Carta ao Investidor Skopos HG - Maio - 2004 "O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”. (Willian George Ward) Em maio o Skopos HG desvalorizou-se 4,5%, acumulando uma perda de 6,8% no ano. O movimento inicado em abril de queda na bolsa e aumento do risco externo, refletiu-se no mercado de câmbio, que até então vinha se comportando de maneira mais calma. Em função desse ambiente tumultuado, o Banco Central interrompeu a trajetória de queda das taxas de juros, piorando ainda mais o clima no mercado acionário. O lado positivo ficou por conta dos dados de crescimento econômico indicando que o país pode crescer mais que 4% em 2004. Em janeiro escrevemos “...o Ibovespa está 60% acima de seu preço médio de 1 ano. Existe uma tendência (não uma certeza) do mercado de corrigir exageros. Sendo assim, estamos reduzindo paulatinamente nossa exposição comprada e utilizando algumas posições vendidas para proteger a carteira....”. Apesar dessa cautela e de termos construído uma carteira composta de empresas exportadoras ou que se beneficiem de uma alta no dólar, esse primeiro movimento atingiu duramente a cota do fundo, que chegou a estar 17% abaixo do seu ponto máximo. Paradoxalmente, as empresas reportaram resultados muito bons e continuam a mostrar uma tendência de melhora nos fundamentos econômicos. Com uma alta de 10% no dólar e uma queda de 17% nos preços, o que estava barato, hoje, nos parece uma barganha. Recentemente, aumentamos nossa exposição ao mercado, diminuindo as posições vendidas. Em contrapartida, concentramos mais recursos em ações defensivas. Olhando do ponto de vista micro, nos sentimos muito confortáveis após essa correção. Do ponto de vista macro, não tentamos fazer previsões, mas construímos um portfólio que se comporte da melhor maneira em qualquer cenário. No entanto, os efeitos dessa mudança só se refletem num prazo maior.Os efeitos positivos de um dólar mais alto se traduzem em ganhos maiores para as empresas e conseqüentemente na valorização nas cotações. Buffett ensina que “no curto prazo o mercado é uma máquina de votação e no longo prazo uma balança”, ou seja, hoje o mercado “elege” um preço, que está alto ou baixo, mas no futuro, o mercado “pesa” corretamente o valor de uma empresa. Assim, uma análise correta gera resultados superiores ao longo do tempo. Em abril e maio, os fundos de ações sofreram pesados resgates no Brasil, acentuando o processo de queda nas bolsas. Muitos gestores (inclusive nós) venderam ações baratas para adequar as carteiras a volumes menores de recursos. Para o investidor que fica, fora o desconforto de ver a cota cair, nenhum dano real foi causado. Mas aquele que sai, pode estar consolidando uma perda definitiva, vendendo ações sub-valorizadas. Nosso objetivo é maximizar o retorno evitando perdas permanentes de capital. É difícil afirmar que os preços atuais representam o fundo do poço, mas, vis a vis os resultados apresentados, estão num patamar historicamente baixo. Periodicamente vamos enviar uma análise simples de empresas, prefencialmente das que façam parte do portfólio, mas não obrigatoriamente. Vamos destacar sempre os pontos que consideramos fundamentais, olhados sob a ótica da nossa filosofia de investimentos. Os valores tratam-se de estimativas, não sendo garantia de resultado do investimento. Obrigado pela confiança, Skopos Administradora de Recursos O Skopos HG FIA é um fundo de investimento em ações, dedicado a investidores qualificados, com objetivo de obter retorno absoluto operando prioritariamente o mercado de ações. Além disso, pode se utilizar de intrumentos de derivativos com objetivo de proteção ou alavancagem, de acordo com a estratégia da gestão. Hedging-Griffo Skopos HG - Maio - 2004 FOSFÉRTIL Fertilizantes Fosfatados S.A. Descrição: A Fosfétil é a maior produtora brasileira de Razão de Investimento: Opera num mercado semi- componentes para a indústria de fertilizantes. Além do monopolista, sendo dona das maiores jazidas do concentrado de P2O5, matéria-prima básica dos mineral básico para produção de fertilizantes. Os fertilizantes fosfatados, atua no setor de nitrogenados importados concorrem em condições desfavoráveis e produtos químicos. Sua base logística inclui o porto em função do alto custo logístico de importação do em Cubatão utilizado também por terceiros na P2O5. Sendo assim, toda produção tem demanda importação de componentes não produzidos no Brasil, certa e os preços são definidos em função do mercado principalmente enxofre e amônia. Atualmente, mesmo internacional, mais custo de impostos de importação e operando a plena capacidade, atende menos de 30% frete. Esses custos garantem um patamar de lucro da demanda doméstica que é suprida principalmente mesmo no ciclo de baixa da matéria prima. por matéria prima importada. investindo para aumentar sua capacidade em 20% a Está partir de 2005. Principal Executivo : Francisco Gros Preço atual: R$ 21,90 Valor de Mercado: R$ 2,33 bilhões Preço alvo: R$32,60 Potencial de alta: 49% Retorno Implícito: 23,5% a.a. Risco Brasil Equivalente: Risco Brasil: 700 10 Y Treasury: 4,75% Prêmio Bolsa: 5% a.a. Cresc: 3% 800.000 3.000.000 1375 b.p. 28,0 26,0 700.000 2.500.000 24,0 600.000 22,0 2.000.000 500.000 EBIT 400.000 1.500.000 Lucro Liquido Dividendos 300.000 1.000.000 200.000 500.000 100.000 Receita 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 - 2001 2002 2003 2004 2005 30 /5 30 /6 30 /7 30 /8 30 /9 30 3 3 30 /10 0/ 11 0/1 /1 2 29 /2 30 /3 30 /4 Conclusão: Apesar de possuir receitas em dólar e atuar num setor com perspectivas favoráveis, a ação negocia com desconto em relação à média do mercado. Potencial de alta justifica a compra da ação. Setor de agronegócio está mais forte do que nunca e vantagem competitiva do Brasil nesse segmento não deve sofrer mudanças num prazo consideravelmente longo. Hedging-Griffo