seguros
num
único
extracto, o pagamento integrado de
todos os seguros do Plano e descontos
de subscrição e fidelização. Todas estas
vantagens graças ao facto de possibilitar a
integração de todos os seguros da família e
da actividade profissional num único plano.
Ao permitir a gestão centralizada através
da emissão de um único extracto mensal,
o cliente pode consultar os prémios de
seguro a pagamento, descontos, forma de
pagamento e fraccionamento dos seguros
contratados. O pagamento também pode ser
feito de forma integrada: “um valor único,
uma só referência, um só pagamento”.
Esta solução é inovadora e económica ao
proporcionar descontos imediatos.
ACIDENTES PESSOAIS
Proteger
bem-estar,
lazer e aventura
A oferta integrada de Acidentes Pessoais
está agora mais rica com o novo seguro
de riscos extra-profissionais, que permite
adicionar o nível de protecção adequado à
prática de hobbies, realizar viagens de férias
ou viver os momentos de lazer, em qualquer
parte do mundo. Esta solução tem três
opções de coberturas e capitais distintos,
adaptáveis aos vários estilos de vida: bemestar, lazer e aventura. É ainda possível incluir
este novo seguro no plano “Lusitania Plano
E+”, beneficiando de descontos atractivos
no momento da subscrição e também na
renovação.
CARTÕES SÁUDE VIVA E VIVA+
Novo seguro
de saúde
A oferta de seguros de saúde foi reforçada
com a criação dos cartões “Lusitania Saúde
Viva e Viva+”, que permitem uma maior
oferta e acessibilidade a serviços de saúde
com descontos muito vantajosos para os
clientes. Acesso direto a uma rede privada
de saúde, simplicidade na adesão ao seguro
sem necessidade de questionários clínicos e
liberdade na escolha de médicos, clínicas e
centros auxiliares de diagnóstico dentro da
rede de prestadores. Desde 95€ ou 165€ ao
ano, e por pessoa segura, abrange o conjunto
de coberturas que habitualmente se
encontram num seguro de saúde tradicional.
No entanto, a Lusitania foi mais longe
inovando no serviço de assistência ao cliente.
Além da assistência ao lar, é possível ter um
apoio adicional em caso de internamento
hospitalar, em viagens ao estrangeiro e,
ainda, de sugestões de programas para os
momentos de lazer passados em família ou
amigos.
31
Lusitania
Consigo
Rede
Fernando Piçarra
mediadores
Pedro Daniel Gomes
Agente Principal Lusitania afecto ao balcão de Paço d’Arcos
Gerente da Becauseguros Consultores®
Reside em Fontanelas, mas é natural de Oeiras.
Iniciou o seu percurso no mercado segurador
há 24 anos e meio na L’Union des Assurances
de Paris. Colabora há mais de 10 an0s com a Lusitania,
uma relação que defende assentar numa parceria
principal, baseada numa nova excelência
e dinamismo na assistência ao cliente
não vida e vida.
Perfil “fora de horas”
Hoje não consigo viver
sem o meu filho e sem os meus colegas de trabalho
Em criança, queria ser
escritor e oceanógrafo
O meu primeiro emprego
dois meses numa agência de publicidade
O primeiro ordenado foi gasto em
investimentos no meu novo trabalho em seguros
O meu livro preferido
“O Alquimista” de Paulo Coelho
A figura pública que mais aprecio
António Marinho e Pinto, Bastonário
da Ordem dos Advogados
O meu clube desportivo
Real Madrid
A música que me faz dançar
Hard Rock
A minha tradição portuguesa preferida
bacalhau com couves na véspera de Natal
Para mim a Lusitania é...
parceiro principal
Portugalidades
rede mediadores
A primeira sociedade de mediação que fundou foi a Quadrium
Seguros, em 2000. Em 2006 estaria a criar o seu actual projecto, a
Becauseguros Consultores (BSC®).
No primeiro caso, foi motivado, como conta à Lusitania Consigo,
pela “emancipação de uma exclusividade já gasta, conhecer o
mercado e aumentar a minha capacidade de o poder conquistar”.
Quando criou a BSC®, esses motivos foram alargados para a
intenção de tornar possível uma exclusividade práctica e efectiva
com a Lusitania Seguros, com quem colabora há mais de 10 anos.
Uma relação “assente numa parceria principal que me tornasse
mais imbatível no mercado e ainda permitisse apresentar uma nova
excelência e dinamismo na Assistência ao Cliente Não Vida e Vida.”
E assim aconteceu.
Qual é a grande mais-valia do serviço
que presta aos seus clientes?
As principais mais valias do serviço da BSC® objectivam na real fidelização
do Cliente e pretendem no essencial que o Cliente consiga de forma
imediata diferenciar-nos da concorrência.
Assentam, também, na procura constante da excelência no serviço geral
prestado, na vontade e disponibilidade permanentes de nunca abandonar o
Cliente à sorte, no know-how técnico e comercial dos meus colaboradores e
na máxima que sigo há 25 anos de trazer cada cliente para um novo universo
de confiança e satisfação apenas possivel cumprindo a fórmula:
1 Mediador <=> 1 Cliente <=> 1 Companhia.
Tendo em conta a sua experiência,
qual é a principal preocupação do
cliente final quando adquire um seguro?
“A principal
preocupação
do cliente
quando compra um
seguro
é não ser enganado
e fazer o melhor
negócio possível”
A principal preocupação do cliente quando compra um seguro é contratar
um serviço ajustado às suas reais necessidades, baseado numa relação
de maior qualidade / melhor preço existente. Ou seja, devido a um certo
descrédito, o cliente tenta compensar essa realidade com a busca do
melhor preço, tanto pela desvalorização dos serviços associados, qualidades
do seguro, como dos atributos das Mediadoras e das Companhias de
Seguros em geral. Os profissionais da BSC® lutam contra este pensamento
vigente. Quanto ao preço, justifico com a importância de ter um consultor
de seguros, um funcionário ao dispor, e que, entre os variados serviços
prestados, também se inclui a procura do preço mais justo.
Aos mediadores, digo-lhes para lutarem para abandonar a mentalidade e
postura multimarcas e conseguirem substituí-las por um orgulho e uma
reputação de marca, de especialização e de acesso a regalias e ferramentas
só acessíveis a um mediador de marca. Que encante e envolva o cliente
nesse harmónio de multivantagens e multisserviços e que o faça valorizar o
preço em vez de o renegar.
Às companhias peço-lhes que reforcem os seus códigos éticos e de
conduta de mediação, que sejam mais inclusivas dos seus Mediadores,
que os considerem também como seus membros e funcionários, que
exijam mais de nós e que valorizem e apostem na exclusividade dos seus
vendedores de marca e que por essa via, possam recolher mais facilmente
os resultados financeiros que procuram. Se conseguirmos misturar todos
estes ingredientes, o preço deverá ser o que menos conta.
45
Lusitania
Consigo
O que ensina ou aconselha a um colaborador
novo que entre para trabalhar na sua empresa e o que não
pode faltar a um bom agente de seguros?
Ensino-lhe a procurar em si próprio a razão e a responsabilidade de tudo em
que intervém. Ensino-lhe e aprendo com ele todas as bem aventuranças, a
confiança, a mudança e a liderança. E aquela que estas três irão garantir- a
esperança.
Como analisa a performance da sua empresa e quais as
perspectivas para 2013?
A BSC® como escola de vendas e de vendedores, como gosto que nos
considerem, nunca está satisfeita com os seus próprios resultados, que, no
entanto, têm crescido de forma sólida e sustentada, quer no Ramo Não Vida
como no Ramo Vida. No contexto global existente têm de ser considerados
como bastante significativos. Em 2012 e 2013 iremos aumentar os nossos
ativos, efetivos e estabelecimentos, e procuraremos aproveitar esta crise
para multiplicar fortemente os nossos negócios e a nossa ambição em
crescer de forma ainda mais rápida e diversificada.
Fernando Piçarra
Pedro Gomes junto à sua equipa da BSC®
Portugalidades
rede mediadores
“Aproveitando estes
tempos conturbados
deveríamos conseguir
alterar de uma vez
a ideia errónea
e distorcida que
o “mercado” tem do
sector segurador”
Considero-me grato por estar a viver e a ultrapassar esta crise interna e
global actual, que de facto tem contornos excepcionais na sua gravidade, na
sua previsível duração futura e nos danos e correcções naturais que a todos
nos irá provocar inevitavelmente.
Existe um enorme potencial de oportunidades e de regeneração que a
mesma constitui e que a mesma possibilita.
Se assim é para todas as actividades, penso que para o sector segurador
ainda mais esta situação se coloca, e a todos os seus intervenientes devia
fazer reflectir. Tantos mitos e tabus, tantas “verdades adquiridas”, tantas
“inevitabilidades” e tantas oportunidades perdidas que temos a obrigação
de corrigir e varrer da nossa mentalidade. Aproveitando estes tempos
conturbados, deveríamos conseguir alterar de uma vez a ideia errónea e
distorcida que o “mercado” tem do sector segurador.
Fernando Piçarra
Como avalia o momento que atravessa a economia
portuguesa e o seu impacto no sector segurador?
47
Lusitania
Consigo
Rede
mediadores
Perfil “fora de horas”
Fernando Piçarra
Hoje não consigo viver
sem a minha família
Em criança, queria ser
sacerdote
O meu primeiro emprego
Técnico Administrativo
O primeiro ordenado foi investido
na carta condução
O meu livro preferido
“Equador”, de Miguel Sousa Tavares
A figura pública que mais aprecio
José Mourinho
O meu clube desportivo
Benfica
A música que me faz dançar
“I Need a Hero” de Bonnye Taylor
A minha tradição portuguesa preferida
Ceia de Natal
Para mim a Lusitania é...
seriedade e aposta de longo prazo
José Jorge da Rocha Fernandes
Agente Principal Lusitania afecto ao balcão de Braga
Sócio Gerente da Jorge Fernandes – Med. de Seguros
(Grupo Medicavado)
Jorge Fernandes começou a trabalhar em 1989
em funções administrativas numa empresa de
distribuição de produtos alimentares.
A entrada no mercado segurador dá-se em 1991
e até 2002 desenvolve a actividade de mediação em
parT time. Depois, resolveu dedicar-se em
exclusividade à mediação.
Tem 21 anos de trabalho no mercado segurador,
reside em Alvito S. Martinho e é natural de Ucha,
Barcelos.
“Essencial
é a explicação
rigorosa
das condições
da apólice que
estamos a vender”
Portugalidades
rede mediadores
Quando fundou a sua sociedade de mediação
e o que o motivou a iniciar o projeto?
Inicialmente, o projecto avançou em nome individual. Em 2006,
impulsionado pela publicação do DL 144/2006 que veio regular as
condições de acesso e de exercício da actividade de mediação de seguros,
entendi constituir a JORGE FERNANDES – MEDIAÇÃO DE SEGUROS LDA,
como forma de dar resposta às imposições legais que a referida legislação
impunha. Além disso, entendi que devia separar, juridicamente, a actividade
profissional da vida privada.
Em Junho de 2010, demos um novo impulso à empresa, integrando a mesma
no Grupo Medicavado Seguros, através da troca de partes sociais detidas
por mim e pelo António Varzim Miranda. Com esta permuta, constituiu-se
um Grupo capaz de enfrentar as adversidades de mercado. Rentabilizámos
a estrutura e ganhámos massa crítica. Seleccionamos os parceiros e
apostamos num grupo reduzido de companhias que nos permitem ser
competitivos por forma a encontrar a melhor relação preço/qualidade
para os nossos clientes. Com as companhias seleccionadas, pretendemos
ser parceiros privilegiados em detrimento da possibilidade de dispersar
negócio por diversas companhias. Com uma equipa de seis pessoas que se
dedicam, em exclusivo, à mediação de seguros, gerimos, em 2011, cerca de
dois milhões e duzentos mil euros de prémios totais em Não Vida e Vida
Risco, nos quais se inclui receita de contratos em co-mediação.
A ligação com a Lusitania é recente. No entanto, fruto da aquisição da REAL
SEGUROS pela LUSITANIA a ligação remonta a 1991. Foi daqui que recebi
a formação ministrada com vista á realização do exame para inscrição
no Instituto de Seguros de Portugal (ISP). Aproveito para deixar um
reconhecimento de gratidão a dois colaboradores da Real Seguros, ainda
no activo na Lusitania, que me acompanharam ao longo dos últimos anos,
em especial a partir de 2002. Ao Sérgio Pereira e ao Júlio Silva ficarei sempre
grato pela disponibilidade.
Fernando Piçarra
Colabora com a Lusitania há quantos anos?
Jorge Fernandes e António Miranda
Sócios-Gerentes
Qual é a grande mais-valia do serviço
que presta aos seus clientes?
As receitas de qualidade de serviço e fidelização de clientes na mediação de
seguros são transversais a todo o mercado. Tentamos marcar a diferença.
Assim, em 2009, efectuámos um forte investimento em ferramentas
informáticas que nos permitissem fazer um acompanhamento constante da
carteira de seguros em gestão. Esta ferramenta permite-nos efectuar:
• o controle rigoroso da evolução dos prémios emitidos pelas Companhias,
por forma a verificar eventuais desvios nos mesmos, de forma atempada;
• o controle rigoroso de recibos em cobrança por forma a evitar anulações
sem que o cliente se aperceba das mesmas;
• o controle rigoroso do circuito de documentação entre o tomador –
mediador – companhia e vice-versa, por forma a assegurarmos que todas as
solicitações dos clientes são satisfeitas.
Temos perfeita consciência que o contrato de seguro se materializa na
ocorrência de um sinistro. Por forma a prestar um serviço de qualidade,
neste momento de fragilidade para o cliente/sinistrado, garantimos,
em permanência, um colaborador com a função específica de gestão de
sinistros.
Por outro lado, entendemos que as companhias com quem nos
relacionamos deverão ser objecto de um relacionamento franco que
permita parcerias duradouras e rentáveis para ambas as partes. É política
da empresa acompanhar as Companhias nas melhores fases destas, não
descorando esse relacionamento e, se possível, reforçar o mesmo em
momentos de maior vulnerabilidade. Recordo-me que, durante todo o ano
de 2009, o mercado atacou de forma inapelável a carteira da antiga REAL,
tendo sido por diversas vezes aliciado para transferência da carteira para
outras companhias. Entendi que, se o fizesse, estaria a ser desleal para quem
me acompanhou ao longo dos anos, facto que me levou a recusar diversas
abordagens para esse efeito.
49
Lusitania
Consigo
“Só o conhecimento
profundo das
condições das
apólices de cada
seguradora nos
permite apresentar
a melhor proposta
ao cliente”
Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal
preocupação do cliente final quando compra um seguro?
Contrariamente ao que é usual afirmar-se no mercado, o prémio não é tudo.
É certo que continuará a ser factor relevante na tomada de decisão, mas
nunca poderá ser o único factor de decisão. Por um lado, o cliente procura
proximidade com o interlocutor e referências de seriedade. Por outro lado,
a enorme oferta de produtos e de intermediários existentes no mercado
vem baralhar a decisão de aquisição de produtos. Tentamos formatar a
carteira de seguros dos nossos clientes em função das expectativas destes.
Essencial é a explicação, o mais rigorosa possível, das condições da apólice
que estamos a vender. É um desiderato difícil de atingir, em especial quando
nos apercebemos que, cada vez mais, os seguros estão a ser objecto de
venda massificada, sem que exista o cuidado de abordar, de forma concisa,
as coberturas de cada contrato. Entendemos que só o conhecimento
profundo das condições das apólices de cada seguradora nos permite
apresentar a melhor proposta ao cliente. Quando me refiro à melhor
proposta estou não só a referir-me ao preço, mas também às necessidades
de protecção específicas de cada cliente. Também por este facto se torna
importante a concentração do negócio em reduzido número de parceiros.
dos nossos concorrentes, com a maior ou menor conivência por parte dos
serviços das diversas companhias a actuar no mercado. A este propósito,
aproveito para felicitar a Lusitania, pela implementação do sistema de
controlo ligado à Segurnet, que veio terminar com este flagelo que também
já nos atingiu, em tempos idos.
Entendo que a formação é essencial para um bom desempenho
profissional. Todos os nossos funcionários estão habilitados com formação
de mediadores de seguros ou PDEAMDS. Legalmente, não estamos
obrigados a tal. No entanto, entendemos que essa formação é fulcral para o
desempenho das suas funções.
Enumere 3 características que não podem faltar
a um bom Agente de Seguros
Em primeiro, e acima de tudo, seriedade. Seriedade para com o cliente, na
apresentação das propostas, na contratação e no acompanhamento dos
contratos. Seriedade para com a companhia, no correcto enquadramento
de risco e respectiva tarifação. Seriedade para com os terceiros, em especial
no que concerne à gestão de sinistros.
Competência técnica que nos permita fazer enquadramento correto de
coberturas e sinistros. É inadmissível que continuemos a ter sinistros
recusados nas companhias por deficiente enquadramento da realidade do
risco nas apólices e que, aquando da resolução dos mesmos, se continue
a atribuir culpas infundadas às companhias, quando o essencial está no
momento da contratualização, onde intervêm o mediador e o tomador - e
não a companhia.
Disponibilidade para o cliente. Temos a consciência que a grande diferença
do canal de distribuição mediação relativamente a canais alternativos, tais
como a Banca e os canais directos, assenta na disponibilidade constante por
parte da mediação para com o cliente. É certo que esta disponibilidade não
pode colidir com a nossa vida particular. No entanto, essa linha de separação
entre a vida privada e a disponibilidade para o cliente é, quase sempre,
ténue. Geralmente, é a família que acaba por sofrer as consequências. Em
especial em relação à minha esposa e à minha filha, estou em claro deficit,
facto pelo qual tenho que me penitenciar.
O que ensina ou aconselha a um colaborador novo
que entre para trabalhar na sua empresa?
Como analisa a performance da sua empresa
no ano de 2011 e 2012, e quais a perspectivas
de desenvolvimento do negócio para 2013?
Desde logo, há uma regra básica a cumprir, que tem a ver com o sigilo
necessário na nossa actividade. É imperativo que a informação a que temos
acesso na nossa relação com as companhias e com os clientes fique dentro
das quatro paredes do escritório. Por outro lado, dada a especificidade
de cada contrato, recomendo a leitura atenta das Condições Gerais das
apólices dos principais ramos, em especial no que concerne a exclusões
de cada uma, por forma a adquirirem as competências necessárias ao
acompanhamento da carteira de seguros dos nossos clientes.
Por último, existe uma regra básica no que toca à aceitação automóvel e
ao enquadramento de tabelas Bonus-Malus das diversas companhias. É
imperativo que estas tabelas sejam respeitadas religiosamente. Temo-nos
apercebido, nos últimos tempos, que tal não está a acontecer com muitos
O ano de 2011 foi o ano de consolidação da integração no Grupo
Medicavado. Crescemos em todas as variáveis de negócio. Cobramos mais
prémios, temos mais apólices em carteira e mais tomadores. Crescemos
e consolidamos o negócio. Até finais de Maio de 2012, mantivemos o
mesmo ritmo, apesar de se notar um abrandamento desde Abril, em linha
com a tendência geral do mercado. A perspectiva é a de manter um ritmo
de crescimento até ao final do ano, fruto de um trabalho de prospecção
que vem de trás e que nos está a permitir combater as anulações que se
vão fazendo sentir, em função das dificuldades económicas que Portugal
atravessa.
Muito mais difícil é falar de 2013. É um facto que a mediação de seguros tem
que evoluir na rentabilidade do negócio. Estamos a tentar agilizar processos
Portugalidades
rede mediadores
de cobrança, em especial através do incremento de débitos directos nas
apólices. Por outro lado e porque dispomos de uma base de dados que nos
permite ter uma visão integrada do cliente, estamos a fazer um trabalho
de caracterização do cliente com vista à detecção de oportunidades
de negócio dentro da nossa organização. É sempre mais cómodo fazer
prospecção dentro da nossa estrutura. No entanto, não descuramos a
prospecção externa, tendo-lhe dedicado uma atenção especial. Outro
vector de actuação passa por continuar a estabelecer parcerias de comediação. Trata-se de um caminho que toda a mediação terá que percorrer
nos próximos anos, por forma a, por um lado, rentabilizar custos fixos
inerentes à actividade e, por outro lado, permitir maior capacidade negocial
juntos dos parceiros de negócio.
Como avalia o momento que atravessa a economia
portuguesa e o seu impacto no sector segurador?
Sendo o sector segurador um sector essencialmente prestador de serviços,
sofre consequências directas. No que à mediação diz respeito, avizinham-se
enormes desafios, dada a fragilidade dos modelos de negócio existentes.
As carteiras de seguros estão fortemente assentes em seguros obrigatórios,
em especial acidentes de trabalho e automóvel. São estes ramos os que
sofrem maior pressão, em virtude da redução, em simultâneo, de massas
salariais seguráveis e de frotas automóveis das empresas. Também ao nível
dos particulares, as dificuldades inerentes às altas taxas de desemprego
levam a redução da carteira de seguros, em especial no que toca aos ramos
de saúde e patrimoniais.
É já perceptível o aparecimento, no mercado da mediação de seguros,
de personagens sem qualquer tipo de formação adequada, a venderem
apólices por forma a obterem um rendimento extra. Actuam, sob a capa
de falsos PDEAMS ou angariadores encapotados. São entidades que,
aproveitando as fraquezas da Lei de Mediação, procuram, numa situação
de fragilidade pessoal, encontrar uma fonte de receitas alternativa. Desta
forma, pressionam o mercado, criando dificuldades aos operadores
instalados.
Fernando Piçarra
Jorge Fernandes e António Miranda com a sua equipa
51
Lusitania
Consigo
Observatório
energias renováveis
Uma análise ao grau de sustentabilidade
das energias renováveis com riscos catastróficos
Leonor Vieira e Jorge Mafalda*
Tendo por base a génese e os princípios que suportam o Ano Internacional da Energia Sustentável que se celebra este ano, declarado
pela ONU com o alto patrocínio do seu presidente, Ban Ki-moon, poderemos e deveremos estabelecer uma relação entre os
objectivos aí definidos e uma das fontes de energia, a renovável, devido à sua significativa contribuição para o cumprimento deste
ambicioso e real propósito, para o qual certamente daremos o nosso contributo. Contudo, e sendo a energia renovável um dos
pilares de suporte deste desafio, não a poderemos ter de uma forma sustentável, sem fazermos uma correcta gestão dos seus riscos.
Fernando Piçarra
a sustentabilidade
das energias
Portugalidades
observatório energias
renováveis
Este tipo de unidades produtoras está sujeito a riscos cujas consequências
poderão assumir dimensões catastróficas, de tal forma que fará interrogar
os mais cépticos sobre a fragilidade deste pilar.
O raciocínio sobre o risco, não deixa de ser legítimo e objecto de uma maior
análise, nomeadamente por força do tipo de equipamentos inerentes a este
tipo de unidades, bem como a sua zona de implantação, quase sempre em
locais inóspitos e muitas vezes de acessos condicionados. Falamos, por
exemplo, dos parques eólicos “onshore” por força da neve e do gelo ou os
parques eólicos “offshore” por força das condições marítimas que tornam
impossível percorrer as várias milhas que os separam da orla costeira, ou
os ventos ciclónicos ou mesmo fenómenos sísmicos com um grau de
abrangência quase idêntico em ambos.
À semelhança dos parques eólicos, poderíamos aqui referir outras unidades
de produção, onde, no grau superior de exposição, estão as relacionadas
com a energia das ondas ou das marés e, no inferior, estarão os parques
solares fotovoltaicos e térmicos.
Da análise destas várias premissas resulta a aparente fragilidade dos
equipamentos face ao meio onde estão inseridos, mais o grau de intensidade
dos fenómenos da natureza e suas consequências. Certamente se levanta
a seguinte questão: como será possível basear uma estratégia de política
energética sustentável com este enquadramento? A resposta é fácil de dar
porque, negando o que teoricamente não funcionaria, deparamo- -nos com
uma realidade baseada no histórico a nível mundial: estes equipamentos
têm sido os menos afectados por todas as catástrofes mundiais ocorridas
nos últimos anos. Na realidade, deve-se a uma correcta e rigorosa gestão
de risco desde o projecto. Esta levada a cabo por todas as equipas de
engenheiros que concebem e desenvolvem estes equipamentos numa
primeira fase, passando pelo estudo exaustivo das condições naturais
dos locais, até à colocação de protótipos à escala real, que são sujeitos a
ensaios destrutivos para avaliar todo o comportamento dos materiais que
os compõem numa última fase. Desta forma poderemos acreditar que as
Energias Renováveis poderão dar Energia Sustentável, mesmo sujeitas a
Riscos Catastróficos.
*Leonor Vieira
Directora da Direcção de Subscrição da Lusitania
Jorge Mafalda
Técnico analista de risco (APS); especialista em gestão de risco de
empresas de energias renováveis e director técnico - comercial na área de
corretagem
“As energias renováveis
poderão dar energia
sustentável, mesmo
sujeitas a riscos
catastróficos”
Saiba mais
Energias renováveis
Todas aquelas a que se pode recorrer de forma
permanente, porque são inesgotáveis. Caracterizam-se por terem um impacte ambiental nulo na emissão
de gases que provocam o efeito de estufa. Exemplos:
Energia Solar, Hídrica, Eólica, Biomassa, Marés, Energia
das Ondas e Geotérmica.
Energias não renováveis
São aquelas cujas reservas são limitadas, ou seja,
diminuem à medida que as consumimos. Se se mantiver
o modelo de consumo actual, os recursos não renováveis
deixarão de estar disponíveis, em resultado da extinção
das suas reservas, ou porque a extracção deixará de ser
economicamente rentável a médio prazo. São exemplos
o Carvão, Gás Natural, Petróleo e Urânio. Podem ser de
origem fóssil ou de origem mineral.
Energias de origem fóssil
Formadas pela transformação de restos orgânicos
acumulados na natureza há milhões de anos, como, por
exemplo, o carvão, o petróleo e o gás natural.
Energias de origem mineral
É o caso do urânio, utilizado para produzir energia
eléctrica. À medida que as reservas são menores, torna-se
cada vez mais difícil a sua extracção e, consequentemente,
aumenta o seu custo.
53
Lusitania
Consigo
Inovação
opinião
O poder
do CoolHunting
Luís Rasquilha*
A inovação empresarial
através da observação
dos clientes, indo além
do óbvio, é a solução
para a crise. É tirar-lhe
o s, de crise para cri e.
s
O que é o CoolHunting?
É o registo metódico e disciplinado de acontecimentos
humanos, sociais, políticos, relacionais, que permitem a
identificação de oportunidades de negócio e antecipação
das necessidades dos consumidores. É ainda a base da
identificação das tendências.
Poderia começar este artigo por enumerar as dificuldades que enfrentamos
na nossa realidade actual. Daria para bem mais que os 6.000 caracteres
que me pediram. Mas não. Entendo que, mais importante do que as
dificuldades, são as oportunidades que poderemos identificar em cada uma
dessas dificuldades.
Estamos num momento único da nossa História. Onde tudo o que
aprendemos e com o que nos habituámos a lidar está posto em causa.
Nunca, na História de um país, os desafios foram tão grandes e cheios de
incerteza, mas também cheios de potencial de sucesso. Às empresas pede-se reinvenção, aos profissionais superação. Chegámos ao ponto de viragem
onde o que vai ditar o sucesso ou o insucesso das organizações depende
directamente de duas dimensões: o capital de conhecimento e a capacidade
de o aplicar de forma inovadora.
O futuro é disso que trata – de capacidade inovadora. E inovação não é
propriedade apenas de alguns, fechados dentro de uma sala inacessível,
onde o que lá se passa fica no reduto de uma reduzida cúpula empresarial.
Quisemos durante anos dotar a inovação de um secretismo e de uma
fórmula que fizesse dela propriedade de alguns e desconhecimento de
outros. Esquecemo-nos das perguntas mais importantes: O que é inovação?
De onde ela vem? Quem a pode potenciar?
Na empresa onde trabalho e na função global que tenho, lido em muitos
países com esta realidade de que a inovação é só de alguns. E muitas vezes
questionam-me: pode a inovação ser o DNA de empresas estabilizadas
e rotineiras? Podem as pessoas, independentemente da sua função ou
posição hierárquica, potenciar a inovação? Podem as PME serem motores
de inovação?
A grande resposta não é se podem. É se querem! Queremos ou precisamos?
Aqui reside a questão. Por inovação entendo um conceito simples e aplicável
diariamente nas empresas: “Inovação é igual a Ideias Novas em Acção”.
Portugalidades
inovação opinião
Inovar é trazer algo novo, capaz de ser implementado e que possibilite
retorno de investimento (financeiro, humano e de tempo). É disto que
as empresas precisam e que os profissionais têm de criar – novas ideias
capazes de serem implementadas.
Perguntei, além do que é inovação, de onde vem a inovação e quem a pode
potenciar. Se inovar é produzir ideias e se as ideias são o activo mais precioso
que um ser humano tem, então ela vem de todos os colaboradores de uma
empresa. Mais do que um departamento, a inovação é parte integrante do
Ideation (produção de ideias) de todos quantos, no dia-a-dia, fazem uma
empresa acontecer. E ideias é o que todos temos de forma permanente –
seja a dormir, a conduzir, a tomar banho, a almoçar, no cinema, no shopping
ou a ver TV. Ideias, ideias, ideias – o activo dos vencedores, daqueles que
não se conformam e não se deixam abater pelas adversidades. Ideias – o
que pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso, a alegria ou a
tristeza. Acima de tudo o que pode fazer com que possamos (e queiramos)
ultrapassar esta realidade que nos afecta e demonstrar mais uma vez que
sabemos fazer História.
Se a inovação é responsabilidade de todos, existem aqueles que, por estarem
em contacto directo com os clientes, assumem um papel fundamental na
produção deste «ideation». Comerciais, mediadores, gestores de clientes,
pós-venda, e demais profissionais que diariamente contactam com o
único activo que faz uma empresa ter sucesso – os clientes. São eles que
conhecem, observam, registam, resolvem, propõem… São eles quem
melhor do que ninguém sabem as expectativas, os desejos, as necessidades
e, mais importante, o estado de alma dos clientes. São estes clientes o mais
importante banco de dados de uma empresa. São estes clientes que dizem
o que querem e de que precisam, mas também nos dão pistas preciosas de
como esperam que as empresas os atendam e os satisfaçam. Conhecem
empresas de sucesso que não estão orientadas para e pelos seus clientes?
Eu não.
Por isso, pelo facto de quem potencia a inovação (a produção de ideias)
serem aqueles que diariamente contactam com os clientes há que motiválos à inovação. Há que fazer com que eles, ao observarem o comportamento
dos seus clientes, possam registar dados e encontrar oportunidades de
negócio que vão além do que o manual de vendas manda fazer. Superação,
lembram-se?
Observar e procurar além do óbvio
Clientes são pessoas. E pessoas são, por definição, esquizofrénicas e
mentirosas, porque quando questionadas sobre algo preferem responder
utilizando o lado esquerdo do cérebro (o objectivo, racional, detalhista)
raciocinando sobre o que queremos ouvir, o que, na grande maioria das
vezes, não é reflexo do seu comportamento (orientado pelo hemisfério
direito do cérebro – o sonhador, criativo, emocional). Mais do que então
“O futuro passa
por encontrar
as ideias «cool» que
possam guindar
as empresas para
novas realidades”
questionar, há que observar. Observar de forma incessante. Observar de
forma fundamentalista. Observar e procurar além do óbvio. Fazer aquilo que
definimos como CoolHunting. A caça do «cool». E por «cool» entendemos
tudo o que é atractivo, inspirador e com potencial de crescimento.
O que é o «CoolHunting»? É o registo metódico e disciplinado de
acontecimentos humanos, sociais, políticos, relacionais, que permitem a
identificação de oportunidades de negócio e antecipação das necessidades
dos consumidores. É a base da identificação das tendências. Uma tendência
é um processo de mudança que resulta da observação do comportamento
dos consumidores e que origina a criação e o desenvolvimento de novas
ideias: de negócio, de produto ou serviço, de marca ou de acção. É um
processo de mudança comportamental que está assente em mentalidades
emergentes e que é suportada, posteriormente, em interpretações passíveis
de gerar «insights» capazes de serem convertidos em negócios. «Insight» é
tudo o que, do ponto-de-vista do consumidor, traz uma nova e relevante
forma de ver, criar, produzir e vender uma companhia, marca, produto ou
serviço. De produzir uma ideia.
É disso que trata o futuro de sucesso. Encontrar as ideias «cool» que possam
guindar as empresas para novas realidades além das que vivemos hoje. Só
os clientes, mesmo sem o saberem de forma consciente, nos podem dar
essas respostas.
Olhar os clientes com olhos «cool» é o melhor bálsamo para o crescimento
e para a inovação empresarial. E que melhor solução para a crise do que
olharmos de forma «cool» para o futuro? E a solução é simples e centrada
nas ideias. É tirar-lhe o “s” – de crise para crie.
* Luís Rasquilha
CEO da AYR Consulting, Trends & Innovation
CMO da IBT, The Realtime ® Web Company
[email protected]
55
Lusitania
Consigo
LusitaniaMar
grandes parceiros
Naveiro,
transportes marítimos
Transportes
Marítimos
Entre os clientes da LusitaniaMar
figura o mais importante
armador nacional de
transporte marítimo, a Naveiro
Com uma tonelagem total de 30.212 gt. e doze navios, todos com nomes
de cidades portuguesas, Guimarães, Coimbra, Viseu, Lamego, Leiria,
Tomar, Ovar, Penafiel, Silves, Portalegre, Chaves e Porto, navios que têm,
no seu conjunto, uma idade média de 6,5 anos - indicador que bem ilustra
a qualidade da frota – sendo ainda de salientar que nenhum dos navios se
Sede Social
Estoril
Administrador-Delegado
Dr. Luís Pinheiro Chagas
Volume de negócios
24.000.000 €
Nº de Trabalhadores
88 (tripulações e administrativos)
www.naveiro.pt
encontra em “Time-Charter” ou seja, todos são propriedade da empresa
armadora e de bandeira nacional. Dirigida pelo Dr. Luís Pinheiro Chagas,
a NAVEIRO contribui, de forma importante, para a criação da riqueza
nacional, constituindo na contemporaneidade um grande continuador das
tradições da Marinha de Comércio Nacional.
Navio Penafiel
Ano de construção: 2007
Tonelagem bruta (T.A.B.): 2956 t
Comprimento: 90 m
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consectetuer adipiscing elit Aliquam feugiat tellus.
Na próxima edição
O maior grupo português de operação portuária Grupo ETE
Fundada em
1961
Portugalidades
LusitaniaMar grandes
parceiros
Navio Joana Princesa
Ano de construção: 1969
Tonelagem bruta (T.A.B.): 1920 t
Comprimento: 72,53 m
Grupo Silva Vieira
Empresas que integra
Pescave, Soc. de Pescas Silva
Vieira, Pescarias Rio Novo do
Príncipe, Soc. de Pesca Novo
Horizonte, Verde Mar
pescas
Um dos grandes parceiros
na área das pescas
é o Grupo Silva Vieira
O Grupo Silva Vieira, pela sua representatividade, dimensão e pelo seu
grande contributo para a economia nacional, integra o núcleo dos principais
armadores de pesca portugueses. Com seis navios de grande tonelagem,
esta empresa, fundada em 1979, é presidida por António Silva Vieira, um
grande empresário português e um ilustre Aveirense, com uma longa
Fundada em
1979
Sede Social
Aveiro
Presidente
António Silva Vieira
Volume de negócios
12.211.667€
Nº de Trabalhadores
230
carreira profissional ao serviço das pescas e do país. A Lusitania homenageia
neste número, na sua pessoa, não apenas o Grupo Silva Vieira mas, todos os
armadores da pesca nacionais, sector que contribui, decisivamente, para o
progresso e bem estar da nossa comunidade.
Na próxima edição
Conheça o Grupo Testas e Cunha
2º LUGAR NO RANKING
DE TRANSPORTES
21% DE QUOTA DE MERCADO
Uma marca Lusitania, Companhia de Seguros, S.A.
Rua de S. Domingos à Lapa, 35 1249-130 Lisboa PORTUGAL
T (+351) 211 127 660 (Dias úteis - das 08h30 às 19h30) F (+351) 213 973 164
Email [email protected] www.lusitaniamar.pt
Capital Social € 26.000.000 Pessoa Colectiva n.º 501 689 168
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa
UMA NOVA FORMA
DE VER O MAR!
.
.
Armazéns e Instalações de Apoio Casco, Máquinas e Responsabilidade de Navios Estaleiros Navais e Riscos
Associados Marinas de Náutica de Recreio Náutica de Recreio e Actividade Marítimo Turística Navios
e Embarcações de Pesca Portos e Terminais Transportes Tripulações, Pessoal de Terra e Administrativos
.
.
.
.
.
.
A informação constante não dispensa a consulta da informação pré-contratual e contratual legalmente exigida.
Lusitania
Consigo
Comunidade
solidariedade
Voluntariado
Acção de requalificação junta
22 colaboradores da Lusitania
A CERCICA, Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais, convidou
os colaboradores voluntários da Lusitania para participarem na requalificação do espaço envolvente do
edifício das Terapias Assistidas com Animais, nas suas instalações, no Estoril. Este edificio foi também
uma obra apoiada pela Fundação Montepio e pela Lusitania. A acção de voluntariado aconteceu no dia
6 de Junho, data em que a Lusitania fez 26 anos de actividade, e foi inserida no âmbito da inauguração
daquele edifício. Nesta iniciativa participaram, 22 colaboradores da Lusitania, bem como alunos e técnicos/
formadores da CERCICA. As actividades foram executadas por todos, com o máximo de empenho e boa
disposição, sendo de realçar que o contacto com a Instituição e com as pessoas que dela fazem parte foi
extremamente enriquecedor e gratificante, despertando a consciência dos presentes nesta iniciativa para
uma realidade com que poucos estão familiarizados.
Voluntariado
Montepio e Lusitania
reeditam Prémio Voluntariado Jovem
No Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações, a Fundação Montepio e
a Lusitania – Companhia de Seguros reeditam o “Prémio Voluntariado Jovem Montepio”, no valor de 25
mil euros. Na concretização desta missão, a Fundação Montepio e a Lusitania – Companhia de Seguros,
lançaram a segunda edição do “Prémio Voluntariado Jovem Montepio”, iniciativa destinada a reconhecer,
promover e divulgar o voluntariado jovem e as suas actividades e a estimular a apresentação de projectos
inovadores ou apoiar a continuidade de projectos já em curso. As organizações que se candidatam a esta
iniciativa ficam habilitadas a um prémio que lhe está associado, no valor de 25 mil euros. A entrega do
prémio será realizada no mês de Setembro, em sessão pública de apresentação das cinco candidaturas
finalistas.
Lusitania envolve-se
na comunidade
Alicerçada em valores humanistas desde a sua fundação,
a Lusitania procura desenvolver um papel preponderante
junto da sociedade. Mantendo uma política de
responsabilidade social, a Companhia tem vindo a
apoiar diversas entidades em iniciativas de interesse
comunitário, com preponderante destaque nas áreas de
carácter solidário e cultural. São várias as associações que
a Lusitania tem vindo a apoiar.
Portugalidades
comunidade solidariedade
GRACE
ACREDITAR
Aproximar as empresas
da sociedade
Apoiar associações
que fazem a diferença
A Lusitania associou-se ao Grace, grupo de reflexão e apoio à cidadania
empresarial, para partilhar, construir e agir, envolvendo-se em actividades
de índole social, ambiental, económica, informativa e formativa. Esta
associação, sem fins lucrativos, foi formada em 2000 por um conjunto
de empresas ligadas pelo interesse em aprofundar o papel do sector
empresarial no desenvolvimento social. O Grace é pioneiro na reflexão,
promoção e desenvolvimento de iniciativas de responsabilidade social
empresarial. Saiba mais em www.grace.pt.
A Lusitania desde 2005 que apoia a Acreditar - Associação de Pais e Amigos
de Crianças com Cancro. Acredita assim que a colaboração das empresas
nestas áreas de intervenção são essenciais e podem fazer a diferença.
Através da Internet, é possível divulgar o trabalho desta associação junto
de milhares de pessoas em todo o mundo. Ajude a divulgar a associação
Acreditar colocando o link desta organização na sua página na Internet.
Saiba mais em www.acreditar.org.pt.
61
Lusitania
Consigo
Comunidade
desporto
Hipismo
Lusitania em
evento equestre
internacional
Lisboa recebeu, nestes quatro
dias, os melhores cavaleiros
nacionais e internacionais na
92ª edição do Concurso de
Saltos Internacional Oficial
(CSIO).
Este ano, o concurso integrou
três provas que contaram
para o Ranking Mundial
FEI, e o Grande Prémio foi
qualificativo para os Jogos
Olímpicos de Londres 2012
e para o Campeonato da
Europa em 2013.
Apoio ao Desporto
Associando-se a profissionais em ascensão e
a eventos desportivos com notoriedade em
várias modalidades, a Lusitania apoia, por
exemplo, o automobilismo, o atletismo, o
ténis, a vela e o hipismo.
De 31 de Maio a 3 de Junho, no Hipódromo do Campo Grande, em Lisboa,
a Sociedade Hípica Portuguesa organizou novamente a 92ª edição do CSIO.
O CSIO continua a ser um acontecimento de referência no calendário
equestre internacional, sendo o evento mais antigo do mundo realizado no
mesmo local.
Uma vez mais a Lusitania marcou presença neste evento como seguradora
oficial do CSIO em Lisboa. Destaca-se também a prova de saltos designada
“Lusitania Seguros” com um prize money de 10.000€.
Em vésperas de Jogos Olímpicos marcou presença cerca de uma dezena
de equipas, que disputou provas ao mais alto nível preparadas pelo Course
Designer Bob Elis – responsável pelos percursos hípicos de Londres 2012.
O cavaleiro Luís Sabino Gonçalves fez história neste 92º CSIO de Lisboa,
ao vencer o Grande Prémio AUDI, onde o Prize Money de 40.000 euros foi
disputado até ao último momento.
O primeiro lugar foi atribuído ao cavaleiro português que, com Imperio
Egipcio Milton, terminou a segunda mão em 47’ sem penalidades. O
conjunto espanhol Eduardo Alvarez Aznar e Rico Revel conquistaram a
segunda posição, com um percurso sem faltas em 47.41’.
O terceiro lugar foi arrecadado pelo cavaleiro Marlon Zanotelli, do Brasil,
e a sua montada Ode des Roches, que concluíram a prova em 48.24’ sem
faltas.
Portugalidades
comunidade desporto
VELA
Patrocínio à
embarcação Super Açor
ATLETISMO
Mantendo a tradição da ligação ao
mar, a Lusitania apoia, na modalidade
de vela, a embarcação Super Açor. A
equipa que veleja esta embarcação
participa em diversas regatas de
vela mediáticas que se realizam a
nível nacional ao longo de todo o
ano. Nas regatas em que participa, é
velejada por equipas competitivas,
em que constam diversos velejadores
olímpicos e internacionais.
Apoio a clube de
alta competiçao
onde se destacou
a sua atleta
olímpica
Pela primeira vez, o Clube Oriental do
Pechão, apoiado pela Lusitania, conquista
um título colectivo em atletismo feminino
(Campeãs Nacionais da 3ª Divisão, em
Pista). No próximo ano, espera ter as duas
equipas - feminina e masculina - no final de
Clubes. Foi ainda eleito Clube do Ano em
2011, no Algarve, sendo uma instituição que
trabalha desde a formação à alta competição,
possuindo nas suas fileiras vários campeões
nacionais nos escalões jovens.
Ana Cabecinha é uma atleta olímpica do
Clube, que, ainda muito jovem, iniciou o
seu percurso desportivo no atletismo, como
forma de recuperar de uma fractura numa
perna. Cedo foram reconhecidas grandes
qualidades a Ana Cabecinha, que, aliadas ao
seu esforço e dedicação, lhe têm permitido
alcançar título após título, o mais alto
patamar desta modalidade. A sua excelente
prestação ao longo das diversas provas de
Atletismo garantiu-lhe a sua presença nos
Jogos Olímpicos de Londres 2012, onde
terminou na 9ª posição a prova de 20 km
marcha registando 1:28.03 horas, a sua
melhor marca da temporada. Ana Cabecinha
é uma referência na marcha atlética nacional
e internacional e as suas vitórias têm sido
inspiradoras para muitos jovens.
VELA
Seguradora oficial
do Clube Naval
de Cascais
Desde o início deste ano, a Lusitania é
a Seguradora Oficial do Clube Naval de
Cascais (CNC), instituição com um papel
preponderante no desenvolvimento dos
desportos náuticos em Portugal, com
especial relevo na vela. Com este apoio, os
sócios do CNC têm acesso a um conjunto
de vantagens e condições preferenciais
na subscrição de seguros de embarcações
de recreio da Lusitania, assegurando, de
acordo com as suas necessidades e a um
preço competitivo, a melhor protecção à
sua embarcação. Esta parceria com o CNC
vem ainda potenciar a notoriedade da marca
da seguradora do Grupo Montepio, uma
vez que alia entidades de forte prestigio a
actividades desportivas de elevada qualidade
e profissionalismo.
63
Lusitania
Consigo
Conhecer
Leiria
Importante centro urbano,
a cidade de Leiria é sede
de um município com
uma gastronomia variada
e historicamente rico
Leiria é o centro de uma região que junta à agricultura e à pecuária
tradicionais várias indústrias: moldes, alimentos compostos para
animais, moagem, serração de madeiras, resinagem, cimentos,
metais, cerâmica, plásticos, serração de mármores, construção civil,
comércio e turismo citadino e ambiental. O concelho recebeu o
primeiro foral de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal,
em 1142, sob o nome de Leirena. Foi uma das cidades escolhidas
para fazer parte do Euro 2004, e graças a isso o seu estádio municipal
sofreu uma grande remodelação. Com uma gastronomia variada,
em que predominam os cheiros e sabores do mar em contraste
com a cozinha serrana e com tradições reconhecidas, o concelho
é historicamente rico, como o testemunham o castelo da cidade
e o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Além do Castelo,
ex-libris da cidade por excelência, existem atualmente quatro
espaços museológicos que merecem uma visita: Museu da Imagem
em Movimento, o Moinho do Papel, o Agromuseu Municipal
Dona Julinha e o Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho Lapedo. Leiria dispõe ainda, na sua região, das Termas de Monte
Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da
mata municipal de Marrazes. Perto estão as históricas cidades de
Coimbra, Tomar, Torres Novas e Santarém, e alguns centros urbanos
como Entroncamento, Ourém, Abrantes e Rio Maior. Os portos da
Figueira da Foz e de Peniche estão à distância de cerca de 50 e 80
km, respectivamente. Destaque para a feira anual, realizada entre os
dias 1 e 25 de Maio, que integra as tradições da região. O feriado
municipal é no dia de Nossa Senhora da Assunção, a 22 de Maio.
Seguindo a estratégia comercial de implementação de
balcões da Companhia, a «Lusitania Consigo» inicia
a viagem por Leiria, primeiro balcão da Companhia
instalado após a sua fundação.
Portugalidades
conhecer Leiria
Lusitania em Leiria
Balcão inaugurado em 1987
Luís Coelho
Gerente do Balcão de Leiria
Há 25 anos na Lusitania
Natural de Porto de Mós
Hoje não consigo viver sem
os outros
O meu livro preferido
vários
Figura pública que mais aprecio
D. Afonso Henriques
A minha tradição portuguesa preferida
corridas de touros e fado
Dicas dos nossos mediadores
Credimedia Seguros
Há 20 anos com a Lusitania
Teresa Pires
Natural da Figueira da Foz
Elemento vital
Há 3 anos com a Lusitania
Helder Fonseca de Sousa
Natural da Alemanha
crespo Seguros
Há 5 anos com a Lusitania
Gastão Crespo
Natural do Souto da Carpalhosa
Onde ficar
Onde saborear
Tromba Rija, Casarão e Matilde Noca
Castelo de Leiria , Termas de Monte Real,
Santuário de Nosso Senhor dos Milagres e a Praia
do Pedrogão pela água, areia e arte “xávega”
A minha tradição portuguesa preferida
Santos Populares
Para mim a Lusitania é...
credibilidade
A minha tradição portuguesa preferida
Fado
Para mim a Lusitania é...
parceiro
A minha tradição portuguesa preferida
Arroz de Marisco da Praia da Vieira (uma das 7
maravilhas da Gastronomia Nacional)
Para mim a Lusitania é...
certeza
Hotel Eurosol Leiria
Não pode perder
65
Lusitania
Consigo
Conhecer
Lisboa
Cidade iluminada
O Tejo e o Sol fazem da capital portuguesa um espelho de cor, em que a
beleza e singularidade arquitectónica não passam despercebidas
Em Lisboa são muitas as experiências que atraem turistas. Caminhar
por uma Lisboa com mil anos de história, rica em monumentos, bairros
característicos onde a cidade nasceu e permanece a mais genuína. O Bairro
Alto é um dos bairros mais paradigmáticos e atraentes para viver a cidade.
Típico e popular, o Bairro Alto possui imensos rasgos de modernidade, com
lojas de roupa e de design e bares. A zona do Carmo, vizinha do Chiado,
tem alguns pontos fascinantes da história da cidade, como o Convento e a
Igreja do Carmo, que mantém a elegância e a imponência. Se foi no Castelo
que tudo começou, a história encontra-se em toda a cidade. Com mil anos
Lusitania em Lisboa
Balcão inaugurado em 1987
Paulo Tomás
Gerente do Balcão das Amoreiras (Lisboa)
Há 3 anos na Lusitania
Natural de Lisboa
Hoje não consigo viver sem
a minha família
O meu livro preferido
1984, George Orwell
Figura pública que mais aprecio
Oscar Schindler
A minha tradição portuguesa preferida
corridas de touros
de História, Lisboa está repleta de monumentos de grande importância,
que traduzem alguns dos momentos mais importantes da História nacional.
Capital de Império, Lisboa teve o seu expoente máximo de riqueza, na
época dos Descobrimentos, assegurando um património único de uma
beleza rara.Visitar a Lisboa do Tejo com uma zona ribeirinha devotada ao
lazer e que liga a monumental zona de Belém até ao moderno Parque das
Nações. Divertir-se em noites animadas sem horas para acabar. Tirar partido
de uma Lisboa mais desportista com o golfe e o mar aqui tão perto. Usufrua
dos seus parques, jardins, miradouros, cafés e esplanadas.
Portugalidades
conhecer Lisboa
Dicas dos nossos
mediadores
Paulo Lopes Pereira
Há 3 anos com a Lusitania
Paulo Lopes Pereira
Natural de Lourenço Marques
Onde ficar
Hotel Tivoli
A minha tradição portuguesa preferida
Fado
Para mim a Lusitania é
profissionalismo
QSR - Med. Seguros
Há 9 anos com a Lusitania
João Atanásio
Natural de Lisboa
Onde saborear
Bandeira Azul na Costa da Caparica, Clube dos
Jornalistas e o Valério em Campo de Ourique
A minha tradição portuguesa preferida
Fado
Para mim a Lusitania é...
solidez
Nuno Silva
Há 2 anos com a Lusitania
Nuno Guerreiro Silva
Natural de Lisboa
Não pode perder
Alfama, Castelo de São Jorge e Mosteiro dos
Jerónimos
A minha tradição portuguesa preferida
corridas de touros
Para mim a Lusitania é...
única
67
Lusitania
Consigo
Meu tempo
literatura tradicional
Cancioneiro
português
e de Loulé
A tradição pode ajudar-nos a mudar de uma vida
marcada pelo ter para
uma vida marcada pelo
ser, pelas coisas simples
e pelos afectos - esta é a
visão das autoras da obra
aqui analisada
Há em Portugal muitas colecções de poesia oral a que, regra geral, se dá a designação
de cancioneiros. Há-os, em edições autónomas ou incluídos em etnografias
e monografias, regionais (transmontanos, minhotos, alentejanos, algarvios,
por exemplo), ou locais, como Vila Real, Mondim de Basto, Vila Nova de
Gaia, e Arouca. Mas são raros os cancioneiros que incluem as diversas áreas
da poesia oral lírica; e também são escassas as colecções que mostram rigor
na recolha e na ordenação dos textos, ou que referem elementos sobre os
informantes e sobre as circunstâncias da recolha.
Daí a importância do Cancioneiro de Loulé, rico na quantidade e na qualidade
dos textos, exemplar no modo como os organiza, e, por isso, modelo a
seguir noutras recolhas de campo e posterior arrumação e publicação.
Devemos salientar que é caso raro ou único entre nós o cruzamento de
textos do cancioneiro popular português com as versões e variantes de
outros cancioneiros portugueses. E também não nos ocorre outro caso de
tanto respeito por cada um dos informantes. Neste Cancioneiro, há vários
cancioneiros: há o cancioneiro de todos e o cancioneiro de cada um, porque
se optou por mostrar o repertório de cada pessoa.
Carlos Nogueira*
Ler sobre tradições portuguesas
Romanceiro da Tradição Oral
Recolhido no âmbito do Plano Trabalho e
Cultura dirigido por Michel Giacometti
Sinopse: Michel Giacometti, era um
etnomusicólogo francês cuja saúde e trabalho
o haveriam de trazer a Portugal em 1959.
Juntamente com o compositor Fernando LopesGraça, tornou-se incontornável nos estudos
sobre a cultura tradicional portuguesa.
Autores: Ana Maria (II vols.), Edições Colibri
Editora: Edições Colibri
Artes de cura e espanta males
Espólio de medicina popular de Michel Giacometti
Sinopse: O formidável espólio que ainda hoje
se encontra no Museu da Música Portuguesa
trazido à luz do dia. Sobre a riqueza etnográfica das
rezas, ladainhas e orações.
Autores: A. Almeida, A. Guimarães, A. Magalhães
Editora: Gradiva, Câmara Municipal de Cascais, IELT
Portugalidades
meu tempo literatura
tradicional
O que é muito interessante, já que nos permite ver o que predomina em
cada um dos informantes: o amor, a alegria, a tristeza, o riso, a crítica, a
religiosidade, etc. Esta técnica não prejudica a organização em grandes
grupos e subgrupos, nem a consulta do volume, que está enriquecido por
índices de grande utilidade.
Testemunho das músicas vocais
O cancioneiro da tradição oral é comunicação, pensamento, arte; é
emoção, corpo, espiritualidade, sublimação de aspirações, de misérias,
alegria e tristeza. As autoras sabem isto muito bem e por isso é que não
só recolheram e organizaram os textos com tanto cuidado, como ainda,
quiseram deixar o testemunho das músicas vocais que os acompanham. Os
cancioneiros impressos sempre nos vieram recordar que há cancioneiros
orais e, num espírito de modernidade que reconhece o valor da tradição
oral, sempre vieram contribuir para a sua nobreza e riqueza. Este é um
cancioneiro moderno ainda num outro aspecto técnico e estratégico: inclui
um CD que nos vem lembrar que a poesia oral se fixa por escrito e que,
enquanto poesia escrita, se oraliza.
Na poesia do cancioneiro, encontramos tudo o que sempre preocupou
o ser humano, os grandes escritores e pensadores: a relação homem
e mulher, os enigmas do amor e da morte, o humor, a ironia, o riso, a
linguagem concisa e poética, que apela aos sentidos e ao pensamento, à
razão e à emoção. Grande conhecedora da literatura oral, do seus temas e
dos seus motivos, das suas linguagens e dos seus contextos, Maria Aliete
Galhoz, no “Prefácio”, acentua que este Cancioneiro, qualquer cancioneiro,
ajuda a proteger o “perfil ecológico da ecúmena” (p. 18), isto é, da grande
casa que habitamos: a Terra.
Em finais do século passado, Maria Aliete Galhoz escrevia, na “Nota
explicativa” do seu «Pequeno Cancioneiro Popular» (Lisboa, Contexto
Editora, 1997), que “Todo o cancioneiro popular é coerente na sua expressão
Cancioneiro Tradicional
Português
Recolha de Cantigas e Romances
Sinopse: Para que as nossas tradições não se
percam.Um itinerário completo e documentado
pelo mundo da música tradicional portuguesa
Autores: José Ruivinho Brazão, Nelson Conceição
Editora: Casa das Letras
“Qualquer cancioneiro
ajuda a proteger
o perfil ecológico
da Terra.”
total da natureza do homem integrado no Cosmos, relacionado numa
sociedade, confrontado consigo mesmo” (p. 7). Com este Cancioneiro,
Idália Farinho Custódio e Maria Aliete Galhoz dizem-nos que deveríamos
saber aproveitar os ensinamentos da tradição que nos podem ajudar a
mudar de vida: de uma vida menos marcada pelo ter e mais marcada pelo
ser; uma vida mais voltada para as coisas simples, para a Natureza e para a
natureza das palavras, para os afectos, e menos voltada para o material, a
aparência. Porque “Não há luz como a do sol, nem água como a da chuva,
nem pão como o do trigo, nem vinho como o da uva.” (p. 280)
* Carlos Nogueira
Investigador do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) da Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Cultura Popular Portuguesa
Práticas, Discursos e Representações
Sinopse: Prémio CES 2007 Jovens Cientistas
Sociais de Língua Oficial Portuguesa
Autora: Clara Sarmento
Editora: Biblioteca das Ciências Sociais - Edições
Afrontamento
69
Lusitania
Consigo
Portugal desconhecido
A ponte e a torre
de Ucanha
Exemplar único da arquitetura viária
medieval, a Ponte de Ucanha na zona
de Viseu, era uma torre defensiva
e que servia também para cobrança
das portagens.
Pedro Cabral
Economista
Mediador em Tarouca
Há 8 anos com a Lusitania
Fernando Piçarra
Concelho: Tarouca
Distrito: Viseu
Portugalidades
Portugal desconhecido
ponte tipo sela devido ao
ângulo obtuso do tabuleiro,
apoiada em três arcos
quebrados, protegida por
talhamares. possui referências
documentais desde o início
do século XIII
71
A torre e a ponte de Ucanha localiza-se na freguesia de Ucanha, concelho
de Tarouca, distrito de Viseu, em Portugal. Está classificada pelo IGESPAR
(Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) como
monumento nacional desde 1910.
Existem três razões para a construção da ponte e da torre de Ucanha,
lançadas sobre o rio Varosa e Barosa: defesa, à entrada do couto monástico
de Salzedas, armazenamento de mercadorias, e cobrança fiscal.
De planta quadrada, a torre, com porta de acesso bem acima do nível
do chão, tem vinte metros de altura e dez de cada lado da base, onde se
encontra a seguinte inscrição “Esta obra mandou fazer D. Fernando, abade
de Salzedas, em 1465”.
Exemplar único, que preserva raras características da arquitectura viária
medieval, era uma torre defensiva, que servia também para cobrança das
portagens.
O pagamento do imposto de “portagem”, em dinheiro ou géneros, para
quem se aproximava ou atravessava um território foi, durante a Idade Média,
uma importante fonte de rendimentos para os respectivos proprietários e
senhores. A imposição destas portagens nem sempre foi pacífica pelo que
estas pontes obrigavam à presença de homens de armas para assegurarem
Fernando Piçarra
a torre da
ucanha é um
exemplar único
da arquitectura
medieval
não só uma eficaz fiscalização, como a cobrança das portagens.
Esta presença militar acabou, em muitos casos, por se materializar em
estruturas defensivas, nomeadamente torres, construídas sobre o próprio
tabuleiro da ponte ou numa das suas extremidades.
Embora existam documentos históricos que nos ilustram a existência
destas estruturas defensivas, a verdade é que, se excluirmos um ou outro
raro vestígio em adiantado estado de degradação, apenas uma dessas torres
chegou aos nossos dias: a da Ponte de Ucanha.
Esta ponte terá sido uma fonte de rendimento para o Mosteiro de Santa
Maria de Salzedas, já que constituía uma das entradas do couto monástico
dependente deste mosteiro cisterciense.
A ponte, com cinco arcos aguçados e típica configuração medieval, na
qual o tabuleiro surge em forma de cavalete ou sela, possui referências
documentais desde o início do século XIII, mas remontará seguramente a
épocas anteriores.
Portugalidades
Fernando Piçarra
Portugal desconhecido
73
Seguro de Acidentes de Trabalho da Lusitania, 2002
Ilustração de Augusto Cid
LUSITANIA
SEMPRE CONSIGO!
SEDE LISBOA - LAPA
BALCÃO GUARDA
BALCÃO SANTA MARIA DA FEIRA
BALCÃO ALMADA
BALCÃO GUIMARÃES
BALCÃO SANTARÉM
BALCÃO AMADORA
BALCÃO LAMEGO
BALCÃO SETÚBAL
BALCÃO AVEIRO
BALCÃO LEIRIA
BALCÃO SINTRA
BALCÃO BRAGA
BALCÃO LISBOA - AMOREIRAS
BALCÃO TORRES NOVAS
BALCÃO BRAGANÇA
BALCÃO LISBOA - LAPA
BALCÃO VIANA DO CASTELO
BALCÃO CALDAS RAINHA
BALCÃO LISBOA - PARQUE NAÇÕES
BALCÃO VILA DO CONDE
BALCÃO CASTELO BRANCO
BALCÃO MAIA
BALCÃO VILA FRANCA DE XIRA
BALCÃO COIMBRA
BALCÃO OLIVEIRA DE AZEMÉIS
BALCÃO VILA NOVA DE FAMALICÃO
BALCÃO ÉVORA
BALCÃO PAÇO D’ARCOS
BALCÃO VILA NOVA DE GAIA
BALCÃO FARO
BALCÃO PONTA DELGADA
Rua José Borges Pimentel, 24 R/c
9500-785 Ponta Delgada
T 296 307 670 F 296 281 142 E [email protected]
BALCÃO VILA REAL
Av. 1º de Maio, 153
5000-651 Vila Real
T 259 340 820 F 259 340 829 E [email protected]
BALCÃO DE FUNCHAL
BALCÃO PORTIMÃO
BALCÃO VISEU
BALCÃO GONDOMAR
BALCÃO PORTO - JÚLIO DINIS
Rua de S. Domingos à Lapa, 35
1249-130 Lisboa
T 213 926 900 F 213 973 090 E [email protected]
Rua Galileu Saúde Correia, 15 B
2800-561 Almada
T 212 729 560 F 212 729 569 E [email protected]
Av. Conde Castro Guimarães, 16 A
2720-119 Amadora
T 214 996 220 F 214 996 229 E [email protected]
Rua Feira de Março, 11-13
3800-182 Aveiro
T 234 380 190 F 234 380 199 E [email protected]
Largo de S. Francisco, 37
4700-303 Braga
T 253 206 450 F 253 206 469 E [email protected]
Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 294
5300-253 Bragança
T 273 302 140 F 273 302 149 E balcao.braganç[email protected]
Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 8 R/c
2500-206 Caldas da Rainha
T 262 840 980 F 262 843 880 E [email protected]
Rua Dr. Henrique Carvalhão, lote 13 cave, lj. 4 - Quinta Granja
6000-235 Castelo Branco
T 272 330 690 F 272 330 699 E [email protected]
Av. Fernão Magalhães, 592
3000-174 Coimbra
T 239 855 060 F 239 855 069 E [email protected]
Rua José Elias Garcia, 36
7000-609 Évora
T 266 730 680 F 266 706 276 E [email protected]
Av. Calouste Gulbenkian, 7
8000-072 Faro
T 289 870 420 F 289 870 429 E [email protected]
Rua 31 de Janeiro, 87 - 2º, Sala T, Edifício Ponte Nova
9050-011 Funchal
T 291 212 890 F 291 212 899 E [email protected]
Rua 5 de Outubro, 127
4420-086 Gondomar
T 224 663 730 F 224 663 739 E [email protected]
Rua António Sérgio, 39
6300-665 Guarda
T 271 205 590 F 271 221 850 E [email protected]
Rua Teixeira de Pascoais, 123 B
4800-073 Guimarães
T 253 520 400 F 253 414 161 E [email protected]
Rua Alexandre Herculano, 6
5100-107 Lamego
T 254 609 860 F 254 609 869 E [email protected]
Av. D. João III, Edifício 2002 R/c
2400-163 Leiria
T 244 870 020 F 244 870 029 E [email protected]
Av. Eng. Duarte Pacheco, Torre 2, Amoreiras Shoping Center, Lj. 1078
1070-103 Lisboa
T 213 825 750 F 213 885 025 E [email protected]
Rua de São Domingos à Lapa, 35
1249-130 Lisboa
T 210 054 385 F 213 905 749 E [email protected]
Alameda dos Oceanos, Edificio Adamastor, Lote 3.16.01 J
1990-197 Lisboa
T 218 923 160 F 218 923 169 E [email protected]
Rua Augusto Simões, 1364
4470-147 Maia
T 229 477 630 F 229 477 639 E [email protected]
Rua Manuel Alves Soares 157 A
3720-243 Oliveira de Azeméis
T 256 660 680 F 256 660 689 E [email protected]
Rua Marquês de Pombal, 5 A
2780-681 Paço D’Arcos
T 214 467 560 F 214 467 569 E [email protected]
Rua de Santa Isabel, 15
8500-612 Portimão
T 282 402 300 F 282 402 309 E [email protected]
Av. Bento Gonçalves 20 A
2910 - 431 Setúbal
T 265 539 280 F 265 220 562 E [email protected]
Rua Alfredo da Costa, 46
2710-523 Sintra
T 219 107 190 F 219 107 199 E [email protected]
Av. Dr. Sá Carneiro, Lote 2 - R/c Dto.
2350-536 Torres Novas
T 249 819 850 F 249 819 859 E [email protected]
Estrada da Papanata, 171
4900-470 Viana do Castelo
T 258 806 270 F 258 806 279 E [email protected]
Av. Baltazar Couto, 90
4480-655 Vila do Conde
T 252 299 360 F 252 299 369 E [email protected]
Rua Luís de Camões, 31
2600-651 Vila Franca de Xira
T 263 279 030 F 263 279 039 E [email protected]
Rua Artur Cupertino de Miranda, 65
4760-124 Vila Nova de Famalicão
T 252 501 080 F 252 501 089 E [email protected]
Rua Soares dos Reis, 1116, Loja
4430-240 Vila Nova de Gaia
T 227 169 540 F 227 169 549 E [email protected]
Rua Direita, 88
3500-115 Viseu
T 232 467 320 F 232 467 329 E [email protected]
LINHAS SAÚDE
Assistência em Viagem* [Motore e Auto XS]
Assistência em Viagem* [Viagem - Opção Lux]
Assistência ao Lar* [Casa Ideal e Casa XS]
808 202 142 PORTUGAL
+351 217 806 221 ESTRANGEIRO
Assistência ao Caçador *
808 202 142 PORTUGAL
+351 217 806 221 ESTRANGEIRO
Assistência ao Condomínio*
Protecção Jurídica*
808 202 142 PORTUGAL
+351 217 806 221 ESTRANGEIRO
Av. Bernardo Santareno, 11 R/c Esq.
2005-177 Santarém
T 243 309 620 - F 243 309 629 - E [email protected]
Rua Júlio Dinis, 676
4050-320 Porto
T 220 907 641 F 226 093 617 E [email protected]
Linhas assistência
210 454 955 PORTUGAL
+351 217 806 271 ESTRANGEIRO
Rua Comendador Sá Couto, 61 R/c Dto.
4520-192 Santa Maria da Feira
T 256 377 070 F 256 377 079 E [email protected]
808 202 142 PORTUGAL
+351 217 806 221 ESTRANGEIRO
+351 217 806 225 PORTUGAL / ESTRANGEIRO
*(24h por dia, 7 dias por semana)
Saúde Pleno / Saúde Sénior
808 202 025
(Informações e 2ª Opinião Médica: dias úteis 08h30 às 18h30)
(Linha de Emergência e Assistência Domiciliária: 24h por dia, 7
dias por semana)
Saúde Livre 808 500 050
(Informações e 2ª Opinião Médica: dias úteis 08h30 às 18h30)
(Linha de Emergência e Assistência Domiciliária: 24h por dia, 7
dias por semana)
Saúde Dentária
808 203 152
(Disponível dias úteis, das 09h00 às 19h00)
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