PASTAGEM Indicador seguro RÉGUA DE MANEJO DE PASTAGEM VAI FACILITAR A VIDA DO PRODUTOR DE GADO ma nova tecnologia que vai facilitar a vida do produtor de gado foi lançada pela Embrapa Gado de Corte: é a régua de manejo de pastagem. Ela tem a capacidade de apontar o momento correto de entrada e de saída do gado na pastagem. U Altura certa A ferramenta indica a altura certa de vários capins quan- Capim mombaça na altura de entrada dos animais na pastagem do da entrada de animais (cor verde) e da saída na pastagem al junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (cor vermelha) das forrageiras: Brachiaria humidicola (INPI). Eles enfrentaram obstáculos, como “o levantamenComum, Brachiaria decumbens cultivar Basilisk, Brachiaria to, agregação e ponderação de dados díspares quanto à brizantha, cultivares Marandu, Xaraés e BRS-Piatã e de três altura correta de manejo para as oito forrageiras”, conta cultivares do gênero Panicum, Panicum maximum X Haroldo. A morosidade na tramitação do processo no INPI Panicum infestus cultivar Massai, Panicum maximum cultambém foi outro entrave, segundo os pesquisadores. tivares Tanzânia-1 e Mombaça. Em pastos recém-formados, o pastejo deve ser iniciaOs idealizadores da nova tecnologia, Haroldo Pires de do 60 a 90 dias após a germinação da forrageira, quando Queiroz (Embrapa Gado de Corte) e José Alexandre Agiova as plantas atingirem a altura recomendada. Para o primeiro da Costa (Embrapa Caprinos e Ovinos), explicam que uma pastejo, o ideal é a colocação de animais jovens e leves, das dificuldades do produtor é saber como manejar correque consomem a metade das folhas, estimulando o perfitamente a pastagem para que ela não sofra queda de prolhamento sem arrancar as plantas. dutividade ao ser superpastejada. “A nova ferramenta vai facilitar o trabalho de manejo da pastagem de forma adeManejo da pastagem quada”, afirma o zootecnista Haroldo Pires de Queiroz. Indicação com segurança “É comum nas fazendas brasileiras encontrar rebanhos em áreas superpastejadas, com os animais permanecendo no piquete com o capim muito abaixo da altura indicada para a espécie. Entre outras causas, isto acontece por falta de um indicador seguro do momento de saída dos animais. E também é normal encontrar produtores deixando o capim passar do ponto de entrada, igualmente por não ter uma indicação segura da altura em que deve ser manejado”, complementa o pesquisador Alexandre Agiova. Durante quatro anos, os técnicos da Embrapa trabalharam nesta tecnologia, da concepção à proteção intelectu- Em pastejo contínuo, a régua indica o momento de aumentar ou reduzir a lotação do pasto: altura máxima de capim — aumento de número de animais no piquete. O mesmo raciocínio aplica-se para altura mínima. Já em rotacionado, o instrumento aponta quando da entrada e retirada de animais na pastagem. A taxa de lotação mais adequada corresponde àquela que permitir o consumo de toda a forragem entre as alturas de entrada e saída, em um período de 1 a 7 dias. A régua ainda possibilita medir a altura do primeiro pastejo, que deve ser com pouca remoção de forragem para estimular o perfilhamento. Cada capim possui suas características de manejo e a régua considera tais peculiaridades. DALÍZIA AGUIAR - EMBRAPA GADO DE CORTE A Lavoura NO 692/2012 61 !ALAV692-60-61-Pastagem.pmd 61 14/9/2012, 11:26