PAÍS SOCIAL Organizadores confirmam Lula no Fórum Mundial Jamil Chade Da Agência Estado O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai voltar a viajar. Pelo menos é isso que anunciam os organizadores do Fórum Social Mundial, que neste ano será realizado em fevereiro, em Dacar, capital do Senegal. Lula é apresentado como a principal estrela das comemorações do décimo aniversário do Forum. Nos últimos anos, o evento passou a ser conhecido como o encontro do movimento antiglobalização e de questionamento do sistema internacional. A viagem de Lula ao Senegal seria ainda sua primeira viagem ao exterior como ex-presidente. No início de seu mandato como presidente, há oito anos, Lula decidiu viajar tanto para o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, quanto ao Forum Social, naquele ano realizado em Porto Alegre. Com o passar dos anos, Davos o adotou como uma forma de argumento para aqueles que criticavam a entidade por convidar apenas a elite mundial e deixar a visão dos emergentes de fora. Em 2010, Davos chegou a criar um prêmio de melhor estadista do ano, dado exatamente para Lula. Em 2011, nem Lula nem Dilma Rousseff irão para a Suíça. A opção de Lula, segundo o sociólogo Jean Ziegler, teria sido a de voltar às suas origens e participar do evento em Dacar. Lula dividia a cena com o presidente da Bolívia, Evo Morales, além Há oito anos, no início de seu mandato, Lula decidiu viajar tanto para o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, quanto ao Fórum Social de políticos de esquerda da Franca, como a Martine Aubry (primeira secretaria do Partido Socialista) e sua arquirrival Ségolène Royal. No centro do debate, Lula será convidado a falar sobre “a crise do sistema e das civilizações” entre os dias 6 e 11 de fevereiro. Parte importante do debate ainda estará centrado na questão do desenvolvimento da África, um dos pontos de interesse também do presidente Lula. Gilberto Carvalho, ex-assessor de Lula e atualmente no governo de Dilma, admitiu à reportagem que a África seria um dos pontos principais do trabalho do Instituto Lula, que será criado em São Paulo. A comemoração dos dez anos do Fórum também será um momento de reflexão. Segundo os organizadores, o encontro será usado ainda para debater qual o caminho que o Fórum Social deve ganhar nos próximos anos. Entre 20 mil e 60 mil pessoas estão sendo aguardadas na capital do Senegal. Dilma não vai a Davos e frustra expectativas O Fórum Econômico Mundial vai questionar a conveniência de o Brasil manter as mesmas políticas dos últimos oito anos para enfrentar o que prometem ser novas realidades. Mas, apesar das expectativas dos organizadores do evento, o governo de Dilma Rousseff vai enviar apenas três representantes ao encontro que ainda terá como um de seus pilares um assunto central na política econômica do Brasil: a guerra das moedas. Na semana que vem, entre os dias 26 e 30, o fórum abre suas portas na estação de esqui de Davos. Com uma presença recorde de líderes mundiais, o evento tentará ser uma base para debates sobre como completar a reforma do sistema financeiro internacional. Contará com a presença do secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e do presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini, um dos poucos brasileiros presentes ao encontro. “Não há dúvidas de que o centro do debate será a questão das moedas e como ela irá impactar cada uma das realidades nacionais em 2011. Esse será o centro das discussões, pois resume muito do que o fórum se propõe a fazer este ano”, afirmou ao Grupo Estado o diretor-gerente do fórum de Davos, Lee Howell. Sob o título Normas Compartilhadas para uma Nova Realidade, Davos espera ser a plataforma para a discussão de uma reforma mundial que dê mais equilíbrio à economia. “A maior preocupação é a estabilidade, e não é tanto em relação à valorização de uma moeda ou outra. Afinal, o que descobrimos é que ninguém tem mãos limpas para acusar os demais. O que mais preocupa empresários é a volatilidade das moedas e isso é o que queremos debater”, afirmou Howell. Continuidade - Mas, apesar de tocar em um dos temas de maior preocupação do governo brasileiro, a representação do País este ano em Davos será uma das menores em mais de uma década. Dilma, como ministra, já esteve em Davos. Mas a esperança dos organizadores era de que ela usasse o evento para anunciar suas políticas. Tanto era assim que um debate foi organizado para discutir justamente a situação do governo brasileiro. Uma das questões seria a “continuidade de políticas versus as novas realidades” que o País enfrenta. “Todos em Davos vão querer ouvir o Brasil para saber quais serão as mudanças que o novo governo promoverá”, afirmou Klaus Schwab, presidente e fundador do fórum. Do Brasil, estão confirmadas as presenças apenas do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e de Tombini (presidente do BC). Entre os executivos, apenas o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Durante os últimos oito anos, Davos usou a imagem do presidente Lula para mostrar uma face mais social ao mundo e de como estava disposto a dialogar com os países do Sul. Lula agradou, tornando-o no “queridinho” do fórum e chegou até a ganhar, em 2010, o prêmio de estadista do ano. Em 2011, o prêmio desapareceu. Os organizadores do evento tentaram dar explicações para a ausência do Brasil. Um deles confessou que mandou um convite aberto ao governo de Dilma Rousseff. Mas que recebeu alegações relativas às recentes enchentes no Rio de Janeiro como justificativa para as ausências da presidente. Schwab ainda estima que, por ser um novo governo, é “normal” que a presença seja reduzida. “O governo assumiu há duas semanas. É possível remarcar, ainda que alguns ministros importantes estarão em Davos”, afirmou. Há oito anos, Lula não perdeu a oportunidade de se apresentar ao mundo no evento na Suíça, duas semanas após sua posse. Levou consigo uma ampla comitiva do ministros. De acordo com Schwab, o fórum organizará no Rio de Janeiro em abril um evento para avaliar os 100 primeiros dias de governo de Dilma. “Vamos nos reunir para examinar a nova presidência.” Quinta-feira, 20; e Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2011 7 CÂMARA Marco Maia já conta com o apoio de 11 partidos Negociações refletem-se na distribuição dos cobiçados postos na Mesa Diretora Andrea Jubé Vianna Da Agência Estado A declaração de apoio do PDT ao deputado Marco Maia (PT-RS) expõe a quase unanimidade que o petista arregimentou em torno de sua candidatura à presidência da Câmara. Com o apoio do governo, Maia desestimulou no nascedouro as candidaturas alternativas dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) e obteve até mesmo o apoio da oposição. Apenas o deputado Sandro Mabel (PR- GO) insiste, até o momento, em lançar-se candidato, mesmo sem o apoio de seu partido. Até o momento, 11 siglas já declararam apoio ao petista: PMDB, PDT, PP, PR, PSB, PCdoB, PTB, PSDB, DEM e PPS, além do próprio PT. O PSOL e o PV, que elegeu 14 deputados, estão entre os poucos que ainda não se definiram. O apoio maciço ao petista se deve, segundo um integrante da base aliada, ao compromisso de Maia de respeitar a regra da proporcionalidade partidária, distribuindo relatorias e presidências de comissões, conforme o tamanho das bancadas. As negociações de apoio ao petista, no entanto, refletemse na distribuição dos cobiçados postos na Mesa Diretora da Câmara. Em troca do apoio do PSB, o PT cedeu aos socialistas a Quarta Secretaria. Como maior bancada da Câmara, o PT teria direito a duas vagas na Mesa Diretora. O PSB teria direito, apenas, a uma suplência. O acordo com os demais partidos contempla, por ora, a seguinte distribuição de cargos da Mesa: a 1ª Vice-presidência caberá ao PMDB e a 1ª. Secretaria (espécie de Prefeitura da Casa) ao PSDB. A 2ª Vice-presidência caberá ao PP ou ao DEM. A Segunda e Terceira Secretaria ficarão com o PR e o PP ou DEM (conforme a definição da 2ª. Vice-presidência). A presidência das comissões permanentes também entrou nas negociações partidárias. Com a renúncia de sua candidatura, o deputado Aldo Rebelo pleiteia a presidência da Comissão de Relações Exteriores (CRE). E o PDT trava uma queda de braço com o PTB pelo comando da Comissão de Trabalho. ALIADOS PMDB-PT: Temer e Cardozo tentam demonstrar harmonia Tânia Monteiro Da Agência Estado O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tentaram demonstrar total harmonia entre PMDB e PT, apesar da flagrante disputa de cargos entre os dois partidos. A pedido da presidente Dilma Rousseff, os dois se reuniram nesta quarta-feira na vice-pre- sidência para discutir que tipo de lei pode ser aprovada para evitar novas tragédias como as que ocorreram na região serrana do Rio. Questionados sobre as novas brigas entre os dois partidos por causa de cargos no segundo escalão, Temer reagiu brincando: “Vou fazer blague (piada). O ministro da Justiça diz que vai entregar todos os cargos do Ministério da Justiça para o PMDB e eu vou entregar todos os cargos da vice-presidência para o ministro da Justiça”. Em seguida, perguntado se a guerra ainda vai longe, Temer afirmou: “não, não. Não há guerra”. E Cardozo reiterou: “não há guerra”. Tentando mostrar sintonia, Temer prosseguiu: “essa guerra é de algodão”. O ministro da Justiça, por sua vez, emendou dizendo que “muito francamen- te, essa reunião foi o símbolo do entendimento dos nossos dois partidos. Não discordamos em absolutamente nada”. Temer, então, completou: “é verdade”. Depois que Temer se despediu de Cardozo, ao ser indagado se estava tentando costurar as negociações entre PT e PMDB, para evitar maiores problemas, Temer declarou: “mas, aos poucos, com calma, para evitar acidentes”. Garibaldi admite dificuldade de relacionamento Edna Simão Da Agência Estado O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, admitiu a dificuldade de relacionamento do PMDB com o PT na discussão para o segundo escalão do governo. “Acho que o relacionamento do PMDB com o PT, até agora, não tem sido muito fácil. Mas não acredito que a situação vá se agravar. Temos aí o início do ano legislati- vo”, frisou. “Não acredito que se verifique atritos maiores nesse período. A tendência é realmente amenizar”, acrescentou Garibaldi, durante a solenidade de posse do novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild. Desde o início do governo Dilma Rousseff, os atritos entre PMDB e PT tem sido constantes, devido a disputa por cargos do segundo escalão. Levantamento CORRUPÇÃO Funasa deverá ser remodelada Lígia Formenti Da Agência Estado A missão dada pela presidente Dilma Rousseff a seus ministros de importar para administração pública conceitos de governança do setor privado já tem primeiro alvo definido: a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Centro da disputa de poder entre PMDB e PT e de denúncias de corrupção, o órgão terá sua gestão remodelada a partir de uma consultoria realizada pela equipe do empresário Jorge Gerdau. Dilma quer que a iniciativa se estenda para diversas áreas do governo. Gerdau deverá integrar o Fórum de Gestão Competitiva do governo federal. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi um dos primeiros a procurar o empresário para colocar a proposta em prática. A primeira reunião para discutir as mudanças ocorreu hoje, na sede da Funasa, com a presença de Padilha e de representantes do empresário. No encontro, foram definidas as prioridades e estabelecidos alguns prazos. A ideia é de que o primeiro esboço do projeto seja apresentado dentro de um mês. Só então é que valores da consultoria serão discutidos. “A proposta é modernizar a administração. E isso será feita a partir de metas e monitoramento. O que queremos é dar dinamismo e eficiência”, afirmou Padilha. Na Saúde, a consultoria não ficará restrita à Funasa. Além do órgão, o projeto deverá traçar es- tratégias para melhorar as atividades do centro de controle de logística do ministério, responsável pela aquisição de medicamentos. A intenção, disse Padilha, é tornar as aquisições mais rápidas e evitar desperdícios. Outro alvo eleito pelo ministro é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A encomenda feita para representantes do empresário é de políticas que garantam uma redução de prazo para registro de produtos, remédios e equipamentos usados em saúde, além de autorização para funcionamento de estabelecimentos nesta área, como farmácias e hospitais. Por fim, o ministro encomendou um plano para acelerar a melhoria dos hospitais federais. Padilha disse não haver nenhuma ligação entre a escolha da Funasa como foco prioritário de mudanças com o fato de o órgão ser alvo constante de denúncias de corrupção. “A Funasa é uma das áreas prioritárias para execução do PAC. Daí a escolha da fundação”, disse. Desde que assumiu, o ministro despacha semanalmente no prédio da Funasa. Nesse período, afirmou, foram analisados e liberados R$ 79 milhões para convênios, que estavam pendentes. Quantia, segundo ele, equivalente a 12% do que foi executado em 2010. A Funasa teria ainda um papel fundamental, de acordo com Padilha, na execução do PAC 2 e no plano de erradicação da miséria. divulgado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” mostra, no entanto, que o governo ignorou a trégua com o PMDB e já nomeou 208 cargos de segundo escalão. O ministro Garibaldi Alves explicou que as indicações para cargos no segundo escalão que envolvem “DNA político” têm sido feitas sem consulta aos partidos, ou seja, cada um indica o seu candidato. No caso do INSS, o ministro afirmou que não discu- tiu a indicação de Hauschild com o PT. “Como acredito que outras presidências não tenham sido discutidas com o PMDB. Na verdade a indicação de um presidente às vezes é meramente técnica, e isso tem acontecido com frequência. Mas as que recebem um componente político, um DNA político realmente tem sido feito sem o cruzamento de informações dos partidos. Cada um indica o seu candidato”, afirmou Garibaldi. MONÓLOGO Ex-prefeito fala sobre crise do DEM João Domingos Da Agência Estado Pivô junto com o filho Rodrigo Maia (atual presidente da legenda) da briga interna do DEM, o ex-prefeito Cesar Maia se entrevistou sobre a crise no partido num blog diário em que fala de política interna e externa e que batizou de “ex-blog”. Na entrevista-monólogo, ele comparou o DEM ao PT e concluiu que as disputas vão fortalecer a legenda. Logo no início da entrevista que concedeu a si mesmo, Cesar Maia pergunta como vê as disputas internas no DEM. E responde: “Se há disputa, e se ela é tão intensa como aparece na imprensa, é porque a importância do DEM continua grande”.w Em seguida, ele lembra que o senador José Agripino Maia (RN) aceitou candidatar-se a presidente. Isso, na opinião do ex-prefeito, “produz a unidade do DEM”. “E a convergência das correntes passa a ser um fato, elimina a disputa”. Um pouco à frente na sua entrevista-monólogo, Cesar Maia afirma que considera natural que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, queira sair do DEM, pois tem planos para 2012 e 2014. Adversário e Kassab, ele considera até que as movimentações do prefeito não causam nenhuma divergência no partido. 45ª VARA CÍVEL EDITAL DE CITAÇÃO Com o prazo de vinte dias O MM Juiz de Direito, Dr. (a) Maria Luiza de Oliveira Sigaud Daniel - Juiz Titular do Cartório da 45ª Vara Cível da Comarca da Capital, RJ, FAZ SABER aos que o presente edital com o prazo de vinte dias virem ou dele conhecimento tiverem e interessar possa, que por este Juízo, que funciona a Erasmo Braga, 115 sala 205 A CEP: 20020-903 - Castelo - Rio de Janeiro - RJ Tel.: 2588-2221 e-mail: [email protected], tramitam os autos da Classe/Assunto Usucapião - Usucapião Extraordinária - Art. 1.238 Código Civil, de nº 0051508-75.2003.8.19.0001 (2003.001.052543-3), movida por ALBERT COSTA REBELLO; LAURO AUGUSTO COSTA REBELLO; ALBERTO DA ROCHA REBELLO JUNIOR em face de MARIA LUIZA PACHECO DA SILVA MARIA LUIZA DE OLIVEIRA BARBOSA GERALDO PACHECO DA SILVA ANTONIO MARTINEZ MARIA BARREIRO PROLAR S/A ALBERTO DA ROCHA REBELLO AYOUB NAKHOUL ZAKHOUR, objetivando CITAÇÃO. Assim, pelo presente edital CITA o réu MARIA LUIZA PACHECO DA SILVA MARIA LUIZA DE OLIVEIRA BARBOSA GERALDO PACHECO DA SILVA ANTONIO MARTINEZ MARIA BARREIRO PROLAR S/A ALBERTO DA ROCHA REBELLO AYOUB NAKHOUL ZAKHOUR, que se encontra em lugar incerto e desconhecido, para no prazo de quinze dias oferecer contestação ao pedido inicial, querendo, ficando ciente de que presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos alegados, caso não ofereça contestação. Dado e passado nesta cidade de Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2010. Eu, Daniel de Souza Ferreira - Técnico de Atividade Judiciária - Matr. 01/ 30060, digitei. E eu, Fabio Michel Chamas - Responsável pelo Expediente - Matr. 01/23066, o subscrevo.