Líder ético é pleonasmo: se não for ético, não é nem líder nem gestor! A principal missão das lideranças em qualquer organização é de, primeiramente, providenciar e depois utilizar os recursos necessários – financeiros, técnicos e humanos - para alcançar metas sustentáveis. É precisamente por conduzir as equipes que um bom líder deve ser um gerente da ética: conquistando o respeito das pessoas ele garante seu próprio desempenho e a sustentabilidade da organização. A ética deve sair da discussão filosófica e teórica, e se transformar em um conjunto de comportamentos adequados a um ambiente particular, em uma determinada situação, para agir com justiça, respeitando as pessoas e os desafios da empresa, considerando também o conjunto da sociedade e das gerações futuras. Alcançar os objetivos econômicos da organização honrando os valores de respeito aos indivíduos – funcionários, fornecedores, clientes, acionistas - não é apenas realista, mas essencial: os stakeholders não são apenas agentes econômicos! Considerar plenamente a dimensão humana na própria gestão é uma forma concreta de contribuir para o sucesso da empresa. Este assunto nos preocupa há muito tempo, e o conceito está apresentado nos artigos: • • • “O desafio das lideranças? O gerenciamento das diversidades.” “O presenteísmo se constrói sistematicamente com líderes abusivos” “Objetivos sob medida: um desafio para cada colaborador” Todo comportamento "antiético", o dos líderes abusivos que pensam principalmente no curtíssimo prazo e no próprio interesse financeiro, tem seus custos médico, social, jurídico, econômico e organizacional gerando desmotivação em níveis mais ou menos elevados nos colaboradores, a produtividade diminui e, consequentemente, os resultados da empresa. A nosso conhecimento não existe nenhum estudo global sobre este fenômeno, mas juntando alguns números de estudos setoriais, se chegaria rapidamente a aumentar o EBITDA – o lucro operacional - das várias áreas de pelo menos 60% quando gerenciadas por verdadeiras lideranças! Sem contar que o combate à falta de respeito pela diversidade, à discriminação, às práticas injustas, assédios, etc. também exige a implementação de mais controles que geram custos adicionais. Investir no mapeamento e desenvolvimento de lideranças é um excelente negócio: a ética "paga” contribui para a eficácia da empresa através da construção de uma colaboração de longo prazo que prepara o desempenho sustentável de equipes fiéis. O que distingue o líder ético? Diariamente, ele exerce uma forte liderança ética. Ele sabe definir o significado do trabalho de suas equipes, ajudando cada empregado, individualmente, a considerar o sentido de seu trabalho e o da empresa. O sentido? Definir e comunicar claramente o “por” e o “para” quê! O líder ético se responsabiliza por suas ações e decisões, especialmente na hora da escolha de seus colaboradores e na definição de objetivos individuais a serem alcançados. Ele sabe o que pode ser pedido a cada indivíduo para que possa se superar sem comprometer sua qualidade de vida. Ele sabe como responder à dupla pergunta dupla do "por que" (de volta para as causas) e o "para quê" (para dar um propósito). Agindo assim ele abre a perspectiva. E refletindo sobre "como chegamos até aqui" e "para onde queremos ir agora", ele define e comunica o sentido da ação para seus colaboradores. Nas atitudes, reações, decisões, o líder ético se mostra exemplar e imparcial. Isto significa que ele se aplica a implementar o comportamento apropriado para uma prática de gestão de qualidade: as virtudes de coragem, prudência (realista), moderação (autocontrole), justiça estão sempre presentes. O gerente de ética é congruente em palavras e atos. É justo e trata todos de forma justa. Quando deve tomar uma decisão difícil, ele assume. Ele exige que seus colaboradores alcancem individualmente e em equipe desafios suficientes para que possam provar aquele gostinho de sucesso, de satisfação, estimulando as pessoas sem criar estresse inútil, e se comporta como esperado. Em caso de conflito, ele sabe distinguir claramente entre seus sentimentos pessoais e a missão profissional. Finalmente ele representa o modelo que seus colaboradores e colegas querem imitar. © Moityca Eficiência Empresarial Ltda. Página 1 O líder ético se preocupa com o respeito da pessoa humana. Com auxílio de RH ele cuida pessoalmente do recrutamento, integração e desenvolvimento de seus colaboradores. Busca um conhecimento objetivo das pessoas, para poder dirigir suas tropas de forma diferenciada. E ele conhece a realidade econômica do negócio. Graças a isso, ele pode traduzir as consequências em termos de custo de uma diminuição de investimento em pessoas para defender sua posição ética frequentemente em oposição com a visão de seus interlocutores do controle de gestão! A ética é um investimento que vale a pena, e este investimento deve forçadamente passar pela educação das lideranças! Elas restauram a confiança e criam laços na organização, demonstrando um comprometimento forte e sustentável. A felicidade dos colaboradores sempre precede a performance... O desafio é difícil, mas a empresa é composta de seres humanos que querem se espelhar e seguir líderes com comportamentos exemplares. Portanto se a educação das lideranças é sem dúvida importante, a maior parte do comportamento depende do que Martens chama de “núcleo psicológico”: os traços de personalidade que influenciam atitudes, valores, interesses, motivações e crenças. Medir precisamente estes traços requer a utilização de ferramentas e métodos sofisticados. Já tentou no passado mapear e desenvolver suas lideranças e os resultados foram decepcionantes. Nada de surpreendente se efetuou os assessments utilizando instrumentos clássicos cujos resultados só comparam o indivíduo com uma norma cujas características continuam desconhecidas, ou técnicas altamente subjetivas como o 360º ou a entrevista por competências! Só os instrumentos de Método Funcional – graças a uma construção original - proporcionam resultados objetivos no conhecimento das pessoas. Este conhecimento permite, além de selecionar, evidenciar as áreas de verdadeiro desenvolvimento. Finalmente a precisão e o compartilhamento do conhecimento favorecem a ética e a eclosão de resultados superiores. Sucesso! R. Oswald Rio de Janeiro, março 2012 Fonte citada: Martens R. (1975), Social psychology and physical activity, New York, Harper & Row © Moityca Eficiência Empresarial Ltda. Página 2