CARACTERIZAÇÃO DE PASTAGEM DE BRACHIARIA DECUMBENS NA ZONA DA MATA DE PERNAMBUCO* CHARACTERIZATION OF BRACHIARIA DECUMBENS PASTURES IN THE COASTAL REGION OF PERNAMBUCO Cavalcanti Filho, L.F.M.1, M.V.F. Santos2#, M.A. Ferreira2#, M.A. Lira#, E.C. Modesto2, J.C.B. Dubeux Jr.2#, R.L.C. Ferreira2# e M.J. Silva2 Instituto Agronômico de Pernambuco. IPA. Av. Gal. San. Martin. 1371 Bonji. Caixa Postal 1022. CEP 50761000. Recife. Pernambuco. Brasil. [email protected] 2 Universidade Federal Rural de Pernambuco. UFRPE. Av. Dom Manoel de Medeiros s/n. Bairro Dois Irmãos. CEP 52171-900. Recife-PE. Brasil. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] # Bolsista do CNPq. 1 PALAVRAS CHAVE ADICIONAIS ADDITIONAL KEYWORDS Extrusa. Florística. Pastejo. Extrusa. Floristic. Grazing. RESUMO O experimento foi conduzido na Estação Experimental de Itambé-PE, pertencente à Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária-IPA, tendo como objetivo caracterizar uma pastagem de Brachiaria decumbens submetida a lotação contínua. A composição botânica da pastagem foi determinada pelo método do peso seco escalonado e da massa de forragem. Foram utilizados três métodos diferentes (corte do pasto rente ao solo, pastejo simulado e animal esôfago-fistulado). Na composição botânica foram identificadas 10 famílias, 24 gêneros e 28 espécies. Independente do período de avaliação, a B. decumbens foi o componente de maior participação e ervas e arbustos o de menor. Evidenciou-se redução na massa de forragem e altura média do pasto, passando de 5731,5 a 3766,0 kg de MS/ha e de 25,75 a 10,03 cm do início para o final do período de avaliação, respectivamente. O pasto apresentou valores de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) de 46,9; 6,3; 78,3 e 45,1%, respectivamente. Já a extrusa e o pastejo simulado apresentaram, respectivamente, teores médios de 19,4 e 9,7; 75,0% e 40,4%; 25,8 e 11,7%; 65,9 *Parte da dissertação do primeiro autor, acordo IPA UFRPE. Recibido: 19-10-06. Aceptado: 17-4-07. e 34,6% para MS, PB, FDN e FDA. O pasto apresentou altas proporções de caule e material morto, porém, os animais selecionaram uma dieta rica em folhas. SUMMARY The experiment was carried out at Itambé Experimental Station from IPA, and aimed to characterize a Brachiaria decumbens pasture under continuous stocking. Botanical composition was determined using the dry weight rank method and herbage mass. Nutritive value was estimated by three different methods: herbage sample harvested at ground level simulated grazing, and samples collected by esophageal fistulated animals. Pasture botanical composition included 10 families, 24 genus, and 28 species. Regardless of the evaluated period, Brachiaria decumbens was the major component of the pasture; herbs and shrubs had minimal participation in the botanical composition. Herbage mass and sward height decreased with grazing, from 5731.5 to 3766.0 kg DM/ha and from 25.75 to 10.03 cm from the beginning to the end of the evaluation period, respectively. Herbage availability presented average values of 46.9 %; 6.3 %; 78.3 % and 45.1% for concentration of DM, CP, NDF, and ADF, Arch. Zootec. 57 (220): 391-402. 2008. CAVALCANTI FILHO ET AL. respectively. Extrusa and simulated grazing presented average values of 19.4 and 9.7%; 75.0 and 40.4%; 25.8 and 11.7%; 65.9 and 34.6% for DM, CP, NDF, and ADF, respectively. Herbage presented high proportion of stem and dead material, however, the grazing animals presented high proportion of leaves in their diet. INTRODUÇÃO A Zona-da-Mata de Pernambuco possui predominantemente cultivo da cana-deaçúcar. No entanto, a pecuária ocupa lugar de destaque, pois, além da proximidade do mercado consumidor, fatores como precipitação pluvial, temperatura e luminosidade são bastante favoráveis ao cultivo de plantas, apesar da baixa fertilidade natural do solo. As pastagens também constituem uma alternativa ecologicamente correta do uso do solo, pois se bem manejadas, propiciam cobertura vegetal e proteção desses solos de topografia acidentada. Apesar da Zona-da-Mata apresentar pluviosidade satisfatória para a manutenção de várias gramíneas, com elevado potencial forrageiro, durante a estação seca, a disponibilidade e a qualidade da forragem diminuem bastante, prejudicando principalmente os animais em crescimento, cuja exigência é bastante elevada. De acordo com Nascimenio Júnior et al. (1994), o manejo da pastagem visa obter equilíbrio entre o rendimento e a qualidade da forragem produzida, com resultados satisfatórios tanto em desempenho como em produtividade. Assim, o conhecimento das inter-relações dos componentes envolvidos é de vital importância no controle e na manipulação dos sistemas de pastejo. Lopes et al. (2000) relatam que avaliações freqüentes na pastagem e ajustes na taxa de lotação são necessários para se obter um manejo adequado de forrageiras para determinada exploração. Assim, estas avaliações podem ser feitas de diferentes formas, mas o método utilizado deverá principalmente representar a realidade da vegetação, sem contudo, se tornar excessivamente trabalhoso e dispendioso. Pedreira (2002) afirmou que independente do objetivo da avaliação, algumas respostas são imprescindíveis e sua quantificação, seja nos ensaios de corte ou nos de pastejo, devem ser feitas de maneira criteriosa para que valores precisos possam ser auferidos. Segundo o autor, do ponto de vista quantitativo, talvez a variável-resposta mais importante a ser quantificada seja a massa de forragem. O gênero Brachiaria, representado principalmente pelas espécies B. brizantha, B. decumbens e B. humidicola, é responsável por cerca de 80% de toda a área de pastagens cultivadas no Brasil (Hodgson e Silva, 2002). A facilidade na aquisição de sementes de boa qualidade, boa tolerância a solos de baixa fertilidade, rápido estabelecimento, alta competição com plantas invasoras e boa eficiência na proteção do solo contra a erosão contribuíram para a rápida disseminação dessas espécies. Segundo Goedert et al. (1988), a B. decumbens pode alcançar uma produtividade anual entre 5 a 12 t/ha de matéria seca. Com relação ao valor nutritivo, Gomes Júnior et al. (2001a) avaliaram a composição químico-bromatológica da B. decumbens sob pastejo em Felixlândia- MG, e observaram que a mudança da estação chuvosa para seca implicou em maturação do capimbraquiária, com redução dos carboidratos solúveis e aumento da fração não-degradável da parede celular, acarretando perda de digestibilidade. Observaram também um reflexo semelhante sobre o teor protéico, gerando nível global deficitário de proteína, agravado pela elevação concomitante da fração indisponível dos compostos nitrogenados. Assim, este trabalho teve como objetivos caracterizar quantitativamente e qualitativamente pastagem de B. decumbens, submetida a lotação continua, durante diferentes meses na Zona da Mata de Pernambuco. Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 392. CARACTERIZAÇÃO DE PASTAGEM DE BRACHIARIA DECUMBENS MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado na Estação Experimental da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária - IPA, ltambé - PE, numa área de pastagem de 7,7 ha formada predominantemente por Brachiaria decumbens, no período de 11 de maio de 2001 a 21 de novembro de 2002. Este município encontra-se na microregião fisiográfica da Zona da Mata Norte do Estado de Pernambuco. A precipitação média anual é de aproximadamente 1300 mm, com temperatura média anual em torno de 26°C (Vieira, 2000). Os solos da região são classificados de acordo com Jacomine et al. (1972). Os dados médios da precipitação pluvial durante o período de execução do experimento foram obtidos na Estação Meteorológica do IPA, Itambé, PE. As precipitações pluviais ocorridas durante o período experimental apresentaram grandes variações. O total de chuvas foi de 559,6 mm, sendo que o maior percentual (38,07%) foi observado nos meses de novembro e junho de 2001. Foram utilizados 18 novilhos 5/8 Holandês/Zebu, provenientes do programa de melhoramento genético animal do IPA, tendo esses animais, no início do experimento, média de 20 meses de idade e 267,33 kg de peso vivo (PV). Os animais utilizaram pastagem de Brachiaria decumbens, Stapf continuamente, tendo acesso a sal mineralizado e água a vontade. Os animais foram submetidos a um sistema de pastejo extensivo com uma carga animal de 1,7 UA/ha. A estimativa da composição botânica, massa de forragem, altura média, proporção relativa das frações da planta e composição químico-bromatológica foram realizadas a cada 28 dias, totalizando sete avaliações. A estimativa da massa de forragem foi obtida através do método do rendimento comparativo (Haydock e Shaw, 1975), enquanto que os dados para estimar a composição botânica da pastagem foram obtidos utilizando-se a metodologia do peso seco ordenado, descrita por t'Mannetje e Haydock (1963), posteriormente melhorada por Jones e Hargreaves (1979). Para o processamento dos dados foi empregado o programa computacional BOTANAL (Hargreaves e Kerr, 1978). A área experimental foi dividida em quatro transectos paralelos imaginários, no sentido do maior comprimento, ao longo dos quais foram realizadas estimativas visuais em 50 pontos por transecto, distanciados um do outro de 5 m aproximadamente. A avaliação quanto à composição botânica da pastagem foi realizada nos mesmos pontos amostrados para a massa de forragem, utilizando-se o método de peso seco ordenado. Exemplares das espécies encontradas na área experimental e identificadas pelo nome vulgar regional. Uma vez acondicionados em campo, os exemplares foram conduzidos para o Herbário da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária-IPA, em Recife, PE, e classificadas de acordo com Cronquist (1981). Após a realização das amostragens, foi efetuado, o corte rente ao solo da forragem contida nos quadrados-padrões. Foi realizado a pré-secagem em estufa de circulação forçada de ar a 65°C, durante 48 horas, pesadas e registradas para obtenção da equação de regressão. Posteriormente, o material foi enviado para o Laboratório de Nutrição Animal - UFRPE, para realização das análises química-bromatológicas. As espécies encontradas na pastagem foram agrupadas em quatro componentes de maior ocorrência na vegetação: 1Brachiaria decumbens, 2- Leguminosas, 3Outras gramíneas e 4- Ervas e arbustos. Utilizou-se toda vegetação contida em 15 quadrados de 20 x 20 cm, distribuídos ao acaso na área experimental. Nessa amostra, procederam-se à separação manual das frações folha, caule e material senescente (Stobbs, 1973). O material referente a cada fração da planta foi pesado verde e novamente após présecagem. Para amostrar a composição químico- Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 393. CAVALCANTI FILHO ET AL. bromatológica do pasto foram utilizados três métodos, corte rente ao solo, pastejo simulado e animal esôfago-fistulado. O animal utilizado para a coleta da extrusa foi um bovino Girolando, fistulado no esôfago, conforme técnica descrita por Bishop e Froset (1970). O animal teve acesso à área experimental por três dias consecutivos, em cada período, recolhido no final da tarde e solto na manhã seguinte para a coleta de extrusa. Este animal era colocado em pastejo por, aproximadamente, 40 minutos (Goes et al., 2001; Gomes Júnior et al., 2001b) e em seguida contido para coleta das amostras. Estas amostras eram acondicionadas em gelo durante o transporte até o Laboratório de Nutrição Animal - UFRPE. As amostras foram divididas em duas partes, uma para determinação da proporção relativa das frações da planta na dieta (folha, caule e material senescente) e a outra foi seca a 65°C durante 72 horas, moída em moinho com peneira de 1 mm e armazenadas visando posterior análise química-bromatológica e determinação da digestibilidade in situ da MS. No primeiro dia da entrada do animal fistulado foram coletadas amostras obtidas pelo método do pastejo simulado (Oliveira et al., 2001). A obtenção dessas amostras eram realizada após um período prévio de observação do comportamento de pastejo dos animais, manualmente, objetivando obter uma porção da planta similar àquela selecionada pelos animais. Foram coletados aproximadamente 500 g de material, sendo em seguida seco a 65ºC, durante 48 horas. Todas as análises química-bromatológicas foram realizadas no Laboratório de Nutrição Animal - UFRPE, segundo metodologia descrita por Silva e Queiroz (2002), para determinação da matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA). O método utilizado para análise da composição botânica do material ingerido foi o do ponto microscópico (Harker et al., 1964). As amostras de extrusa, por dia e por período, após descongelamento, foram prensadas manualmente para retirada do excesso de saliva. Posteriormente, tomaram-se cerca de 400 g de material da dieta referente a cada dia por período. A leitura para cada amostra foi de 400 pontos. O material observado era classificado como folha, caule ou material senescente. No delineamento experimental foram considerados na análise de variância os três métodos de amostragem, as épocas de amostragem, em esquema fatorial 3 x 6. Os dados foram analisados através do programa estatístico SAS (2001) e avaliados por meio de análise de variância com desdobramento da interação, quando significativa. O teste de comparação de médias utilizado foi o de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observou-se grande diversidade de famílias compondo a pastagem, com identificação de 10 famílias, 24 gêneros e 28 espécies (tabela I). As famílias com maior número de espécies identificadas foram Gramíneas e Leguminosas. Destaca-se a presença de espécies pioneiras no processo de sucessão e espécies típicas de Mata Atlântica, tais como Pau de Lagarto e Espinheiro. A presença dessas espécies indica o retorno natural da vegetação anteriormente existente na área e a necessidade de um manejo mais adequado, para que não ocorra uma diminuição da espécie cultivada. Como esperado, a B. decumbens foi a espécie mais freqüente na área variando de 98,5% em julho e setembro a 96,4% em agosto (tabela II). Estes resultados evidenciam que apesar da presença de espécies invasoras (tabela I), a pastagem encontrava-se em bom estado de conservação, mostrando assim boa persistência e adaptabilidade ao manejo adotado. Por outro lado, é importante um manejo adequado da pastagem, para Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 394. CARACTERIZAÇÃO DE PASTAGEM DE BRACHIARIA DECUMBENS que as espécies invasoras não tenham oportunidade de proliferarem. Segundo Nascimento Jr. et al. (1994), a pastagem se encontra numa condição ótima de manutenção quando a participação da espécie introduzida foi superior a 85%. Dando suporte aos resultados obtidos, Lucena et al. (2002), trabalhando em pastagem de B. decumbens pastejada por novilhas, encontraram valores semelhantes aos observados neste trabalho, obtendo uma participação média da B. decumbens variando de 94% a 91%, nos meses de fevereiro a maio de 2001, respectivamente. Os autores observaram também baixas participações dos componentes leguminosas, outras gramíneas e ervas e arbustos na composição botânica da pastagem. Apesar de ter sido observado um grande número de espécies de leguminosas na área (tabela I), possivelmente em decorrência da agressividade da B. decumbens, esse componente apresentou baixo percentual de participação na composição botânica da pastagem (tabela II). A massa de forragem da espécie predominante (B. decumbens) sofreu redução ao longo do período experimental, passando de 5625,4 kg de MS/ha em maio para 3701,1 kg de MS/ha em novembro (tabela III). Tabela I. Espécies botânicas presentes na área de pastagem de Brachiaria decumbens, Itambé-PE. (Species present in Brachiaria decumbens pasture in Itambé-PE). Família Espécie Nome vulgar Asteraceae Asteraceae Asteraceae Byttneriaceae Cyperaceae Cyperaceae Flacourtiaceae Gramineae Gramineae Gramineae Gramineae Gramineae Legurninosae Legurninosae Leguminosae Leguminosae Leguminosae Leguminosae Legurninosae Leguminosae Legurninosae Legurninosae Malvaceae Malvaceae Malvaceae Scrophulariaceae Smilacaceae Solanaceae Ageratuni conyzoides L. Vernonia brasiliana (L.) Druce Vernonia cinerea (L.) Less. Walteria indica L. Rynciospora ciliata (VahI) KUK Cyperus distans L. Casearioa sylvestris SW Brachiaria decumbens Stapf Sporobolus indicus (L.) R. Eleusine indica (L.) R. Paspalum maritimum Trin. Brachiaria humidicola (Rendle) Schweickt Crotalaria retusa L. Desmodium incanum (SW.) DC Indigofera hirsuta L. Calopogonium mucunoides Dcsv. Tephrosia cinerea Pers. Machaerium aculeatum Raddi Schrankia leptocarpa DC. Stylosanthes capitada Vogel. Stylosanthes viscosa SW Macropitilium sp. Sida linifolia Cav. Sida spinosa L. Sida acuta Burm. Scoparia dulcis L. Smilax brasiliensis Spreng Solanum paniculatum L. Não determinado Não determinado Não determinado Malva branca Branquinha Capim junco Pau de lagarto Braquiária Capim luca Capim-pé-de-galinha Capim gengibre Braquiária humidicola Xique-Xique Amor de vaqueiro Anil Calopogônio Anil bravo Espinheiro Malícia Estilosantes Vassourinha Vassoura Malva Malva Não determinado Não determinado Não determinado Jurubeba Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 395. CAVALCANTI FILHO ET AL. Tabela II. Composição botânica da pastagem (%) de Brachiaria decumbens sob pastejo, em diferentes períodos de avaliação, Itambé- PE. (Pasture botanical composition (%) of Brachiaria decumbens under grazing in different periods of assessment, Itambé-PE). Componentes Maio Junho Julho B. decumbens Leguminosas Outras gramíneas Ervas e arbustos 98,2 0,4 1,3 0,1 97,8 1,3 0,5 0,4 98,5 0,6 0,6 0,3 Provavelmente, essa redução deve estar associada ao elevado consumo e efeito dos fatores climáticos, ao fato de que esta gramínea é amplamente selecionada pelo animal, devido a características como palatabilidade e tolerância ao pisoteio (Matos, 1985). A produção de matéria seca de uma espécie é dependente da sua adaptação aos fatores de meio e do manejo aplicado. A resposta das plantas ao pastejo varia de acordo com a espécie e é dependente da localização do ponto de crescimento, da área foliar residual, das substâncias de reserva e da ocorrência de fatores de estresse. Nem todas as espécies estão sujeitas à mesma resposta ao pastejo, apresentando, dessa forma, crescimento e produção de forragem diferenciados. Os resultados observados para a massa total de forragem no presente trabalho foram semelhantes aos obtidos em trabalhos ante- Avaliações Agosto Setembro 96,4 2,2 0,8 0,6 98,5 1,4 0,1 0,0 Outubro Novembro 97,0 2,1 0,6 0,3 98,3 0,3 0,7 0,7 riores realizados com B. decumbens na mesma estação experimental. Lucena et al. (2002) observaram uma variação de 4494 kg de MS/ha em fevereiro a 1920kg de MS/ha em maio de 2001. Entretanto, Llamoca Zárate (1992) e Dubeux Júnior et al. (1997), encontraram uma massa de forragem média anual de 4250 e 6550 kg de MS/ha, respectivamente. A proporção de folhas e de matéria seca verde diminuiu ao final do período experimental, aumentando a proporção de material seco (tabela IV). Dubeux Júnior et al. (1997) observaram que não houve associação entre o ganho de peso diário e a massa de forragem. No entanto, a disponibilidade de forragem verde apresentou correlação positiva significativa com o ganho de peso vivo diário. Observou-se uma redução na altura média do pasto ao longo dos períodos amostrados, o que provavelmente está Tabela III. Massa de forragem (kg de MS/ha) de pastagem de Brachiaria decumbens sob pastejo, em diferentes períodos de avaliação, Itambé-PE.(Herbage mass (kg of DM/ha) of Brachiaria decumbens under grazing in different periods of assessment, Itambé-PE). Componentes B. decumbens Leguminosas Outras gramíneas Ervas e arbustos Total Maio Junho Julho 5625,4 30,3 73,8 2,0 5731,5 5017,3 61,8 31,2 19,2 5129,5 4123,1 26,0 28,3 9,6 4187,0 Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 396. Avaliações Agosto Setembro 4182 55,3 102,4 41,8 4381,5 3694,7 52,5 4,4 3,0 3754,6 Outubro Novembro 3898,2 82,2 22,4 10,6 4013,4 3701,1 14,8 24,0 26,1 3766,0 CARACTERIZAÇÃO DE PASTAGEM DE BRACHIARIA DECUMBENS Tabela IV. Disponibilidade (kg de MS/ha) das frações folha, caule e material senescente (ms) em pastagem de Brachiaria decumbens sob pastejo, em diferentes períodos de avaliação, Itambé-PE. (Availability (kg of MS/ha) of leaf, stem and senescent material (ms) in Brachiaria decumbens pastures under grazing, in different periods of evaluation, Itambé-PE). Avaliações Folha Caule Folha+Caule ms Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro 1100,28 621,03 825,24 1121,73 652,96 535,30 282,51 904,68 768,75 832,57 1179,06 933,86 602,07 478,75 2004,97 1389,78 1657,81 2300,80 1586,82 1137,36 761,27 3620,43 3627,52 2465,29 1881,21 2107,88 2760,84 2939,83 associado ao consumo animal. O menor e maior valor obtidos (10,03 e 25,75 cm), em novembro e maio, respectivamente, estão acima dos 7 cm recomendados por McClymont (1974) para pastagens densas, e dentro dos limites mínimos de 10 a 20 cm mencionados por Stobbs (1973), para que ocorra maior facilidade de apreensão do bocado e maior seletividade. Dessa forma, observase que a altura do pasto não limitou o consumo e conseqüentemente o desempenho dos animais durante o período experimental. Foram observados efeitos significativos para métodos de amostragem, períodos de coleta e sua interação para os teores médios de MS, PB, FDN e FDA (tabela V). Houve diferença significativa (p<0,05), exceto para os teores de FDA, entre os meses de coleta. Essa diferença, bem como as diferenças (p<0,05) observadas entre os meses de coleta na MS e PB do pasto e FDA da extrusa, deve estar associada ao pastejo dos animais e às condições climáticas do local, que afetaram o estádio fenológico das plantas. A porcentagem de MS da extrusa em todos os períodos de coleta, foi semelhante à observada no pastejo simulado e inferior (p<0,05) à porcentagem de MS do pasto, o que se deve, além da seletividade animal, à presença da saliva na extrusa, umedecendo a ingesta. Os teores médios de MS obtidos neste trabalho foram diferentes dos obser- vados em trabalhos realizados em pastagem de B. decumbens Detmann et al. (1999), estudando os métodos pastejo simulado e extrusa, MG, observaram 27,78% e 12,64% de MS, respectivamente. Vieira (2000), avaliando a seletividade de bovinos em Itambé, PE encontrou durante o período chuvoso um teor médio de 18,3% de MS na pastagem. Todavia, Gomes Júnior et al. (2001a), avaliaram a qualidade de amostras obtidas pelos métodos do corte da pastagem, pastejo simulado e extrusa, e encontraram, respectivamente, teores médios de 48,73%, 46,44% e 14,03% de MS. A superioridade do conteúdo protéico da extrusa em relação ao pasto (p<0,05) confirma a capacidade de seleção dos bovinos em piquetes com alta massa de forragem (tabela III), fazendo com que o teor de PB da forragem ingerida seja superior aquela amostrada no pasto. Tal superioridade deveu-se em parte a incorporação de nitrogênio à amostra de extrusa, em virtude de uréia e mucinas (Lima et al., 1998) contidas naturalmente na saliva de ruminantes e à preferência por folhas demonstrada pelos animais durante o pastejo. Provavelmente, os animais, além de selecionarem folhas em relação ao caule, fizeram uma seleção dentro do dossel foliar, preferindo folhas novas às mais velhas. Assim, a maior participação de folhas na dieta e o elevado conteúdo protéico dessas, em relação à planta inteira, Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 397. CAVALCANTI FILHO ET AL. Tabela V. Teores médios de matéria seca (MS), proteína bruta (PB) fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) determinados em amostras de corte rente ao solo (Pasto), extrusa (EXT) e pastejo simulado (PS) expressos em porcentagem na MS de pastagem de Brachiaria decumbens em diferentes períodos de coleta, Itambé-PE. (Average concentration of dry matter (MS), crude protein (PB), neutral (FDN), and acid (FDA) detergent fiber in samples obtained cutting at ground level (pasture), extrusa of esophageal phistulated animals (EXT) and simulated grazing (PS) in Brachiaria decumbens pasture in different periods of evaluation, Itambé-PE; samples are expressed as percentage of MS). Meses Pasto Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro CV (%) 51,8aB 32,6aB 39,8aB 40,5aB 44,9aB 73,9aA Meses Pasto Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro CV (%) 80,1aA 79,8aA 77,1aA 78,3aA 76,2aA 78,2aA MS (%) EXT 18,0bA 20,1bA 20,2bA 16,1bA 19,8bA 22,1bA 19,7 PS Pasto 24,3bA 21,6abA 23,3bA 25,5bA 22,7bA 37,2bA 5,1bBC 5,3bBC 7,6bAB 6,6bABC 8,7bA 4,3bC PS Pasto 72,3bA 67,1bA 66,1bA 67,0cA 58,0bA 65,1bA 46,8aA 46,6aA 44,6aA 42,9aA 43,4aA 46,0aA FDN (%) EXT 77,8aA 76,0aA 77,2aA 72,5bA 74,9aA 71,4bA 2,98 PB (%) EXT 10,3aA 10,5aA 9,2abA 10,1aA 9,7abA 8,3aA 14,20 FDA (%) EXT 42,7bA 41,4b AB 42,7aA 40,9aAB 38,0bBC 36,8bBC 3,84 PS 9,6aA 11,8aA 12,3aA 11,6aA 13,8aA 11,2aA PS 31,6cA 35,6cA 37,5bA 34,3bA 29,3cA 39,2bAB Médias seguidas pelo menos de uma mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem (p<0,05), pelo teste F. contribuíram para esse fato. Os resultados obtidos neste trabalho para os teores médios de PB dos métodos pastejo simulado e extrusa foram próximos aos obtidos por Detmann et al. (1999), de 9,78 e 9,93% de PB, respectivamente; e superiores aos encontrados por Gomes Júnior et al. (2001a), que encontraram, teores médios de 3,96% e 6,76% de PB , respectivamente. Com relação ao pasto, os teores médios de PB obtidos em alguns meses (junho, julho, setembro e novembro), podem ser considerados baixos do ponto de vista nutricional, já que, segundo Minson e Milford (1967), os ruminantes precisam de, no mínimo, 7,0% de PB para que possam alcançar níveis de consumo e digestibilidade suficientes para sua manutenção. Para os teores de fibra, as diferenças encontradas entre pasto e extrusa foram menos evidentes. Diante da preferência animal por folhas em vez de caule, e material verde em vez de material senescente, a diferença entre a dieta e a pasto não foi substancial. O avanço do estado fenológico das espécies e a elevada disponibilidade de caule e material senescente na pastagem (tabela IV), possivelmente, limitaram a seletividade por plantas e partes menos fibrosas, contribuindo para elevar o conteúdo de fibra da dieta, tornando mais estreitas as diferenças entre a dieta e o Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 398. CARACTERIZAÇÃO DE PASTAGEM DE BRACHIARIA DECUMBENS pasto. Outro fato que pode ter contribuído é que embora as folhas e o material verde tenham sido os principais constituintes da dieta, ocorreu a presença de material senescente, que mesmo em baixos porcentuais, provavelmente, contribuiu para elevar o conteúdo de fibra da dieta. Torregroza Sanchez et al. (1993) explicaram que ocorre uma recuperação incompleta do material coletado pelos animais, ou seja, o que fica na bolsa de coleta são as partes mais fibrosas da ingesta, continuando no esôfago aquelas mais mastigadas e menos fibrosas, bem como a lixiviação dos carboidratos solúveis, que passam com a saliva através dos orifícios de drenagem das bolsas coletoras. Diante do exposto, deve-se considerar que, provavelmente, o conteúdo de fibra da dieta dos animais, no presente trabalho tende a ser superestimada. Os teores de fibra em detergente neutro, em todos os períodos e métodos de amostragem, atingiram valores acima de 60%, o que pode ter limitado o consumo dos animais. Mertens (1994) afirma que o teor de FDN é um fator limitante para o consumo voluntário. Para Van Soest (1994), o consumo é inversamente relacionado ao teor de fibra em detergente neutro em dietas que contenham acima de 60% de FDN. Os resultados obtidos para os teores de FDN pelos métodos pastejo simulado e extrusa foram próximos aos obtidos por Detmann et al. (1999), de 65,57% e 71,72%, respectivamente. Gomes Jr. et al. (2001b), estudando a parede celular da B. decumbens, encontraram, de dezembro de 1997 a outubro de 1998, valores para o pastejo simulado que variaram de 70,98% a 80,48% de FDN. Para amostras obtidas pelo corte do pasto. Estes resultados concordam com os obtidos por Gomes Júnior et al. (200la), que observaram diferença entre os três métodos com médias de 48,23%, 41,66% e 42,82% de FDA para o pasto, pastejo simulado e extrusa, respectivamente. Os teores de fibra em detergente ácido, em todos os períodos e métodos de amostragem, atingiram valores acima de 30%, o que pode ter limitado o consumo dos animais. Segundo Noller et al. (1996), forragem com valores de FDA abaixo de 30% são consumidas em altos níveis, enquanto aquelas com FDA acima desse nível serão consumidas em baixos níveis. Segundo Paulino et al. (2001), a atitude dos bovinos em pastejo por selecionar dieta com a mais alta qualidade possível é uma manifestação da estratégia para otimizar o balanço nutricional. Em conseqüência e como resultado da preferência manifestada em pastejo, a dieta, é geralmente, de maior digestibilidade, maior conteúdo de proteína e menor conteúdo de parede celular que o pasto oferecido. Neste contexto, a literatura é unânime em afirmar que, independente da espécie selecionada, o melhor valor nutritivo da dieta, em relação à pastagem, deve-se à nítida preferência dos animais por folhas. Observou-se que mesmo num pasto que apresentou altas proporções de material senescente, os animais selecionaram uma dieta muito rica em folhas durante todo período experimental (figura 1). Vale ressaltar que mesmo nos últimos dias de pastejo (novembro), onde a proporção de folhas no pasto era muito baixa, menos de 10%, os animais selecionaram cerca de 63% de folhas, confirmando assim, que os animais pastejam seletivamente, mesmo em condições onde a quantidade de folhas na pastagem é limitante. Os resultados observados no presente trabalho concordam com os resultados de Chacon e Stobbs (1976), em pastagem de B. decumbens observaram que os animais selecionaram 90% de folhas no inicio do experimento e 56% no final do experimento. Neste sentido, Euclides et al. (1992), trabalhando em pastagem de capimbraquiária, observaram que os bovinos, durante o período seco, selecionaram folhas em nível 10,5 vezes maior que sua disponibilidade total na pastagem. Segundo Van Soest (1994), o maior consumo de folhas em relação ao caule, é atribuído a mais rápida Archivos de zootecnia vol. 57, núm. 220, p. 399. 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Folha Caule ms Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Participação na Pastagem (% ) Participação na Pastagem (% ) CAVALCANTI FILHO ET AL. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Folha Caule ms Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Nov. Avaliações Avaliações Figura 1. Proporção relativa das frações folha, caule e material senescente (ms) em pastagem e na dieta de Brachiaria decumbens sobre pastejo, conforme os períodos de avaliação, ItambéPE. (Relative proportion of leaf, stem, and senescent material (ms) of the pasture and of the diet in Brachiaria decumbens pasture under grazing, for different evaluation periods, Itambé-PE). digestão e ao menor tempo de retenção no rúmen, bem como à maior acessibilidade e facilidade de apreensão. Por outro lado, os fatores que atuam condicionando a seletividade, além de complexos, são vários e, de certa forma interagem entre si. Dentro dessa interação, possivelmente, há os fatores que exercem influência direta e os que exercem influência indireta no comportamento seletivo dos animais. Apesar disso, a preferência dos animais por folhas é nutricionalmente vantajosa, devido ao fato de que, geralmente, as folhas são as mais ricas em proteína bruta, apresentam teor mais baixo de fibra e, conseqüentemente, digestibilidade mais elevada em relação ao caule e à planta inteira. A pastagem apresentou altas proporções de caule e material morto, porém os animais selecionaram uma dieta rica em folhas. BIBLIOGRAFIA Bishop, J.L. and J.A. Froset. 1970. Improved techniques in esophageal fistulization of sheep. Am. J. Vet. Res., 31: 1505-1507. Chacon, E. and T.H. Stobbs. 1976. Influece of progressive defoliation of a grass sward on the eating behaviour of cattle. Aust. J. Agr. Res., 27: 709-727. Cronquist, A. 1981. The integrated sistem of classification of flowering plant. Columbia University. New York. Detmann, E., M.F. Paulino, J.T. Zervoudakis, S.C. Valadares Filho, D.S. Queiroz e E.C. Modesto, 1999. 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