OTROS TRABAJOS FACTORES PSICOLOGICOS DE INSUCESSO NA RESOLUCAO DE PROBLEMAS DE FISICA: U M A AMUSTRA SIGNIFICATIVA NETO, A.J. Universidade de Évora, 7000 Evora, Portugal SUMMARY A study of the influence of some pertinent psychological factors on phy sics problem-soiving performance is attempted. The special cases of conceptual, verbal, and procedural information and cognitive development are analysed. Existe algum consenso na literatura da especialidade em admitir que um problema é urna questao para a qual 1150 se conhece, a partida, s o l u q ~ onem , se sabe, sequer, se ela existirá (Garrett 1987). Ora, é indiscutivel que a maior parte dos icproblernas» utilizados pela Física escolar nao obedecem aque1e requisito. Trata-se, ern geral, de exercicios de aplicaqao mecanica e rotineira para os quais o aluno sabe, antecipadamente, que existe S O ~ U @ O (geralmcnte iinica) e que, alkm disso, apenas exigem que eIe seja capaz de relembrar processos dc resoluqiio anteriormente memorizados (Gil Pérez e Martínez 'Torregrosa 1983, Valente et al. 1989, Garrett et al. 1989). E inegrivel que tais exercícios t&rna sua utilidade didáctica. Os procedimentos algorítmicos que lhes siio inerentes constituem pré-requisitos importantes para a resoIucZo de problemas verdadeiros (Gagné 1985j. Contude, a diddctica das cizncias nao pode estar confinada i utilide algoritmos desse tipo, sob pena de o z a @ exclusiva ~ desenvolvimento critico e criativo do aluno ficar decisivamente comprometido. Torna-se, assim, necessario o recurso abordagem de problemas autenticos, abqrdagem cssa cuja complexidade exige o conuibuto de uma diversidadedc factorcs cognitivos, agrupados, por Gagné (1 9X5), e m tres categorias de informaqao: -Informacbo Conceptual: relacionada corn o conhecimento de conceitos, por sua vez associados em regras básicas tais como ieis, principios ou algoritmos. E N S I S ~ ~ A N ZDE A L A S CIENCIAS, 1941.9 (3), 275-280 -1nformacao Verbal: referente ao conhecirnento de factos (informaqiio factual) ou ao dominio da linguagem (conhecimento Iinguístico). -Itlformacao Processual: relativa ao conhecimento de estrategias cognitivas e metacognitivas as quais incluem os processos de armazenar e processar informacZo. A amoslra significativa que iremos adoptar, e 5 quaI nos referimos no titulo deste trabalho, vai ser constituida por quatro componentes básicos: pelos factores associados a cada urn daqueles trGs pre-requisitos e pelo factor desenvolvimento cognitivo, até aqui ainda nao cxplicitado. 1, A INFORMACAO CONCEPTUAL A Física conjuga a especificidade conceptual e metodológica que Ihe é pr6pria com a espccificidade conceptual, estrutural e lógica que caracteriza a Matemitica. Nao admira, por isso, que a Matemática passe por ser a grande responshvel peIo fracasso na resolucaode problemas de Física, particuIarmente nos de ordem quanti tativa. A investigaqao (Gamble 1986,Jung 1985) tern provado, contudo, que grande parte das dificuldades dos aiunos face a esses problemas tern mais a ver com bloqueamentos no raciocinio qualitativo do que a incapacidades de ordem matemlitica. OTROS TRABAJOS Os bloquearnentos no raciocinio qualitativo («raciocinio fisico») devern-se nao sO a questOes relacionadas corn a criacao e execucao de estrat6gias, mas tambem a desajustamentos conceptuais. Esscs desajustamentos dcriv am do conflito que muitas vexes se estabelecc entre os conceitos formais suhjacentes ao problema c as concepcties alternativas prOprias dos alunos (Driver 1983, Gilbert e Watts 1983, di Sessa 1987, Osborne e Freyberg 1987). A aprendizagem dos t6picos de ciencia formal faz-se a partir dessas concepcOes e d por etas fortemente condicionada. Poder-se-A, assim, afirmar, corn Ausubel, que «o factor isolado clue mais decisivamente influeneia a aprendizagem a aquilo que o aluno ja sabe» (Ausubel et al. 1978). A adopcao do referencial cientifico escolar nao a tarefa facil. Ela exige, muitas vezes, o abandon ou a reformulayao de concepOes assimiladas e estruturadas ao longo de anus e profundamente incorporadas nas estruturas cognitivas do aluno. Exige, no fundo, aquilo que muitos autores designam por mudanga conceptual (Posner et aL 1982, West e Pines 1985) a qual sO é possivel mediante a utilizacao de metodologias distintas da «metodologia da superficialidade» quase sempre dominante Perez e Martinez Torregrosa 1983, Gil Perez e Carrascosa 1985). As consideracOes anteriores aplicamse corn particular acuidade a Fisica. De facto, 6 na Fisica, especialmente na Mecanica, que o conflito conceptual mais se fax sentir. Ao abordar problemas de Fisica o aluno e levado a ter de optar entre duas formas distintas de <<ver» o mundo: uma concreta, intuitiva e de senso-comum (visa° pre-gaMeana) e outra abstracta e formal (visa() cientifica «oficial»). E evidente que se o aluno abordar o problema (suposto urn problema «oficial») segundo uma perspectiva pre-galileana fracassara seguramente na sua resolucao. 2. INFORMAC AO ' VERBAL: 0 CASO PARTICULAR DA UNGUAGEM A informacao verbal incorpora duas formas cssenciais do conhecimento: o conhecimento factual e a linguagem (conhecimento linguistico). O conhecimento factual exerce uma funcao determinante na resolucao de problemas, na medida em que, cornpletnentando o conhecimento conceptual, 6 essencial para a compreensao e descodificacao da natureza do problema. O papel da linguagem 6, contudo, mais profundo. A sua influeneia e relevancia para o desenvolvimento cognitive foi salientada por psicOlogos como Piaget e Vygotski. Mas, enquanto que Piaget fax sobretudo ressaltar a importancia da linguagem como veiculo de corn unicacao entre a crianya e o seu meio (funcao externa da Iinguagem), Vygotski vai mais lunge. Este autor afirma que na fase inicial do desenvolvimento predomina, de facto, a vertente comunicativa da linguagem; nessa fase 276 a linguagem 6 essencialmente interpessoal. Mas, o momento crucial do desenvolvimento intelectual da crianca ocorre a partir da a/tura em que, para al6m da sua funcao interpessoal, a linguagem passa a desempenhar, tarnb6m, uma funcao intrapessoal. E essa internalizacao da linguagemquepermite agora a crianya realizar o pcnsamento elahorado e abstracto. Corn ela, «o pensamento Lorna-se verbal e a linguagem racional» (Vygotski 1979, p.192). A Iinguagem acaha, assirn, por influenciar decisivarnento a actividade de resolver problemas, na medida em quo esta actividade pressupOe o recurs() a formas claboradas e abstractas de pensamento, ou seja, segundo Vygotski, a «fungOes psicolOgicas superiores». No que diz respeito aos aspectos externos da Iinguagem, 6 na Fisica quo, mais uma vez, essas questOes assumem especial pertin6ncia. Corn efeito, o cOdigo de linguagem da Fisica 6, inevitavelmente, caracterizado pela predominancia de termos tdcnicos e de conceitos abstractos, cujo significado o aluno nao consegue muitas vezes ter facil acesso. Por outro lado, essa linguagem e apoiada numa lOgica maternatica fortemente estruturada e de natureza proposicional, bastante diferente da lOgica simples o linear a que os alunos, sobretudo os mais novas, sit° mais facilmente permeaveis. por isso provavel quo, perante inn problema de Fisica, o aluno nao o consiga resolver devido a dificuldade em transpor o primeiro obstaculo, representado pela necessidade impenosa de, atraves da desco dificayao do enunc ado, compreender qual 6, no fundo, a «verdadeira natureza do problema» (Hayes 1976). 3. A INFORMA00 PROCESSUAL: ESTRATEGIAS COGNITIVAS As estrategias cognitivas constituem pianos de accao mental que orient am e controlam a utilizacao dos outros tipos de informacao. Greeno (1980) reafirma a importancia dessas estrategias, ao considerar quo toda a actividade de resoluyao de problemas tern por base dnis tipos de conhecimento: o conhecimento de estrategias cognitivas (conhecimento processual) e o conhecimento de conceitos (conhecimento conceptual). Concede grande enfase a interrelayao entre esses dais tipos de conhecimento na resolucao de problemas. Ni s so se distinguc das correntes que poem a tOnica no conhecimento conceptual –p.e., a tradiyao ausubeliana– ou das que so- brevalorizam a importanci a de estrategias gerais –p.c., o movimento heuristico, representado polo seu fundador Pnlya (1975). A parte a controvdrsia referente a qual dos conhecimen- tos tern influencia mais determinante na resolucao de problemas, a indiscutivel que a escola nab deve limitarse a transmitir informacao conceptual (e factual). Tell tambern de se preocupar corn o desenvolvimento do conhecimento processual do aluno, ou seja, tern de (cEnsinar o Aluno a Pensar» (Valente et al. 1987). Para isso, a necessario que a escola seja capaz de: ENSESIANZA IV. LAS CIENCIAS, 1991, 9 (3) OTROS TRABAJOS –Criar condicOes que possibilitern ao aluno a oportunidade de Or em pratica as operacOes cognitivas que ja consegue realizar. –Ensinar directamente aqueles processos intelectuais que, ndo send() inerentes a matriz cognitiva do aluno mOdio, sejam, contudo, ensinaveis (casos dos processos associados ao pensamento critico e ao pensamento criativo). –F.nsinar o aluno a Lamar conscieneia dos seus praprios processos de pensamento, ou seja, lev y-lo a desenvolver estrateglas de tipo metacognitivo, atraves das quaffs ele possa controlar, gerir e avallar toda a sua actividade intelectual (Costa 1985). 4. AS LIMITACOES DA MEMORIA OPERATIVA A importancia e o efeito da informacdo (conceptual, verbal au processual) na resolucdo de problemas `em sido repetidamente estudados pelos investigadores que adoptam camo paradigma a modelo do processamento de informacao (Newell e Simon 1972, Gagne 1985). Este modelo atribui a memaria a fungdo central na que diz respeito a aprendizagem e a resolucão de problemas. A mernOria, segundo o modelo, inclui duas vertentes fundamentais: a memOria a curto prazo responsdv el pela funcao dupla de armazenar temporariamente informacdo e de a processar; a memOria a longo prazo, responsaveI pelo armazenamento (retencao) de todo o conhecime.nto previamente aprendido, a qual nela se organiza segundo estruturas habitualmente designadas por ‘<esquemas. A mernOria a curto prazo (memOria operativa) tern u:~na capacidade de processamento simultáneo limitada a, aproximadamente, sere unidades de rnemdria (Hayes 1976). Cada unidade de mernaria corresponde a urn conjunto organizado de itens de informacdo ao qual o processador, devido a aprendizagens previas, e capaz de atribuir urn significado global a tinier). Segundo esta corrente, este condicionarnento da memdria operativa 6 a factor que justifica a exisféncia clamaior parte dos bloqueamentos cognitivos face a resolucäo de problemas. Quanta maior for o ninnero de unidades de mernOria presentes na memOria operativa rnenor 6 a probabilidade de a problema ser resolvido corn sucesso. Torna-se por isso neeessario reduzir o narnera de unidades de mern6ria a que se tern de recorrer. Essa reducdo estadependente do grau de organizacdo e estruturagdo do conhecimento presence na mernOria a long() prazo (Larkin e Reif /979, Pankratius 1990, Neto e Almeida 1990). Uma grande parte dos problemas de Fisica exige o recurso a doses elevadas de infarmacda, quer ela provenha do exterior ou seja recordada. A primeira dificuldade reside, assim, no ndmero de unidades de mermaria que o aluno ter() de utilizar. Mas, outra dificuldade surge, a qual esta relacionada corn a dimensao e interligacdo dessas unidades de memOria. Em virtude da Fisica ser uma disciplina fortemente estruturada, os seus conceitos ENSESTANZA DE LAS CJENCIAS, 1991, 9 (3) arganizam-se segundo redes complexas corn eIos interdepen-dentes e ramificados. Ao formar as unidades de mernaria de que necessita, a aluno tell de ser capaz de reconstituir algumas dessas redes o que, em muitos casos, 6 tarefa problematica. Para que o ilk) fosse, a aprendizagem dos tapicos de Fisica teria de ser verdadeiramente significativa a nao ser realizada, coma tradicionaImente acontece, par simples justaposicdo e acumulacdo de conhecimentos mais ou menos desconexos. 5. 0 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO A aprendizagem do sobretudo a partir do ensino secundario, requer dos alunos o dominio de algumas das mais importantes aperagbes formais piagetianas. Muitos autores, principalmente as que trabalham na base do paradigma de Piaget, tern identificadocon-elavies positivas entre a capacidade efectiva de realizar as operacOes formais e o grau de sucesso na resolucdo de problemas de Fisica. 0 dominio pelo aluno dessas operacOes constituiria, assim, mais um pre-requisite crucial para a resolucäo desses problemas. No entanto, estudos realizados em palses too diversos coma as Estados Unidos (Chiappetta 1976), Inglaterra (Shayer e Adey 1981), Portugal (Sequeira 1981) ou Jordania (Bilieh e Khalili 1982) permitiram concluir que uma parte significativa dos adolescentes (par vexes mais de 50%) ndo consegue operar satisfatoriamente a urn nivel formal. Significa isto que a ensino da Fisica e' fortemente problematic° no que diz respeito ao seu impacte pasitivo na aprendizagem desses alunos. CONSIDERACOES FINALS Procurando identificar algunsfactorespsicolOgicos que, de algum modq, passam influenciar a actividade de resolucdo problemas de Fisica, concluimos serem pertinentes os seguintes: a base conceptual do aluno quer ela se refira a conhecimentos especificos, conhecimentos maternaticos ou conhecimentos aliernativos, a informaccio verbal quo o aluno possui, nomeadamente a que se relaciona corn a linguagem; as estrategias cognitivas e metacognitivas que o aluno canhece; as limitacties da sua memaria operativa e a forma como os conhecimentos estcio organizados na memOria a long() prazo; q seu desenvolvimento cognitivo, particularmente no que diz respeito a realizacdo das operacOes formais. E evidente que outrosfaetores poderiamos ter mencionado (Garrett 1986). E o caso, par exempla, dos que se relacianam corn os estilos cognitivos e motivacionais prOprios de cada aluno ou dos que estdo associados a varidveis de natureza sOcio-afectiva. Today ia, a amostra por nos analisada, parece-nos suficientemente significativa para que possamos concluir que a resolucdo de problemas de Fisica, ao inves de ser encarada coma uma actividade rotineira e monolitica, deve, antes, ser vista 277 OTROS TRABAJOS Como uma tarefa complexa e multidimensional. Essa compiexidade exige o recurso a uma dithictica oposta «didactica da superficialidade» habitualmente adoptada. Ela requer, assim (Gil Perez e Carrascosa 1985), a utilizacdo de estrat4ias capazes de asscgurarem a mudanca metodolagica dos professores sem a qual a desejada mudanca conceptual dos alunos dificilmente oc °nerd. NOTA Foi apresentada uma primeira verso deste artigo no I Seminario t<A Componente de Psicologia na Formagdo de Professores>, Evora, Setembro de 1990. REFERk:NCIAS BIBLIOGRAFICAS AUSUBEL, D.P., NOVAK, J.D. e HANESIAN, H., 1978. Educational Psychology: A Cognitive View (2' ed.). (New York: Holt, Reinhart and Winston). GARRETT, R. M. 1987. 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Tales ejercicios tienen su utilidad, pues los procedimientos algoritmicos que comporta so solucidn son prerrequisitos importantes para la resoluciOn de verdaderos problemas. 3. InformaciOn personal: estrategias cognitivas Las estrategias cognitivas constitu yen planes de acciOn mental que orientan y controlan la utilización de otros tipos de informaciOn.Segiln Greeno toda actividad de resoluciOn de problemas se hasa en dos tipos de conocimiento: el de estrategias cognitivas y el de conceptos. Ambos estan fuertemente interrelacionados en la resoluciOn de prohiemas. Otros autores ponen mas el acento en 000 u otro conocim lento. De todos modos, es indiscutible que la ensellanza no debe Iimitarse a la transmisidn de information conceptual y factual, y debe preocuparse del desarrollo del conocimiento procesual. Para ello debe: -Cream condiciones quo posibiliten que el alumna ponga en practica las operaciones cognitivas que ya consigue realizar. Resulta imprescindible abordar la resoluciOn de problemas. I)iversos factores cognitivos que contribuyen a ello son agrupados por Gagne en tres catcgorias de informaciOn: -Ensenar directamente aquellos procesos intelectuales que, siendo interesantes a la «matriz» cognitiva de algiin alumna medio, sears ensefiables. Informacidn conceptual, relacionada con el conocimiento de conceptos, leyes, principios y teorias. -Enseiiar al alumna a tomar conciencia de sus propios procesos de pensamiento y llevarlo a desarrollarestrategias de tipo metacognitivo. InformaciOn verbal, referida al canocimineto de hechos o al dominio del lenguaje. - InfonnaciOn procesual, relativa al conocimiento de estrategins cognitivas o metacognitivas, incluyendo los procesos de almacenamiento y procesamiento de la informacidn. Estos tres componentes, junto al factor del desarrollo cognitivo, formai' Io que llamamos una muestra significativ a. 1. Information conceptual La Fisica conjuga la espeeificidad conceptual y metodolOgicapropia con Ia especificidad conceptual,estructural y lOgica de las Matematicas. Se considera al aparato matematico responsable del fracaso en la resoluciOn de problemas de Fisica. La investigaciOn, sin embargo, muestra que la mayor parte de estas dificuItades tienen relaciOn con bloqueos en el razonamiento cualitativo. Estos bloqueos se deben a cuestiones relacionadas con la creation y aplicaciOn de estrategias y a desajustes conceptuales derivados, en muchas casos, de las concepciones alternativas de los alumnos. 4. Las limitaciones de Ia memoria operativa. La importancia del efecto de la informacidn ha sido estudiada por los investigadores del modelo de procesamiento de la informacidn. Distinguen entre memoria a corto y a largo plaza. La memoria a corto plaza o memoria operativa tiene una capacidad de procesamiento limitada a siete unidades cada una de las cuales puede considerarse un bloque de informacidn organizada. Este factor justifica la mayor parte de los bloqueos cognitivos en Ia resoluciOn de problemas. Una gran parte de los problemas de Fisica exige grandes cantidades de informaciOn lo quo supone quo el alumna utilizard muchas unidades de memoria. Ademas, al ser la Fisica una discipiina fuertemente estructurada tiene los conceptos organizaclos en complcjas redes con muchas interdependencias lo que, en algunos casos, exige su reconstruccidn por parte del alumno, y esto es dificil y requiere un aprendizaje verdaderamente significativo. 2. Information verbal. incorpora dos formal esenciales de conocimiento: el factual y el del lenguaje. Fl papel del lenguaje es mas profundo. Vygotski va mas alla que Piaget en sus propuestas acerca del papel del lenguaje en el desarrollo. Para este autor, en la faze inicial del desarrollo predomina la vertiente cornunicativa c interpersonal del lenguaje. El momenta crucial del desarrollo intelectual de los nifios se produce al desempafiar el lenguaje una funci6n intrapersonal que les permite ilevar a caho el pensamiento elahorado y abstract°. (4Se verbaIiza el pensamiento y se racionaliza el lenguaje». El lenguaje influye, asi, en Ia resoluciOn de problemas. El dicligo Iingiiistico de la Fisica se caracteriza por el predominio de taminos tecnicos, apoyados par una lOgica matematica, fuertemente estructurada, de naturaleza propositional. Es probable, quo el alumna no consiga resolver el problema dehido a quo la dificuitad en la comunicaciOn del enunciado le impida comprender Ia verdadera naturaleza del problema. 28() 5. El desarrollo cognitivo El aprendizaje de Ia Fisica, sobre todo a partir de secundaria, requiere el dominio de las operaciones formates piagetianas mas importantes por pane del alumno. Muchos autores han establecido correlaciones entre el dominio formal y el nivel de exit° en la resoluciOn de problemas. El dominio de estas operaciones seria un prerrequisito crucial para la resoluciOn de problemas. Sin embargo, varios estudios indican quo una parte importante de los adolescentes (el 50% a mas) no alcanza satisfactoriamente el nivel formal, con Ia dificultad que esto supone para Ia ensefianza de la Fisica. Consideraciones finales Algunos factores psieolOgicos quo influyen en la resoluciOn de problemas de Fisica son: la base conceptual, la informacidn verbal, las estrategias cognitivas, las limitaciones de la memoria operativa y el desarrollo cognitivo. ENSENANZA DH LAS CIENCIAS, t991. 9 (3)