TENDÊNCIAS Os jovens e o mar Lusitania Consigo Portugalidades Motivos do nosso orgulho Portugal não vive apenas do fado. O nosso orgulho estende-se a um conjunto de riquezas nacionais que esperam por serem reinventadas Padre Vítor Melícias A hora da solidariedade À conversa com o Presidente da Assembleia Geral da Lusitania 1 2º Semestre 2012 O mosaico português A técnica de construção da calçada portuguesa foi exportada para o Brasil e está visível no calçadão da Praia de Copacabana no Rio de Janeiro Estas originais e autênticas obras-primas nas zonas pedonais resultam do calcetamento com pedras de formato irregular, geralmente de calcário e basalto. As cores tradicionais são o preto, branco, vermelho e castanho. A construção destes painéis no solo terá tido um maior desenvolvimento a partir de meados do séc. XIX, sendo então exportada para o Brasil, como é exemplo o calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A sua origem remonta aos romanos e aos árabes e, já na época moderna, às cartas régias de 1498 e de 1500, assinadas pelo rei D. Manuel I, que marcam o início do calcetamento das ruas de Lisboa, mais notavelmente o da Rua Nova dos Mercadores (antes Rua Nova dos Ferros). Já no século XIX, em 1842, em Lisboa, foi feita uma calçada calcária, realizada por presidiários (chamados “grilhetas” na época), a mando do Governador de armas do Castelo de São Jorge, o tenente-general Eusébio Pinheiro Furtado. O desenho utilizado de traçado simples (tipo zig-zag) motivou vários cronistas portugueses a escrever sobre o assunto. Em «O Arco de Sant’Ana», romance de Almeida Garrett, também a calçada seria referida, tal como em «Cristalizações», poema de Cesário Verde. A calçada portuguesa rapidamente se espalhou por quase todo o país e ex-colónias, tendo-se assim aliado o sentido artístico à funcionalidade. *Com revisão técnica de Miguel Monteiro de Barros, membro da direcção da Associação dos Professores de História. Lusitania Consigo Editorial É com muito apreço que saúdo o lançamento da revista “Lusitania Consigo”. António Tomás Correia Presidente do Grupo Montepio Nesta saudação, ficam abrangidos de forma especial, todos os clientes, mediadores, trabalhadores e colaboradores da Lusitania, Lusitania Vida e do Grupo Montepio em geral, a quem a revista é especialmente dirigida. Pela sua conceção e grafismo actual, pela variedade de temas que aborda, pela ênfase na divulgação técnica e cultural e na informação acerca do Grupo, constituirá, certamente, um excelente meio de articulação de todos os que se relacionam com o Grupo Montepio, no caso presente através da Lusitania e da Lusitania Vida. Ao dobrar o primeiro quartel de vida, as nossas seguradoras têm, hoje em dia, um papel de relevo na protecção de pessoas e bens e na dinamização da actividade económica do país. Num mercado em grande transformação e marcado pelo peso das multinacionais do sector, a identidade nacional e a raiz mutualista creditam a Lusitania como um importante projecto nacional que, de resto, as sete companhias já integradas bem evidenciam. Na qualidade de Presidente do Grupo Montepio, felicito todos os que estão ligados ao lançamento deste projecto, formulando os votos de que a “Lusitania Consigo” atinja todos os objectivos a que se propõe e designadamente o reforço e estreitamento das relações com todos os que connosco trabalham. Lisboa, 15 de Setembro de 2012 Portugalidades Editorial “Num mercado em grande transformação e marcado pelo peso das multinacionais do sector, a identidade nacional e a raiz mutualista creditam a Lusitania como um importante projecto nacional...” 05 Lusitania Consigo Índice Editorial 04 À conversa com 08 Breves 14 Portugalidades 24 Ficha Técnica: Propriedade: Lusitania, Companhia de Seguros, SA Rua de São Domingos à Lapa nº 35 1249-130 Lisboa T (+351) 210 407 510 / 220 407 510 Email [email protected] NIPC: 501689168, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Director: José Arez Romão Coordenação: Susana Pascoal, Rita Collaço Concepção, edição e produção: Rita Collaço Definição e gestão de conteúdos: Direcção de Marketing e Inovação – Comunicação, Imagem e Relações Institucionais Design e Paginação: Carlos Gomes (Chair Design), José Branco Colaboraram nesta edição: Carlos Nogueira (IELT), Cecília Rezende, Jorge Mafalda, Luís Rasquilha (AYR Consulting), Maria João Alexandre, Miguel Monteiro de Barros (APH), Rita Oliveira (Museu do Fado) Fotografia de Capa: Fernando Piçarra Fotografia: Arquivo Lusitania, Eduardo Grilo, Fernando Piçarra, Istockphoto Impressão: ACD Artes Gráficas Rua Marquesa de Alorna, 12 – A, Bons Dias, 2620-271 Ramada Periodicidade semestral | Tiragem 5.000 exemplares | Distribuição gratuita Nº de registo 126276 | Depósito Legal nº 348974/12 Os textos desta edição estão redigidos ainda sob o anterior acordo ortográfico. Os textos, fotografias ou ilustrações desta revista podem ser reproduzidos no todo ou em parte, desde que sejam citados os respectivos autores e fontes. Tendências 32 Equipa 36 Rede 42 Portugalidades índice Observatório 52 Inovação 54 LusitaniaMar 56 Comunidade 60 Conhecer 64 Meu tempo 68 À Conversa Com O Presidente da Assembleia Geral da Lusitania Hoje é a hora da solidariedade de todos para com todos. Em entrevista, o Padre Vítor Melícias falou-nos da sua missão, do país, dos séniores, dos jovens e das suas “portugalidades” preferidas. Tendências Os Jovens e o mar A experiência de mar é um desafio exigente em termos físicos e emocionais, que desenvolvem nos jovens responsabilidades pessoais e sociais, tornando-se um marco fundamental nas suas vidas. inovação opinião Portugal desconhecido 70 Portugalidades Motivos do nosso orgulho Portugal não vive apenas do fado. O nosso orgulho deve estender-se a um conjunto de riquezas nacionais, que esperam para serem reinventadas. LusitaniaMar grandes parceiros A Naveiro, o mais importante armador nacional de transportes marítimos e o Grupo Silva Vieira que integra o núcleo dos principais armadores de pesca portugueses. Luís Rasquilha CEO da AYR Consultuing fala do poder do Coolhunting como solução para a crise. 07 Lusitania Consigo À conversa com... Padre Vítor Melícias Em entrevista ao primeiro número da “Lusitania Consigo”, o Padre Melícias falou-nos da sua missão de vida, do país, dos séniores, dos jovens e de “portugalidades”, o mote desta nova revista da companhia de seguros Lusitania Fernando Piçarra A hora da solidariedade Rita Collaço e Maria João Alexandre Com 74 anos feitos a 25 de Julho é formado em Teologia, Direito Canónico e em Direito. Franciscano por vocação e formação e um humanista com activa participação na sociedade do seu tempo, é ainda, presidente e Capelão dos Bombeiros Portugueses, líder do Mutualismo, rosto das Misericórdias, Presidente do Montepio Geral, Alto-comissário para Timor e Chanceler das Ordens Honoríficas. “Nestes 74 anos que já levo de vida, felizmente polifacetada e muito activa, seguramente que os grandes marcos foram os votos solenes como franciscano e a ordenação sacerdotal”, contou à “Lusitania Consigo”. O intenso envolvimento na sociedade civil solidária, quase sempre como voluntário, é um marco que destaca “naquelas actividades em que pude inovar e ajudar as instituições sociais a reforçarem a sua identidade e imagem de marca.” Falámos sobre o seu percurso, a situação económica actual, os séniores, os jovens, e sobre “portugalidades”, o mote desta nova revista da companhia de seguros Lusitania. “Não somos, talvez, muito organizados, mas somos um povo bom”, afirmou orgulhoso. Diz não perder tempo a olhar para o ontem e descreve casos de dificuldade de “pessoas que hoje têm de se socorrer da ajuda da reformazita dos seus parentes”, ou, “Deus nos valha”, utilizando uma expressão sua, “de quem comece a tentar levar umas coisitas do supermercado ou a ver o nome alinhado no rol dos fiados.” É como antigamente, desabafa, acreditando que hoje é “a hora da solidariedade de todos para com todos.” Além da vocação sacerdotal, quais foram as actividades que mais o realizaram? Senti-me plenamente realizado e feliz em todas as actividades que a vida me proporcionou. Para além do ensino superior, sobretudo de Filosofia do Direito e de Direitos Humanos, além do Direito Canónico e da Ética Empresarial, a minha primeira actividade, como presidente da Caixa dos Trabalhadores Migrantes, e os progressos que então se conseguiram na protecção social internacional dos nossos trabalhadores emigrantes, deixam-me ainda hoje a confortável sensação de ter sido útil a muita gente. Como, aliás, nos Bombeiros, Misericórdias, Mutualismo, Conselho Económico e Social e em várias instituições de economia social e de cooperação, bem como no caso de Timor, sempre senti que a vontade de ser útil foi sempre a razão do entusiasmo com que me dediquei e dedico às causas e projectos. Portugalidades à conversa com... Pode caracterizar a sua missão de vida? Eu nasci de gente pobre, mas muito rica em generosidade e sentido solidário. Cedo aprendi que ninguém nasce para si mesmo, tudo o que somos ou temos é de todos e para o serviço de todos. Concebo, assim, como missão e sentido da minha vida o serviço. Sinto-me mais eu quando sei que estou a ser útil a alguém ou ao todo. O que mais o motiva a cada dia que nasce? Acreditar que o mundo pode ser melhor e que cada um tem um contributo a dar. E mais: não perder tempo a olhar para o ontem. Cada dia é um amanhã a nascer. Como encara esta política de austeridade e em que medidas acredita para combater a crise económica? Carlos Gomes Esta crise é uma crise de valores e de hierarquia de valores e de objectivos. As pessoas, as famílias, os próprios povos ou países estão a ser instrumentalizados aos interesses financeiros dos mercados. A economia e a política estão reduzidas a mero serviço da finança. Há aqui uma distorção enorme. Os decisores políticos, que por isso mesmo revelam não o ser, estão “A vontade de ser útil foi sempre a razão do entusiasmo com que me dediquei e dedico às causas e projectos” 09 Lusitania Consigo dominados pelo peso dos mercados e dos interesses financeiros. Urge que a política, decidida e participada pelos cidadãos, inverta os papéis. Impõe-se um novo paradigma de governança. Na Encíclica “Centesimus Annus”, considerada a primeira e magistral encíclica de economia social, o Papa João Paulo II denunciava que o homem moderno se encontra “sufocado” entre o Estado e o mercado. Ora, desde então as coisas têm-se agravado ainda mais: estamos em risco de “estrangulamento colectivo” às mãos da cegueira financista e perante a incapacidade de quem decide as políticas. Para responder à sua pergunta, introduziria uma mudança de prioridades: a economia e os pobres têm que ser opção prioritária sobre a finança e os ricos. Enquanto franciscano, sente que o clima de depressão está a afectar o bem-estar social? Em 5 de Maio deste ano, o vice-ministro das finanças da Alemanha declarou numa visita a Assis que “hoje se torna urgente uma Europa mais franciscana”. Seguramente não ignorava que os princípios basilares da economia franciscana, de que são grandes mestres Pedro Olivi, Guilherme Ockam, S. Bernardino de Sena e o nosso Doutor evangélico, Santo António de Lisboa, assentam precisamente na ideia de que todos os homens e todos os seres são irmãos e de que todos os bens têm um destino comum, são para serviço de todos, de modo que qualquer direito de propriedade, privado ou público, é precedido de um direito de propriedade comum, segundo o qual, na sua raiz, tudo o que existe é de todos e para todos. Desta visão filosófica da economia, decorre que os primeiros proprietários, e nesse caso primeiros a ter direito de usar os bens, são aqueles que, em extrema necessidade, deles mais necessitam. O que significa que, como literalmente escreveu o nosso Santo António, quem nessas circunstâncias “fechar as suas entranhas ante o seu irmão pobre peca mortalmente e é um ladrão”, por estar a denegar ao pobre aquilo que já é seu, porque lhe tem direito. Afirmou que “a austeridade está a dar prioridade ao sistema financeiro, em vez de privilegiar os mais pobres.” Pode desenvolver este tema? A opção preferencial pelos mais pobres, enquanto opção por uma economia em prol do desenvolvimento humano integral, não consiste numa proposta de redistribuição (muito menos do tipo esmola) dos recursos existentes. Significa, antes, uma opção preferencial pelos critérios e soluções de economia que visem um crescimento com utilidade para todos, e não a remuneração ou a concentração dos ganhos financeiros. Ora, enquanto, por exemplo, os “Objectivos do Milénio” visavam a erradicação da pobreza extrema, através de políticas de desenvolvimento económico, as actuais políticas de austeridade para combate à crise dão prioridade absoluta à estabilidade do sistema financeiro e bancário, gerando uma imensa onda “Sinto-me mais eu quando sei que estou a ser útil a alguém ou ao todo” Vítor José Melícias Lopes • Nasceu a 25 de Julho de 1938 no Ramalhal, Torres Vedras. • Foi ordenado sacerdote franciscano em 29 de Julho de 1962. • Licenciou-se em Direito Canónico, em Roma, Itália, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e, em Direito, pela Universidade Clássica de Lisboa. • Ajudou a fundar a DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor), colaborou com a SEDES, chefiou quinze delegações para acordos de segurança social com dez países. • Em 1974, assumiu a presidência da Liga dos Bombeiros Portugueses, cargo que, como voluntário, ocupou durante seis anos, tendo de seguida sido Presidente do Congresso por mais de uma década. • Em 1983, foi eleito presidente do Conselho de Administração do Montepio Geral, onde esteve até Abril de 1988. Um mês antes, tinha sido empossado provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, função que desempenhou até Janeiro de 1992. • Em 1991, assumiu a presidência da União das Misericórdias Portuguesas e, dois anos depois, foi eleito presidente de honra da Confederação Internacional das Misericórdias. • Desde 1998 que é membro efectivo do Comité Económico e Social da União Europeia e, em 1999, foi nomeado Comissário Nacional para Apoio à Transição em Timor-Leste e foi Chanceler das Ordens Honoríficas Portuguesas. • Integrou ainda conselhos de diversas instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Universidade de Coimbra, a Fundação Montepio Geral, a Fundação Ilídio Pinho e a Fundação da Juventude. • Professor no Instituto Superior de Teologia de Évora e na Universidade Católica onde leccionou Filosofia do Direito e Direito Canónico. Foi ainda professor de Ética e Gestão de Empresas no Instituto Superior de Novas Profissões. • Destaque para a nomeação como Grande Oficial da Ordem de Benemerência em 1983, o Prémio Nacional de Solidariedade de 1986, a Grã-Cruz do Mérito em 1993 e Grã-Cruz de Cristo em 2006. Fernando Piçarra Padre Vítor Melícias fotografado em Julho, no Seminário da Luz (Convento da Imaculada Conceição) Lusitania Consigo “Eu nasci de gente pobre mas muito rica em generosidade e sentido solidário” de desemprego e uma paralisia generalizada da economia com imparável aumento das situações de pobreza real e de ataque precisamente aos mais pobres. Chega-se ao ponto de, pela via da extracção financeira ou da diminuição dos apoios sociais, agravar-se a situação já desesperada dos pobres. Isto é inadmissível, muito mais quando se chega, como já se chegou, ao indecoro de, para legitimar cortes nos apoios, promover-se a inveja entre os próprios pobres e beneficiários de apoios sociais. De que forma as Instituições de Solidariedade a que pertence estão a dar resposta aos tempos em que vivemos? Enquanto agentes e promotores de economia social e solidária, estas instituições da sociedade civil procuram minorar a situação sobretudo dos mais atingidos pelo desemprego e carências básicas. Só que não dispõem de recursos nem de capacidade de reacção imediata para suster a avalanche. Não basta o princípio da solidariedade, que as move, nem o da proximidade, que as pressiona. É preciso que o da subsidiariedade na organização do país dê mais lugar, efectivo e sustentado, ao terceiro sector e à participação da sociedade civil organizada. Pode partilhar casos concretos de histórias de vida que resultem das dificuldades dos dias de hoje? O mapa é já tão vasto que nem é preciso partilhar concretizações. Não há praticamente ninguém que não tenha dentro de casa, na porta ao lado ou na sua rua, situações de carência alimentar, de incapacidade de pagar escola de filhos e remédios próprios ou de familiares, de quem não vá ao médico ou ao hospital por não poder pagar o transporte ou a consulta, de quem tenha de se socorrer da ajuda da reformazita dos seus parentes ou mesmo, Deus nos valha, de quem comece a tentar levar umas coisitas do supermercado ou a ver o nome alinhado no rol dos fiados. Como antigamente. Não há dúvida, chegou a hora da solidariedade de todos para com todos. Como caracteriza o povo português? Olhe, só para me conter naquilo de que estamos a falar: o povo português é um povo solidário. Não é por acaso que a maior parte dos nossos corpos de bombeiros são de associações humanitárias de cidadãos, nem é por acaso que temos uma cobertura impressionante de Misericórdias com mais de quinhentos anos e uma multidão de instituições de solidariedade social. Como não é por acaso que viemos para a rua por Timor ou temos nos nossos referenciais culturais histórias e lendas como as de Deuladeu Martins, do Decepado ou do Milagre das Rosas. Fala-se muito do pecado colectivo da inveja, que infelizmente alguma comunicação social não se envergonha de atiçar… Mas também se devia falar da tolerância, do universalismo, da hospitalidade, do humanitarismo. Não somos, talvez, muito organizados, mas somos um povo bom. Tenho orgulho no meu povo. Qual é a sua tradição portuguesa preferida? De entre todas, talvez a tolerância e a convivência pacífica com todos as gentes, culturas e crenças. Essa capacidade de convivência, que já em 1147 levou o cruzado Osberne a notar o pluralismo do povo de Lisboa, esse mesmo pluralismo que permitiu que Lisboa fosse chamada “Cidade da Paz”, atributo tão necessário nas actuais circunstâncias de um mundo a precisar de diálogo intercultural, inter-religioso e, sobretudo, de solidariedade. O ano de 2012 é o “Ano europeu do envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações”. Como encara o estado actual da Segurança Social nacional baseada na solidariedade geracional? O sistema nacional de Segurança Social bem como o Serviço Nacional de Saúde é um bom sistema. De nível europeu e assente no princípio da solidariedade entre todos. Tal como o modelo social europeu vai precisar de ajustamentos, mas não pode perder a sua filosofia de base. O “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações” é uma boa e oportuna iniciativa europeia, à qual Portugal não deixará Portugalidades à conversa com... de aderir com as suas próprias capacidades e generosidades. É uma boa altura para fazermos a pedagogia de antigas tradições culturais portuguesas, que aproximavam avós e netos, parentes e vizinhos. Nisto não tenhamos receio de promover e recuperar valores antigos. Aqui ser moderno é também saber valorizar o antigo. O que significa envelhecer activamente no seu ponto de vista? Manter os idosos como participantes activos na vida familiar, de vizinhança e de sociedade, evitando marginalizações, isolamento e, sobretudo, solidão. Parar é morrer e, neste caso, empobrecer em muito a sociedade. Seguramente que “menos prato e mais sapato”, mas parar, nunca. Fernando Piçarra Reforma é uma palavra que se aplica ao seu percurso? Se sim, como encara a sua reforma neste caminho em que tem vindo a contribuir activamente para a sociedade? No seminário, junto à colecção de imagens “frades do Povo”, miniaturas recolhidas ao longo de mais de trinta anos “A economia e os pobres têm que ser opção prioritária sobre a finança e os ricos” No meu caso específico, não significou nada. Continuo a trabalhar mais ou menos, se calhar até mais, ao mesmo ritmo e no mesmo tipo de actividades. Hoje só de voluntariado ou de enquadramento institucional ao serviço de causas e de projectos. Como, ao atingir, a maioridade, fiz voto de pobreza renunciando a qualquer tipo de propriedade ou de posse, não tenho a mínima preocupação ou mesmo pensamento com a obtenção de recursos, tanto mais que todo e qualquer provento que me seja devido ou me venha a ser atribuído vai automaticamente para a mesa dos frades e dos pobres. Sou, até nisso, um homem livre e feliz. Alertou – em entrevista à imprensa- para o “desencanto dos jovens”. Comente esta atitude da juventude portuguesa bem como o seu impacto no progresso nacional. Sim, o tipo de sociedade e de economia global em que vivemos, com desprezo pelo homem e pela natureza, não é nada propício à utopia e ao encantamento dos jovens. Sobretudo quando são ensinados e preparados nas escolas para um mundo de trabalho mecanizado e de consumo exacerbado, onde depois não têm lugar, nem grandes expectativas. Que conselho pode deixar às gerações mais jovens? Jovens, sede jovens. Não vos deixeis envelhecer antes de tempo e, quando for tempo disso, aprendei a envelhecer participativamente. Sede criativos. Ajudai a criar um mundo novo. O que faria se fosse hoje um jovem entre os 18 e os 30? O mesmo que fiz então e faço hoje: acreditar num futuro melhor e preparar-me todos os dias para participar activamente na sua construção. Como Presidente do Montepio no ano em que a Lusitania se fundou, 1986, como vê este projecto 25 anos depois? Vejo com alegria e agradecimento a Deus e a Nª Sª das Vitórias, à qual na altura confiei o projecto, por ter estado na sua origem e ter acompanhado durante todos estes anos uma tão bela aventura comum de querer e de solidariedade, na qual se tornou proverbial o espírito de família e de co-responsabilidade de todos. Bem hajam todos por isso. 13 Lusitania Consigo Breves Lusitania BOLSA DE ESTUDO Fundação Cidade de Lisboa atribui diploma universitário RECONHECIMENTO Prémio Lusitania de História distingue académicos A Academia Portuguesa da História atribuiu os prémios Gulbenkian e Lusitania numa sessão solene na sede desta Academia no Palácio dos Lilases, em Lisboa, com a presença de académicos e convidados. Os prémios foram atribuídos a Augusto Bezerra da Universidade de Fortaleza no Ceará, Brasil, e a Maria João Figueiroa Rêgo da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. A sessão foi presidida pela presidente da Academia Portuguesa da História Manuela Mendonça e entregues pelo presidente da Gulbenkian, Rui Villar, e pelo AdministradorDelegado da Lusitania, José de Arez Romão. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa entregou ao Administrador-Delegado da Lusitania o diploma de conclusão do curso do bolseiro apoiado pela Lusitania, António Correia. Constituída em 1990, por Nuno Krus Abecassis, a Fundação Cidade de Lisboa tem por objecto a formação de quadros dos países africanos de expressão portuguesa. Um conjunto de prestigiadas empresas nacionais e instituições, entre as quais a Lusitania e o Montepio, atribuem anualmente bolsas a estudantes universitários. A Fundação Cidade de Lisboa, ao longo dos últimos 20 anos, tem contribuído para a valorização da formação de quadros dos países africanos que falam a nossa língua. Actualmente, a Fundação é presidida por Álvaro Pinto Correia, prestigiada figura do meio financeiro e empresarial. A Fundação Cidade de Lisboa tem contribuído para a valorização da formação de quadros dos países africanos Portugalidades breves Lusitania Universidade Fernando Pessoa Lusitania apoia as Olimpíadas do Conhecimento Lusitania 6 de Junho de 1986 Fundação da Lusitania Companhia de Seguros Celebração da escritura de fundação no Auditório do Banco Montepio Geral, a primeira Seguradora criada depois de 1947 e a primeira após a abertura da banca e dos seguros à iniciativa privada com capitais inteiramente portugueses, te como principal accionista o Banco Montepio Geral. As Olimpíadas do Conhecimento da Universidade Fernando Pessoa são dirigidas aos estudantes do 12º ano de escolaridade ou de ano pedagogicamente equivalente, de escolas dos subsistemas público e privado, devidamente acompanhados por professores. Esta segunda edição realizouse a 12 de Maio, nas instalações da UFPPorto e, conta com mais de 180 estudantes distribuídos por equipas de três, devidamente acompanhadas pelos respectivos docentes. O programa das Olimpíadas inclui Provas de Biologia, Desenho, Língua Portuguesa e Matemática. História 6 de Junho 1944 - II Guerra Mundial. Dia D. As forças aliadas desembarcam nas praias da Normandia, França. Divulgação cultural Apoio à exposição sobre a escultura espanhola Santo António de Pádua ou Lisboa Identificada com a preservação e divulgação dos valores culturais, a Lusitania apoiou a exposição temporária sobre a imagem do sagrado na escultura espanhola (1500-1750), que incluiu uma amostra das mportantes colecções do Museu Nacional de Escultura (Valhadolid, Espanha) conhecido como o “Prado da Escultura”. Pela primeira vez em Portugal, reuniram-se no Museu de Arte Antiga, em Lisboa, mais de três dezenas de esculturas de grandes mestres espanhóis – desde o declinar da Idade Média ao ocaso do Período Barroco – como Berruguete, Juan de Juni, Pompeo Leoni, Gregorio Fernández, Alonso Cano, Pedro de Mena, Pedro de Sierra ou Salzillo.Esta exposição inquietante incluiu na sua mostra ascetas, mártires, virgens e Cristos crucificados, que provocaram no visitante uma impressão que ultrapassa as fronteiras da estética, e uma chamada de atenção para o valor indissociável do acervo deste museu espanhol. Ciência 1986 Passagem do cometa Halley O cometa foi registado pela primeira vez em 240 a.C. e mostrou-se visível a olho nu em todas as suas 30 aparições registadas. Foi o primeiro cometa a ser reconhecido como periódico. O próximo periélio do Cometa Halley será em 29 de Julho de 2061. Artes 1986 O escritor nigeriano Wole Soyinka agraciado com o Prémio Nobel da Literatura. Considerado por muitos o dramaturgo mais notável da África. Curiosidade 1986 Carro do ano SAAB 9000 Turbo 16 Juan de Juni (1507-1577) 15 Lusitania Consigo GRANDE PRÉMIO APCE 2012 Excelência da comunicação da Lusitania A Lusitania foi mais uma vez distinguida pelo Grande Prémio APCE 2012– Excelência em Comunicação. Um ano em que foi inclusivamente a anfitriã da cerimónia de entrega de prémios (Gala APCE), que se realizou no dia 28 de Junho, pelas 19 horas, na sede, na Lapa, em Lisboa. O evento teve início com a actuação da recémformada banda açoriana October Flight, seguindo-se uma dança contemporânea no Cocktail que antecedeu a cerimónia de entrega de prémios nos jardins da sede da Lusitania jardim. Após este momento de música e dança, os cerca de 170 convidados seguiram para o auditório onde foram atribuídos os prémios e a distinção de excelência da comunicação organizacional. Nos, vários prémios, são eleitos os três melhores em cerca de 20 categorias, aos quais são atribuídas menções honrosas. Destes, um deles é o vencedor. Das quatro categorias em que a Lusitania se inscreveu, ganhou duas menções honrosas e um primeiro lugar, o que é motivo de orgulho para todos. Assim, foi reconhecida pela excelência da sua comunicação na categoria de website e hotsite (um jogo online da Lusitania “Viagem Segura”). E obteve as menções honrosas pelo logótipo comemorativo dos 25 anos de actividade da Lusitania (Categoria Identidade Corporativa) e pelo seu Museu de Medalhas da Actividade Seguradora (Categoria Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial). Cerimónia de entrega de prémios no auditório da sede da Lusitania Distinções Das quatro categorias em que a Lusitania se inscreveu, ganhou duas menções honrosas e um primeiro lugar Grande Prémio APCE 2012 Excelência em Comunicação Categoria de Website e Hotsite Jogo online da Lusitania “Viagem Segura” Menções Honrosas Categoria Identidade Corporativa Logo Comemorativo dos 25 anos de Actividade da Lusitania Categoria Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial Museu de Medalhas da Actividade Seguradora Portugalidades breves Lusitania apoiO À artista plástica isabel DO Botelho Reflectem-se memórias e estados de espírito, imagens de coisas antes vistas, em lugares e momentos talvez imaginados. Seguiu sempre um percurso independente, fazendo da sua criação artística um acto muito pessoal carregado de intenções. Pinta e desenha desde longa data, ensinado Pintura e Desenho em organismo privado, sendo que o ensino da Pintura tem sido uma contínua via de “aprendizagem, com os seus alunos...”. Esteve patente ao público, no Auditório António da Costa Leal, Sede da Lusitania, a exposição de pintura “Wonderland in Waterland”, da artista plástica Isabel Contreras do Botelho. Esta mostra reflectiu uma viajem à Ilha de S. Miguel, ilha dos antepassados da autora, repleta de histórias extraordinárias, pretendendo despertar nos visitantes sentimentos e emoções de uma alma ilhoa. Mais uma vez, Isabel Contreras do Botelho reverteu, na totalidade, o valor de venda de um dos seus quadros a favor de uma instituição de solidariedade social, neste caso, a Associação das Aldeias de Crianças SOS Isabel Contreras do Botelho nasceu em Lisboa. Os Açores e a Galiza, estão-lhe no sangue, cruzando-se as vivências de Lisboa em que vive e o Alentejo onde passou muitos dos períodos da sua infância. A sua pintura sendo assumidamente, figurativa, tem uma via própria, gestual e intuitiva, mas, simultaneamente, conceptual e marcada por simbologias utilizando vários tipos de materiais, tais como: óleo, acrílico, pastel, guache, aguarela e tinta da China. Isabel do Botelho junto ao quadro que representa a maternidade e gentilmente cedido à Lusitania. Wonderland in Waterland Remete-nos para uma viagem à ilha de São Miguel 17 Lusitania Consigo Breves eventos recepção Encontro dos principais resseguradores internacionais Realizou-se nos dias 23, 24 e 25 de Maio, no Hotel Palácio, no Estoril, o XIV Encontro Internacional de Resseguro, organizado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS). Este encontro bianual realiza-se em Portugal há mais de 25 anos e reúne os principais resseguradores internacionais que operam no mercado português, proporcionando momentos de partilha de conhecimentos, experiências, e análise do mercado segurador. Os temas em análise nesta edição caracterizaram-se pela sua actualidade e importância para os sectores segurador e ressegurador, bem como para a sociedade em geral, centrando-se em quatro painéis principais: as alterações climáticas, Portugal, não discriminação e solvência. Os três dias foram organizados em duas partes distintas: manhãs de conferências e tardes destinadas a reuniões de trabalho. A Lusitania voltou a organizar uma recepção neste encontro, onde participou o presidente Eduardo Grilo Jantar num dos salões nobres do Palácio de Porto Côvo, sede da Lusitania Portugalidades Eduardo Grilo breves eventos José de Arez Romão Administrador-Delegado da Lusitania, Tomás Correia Presidente do Grupo Montepio, Senhora de Tomás Correia, Virgílio Lima Administrador da Lusitania, Senhora de Virgílio Lima, Senhora de Jorge Conceição Silva, Maria Manuela Rodrigues Administradora-Delegada da Lusitania Vida e Jorge Conceição Silva Administrador da Lusitania dos pontos altos do evento internacional foi preconizado pelo presidente da Assembleia Geral da Lusitania, Vítor Melícias, que expressou, em nome da Lusitania e do Grupo Montepio, as boas vindas a todos os presentes, e recordou o papel da actividade seguradora e resseguradora como meio de cooperação entre nações e o compromisso de solidariedade entre todos os parceiros desta actividade. Eduardo Grilo da APS, Pedro Seixas Vale, e o presidente do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), Fernando Nogueira, bem como os membros do Conselho de Administração do Montepio, Lusitania e Lusitania Vida. Ao todo, os anfitriões receberam cerca de 250 participantes com um cocktail de boas vindas no jardim, ao som da actuação da Banda Sinfónica do Exército sob a direcção do seu maestro, Major João Maurílio Caires Basílio. Mais tarde, o jantar foi servido nas salas nobres do Palácio de Porto Covo, sede da Lusitania, e terminou com um espectáculo de Guitarra Portuguesa do músico e compositor português Custódio Castelo, acompanhado por Gisela João, uma nova voz do fado. Custódio Castelo apaixonou-se primeiro pela guitarra portuguesa e só depois começou a interessar-se pelo fado. Em 2010, foi vencedor do Prémio Amália Rodrigues, sendo considerado um dos mais importantes guitarristas portugueses da actualidade. Um Momento de actuação de Custódio Castelo na Guitarra Portuguesa e da Fadista Gisela João 19 Lusitania Consigo Breves grupo A Administradora-Delegada Maria Manuela Rodrigues com a sua equipa da Lusitania Vida Lusitania Vida 25 Anos a criar valor Fundada em 15 de Maio de 1987, a Lusitania Vida, comemora neste exercício o seu 25º. Aniversário. Tendo como accionista de referência desde a sua constituição o Montepio Geral, a Lusitania Vida, completou, na sua área de intervenção a oferta do Grupo, no âmbito da actividade seguradora. Vocacionada para apoiar os clientes particulares, nas áreas de protecção pessoal e das famílias, a Lusitania Vida reintroduziu diversos conceitos inovadores no nosso mercado, no capítulo da poupança e capitalização. Com uma gestão altamente profissionalizada e muito rigorosa, a Lusitania Vida, tem hoje quer ao nível da supervisão quer do mercado segurador e ressegurador uma imagem de grande prestígio, de solidez e rigor confirmada pelos resultados alcançados ao longo da sua história. O contributo para o Grupo em que se insere ultrapassou só no último triénio os 20 milhões de euros. Numa época marcada pelo clima depressivo da economia que assola o mercado nacional e internacional desde a crise do sub-prime em 2008, com um mercado de capitais estagnado, a Lusitania Vida tem mantido um excelente desempenho, designadamente no que respeita aos resultados técnicos e financeiros e registado, em contra-ciclo, um crescimento sustentado, sendo de realçar que, tendo em gestão mais de 500 milhões de activos, não regista defaults, incumprimentos ou prémios em dívida. Com um total de 27 trabalhadores, a empresa caracteriza-se ainda, por uma atitude de inovação permanente nos produtos que lança no mercado, alguns dos quais registaram assinalável êxito. A Lusitania, Companhia de Seguros, associa--se a esta efeméride, felicitando nesta data festiva, a sua congénere-irmã e na pessoa da Senhora Administradora-Delegada, Maria Manuela Rodrigues, todos os seus trabalhadores e colaboradores, formulando os votos da continuação dos maiores sucessos pessoais e empresariais. José António de Arez Romão Administrador-Delegado Lusitania O contributo da Lusitania Vida para o Grupo montepio ultrapassou no último triénio os 20 milhões de euros Portugalidades breves grupo internacional Moçambique Companhia de Seguros com dez anos A Moçambique Companhia de Seguros (MCS), empresa participada pela Lusitania e cuja fundação liderou conjuntamente com distintos accionistas moçambicanos, acaba de comemorar o seu 10º aniversário, tendo sido agraciada pelo Governo de Moçambique com o distintivo “Orgulho Moçambicano”. A comemoração foi assinalada com a inauguração das novas instalações na Avenida Kennet Kaunda em Maputo. O Administrador-Delegado da Lusitania, Arez Romão, e Ramos e Costa na qualidade de Administradores da Moçambique Companhia de Seguros, participaram na cerimónia simbólica com todos os trabalhadores, na presença do director-geral, José Prata. Estiveram também presentes o novo presidente do Conselho de Administração, Lucas Chachine, que veio substituir Hermenegildo Gamito, recentemente nomeado para presidir ao Tribunal Constitucional de Moçambique. O Conselho de Administração deslocou-se ao Instituto de Seguros de Moçambique, onde foi recebido pelo presidente Domingos José, e onde fez uma breve apresentação do plano de expansão da empresa e das linhas de orientação estratégica para o triénio 2012/2015. Nessa ocasião, foi anunciada, a abertura de três novas dependências: na cidade da Beira, na Av. Julius Nyerere em Maputo, e na Matola. Além disso, foi ainda apresentado o projecto de lançamento do Ramo Vida. O plano de expansão apresentado e integrado no referido plano estratégico visa tornar a MCS na terceira maior seguradora de Moçambique, no final do triénio. Moçambique Biblioteca do Tribunal Constitucional Com a cooperação da Lusitania, a Moçambique Companhia de Seguros ofereceu ao Tribunal Constitucional de Moçambique uma extensa biblioteca de Direito. A cerimónia de entrega ocorreu em Maputo, em Abril. Os administradores, Lucas Chachine e Gonçalo Ramos e Costa, entregaram 250 volumes para a biblioteca com a presença dos Juízes Conselheiros. O Presidente do Tribunal Constitucional, Hermenegildo Gamito, realçou o gesto da seguradora. 21 Lusitania Consigo “A Bancasseguros e a Assurfinance são uma forma de crescimento sustentado e de desenvolvimento e consolidação do Grupo’’ Equipa de consultores da Lusitania que dão apoio aos balcões e gestores do Montepio BANCASEGUROS Nova equipa de Consultores apoia balcões do Montepio Em tempos de crise esse papel é ainda mais relevante para defendermos o que temos em casa, mas também para crescermos e consolidarmos a nossa posição face aos concorrentes No âmbito da sinergia do Grupo Montepio e desenvolvimento do negócio, e após a análise às melhores práticas de mercado, foi criada uma equipa de consultores de seguros da Lusitania com o objectivo de dinamizar, apoiar e potenciar a venda de seguros através dos balcões e gestores do Montepio. A actuação desta nova equipa conta, por parte da Lusitania, com todo o apoio da bancasseguros, mantendo-se este canal em exclusivo para todo o negócio com origem no canal bancário do Montepio. A equipa de consultores de seguros reporta a um coordenador geral, Pedro Líbano Monteiro, que coordena as operações bancasseguros e “assurfinance”, reportando a evolução das mesmas às administrações Montepio e Lusitania. Para o presidente do Grupo Montepio, Tomás Correia “ o desafio subjacente a este projecto é o de garantir que os clientes da área bancária se tornem clientes da área seguradora e que os clientes da área seguradora se tornem clientes da área bancária e mutualista”. Citando o Administrador-Delegado da Lusitania, José de Arez Romão, “A Bancasseguros e a Assurfinance são uma forma de crescimento sustentado e de desenvolvimento e consolidação do Grupo. Em tempos de crise, esse papel é ainda mais relevante para defendermos o que temos em casa, mas também para crescermos e consolidarmos a nossa posição face aos concorrentes”. Portugalidades breves grupo FROTA SOLIDÁRIA PATROCÍNIO Oferta de viaturas adaptadas a 20 instituições sociais Expedição “Montepio Mare Nostrum” A Fundação Montepio voltou a realizar a 5ª edição da Frota Solidária, projecto de responsabilidade social que visa oferecer viaturas especiais e adaptadas a 20 instituições de solidariedade social. A Lusitania seguradora do Montepio alia-se também a este grande projecto através da oferta da primeira anuidade do seguro automóvel das viaturas. Este ano, realizada no Porto, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, do Conselho de Administração do Montepio e da Direcção de Marketing da Lusitania. O Presidente do Montepio, António Tomás Correia, referiu-se à “Frota Solidária” como “uma prática que assenta no ADN do Montepio”, salientando que “o Montepio é uma instituição à dimensão humana, razão pela qual os problemas que afectam a sociedade são problemas que nos preocupam”. No ano 2011, a Fundação Montepio recebeu, através do Ministério das Finanças, 414 mil euros resultantes de valores atribuídos, em 2009, no âmbito da Lei da Liberdade Religiosa (Consignação Fiscal). Pelo facto de este montante ter sido entregue, pelos contribuintes, ao cuidado e gestão da Fundação Montepio, esta instituição de utilidade pública decidiu devolvê-lo à sociedade civil através da sua aplicação na aquisição de veículos automóveis especiais e adaptados, que, constituindo o que designou por “Frota Solidária”, se destinam a apoiar a actividade de instituições particulares de solidariedade social. O velejador solitário Ricardo Diniz recuperou em Portugal, nos Estaleiros Navais de Peniche, com o patrocínio do Montepio, um veleiro muito especial que será “uma embaixada flutuante da portugalidade” durante a expedição “Montepio Mare Nostrum”. Este projecto visa sensibilizar os portugueses e o mundo para a real dimensão do país marítimo que somos e para o potencial que Portugal tem ao investir no mar. Esta expedição marítima à Zona Económica Exclusiva (ZEE) do navegador solitário Ricardo Diniz aposta e alerta para a importância do mar para a economia nacional. O navegador já velejou mais de 80 mil milhas e fez quatro travessias do Atlântico. O espírito de missão que envolve este projecto foi imediatamente acolhido pelo Montepio, que, enquanto instituição do sector da economia social, procura contribuir para o desenvolvimento do país, apoiando projectos empreendedores. SOLIDARIEDADE Linha de crédito de 150 milhões para o sector social O Montepio assinou um protocolo com o Ministério da Solidariedade e Segurança Social para criação de uma linha de crédito destinada às instituições sociais que se encontrem em situação de dificuldade financeira. O protocolo, assente numa linha de financiamento no montante de 50 milhões de euros, destina-se a misericórdias, mutualidades, centros sociais das igrejas e equiparadas que, por via de investimentos realizados em edifícios e outros equipamentos aprovados pela Segurança Social ao abrigo do Programa Operacional Potencial Humano. Prevê um limite máximo de financiamento de 500 mil euros por beneficiário, uma duração de sete anos, um período inicial de dois anos de carência de capital, e ainda juros bonificados. Com o propósito de reforçar o apoio às instituições, o Montepio associou aos 50 milhões de euros protocolados mais 100 milhões de euros, a atribuir nas condições de risco e de mercado. Lusitania Consigoa Portugalidades identidade nacional Motivos do nosso orgulho Além do fado há muitos outros motivos de que nos podemos orgulhar: da alimentação às novas tecnologias, passando por sectores tradicionais fortemente exportadores Maria João Alexandre Fer n and oP iça rr a Portugal não vive apenas do fado, hoje reconhecido como património da humanidade. Na mesma linha do universo Lusitania, com raiz e sangue português a 100%, apresentamos-lhe bons exemplos de produtos, sectores e clusters nacionais e que são, nem mais nem menos, o espelho de um país com muitas riquezas para explorar e exportar. Um país é como uma pessoa. Quanto mais gosta de si própria maior é a probabilidade dos outros gostarem dela. Portugal não tem demonstrado estar verdadeiramente afeiçoado por si próprio. E portanto adia a visibilidade desejada aos olhos dos outros, leia-se do exterior. O problema poderá estar numa clara tendência para a negatividade, que, aliás, é universal. Vejamos como o ser humano tende a “explorar” o que é menos bom, em vez de se focar nos aspectos positivos ou naqueles com potencial para melhorar, incrementar. Quando alguém de fora elogia algo que está bem feito, a tendência é para duvidar, não acreditar. Mas quando se trata de críticas, aí não se põem em causa; e são, desde logo, retidas como mandamentos. Um país deve orientar-se para o que de melhor possui, para o que sabe fazer bem e para todo o seu potencial de desenvolvimento. Portugalidades identidade nacional Cavalo Lusitano CULTURA É o mais antigo cavalo de sela do mundo, montado há cerca de 5000 anos. É típico das planicies quentes e secas do sudoeste da Península Ibérica. A Fundação Alter Real, em Alter do Chão, no Alentejo, fundada em 1748, formou uma variação da raça PuroSangue Lusitano, que são os Alter Real, considerados no Séc XVIII os melhores da Europa. Fado Fernando Piçarra O Fado é considerado “Património Cultural Imaterial da Humanidade” desde Novembro de 2011. Uma decisão anunciada na 6ª reunião do Comité Internacional da UNESCO, que aconteceu entre 22 e 29 de Novembro de 2011, em Bali, na Indonésia. Em Junho de 2010, a Câmara Municipal de Lisboa tinha apresentado a Candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. O processo foi desenvolvido pela empresa municipal EGEAC, através do Museu do Fado, em parceria com o Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Os embaixadores foram os fadistas Mariza e Carlos do Carmo. Para saber mais pesquise na secção de cultura do site www. unesco.org. Guitarra Portuguesa Eduardo Grilo Instrumento musical com que se acompanha o Fado de Lisboa e a Canção de Coimbra traznos o cheiro e emoção dos temas míticos da nossa música popular urbana: a saudade e o destino. A técnica com que se executa distingue-a: com o dedilho especial da mão direita, e uso exclusivo das unhas dos dedos indicador e polegar. Não há espaço e tempo para duvidar das capacidades nacionais, há que fazer, avançar. Com uma atitude negativa, lamuriosa, não há auto-estima que resista. Adoptar uma atitude movida por uma identidade nacional partilhada por todos é o primeiro passo na conquista da auto-confiança. O orgulho na cultura (valores partilhados) e no que torna um país único é o que o faz andar para a frente de queixo levantado. O que fazer? O discurso pessimista é generalizado, das televisões e jornais à conversa de café. Mas enquanto se ouvem queixas um pouco por todo o lado há uma massa de empreendedores que trabalham arduamente sem olhar para o lado, ultrapassando obstáculos. E um conjunto de riquezas nacionais que esperam por serem reinventadas. Além da inovação sobre os considerados produtos e sectores portugueses tradicionais, Portugal dá cartas nas novas tecnologias. Portugal tem várias empresas a trabalhar para a NASA e outros clientes internacionais com o mesmo grau de exigência. Há que acreditar que vivemos num Portugal tecnológico e inovador. 25 Lusitania Consigo Flor do sal Painel de ajulejos Fábrica do Rato Séc. XVIII (Colecção Lusitania) A flor de sal de Tavira foi distinguida com o Prémio Prestígio, atribuído pelo International Taste & Quality Institute, em Bruxelas. A flor de sal é o creme do Atlântico cristalizado em salinas de argila, situadas no Parque Natural da Ria Formosa, utilizando os recursos naturais que são a água do mar, a energia solar e eólica. Dizem os especialistas que a flor do sal é ideal na cozinha gourmet. ALIMENTAÇÃO Azulejaria Ostras portuguesas Chá Na azulejaria tradicional portuguesa, usa-se a pintura figurativa, de cor azul, para decorar o ladrilho vidrado. Esta tradição introduzida em Portugal pelos Árabes e que teve início por volta de 1500 foi renovada em certas estações de metro de Lisboa, cobertas com composições abstractas. As ostras do Sado são conhecidas há muitos anos em França. Diz a história que as ostras portuguesas têm origem na Índia ou no Japão, tendo viajado para Portugal nas quilhas das naus e como alimento rico em proteínas para as tripulações, nos finais do século XVI. Hoje, nos estuários do Tejo e do Sado, desenvolvem-se muito bem devido às suas boas condições naturais, mas enfrentam vários desafios – um deles é a poluição das águas onde devem crescer e a concorrência das suas congéneres francesas. Originário da China, o chá foi introduzido na Europa pelos Portugueses no sec XV. Portugal é hoje o único produtor europeu de chá. Catarina de Bragança, infanta de Portugal e rainha de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei D. Carlos II, foi a responsável pela introdução do chá na corte britânica. Martin Page, jornalista e autor de «The first global village, how Portugal changed the world», obra escrita na Azóia, perto de Sintra afirma: “Os Portugueses deram o chá das cinco aos Ingleses”. CRONOLOGIA DO FADO Alguns marcos e caras da nossa canção popular urbana Início do século XIX Fado da Lisboa oitocentista Decorria nas hortas, nas esperas de touros, nos retiros, nas ruas e vielas, nas tabernas, cafés de camareiras e casas de meia-porta. 1820-1846 Mito da meretriz Maria Severa Onofriana O episódio do envolvimento amoroso do Conde de Vimioso com Maria Severa Onofriana, meretriz consagrada pelos seus dotes de cantadeira, transforma-se num dos grandes mitos da História do Fado. 1870 O Fado no teatro de revista O Teatro de Revista, género de teatro ligeiro tipicamente lisboeta, nascido em 1851, descobre as potencialidades do fado que, a partir de 1870, integra os seus quadros musicais. Último quartel do séc. XIX Definição da estrutura da canção Época em que se define a forma poética da “décima”: quadra glosada em quatro estrofes de dez versos cada. É neste período que a guitarra, ao longo do século XIX, é difundida dos centros urbanos para as zonas rurais do país. 1925 Invenção do microfone eléctrico Criavam-se as condições de acesso ao mercado. No mesmo período, o fabrico de gramofones a preços cada vez mais competitivos ajudava à festa. 1927 Censura sobre os espectáculos públicos Com o golpe militar de 28 de Maio de 1926 e a implementação da censura prévia sobre espectáculos públicos, imprensa e demais publicações, a canção urbana sofreria profundas mutações. Portugalidades identidade nacional SECTORES & CLUSTERS Fernando Piçarra Cortiça Azeites nacionais Vinhos portugueses Portugal está presente no top 10 dos produtores de vinho na União Europeia e no mundo. A pedido da associação do sector, ViniPortugal, a empresa de consultoria fundada por Michael Porter retomou o estudo sobre a vitivinicultura portuguesa, definida como um dos “clusters” nacionais mais promissores, num célebre estudo sobre a economia lusa, feito na primeira metade da década de 1990, por encomenda do então Governo de Cavaco Silva. A marca Periquita, com mais de 150 anos, é o vinho de mesa engarrafado mais antigo do país e que hoje se vende nos cinco continentes. Com mais de 60 anos de experiência, o Mateus Rosé é um símbolo mundial do vinho rosé, uma marca de sucesso no mercado externo. A ideia da forma da garrafa vem dos cantis usados pelos soldados na 2ª Grande Guerra. O vinho do Porto, juntamente com o Xerez, o Bordéus, o Champanhe, o Borgonha, o Chianti e o Tokay, integra o grupo mais exclusivo das denominações de origem vitícolas europeias. Anos 30 Ouvir fado em casas de fado Começou a moda de ouvir fados numa casa de fados, locais que iriam concentrar-se nos bairros históricos da cidade, com maior incidência no Bairro Alto. 1931 A severa no cinema O primeiro filme sonoro português, realizado em 1931 por Leitão de Barros, foi sobre as desventuras da mítica figura da Severa. O nosso clima é ideal para o desenvolvimento das oliveiras. Com uma origem geográfica definida e um modo particular de produção, os azeites de Denominação de Origem Protegida (DOP) nacionais são uma iguaria. “Cerca de 95% da superfície oleícola mundial está concentrada na Bacia Mediterrânica, sendo que os países produtores da União Europeia (Espanha, Itália, França, Grécia e Portugal) são responsáveis por 71% da produção a nível mundial”, informa a associação do azeite de Portugal, Casa do Azeite. Os outros principais países produtores são a Tunísia (4,1%), a Turquia (5,4%), a Síria (6,6%), Marrocos (5,1%) e a Argélia (1,6%). Portugal é, tradicionalmente, um país com vocação exportadora. Entre os mercados de destino das exportações nacionais, destaca-se o mercado brasileiro, que absorve cerca de 65% do total das exportações nacionais de azeite, fazendo com que este produto seja igualmente o produto português mais exportado para aquele país. Décadas de 30 e 40 do Século XX Hermínia Silva Figura central da história do Fado consagrou-se nos palcos do teatro. Anos 50 do século XX Amália Rodrigues A poesia erudita na voz de Amália Rodrigues vive do contributo decisivo do compositor Alain Oulman. É nesta altura que se passa a cantar textos de poetas com formação académica e obra literária publicada, como David Mourão-Ferreira, Portugal é, segundo dados relativos a 2011, o maior produtor, exportador e ainda o maior importador mundial de cortiça. Portugal é o maior produtor e exportador mundial de cortiça, exportando actualmente mais de 800 milhões de euros por ano em produtos. A Associação Portuguesa da Cortiça (Apcor) indica que cerca de 90% da cortiça que produzimos vai para fora e apenas 10% fica no mercado interno, sendo que 40% das empresas portuguesas são exportadoras. Em termos globais 60% das transacções de cortiça, a nível mundial têm origem em Portugal. A Europa é o principal destino, absorvendo, em valor, 59,4% do total. Por país, as exportações distribuem-se por França (18,8%), EUA (16%), Espanha (11,6%), Alemanha (7,5%) e Itália (7,3%). Um dado menos conhecido é o que indica que Portugal é o maior importador mundial de cortiça, principalmente de Espanha. As rolhas de cortiça continuam a liderar as exportações, a que se segue a cortiça como material de construção. Além destas utilizações, a cortiça começa a ser indispensável na criação de acessórios de moda, como malas. Também a indústria aeronáutica e aeroespacial despertou para o seu potencial. Pedro Homem de Mello, José Régio, Luiz de Macedo e, mais tarde, Alexandre O’Neill, Sidónio Muralha, Leonel Neves ou Vasco de Lima Couto. A partir de 1950 Internacionalização do Fado Durante décadas e até à data da sua morte, em 1999, caberia a Amália Rodrigues o protagonismo a nível nacional e internacional. 27 Lusitania Consigo Calçado No que toca a exportações, Portugal é número três no mundo. Portugal vende mais de 95% da sua produção para um total de 132 países nos cinco continentes. De acordo com dados da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado (Apiccaps), em 2011 exportou 76 milhões de pares de sapatos no valor de 1,5 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 16% relativamente a 2010. Fileira da madeira e do mobiliário Segundo a Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, a Fileira, no seu todo, contabiliza 2 mil milhões de euros de volume de vendas e exporta 1,1 mil milhões de euros. Contribuíram para estes valores o mobiliário, os painéis de madeira, os produtos para a construção (portas e pavimentos) e as madeiras de pinho e de eucalipto, em rolaria e serradas, indica a associação em nota às redacções. A Fileira de Transformação Florestal nacional é ainda responsável por cerca de 4% do PIB nacional, 14% do PIB industrial, 9% do emprego industrial e 10% das exportações nacionais. 1953 Primeira edição da “Grande Noite do Fado” Este concurso realiza-se todos os anos até hoje no Coliseu dos Recreios. Considerados os “anos de ouro” do fado, o período de 1940 a 1960 ficou para a História. Abril de 1974 Hostilidades ao fado Ao longo de dois anos o concurso “Grande Noite do Fado” foi interrompido em resultado do clima após a revolução Têxtil e vestuário A Iindústria têxtil e de vestuário é uma das mais importantes indústrias para a economia portuguesa. Representa 10% do total das exportações portuguesas; 19% do emprego e 8% do volume de negócios da indústria transformadora. De acordo com as estatísticas da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Portugal tem cerca de 7 mil empresas operando em todos os sub-sectores da indústria têxtil e do vestuário. Algumas são unidades verticais, embora na sua maioria sejam pequenas e médias empresas, que se localizam maioritariamente no Norte de Portugal (Porto, Braga, Guimarães e Famalicão), mas também na Covilhã (Leste de Portugal) - as dedicadas aos produtos de lã. Em 2011, o sector exportou mais de quatro mil milhões de euros- ou seja, cerca de dois terços de tudo o que é produzido é vendido ao exterior. A União Europeia absorve cerca de 80% da exportação. Década de 90 Fado é world music Entra nos circuitos da world music internacional com Mísia e Cristina Branco. Também nos anos 90, um outro nome que se destaca é Camané. Surge uma nova geração de fadistas, com Mariza a assumir o protagonismo na internacionalização. Junho de 2010 Candidatura à Unesco A Câmara Municipal de Lisboa apresentou a Candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Novembro de 2011 O Fado é considerado “Património Cultural Imaterial da Humanidade” A decisão é anunciada na 6ª reunião do Comité Internacional da UNESCO, que aconteceu entre 22 a 29 Novembro em Bali na Indonésia. Portugalidades identidade nacional Moldes e componentes para a indústria automóvel Portugal encontra-se entre os principais fabricantes mundiais de moldes na área dos moldes para injecção de plásticos, exportando mais de 90% da produção total. Segundo o estudo “A Indústria Portuguesa de Moldes – 2011”, da Cefamol – Associação Nacional da Indústria de Moldes, o sector possui cerca de 532 empresas, com dimensão de PME, e emprega cerca de 8250 trabalhadores, maioritariamente nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis. É um sector inovador e de alta intensidade tecnológica que exporta, a larga maioria da sua produção: em 2010 a exportação atingiu cerca de 318 milhões de euros e o valor total de produção foi cerca de 350 milhões de euros. Tem como principais mercados a Alemanha, Espanha, França, República Checa, México e os Estados Unidos. RECURSOS NATURAIS Rochas ornamentais e industriais Os mármores portugueses são, segundo o Centro Tecnológico para o Aproveitamento e Valorização das Rochas Ornamentais e Industriais, maioritariamente extraídos na zona de Borba, Alandroal, Estremoz e Vila Viçosa. Tanto nas rochas ornamentais como industriais, a procura está condicionada pelo sector da construção e, mais ainda, pelo investimento público de obras públicas (rodovias, portos, aeroportos, etc.). As rochas ornamentais estão sujeitas a uma severa concorrência, com os produtores tradicionais a serem confrontados com a escalada da produção na China, na Índia e também no Brasil. Mas o tempo é de mudança para o sector. Cluster da Pedra Natural Sol, vento e ondas O Cluster da Pedra Natural foi criado por empresas de extracção e transformação de pedra, de maquinaria e equipamentos e associações integrando universidades e institutos. Segundo a Associação Valor Pedra, possui cerca de 2000 empresas, com forte vocação exportadora. Em 2011 posicionava-se entre os 10 maiores produtores e exportadores de pedra natural no mundo. Portugal é o país da Europa com maior número de horas de sol por ano. A nossa localização natural é invejável. Temos um forte potencial nas energias renováveis pela captação do sol, vento e marés. Economia do mar Ao longo da próxima década e meia, a economia do mar verá o seu peso duplicar no conjunto da economia portuguesa: se em 2009 representava 5% do PIB, deverá chegar, na pior das hipóteses, aos 10% no final de 2025. O estudo “Hypercluster da Economia do Mar em Portugal”, da autoria da Saer, empresa de consultoria do falecido economista Ernâni Lopes, para a Associação Comercial de Lisboa (Fevereiro 2009), indica que as actividades ligadas ao mar pesam cerca de 2% do PIB nacional e empregam directamente cerca de 75 milhares de pessoas. Em 2025 deverá representar diretamente cerca de 4 a 5% do PIB. Clima favorável e constante O clima é geralmente estável, o que atrai turistas e investimentos nesta área. Portugal construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade, um pouco por todo o mundo. Localização geográfica privilegiada Estamos no ponto mais ocidental da Europa. Numa perspectiva geopolítica, há quem defenda que Portugal deveria ser a plataforma logística da Europa (com serviços continental e intercontinental). Língua disseminada O português é a quinta língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no Ocidente. Mais de 210 milhões de pessoas falam a nossa língua. 29 Lusitania Consigo Perfil do português O que são os Portugueses? “Ser português é ser sociável, acolhedor, imaginativo, sentimental, aberto ao mundo. É ser apaixonado pelo novo, por novas ideias. É ter orgulho na sua herança histórica, sem qualquer ponta de arrogância”, declara a Agência para o comércio externo (AICEP) nas suas campanhas de promoção do país no mundo com o objectivo de atrair turistas a Portugal. Saber-fazer nacional A exportação de saber-fazer nacional é outro motivo de orgulho com potencial de crescimento. Existem várias multinacionais instaladas em Portugal e dirigidas por Portugueses que fazem sucesso junto da casa mãe. É o caso da multinacional alemã de tecnologia, Siemens Portugal, que tem captado para Portugal importantes centros de competência e de conhecimento na produção, transporte e distribuição de energia. Além destes, criou recentemente dois centros de serviços partilhados: um na área financeira e outro na dos recursos humanos, que arrancou em 2009. O centro dedicado à contabilidade e finanças presta serviços a 27 clientes e entidades legais de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Itália, Alemanha e Grécia. Outro caso é o da Bosch Termotecnologia, que é, desde 2002, um Centro de Competências Mundial para água quente, localizado em Aveiro, Portugal. Líder do mercado europeu desde 1992, e terceiro produtor mundial de esquentadores, a Vulcano Termodomésticos SA torna-se Centro de Competência com responsabilidade mundial no Grupo Bosch do produto esquentador. Este centro tem a responsabilidade da concepção e desenvolvimento de novos aparelhos, bem como a sua fabricação e comercialização. Também a Alcatel-Lucent desenvolveu uma série significativa de investimentos em Tecnologias de Informação e Comunicação em Portugal, onde possui vários centros de inovação que prestam serviços ao mundo. Escultura Menina Deitada de João Cutileiro (Colecção Lusitania) Fernando Piçarra SER PORTUGUÊS Portugalidades identidade nacional al g u t Por lógico o as que n c e e t seu s ár um ruiu onst iros de c , o le de adrad hote co por rsida dive etro qu rojectos ou p m p um e , d e por nto lidad conju nte qua e l e o nd . exc o mu as o d to logi o tecn de s r e a ov Via V a tre ia en ria r e c r ha pa m N tema ngen de u r de E ovação, o s i d n I S io ta resul o Super a Brisa onhecido Em c e ut e t r i ) t L i s haria o In boa (ISE Verde fo e Engen ros. s d i i L o a Vi rit enhe 02, de a ema io de Mé dos Eng i 0 t 2 r s i s s a a o h em rém Ordem pres n u P l m o e o Com c e a rran -Park”. cias com ática a Eng spacinúcleo de a Agência e u sa m n e ra Infor rceria, q jeto “Bri competê de a o as p aeruogal tem utrmabalhar pa r r e p m t a e b D u o de-se o dos sist etanto o t l Port stão a u ntr res preten ia. e área das ias e que ial Europe ste, gicas na petênc que uma de e a c a m om os oló Esp siste tecn em. As c ermitiram e pórtic o no gências g d ã p a ç e t s j u r a l o a o id h po r, a ca ores a rev nvolv onha dese UT disp al. Banugal fez umem as melrha este secttoemas n C Ex- S ção nacio Port eiro e t ropa. Pa hores sis u l c u d PT e n ue E o a r m a n p fi s da o invento ial as d um dos undial. i o r g á c a ã p ç nd ban ventou el m préa mu Inova a niv in ões Telecom r sistem ré-pagos t SIBS ltibanco, r a o p C l u melh início rtuga tões de m ivil s nomeãses c A Po volveu o de car os no resa a i o s m n p gad em ar dese gamento s. Estáva o a em s enhstrução dt o como Sile, Teixeira d ar o ei pa n v g v a e l ó u e n q d m n E , e à m g u l P 0 e n e con 9 t A T sia om a-E para cada de antagens e falar. o de Na hecidos n eira, Mot ta. Da Á e há v d é ã i s d n da d briu as r antes ra a criaç isou reco s e Siza V s da Co opa, des ncia a o a e ê g e c r p r r t r a s p ec p da de Tava e e Soa rica à Eu a compe tura, es a ocaciona ções, não ionalizar t f c n r t r e a e Á l i t a l i c sc ,v ”olu Du ica, da qu erac temo ução: ar r vação rviços e s para op o “Mimo , e é o d n m I e A r u e t 9 s o o s q 9 d n p s 1 5 los co novo uito tem ito, crian . Em rede sécu ea da iais. r e e MN t c m r a T a a a on de na á haria e m vo c pago d nto par ue esta o n n u a e é o t t , um pr mq l, eng inven ou rtão pré-pago de fixa, e mundia a c a s h o l e e n s. r e u o a ê v a g ç í g i u a u n a port leve que a-se de a n portug s serv mo par , g a i o r i s co ado , no ione De empres ás muito nais. Trat ora no óvel oi p l no merc seguida está m f a a o g i d s e o re de Um ilha de nac ia inova e emp disponív 999, e, e o grup itiu etad b inter a 1 d rm v n uma prémios tecnolog ca de m em e a o t m p s e e r s e e ntes solução nça do sil, a e r n i B t vário emplo d pesa ce m aço, e a n a d No e x e lider sso d es co . iores um e iano, qu icional stant e. O suce uistar a s móveis uper or ser e s r d s d i i t a q t e n n õ o e ç c quo rrafa tr por níve ia e p riais ica pres radora a m te mun da g destaca ergono em ma ope as teleco à e a a s l rd que nça, pe onstruíd secto c ra segu almente r integ láveis. de recic gran m o c smo país Turtiugal, um Por a nto o rias raram olvime á v São monst desenv e e já d ncial d e r t io . po xter e o n 31 Lusitania Consigo Tendências os jovens e o mar Treino de mar para jovens Ligar os jovens ao mar, mantendo viva a tradição do nosso património marítimo, é um dos desígnios nacionais Fomentar o treino de mar e de vela e o interesse pelo mar junto dos jovens, bem como promover a preservação do património náutico nacional é a missão da Associação Portuguesa de Treino de Vela (Aporvela). De utilidade pública e sem fins lucrativos, foi fundada em 1980. Hoje conta com cerca de 500 sócios e tem operações na Doca do Espanhol, em Alcântara. No âmbito do património náutico nacional, a Aporvela promoveu a recuperação do navio bacalhoeiro Creoula, hoje propriedade da Marinha Portuguesa, e a construção da caravela Bartolomeu Dias, que, em 1988, para comemorar o quinto centenário do descobrimento do Cabo da Boa Esperança, realizou a viagem de Lisboa a Mossel Bay, na África do Sul. Em 1990, a Aporvela iniciou a construção de uma nova caravela, a “Boa Esperança”, que já percorreu cerca de 45.000 milhas em visitas aos portos do norte da Europa, das ilhas dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, do Mediterrâneo, dos Estados Unidos da América, do Brasil e das Caraíbas. A partir de 1992, a associação realizou, em colaboração com a Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, um programa de visitas escolares à Boa Esperança, envolvendo, anualmente, cerca de 50.000 jovens e 4.000 professores. Rita Collaço e Maria João Alexandre Bartolomeu Dias, Boa Esperança e Vera Cruz são três réplicas das caravelas portuguesas Portugalidades tendências os jovens e o mar O que os grandes veleiros ensinam A bordo dos navios, os jovens tornam-se parte da tripulação. Com rígidas regras de segurança, são ainda instruídos na realização de todas as manobras dos grandes veleiros (tall ships): velas, cabos, subida aos mastros e vergas, atracação, leme. Viagens que transformam os novos companheiros de bordo. Este ano, entre os dias 19 e 22 de Julho, o Tall Ships Races aconteceu em Lisboa. Um evento que contou com mais de 49 grandes veleiros e 3.300 tripulantes de todo o mundo. A competição teve inicio em Saint Malo, seguindo para Lisboa, Cádis, La Coruña e Dublin. Nos dias em que estiveram em Lisboa, a zona ribeirinha - entre a Praça do Comércio e a Estação de Santa Apolónia recebeu mais de 720 mil visitantes, que puderam ter contacto com a História e os nossos grandes feitos náuticos. Um dos grandes momentos que a Aporvela destaca foi o embarque de cerca de 200 jovens portugueses a bordo da frota dos grandes veleiros, no âmbito do projecto “Os Jovens e o Mar”. Foi no ano de 1956 que Lisboa recebeu a primeira edição das The Tall Ships Races, liderada por Luís Guimarães Lobato, fundador da Aporvela. Esta iniciativa teve como objectivo manter vivas as tradições dos grandes navios à vela, que face à chegada do motor de propulsão a vapor, levou ao seu desaparecimento. Estes grandes veleiros sofreram também com a I e II Grandes Guerras Mundiais, pois ficaram parados ou simplesmente estagnados. Esta nova iniciativa despertava assim novamente o renascer das tradições de mar e a oportunidade às gerações futuras de desenvolverem as suas capacidades de treino de mar em grandes veleiros. A primeira regata realizou-se em 1956 entre Torbay, sul de Inglaterra e Lisboa contando com a participação de 12 grandes veleiros, entre os quais, por Portugal, o navio escola Sagres. Face à exposição mediática inerente a estes eventos, os mesmos perduram até aos dias de hoje, mantendo como missão promover o treino de vela e mar junto dos jovens de todo o mundo. Os programas treino de mar em grandes veleiros levam os jovens a serem capazes de enfrentar exigentes desafios físicos e emocionais, pois desenvolvem a autoconfiança e as responsabilidades pessoais e sociais, promovem a tolerância face aos outros e favorecem a capacidade de assumir riscos controlados. Esta experiência torna-se um marco fundamental nas suas vidas. Como viver o mar? Para os jovens do primeiro, segundo e terceiro ciclos é possível visitar a caravela Vera Cruz, réplica de uma caravela quinhentista usada na época dos Descobrimentos, na Doca de Alcântara em Lisboa e ainda noutros portos no Continente e nas Regiões Autónomas. O programa de visitas escolares, que resultam de um protocolo entre a Aporvela e o Instituto Sócio Cultural de Educação e Lazer (ISCEL), já permitiu que milhares de jovens subissem a bordo da caravela Vera Cruz para uma aula de História ao vivo. A visita a bordo da Caravela Vera Cruz oferece aos alunos uma viagem ao passado, permitindo-lhes compreender e dominar melhor as matérias relacionadas com a Expansão Portuguesa do século XV. A forte componente prática desta visita oferece uma dinâmica que, doutra forma, não seria conseguida em contexto de sala de aulas. Ao poder ver, tocar, ouvir, sentir e participar, os alunos têm um contacto directo e real com as temáticas e matérias aprendidas, e dificilmente esquecerão a experiência. Com a Academia Portuguesa de História, a Aporvela divulga a História marítima portuguesa com especial destaque para a época dos descobrimentos. Para quem estiver interessado em visitar a réplica da Caravela, pode marcar a visita através dos contactos telefone: 21 495 23 29 ou email [email protected] 33 Lusitania Consigo Lusitania deixa marca no oceano Assumindo o mar como um privilégio e imagem de marca do património português, a Lusitania, em particular a LusitaniaMar, tem vindo a marcar presença em eventos ligados ao mar, reforçando a notoriedade de marca e a imposição da propriedade deste cluster de negócio. Uma oportunidade para comunicar a cidade, o país e a nossa herança e história de mar. Considerando o The Tall Ships Races Lisboa 2012 como uma excelente oportunidade para comunicar a marca Lusitania, e sendo a Companhia parceira da Aporvela, associou-se a este evento como Seguradora Oficial. Desta parceria resultaram, ainda, acções de marketing e de responsabilidade social. Num evento que recebeu mais de 720.000 pessoas, a Lusitania esteve presente no recinto com um stand próprio que originou mais de 30.000 vistantes, muitos deles, clientes ou associados do Montepio, que reconheceram o Grupo Montepio como um grupo financeiro de referência. Em alguns casos, também eram clientes da Companhia ou conheciam a marca. A comunicação da marca Lusitania e da LusitaniaMar diversificou-se em diversas vertentes, não só através do seu stand no recinto, bem como através do jogo interactivo relacionado com o tema mar, onde os jogadores eram convidados a testar a sua perícia no molinete e no leme que comandavam o jogo. O evento The Tall Ships Races Lisboa 2012 contou com visitas gratuitas às embarcações, concertos, cinema ao ar livre, jogos para crianças e até um desfile pela Rua Augusta dos 3.300 tripulantes dos vários veleiros. No final deste desfile, foi atribuído um prémio à melhor equipa, tendo a tripulação do Creoula sido a grande vencedora, equipa essa que integra os 10 jovens apoiados pela Lusitania e que participam neste evento. São iniciativas de responsabilidade social nacional como estas que merecem destaque pelo serviço que prestam à comunidade. Projectos que promovem a vivência do mar junto dos mais novos e a preservação do património náutico nacional. Experiências inesquecíveis ao sabor das ondas do vasto e rico mar português. Não esquecendo os seus valores humanistas, a Lusitania aproveitou o evento The tall Ships Races Lisboa 2012 para desenvolver os seus valores educativos, sociais e culturais acções em destaque Na convicção empresarial que todos devemos ser chamados a procurar promover um papel preponderante junto da sociedade, a Lusitania aproveitou ainda este evento para desenvolver os seus valores educativos, sociais e culturais. 10 Jovens embarcam no Creoula No âmbito do programa da Aporvela “Os Jovens e o Mar”, a Lusitania proporcionou no dia 19 de Julho o embarque a 10 jovens de IPSS, apoiadas pela Fundação Montepio, no navio de treino do mar, Creoula. Foram seleccionadas as seguintes IPSS: Casa dos Rapazes, Centro Jovem Tábor e Aldeias SOS. Estes jovens iniciaram uma grande aventura: embarcar e navegar com milhares de outros jovens. Durante a viagem, tiveram a oportunidade de realizar diversas Portugalidades tendências os jovens e o mar actividades relacionadas com o mar e de navegar até Cádiz, em Espanha: desde a ajuda nos trabalhos de manutenção, a subida ao mastro, a ajuda a içar as velas, ou até mesmo à responsabilidade de assumir o comando do leme. Esta aventura encerrou no dia 29 de Julho, data em que regressaram por terra a Lisboa, após terem desembarcado em Cádiz. Fernando Piçarra sua boa prestação, um brinde simbólico como prémio. O público mais jovem aderiu com grande entusiasmo a esta iniciativa. Fernando Piçarra Recepção a bordo do veleiro Alexander Von Humboldt II Crianças visitam o Navio Escola Sagres Sabia que... Um estudo da Universidade de Edimburgo demonstrou inúmeros benefícios inerentes ao treino de vela, com efeitos a longo prazo: • Desenvolvimento de competências sociais; • Aprendizagem de trabalho em equipa; • Crescimento pessoal e social; • Descoberta de si próprio e aumento de confiança - superação pessoal e confronto de medos; • Aprendizagem de competências técnicas. • Promoção do diálogo inter-cultural e da experiência da vida em grupo. Fonte: www.aporvela.pt Fernando Piçarra Enquanto parceira da Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro a Companhia convidou um grupo de crianças desta associação, a visitar no primeiro dia do evento o navio escola Sagres. A missão deste veleiro é complementar a formação teórica da Escola Naval, ao possibilitar um profundo contacto com a vida do mar a diversas gerações de oficiais da Armada. De seguida ainda houve oportunidade de visitar o pavilhão Mar Portugal. Além de participarem num jogo de pesca sustentável, conheceram diversas espécies marinhas e recursos minerais. Para cimentar as relações institucionais e comerciais com o mercado, em particular com o negócio e Parceiros da LusitaniaMar, a Lusitania realizou durante o evento dos The Tall Ships Races Lisboa 2012, uma recepção a bordo do veleiro alemão, Alexander von Humboldt II. Foi servido a bordo um cocktail seguido de um jantar volante, que uma vez mais primou por associar a Lusitania a uma experiência inovadora e de elevada qualidade. Com 75 metros de comprimento e capacidade para 79 tripulantes, o Alexander von Humboldt II é hoje usado como navioescola de treino e está sedeado no porto de Bremerhaven, na Alemanha. Jogo interactivo para velejar Para desenvolver uma interação com o público a Lusitania desenvolveu um jogo relacionado com o mar, que convidava os visitantes a testar a sua perícia no molinete e no leme. Dois veleiros disputavam a vitória, sendo que a equipa vencedora recebia, pela 35 Lusitania Consigo Maria João Marques Equipa Alexandra Ramos e Costa Negócio Internacional Fernando Piçarra resseguro Maria Amélia Rocha Directora do Resseguro Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem livros Em criança, queria ser bailarina O meu primeiro emprego foi na Agência de Viagens Abreu, como guia acompanhante de grupos em viagens de finalistas O primeiro ordenado foi gasto num jantar de celebração com a família O meu livro preferido “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez A figura pública que mais aprecio em Portugal e, na actualidade, Isabel Jonet O meu clube desportivo Sporting, do coração, porque não sou sócia A música que me faz dançar a música brasileira, sempre A minha tradição portuguesa preferida Santos Populares Para mim a Lusitania é... a obra da minha vida seguro do seguro Maria Amélia Rocha, com a Lusitania desde a sua fundação, fala-nos um pouco sobre o Resseguro, esse desconhecido, e a sua importância que a generalidade dos clientes e muitos profissionais da actividade por vezes desconhecem. O Resseguro é um sucedâneo do capital das seguradoras e, acima de tudo, um repartidor dos riscos. Sem resseguro e sem resseguro sólido ou de rating elevado, quer as empresas cedentes quer, em última instância, os próprios segurados, poderiam não ver os seus direitos acautelados, particularmente nos grandes riscos industriais, de engenharia, de transportes ou em que as responsabilidades atinjam valor elevado. A importância do resseguro reside na protecção das catástrofes naturais e, no caso de Portugal, especificamente nos abalos sísmicos. Portugal é um país geograficamente sujeito a este fenómeno, com grande potencial de dano. Lembremo-nos do terramoto de 1755, em Lisboa; desde essa data, há cerca de duzentos e cinquenta anos que não se verifica qualquer outro do mesmo tipo de intensidade, havendo contudo que recordar um sismo de elevada intensidade em 1909, que destruiu Benavente. Em períodos de grandes catástrofes naturais, como foi o ano de 2011, em Sérgio Antunes Portugalidades equipa resseguro Ana Cristina Loureiro Maria Amélia Rocha Fernando Piçarra O que não sabe e nunca perguntou… que se verificaram importantes abalos sísmicos, tsunamis e inundações, por exemplo, no Japão, na Austrália, na Nova Zelândia e na Tailândia, não restam dúvidas que, sem a repartição do risco com os resseguradores, os seguradores destes riscos poderiam ter cessado a sua actividade de imediato, sem qualquer garantia de capacidade para o completo ressarcimento dos danos. O resseguro na Lusitania Definindo a política de resseguro da Companhia e gizando um programa anual adequado à protecção dos riscos em carteira age como facilitador da subscrição conforme definido pelo plano estratégico, bem como a gestão corrente de toda a actividade em que o seu apoio seja necessário. O seu painel de resseguradores destaca-se pelo grupo de excelência que representa uma importante mais-valia, face à segurança financeira e à boa imagem que este apoio traduz. Na vertente do negócio internacional, a Lusitania representa, ainda, em Portugal a Royal & Sun Alliance, gerindo os negócios de seguros dos clientes multinacionais desta empresa. Desta parceria são exemplo clientes de grupos internacionais, entre eles, os grupos Ikea, Auchan, Fiat e Volkswagen. A missão mais difícil O equilíbrio entre a Lusitania e os seus resseguradores. O resseguro é protecção; e a protecção é um custo. O segredo de uma boa gestão é a melhor protecção ao mais baixo custo. Um equilíbrio que estabeleça uma óptima relação custo / benefício para a Companhia e um bom resultado global para os resseguradores. O dia a dia do departamento Uma série de pequenos e grandes acontecimentos, desde a comissão indevidamente processada até à grande colocação de um negócio vital. Tudo nos interessa, tudo nos afecta…Se as bolsas descem, os resseguradores podem baixar os ratings; se há um concurso público complicado, que resseguro será necessário, quem poderá apoiar-nos? Se há um abalo sísmico no Japão, os preços da cobertura catastrófica sobem; e se há um sinistro em Portugal? - estamos em frente à televisão ou à internet para identificar participantes e coberturas afectadas. Institucionalmente participamos em reuniões com resseguradores, seminários de formação e encontros internacionais de mercado. O período do ano menos desejado… o último trimestre Os programas de resseguro duram um ano civil, logo, anualmente a história repete-se! De Outubro a Dezembro é uma corrida contra o tempo. Para além do apoio prestado à actividade normal da Companhia e que, nesta época, do ano também ela própria, ganha maior ritmo, é necessário produzir todo o tipo de informação sobre a evolução do negócio, definição de metas para o ano seguinte, reuniões com os resseguradores, negociação de condições até acordo final e, por último, colocação do programa de resseguro. Impreterivelmente em Janeiro todas as responsabilidades têm de estar asseguradas. Nesta época ninguém tira férias! O pior pesadelo O pedido de colocação de uma viagem de elevado capital, às 16h30, de uma sexta-feira. Em Portugal e na Lusitania, o fim-de-semana está eminente; na Europa, com uma hora de avanço sobre Portugal, já é fim de semana…Estará algum ressegurador ainda sentado à secretária? Terá ainda o seu telemóvel ligado? A hora é de ansiedade até que a colocação se concretize. Os maiores receios Um abalo sísmico, um cenário de verdadeira catástrofe onde todos os cálculos, todas as bases de protecção, serão postas à prova... 37 Lusitania Consigo Equipa balcão de Braga “Só com trabalho planeado e organizado se alcança o sucesso e a qualidade de serviço” Fernando Piçarra Reside e é natural de Braga. Está há 18 anos na Lusitania e encara o trabalho do comercial como “gestor 360º”, que conhece todas as facetas do negócio. Evaristo Sérgio Mano da Silva Gerente do balcão de Braga Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem a minha família e os meus amigos Em criança, queria ser mecânico de corridas O meu primeiro emprego ajudante de armazém, numa fábrica de motorizadas (1969/1970) O primeiro ordenado foi gasto em era tão pouco e já foi há tanto tempo que não consigo recordar O meu livro preferido “Papillon” de Henri Charrière A figura pública que mais aprecio Nelson Mandela, pelo exemplo que transmitiu de coragem e resistência O meu clube desportivo Futebol Clube do Porto A música que ainda hoje me faz dançar “Can’t take my eyes off you”, de Paul Anka A minha tradição portuguesa preferida Natal em família Para mim a Lusitania é... distinção Qual é a sua estratégia de liderança que aplica no dia-a-dia junto da sua equipa para alcançar os objectivos traçados? A minha estratégia assenta nos seguintes factores: identificação com as linhas orientadoras da companhia, disponibilidade, monitorização de resultados, acompanhamento, rigor, disciplina e qualidade do serviço. Estando a estratégia definida, cumpre ao líder dar a conhecer a toda a equipa essa estratégia. A equipa deve conhecer os objectivos e ser orientada para o cumprimento dos mesmos, com acompanhamento e monitorização em reuniões periódicas. Que factores ou técnicas considera essenciais para motivar uma equipa? Identificação com a companhia, o grupo empresarial, o código de conduta e política de recursos humanos; reconhecimento do mérito, orientação para os resultados e gosto pela função. Que aspectos considera essenciais a Lusitania comunicar aos seus clientes e mediadores de modo a conseguir a diferenciação no mercado? Rigor e qualidade de serviço, factores fundamentais na diferenciação, num mercado que está vez mais focado no preço. Quais os desafios que um comercial deve estar preparado para enfrentar? O paradigma da actividade seguradora mudou. Hoje o perfil do cliente mudou e as exigências que daí resultam. Um comercial tem que estar aberto e disponível para a mudança e para os novos desafios, sejam de natureza comercial ou tecnológica. Portugalidades equipa balcão de Braga Que qualidades são essenciais a um comercial de sucesso? Um comercial de sucesso deve ser um gestor 360º, conhecendo todas as facetas do negócio e da actividade. Destaco as seguintes qualidades: ser líder, disponível, dinamizador, persistente, honesto, credível, assertivo e focado nos objectivos. Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal preocupação de alguém quando compra um seguro? Os comerciais devem planear, organizar e monitorizar o seu trabalho, sempre focados nos objectivos e na qualidade da assistência comercial. Só com trabalho planeado e organizado se alcança o sucesso e a qualidade de serviço. Como é que os comerciais podem projectar uma boa imagem da Companhia junto de clientes e mediadores? Os comerciais devem estar plenamente identificados com a estratégia e política comercial da companhia, devem conhecer os produtos e tarifários, de modo a que possam dar uma assistência comercial de elevada qualidade aos clientes e agentes, projectando dessa forma uma boa imagem da companhia. Fernando Piçarra A principal preocupação é a protecção dos seus bens e das responsabilidades, considerando ao mesmo tempo a relação custo/beneficio. É fundamental o portfólio de produtos da companhia estar em conformidade com as expectativas do cliente. Qual o seu melhor conselho aos comerciais de modo a que o seu trabalho seja produtivo, organizado e com qualidade de serviço? Anabela Gomes Gestora de Rede Ana Costa Caixa João Rodrigues Comercial Joana Viana Comercial Evaristo Sérgio Gerente Peixoto Cunha Administrativo Rui Magno Comercial Rosário Fonseca Administrativo Armando Sousa Resp. Admin. Balcão 39 Lusitania Consigo Hugo Aires Comercial Rui Gomes Gerente Equipa Fernando Piçarra balcão de Faro Telma Correia Administrativa Rui Fernando Mota Gomes Gerente do balcão de Faro Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem os meus sete cães Em criança, queria ser feliz O meu primeiro emprego foi aos 13 anos a embalar frutos secos O primeiro ordenado foi gasto a comprar uma viola O meu livro preferido “Descubra o seu destino” (Robin Sharma) A figura pública que mais aprecio John Lennon O meu clube desportivo Benfica A música que me faz dançar a que me toca a alma A minha tradição portuguesa preferida comer sardinhas assadas no Verão Para mim a Lusitania é... uma escola “são as pessoas que fazem a diferença, e tal como na vida a confiança é fundamental” Reside em Goldra, Loulé, mas é natural de Lisboa. está há 31 meses na Lusitania e acredita que cada um tem de saber exactamente qual é o seu papel dentro da empresa e procurar fazer sempre melhor. Qual é a sua estratégia de liderança que aplica no dia-a-dia junto da sua equipa para alcançar os objectivos traçados? É aquela que assenta numa gestão democrática. Saber escutar, debater e decidir sempre a favor do interesse do grupo é, para mim, vital. Só um grupo feliz e equilibrado está na posse de todas as suas faculdades necessárias para uma gestão de sucesso. Nos termos que correm é importante pensar positivamente que o mundo que temos à nossa disposição é um mundo de abundância com recursos suficientes para todos e que apenas necessitamos de nos envolver de corpo e alma para retirar com trabalho aquilo a que nos propomos. Não podemos deixar que o medo da escassez condiciona todo o nosso comportamento. Para alcançarmos a nossa plenitude como pessoas os objectivos da nossa vida pessoal e profissional têm de ser ambiciosos e exequíveis, pois essa é a base para um desempenho de excelência. Portugalidades equipa balcão de Faro Cristina Calado Caixa Carlos Videira Administrativo Que aspectos é que a Lusitania deve comunicar aos seus clientes e mediadores de modo a conseguir a diferenciação no mercado? Para nos diferenciarmo-nos da restante concorrência, a nossa notoriedade tem de estar assente principalmente em três pilares: solidez, criatividade e serviço de excelência. Para este último é fundamental que cada um saiba exactamente qual é o seu papel dentro da empresa e assuma que temos continuamente de procurar potenciar as nossas virtudes e corrigir os nossos defeitos. O nosso trabalho é tão importante como o do colega do lado e qualquer decisão, independentemente do departamento, tem repercussões no trabalho de outros colegas. Temos de passar a mensagem da importância do nosso trabalho e ter a responsabilidade e consciência que indirectamente somos um garante do desenvolvimento social e económico do nosso país e da estabilidade da vida familiar. Todos nós (administrativos, comerciais, mediadores) temos que entender que é a excelência do nosso trabalho que faz a diferença. Não acredito que clientes plenamente satisfeitos com a companhia ou o mediador os troquem por pequenas diferenças de prémios. A humildade é uma virtude que deve estar constantemente presente na mente de todos. No dia-a-dia não faz sentido pedir aos outros mais do que pedimos a nós próprios. Fernando Piçarra Quais os desafios que um comercial deve estar preparado para enfrentar? O principal desafio é o da mudança. Não nos podemos esquecer que o universo está em constante evolução e temos que manter um espírito aberto para aceitar e adaptar a nossa existência a todas as novas exigências inerentes ao mundo que nos rodeia. Quem estiver preparado para a mudança tem os alicerces para estar preparado para tudo o resto. Que qualidades são essenciais a um comercial de sucesso? É necessário ser positivo, envolvermo-nos de corpo e alma e acreditar que o nosso trabalho tem um propósito. Em vez de nos focarmos nas dificuldades e no lado negativo, devemos procurar sempre o lado positivo de cada situação. Através da perspicácia, deveremos ter a capacidade de encontrar oportunidades em cada desafio. Devemos olhar sempre para o copo meio cheio. Tal como em tudo na vida, se gostarmos do que fazemos, o nosso desempenho melhora significativamente. Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal preocupação de alguém quando compra um seguro? Rui Batalha Comercial Quando alguém compra um seguro, a principal motivação é a de garantir uma continuidade da qualidade da sua vida e da sua família. A nossa função, como profissionais de seguros, passa por dar a conhecer aos nossos agentes e clientes todos os benefícios que se podem garantir com os nossos produtos e adequar cada um às suas necessidades. Qual o seu melhor conselho aos comerciais de modo a que o seu trabalho seja produtivo, organizado e com qualidade de serviço? O melhor conselho que posso dar é o de se superarem diariamente, tentarem serem bons em tudo o que fazem, tanto na vida pessoal como na profissional. Nesta profissão, são as pessoas que fazem a diferença, e tal como na vida, a confiança é fundamental. Temos que ter sempre presente que 90% do nosso trabalho é na área de relações humanas, o produto que vendemos não é tangível, apenas vendemos uma ideia, daí ser fundamental que as relações interpessoais tenham por base o respeito, a simpatia e o amor que nos diferenciam da mediocridade. Como é que os comerciais podem projectar uma boa imagem da Companhia junto de clientes e mediadores? Comercialmente é muito importante conseguir fazer sentir aos nossos agentes e clientes que podem confiar em nós para lhes resolvermos os problemas; é por isso que uma companhia de seguros vai muito além do que a sua área comercial. Todos os funcionários da companhia são importantes para que a relação entre técnico comercial, agente e cliente se baseie numa confiança sem limites. Para que a imagem que passa para o exterior seja a melhor possível, temos de procurar dar sempre o nosso melhor e estar sempre próximo dos nossos clientes e agentes. A vontade de nos sentirmos úteis tem de ser superior a qualquer sentimento de vaidade ou de remuneração. O todo tem de continuar a ser superior á soma das partes. 41 Lusitania Consigo Rede novidades Campanha 20+20! REUNIÃO COMERCIAL Reunião Comercial da Lusitania A reunião comercial anual da Lusitania, que decorreu no novo auditório da sede da Companhia, ficou marcada pela presença e mensagem do Presidente do Montepio e da Lusitania, Tomás Correia, que sublinhou a importância do esforço profissional contínuo de todos para a prossecução dos objectivos anuais propostos, tanto da Seguradora como do Grupo Montepio. Numa época de conjuntura particularmente adversa, foi ainda sublinhada neste evento a excelente performance e solidez do Grupo Montepio que o destaca no mercado onde se insere. A reunião contou com a participação da Administração, Direcção e Responsáveis dos canais de distribuição Norte e Sul, Gerentes e Gestores Comerciais dos balcões da Companhia. Houve ainda oportunidade de ouvir uma palestra do orador motivacional, Miguel Gonçalves, com o tema da motivação diária para vencer e marcar a diferença no futuro. Estímulo à venda de seguros de acidentes de trabalho A Lusitania lançou a Campanha 20+20! dirigida aos mediadores segmentados em 2012 na Companhia. Trata-se de um desafio com que se pretende estimular a venda do Seguro de Acidentes de Trabalho Conta de Outrem, dentro do Lusitania Plano E+ e aumentar o volume de clientes empresariais. De acordo com um conjunto pré-definido de actividades, todos podem ganhar, clientes e mediadores. Enquanto os mediadores têm direito a uma comissão extra de 20% sobre todas as atividades em Campanha, os clientes podem beneficiar, automaticamente, de um desconto de 20% sobre o seguro de Acidentes de Trabalho, para um conjunto de actividades consideradas preferenciais. Esta acção decorre até 31 de Dezembro de 2012. Portugalidades rede novidades PLANO E+ Conceito inovador REDE COMERCIAL O incentivo das Olimpíadas Na sequência dos Jogos Comerciais, iniciados em 2010, com o Lusitania Grand Prix, este ano a Lusitania aposta nas Olimpíadas Lusitania 2012. Inspirado nos Jogos Olímpicos 2012, que decorrem este Verão em Londres, este jogo comercial pretende dinamizar e incentivar a rede comercial da Lusitania e alguns dos seus principais parceiros de negócio. Os Jogos Olímpicos são um evento competitivo e dinâmico que, por si só, entusiasma e move as pessoas. Com esta associação a Lusitania pretende criar um espírito de saudável competição e de equipa, característico dos Jogos Olímpicos, transpondo-o para a actividade de mediação da Lusitania. A expectativa é que constitua uma mais-valia e que venha potenciar o desenvolvimento do negócio em 2012. Por outro lado, pretendese fomentar o espírito de grupo em torno de cada balcão da Lusitania, bem como reforçar a relação dos principais mediadores com a Companhia. O novo “Plano E+” da Lusitania permite uma gestão simplificada dos seguros num único extracto, o pagamento integrado de todos os seguros do Plano e descontos de subscrição e fidelização. Todas estas vantagens graças ao facto de possibilitar a integração de todos os seguros da família e da actividade profissional num único plano. Ao permitir a gestão centralizada através da emissão de um único extracto mensal, o cliente pode consultar os prémios de seguro a pagamento, descontos, forma de pagamento e fraccionamento dos seguros contratados. O pagamento também pode ser feito de forma integrada: “um valor único, uma só referência, um só pagamento”. Esta solução é inovadora e económica ao proporcionar descontos imediatos. ACIDENTES PESSOAIS Proteger bem-estar, lazer e aventura A oferta integrada de Acidentes Pessoais está agora mais rica com o novo seguro de riscos extra-profissionais, que permite adicionar o nível de protecção adequado à prática de hobbies, realizar viagens de férias ou viver os momentos de lazer, em qualquer parte do mundo. Esta solução tem três opções de coberturas e capitais distintos, adaptáveis aos vários estilos de vida: bemestar, lazer e aventura. É ainda possível incluir este novo seguro no plano “Lusitania Plano E+”, beneficiando de descontos atractivos no momento da subscrição e também na renovação. CARTÕES SÁUDE VIVA E VIVA+ Novo seguro de saúde A oferta de seguros de saúde foi reforçada com a criação dos cartões “Lusitania Saúde Viva e Viva+”, que permitem uma maior oferta e acessibilidade a serviços de saúde com descontos muito vantajosos para os clientes. Acesso direto a uma rede privada de saúde, simplicidade na adesão ao seguro sem necessidade de questionários clínicos e liberdade na escolha de médicos, clínicas e centros auxiliares de diagnóstico dentro da rede de prestadores. Desde 95€ ou 165€ ao ano, e por pessoa segura, abrange o conjunto de coberturas que habitualmente se encontram num seguro de saúde tradicional. No entanto, a Lusitania foi mais longe inovando no serviço de assistência ao cliente. Além da assistência ao lar, é possível ter um apoio adicional em caso de internamento hospitalar, em viagens ao estrangeiro e, ainda, de sugestões de programas para os momentos de lazer passados em família ou amigos. 31 Lusitania Consigo Rede Fernando Piçarra mediadores Pedro Daniel Gomes Agente Principal Lusitania afecto ao balcão de Paço d’Arcos Gerente da Becauseguros Consultores® Reside em Fontanelas, mas é natural de Oeiras. Iniciou o seu percurso no mercado segurador há 24 anos e meio na L’Union des Assurances de Paris. Colabora há mais de 10 an0s com a Lusitania, uma relação que defende assentar numa parceria principal, baseada numa nova excelência e dinamismo na assistência ao cliente não vida e vida. Perfil “fora de horas” Hoje não consigo viver sem o meu filho e sem os meus colegas de trabalho Em criança, queria ser escritor e oceanógrafo O meu primeiro emprego dois meses numa agência de publicidade O primeiro ordenado foi gasto em investimentos no meu novo trabalho em seguros O meu livro preferido “O Alquimista” de Paulo Coelho A figura pública que mais aprecio António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados O meu clube desportivo Real Madrid A música que me faz dançar Hard Rock A minha tradição portuguesa preferida bacalhau com couves na véspera de Natal Para mim a Lusitania é... parceiro principal Portugalidades rede mediadores A primeira sociedade de mediação que fundou foi a Quadrium Seguros, em 2000. Em 2006 estaria a criar o seu actual projecto, a Becauseguros Consultores (BSC®). No primeiro caso, foi motivado, como conta à Lusitania Consigo, pela “emancipação de uma exclusividade já gasta, conhecer o mercado e aumentar a minha capacidade de o poder conquistar”. Quando criou a BSC®, esses motivos foram alargados para a intenção de tornar possível uma exclusividade práctica e efectiva com a Lusitania Seguros, com quem colabora há mais de 10 anos. Uma relação “assente numa parceria principal que me tornasse mais imbatível no mercado e ainda permitisse apresentar uma nova excelência e dinamismo na Assistência ao Cliente Não Vida e Vida.” E assim aconteceu. Qual é a grande mais-valia do serviço que presta aos seus clientes? As principais mais valias do serviço da BSC® objectivam na real fidelização do Cliente e pretendem no essencial que o Cliente consiga de forma imediata diferenciar-nos da concorrência. Assentam, também, na procura constante da excelência no serviço geral prestado, na vontade e disponibilidade permanentes de nunca abandonar o Cliente à sorte, no know-how técnico e comercial dos meus colaboradores e na máxima que sigo há 25 anos de trazer cada cliente para um novo universo de confiança e satisfação apenas possivel cumprindo a fórmula: 1 Mediador <=> 1 Cliente <=> 1 Companhia. Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal preocupação do cliente final quando adquire um seguro? “A principal preocupação do cliente quando compra um seguro é não ser enganado e fazer o melhor negócio possível” A principal preocupação do cliente quando compra um seguro é contratar um serviço ajustado às suas reais necessidades, baseado numa relação de maior qualidade / melhor preço existente. Ou seja, devido a um certo descrédito, o cliente tenta compensar essa realidade com a busca do melhor preço, tanto pela desvalorização dos serviços associados, qualidades do seguro, como dos atributos das Mediadoras e das Companhias de Seguros em geral. Os profissionais da BSC® lutam contra este pensamento vigente. Quanto ao preço, justifico com a importância de ter um consultor de seguros, um funcionário ao dispor, e que, entre os variados serviços prestados, também se inclui a procura do preço mais justo. Aos mediadores, digo-lhes para lutarem para abandonar a mentalidade e postura multimarcas e conseguirem substituí-las por um orgulho e uma reputação de marca, de especialização e de acesso a regalias e ferramentas só acessíveis a um mediador de marca. Que encante e envolva o cliente nesse harmónio de multivantagens e multisserviços e que o faça valorizar o preço em vez de o renegar. Às companhias peço-lhes que reforcem os seus códigos éticos e de conduta de mediação, que sejam mais inclusivas dos seus Mediadores, que os considerem também como seus membros e funcionários, que exijam mais de nós e que valorizem e apostem na exclusividade dos seus vendedores de marca e que por essa via, possam recolher mais facilmente os resultados financeiros que procuram. Se conseguirmos misturar todos estes ingredientes, o preço deverá ser o que menos conta. 45 Lusitania Consigo O que ensina ou aconselha a um colaborador novo que entre para trabalhar na sua empresa e o que não pode faltar a um bom agente de seguros? Ensino-lhe a procurar em si próprio a razão e a responsabilidade de tudo em que intervém. Ensino-lhe e aprendo com ele todas as bem aventuranças, a confiança, a mudança e a liderança. E aquela que estas três irão garantir- a esperança. Como analisa a performance da sua empresa e quais as perspectivas para 2013? A BSC® como escola de vendas e de vendedores, como gosto que nos considerem, nunca está satisfeita com os seus próprios resultados, que, no entanto, têm crescido de forma sólida e sustentada, quer no Ramo Não Vida como no Ramo Vida. No contexto global existente têm de ser considerados como bastante significativos. Em 2012 e 2013 iremos aumentar os nossos ativos, efetivos e estabelecimentos, e procuraremos aproveitar esta crise para multiplicar fortemente os nossos negócios e a nossa ambição em crescer de forma ainda mais rápida e diversificada. Fernando Piçarra Pedro Gomes junto à sua equipa da BSC® Portugalidades rede mediadores “Aproveitando estes tempos conturbados deveríamos conseguir alterar de uma vez a ideia errónea e distorcida que o “mercado” tem do sector segurador” Considero-me grato por estar a viver e a ultrapassar esta crise interna e global actual, que de facto tem contornos excepcionais na sua gravidade, na sua previsível duração futura e nos danos e correcções naturais que a todos nos irá provocar inevitavelmente. Existe um enorme potencial de oportunidades e de regeneração que a mesma constitui e que a mesma possibilita. Se assim é para todas as actividades, penso que para o sector segurador ainda mais esta situação se coloca, e a todos os seus intervenientes devia fazer reflectir. Tantos mitos e tabus, tantas “verdades adquiridas”, tantas “inevitabilidades” e tantas oportunidades perdidas que temos a obrigação de corrigir e varrer da nossa mentalidade. Aproveitando estes tempos conturbados, deveríamos conseguir alterar de uma vez a ideia errónea e distorcida que o “mercado” tem do sector segurador. Fernando Piçarra Como avalia o momento que atravessa a economia portuguesa e o seu impacto no sector segurador? 47 Lusitania Consigo Rede mediadores Perfil “fora de horas” Fernando Piçarra Hoje não consigo viver sem a minha família Em criança, queria ser sacerdote O meu primeiro emprego Técnico Administrativo O primeiro ordenado foi investido na carta condução O meu livro preferido “Equador”, de Miguel Sousa Tavares A figura pública que mais aprecio José Mourinho O meu clube desportivo Benfica A música que me faz dançar “I Need a Hero” de Bonnye Taylor A minha tradição portuguesa preferida Ceia de Natal Para mim a Lusitania é... seriedade e aposta de longo prazo José Jorge da Rocha Fernandes Agente Principal Lusitania afecto ao balcão de Braga Sócio Gerente da Jorge Fernandes – Med. de Seguros (Grupo Medicavado) Jorge Fernandes começou a trabalhar em 1989 em funções administrativas numa empresa de distribuição de produtos alimentares. A entrada no mercado segurador dá-se em 1991 e até 2002 desenvolve a actividade de mediação em parT time. Depois, resolveu dedicar-se em exclusividade à mediação. Tem 21 anos de trabalho no mercado segurador, reside em Alvito S. Martinho e é natural de Ucha, Barcelos. “Essencial é a explicação rigorosa das condições da apólice que estamos a vender” Portugalidades rede mediadores Quando fundou a sua sociedade de mediação e o que o motivou a iniciar o projeto? Inicialmente, o projecto avançou em nome individual. Em 2006, impulsionado pela publicação do DL 144/2006 que veio regular as condições de acesso e de exercício da actividade de mediação de seguros, entendi constituir a JORGE FERNANDES – MEDIAÇÃO DE SEGUROS LDA, como forma de dar resposta às imposições legais que a referida legislação impunha. Além disso, entendi que devia separar, juridicamente, a actividade profissional da vida privada. Em Junho de 2010, demos um novo impulso à empresa, integrando a mesma no Grupo Medicavado Seguros, através da troca de partes sociais detidas por mim e pelo António Varzim Miranda. Com esta permuta, constituiu-se um Grupo capaz de enfrentar as adversidades de mercado. Rentabilizámos a estrutura e ganhámos massa crítica. Seleccionamos os parceiros e apostamos num grupo reduzido de companhias que nos permitem ser competitivos por forma a encontrar a melhor relação preço/qualidade para os nossos clientes. Com as companhias seleccionadas, pretendemos ser parceiros privilegiados em detrimento da possibilidade de dispersar negócio por diversas companhias. Com uma equipa de seis pessoas que se dedicam, em exclusivo, à mediação de seguros, gerimos, em 2011, cerca de dois milhões e duzentos mil euros de prémios totais em Não Vida e Vida Risco, nos quais se inclui receita de contratos em co-mediação. A ligação com a Lusitania é recente. No entanto, fruto da aquisição da REAL SEGUROS pela LUSITANIA a ligação remonta a 1991. Foi daqui que recebi a formação ministrada com vista á realização do exame para inscrição no Instituto de Seguros de Portugal (ISP). Aproveito para deixar um reconhecimento de gratidão a dois colaboradores da Real Seguros, ainda no activo na Lusitania, que me acompanharam ao longo dos últimos anos, em especial a partir de 2002. Ao Sérgio Pereira e ao Júlio Silva ficarei sempre grato pela disponibilidade. Fernando Piçarra Colabora com a Lusitania há quantos anos? Jorge Fernandes e António Miranda Sócios-Gerentes Qual é a grande mais-valia do serviço que presta aos seus clientes? As receitas de qualidade de serviço e fidelização de clientes na mediação de seguros são transversais a todo o mercado. Tentamos marcar a diferença. Assim, em 2009, efectuámos um forte investimento em ferramentas informáticas que nos permitissem fazer um acompanhamento constante da carteira de seguros em gestão. Esta ferramenta permite-nos efectuar: • o controle rigoroso da evolução dos prémios emitidos pelas Companhias, por forma a verificar eventuais desvios nos mesmos, de forma atempada; • o controle rigoroso de recibos em cobrança por forma a evitar anulações sem que o cliente se aperceba das mesmas; • o controle rigoroso do circuito de documentação entre o tomador – mediador – companhia e vice-versa, por forma a assegurarmos que todas as solicitações dos clientes são satisfeitas. Temos perfeita consciência que o contrato de seguro se materializa na ocorrência de um sinistro. Por forma a prestar um serviço de qualidade, neste momento de fragilidade para o cliente/sinistrado, garantimos, em permanência, um colaborador com a função específica de gestão de sinistros. Por outro lado, entendemos que as companhias com quem nos relacionamos deverão ser objecto de um relacionamento franco que permita parcerias duradouras e rentáveis para ambas as partes. É política da empresa acompanhar as Companhias nas melhores fases destas, não descorando esse relacionamento e, se possível, reforçar o mesmo em momentos de maior vulnerabilidade. Recordo-me que, durante todo o ano de 2009, o mercado atacou de forma inapelável a carteira da antiga REAL, tendo sido por diversas vezes aliciado para transferência da carteira para outras companhias. Entendi que, se o fizesse, estaria a ser desleal para quem me acompanhou ao longo dos anos, facto que me levou a recusar diversas abordagens para esse efeito. 49 Lusitania Consigo “Só o conhecimento profundo das condições das apólices de cada seguradora nos permite apresentar a melhor proposta ao cliente” Tendo em conta a sua experiência, qual é a principal preocupação do cliente final quando compra um seguro? Contrariamente ao que é usual afirmar-se no mercado, o prémio não é tudo. É certo que continuará a ser factor relevante na tomada de decisão, mas nunca poderá ser o único factor de decisão. Por um lado, o cliente procura proximidade com o interlocutor e referências de seriedade. Por outro lado, a enorme oferta de produtos e de intermediários existentes no mercado vem baralhar a decisão de aquisição de produtos. Tentamos formatar a carteira de seguros dos nossos clientes em função das expectativas destes. Essencial é a explicação, o mais rigorosa possível, das condições da apólice que estamos a vender. É um desiderato difícil de atingir, em especial quando nos apercebemos que, cada vez mais, os seguros estão a ser objecto de venda massificada, sem que exista o cuidado de abordar, de forma concisa, as coberturas de cada contrato. Entendemos que só o conhecimento profundo das condições das apólices de cada seguradora nos permite apresentar a melhor proposta ao cliente. Quando me refiro à melhor proposta estou não só a referir-me ao preço, mas também às necessidades de protecção específicas de cada cliente. Também por este facto se torna importante a concentração do negócio em reduzido número de parceiros. dos nossos concorrentes, com a maior ou menor conivência por parte dos serviços das diversas companhias a actuar no mercado. A este propósito, aproveito para felicitar a Lusitania, pela implementação do sistema de controlo ligado à Segurnet, que veio terminar com este flagelo que também já nos atingiu, em tempos idos. Entendo que a formação é essencial para um bom desempenho profissional. Todos os nossos funcionários estão habilitados com formação de mediadores de seguros ou PDEAMDS. Legalmente, não estamos obrigados a tal. No entanto, entendemos que essa formação é fulcral para o desempenho das suas funções. Enumere 3 características que não podem faltar a um bom Agente de Seguros Em primeiro, e acima de tudo, seriedade. Seriedade para com o cliente, na apresentação das propostas, na contratação e no acompanhamento dos contratos. Seriedade para com a companhia, no correcto enquadramento de risco e respectiva tarifação. Seriedade para com os terceiros, em especial no que concerne à gestão de sinistros. Competência técnica que nos permita fazer enquadramento correto de coberturas e sinistros. É inadmissível que continuemos a ter sinistros recusados nas companhias por deficiente enquadramento da realidade do risco nas apólices e que, aquando da resolução dos mesmos, se continue a atribuir culpas infundadas às companhias, quando o essencial está no momento da contratualização, onde intervêm o mediador e o tomador - e não a companhia. Disponibilidade para o cliente. Temos a consciência que a grande diferença do canal de distribuição mediação relativamente a canais alternativos, tais como a Banca e os canais directos, assenta na disponibilidade constante por parte da mediação para com o cliente. É certo que esta disponibilidade não pode colidir com a nossa vida particular. No entanto, essa linha de separação entre a vida privada e a disponibilidade para o cliente é, quase sempre, ténue. Geralmente, é a família que acaba por sofrer as consequências. Em especial em relação à minha esposa e à minha filha, estou em claro deficit, facto pelo qual tenho que me penitenciar. O que ensina ou aconselha a um colaborador novo que entre para trabalhar na sua empresa? Como analisa a performance da sua empresa no ano de 2011 e 2012, e quais a perspectivas de desenvolvimento do negócio para 2013? Desde logo, há uma regra básica a cumprir, que tem a ver com o sigilo necessário na nossa actividade. É imperativo que a informação a que temos acesso na nossa relação com as companhias e com os clientes fique dentro das quatro paredes do escritório. Por outro lado, dada a especificidade de cada contrato, recomendo a leitura atenta das Condições Gerais das apólices dos principais ramos, em especial no que concerne a exclusões de cada uma, por forma a adquirirem as competências necessárias ao acompanhamento da carteira de seguros dos nossos clientes. Por último, existe uma regra básica no que toca à aceitação automóvel e ao enquadramento de tabelas Bonus-Malus das diversas companhias. É imperativo que estas tabelas sejam respeitadas religiosamente. Temo-nos apercebido, nos últimos tempos, que tal não está a acontecer com muitos O ano de 2011 foi o ano de consolidação da integração no Grupo Medicavado. Crescemos em todas as variáveis de negócio. Cobramos mais prémios, temos mais apólices em carteira e mais tomadores. Crescemos e consolidamos o negócio. Até finais de Maio de 2012, mantivemos o mesmo ritmo, apesar de se notar um abrandamento desde Abril, em linha com a tendência geral do mercado. A perspectiva é a de manter um ritmo de crescimento até ao final do ano, fruto de um trabalho de prospecção que vem de trás e que nos está a permitir combater as anulações que se vão fazendo sentir, em função das dificuldades económicas que Portugal atravessa. Muito mais difícil é falar de 2013. É um facto que a mediação de seguros tem que evoluir na rentabilidade do negócio. Estamos a tentar agilizar processos Portugalidades rede mediadores de cobrança, em especial através do incremento de débitos directos nas apólices. Por outro lado e porque dispomos de uma base de dados que nos permite ter uma visão integrada do cliente, estamos a fazer um trabalho de caracterização do cliente com vista à detecção de oportunidades de negócio dentro da nossa organização. É sempre mais cómodo fazer prospecção dentro da nossa estrutura. No entanto, não descuramos a prospecção externa, tendo-lhe dedicado uma atenção especial. Outro vector de actuação passa por continuar a estabelecer parcerias de comediação. Trata-se de um caminho que toda a mediação terá que percorrer nos próximos anos, por forma a, por um lado, rentabilizar custos fixos inerentes à actividade e, por outro lado, permitir maior capacidade negocial juntos dos parceiros de negócio. Como avalia o momento que atravessa a economia portuguesa e o seu impacto no sector segurador? Sendo o sector segurador um sector essencialmente prestador de serviços, sofre consequências directas. No que à mediação diz respeito, avizinham-se enormes desafios, dada a fragilidade dos modelos de negócio existentes. As carteiras de seguros estão fortemente assentes em seguros obrigatórios, em especial acidentes de trabalho e automóvel. São estes ramos os que sofrem maior pressão, em virtude da redução, em simultâneo, de massas salariais seguráveis e de frotas automóveis das empresas. Também ao nível dos particulares, as dificuldades inerentes às altas taxas de desemprego levam a redução da carteira de seguros, em especial no que toca aos ramos de saúde e patrimoniais. É já perceptível o aparecimento, no mercado da mediação de seguros, de personagens sem qualquer tipo de formação adequada, a venderem apólices por forma a obterem um rendimento extra. Actuam, sob a capa de falsos PDEAMS ou angariadores encapotados. São entidades que, aproveitando as fraquezas da Lei de Mediação, procuram, numa situação de fragilidade pessoal, encontrar uma fonte de receitas alternativa. Desta forma, pressionam o mercado, criando dificuldades aos operadores instalados. Fernando Piçarra Jorge Fernandes e António Miranda com a sua equipa 51 Lusitania Consigo Observatório energias renováveis Uma análise ao grau de sustentabilidade das energias renováveis com riscos catastróficos Leonor Vieira e Jorge Mafalda* Tendo por base a génese e os princípios que suportam o Ano Internacional da Energia Sustentável que se celebra este ano, declarado pela ONU com o alto patrocínio do seu presidente, Ban Ki-moon, poderemos e deveremos estabelecer uma relação entre os objectivos aí definidos e uma das fontes de energia, a renovável, devido à sua significativa contribuição para o cumprimento deste ambicioso e real propósito, para o qual certamente daremos o nosso contributo. Contudo, e sendo a energia renovável um dos pilares de suporte deste desafio, não a poderemos ter de uma forma sustentável, sem fazermos uma correcta gestão dos seus riscos. Fernando Piçarra a sustentabilidade das energias Portugalidades observatório energias renováveis Este tipo de unidades produtoras está sujeito a riscos cujas consequências poderão assumir dimensões catastróficas, de tal forma que fará interrogar os mais cépticos sobre a fragilidade deste pilar. O raciocínio sobre o risco, não deixa de ser legítimo e objecto de uma maior análise, nomeadamente por força do tipo de equipamentos inerentes a este tipo de unidades, bem como a sua zona de implantação, quase sempre em locais inóspitos e muitas vezes de acessos condicionados. Falamos, por exemplo, dos parques eólicos “onshore” por força da neve e do gelo ou os parques eólicos “offshore” por força das condições marítimas que tornam impossível percorrer as várias milhas que os separam da orla costeira, ou os ventos ciclónicos ou mesmo fenómenos sísmicos com um grau de abrangência quase idêntico em ambos. À semelhança dos parques eólicos, poderíamos aqui referir outras unidades de produção, onde, no grau superior de exposição, estão as relacionadas com a energia das ondas ou das marés e, no inferior, estarão os parques solares fotovoltaicos e térmicos. Da análise destas várias premissas resulta a aparente fragilidade dos equipamentos face ao meio onde estão inseridos, mais o grau de intensidade dos fenómenos da natureza e suas consequências. Certamente se levanta a seguinte questão: como será possível basear uma estratégia de política energética sustentável com este enquadramento? A resposta é fácil de dar porque, negando o que teoricamente não funcionaria, deparamo- -nos com uma realidade baseada no histórico a nível mundial: estes equipamentos têm sido os menos afectados por todas as catástrofes mundiais ocorridas nos últimos anos. Na realidade, deve-se a uma correcta e rigorosa gestão de risco desde o projecto. Esta levada a cabo por todas as equipas de engenheiros que concebem e desenvolvem estes equipamentos numa primeira fase, passando pelo estudo exaustivo das condições naturais dos locais, até à colocação de protótipos à escala real, que são sujeitos a ensaios destrutivos para avaliar todo o comportamento dos materiais que os compõem numa última fase. Desta forma poderemos acreditar que as Energias Renováveis poderão dar Energia Sustentável, mesmo sujeitas a Riscos Catastróficos. *Leonor Vieira Directora da Direcção de Subscrição da Lusitania Jorge Mafalda Técnico analista de risco (APS); especialista em gestão de risco de empresas de energias renováveis e director técnico - comercial na área de corretagem “As energias renováveis poderão dar energia sustentável, mesmo sujeitas a riscos catastróficos” Saiba mais Energias renováveis Todas aquelas a que se pode recorrer de forma permanente, porque são inesgotáveis. Caracterizam-se por terem um impacte ambiental nulo na emissão de gases que provocam o efeito de estufa. Exemplos: Energia Solar, Hídrica, Eólica, Biomassa, Marés, Energia das Ondas e Geotérmica. Energias não renováveis São aquelas cujas reservas são limitadas, ou seja, diminuem à medida que as consumimos. Se se mantiver o modelo de consumo actual, os recursos não renováveis deixarão de estar disponíveis, em resultado da extinção das suas reservas, ou porque a extracção deixará de ser economicamente rentável a médio prazo. São exemplos o Carvão, Gás Natural, Petróleo e Urânio. Podem ser de origem fóssil ou de origem mineral. Energias de origem fóssil Formadas pela transformação de restos orgânicos acumulados na natureza há milhões de anos, como, por exemplo, o carvão, o petróleo e o gás natural. Energias de origem mineral É o caso do urânio, utilizado para produzir energia eléctrica. À medida que as reservas são menores, torna-se cada vez mais difícil a sua extracção e, consequentemente, aumenta o seu custo. 53 Lusitania Consigo Inovação opinião O poder do CoolHunting Luís Rasquilha* A inovação empresarial através da observação dos clientes, indo além do óbvio, é a solução para a crise. É tirar-lhe o s, de crise para cri e. s O que é o CoolHunting? É o registo metódico e disciplinado de acontecimentos humanos, sociais, políticos, relacionais, que permitem a identificação de oportunidades de negócio e antecipação das necessidades dos consumidores. É ainda a base da identificação das tendências. Poderia começar este artigo por enumerar as dificuldades que enfrentamos na nossa realidade actual. Daria para bem mais que os 6.000 caracteres que me pediram. Mas não. Entendo que, mais importante do que as dificuldades, são as oportunidades que poderemos identificar em cada uma dessas dificuldades. Estamos num momento único da nossa História. Onde tudo o que aprendemos e com o que nos habituámos a lidar está posto em causa. Nunca, na História de um país, os desafios foram tão grandes e cheios de incerteza, mas também cheios de potencial de sucesso. Às empresas pede-se reinvenção, aos profissionais superação. Chegámos ao ponto de viragem onde o que vai ditar o sucesso ou o insucesso das organizações depende directamente de duas dimensões: o capital de conhecimento e a capacidade de o aplicar de forma inovadora. O futuro é disso que trata – de capacidade inovadora. E inovação não é propriedade apenas de alguns, fechados dentro de uma sala inacessível, onde o que lá se passa fica no reduto de uma reduzida cúpula empresarial. Quisemos durante anos dotar a inovação de um secretismo e de uma fórmula que fizesse dela propriedade de alguns e desconhecimento de outros. Esquecemo-nos das perguntas mais importantes: O que é inovação? De onde ela vem? Quem a pode potenciar? Na empresa onde trabalho e na função global que tenho, lido em muitos países com esta realidade de que a inovação é só de alguns. E muitas vezes questionam-me: pode a inovação ser o DNA de empresas estabilizadas e rotineiras? Podem as pessoas, independentemente da sua função ou posição hierárquica, potenciar a inovação? Podem as PME serem motores de inovação? A grande resposta não é se podem. É se querem! Queremos ou precisamos? Aqui reside a questão. Por inovação entendo um conceito simples e aplicável diariamente nas empresas: “Inovação é igual a Ideias Novas em Acção”. Portugalidades inovação opinião Inovar é trazer algo novo, capaz de ser implementado e que possibilite retorno de investimento (financeiro, humano e de tempo). É disto que as empresas precisam e que os profissionais têm de criar – novas ideias capazes de serem implementadas. Perguntei, além do que é inovação, de onde vem a inovação e quem a pode potenciar. Se inovar é produzir ideias e se as ideias são o activo mais precioso que um ser humano tem, então ela vem de todos os colaboradores de uma empresa. Mais do que um departamento, a inovação é parte integrante do Ideation (produção de ideias) de todos quantos, no dia-a-dia, fazem uma empresa acontecer. E ideias é o que todos temos de forma permanente – seja a dormir, a conduzir, a tomar banho, a almoçar, no cinema, no shopping ou a ver TV. Ideias, ideias, ideias – o activo dos vencedores, daqueles que não se conformam e não se deixam abater pelas adversidades. Ideias – o que pode fazer a diferença entre o sucesso e o insucesso, a alegria ou a tristeza. Acima de tudo o que pode fazer com que possamos (e queiramos) ultrapassar esta realidade que nos afecta e demonstrar mais uma vez que sabemos fazer História. Se a inovação é responsabilidade de todos, existem aqueles que, por estarem em contacto directo com os clientes, assumem um papel fundamental na produção deste «ideation». Comerciais, mediadores, gestores de clientes, pós-venda, e demais profissionais que diariamente contactam com o único activo que faz uma empresa ter sucesso – os clientes. São eles que conhecem, observam, registam, resolvem, propõem… São eles quem melhor do que ninguém sabem as expectativas, os desejos, as necessidades e, mais importante, o estado de alma dos clientes. São estes clientes o mais importante banco de dados de uma empresa. São estes clientes que dizem o que querem e de que precisam, mas também nos dão pistas preciosas de como esperam que as empresas os atendam e os satisfaçam. Conhecem empresas de sucesso que não estão orientadas para e pelos seus clientes? Eu não. Por isso, pelo facto de quem potencia a inovação (a produção de ideias) serem aqueles que diariamente contactam com os clientes há que motiválos à inovação. Há que fazer com que eles, ao observarem o comportamento dos seus clientes, possam registar dados e encontrar oportunidades de negócio que vão além do que o manual de vendas manda fazer. Superação, lembram-se? Observar e procurar além do óbvio Clientes são pessoas. E pessoas são, por definição, esquizofrénicas e mentirosas, porque quando questionadas sobre algo preferem responder utilizando o lado esquerdo do cérebro (o objectivo, racional, detalhista) raciocinando sobre o que queremos ouvir, o que, na grande maioria das vezes, não é reflexo do seu comportamento (orientado pelo hemisfério direito do cérebro – o sonhador, criativo, emocional). Mais do que então “O futuro passa por encontrar as ideias «cool» que possam guindar as empresas para novas realidades” questionar, há que observar. Observar de forma incessante. Observar de forma fundamentalista. Observar e procurar além do óbvio. Fazer aquilo que definimos como CoolHunting. A caça do «cool». E por «cool» entendemos tudo o que é atractivo, inspirador e com potencial de crescimento. O que é o «CoolHunting»? É o registo metódico e disciplinado de acontecimentos humanos, sociais, políticos, relacionais, que permitem a identificação de oportunidades de negócio e antecipação das necessidades dos consumidores. É a base da identificação das tendências. Uma tendência é um processo de mudança que resulta da observação do comportamento dos consumidores e que origina a criação e o desenvolvimento de novas ideias: de negócio, de produto ou serviço, de marca ou de acção. É um processo de mudança comportamental que está assente em mentalidades emergentes e que é suportada, posteriormente, em interpretações passíveis de gerar «insights» capazes de serem convertidos em negócios. «Insight» é tudo o que, do ponto-de-vista do consumidor, traz uma nova e relevante forma de ver, criar, produzir e vender uma companhia, marca, produto ou serviço. De produzir uma ideia. É disso que trata o futuro de sucesso. Encontrar as ideias «cool» que possam guindar as empresas para novas realidades além das que vivemos hoje. Só os clientes, mesmo sem o saberem de forma consciente, nos podem dar essas respostas. Olhar os clientes com olhos «cool» é o melhor bálsamo para o crescimento e para a inovação empresarial. E que melhor solução para a crise do que olharmos de forma «cool» para o futuro? E a solução é simples e centrada nas ideias. É tirar-lhe o “s” – de crise para crie. * Luís Rasquilha CEO da AYR Consulting, Trends & Innovation CMO da IBT, The Realtime ® Web Company [email protected] 55 Lusitania Consigo LusitaniaMar grandes parceiros Naveiro, transportes marítimos Transportes Marítimos Entre os clientes da LusitaniaMar figura o mais importante armador nacional de transporte marítimo, a Naveiro Com uma tonelagem total de 30.212 gt. e doze navios, todos com nomes de cidades portuguesas, Guimarães, Coimbra, Viseu, Lamego, Leiria, Tomar, Ovar, Penafiel, Silves, Portalegre, Chaves e Porto, navios que têm, no seu conjunto, uma idade média de 6,5 anos - indicador que bem ilustra a qualidade da frota – sendo ainda de salientar que nenhum dos navios se Sede Social Estoril Administrador-Delegado Dr. Luís Pinheiro Chagas Volume de negócios 24.000.000 € Nº de Trabalhadores 88 (tripulações e administrativos) www.naveiro.pt encontra em “Time-Charter” ou seja, todos são propriedade da empresa armadora e de bandeira nacional. Dirigida pelo Dr. Luís Pinheiro Chagas, a NAVEIRO contribui, de forma importante, para a criação da riqueza nacional, constituindo na contemporaneidade um grande continuador das tradições da Marinha de Comércio Nacional. Navio Penafiel Ano de construção: 2007 Tonelagem bruta (T.A.B.): 2956 t Comprimento: 90 m Lorem ipsum dolor sit amet consectetuer adipiscing elit Aliquam feugiat tellus. Na próxima edição O maior grupo português de operação portuária Grupo ETE Fundada em 1961 Portugalidades LusitaniaMar grandes parceiros Navio Joana Princesa Ano de construção: 1969 Tonelagem bruta (T.A.B.): 1920 t Comprimento: 72,53 m Grupo Silva Vieira Empresas que integra Pescave, Soc. de Pescas Silva Vieira, Pescarias Rio Novo do Príncipe, Soc. de Pesca Novo Horizonte, Verde Mar pescas Um dos grandes parceiros na área das pescas é o Grupo Silva Vieira O Grupo Silva Vieira, pela sua representatividade, dimensão e pelo seu grande contributo para a economia nacional, integra o núcleo dos principais armadores de pesca portugueses. Com seis navios de grande tonelagem, esta empresa, fundada em 1979, é presidida por António Silva Vieira, um grande empresário português e um ilustre Aveirense, com uma longa Fundada em 1979 Sede Social Aveiro Presidente António Silva Vieira Volume de negócios 12.211.667€ Nº de Trabalhadores 230 carreira profissional ao serviço das pescas e do país. A Lusitania homenageia neste número, na sua pessoa, não apenas o Grupo Silva Vieira mas, todos os armadores da pesca nacionais, sector que contribui, decisivamente, para o progresso e bem estar da nossa comunidade. Na próxima edição Conheça o Grupo Testas e Cunha 2º LUGAR NO RANKING DE TRANSPORTES 21% DE QUOTA DE MERCADO Uma marca Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. Rua de S. Domingos à Lapa, 35 1249-130 Lisboa PORTUGAL T (+351) 211 127 660 (Dias úteis - das 08h30 às 19h30) F (+351) 213 973 164 Email [email protected] www.lusitaniamar.pt Capital Social € 26.000.000 Pessoa Colectiva n.º 501 689 168 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa UMA NOVA FORMA DE VER O MAR! . . Armazéns e Instalações de Apoio Casco, Máquinas e Responsabilidade de Navios Estaleiros Navais e Riscos Associados Marinas de Náutica de Recreio Náutica de Recreio e Actividade Marítimo Turística Navios e Embarcações de Pesca Portos e Terminais Transportes Tripulações, Pessoal de Terra e Administrativos . . . . . . A informação constante não dispensa a consulta da informação pré-contratual e contratual legalmente exigida. Lusitania Consigo Comunidade solidariedade Voluntariado Acção de requalificação junta 22 colaboradores da Lusitania A CERCICA, Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais, convidou os colaboradores voluntários da Lusitania para participarem na requalificação do espaço envolvente do edifício das Terapias Assistidas com Animais, nas suas instalações, no Estoril. Este edificio foi também uma obra apoiada pela Fundação Montepio e pela Lusitania. A acção de voluntariado aconteceu no dia 6 de Junho, data em que a Lusitania fez 26 anos de actividade, e foi inserida no âmbito da inauguração daquele edifício. Nesta iniciativa participaram, 22 colaboradores da Lusitania, bem como alunos e técnicos/ formadores da CERCICA. As actividades foram executadas por todos, com o máximo de empenho e boa disposição, sendo de realçar que o contacto com a Instituição e com as pessoas que dela fazem parte foi extremamente enriquecedor e gratificante, despertando a consciência dos presentes nesta iniciativa para uma realidade com que poucos estão familiarizados. Voluntariado Montepio e Lusitania reeditam Prémio Voluntariado Jovem No Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações, a Fundação Montepio e a Lusitania – Companhia de Seguros reeditam o “Prémio Voluntariado Jovem Montepio”, no valor de 25 mil euros. Na concretização desta missão, a Fundação Montepio e a Lusitania – Companhia de Seguros, lançaram a segunda edição do “Prémio Voluntariado Jovem Montepio”, iniciativa destinada a reconhecer, promover e divulgar o voluntariado jovem e as suas actividades e a estimular a apresentação de projectos inovadores ou apoiar a continuidade de projectos já em curso. As organizações que se candidatam a esta iniciativa ficam habilitadas a um prémio que lhe está associado, no valor de 25 mil euros. A entrega do prémio será realizada no mês de Setembro, em sessão pública de apresentação das cinco candidaturas finalistas. Lusitania envolve-se na comunidade Alicerçada em valores humanistas desde a sua fundação, a Lusitania procura desenvolver um papel preponderante junto da sociedade. Mantendo uma política de responsabilidade social, a Companhia tem vindo a apoiar diversas entidades em iniciativas de interesse comunitário, com preponderante destaque nas áreas de carácter solidário e cultural. São várias as associações que a Lusitania tem vindo a apoiar. Portugalidades comunidade solidariedade GRACE ACREDITAR Aproximar as empresas da sociedade Apoiar associações que fazem a diferença A Lusitania associou-se ao Grace, grupo de reflexão e apoio à cidadania empresarial, para partilhar, construir e agir, envolvendo-se em actividades de índole social, ambiental, económica, informativa e formativa. Esta associação, sem fins lucrativos, foi formada em 2000 por um conjunto de empresas ligadas pelo interesse em aprofundar o papel do sector empresarial no desenvolvimento social. O Grace é pioneiro na reflexão, promoção e desenvolvimento de iniciativas de responsabilidade social empresarial. Saiba mais em www.grace.pt. A Lusitania desde 2005 que apoia a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. Acredita assim que a colaboração das empresas nestas áreas de intervenção são essenciais e podem fazer a diferença. Através da Internet, é possível divulgar o trabalho desta associação junto de milhares de pessoas em todo o mundo. Ajude a divulgar a associação Acreditar colocando o link desta organização na sua página na Internet. Saiba mais em www.acreditar.org.pt. 61 Lusitania Consigo Comunidade desporto Hipismo Lusitania em evento equestre internacional Lisboa recebeu, nestes quatro dias, os melhores cavaleiros nacionais e internacionais na 92ª edição do Concurso de Saltos Internacional Oficial (CSIO). Este ano, o concurso integrou três provas que contaram para o Ranking Mundial FEI, e o Grande Prémio foi qualificativo para os Jogos Olímpicos de Londres 2012 e para o Campeonato da Europa em 2013. Apoio ao Desporto Associando-se a profissionais em ascensão e a eventos desportivos com notoriedade em várias modalidades, a Lusitania apoia, por exemplo, o automobilismo, o atletismo, o ténis, a vela e o hipismo. De 31 de Maio a 3 de Junho, no Hipódromo do Campo Grande, em Lisboa, a Sociedade Hípica Portuguesa organizou novamente a 92ª edição do CSIO. O CSIO continua a ser um acontecimento de referência no calendário equestre internacional, sendo o evento mais antigo do mundo realizado no mesmo local. Uma vez mais a Lusitania marcou presença neste evento como seguradora oficial do CSIO em Lisboa. Destaca-se também a prova de saltos designada “Lusitania Seguros” com um prize money de 10.000€. Em vésperas de Jogos Olímpicos marcou presença cerca de uma dezena de equipas, que disputou provas ao mais alto nível preparadas pelo Course Designer Bob Elis – responsável pelos percursos hípicos de Londres 2012. O cavaleiro Luís Sabino Gonçalves fez história neste 92º CSIO de Lisboa, ao vencer o Grande Prémio AUDI, onde o Prize Money de 40.000 euros foi disputado até ao último momento. O primeiro lugar foi atribuído ao cavaleiro português que, com Imperio Egipcio Milton, terminou a segunda mão em 47’ sem penalidades. O conjunto espanhol Eduardo Alvarez Aznar e Rico Revel conquistaram a segunda posição, com um percurso sem faltas em 47.41’. O terceiro lugar foi arrecadado pelo cavaleiro Marlon Zanotelli, do Brasil, e a sua montada Ode des Roches, que concluíram a prova em 48.24’ sem faltas. Portugalidades comunidade desporto VELA Patrocínio à embarcação Super Açor ATLETISMO Mantendo a tradição da ligação ao mar, a Lusitania apoia, na modalidade de vela, a embarcação Super Açor. A equipa que veleja esta embarcação participa em diversas regatas de vela mediáticas que se realizam a nível nacional ao longo de todo o ano. Nas regatas em que participa, é velejada por equipas competitivas, em que constam diversos velejadores olímpicos e internacionais. Apoio a clube de alta competiçao onde se destacou a sua atleta olímpica Pela primeira vez, o Clube Oriental do Pechão, apoiado pela Lusitania, conquista um título colectivo em atletismo feminino (Campeãs Nacionais da 3ª Divisão, em Pista). No próximo ano, espera ter as duas equipas - feminina e masculina - no final de Clubes. Foi ainda eleito Clube do Ano em 2011, no Algarve, sendo uma instituição que trabalha desde a formação à alta competição, possuindo nas suas fileiras vários campeões nacionais nos escalões jovens. Ana Cabecinha é uma atleta olímpica do Clube, que, ainda muito jovem, iniciou o seu percurso desportivo no atletismo, como forma de recuperar de uma fractura numa perna. Cedo foram reconhecidas grandes qualidades a Ana Cabecinha, que, aliadas ao seu esforço e dedicação, lhe têm permitido alcançar título após título, o mais alto patamar desta modalidade. A sua excelente prestação ao longo das diversas provas de Atletismo garantiu-lhe a sua presença nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, onde terminou na 9ª posição a prova de 20 km marcha registando 1:28.03 horas, a sua melhor marca da temporada. Ana Cabecinha é uma referência na marcha atlética nacional e internacional e as suas vitórias têm sido inspiradoras para muitos jovens. VELA Seguradora oficial do Clube Naval de Cascais Desde o início deste ano, a Lusitania é a Seguradora Oficial do Clube Naval de Cascais (CNC), instituição com um papel preponderante no desenvolvimento dos desportos náuticos em Portugal, com especial relevo na vela. Com este apoio, os sócios do CNC têm acesso a um conjunto de vantagens e condições preferenciais na subscrição de seguros de embarcações de recreio da Lusitania, assegurando, de acordo com as suas necessidades e a um preço competitivo, a melhor protecção à sua embarcação. Esta parceria com o CNC vem ainda potenciar a notoriedade da marca da seguradora do Grupo Montepio, uma vez que alia entidades de forte prestigio a actividades desportivas de elevada qualidade e profissionalismo. 63 Lusitania Consigo Conhecer Leiria Importante centro urbano, a cidade de Leiria é sede de um município com uma gastronomia variada e historicamente rico Leiria é o centro de uma região que junta à agricultura e à pecuária tradicionais várias indústrias: moldes, alimentos compostos para animais, moagem, serração de madeiras, resinagem, cimentos, metais, cerâmica, plásticos, serração de mármores, construção civil, comércio e turismo citadino e ambiental. O concelho recebeu o primeiro foral de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, em 1142, sob o nome de Leirena. Foi uma das cidades escolhidas para fazer parte do Euro 2004, e graças a isso o seu estádio municipal sofreu uma grande remodelação. Com uma gastronomia variada, em que predominam os cheiros e sabores do mar em contraste com a cozinha serrana e com tradições reconhecidas, o concelho é historicamente rico, como o testemunham o castelo da cidade e o Santuário de Nossa Senhora da Encarnação. Além do Castelo, ex-libris da cidade por excelência, existem atualmente quatro espaços museológicos que merecem uma visita: Museu da Imagem em Movimento, o Moinho do Papel, o Agromuseu Municipal Dona Julinha e o Centro de Interpretação Abrigo do Lagar Velho Lapedo. Leiria dispõe ainda, na sua região, das Termas de Monte Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da mata municipal de Marrazes. Perto estão as históricas cidades de Coimbra, Tomar, Torres Novas e Santarém, e alguns centros urbanos como Entroncamento, Ourém, Abrantes e Rio Maior. Os portos da Figueira da Foz e de Peniche estão à distância de cerca de 50 e 80 km, respectivamente. Destaque para a feira anual, realizada entre os dias 1 e 25 de Maio, que integra as tradições da região. O feriado municipal é no dia de Nossa Senhora da Assunção, a 22 de Maio. Seguindo a estratégia comercial de implementação de balcões da Companhia, a «Lusitania Consigo» inicia a viagem por Leiria, primeiro balcão da Companhia instalado após a sua fundação. Portugalidades conhecer Leiria Lusitania em Leiria Balcão inaugurado em 1987 Luís Coelho Gerente do Balcão de Leiria Há 25 anos na Lusitania Natural de Porto de Mós Hoje não consigo viver sem os outros O meu livro preferido vários Figura pública que mais aprecio D. Afonso Henriques A minha tradição portuguesa preferida corridas de touros e fado Dicas dos nossos mediadores Credimedia Seguros Há 20 anos com a Lusitania Teresa Pires Natural da Figueira da Foz Elemento vital Há 3 anos com a Lusitania Helder Fonseca de Sousa Natural da Alemanha crespo Seguros Há 5 anos com a Lusitania Gastão Crespo Natural do Souto da Carpalhosa Onde ficar Onde saborear Tromba Rija, Casarão e Matilde Noca Castelo de Leiria , Termas de Monte Real, Santuário de Nosso Senhor dos Milagres e a Praia do Pedrogão pela água, areia e arte “xávega” A minha tradição portuguesa preferida Santos Populares Para mim a Lusitania é... credibilidade A minha tradição portuguesa preferida Fado Para mim a Lusitania é... parceiro A minha tradição portuguesa preferida Arroz de Marisco da Praia da Vieira (uma das 7 maravilhas da Gastronomia Nacional) Para mim a Lusitania é... certeza Hotel Eurosol Leiria Não pode perder 65 Lusitania Consigo Conhecer Lisboa Cidade iluminada O Tejo e o Sol fazem da capital portuguesa um espelho de cor, em que a beleza e singularidade arquitectónica não passam despercebidas Em Lisboa são muitas as experiências que atraem turistas. Caminhar por uma Lisboa com mil anos de história, rica em monumentos, bairros característicos onde a cidade nasceu e permanece a mais genuína. O Bairro Alto é um dos bairros mais paradigmáticos e atraentes para viver a cidade. Típico e popular, o Bairro Alto possui imensos rasgos de modernidade, com lojas de roupa e de design e bares. A zona do Carmo, vizinha do Chiado, tem alguns pontos fascinantes da história da cidade, como o Convento e a Igreja do Carmo, que mantém a elegância e a imponência. Se foi no Castelo que tudo começou, a história encontra-se em toda a cidade. Com mil anos Lusitania em Lisboa Balcão inaugurado em 1987 Paulo Tomás Gerente do Balcão das Amoreiras (Lisboa) Há 3 anos na Lusitania Natural de Lisboa Hoje não consigo viver sem a minha família O meu livro preferido 1984, George Orwell Figura pública que mais aprecio Oscar Schindler A minha tradição portuguesa preferida corridas de touros de História, Lisboa está repleta de monumentos de grande importância, que traduzem alguns dos momentos mais importantes da História nacional. Capital de Império, Lisboa teve o seu expoente máximo de riqueza, na época dos Descobrimentos, assegurando um património único de uma beleza rara.Visitar a Lisboa do Tejo com uma zona ribeirinha devotada ao lazer e que liga a monumental zona de Belém até ao moderno Parque das Nações. Divertir-se em noites animadas sem horas para acabar. Tirar partido de uma Lisboa mais desportista com o golfe e o mar aqui tão perto. Usufrua dos seus parques, jardins, miradouros, cafés e esplanadas. Portugalidades conhecer Lisboa Dicas dos nossos mediadores Paulo Lopes Pereira Há 3 anos com a Lusitania Paulo Lopes Pereira Natural de Lourenço Marques Onde ficar Hotel Tivoli A minha tradição portuguesa preferida Fado Para mim a Lusitania é profissionalismo QSR - Med. Seguros Há 9 anos com a Lusitania João Atanásio Natural de Lisboa Onde saborear Bandeira Azul na Costa da Caparica, Clube dos Jornalistas e o Valério em Campo de Ourique A minha tradição portuguesa preferida Fado Para mim a Lusitania é... solidez Nuno Silva Há 2 anos com a Lusitania Nuno Guerreiro Silva Natural de Lisboa Não pode perder Alfama, Castelo de São Jorge e Mosteiro dos Jerónimos A minha tradição portuguesa preferida corridas de touros Para mim a Lusitania é... única 67 Lusitania Consigo Meu tempo literatura tradicional Cancioneiro português e de Loulé A tradição pode ajudar-nos a mudar de uma vida marcada pelo ter para uma vida marcada pelo ser, pelas coisas simples e pelos afectos - esta é a visão das autoras da obra aqui analisada Há em Portugal muitas colecções de poesia oral a que, regra geral, se dá a designação de cancioneiros. Há-os, em edições autónomas ou incluídos em etnografias e monografias, regionais (transmontanos, minhotos, alentejanos, algarvios, por exemplo), ou locais, como Vila Real, Mondim de Basto, Vila Nova de Gaia, e Arouca. Mas são raros os cancioneiros que incluem as diversas áreas da poesia oral lírica; e também são escassas as colecções que mostram rigor na recolha e na ordenação dos textos, ou que referem elementos sobre os informantes e sobre as circunstâncias da recolha. Daí a importância do Cancioneiro de Loulé, rico na quantidade e na qualidade dos textos, exemplar no modo como os organiza, e, por isso, modelo a seguir noutras recolhas de campo e posterior arrumação e publicação. Devemos salientar que é caso raro ou único entre nós o cruzamento de textos do cancioneiro popular português com as versões e variantes de outros cancioneiros portugueses. E também não nos ocorre outro caso de tanto respeito por cada um dos informantes. Neste Cancioneiro, há vários cancioneiros: há o cancioneiro de todos e o cancioneiro de cada um, porque se optou por mostrar o repertório de cada pessoa. Carlos Nogueira* Ler sobre tradições portuguesas Romanceiro da Tradição Oral Recolhido no âmbito do Plano Trabalho e Cultura dirigido por Michel Giacometti Sinopse: Michel Giacometti, era um etnomusicólogo francês cuja saúde e trabalho o haveriam de trazer a Portugal em 1959. Juntamente com o compositor Fernando LopesGraça, tornou-se incontornável nos estudos sobre a cultura tradicional portuguesa. Autores: Ana Maria (II vols.), Edições Colibri Editora: Edições Colibri Artes de cura e espanta males Espólio de medicina popular de Michel Giacometti Sinopse: O formidável espólio que ainda hoje se encontra no Museu da Música Portuguesa trazido à luz do dia. Sobre a riqueza etnográfica das rezas, ladainhas e orações. Autores: A. Almeida, A. Guimarães, A. Magalhães Editora: Gradiva, Câmara Municipal de Cascais, IELT Portugalidades meu tempo literatura tradicional O que é muito interessante, já que nos permite ver o que predomina em cada um dos informantes: o amor, a alegria, a tristeza, o riso, a crítica, a religiosidade, etc. Esta técnica não prejudica a organização em grandes grupos e subgrupos, nem a consulta do volume, que está enriquecido por índices de grande utilidade. Testemunho das músicas vocais O cancioneiro da tradição oral é comunicação, pensamento, arte; é emoção, corpo, espiritualidade, sublimação de aspirações, de misérias, alegria e tristeza. As autoras sabem isto muito bem e por isso é que não só recolheram e organizaram os textos com tanto cuidado, como ainda, quiseram deixar o testemunho das músicas vocais que os acompanham. Os cancioneiros impressos sempre nos vieram recordar que há cancioneiros orais e, num espírito de modernidade que reconhece o valor da tradição oral, sempre vieram contribuir para a sua nobreza e riqueza. Este é um cancioneiro moderno ainda num outro aspecto técnico e estratégico: inclui um CD que nos vem lembrar que a poesia oral se fixa por escrito e que, enquanto poesia escrita, se oraliza. Na poesia do cancioneiro, encontramos tudo o que sempre preocupou o ser humano, os grandes escritores e pensadores: a relação homem e mulher, os enigmas do amor e da morte, o humor, a ironia, o riso, a linguagem concisa e poética, que apela aos sentidos e ao pensamento, à razão e à emoção. Grande conhecedora da literatura oral, do seus temas e dos seus motivos, das suas linguagens e dos seus contextos, Maria Aliete Galhoz, no “Prefácio”, acentua que este Cancioneiro, qualquer cancioneiro, ajuda a proteger o “perfil ecológico da ecúmena” (p. 18), isto é, da grande casa que habitamos: a Terra. Em finais do século passado, Maria Aliete Galhoz escrevia, na “Nota explicativa” do seu «Pequeno Cancioneiro Popular» (Lisboa, Contexto Editora, 1997), que “Todo o cancioneiro popular é coerente na sua expressão Cancioneiro Tradicional Português Recolha de Cantigas e Romances Sinopse: Para que as nossas tradições não se percam.Um itinerário completo e documentado pelo mundo da música tradicional portuguesa Autores: José Ruivinho Brazão, Nelson Conceição Editora: Casa das Letras “Qualquer cancioneiro ajuda a proteger o perfil ecológico da Terra.” total da natureza do homem integrado no Cosmos, relacionado numa sociedade, confrontado consigo mesmo” (p. 7). Com este Cancioneiro, Idália Farinho Custódio e Maria Aliete Galhoz dizem-nos que deveríamos saber aproveitar os ensinamentos da tradição que nos podem ajudar a mudar de vida: de uma vida menos marcada pelo ter e mais marcada pelo ser; uma vida mais voltada para as coisas simples, para a Natureza e para a natureza das palavras, para os afectos, e menos voltada para o material, a aparência. Porque “Não há luz como a do sol, nem água como a da chuva, nem pão como o do trigo, nem vinho como o da uva.” (p. 280) * Carlos Nogueira Investigador do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional (IELT) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Cultura Popular Portuguesa Práticas, Discursos e Representações Sinopse: Prémio CES 2007 Jovens Cientistas Sociais de Língua Oficial Portuguesa Autora: Clara Sarmento Editora: Biblioteca das Ciências Sociais - Edições Afrontamento 69 Lusitania Consigo Portugal desconhecido A ponte e a torre de Ucanha Exemplar único da arquitetura viária medieval, a Ponte de Ucanha na zona de Viseu, era uma torre defensiva e que servia também para cobrança das portagens. Pedro Cabral Economista Mediador em Tarouca Há 8 anos com a Lusitania Fernando Piçarra Concelho: Tarouca Distrito: Viseu Portugalidades Portugal desconhecido ponte tipo sela devido ao ângulo obtuso do tabuleiro, apoiada em três arcos quebrados, protegida por talhamares. possui referências documentais desde o início do século XIII 71 A torre e a ponte de Ucanha localiza-se na freguesia de Ucanha, concelho de Tarouca, distrito de Viseu, em Portugal. Está classificada pelo IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) como monumento nacional desde 1910. Existem três razões para a construção da ponte e da torre de Ucanha, lançadas sobre o rio Varosa e Barosa: defesa, à entrada do couto monástico de Salzedas, armazenamento de mercadorias, e cobrança fiscal. De planta quadrada, a torre, com porta de acesso bem acima do nível do chão, tem vinte metros de altura e dez de cada lado da base, onde se encontra a seguinte inscrição “Esta obra mandou fazer D. Fernando, abade de Salzedas, em 1465”. Exemplar único, que preserva raras características da arquitectura viária medieval, era uma torre defensiva, que servia também para cobrança das portagens. O pagamento do imposto de “portagem”, em dinheiro ou géneros, para quem se aproximava ou atravessava um território foi, durante a Idade Média, uma importante fonte de rendimentos para os respectivos proprietários e senhores. A imposição destas portagens nem sempre foi pacífica pelo que estas pontes obrigavam à presença de homens de armas para assegurarem Fernando Piçarra a torre da ucanha é um exemplar único da arquitectura medieval não só uma eficaz fiscalização, como a cobrança das portagens. Esta presença militar acabou, em muitos casos, por se materializar em estruturas defensivas, nomeadamente torres, construídas sobre o próprio tabuleiro da ponte ou numa das suas extremidades. Embora existam documentos históricos que nos ilustram a existência destas estruturas defensivas, a verdade é que, se excluirmos um ou outro raro vestígio em adiantado estado de degradação, apenas uma dessas torres chegou aos nossos dias: a da Ponte de Ucanha. Esta ponte terá sido uma fonte de rendimento para o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, já que constituía uma das entradas do couto monástico dependente deste mosteiro cisterciense. A ponte, com cinco arcos aguçados e típica configuração medieval, na qual o tabuleiro surge em forma de cavalete ou sela, possui referências documentais desde o início do século XIII, mas remontará seguramente a épocas anteriores. Portugalidades Fernando Piçarra Portugal desconhecido 73 Seguro de Acidentes de Trabalho da Lusitania, 2002 Ilustração de Augusto Cid LUSITANIA SEMPRE CONSIGO! SEDE LISBOA - LAPA BALCÃO GUARDA BALCÃO SANTA MARIA DA FEIRA BALCÃO ALMADA BALCÃO GUIMARÃES BALCÃO SANTARÉM BALCÃO AMADORA BALCÃO LAMEGO BALCÃO SETÚBAL BALCÃO AVEIRO BALCÃO LEIRIA BALCÃO SINTRA BALCÃO BRAGA BALCÃO LISBOA - AMOREIRAS BALCÃO TORRES NOVAS BALCÃO BRAGANÇA BALCÃO LISBOA - LAPA BALCÃO VIANA DO CASTELO BALCÃO CALDAS RAINHA BALCÃO LISBOA - PARQUE NAÇÕES BALCÃO VILA DO CONDE BALCÃO CASTELO BRANCO BALCÃO MAIA BALCÃO VILA FRANCA DE XIRA BALCÃO COIMBRA BALCÃO OLIVEIRA DE AZEMÉIS BALCÃO VILA NOVA DE FAMALICÃO BALCÃO ÉVORA BALCÃO PAÇO D’ARCOS BALCÃO VILA NOVA DE GAIA BALCÃO FARO BALCÃO PONTA DELGADA Rua José Borges Pimentel, 24 R/c 9500-785 Ponta Delgada T 296 307 670 F 296 281 142 E [email protected] BALCÃO VILA REAL Av. 1º de Maio, 153 5000-651 Vila Real T 259 340 820 F 259 340 829 E [email protected] BALCÃO DE FUNCHAL BALCÃO PORTIMÃO BALCÃO VISEU BALCÃO GONDOMAR BALCÃO PORTO - JÚLIO DINIS Rua de S. Domingos à Lapa, 35 1249-130 Lisboa T 213 926 900 F 213 973 090 E [email protected] Rua Galileu Saúde Correia, 15 B 2800-561 Almada T 212 729 560 F 212 729 569 E [email protected] Av. Conde Castro Guimarães, 16 A 2720-119 Amadora T 214 996 220 F 214 996 229 E [email protected] Rua Feira de Março, 11-13 3800-182 Aveiro T 234 380 190 F 234 380 199 E [email protected] Largo de S. Francisco, 37 4700-303 Braga T 253 206 450 F 253 206 469 E [email protected] Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 294 5300-253 Bragança T 273 302 140 F 273 302 149 E balcao.braganç[email protected] Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, 8 R/c 2500-206 Caldas da Rainha T 262 840 980 F 262 843 880 E [email protected] Rua Dr. Henrique Carvalhão, lote 13 cave, lj. 4 - Quinta Granja 6000-235 Castelo Branco T 272 330 690 F 272 330 699 E [email protected] Av. Fernão Magalhães, 592 3000-174 Coimbra T 239 855 060 F 239 855 069 E [email protected] Rua José Elias Garcia, 36 7000-609 Évora T 266 730 680 F 266 706 276 E [email protected] Av. Calouste Gulbenkian, 7 8000-072 Faro T 289 870 420 F 289 870 429 E [email protected] Rua 31 de Janeiro, 87 - 2º, Sala T, Edifício Ponte Nova 9050-011 Funchal T 291 212 890 F 291 212 899 E [email protected] Rua 5 de Outubro, 127 4420-086 Gondomar T 224 663 730 F 224 663 739 E [email protected] Rua António Sérgio, 39 6300-665 Guarda T 271 205 590 F 271 221 850 E [email protected] Rua Teixeira de Pascoais, 123 B 4800-073 Guimarães T 253 520 400 F 253 414 161 E [email protected] Rua Alexandre Herculano, 6 5100-107 Lamego T 254 609 860 F 254 609 869 E [email protected] Av. D. João III, Edifício 2002 R/c 2400-163 Leiria T 244 870 020 F 244 870 029 E [email protected] Av. Eng. Duarte Pacheco, Torre 2, Amoreiras Shoping Center, Lj. 1078 1070-103 Lisboa T 213 825 750 F 213 885 025 E [email protected] Rua de São Domingos à Lapa, 35 1249-130 Lisboa T 210 054 385 F 213 905 749 E [email protected] Alameda dos Oceanos, Edificio Adamastor, Lote 3.16.01 J 1990-197 Lisboa T 218 923 160 F 218 923 169 E [email protected] Rua Augusto Simões, 1364 4470-147 Maia T 229 477 630 F 229 477 639 E [email protected] Rua Manuel Alves Soares 157 A 3720-243 Oliveira de Azeméis T 256 660 680 F 256 660 689 E [email protected] Rua Marquês de Pombal, 5 A 2780-681 Paço D’Arcos T 214 467 560 F 214 467 569 E [email protected] Rua de Santa Isabel, 15 8500-612 Portimão T 282 402 300 F 282 402 309 E [email protected] Av. Bento Gonçalves 20 A 2910 - 431 Setúbal T 265 539 280 F 265 220 562 E [email protected] Rua Alfredo da Costa, 46 2710-523 Sintra T 219 107 190 F 219 107 199 E [email protected] Av. Dr. Sá Carneiro, Lote 2 - R/c Dto. 2350-536 Torres Novas T 249 819 850 F 249 819 859 E [email protected] Estrada da Papanata, 171 4900-470 Viana do Castelo T 258 806 270 F 258 806 279 E [email protected] Av. Baltazar Couto, 90 4480-655 Vila do Conde T 252 299 360 F 252 299 369 E [email protected] Rua Luís de Camões, 31 2600-651 Vila Franca de Xira T 263 279 030 F 263 279 039 E [email protected] Rua Artur Cupertino de Miranda, 65 4760-124 Vila Nova de Famalicão T 252 501 080 F 252 501 089 E [email protected] Rua Soares dos Reis, 1116, Loja 4430-240 Vila Nova de Gaia T 227 169 540 F 227 169 549 E [email protected] Rua Direita, 88 3500-115 Viseu T 232 467 320 F 232 467 329 E [email protected] LINHAS SAÚDE Assistência em Viagem* [Motore e Auto XS] Assistência em Viagem* [Viagem - Opção Lux] Assistência ao Lar* [Casa Ideal e Casa XS] 808 202 142 PORTUGAL +351 217 806 221 ESTRANGEIRO Assistência ao Caçador * 808 202 142 PORTUGAL +351 217 806 221 ESTRANGEIRO Assistência ao Condomínio* Protecção Jurídica* 808 202 142 PORTUGAL +351 217 806 221 ESTRANGEIRO Av. 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