Cons. Luiz Carlos Barnabé de Almeida escreve artigo“Dilma se consolida como o Pita de
Lula e leva junto o PMDB”.
Quando escrevi o artigo abaixo, era outubro de 2012, a aprovação da Presidente Dilma
era a maior aprovação popular da história recente deste país, ultrapassando os dois
últimos presidentes, Lula e Fernando Henrique.
Mas o final da cada ciclo de “populismo econômico artificial” é conhecido na história
econômica, social e política dos povos.
Os povos da Argentina, Cuba, Coréia do Norte e Venezuela são testemunhas
contemporâneas do custo social, político e econômico, que pagam por modelos de
políticas econômicas do século passado.
O Brasil está vivendo um momento de definição de qual caminho irá escolher: o da
Coréia do Norte ou da Coréia do Sul, no primeiro caso Dilma se reelege e elege o Lula
no final de seu mandato a qualquer custo; no segundo a Dilma torna-se o Pita de Lula e
leva junto o MDB. O prazo termina em junho, como demonstra em seus estudos o
Professor Alberto Carlos Almeida, no livro “A cabeça do eleitor”. Reapresentamos
nosso artigo de outubro/2012, para sua reflexão e previsão para o crescimento de 2014.
Boa leitura.
A VERDADE DO CRESCIMENTO DO BRASIL EM 2013.
O Brasil vai crescer em 2013, afirma a Presidente com a maior aprovação popular dos
brasileiros.
Mas no mundo real “papai Noel” não existe.
Nestes 13 anos do século XXI, consolida-se uma realidade nunca imaginada por
homens e mulheres do século passado.
Vivemos uma: “Nova Economia”, “Nova Sociologia”, “ Novo Direito”, “Nova Política”
enfim um “Novo Mundo”.
As divisas geopolíticas foram substituídas por divisas geoeconômicas, de um lado os
detentores do estoque de conhecimento e de capital, geradores da inovação (fonte do
lucro real), e do outro lado da divisa, os produtores de commodities principalmente
agrícolas, e da produção industrial.
Os primeiros, chamados de desenvolvidos, oferecem para os que habitam seus espaços
uma qualidade de vida crescente e inigualável na história humana, os subdesenvolvidos
oferecem para seus moradores o padrão de vida dos anos 1960 dos países que, na época,
eram chamados de primeiro mundo.
Os desenvolvidos produzem serviços (economia limpa); os subdesenvolvidos poluem
pela produção industrial, agrícola e de extração (principalmente a mineral).
A Nova Teoria do Crescimento Econômico indica que os países ricos ficarão mais ricos
e os pobres mais pobres, conseqüência do estoque de conhecimento crescente mais o
capital são geradores da inovação, logo do lucro real que atrai o capital, criando um
círculo virtuoso do Crescimento Econômico Sustentável contra o baixo estoque de
conhecimento e capital dos países pobres.
O aumento do estoque de conhecimento ocorre, principalmente, nas Universidades,
Centros de Pesquisas e nas Empresas através do capital humano, com diploma superior.
Quanto maior a quantidade de pessoas com diploma superior (incluem os tecnólogos de
nível superior), maior será a produção de conhecimento, maior será o Crescimento
Econômico Sustentável.
No Brasil, 11,6 % da população brasileira de 26 a 60 anos (Pnad/IBGE, 2010), têm
diploma superior.
Claro que esta Teoria não é a definitiva, mas no atual mundo é a que melhor explica os
crescimentos dos países ricos e dos pobres.
Outra fronteira geográfica que não existe é a do capital que hoje está livre para
percorrer o planeta em busca de uma maior taxa de juros real disponível, taxa esta
gerada pela inovação.
No Brasil a Formação Bruta de Capital Fixo (investimentos) é pífio.
O direito também perdeu sua hegemonia geográfica, e as Constituições Nacionais são
cada fez mais substituídas pelo Direito Econômico Internacional, pelo Direito
Internacional Ambiental, pela OMC, pela OMS, pela OIT, pelas resoluções da ONU,
etc.
Na Nova Política, os atuais gestores públicos deixaram de ser onicientes, onipresentes,
oniprodutores, onicondutores, oniinterventores, para serem agenciadores do equilíbrio
econômico, social e político. Estimulam os fundamentos do crescimento econômico
sustentável através de políticas estáveis e coerentes com a livre iniciativa comandados
pelo setor privado.
Ainda, elaboram um planejamento econômico indicativo, para dar rumo ao
desenvolvimento, envolvendo todos os agentes interessados.
Neste Novo Mundo, o Brasil não tem chances de um crescimento sustentável, nem em
2013 nem nunca, porque nossos gestores públicos continuam onicientes e os privados
continuam vivendo no século passado, o da substituição das importações.
Nossa Presidenta “onisabida” toma decisões na contra mão da história, gerando
incertezas regulatórias, protegendo alguns subsetores específicos em detrimento dos
outros, estimulando os menos competentes, interferindo onicientemente no câmbio,
emitindo moeda mais do que o necessário e aumentando a dívida interna para enxugar a
moeda indevida, afugentando o capital sem pátria, mas que sem ele não existe
crescimento econômico sustentável.
Enquanto nossos gestores não entenderem o Novo Mundo e continuarem tomando
atitudes do século XX, o Brasil continuará pobre como foi em todos os séculos
passados.
Luiz Carlos Barnabé de Almeida
Mestre em Administração, Economista, Jornalista formado.
Membro da Escola Austríaca de Economia.
Conselheiro do CORECONSP 12/14.
Pesquisador no Pós Graduação do Mackenzie e USCS.
Autor do livro Introdução ao Direito Econômico SARAIVA n2012.
Professor universitário na UNISANTOS, UNIP, UNIESP.
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