O Movimento das “Cidades Lentas” Chegou a Portugal o Movimento das Cidades Lentas (Slow Cities), através da adesão de 4 cidades algarvias: Lagos, São Brás de Alportel, Silves e Tavira. O Movimento das Cidades Lentas foi iniciado em Itália e teve como ponto de partida o movimento Slow Food (em oposição à Fast Food). Baseia-se numa filosofia que elogia o equilíbrio do tempo, ou seja, poder ser rápido quando a rapidez é necessária e ser lento quando faz sentido ser lento – aquilo a que os músicos chamam de tempo giusto (o tempo correcto). Numa sociedade cada vez mais acelerada e confusa, a ideia do Movimento consiste em desacelerar, criando condições para que as pessoas consigam atingir o seu próprio tempo giusto: trabalhar de forma mais produtiva; comer com tempo (de preferência em casa ou num restaurante tradicional); confraternizar e criar laços; poder admirar e proteger o ambiente; tomar contacto com a cultura e os costumes da região. Ou seja, viver de forma mais calma e com maior qualidade. Nas Cidades Lentas, o uso da tecnologia é orientado para a melhoria da qualidade ambiental e urbana, e as tradições e o tradicional são valorizados. Destacando-se a produção de comidas e bebidas regionais utilizando técnicas amigas do ambiente, no sentido de se manterem as características das regiões de forma sustentável. Pescadores da Ilha de Tavira A obtenção da designação de “Cidade Lenta” é então uma marca de qualidade de pequenas e médias comunidades. Aplica-se apenas a localidades com menos de 50 000 residentes e que cumpram os 54 requisitos do Movimento. Os requisitos passam pelas seguintes áreas: 1. Políticas Ambientais (p.e.: adopção de um Sistema de Gestão Ambiental e participação em Projectos da Agenda 21); 2. Políticas Construtivas (p.e.: construção de ciclovias entre escolas e edifícios residenciais) 3. Qualidade Urbana (p.e.: criação de programas para a formação de técnicos em bioarquitectura) 4. Valorização da produção autóctone (p.e.: elaboração de planos para o desenvolvimento de agricultura biológica) Todos os direitos reservados © 2006 Ideias Ambientais – de Sílvia Chambel 5. Hospitalidade (p.e.: preparação de itinerários “sustentáveis”, divulgados através de panfletos e na internet) 6. Consciencialização (p.e.: divulgação de informação sobre projectos relacionados com as Cidades Lentas). Cada cidade concorrente deverá ter em conta a sua própria realidade na adaptação dos requisitos, cuja aplicação será verificada regularmente por inspectores da delegação italiana. Caso cumpram os padrões exigidos, as Cidades Lentas podem então utilizar o ícone do caracol (imagem do Movimento). Este Movimento promete vir a ser uma séria tendência no futuro, estando já presente em vários países espalhados pelo globo: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália, Noruega, Nova Zelândia, Polónia, Portugal, Suécia e Suíça. Autor: Vera Prates Data: 9 de Abril de 2009 Semanalmente teremos novos artigos, cujos conteúdos, gráficos, imagens, referências, serão sempre da responsabilidade dos autores. Você poderá participar enviando-nos ideias ou assuntos que gostaria de ver aqui. PRESERVAR E PROTEGER O AMBIENTE È UMA MISSÂO UNIVERSAL! http://www.ideiasambientais.com.pt Todos os direitos reservados © 2006 Ideias Ambientais – de Sílvia Chambel