INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Capítulo 2 Fornecimento de energia elétrica aos prédios 1.° semestre de 2007 Mauro Moura Severino Fornecimento de energia elétrica aos prédios Profundas mudanças no sistema elétrico brasileiro: Privatização de concessionárias (de 7/1995 a 4/1998: 16 empresas); Criação da ANEEL (2/12/1997): regulação legislação Resolução n.° 456, de 29/11/2000: Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica, regulamentando as relações entre consumidores e concessionárias; Código de Defesa do Consumidor; ABNT NBR 5410: 2004; NTD – 6.01/2003 (CEB) Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 2 Fornecimento de energia elétrica aos prédios O que muda com a Resolução n.° 456/2000? Definições Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em kW. Demanda: média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 3 Fornecimento de energia elétrica aos prédios O que muda com a Resolução n.° 456/2000? Definições Tensão secundária de distribuição: tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária com valores padronizados inferiores a 2,3 kV. Tensão primária de distribuição: tensão disponibilizada no sistema elétrico da concessionária com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 4 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Limites do fornecimento: concessionária informa ao consumidor Tensão secundária de distribuição: Cinst for igual ou inferior a 75 kW; Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: Cinst for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: Dcontratada ou estimada for superior a 2.500 kW. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 5 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Ponto de entrega (PE): o PE deverá situar-se no limite da via pública com o imóvel em que se localizar a unidade consumidora (UC), ressalvados os seguintes casos: em área servida por rede aérea, havendo o interesse do consumidor em ser atendido por ramal subterrâneo, o PE se situará na conexão deste ramal com a rede aérea; Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 6 Fornecimento de energia elétrica aos prédios tratando-se de condomínio horizontal, o PE deverá situar-se no limite da via interna do condomínio com cada fração integrante do parcelamento; até o PE, a concessionária deverá adotar todas as providências para viabilizar o fornecimento, observadas as condições estabelecidas na legislação e nos regulamentos aplicáveis. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 7 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Responsabilidades A concessionária é responsável pela prestação de serviço adequado a todos os consumidores, satisfazendo as condições de regularidade, generalidade, continuidade, modicidade das tarifas e cortesia no atendimento, assim como pela prestação de informações para a defesa de interesses individuais e coletivos. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 8 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Responsabilidades As alterações das normas ou padrões técnicos da concessionária deverão ser comunicadas aos consumidores, fabricantes, distribuidores, comerciantes de materiais e equipamentos padronizados, técnicos em instalações elétricas e demais interessados, por meio de jornal de grande circulação e de outros veículos de comunicação que permitam a adequada divulgação e orientação. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 9 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ligações Eletropaulo, CESP e CPFL: São Paulo CEMIG: Minas Gerais LIGHT: Rio de Janeiro Trabalham em conjunto para uniformizar os critérios de fornecimento para os usuários em tensão secundária. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 10 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ligações Regulamentação da LIGHT (25/2/2002): Provisórias: São estabelecidas a título precário e visam possibilitar o fornecimento de energia a instalações que, não podendo ser construídas de acordo com os requisitos das entradas definitivas, destinam-se a finalidades transitórias. É o que acontece com as ligações de força provisória para o funcionamento das máquinas para construção, durante a fase de execução das obras de um edifício. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 11 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ligações Regulamentação da LIGHT (25/2/2002): Temporárias: São estabelecidas a título precário, nas mesmas condições das ligações provisórias, tratando-se de fornecimento de energia de curto prazo (festividades, parques, circos, feiras etc.) Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 12 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ligações Regulamentação da LIGHT (25/2/2002): Definitivas: Quando se destinam a instalações de caráter permanente. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 13 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ligações Regulamentação da LIGHT (25/2/2002): Ainda: Normal: Quando a energia é fornecida de maneira permanente à instalação, podendo ser pela concessionária ou por geração própria. De segurança ou substituição: É proporcionada por fontes independentes da alimentação normal. Ex.: bombas de incêndio, iluminação de emergência, detectores de fumaça, alarme contra roubos, salas de cirurgia em hospitais etc. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 14 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ligações Regulamentação da LIGHT (25/2/2002): Ainda, quanto à tensão: Baixa tensão (BT): 220 V / 127 V 230 V / 115 V (rurais) 380 V / 220 V Média e alta tensão (MT e AT): 13,8 kV – 34,5 kV – 69 kV – 138 kV – 230 kV Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 15 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 16 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 17 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 18 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Ramais: A ligação de uma instalação à rede de distribuição de energia é feita por um ramal de ligação, que tem duas partes. Ramal externo: É o trecho compreendido entre a rede de distribuição e o limite da propriedade particular com a via pública. Ramal interno: É o trecho situado na propriedade particular, desde o limite da via pública até o equipamento de medição. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 19 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 20 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Modalidades de ramais em BT Aéreo: Com distâncias mínimas de afastamento (0,6 m entre circuitos de BT e circuitos de telefonia, sinalização e congêneres – 5,5 m do piso acabado na passagem de veículos, em travessia de logradouro). Subterrâneo: Quando: Áreas de distribuição subterrânea; Áreas de distribuição aérea, para demanda superior a 152 kVA; Áreas de distribuição aérea e, por conveniência técnica da concessionária, será utilizado ramal de ligação subterrâneo. Ramal de entrada subterrâneo com rede aérea da concessionária. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 21 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Definições da LIGHT Entrada de serviço: É o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação da concessionária e a medição ou proteção, inclusive. Divide-se em ramal de ligação e ramal de entrada. Ramal de ligação: É o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de derivação e o ponto de entrega. Ponto de entrega: É o ponto até o qual a concessionária se obriga a fornecer energia elétrica, participando dos investimentos necessários e responsabilizando-se pela execução dos serviços, pela operação e pela manutenção, não sendo necessariamente o ponto de medição. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 22 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Definições da LIGHT Ramal de entrada: É o conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados entre o ponto de entrega e a medição ou proteção, inclusive. Entrada individual: É todo ramal de entrada com finalidade de suprir uma edificação com uma única UC (consumidor com medição individual). Entrada coletiva: É todo ramal de entrada com a finalidade de suprir uma edificação com mais de uma UC e com área de serventia comum. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 23 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 24 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 25 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 26 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 27 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 28 Fornecimento de energia elétrica aos prédios Ligação provisória de energia Contato com a concessionária. Dados: área, cargas elétricas e mecânicas a serem acionadas. Local mais indicado para caixa ou armário para proteção, medição e seccionamento. Ligação definitiva de energia Número de fases, conforme a carga. Esquemas básicos: manuais da concessionária. Instalações elétricas Prof. Mauro Moura Severino 29