E D I T O R I A L Prezado leitor Iniciando o ano de 2013, Science in Health divulga, nesta 10ª edição (volume IV, número 1), três artigos originais de investigação e outros três de revisão. O trabalho de Passarelli, Youssef e Zaroni apresenta a síndrome de ardência bucal, que envolve um diagnóstico e tratamento complexos. Entre os tratamentos investigados com Nistatina, irradiação com laser de diodo de baixa potência ou sua associação, a associação do laser com a Nistatina mostrou melhor eficácia. No artigo de Neman e colaboradores, documentou-se a baixa ocorrência de dois agentes distintos mas frequentes na epidemiologia das infecções do trato genital feminino, Chlamidia e Papilomavirus, porém sem associação. Ainda assim, segundo os autores, “estas infecções continuam a se espalhar, gerando altos custos para o tratamento das pessoas infectadas e à sociedade em geral”. O relato dos pesquisadores Gomes, Coutinho, Suzuki e Massa é bastante interessante, pois questiona alguns fundamentos da formação do Ensino Superior. Segundo os autores, os discursos de professores de Judô sugerem que a elaboração das aulas dessa modalidade de esporte se dá predominantemente a partir do conhecimento adquirido na vivência da modalidade e a graduação em Educação Física parece pouco influenciar as estratégias utilizadas. Certamente esse protocolo mereceria continuidade em novas linhas de investigação. Na sequência, a revisão de Fernandes aponta o uso de substâncias psicoativas como drogas alucinógenas, as origens neurológicas das drogas como fontes de recompensa e como podem afetar regiões encefálicas envolvidas no aprendizado e na memória, além de interromper conexões do córtex pré-frontal responsáveis pelo controle do impulso, gerando, provavelmente, a manutenção da compulsão. Pode ser uma feliz coincidência, mas que surpresa a agradável leitura da mini-revisão de Uzunian, Marquezi, Diniz e Ugolini sobre o futebol e comportamento. Os autores tratam, além de um histórico desse esporte no Brasil, sobre o grau de alteração no comportamento (agressividade direta) de seus praticantes profissionais e amadores. Seria possível contemplar uma associação entre a deficiência dos fundamentos do ensino dos esportes (de Gomes e colaboradores) e esta revisão da prática do futebol quando ocorre o desvio para a violência? Finalmente, Fornari, Ferraz, Bernabé e Arçari apresentam uma revisão sobre o tratamento do adenocarcinoma de próstata, onde o uso de flutamida para o tratamento de orquiectomia não mostrou diferenças significativas em relação a benefícios ou danos, em comparação com o tratamento convencional. Convidamos à leitura e aguardamos as ricas contribuições para as próximas edições da Science in Health. Revista Science in Health Joaquim Edson Vieira Rodrigo Ippolito Bouças