COMPANHIA DE SEGUROS MINAS BRASIL | Companhia Fechada | CNPJ/MF nº 17.197.385/0001-21 | www.zurichminasbrasil.com.br RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores acionistas: Atendendo às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Companhia de Seguros Minas Brasil relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2010, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e do Parecer elaborado pelos auditores independentes. A Companhia de Seguros Minas Brasil, em comparação a 2009, reduziu seu prejuízo em 94,9%, apresentando no semestre resultado líquido negativo de R$ 694 mil com um índice combinado de 107,8%, o que significa redução de 13,7% em comparação com o mesmo período de 2009. Segundo a legislação societária, fica assegurado aos acionistas dividendos de 25% do lucro líquido ajustado. Desempenho Operacional: O volume de negócios emitidos atingiu R$ 169,4 milhões, com retenção liquida de R$ 166,7 milhões, enquanto os prêmios ganhos atingiram R$ 161,9 milhões, o que representa crescimento de 7,7% no volume de negócios, sendo que os prêmios ganhos cresceram 6,0%. O índice de sinistralidade geral ficou estável em 68,1%. As despesas de comercialização atingiram 18,7% dos prêmios ganhos, com redução de 2,5 pontos percentuais se comparada ao ano anterior. Os índices de despesas operacionais, despesas administrativas e tributos foram reduzidos, em seu total, em 10,6 pontos percentuais em 2010. Nesse primeiro semestre, a Companhia deu sequência a seu plano de expansão de negócios em praças estrategicamente selecionadas. Buscou a melhoria de seus produtos, métodos e processos e a capacitação do seu capital humano para maior aproveitamento das oportunidades de negócio. Reorganização Societária: Em 2009 foi concluído o processo de aquisição das ações dos minoritários, conforme edital de Oferta Pública de Aquisição de Ações Ordinárias, publicado em 14 de agosto de 2009. A Zurich Participações e Representações Ltda. detém hoje a totalidade das ações do capital social da Companhia. Por meio do OFICIO/CVM/SEPGEA-1/Nº 414/2009, a Comissão de Valores Mobiliários deferiu a solicitação dos controladores de cancelamento do registro de companhia aberta da Companhia de Seguros Minas Brasil. Perspectivas: Com a transferência do controle acionário, a Companhia passou a integrar um grupo focado em seguros e previdência, o que está viabilizando a transferência de tecnologia e conhecimento, permitindo a oferta de produtos modernos e competitivos e fortalecendo a Seguradora no mercado Brasileiro. Na mesma data da transferência do controle acionário teve início o acordo de distribuição BALANÇOS PATRIMONIAIS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Valores expressos em milhares de reais) ATIVO Nota Explic. 2010 2009 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota Explic. CIRCULANTE 196.173 218.554 CIRCULANTE Disponível 1.964 3.186 Contas a pagar Caixa e bancos 1.964 3.186 Obrigações a pagar 12a Aplicações 5 88.916 103.326 Impostos e encargos sociais a recolher 12b Títulos de renda fixa – privados 8.304 79.313 Encargos trabalhistas 12c Títulos de renda fixa – públicos 62.787 23.105 Impostos e contribuições 12d Quotas de fundos de investimentos 17.705 763 Outras contas a pagar 17b Outras aplicações 120 145 Débitos de operações com seguros e resseguros Créditos de operações com seguros e resseguros 76.026 75.095 Prêmios a restituir Prêmios a receber 6a 61.936 61.006 Operações com seguradoras Operações com seguradoras 804 608 Operações com resseguradoras Operações com resseguradoras 14.072 14.003 Corretores de seguros e resseguros Outros créditos operacionais 1.640 1.298 Receitas comerciliação diferidas (-) Provisão para riscos de créditos sobre prêmios 6b (2.375) (1.769) Outros débitos operacionais (-) Provisão para riscos de créditos operações com seguradoras (51) (51) Depósitos de terceiros 8b Títulos e créditos a receber 3.367 4.231 Provisões técnicas – seguros e resseguros 13a Títulos e créditos a receber 9a 1.168 2.181 Ramos elementares e vida em grupo Créditos tributários e previdenciários 9b 2.371 2.093 Provisão de prêmios não ganhos Outros créditos 534 663 Sinistros a liquidar 13b (-) Provisão para risco de crédito 9a (706) (706) Provisão para sinistros ocorridos mas não avisados Outros valores e bens 5.427 6.244 Outras provisões – provisão complementar de prêmios – PCP Bens à venda 10 5.427 6.055 Cheques e ordens a receber – 189 Despesas antecipadas 29 26 Administrativas 29 26 NÃO CIRCULANTE Despesas de comercialização diferidas 13 18.581 23.515 Exigível a longo prazo Despesas de comercialização diferidas – seguros e resseguros 18.581 23.515 Contas a Pagar Despesas de resseguro e retrocessões diferidas 1.863 2.931 Tributos diferidos 12e Prêmios de resseguros diferidos 1.863 2.931 Débitos das operações com seguros e resseguros NÃO CIRCULANTE 364.799 296.314 Operações com seguradoras Realizável a longo prazo 327.493 263.830 Outros passivos contingentes 14 Aplicações 155.094 151.246 Provisões fiscais Títulos de Renda Fixa – Privados 66 – Provisões trabalhistas 12c Títulos de Renda Fixa – Públicos 155.242 151.246 Provisões cíveis (-) Provisão para desvalorização (214) – Outras provisões Títulos e créditos a receber 172.184 112.265 Débitos diversos 15 Títulos e créditos a receber 9a 24 170 Créditos tributários e previdenciários 9b 16.998 21.678 Créditos tributários previdenciários – prejuízo fiscal 9b 17.115 20.629 Depósitos judiciais e fiscais 11 72.768 58.261 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 15 Outros créditos operacionais 9c 65.448 11.684 Capital social (-) Provisão para riscos de crédito (169) (157) Aumento de capital (em aprovação) Empréstimos e depósitos compulsórios 215 319 Reserva de capital Empréstimos e depósitos compulsórios 215 319 Reserva de reavaliação Permanente 37.306 32.484 Reservas de lucros Investimentos – participações societárias – 166 Ajustes TVM Controladas 7a 13 13 Prejuízos acumulados Outros – 166 (-) Ações em tesouraria (-) Provisão para desvalorização (13) (13) Imobilizado 7b 24.140 26.090 Imóveis 25.064 25.393 Bens móveis 5.824 5.534 Outras imobilizações 1.077 1.417 (-) Depreciação acumulada (7.825) (6.254) Intangível 13.166 6.228 Marcas e patentes 90 102 Outros Intangíveis 22.268 13.537 (-) Amortização (9.192) (7.411) TOTAL DO ATIVO 560.972 514.868 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras 2010 330.332 31.952 5.700 4.431 2.601 90 19.130 5.131 1.987 – 1.486 778 107 773 3.466 289.783 289.783 114.096 151.817 18.311 5.559 2009 388.909 25.352 6.324 4.481 2.753 78 11.716 7.403 1.264 1 3.838 886 728 686 43.508 312.646 312.646 118.301 166.358 22.387 5.600 88.021 88.021 3.338 3.338 405 405 70.550 41.130 4.752 23.942 726 13.728 46.593 46.593 3.691 3.691 405 405 42.497 37.397 1.421 2.953 726 – 142.619 60.000 58.000 38 10.985 14.583 (456) (463) (68) 79.366 60.000 – – 11.447 7.391 596 – (68) 560.972 514.868 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Valores expressos em milhares de reais) Capital Capital em Reserva de Social Aprovação Capital SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 60.000 – – Reserva de reavaliação: Realização – – – Prejuízo do semestre – – – Proposta para destinação dos lucros: Absorção do prejuízo – – – Títulos e valores mobiliários – – – Transferência para reserva de lucros – – – SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2009 60.000 – – SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 60.000 58.000 38 Reserva de reavaliação: Realização – – – Prejuízo do semestre – – – Títulos e valores mobiliários – – – SALDOS EM 30 DE JUNHO DE 2010 60.000 58.000 38 Reserva de Reavaliação 11.678 (231) – Reservas de Lucros Reserva Reserva Ajustes Legal Estatutária TVM 3.185 17.584 – – – – – Lucros Acumulados (prejuízos) – Ações em Tesouraria Total (68) 92.379 – – 231 (13.609) – – 13.609 – (231) – – – 596 – – – 11.447 11.216 – – – 3.185 3.185 (13.609) 596 231 4.206 11.398 – – – 596 53 (231) – – 10.985 – – – 3.185 – – – 11.398 – – (509) (456) 231 (694) – (463) – (13.609) – (68) (68) 79.366 143.822 – – – (68) – (694) (509) 142.619 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2010 E DE 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 1. Contexto operacional A Companhia de Seguros Minas Brasil (“Companhia” ou “Seguradora”), constituída em 09 de maio de 1938, é uma Sociedade de capital fechado, que tem como objetivo social a exploração das operações de seguros dos ramos elementares e vida, em qualquer de suas modalidades ou formas, além da participação em outras sociedades. Através do OFICIO/CVM/SEPGEA-1/Nº 414/2009 a Comissão de Valores Mobiliários deferiu a solicitação dos controladores de cancelamento do registro de companhia aberta da Companhia de Seguros Minas Brasil. 2. Apresentação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras da Seguradora foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, e normas expedidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP e pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas instituído pela Circular SUSEP nº 379/2008 e alterações posteriores, e de acordo também com as práticas contábeis expedidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, no que não contrariam as disposições contidas em legislação específica da SUSEP. Em 29 de junho de 2009, a SUSEP emitiu a Circular nº 385, excluindo grupo de contas para resseguros, intangível e excluindo o grupo de resultado não operacional. As demonstrações financeiras correspondentes ao período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2010 foram elaboradas com base nas normas contábeis vigentes em 2009 e as principais alterações que poderão ter impacto sobre as demonstrações de encerramento do exercício estão contidas no item abaixo. Os saldos de 30 de junho de 2009 foram reclassificados para fins de comparabilidade com os saldos de 30 de junho de 2010. Normas e interpretações de normas que ainda não estão em vigor Dentro do processo de convergência com as normas internacionais de contabilidade a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) aprovou, com a edição da Circular nº 379, de 19 de dezembro de 2008, diversos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) (até o CPC 13, exceto o 11), prevendo a aplicação dessas normas contábeis para os exercícios de 2008 e 2009. Conforme Circular SUSEP nº 408, de 23 de agosto de 2010, o CPC 11 – Contratos de Seguros (IFRS 4 – Insurance Contracts), será aplicado nas demonstrações financeiras individuais somente a partir de 1º de janeiro de 2011. Adicionalmente, foram divulgadas pelo CPC outras normas contábeis e interpretações durante 2009 e primeiro semestre de 2010, que alteram as práticas contábeis adotadas no Brasil, decorrentes do processo de convergência com as normas internacionais que, até a presente data, não foram aprovadas pela SUSEP. Por meio da Circular SUSEP nº 408/2010, a SUSEP esclarece que continuará acompanhando os pronunciamentos emitidos pelo CPC e as decorrentes ações a serem promovidas serão divulgadas por meio da Comissão Contábil criada pela Resolução CNSP nº 86/2002. A referida Circular estabelece, ainda, que as demonstrações financeiras consolidadas a partir do exercício findo em 31 de dezembro de 2010, se aplicável, sejam elaboradas de acordo com os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board – IASB, na forma homologada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. 3. Principais práticas contábeis As principais práticas contábeis adotadas pela Companhia para os registros das transações são as seguintes: (a) Apuração do resultado – é apurado pelo regime de competência. Os prêmios de seguros, de cosseguros e comissões, deduzidos dos prêmios cedidos em cosseguro e resseguro e comissões correspondentes, são apropriados ao resultado quando da emissão das respectivas apólices de seguro, e diferidos para apropriação, em bases lineares, no decorrer do prazo de vigência das apólices, por meio de constituição e reversão da provisão de prêmios não ganhos e da despesa de comercialização diferida. As receitas e despesas decorrentes de operações de seguros do ramo DPVAT são contabilizadas com base nos informes recebidos da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT. As operações de cosseguros aceitos e de retrocessões são contabilizadas com base nas informações recebidas das congêneres e do IRB Brasil Resseguros S.A., respectivamente. Consoante regulamentação da SUSEP, as receitas de prêmios e as correspondentes despesas de comercialização, relativas a riscos vigentes ainda sem emissão das respectivas apólices, são reconhecidas no resultado do período de início de cobertura, em bases estimadas. (b) Os títulos e valores mobiliários estão avaliados de acordo com Circular SUSEP nº 379/2008 e disposições complementares, estando classificados em três categorias distintas: • títulos para negociação – títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; • títulos disponíveis para venda – títulos e valores mobiliários que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido. Os ganhos e perdas, quando realizados, serão reconhecidos na data de negociação na demonstração de resultado, em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido; e • títulos mantidos até o vencimento – títulos e valores mobiliários, exceto ações não resgatáveis, para as quais haja intenção ou obrigatoriedade e capacidade financeira da Seguradora para sua manutenção em carteira até o vencimento, avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos intrínsecos em contrapartida ao resultado do período. (c) Os ativos e os passivos, circulante e a longo prazo, são apresentados pelos valores de realização ou compromissos estabelecidos nas contratações, respectivamente, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos ou encargos incorridos até a data do encerramento do semestre. (d) As participações em controlada são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. (e) O imobilizado é contabilizado ao custo de aquisição mais reavaliações realizadas. Em fevereiro de 2007, a Seguradora procedeu nova avaliação de seus imóveis de uso, cujos laudos foram elaborados por empresa especializada, passando à época o valor contábil dos imóveis para R$ 24.965, e aprovados pela Assembléia Extraordinária de 27 de fevereiro de 2007. Da nova avaliação resultaram os seguintes efeitos: a) aumento do valor contábil dos imóveis em R$ 13.731, passando de R$ 11.234 para R$ 24.965 e b) aumento da reserva de reavaliação, líquida de efeitos tributários, em R$ 9.063. Os imóveis reavaliados que tiveram mais valia têm esse efeito registrado como reserva de reavaliação. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base nas taxas fiscais: 4% para edificações; 10% para móveis, máquinas, utensílios e equipamentos; e 20% para veículos e equipamentos de processamento de dados. (f) Provisões técnicas – todas as provisões técnicas são constituídas de acordo com os critérios determinados pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, instituídas através das Resoluções CNSP nº 162/2006 e 181/2007 e disposições complementares. Provisão de prêmios não ganhos (PPNG) – é calculada e constituída com base no montante de prêmios retidos “pro rata dia”, tomando-se por base as datas de início e fim do período de risco. Provisão complementar de prêmios (PCP) – foi calculada nos termos da resolução CNSP nº 162/2006 e alterada pela resolução CNSP nº 181/2007. Provisão de sinistros a liquidar de processos administrativos (PSL) – é calculada por estimativa com base nas notificações dos sinistros recebidas pela Seguradora até o encerramento do semestre e contempla, na data de sua avaliação, a quantia total das indenizações a pagar por sinistros avisados, deduzida a parcela relativa à recuperação de cosseguros cedidos. Provisão de sinistros a liquidar de processos judiciais (PSLj) – é calculada verificando-se o risco a partir da análise da demanda judicial, atendo-se ao risco para cada uma das demandas trazida à apreciação, o valor pedido e o valor sugerido, levando-se em consideração a probabilidade de desembolso financeiro, baseado na análise do departamento jurídico interno da Seguradora, que leva em consideração o histórico passado e o curso das ações. Provisão de sinistros ocorridos mas não avisados (IBNR) – é calculada conforme Nota Técnica Atuarial, em função do montante esperado de sinistros ocorridos em riscos assumidos nas carteiras e não avisados até a data-base do encerramento do período. A provisão para sinistros ocorridos e não avisados do ramo DPVAT está constituída conforme determina a Resolução CNSP nº 112/2004 e alterações posteriores. (g) Riscos vigentes e não emitidos (RVNE) – refere-se à estimativa da Seguradora do montante de prêmios, e das respectivas despesas de comercialização e provisão de prêmios não ganhos, relacionados a riscos vigentes de apólices ainda não emitidas. É calculada com base na vigência do risco e percentuais definidos com base no estudo do montante de prêmios retidos dos últimos quatro meses do exercício, conforme determina a Circular SUSEP nº 379, de 19 de dezembro de 2008. (h) Provisão de insuficiência de prêmios (PIP) – calculada por, e sob responsabilidade de, atuário independente registrado na SUSEP, conforme metodologia descrita em nota técnica atuarial e registrada contabilmente quando necessária. (i) Uso de estimativas – a Seguradora apresenta suas demonstrações financeiras de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais requerem que a administração use de julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem provisão para riscos de créditos, recuperações de valores com ex-controladores, provisões técnicas de seguros e resseguros, bem como os passivos contingentes. A liquidação efetiva das transações envolvendo essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos estimados e registrados nas demonstrações financeiras. Com a nomeação da nova diretoria a partir de 28 de novembro de 2008, certas avaliações quanto às perspectivas de sucesso na defesa de processos judiciais envolvendo sinistros foram revisadas, com reflexos apurados e registrados no resultado do exercício de 2008. (j) Principais tributos – o Imposto de renda é constituído pela alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10% para os lucros que excedem R$ 240 no exercício. Os créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias entre os critérios contábeis e os fiscais de apuração de resultados, são registrados no exercício de ocorrência do fato e são calculados com base nas alíquotas de 25%. As contribuições para o PIS são provisionadas pela alíquota de 0,65% e para a COFINS pela alíquota de 4%, na forma da legislação vigente. Conforme descrito na nota explicativa 14(g), em 2008 a Seguradora reverteu a provisão para dos produtos das seguradoras do Grupo Zurich para a base de clientes do Banco Mercantil do Brasil S.A. O prazo de vigência desse contrato é de vinte anos. Desde então, novas estratégias vêm sendo implantadas para aumentar a oferta de produtos que atendam às necessidades dos clientes. Conforme Declaração de Propósito publicada em 09/07/2010, no segundo semestre de 2010 ocorrerá a fusão entre a Zurich Brasil Seguros e Companhia de Seguros Minas Brasil, ambas controladas pelo Grupo Zurich Financial Services. Essa reestruturação proporcionará ganhos financeiros em função de captura de sinergias operacionais adicionais, otimização do capital e aumento da escala de produção. Dessa forma se estabelecerá uma base sólida para crescimento das operações da Zurich no mercado brasileiro para os próximos anos. Agradecimentos: A Companhia de Seguros Minas Brasil agradece a seus Segurados, Corretores e demais parceiros de negócios, como também à Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e ao IRB Brasil Resseguros S.A., pela confiança e apoio dedicados à empresa. Aos nossos profissionais e colaboradores manifestamos o nosso reconhecimento pela dedicação e pela qualidade dos serviços prestados. A Administração DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Valores expressos em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) OPERAÇÕES DE SEGUROS Nota Explic. 2010 2009 PRÊMIOS EMITIDOS LÍQUIDOS 169.419 157.261 Prêmios diretos 151.219 142.487 Prêmios – riscos vigentes não emitidos (277) (1.347) Prêmios de retrocessões – 1 Prêmios convênio DPVAT 18.477 16.120 PRÊMIOS RESSEGUROS CEDIDOS (2.686) (3.277) PRÊMIOS RETIDOS 166.733 153.984 VARIAÇÃO DAS PROVISÕES TÉCNICAS (4.873) (1.348) PRÊMIOS GANHOS 18 161.860 152.636 SINISTROS RETIDOS (110.281) (104.799) Indenizações avisadas (93.619) (91.138) Despesas com sinistros (4.965) (4.278) Indenizações avisadas de consórcios e fundos (10.677) (9.249) Despesas com sinistros de consórcios e fundos (1.172) (1.037) Serviços de assistência (5.965) (7.060) Recuperação de sinistros 2.925 2.941 Salvados 6.967 7.088 Ressarcimentos 686 1.752 Variação da provisão sinistros/eventos ocorridos mas não avisados (4.461) (3.818) DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO – SEGUROS (30.248) (32.386) Comissões (29.389) (30.362) Recuperação de comissões (156) 801 Outras despesas de comercialização (251) (136) Variação nas despesas de comercialização diferidas (452) (2.689) OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 16 16.539 6.955 Outras receitas operacionais 16.539 6.955 OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS 16 (8.099) (5.727) Outras despesas operacionais (8.099) (5.727) DESPESAS ADMINISTRATIVAS (40.636) (47.793) Pessoal próprio (13.807) (19.232) Serviços de terceiros (10.796) (11.954) Localização e funcionamento (6.558) (6.621) Publicidade e propaganda institucional (2.058) (1.138) Publicações (71) (181) Donativos e contribuições (346) (96) Despesas administrativas diversas 17b (6.005) (7.153) Despesas administrativas do convênio DPVAT (995) (1.418) DESPESAS COM TRIBUTOS (1.856) (1.738) RESULTADO FINANCEIRO 11.023 14.621 Receitas financeiras 16 17.796 20.850 Despesas financeiras 16 (6.773) (6.229) RESULTADO PATRIMONIAL 170 98 Receitas com imóveis de renda 183 141 Despesa com imóveis destinados à renda ou venda (13) – Despesa com ajustes de investimentos em controladas e coligadas 7a – (43) GANHOS E PERDAS COM ATIVOS NÃO CORRENTES 640 229 RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES (888) (17.904) IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES SOBRE O LUCRO 194 4.295 Imposto de renda 9b 194 4.295 PREJUÍZO DO SEMESTRE (694) (13.609) QUANTIDADE DE AÇÕES (em milhares) 72.283 40.000 PREJUÍZO POR AÇÃO EM R$ (0,0096) (0,3402) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA SEMESTRES FINDOS EM 30 DE JUNHO (Valores expressos em milhares de reais) 2010 2009 ATIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de prêmios de seguro, contribuições de previdência e taxas de gestão e outras 161.553 162.167 Outros recebimentos operacionais (salvados, ressarcimentos e outros) 11.449 10.244 Pagamentos de sinistros, beneficios, resgates e comissões (111.511) (122.523) Pagamentos de despesas e obrigações (61.862) (55.183) Pagamento de indenizações e despesas em processos judiciais (19.274) (7.767) Constituição de depósitos judiciais (11.402) (6.026) Resgates de depósitos judiciais 611 2.094 Caixa consumido pelas operações (30.436) (16.994) Investimentos financeiros: 31.271 (21.078) Aplicações (108.728) (159.436) Vendas e resgates 139.999 138.358 Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 835 (38.072) ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamento pela compra de ativo permanente: (7.476) (451) Intangível (7.476) (451) Recebimento pela venda de ativo permanente: 900 41 Investimentos 200 17 Imobilizado 700 24 Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (6.576) (410) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Aumento de capital em aprovação – 40.000 Caixa líquido consumido nas atividades de financiamento – 40.000 Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa (5.741) 1.518 Caixa e equivalentes de caixa no início do período 7.705 1.668 Caixa e equivalentes de caixa no final do período 1.964 3.186 AUMENTO (REDUÇÃO) NAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS – RECURSOS LIVRES (5.741) 1.518 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras contingência da CSLL, em função da evolução do seu processo judicial que visa garantir o nãopagamento dessa contribuição obtido através de decisão judicial favorável transitada em julgado. (k) Passivos contingentes – são constituídas provisões levando-se em conta a opinião dos assessores jurídicos da Seguradora, a natureza das ações e a probabilidade de perda e saída de recursos para a liquidação das obrigações. 4 Consolidação de controlada A Administração da Companhia de Seguros Minas Brasil deixou de apresentar as demonstrações financeiras consolidadas anuais em razão da controlada Minas Brasil Promotora de Serviços S.A. estar em processo de descontinuidade operacional, conforme faculta a Instrução CVM 247 de 21 de março de 1996, reformulada pela Circular SUSEP nº 379/2008. 5 Aplicações São compostas por: Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Renda fixa 71.091 102.418 Letras do tesouro nacional – LTN 56.313 – Letras financeiras do tesouro – LFT 6.474 23.105 Certificados de depósito bancário – CDB 8.304 79.313 Quotas de fundos de investimentos abertos 17.705 763 Outras aplicações 120 145 Total circulante 88.916 103.326 Letras do tesouro nacional – LTN 119.836 104.102 Letras financeiras do tesouro – LFT 35.406 47.144 Certificados de depósito bancário – CDB 66 – Provisão para desvalorização (214) – Total não circulante 155.094 151.246 A Administração da Seguradora reavaliando a classificação das aplicações financeiras conforme definido pela Circular SUSEP nº 379/2008 procedeu a classificação dos títulos “disponíveis para venda” entre circulante e não circulante de acordo com a respectiva data de vencimento dos títulos. Classificação das aplicações: 30/06/2010 Valor de custo Valor de Vencimento atualizado mercado 1.Títulos disponíveis para venda Quotas de fundos Sem vencimento 17.705 17.705 Total 17.705 17.705 2.Títulos disponíveis para venda LFT 2º Semestre/2010 2.320 2.320 1º Semestre/2011 4.152 4.154 2º Semestre/2011 5.273 5.278 1º Semestre/2012 2.143 2.145 2º Semestre/2012 14.380 14.402 1º Semestre/2013 3.284 3.290 2º Semestre/2013 5.840 5.855 1º Semestre/2015 4.419 4.436 Total 41.811 41.880 3. Títulos disponíveis para venda LTN 1º Semestre/2011 56.257 56.313 2º Semestre/2011 75.700 75.393 2º Semestre/2012 44.137 44.229 Total 176.094 175.935 4.Títulos disponíveis para venda CDB 2º Semestre/2010 3.142 3.142 1º Semestre/2011 5.162 5.162 1º Semestre/2012 66 66 Total 8.370 8.370 5. Títulos mantidos até o vencimento Outros Sem vencimento (*) 120 120 Total 120 120 (*) Refere-se à retenção de sinistros de retrocessão do IRB – Brasil Resseguros S.A. continua na página seguinte … COMPANHIA DE SEGUROS MINAS BRASIL | Companhia Fechada | CNPJ/MF nº 17.197.385/0001-21 | www.zurichminasbrasil.com.br … continuação das Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras dos semestres findos em 30 de junho de 2010 e de 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 30/06/2009 Valor de custo Valor de Vencimento atualizado mercado 1.Títulos disponíveis para venda Quotas de Fundos Sem vencimento 763 763 Total 763 763 2.Títulos disponíveis para venda LFT 2º Semestre/2009 16.600 16.605 1º Semestre/2010 6.496 6.500 2º Semestre/2010 5.309 5.314 1º Semestre/2011 2.040 2.042 2º Semestre/2011 4.936 4.945 1º Semestre/2012 1.968 1.971 2º Semestre/2012 32.797 32.872 Total 70.146 70.249 3. Títulos disponíveis para venda LTN 1º Semestre/2011 103.041 104.102 Total 103.041 104.102 4.Títulos disponíveis para venda CDB 2º Semestre/2009 35.883 35.883 1º Semestre/2010 43.430 43.430 Total 79.313 79.313 5. Títulos mantidos até o vencimento Outros Sem vencimento (*) 145 145 Total 145 145 (*) Refere-se à retenção de sinistros de retrocessão do IRB – Brasil Resseguros S.A. Para o ajuste a valor do mercado dos títulos, os parâmetros divulgados pela Anbima e bolsas de valores foram utilizados, conforme o caso. As quotas dos fundos de investimentos já estão avaliadas a valor de mercado. Os CDB’s referem-se a títulos pós-fixados cujo valor de mercado se equipara ao de custo atualizado. 6. Créditos de operações com seguros e resseguros (a) Prêmios a receber Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Prêmios a receber 52.329 51.313 Prêmios a receber – riscos vigentes não emitidos – RVNE 9.607 9.693 Total 61.936 61.006 (b) Provisão para riscos de crédito Até 31 de dezembro de 2007, a provisão para riscos de crédito correspondia aos direitos creditórios de prêmios de seguros de riscos decorridos de realização duvidosa de valores superiores a R$ 5, vencidos há mais de 180 dias. Os valores inferiores a R$ 5 foram debitados diretamente no resultado. A partir de 2008, a provisão para riscos de crédito passou a corresponder aos prêmios de seguros a receber de realização duvidosa de valores vencidos há mais de 60 dias em que a vigência do risco já expirou, de acordo com o item 29 do anexo I da Circular SUSEP nº 379/2008. A Administração entende que a referida provisão é suficiente para cobrir eventuais perdas com prêmios a receber. 7. Permanente (a) Participações societárias – controlada Dados da Total Total Descrição controlada (*) 30/06/2010 30/06/2009 Capital social realizado 200 – – Resultado do exercício (168) – – Patrimônio líquido (113) – – Investimento – equivalência patrimonial – – – Resultado de equivalência patrimonial (43) – (43) Provisão para perda de investimento (**) (125) – – Ações / Cotas 200 ON – – % Capital social 100,00 – – % Capital votante 100,00 – – (*) Minas Brasil Promotora de Serviços S.A. (**) Registrado na rubrica Títulos e créditos a receber – outros créditos. A MBPS está em processo de descontinuidade operacional e suas ações não são negociadas em bolsa. (b) Imobilizado 2010 2009 Taxas médias Depre- Valor Valor anuais de ciação contábil contábil Descrição depreciação Custo acumulada líquido líquido Terrenos – 1.520 – 1.520 1.827 Edificações 4% 23.544 (3.126) 20.418 21.381 Máquinas e equipamentos 10% 3.761 (2.887) 874 1.179 Móveis e utensílios 10% 2.006 (1.166) 840 640 Veículos 20% 57 (57) – 2 Benfeitorias em imóveis de terceiros 10% 1.077 (589) 488 1.061 31.965 (7.825) 24.140 26.090 (c) Intangível 2010 2009 Taxas médias Amorti- Valor Valor anuais de zação contábil contábil Descrição amortização Custo acumulada líquido líquido Software 20% 22.268 (9.192) 13.076 6.126 Marcas e patentes – 90 – 90 102 22.358 (9.192) 13.166 6.228 8. Ativos Garantidores (a) Os direitos creditórios utilizados em cobertura das provisões técnicas, no valor de R$ 40.737 (R$ 42.869 em 30 de junho de 2009) estão de acordo com o disposto no artigo 2º da Resolução CNSP nº 106, de 16 de janeiro de 2004. São considerados como direitos creditórios os valores não vencidos referentes a prêmios a receber, correspondentes aos riscos a decorrer. Em 30 de junho de 2010 e 2009, a Seguradora ofereceu ativos para cobertura das provisões técnicas, conforme informações no quadro abaixo: Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Provisões técnicas de seguros e resseguros (*) 195.512 241.704 Total 195.512 241.704 Bens oferecidos em garantia Letras financeiras do tesouro – LFT 41.881 70.249 Letras do tesouro nacional – LTN 176.093 104.102 Quotas de fundos de investimento em renda fixa 17.705 763 Certificados de depósito bancário 8.370 79.313 Total de bens oferecidos em garantia 244.049 254.427 Excedente 48.537 12.723 (*) O saldo apresentado está líquido principalmente de direitos creditórios e depósitos judiciais (b) Em janeiro e agosto de 2009 a Zurich Participações e Representações Ltda., aportou na Companhia de Seguros Minas Brasil a importância de R$ 40.000 e R$ 18.000 respectivamente, para fortalecer a solvência e elevar os ativos para cobertura das reservas técnicas. Este aporte de recursos financeiros esta classificado na rubrica Aumento de capital (em aprovação) dentro do Patrimônio líquido e foi deliberado aumento de capital de tais aportes através da Assembléia Geral Extraordinária – AGE de 26 de novembro de 2009 (nota 15). 9. Títulos e créditos a receber São compostos por: (a) Títulos e créditos a receber Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Aluguéis a receber 45 51 Direitos resultantes da venda de imóveis 207 1.073 Notas promissórias 738 847 Cheques devolvidos – 23 Outros créditos a receber 178 187 Total circulante 1.168 2.181 Direitos resultantes da venda de imóveis 24 170 Total não circulante 24 170 Para os créditos acima há uma provisão para perda no valor de R$ 706, sendo R$ 644 para notas promissórias e R$ 62 para direitos resultantes da venda de imóveis. (b) Créditos tributários e previdenciários Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Impostos a compensar – 8 Antecipação de imposto de renda 63 – Imposto de renda / contribuição social em restituição 1.248 1.229 Imposto de renda e contribuição social diferidos 1.044 840 Outros 16 16 Total circulante 2.371 2.093 Imposto de renda diferido – ajustes temporais 6.349 5.309 Imposto de renda diferido – prejuízo fiscal 17.115 20.629 Crédito de COFINS a compensar (*) 10.649 16.369 Total não circulante 34.113 42.307 (*) A Seguradora obteve provimento judicial favorável, em setembro de 2006, com decisão transitada em julgado, que declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 1º do artigo 3º da Lei 9.718/1998, que ampliou a base de cálculo e recolhimento da COFINS. Com base nesse provimento judicial, e considerando a nova base de cálculo de receita de serviços, a Seguradora constituiu em setembro de 2006 crédito tributário no montante de R$ 53.855. Demonstramos a seguir a movimentação deste saldo: Crédito da COFINS Valor Saldo constituído em setembro/2006 53.855 Atualização monetária 979 Compensações de impostos e contribuições (13.349) Saldo em 31 de dezembro de 2006 41.485 Atualização monetária 2.607 Compensações de impostos e contribuições (15.505) Saldo em 31 de dezembro de 2007 28.587 Atualização monetária 1.720 Compensações de impostos e contribuições (14.006) Reversão de compensação com CSL (2006 e 2007) – nota 14(g) 5.298 Saldo em 31 de dezembro de 2008 21.599 Atualização monetária 1.694 Compensações de impostos e contribuições (12.736) Saldo em 31 de dezembro de 2009 10.557 Atualização monetária 285 Compensações de impostos e contribuições (193) Saldo em 30 de junho de 2010 10.649 A Seguradora fez compensações com o Imposto de renda, Contribuição social, Imposto sobre operações financeiras (IOF) e outros impostos até dezembro de 2009. A partir de janeiro de 2010 a Administração da Seguradora decidiu não fazer compensações adicionais e estuda a viabilidade de entrar com um pedido de restituição do saldo remanescente. Nesse contexto, em setembro de 2006 foi revertida a provisão para passivos contingentes anteriormente registrada, no montante de R$ 7.144. Os correspondentes depósitos judiciais, no valor de R$ 8.584 ainda não foram levantados, uma vez que sua liberação depende de decisão judicial (nota 11). Os Créditos fiscais diferidos são compostos como segue: Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Base de cálculo 98.032 107.114 Prejuízo fiscal 68.458 82.517 Diferenças temporárias 29.574 24.597 Alíquota 25% 25% Total efeito IR 24.508 26.778 Total circulante 1.044 840 Total não circulante 23.464 25.938 A movimentação dos créditos fiscais diferidos está assim demonstrada: Imposto de renda 30/06/2010 30/06/2009 Saldo inicial 24.391 22.560 Constituição 320 4.640 Realização (203) (422) Saldo final 24.508 26.778 Os créditos tributários de imposto de renda diferidos tem por base as diferenças temporárias e o prejuízo fiscal, estando registrados baseados na perspectiva de geração de resultados tributáveis futuros, devidamente demonstrada por estudo técnico em até 5 anos, conforme determina a Circular SUSEP nº 379/2008 item 11.3. As diferenças temporárias referem-se, basicamente, a provisões que serão dedutíveis quando os ativos que as motivaram atingirem as condições legais de dedutibilidade, conforme segue: Expectativa de realização 30/06/2010 30/06/2009 2009 – 840 2010 1.044 4.620 2011 2.190 5.842 2012 4.338 15.476 2013 5.043 – Até 2014 11.893 – Saldo contábil 24.508 26.778 O imposto de renda calculado com base na alíquota oficial está conciliado para os valores registrados como despesa dos semestres conforme segue: Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Prejuízo antes dos impostos (888) (17.904) Alíquotas oficiais CS – 15% (*) IR – 25% CS – 15% (*) IR – 25% Impostos conforme alíquotas oficiais – (222) – (4.476) Impostos sobre equivalência patrimonial – – – 11 Impostos sobre depreciação (bens reavaliados) – 77 – 77 Impostos sobre outros ajustes – (49) – 93 Crédito IR no semestre – (194) – (4.295) (*) Vide nota 14(g) (c) Outros créditos (não circulante) Refere-se substancialmente a bloqueio de recursos financeiros ou transferência por decisão judicial principalmente relacionadas à provisão de sinistros a liquidar R$ 15.387 (R$ 11.119 em 30 de junho de 2009), provisões cíveis R$ 20.951 (R$ 1.181 em 30 de junho de 2009) e o montante de R$ 29.693 refere-se a reembolso de despesas judiciais relacionadas a sinistros objeto de cobrança com o Banco Mercantil do Brasil. Tal procedimento tem previsão legal no contrato de compra e venda da Seguradora e está amparado pelo posicionamento dos consultores legais internos e externos. 10. Outros valores e bens Descrição Salvados a venda Imóveis a venda Outros bens a venda Total 30/06/2010 5.366 37 24 5.427 30/06/2009 5.994 37 24 6.055 30/06/2010 13.786 36.609 19.971 466 1.936 72.768 30/06/2009 13.595 34.499 8.046 359 1.762 58.261 11. Depósitos judiciais e fiscais São compostos por: Descrição Depósitos judiciais – sinistros Depósitos judiciais – tributos Depósitos judiciais – encargos sociais Depósitos judiciais – trabalhistas Depósitos judiciais – outros Total 12. Contas a pagar São compostos por: (a) Obrigações a pagar Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Saldos credores de bancos (*) 5.181 5.077 Contas a pagar 424 148 Juros sobre o capital próprio – 56 Contas a pagar – fornecedores 95 1.043 Total 5.700 6.324 (*) Refere-se ao saldo credor das contas bancárias. (b) Impostos e encargos sociais a recolher Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Impostos sobre operações financeiras 3.127 3.171 Contribuições previdenciárias 970 643 Outros impostos 334 667 Total 4.431 4.481 (c) Encargos trabalhistas Descrição 30/06/2010 30/06/2009 13º Salário a pagar 576 638 Férias a pagar 2.025 2.115 Total circulante 2.601 2.753 Encargos trabalhistas 4.752 1.421 Total não circulante 4.752 1.421 (d) Impostos e contribuições Descrição 30/06/2010 30/06/2009 COFINS 74 64 PIS/PASEP 16 14 Total 90 78 (e) Tributos diferidos Em decorrência da reavaliação de imóveis próprios efetuada em fevereiro de 2007, a Seguradora registrou tributo diferido no passivo não circulante no montante de R$ 3.338 (R$ 3.691 em 30 de junho de 2009). 13. Provisões técnicas, sinistros a liquidar e despesas de comercialização diferidas (a) Seguros Provisão de prêmios não ganhos 2010 2009 Automóvel 73.216 76.772 Vida em grupo 925 1.058 DPVAT – – Responsabilidade civil geral – – Responsabilidade civil facultativa 23.160 22.255 Responsabilidade civil transportador – – Responsabilidade civil transportador desvio de carga – – Compreensivo empresarial 3.916 4.940 Compreensivo residencial 3.913 5.402 Compreensivo condomínio 1.932 2.314 Transporte nacional – – Transporte internacional – – Garantia de obrigações privadas – – Garantia de obrigações públicas 1 – Riscos de engenharia – – Riscos diversos – 20 Prestamista 541 506 Acidentes pessoais – coletivo 5.078 2.777 Acidentes pessoais – passageiros 1.337 1.347 Acidentes pessoais – individual 77 894 Outros – 16 Total 114.096 118.301 Provisão de sinistros a liquidar 2010 2009 35.054 35.482 27.036 51.420 24.903 18.670 2.755 3.322 44.236 41.989 292 252 1.542 1.467 5.269 4.060 1.377 1.080 850 534 350 394 44 69 306 297 212 242 518 528 1.642 1.855 128 74 2.810 2.189 807 784 145 160 1.541 1.490 151.817 166.358 (i) A rubrica “Outras provisões” é composta pela Provisão de despesas administrativas – PDA para o convênio DPVAT instituída pela Resolução CNSP nº 153/2006 no montante de R$ 225 (R$ 944 2009) e pela Provisão complementar de prêmios – PCP instituída pelas Resoluções CNSP nºs 162/2006 e 181/2007 no montante de R$ 5.334 (R$ 4.656 2009). (b) Provisão para sinistros a liquidar Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Sinistros administrativos 38.017 45.499 Diretos 34.095 30.449 DPVAT 3.772 2.880 Cosseguro aceito 150 12.397 Cosseguro cedido – (227) Sinistros judiciais 112.617 119.478 Diretos 92.109 90.331 DPVAT 21.131 15.789 Cosseguro aceito 6.933 20.617 Cosseguro cedido (7.556) (7.259) Retrocessões 1.183 1.381 Total 151.817 166.358 A Seguradora é parte em processos judiciais, oriundos do curso normal de suas operações envolvendo questões cíveis, sendo estas representadas substancialmente por discussões relativas a indenização de sinistro. Para cada processo, é realizada uma análise individual do risco ao qual a Seguradora está exposta e quantificado o montante da provisão necessária. Em 30 de junho de 2010 a quantidade de processos judiciais relacionados a sinistros diretos é como segue: Chance de perda Quantidade de ações Valor provisionado Provável 889 21.179 Possível 2.459 69.074 Remota 116 1.856 Total 3.464 92.109 A Administração acredita que eventuais desembolsos em excesso aos montantes provisionados, quando do desfecho dos respectivos processos, não afetarão de forma relevante o resultado das operações e a posição financeira da Seguradora. Após a sua nomeação em 28 de novembro de 2008, a atual Administração da Seguradora, baseada em novas posições dos seus consultores jurídicos, constituiu em novembro de 2008 provisão para sinistros contingentes no montante aproximado de R$ 13.500. Além da parcela discutida á época na esfera judicial, também decidiu pela complementação da provisão de sinistros existente, relacionada à essa mesma operação, ainda na fase de discussão administrativa, em aproximadamente R$ 10.700. Em dezembro de 2009 a Seguradora realizou acordo de liquidação dos valores em aberto com a seguradora congênere reduzindo o valor da provisão constituída em R$ 11.200, liquidando a diferença pelo valor de R$ 13.000. 14. Exigível a longo prazo – Outros passivos contingentes Correspondem, substancialmente, a valores provisionados de impostos e contribuições para fazer face às prováveis perdas, calculadas pela Administração e suportadas pela opinião de seus assessores jurídicos, em ações que vêm sendo discutidas judicialmente pela Seguradora, cujos desfechos são considerados prováveis ou possíveis ou remotos. 2010 2009 Descrição Depósito Provisão Depósito Provisão PIS 10.773 17.774 10.091 15.671 COFINS 11.992 2.662 11.165 2.248 INSS 19.971 19.232 8.046 18.087 Trabalhistas 466 4.752 359 1.421 CSL 12.382 – 11.852 – IRPJ 701 701 668 668 CPMF 761 761 723 723 Cíveis 1.210 23.942 1.036 2.953 Outras contingências – Fenaseg 726 726 726 726 Total 58.982 70.550 44.666 42.497 Os detalhes sobre as provisões constituídas são como segue: (a) PIS A Seguradora vem questionando judicialmente o alargamento da base de cálculo do PIS, instituída pela Emenda Constitucional nº 01/1994, que passou a exigir a incidência desta contribuição sobre a receita bruta operacional a partir de junho de 1994. O montante envolvido em 30 de junho de 2010 é de R$ 6.621, o qual está integralmente depositado e provisionado (R$ 6.174 em 30 de junho de 2009). Posteriormente, a Seguradora passou também a discutir judicialmente a Emenda Constitucional nº 10/1996, que continuou a exigir a incidência do PIS sobre a receita bruta operacional, retroagindo sua cobrança a partir de janeiro de 1996. Em face da liminar obtida nos autos do Mandado de Segurança 96.00.09563-9, que concedeu o direito de recolhimento do PIS sobre a receita bruta operacional somente após o transcurso de 90 dias e após a publicação da Emenda Constitucional 10/1996, a Seguradora depositou integralmente o PIS devido a partir de junho de 1996. O montante envolvido, em 30 de junho de 2010, é de R$ 4.712, o qual está integralmente provisionado (R$ 4.394 em 30 de junho de 2009). Adicionalmente, a Seguradora vem questionando a incidência de juros calculados com base na variação da taxa Selic sobre o débito de PIS coberto por liminar que garantia exigibilidade suspensa referente ao ano de 1998. O montante envolvido em 30 de junho de 2010 é de R$ 1.358 o qual está integralmente depositado e provisionado (R$ 1.312 em 30 de junho de 2009). Em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal declarando inconstitucional o recolhimento das contribuições nos moldes previstos pela Lei 9.718/1998, a Seguradora vem discutindo judicialmente a base de cálculo do PIS, cujo montante provisionado em 30 de junho de 2010 é de R$ 5.083 (R$ 3.791 em 30 de junho de 2009). (b) COFINS A Seguradora vem discutindo judicialmente o alargamento da alíquota de 3% para 4%, que foi instituída pela Lei 10.684 de maio de 2003, passando a incidir sobre os fatos geradores a partir de 01 de setembro de 2003. O montante envolvido em 30 de junho de 2010 é de R$ 2.662 (R$ 2.248 em 30 de junho de 2009), o qual está integralmente depositado e provisionado. (c) INSS • Majoração de alíquota – A Seguradora vem discutindo a inconstitucionalidade da tributação diferenciada, para as instituições financeiras e congêneres, da contribuição social ao INSS de 2,5% sobre a folha de salários e sobre as remunerações pagas ou creditadas a segurados, trabalhadores autônomos ou avulsos. O montante da contingência provisionada é de R$ 7.425 em 30 de junho de 2010 (R$ 6.668 em 30 de junho de 2009). • Incra – A Seguradora pede a exoneração de pagar a contribuição do Incra, alegando tratar-se de exação sem amparo jurídico. A contingência provisionada monta a R$ 316 em 30 de junho de 2010 (R$ 267 em 30 de junho de 2009). • Terceiros e diretoria – A Seguradora pleiteia o não recolhimento da contribuição social sobre a remuneração paga aos autônomos e administradores. A contingência provisionada monta a R$ 1.100 em 30 de junho de 2010 (R$ 1.026 em 30 de junho de 2009). • Salário educação – Ação anulatória para desconstituir “Crédito com Resíduo de Parcelamento”, relativo a saldo remanescente dos valores incluídos na anistia concedida na Medida Provisória nº 38/2002 (diferença entre os valores de atualização cobrados pelo INSS e aqueles efetivamente devidos, acrescidos dos encargos moratórios em janeiro de 2007), cuja contingência provisionada monta R$ 134 (R$ 126 em 30 de junho de 2009). • A Seguradora obteve em 1999 ganho de causa com sentença transitada em julgado com relação a determinada lide referente a contribuições ao INSS, o que possibilitou à mesma a constituição de crédito tributário para compensação com contribuições futuras. Em 2001, a mesma utilizou parte desse crédito para a liquidação de outra lide, que era de mesma natureza contributiva. Em 2004, entretanto, a Seguradora teve indeferida referida compensação de contribuições, sob a alegação de que os valores compensados seriam de créditos vencidos e não vincendos. Em conseqüência, a Seguradora provisionou o montante definido pelo agente regulador e decidiu reconstituir o crédito tributário correspondente em seus registros contábeis, adotando como critério de atualização monetária a variação da SELIC, desde a data de sua origem. O valor do crédito foi realizado mensalmente até o exercício de 2006, através de compensação dos valores a pagar de INSS sobre autônomos e sobre a folha de pagamento (parte empresa), uma vez que se tratavam de valores a vencer. Essa interpretação é corroborada pela Administração da Seguradora suportada pelos seus assessores legais. Como resultado desta operação, foi efetuada uma nova provisão para fazer face à possível contingência, sendo seu valor corrigido em 30 de junho de 2010 de R$ 10.257 (R$ 10.000 em 30 de junho de 2009), a qual está integralmente depositada em março de 2010. (d) IRPJ A Seguradora questiona, através de Ação Anulatória de Débito, Auto de Infração lavrado pela Secretaria da Receita Federal referente a desconfiguração da espontaneidade da antecipação de imposto de renda de março de 1996, uma vez que a Seguradora estava sob fiscalização. O montante envolvido, em 30 de junho de 2010, é de R$ 701, o qual está integralmente provisionado e depositado (R$ 668 em 30 de junho de 2009). (e) CPMF A Seguradora questiona a CPMF sobre a transferência de recursos financeiros para a Minas Brasil Seguradora Vida e Previdência S.A. das carteiras de previdência e vida, ocorrida em 2004, no valor atualizado de R$ 761 (R$ 723 em 30 de junho de 2009). (f) Contingências cíveis A provisão foi efetuada levando em consideração a classificação de perda provável, de acordo com a Circular SUSEP 379/2008. (g) Contribuição social – CSLL A Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB lavrou autos de infração visando à cobrança de valores supostamente devidos a títulos de Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) no período de 1993 a 1996, com fundamento na Lei Complementar nº 70/1991 e alterações posteriores, os quais a Seguradora não havia recolhido por entender que a sua exigibilidade fora afastada como decorrência de decisão favorável transitada em julgado, na ação declaratória em que se discutia a inconstitucionalidade da Lei nº 7.689/1988, instituidora da CSLL. As autoridades fiscais alegam que a coisa julgada com relação à Lei nº 7.689/1988 não impede que nova lei passe a reger definitivamente fatos ocorridos a partir de sua vigência. Após esgotadas as discussões na esfera administrativa, a Seguradora vem questionando judicialmente as autuações da SRFB e chegou a efetuar depósitos judiciais para determinados períodos que não foram objeto de autuação. Provisão de sinistros ocorridos e não avisados 2010 2009 1.127 1.372 7.976 6.286 2.208 8.176 18 27 4.492 4.017 4 27 6 8 398 587 220 313 213 204 1 6 – 2 2 2 6 6 3 52 7 70 14 19 1.415 798 178 328 9 39 14 47 18.311 22.387 Outras provisões (i) 2010 2009 14 15 2.840 2.656 225 944 – – 6 6 10 25 5 18 1 1 149 205 3 4 – 15 – 9 – – – – – – – 8 208 289 2.067 1.368 28 29 – 1 3 7 5.559 5.600 Despesa de comercialização diferida 2010 2009 11.648 13.322 6 6 – – – – 3.599 3.792 – – – – 922 1.563 1.476 2.864 507 798 – – – – – 6 – – – – – 8 – 203 179 150 211 226 33 542 – 35 18.581 23.515 Tendo em vista a evolução desse tema no âmbito do Superior Tribunal de Justiça – STJ e baseada na opinião dos seus consultores jurídicos, a Seguradora vinha registrando uma provisão para contingência cujo montante era calculado com base no entendimento da Autoridade Fiscal, manifestado nos autos de infração lavrados contra a Seguradora. Em maio de 2008, a 1ª. Seção do STJ manifestou seu entendimento ao apreciar os Embargos de Divergência em RESP nº 731.250/PE, no sentido de que a declaração de inconstitucionalidade da Lei 7.689/1988, transitada em julgado, aplica-se não só para o ano de 1988, mas também para todos os exercícios posteriores. Confirmou, ainda, que as leis posteriores à 7.689/1988 não alteraram a sua essência e, portanto, não estabeleceram uma nova relação jurídico-tributária entre a Autoridade Fiscal e o contribuinte. Na opinião dos consultores jurídicos da Seguradora, por se tratar de um julgamento de Embargos de Divergência apreciado pela 1º Seção do STJ, cujo objetivo é justamente buscar a unificação da jurisprudência desse tribunal, a matéria foi pacificada em favor do contribuinte. Também no entendimento desses consultores jurídicos, é remota a possibilidade desse tema ser objeto de apreciação pelo Supremo Tribunal Federal – STF, ficando sua decisão no âmbito do STJ. Dessa forma, diante dessa importante jurisprudência e baseada na atual opinião dos consultores jurídicos, que passaram a avaliar como prováveis as possibilidades de sucesso na defesa dos referidos autos, em junho de 2008 a administração concluiu pela reversão da provisão para contingência que vinha sendo constituída pela Seguradora. O montante da provisão revertida em 2008 totalizou R$ 28.458, tendo como contrapartida a rubrica “Outras receitas operacionais” da demonstração do resultado. A partir de 2006 a Seguradora passou a compensar, mensalmente, a CSLL provisionada nos termos requeridos pela Autoridade Fiscal com os créditos tributários referentes à COFINS (nota 9 (b)). Dessa forma, como a provisão para contingência da CSLL foi totalmente revertida no primeiro semestre de 2008, o total atualizado dos créditos da COFINS utilizados nessa compensação, no montante de R$ 5.298, foi reconstituído e registrado na rubrica “Créditos tributários e previdenciários” (nota 9 (b)), tendo como contrapartida na demonstração do resultado as rubricas “Receitas financeiras” (R$ 1.023) e “Contribuição social” (R$ 4.275). Em 30 de junho de 2010, o montante da potencial contingência envolvida neste processo judicial, considerado pelos consultores jurídicos da Seguradora com possibilidade de perda remota, é de aproximadamente R$ 37.437 (R$ 34.700 em 30 de junho de 2009). Nessa mesma data, os depósitos judiciais relacionados com essa contingência totalizavam R$ 12.382, registrados na rubrica “Depósitos judiciais e fiscais” (nota 11). 15. Patrimônio líquido Capital social – O capital social, em 30 de junho de 2010 e de 2009 é de R$ 60.000, representado por 72.282.647 e 40.000.000 de ações ordinárias, respectivamente. Reservas legal e estatutária – A reserva legal é calculada na base de 5% do lucro líquido do exercício, conforme determinação da Lei nº 6.404/1976. A reserva estatutária corresponde à retenção de até 70% do lucro líquido do exercício, limitado a 80% do capital social, para fins de fortalecimento da estrutura de capitalização da Seguradora. Conforme disposição estatutária, está assegurado aos acionistas dividendo mínimo de 25% do lucro líquido. Em 26 de novembro de 2009 foi realizada a AGE para: • resgate e cancelamento de 1.835.000 de ações ordinárias no valor de R$ 14.012, sem redução do capital social, nos termos do artigo 4º, parágrafo 5º da Lei nº 6.404/1976, da totalidade das ações representativas do capital da Seguradora que remanescem em circulação, após oferta pública de aquisição de ações de emissão da Seguradora (“OPA”); • a desinvestidura da totalidade dos membros do Conselho de Administração da Seguradora, em virtude da extinção do Conselho de Administração conforme a reformulação do estatuto social da Seguradora; • aprovar a emissão de 34.117.647 ações ordinárias, sem valor nominal, da Seguradora, mediante subscrição particular, no valor total de R$ 72.050, sendo assim destinado (a) ao capital social o valor de R$ 58.000, totalmente integralizado a partir de aporte financeiro recebido pela Seguradora no ano de 2009 da acionista controladora Zurich Participações e Representações Ltda; e (b) à conta de reserva de capital o valor de R$ 14.050, correspondente ao ágio na subscrição de ações; • alterar e dar nova redação ao Estatuto Social da Seguradora, para fins de adequação da Seguradora à sua nova condição de companhia fechada, assim como para alinhar as suas provisões às regras estatutárias de sua atual acionista controladora; e Os atos societários acima foram submetidos à aprovação da SUSEP, e aguarda aprovação por parte desta Superintendência. Em 26 de novembro de 2009 foi efetuado um depósito no Banco Bradesco S.A. referente ao resgate e cancelamento de 1.835.000 ações ordinárias da Seguradora, nos termos do artigo 4º, §5º da Lei nº 6.404/1976, correspondentes às ações que remanesceram em circulação após a oferta pública de aquisição de ações de emissão da Companhia (“OPA”), objeto do registro CVM/SER/OPA/CAN/2009/02, representando menos do que 5% do total das ações emitidas pela Companhia, ao preço de resgate de R$ 7,50 por ação ordinária, mesmo valor praticado na OPA, acrescido da variação da taxa SELIC a contar de 1º de outubro de 2009, data da liquidação financeira da OPA, até a data do deposito. O saldo em 30 de junho de 2010 a ser resgatado pelos antigos minoritários é de R$ 13.728 registrado na rubrica Débitos diversos (não circulante). 16. Detalhamento de contas da demonstração de resultado Outras despesas operacionais 30/06/2010 30/06/2009 Despesas com encargos sociais – 303 Inspeção preventiva de riscos 764 836 Provisão sobre riscos de crédito 301 (25) Outras despesas com operações de seguros e resseguros 2.889 1.794 Despesas com administração de apólices e/ou contratos 2.444 820 Despesas contingências cíveis 570 1.510 Outras despesas operacionais 1.131 489 Total 8.099 5.727 Outras receitas operacionais 30/06/2010 30/06/2009 Receitas com custo e emissão de apólice 7.033 6.176 Outras receitas com operações de seguros e resseguros (*) 9.506 779 Total 16.539 6.955 (*) Conforme citado na nota 9(c) em 31 de dezembro de 2009 a Seguradora registrou R$ 20.400 referentes a reembolso de despesas judiciais relacionadas a sinistros objeto de cobrança junto ao Banco Mercantil do Brasil. Tal procedimento está previsto no contrato de compra e venda da Seguradora e está amparado pelo posicionamento dos consultores legais internos e externos. As contas impactadas foram Outros créditos operacionais no ativo não circulante em contra partida a Outras receitas operacionais. Durante o primeiro semestre de 2010 o saldo foi acrescido em R$ 9.290 totalizando R$ 29.693. Receitas financeiras 30/06/2010 30/06/2009 Receitas com títulos de renda fixa – privados 749 3.837 Receitas com títulos de renda fixa – públicos 10.725 9.403 Receitas com títulos de renda variável – 2 Receitas financeiras com operações de seguros e resseguros 3.547 4.486 Receitas com créditos tributários 325 1.359 Receitas com fundos de investimentos 613 177 Receita com atualização de depósitos judiciais 1.387 1.138 Outras receitas financeiras 450 448 Total 17.796 20.850 Despesas financeiras 30/06/2010 30/06/2009 Despesas com títulos de renda fixa – 3 Despesas financeiras com operações de seguros e resseguros 4.784 4.701 Provisão para desvalorização de títulos – 1 Atualização monetária sobre tributos 1.102 1.109 Outras despesas financeiras 887 415 Total 6.773 6.229 17. Transações com partes relacionadas (a) Remuneração do pessoal chave da administração O pessoal – chave da administração inclui os conselheiros e diretores e membros do comitê executivo. A remuneração paga ou a pagar em 30 de junho de 2009 foi de R$ 70. (b) Operações com a Zurich Brasil Seguros S.A. Durante os semestres de 2010 e de 2009, já após a aquisição do controle acionário da Seguradora, a Zurich Brasil Seguros S.A. efetuou o rateio de despesas corporativas. Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Salários 4.266 4.412 Despesas com viagens 1.768 1.802 Recuperação referente ao canal de distribuição do BMB 1.243 1.243 Localização e manutenção – 394 Gastos com instalação do SAP 464 – O valor acumulado destas despesas corporativas totaliza R$ 7.741 em 30 de junho de 2010 e estão registradas na rubrica Despesas administrativas diversas R$ 6.498 e na rubrica Outras despesas operacionais R$ 1.243. Os gastos com instalação do SAP estão sendo capitalizados e estão registrados no intangível como software. O montante a liquidar com a Zurich Brasil Seguros S.A. em 30 de junho de 2010 é de R$ 15.527 (R$ 8.138 em 30 de junho de 2009) registrado na rubrica “Outras contas a pagar” no passivo circulante. (c) Operações com a Zurich Insurance Company Descrição 30/06/2010 30/06/2009 Ativo circulante Resseguradora admitida sinistros pendentes 378 – Resseguradora admitida sinistros pagos 209 – Resseguradora admitida comercialização 2 12 Passivo circulante Resseguradora admitida prêmios 1.364 42 Transações Prêmio cedido em resseguro – resseguradora admitida (1.364) (27) Sinistros resseguradora admitida 560 – continua na página seguinte … COMPANHIA DE SEGUROS MINAS BRASIL | Companhia Fechada | CNPJ/MF nº 17.197.385/0001-21 | www.zurichminasbrasil.com.br … continuação das Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras dos semestres findos em 30 de junho de 2010 e de 2009 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma) 18. Ramos de atuação A Seguradora apresentou nos semestres de 30 de junho de 2010 e de 2009 a seguinte composição em relação aos ramos que atua: % Despesa de % Sinistros sobre comercialização Prêmios ganhos prêmio ganho sobre prêmios ganhos Ramos 30/06/2010 30/06/2009 30/06/2010 30/06/2009 30/06/2010 30/06/2009 Automóvel 112.849 113.695 73,33 76,51 14,24 17,24 Vida 39.119 27.704 52,31 52,58 26,83 27,07 Ramos Elementares 9.892 11.237 71,48 28,88 37,22 47,02 Total 161.860 152.636 68,13 68,66 18,69 21,22 19. Patrimônio líquido – PLA e margem de solvência Em atendimento ao disposto no item 9.28 do anexo I da Circular nº 379, de 19 de dezembro de 2008, apresentamos o cálculo do patrimônio líquido ajustado e da margem de solvência: (a) Patrimônio ajustado Demonstração – patrimônio ajustado 30/06/2010 30/06/2009 01 – Patrimônio líquido 142.619 79.366 02 – Despesas antecipadas (29) (26) 03 – Créditos tributários sobre prejuízos fiscais (17.115) (20.629) 04 – Patrimônio líquido ajustado 125.475 58.711 (b) Margem de solvência Demonstração – margem de solvência 30/06/2010 30/06/2009 01 – Patrimônio líquido ajustado 125.475 58.711 02 – A) 0,2 Prêmio retido anual médio – últimos 12 meses 63.812 60.362 03 – B) 0,33 Sinistro retido anual médio – últimos 36 meses 72.761 70.172 04 – C) Margem de solvência (valor A ou B > o maior) 72.761 70.172 05 – Suficiência / insuficiência 52.714 (11.461) 20. Aposentadorias e pensões A Seguradora, juntamente com outras empresas do Grupo Financeiro Mercantil do Brasil, é patrocinadora da Caixa “Vicente de Araújo” de Assistência aos Funcionários do Grupo Financeiro Mercantil do Brasil – CAVA, entidade fechada de previdência complementar sem fins lucrativos, constituída em 3 de maio de 1958. Tem por finalidade a concessão de benefícios complementares ou assemelhados aos da previdência social aos associados admitidos até 1980 (regime de benefício definido para uma massa fechada) e a prestação de serviços de assistência médica e a execução de programas assistenciais de natureza social e financeira a todos os associados. As patrocinadoras respondem por contribuições em percentual não inferior a 30% (trinta por cento) do custo total do plano de benefícios e serviços. A Companhia de Seguros Minas Brasil contribuiu no semestre com R$ 1 (R$ 1 em 30 de junho de 2009). As reservas técnicas são calculadas e constituídas sob regime atuarial de capitalização. Em 30 junho de 2010 e de 2009, não havia passivo atuarial em decorrência desse plano de pensão. 21. Instrumentos financeiros A Seguradora realiza, no curso de suas operações normais, transações com instrumentos financeiros e não tinha, em 30 de junho de 2010 e em 30 de junho de 2009, saldos cujos valores de mercado divergissem significativamente dos correspondentes valores contábeis. Risco de mercado O risco de mercado está associado a perdas potenciais advindas de variações em preços de ativos financeiros, taxas de juros, moedas e índices. A avaliação e controle deste risco são feitos periodicamente. A Diretoria Risco de liquidez Risco de liquidez é relacionado ao descasamento da estrutura de ativos e passivos com relação aos fluxos efetivos de pagamento destes. São analisados periodicamente os indicadores de liquidez oriundos dos saldos de contas do exercício. Derivativos Não foram realizadas operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos durante o semestre findo em 30 de junho de 2010. 22. Outras informações Cobertura de seguros – A Seguradora mantém seguros sobre seus bens, em montante considerado pela Administração suficiente para cobertura de eventuais perdas (não auditado). 23. Eventos subsequentes A SUSEP por meio da Coordenação Geral de Registros e Autorizações – CGRAT aprovou aumento de capital no valor de R$ 58.000 em 16 de julho de 2010 através da Portaria SUSEP CGRAT 1.121. Em julho 2010 a Zurich Participações e Representações Ltda., aportou na Companhia de Seguros Minas Brasil a importância de R$ 48.514, para fortalecer a solvência e elevar os ativos para cobertura das reservas técnicas contabilizada como Adiantamento para futuro aumento de capital – AFAC. ATUÁRIO Ricardo César Pessoa – MIBA - 1076 CONTADOR Sérgio Luiz Matias – CRC 1SP 215.417/O-5 “S” MG PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Companhia de Seguros Minas Brasil 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia de Seguros Minas Brasil (“Seguradora”) em 30 de junho de 2010 e de 2009 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa dos semestres findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Seguradora; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Seguradora, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Seguros Minas Brasil em 30 de junho de 2010 e de 2009, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e os fluxos de caixa referentes aos semestres findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme mencionado na nota explicativa nº 2, a Superintendência de Seguros Privados SUSEP, por meio da Circular nº 408, de 23 de agosto de 2010, determinou que as demonstrações financeiras referentes à data-base de 30 de junho de 2010 das sociedades e entidades por ela supervisionadas sejam elaboradas de acordo com as mesmas práticas contábeis vigentes para a elaboração das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2009. Dessa forma, a Administração da Seguradora está apresentando suas demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2010 utilizando as práticas contábeis adotadas no Brasil em 31 de dezembro de 2009. A referida Circular estabelece, ainda, a prorrogação para 2011 da adoção do Pronunciamento Contábil CPC 11 – Contratos de Seguros nas demonstrações financeiras individuais. São Paulo, 27 de agosto de 2010 Auditores Independentes CRC 2SP 000.160/O-5 “F” MG Aníbal Manoel Gonçalves de Oliveira Contador CRC 1RJ 056.588/O “S” MG