ENSINO DE MEDICINA NA EUROPA (séculos XVIII e início do XIX) • GRÃ-BRETANHA • 1751-1800: • OXFORD e CAMBRIDGE: Faculdades de Medicina Oficiais • MASTER in “LIBERAL ARTS” → LICENCIATURA e DOUTORAMENTO EM MEDICINA por DISPUTATION em Latim • 246 Homens com Curso de Medicina, 5 diplomados/ano. ENSINO DE MEDICINA NA EUROPA (séculos XVIII e início do XIX) ESCÓCIA (Edimburgo) • Curso de Medicina com 3 anos • Ensino teórico e prático de: - Anatomia e Cirurgia; - Química, Botânica, Farmácia; - Materia Medica e Teoria e Prática da Medicina • Ensino Prático nas Enfermarias Locais • Dissertação: Varíola, Respiração, Alimentação, Angina Maligna, Pneumonia. • 1720: Alexandre Monro: Ensino académico de Cirurgia e adopção da língua inglesa. ENSINO DE MEDICINA NA EUROPA (séculos XVIII e início do XIX) FRANÇA • 16 Faculdades de Medicina (Montpellier a mais antiga). • Independência e Autonomia Paris (1750): • 3 anos de estudos teóricos e 2 anos de prática hospitalar. • Cátedras de: Anatomia, Botânica, Patologia e Fisiologia, Farmácia e Matéria Médica • 2 Cátedras de Cirurgia (Latim/Francês) Académie Royale de Chirurgie (1750) 700/800 alunos por ano Ensino no Hôtel – Dieu e outras enfermarias da Cidade. ENSINO DE MEDICINA NA EUROPA (séculos XVIII e início do XIX) CONFEDERAÇÃO GERMÂNICA • Diversidade: mais de 20 escolas médicas de Freiburg, a Berlim, Göttingen, Heidelberg, Vilnius, etc. (“Geman States”). • Unidade de Teoria com a Prática. • Emergência da “ Universitat Klinik”. • Modelo curricular integrado, das ciências naturais à clínica. • Ensino Preparatório nas Ciências Fundamentais. ENSINO DE MEDICINA NA EUROPA (séculos XVIII e início do XIX) • “...Medicine should be a Science using empirical means to establish new truths and educate physicians and practicioners” W. von Humboldt • “... Anatomy remains dead and incomprehensible without Physiology” Friderich Wertzel (1805) “…through learning the methods of Science in the laboratory, the student is learning an universal language.” R. Virchow Theodor Bilroth “...what are the inducements which make it worthwhile for young men in Germany to devote so many years to preparation for the practice of Surgery,what are the careers to which they aspire,and what manner of men are they who furnish by their example and by their achievments the great stimulus?” W. S. Halstead in “The Training of a Surgeon” PEDAGOGIA MÉDICA (SÉCULO XIX-XX) “Only the knowledge that comes to students from personal laboratory experience is real and living” W. Welch, 1878 “ ...the student no longer merely watches, listens or memorizes; he does! His own activities in the Laboratory and in the Clinic are the main factors in his instruction and discipline” A. Flexner, 1912 Egas Moniz Arteriografia cerebral (1927) Leucotomia pré-frontal (1933) Nobel Prize (1949) Reynaldo dos Santos Aortografia Translombar (1929)) J. Cid dos Santos Flebografia (1937) Endarterectomia (1946) FACULDADE DE MEDICINA – UNIVERSIDADE DE LISBOA REFORMA DO ENSINO • PROGRAMA CURRICULAR (até 2007) - 2 ciclos: pré-clínico com 3 anos e clínico com 2 anos (exposição clínica no 3º ano) - 6º ano profissionalizante (estágios em Medicina, Cirurgia, Pediatria, Saúde Mental e Medicina Geral e Familiar) - Ensino baseado em disciplinas autónomas MODELO ACTUAL NÃO SUSTENTÁVEL Competitividade institucional, interna e externa. Incremento do número de alunos e redução do financiamento público. MEDICINA NO SÉCULO XXI Curso de Medicina Formação PósGraduada Formação Pós-Graduada Certificação Educação Médica Permanente EDUCAÇÃO MÉDICA Desenvolvimento Profissional Continuado Recertificação Revalidação MEDICINA NO SÉCULO XXI Reconhecimento dos valores, expectativas e limitações dos doentes Escolha activa vs consentimento passivo Informação objectiva e comprovada para os doentes Educação Pública em Saúde Acesso público aos dados objectivos dos resultados terapêuticos Direito de escolha (2ª opinião Selecção institucional) MEDICINA CENTRADA NO DOENTE FACULDADE DE MEDICINA – UNIVERSIDADE DE LISBOA REFORMA CURRICULAR (I) • “Student-Centred”, Aprendizagem vs Ensino • Medicina Translaccional: cooperação entre ciências fundamentais e clínicas • Áreas de integração vs disciplinas estanques • Exposição precoce à Medicina Clínica • Ênfase na Medicina Geral e Comunitária • Bioética e Dimensão Social da Medicina FACULDADE DE MEDICINA – UNIVERSIDADE DE LISBOA CENTRO ACADÉMICO DE MEDICINA (FML+IMM+HSM) REDE DE INSTITUIÇÕES AFILIADAS REFORMA CURRICULAR (II) Módulos Integradores das Disciplinas Troncos Comuns - Multidisciplinar - Cooperação ciência básica / medicina clínica - Articulação com Disciplinas de Opção Organização Semestral Avaliações integradas (3 sem. / semestre) e sistema de ECT’S (créditos) “THE MEDICAL HUMANITIES” (I) FOR LACK OF A BETTER TERM ..... Knowing intuitively that the way medicine is now taught and practiced is wrong, the humane being suplanted by unfeeling science and uncaring economics. ..... Can we really expect clinicians and medical educators to teach ethical thinking or to nurture compassion in students and trainees, who come to their prospective profession lacking these fundamental personal virtues, that ought to be instilled by their parents, or by imersion in a more universally humane society? Rafael Campo JAMA, Sept.7 2005,294,9,1009-11 MEDICINA NO SÉCULO XXI COMPETÊNCIA EM MEDICINA Conhecimento científico Capacidade de Comunicação/Empatia Disponibilidade e Espírito de Sacrifício Respeito pela Pessoa Humana Honestidade ENSINO DE MEDICINA NA EUROPA (séculos XVIII e início do XIX) “... Years of leisure and reading in a close intelectual community. Universities held aloof from the professions that required specific training” A.T. Robb Smith (History A Medical Education at Oxford and Cambridge 1850) from London, Pitman, 1966 EDUCAÇÃO MÉDICA PARA O SÉCULO XXI • Conhecimento científico – translação vs compartimentação. • Visão integrada do Doente na sua dimensão individual e social. • Medicina Humana: Sentido moral e ético. • Responsabilidade social do exercício profissional. •“Every physician must be so educated that he may inteligently apply the knowledge furnished to him by experimental Medicine. Instruction should be entirely dependent of students” John Shaw Billings,1875 “Only the knowledge that comes to students from personal laboratory experience is real and living” W. Welch, 1878 “ ...the student no longer merely watches, listens or memorizes; he does! His own activities in the Laboratory and in the Clinic are the main factors in his instruction and discipline” A. Flexner, 1912