Delegacias Regionais do Creci-MG CIDADE DELEGADO(A) TELEFONE CIDADE DELEGADO(A) TELEFONE Contagem Wilma de Souza Pereira (31) 3351.8305 Montes Claros Ney Ataíde Maia (38) 3212.8383 Divinópolis Cléber Adriano de Carvalho (37) 3221.1365 Patrocínio Lázaro dos Santos Filho (34) 3831.8011 Govenador Valadares Edílson de Paula Brandão (33) 3271.2872 Poços de Caldas Ari Fernando Costa (35) 3722.2107 Ipatinga Wesley Harrison Givisiez (31) 3822.6345 Pouso Alegre José Tadeu Pereira de Carvalho (35) 3422.1773 Itajubá Ovídio Pereira de Faria Júnior (35) 3622.3019 Uberaba Luis Fernando Batistuta Santos (34) 3317.8788 Juiz de Fora Rogério Nunes (32) 3215.1513 Uberlândia Elsa Cristina Rodrigues Lopes (34) 3234.2744 Varginha Saulo de Tarso Arantes Tavares (35) 3221.4633 Delegacias Municipais do Creci-MG CIDADE DELEGADO(A) TELEFONE CIDADE DELEGADO(A) TELEFONE Abaeté Aguimar Ferreira do Amaral (37) 3541.4064 João Molevade Edmilson Agostinho Correia (31) 3852.3299 Além Paraíba Maria Celeste de Oliveira Matos (32) 3462.2470 João Pinheiro Sebastião Caldeira de Oliveira (38) 3561.1099 Alfenas Marcos Monte Alegre (35) 3291.4147 Lagoa da Prata Ibraim de Melo (37) 3261.1474 Alpinópolis Edvane Paes dos Santos (35) 3523.1097 Lavras Nilson Gonçalves de Matos (35) 3822.5001 Andradas Nilce Neiva Garcia (35) 3731.2609 Leopoldina Jairo Antônio de Souza Seoldo (32) 3441.3724 Araguari José Carneiro (34) 3241.3910 Machado Hamilton de Paiva Magalhães (35) 3295.6653 Arcos Baltazar Pimentel dos Santos (37) 3351.1071 Manhuaçu Armando Soares de Oliveira (33) 3331.1750 Araxá Sérgio Luiz Goulart (34) 3661.1874 Mar de Espanha Harrison José Pereira (32) 3276.2976 Barbacena Lúcio Gonçalves de Paula (32) 3331.6116 Mariana Lorival Izidoro Xavier (31) 3557.2701 Boa Esperança Wilson Lênio da Silva (35) 3851.1284 Monte Carmelo Sara Aparecida da Silva Machado (34) 3842.2933 Bom Despacho Nilton Israel Chagas (37) 3521.3932 Monte Sião José Ricardo dos Santos Baganha (35) 3465.5468 Borda da Mata Sinval de Paula (35) 3445.1794 Muriaé José Roberto Correa Mazzini (32) 3722.3030 Camanducaia Elza Idalina Marzagão Santos (35) 3433.1172 Nanuque Thomaz Nunes Pinheiro (33) 3621.7090 Cambuí Edson Gonçalves Dias da Silva (35) 3431.1851 Nova Serrana Gervásio Teodoro de Oliveira Filho (37) 3226.2376 Cambuquira Márcio José Gomes (35) 3251.3074 Oliveira Juarez Távora de Barros (37) 3232.7564 Campanha Gislaine Pereira Dias (35) 3261.1632 Ouro Branco Geraldo de Fátima Alves Pinto (31) 3742.1587 Capitolio Reginaldo Ricardo Oliveira (35) 3326.5226 Ouro Fino Elias da Silva (35) 3441.1152 Campo Belo Aparecida de Fátima Trindade (35) 3832.2207 Ouro Preto Guilherme F. Peret Teixeira (31) 3551.5756 Carangola Maurício José Gomide (32) 3741.1288 Pará de Minas Antônio Maria de Souza Filho (37) 3236.9440 Caratinga João Batista da Silva (33) 3321.4040 Paracatu Dolimar Vieira Diniz (38) 3671.3900 Carmo do Paranaíba Vicente José de Oliveira (34) 3851.1722 Paraisopolis José Lázaro de Carvalho Neto (35) 3651.1370 Carmo do Rio Claro Flávio Lemos de Carvalho (35) 3561.3639 Paraopeba Alfredo Tibúrcio Braga (31) 3723.9317 Carmópolis de Minas Airthon Donizete Lima (37) 3333.1559 Passos José Roberto Batista Denúbila (35) 3521.7033 Cataguases Bruno Spíndola de Araújo (32) 3422.2252 Patos de Minas José Maria Paulo Teixeira (34) 3821.7553 Caxambu Maria Helena de Carvalho (35) 3341.2121 Perdizes Alex Ribeiro Oliveira (34) 3663.2041 Congonhas Regina Maria Bahia da Fonseca (31) 3731.3705 Pirapora Davison Cotta Silva (38) 3741.1264 Conceição da Aparecida Euzébio de Paiva Andrade (35) 3564.2002 Pitangui / Conceição do José Raimundo Machado (37) 3276.1109 Conselheiro Lafaiete José Geraldo dos Santos (31) 3763.1500 Pará / Leandro Ferreira Coromandel Beni Vilela da Cunha (34) 3841.1602 Piumhi Ubiraci de Brito Mota (37) 3371.2500 Coronel Fabriciano José Wilson da Trindade Neves (31) 3846.2404 Pompeu Djalma José dos Reis (37) 3523.4688 Curvelo Sérgio Mendes de Sá (38) 3721.3052 Ponte Nova José Paulo G. Moreira (31) 3817.1515 Diamantina Eric Giovani Silva (38) 3531.3784 Rio Pomba Emerson Mauro Malta (32) 3571.2238 Dores do Indaiá Magno Pinto Coelho Costa (37) 3551.1091 Sacramento Geovani Massa (34) 3351.3103 Extrema Ricardo Faria Dalle Lucca (35) 3435.1100 Santa Luzia Andréa do Carmo Alves (31) 3637.1157 Formiga Paulo Roberto de Oliveira (37) 3321.3700 Santa Rita do Sapucaí José Leôncio de Oliveira (35) 3471.1873 Frutal Sebastião Ferreira (34) 3421.2791 São Gotardo José Dedi de Souza (34) 3671.3827 Guaranesia Luis Alfredo Teixeira (35) 3555.1786 São João Del Rey João Carlos Vasconcelos Fróes (32) 3372.3247 Guaxupé Ronaldo de Oliveira Prado (35) 3551.5455 São Lourenço Edilson Passos de Castro (35) 3332.2013 Ibiá Paulo Henrique G. Junqueira Luz (34) 3631.4679 São Sebastião do Paraiso Luiz Medici (35) 3531.3544 Itabira Jarbas de Amorim Filho (31) 3834.5062 Sete Lagoas Júlio César de Jesus Lima (31) 3772.4830 Itabirito José N. de Jesus Castro (31) 3561.0094 Teófilo Otoni Carlos Alberto Gomes Santos (33) 3522.4554 Itapecerica José Arantes da Silva (37) 3341.1445 Timóteo Vinícius Alvarenga Gomes de Brito (31) 3849.6611 Itaúna Daniel Mânio Moreira (37) 3241.2639 Três Corações Osny Lemos Ribeiro (35) 3235.1999 Ituiutaba Wiedner Navarro de Barros (34) 3268.1155 Três Pontas Leandro Mendonça de Castro (35) 3265.2615 Iturama José Carlos Pereira (34) 3411.3600 Ubá Sandro Paschoalini Ribeiro (32) 3531.9805 Jacutinga Nelson Antunes da Costa (35) 3443.1524 Unaí Antônio Nicolau Ribeiro (38) 3676.7636 Janaúba Geraldo Luiz dos Santos (38) 3821.3092 Viçosa Luciano de Freitas Moreira (31) 3891.4547 Januária Valdemir Gonçalves de Oliveira (38) 3621.4830 Visconde do Rio Branco Helder Roberto da Silva (32) 3551.4243 ÍNDICE POR DENTRO DO CRECI-MG 4e5 ESPECIAL 6 e 7 Minas comemora o Dia do Corretor de Imóveis LEGISLAÇÃO 8 Nova lei estadual reafirma necessidade de imobiliárias afixarem cartaz com deveres do locador PAPO DE CORRETOR 9 Creci também é sinônimo de CREsCImento profissional MERCADO 10 e 11 Mercado imobiliário adere à conciliação CAPA 12 e 13 Financiamentos imobiliários rendem remuneração extra para corretores de imóveis INTERIOR 14 a 16 “Minha Casa, Minha Vida” desequilibra mercado imobiliário do interior ESPECIALISTA 17 Avaliação após um ano da crise financeira JURÍDICO 18 Como vender imóvel alugado – parte II EXPEDIENTE A revista CRECI-Minas é uma publicação do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG) - 4ª Região. Presidente em exercício: Paulo José Vieira Tavares 1º Vice-presidente: Newton Marques Barbosa Júnior Diretor-secretário: Jorge Fernandes de Souza 2º Diretor-secretário: Tarcísio Naves Sanglard Diretor-tesoureiro: Milton Vieira Chaves Filho 2º Diretor-tesoureiro: Fernando Luiz Viana Superintendente: Ricardo Mendes Jornalista Responsável: Carla Damiani Duarte (Mtb 11.279) Redação: Carla Damiani Duarte e Daniela Figueiredo Diagramação e Ilustração: Pedro Alvarenga Impressão: Artes Gráficas Formato Ltda Tiragem: 8.000 exemplares Creci-MG: Rua dos Carijós, 244 10º andar Centro Belo Horizonte – MG | Cep 30120-060 Telefone: (31) 3271-6044 www.crecimg.com.br | [email protected] EDITORIAL Creci está em mais de 100 cidades Durante os últimos dois meses o Creci-MG ultrapassou a barreira de 100 corretores nomeados como delegados do Conselho no interior, profissionais que representam a categoria junto ao órgão de classe e lutam pelos direitos e deveres dos corretores de imóveis. É um marco, uma vitória almejada há alguns anos, quando os diretores deste Conselho se propuseram a expandir a nomeação de delegados para aproximar os corretores do interior do Conselho Regional. Muitos outros pretendemos nomear... o alvo é que todas as cidades que tenham um mínimo de corretores possam ter um representante junto ao Creci-MG. Através dos delegados, o Conselho realiza eventos de aprimoramento profissional, como os que acontecem por meio da delegacia em Montes Claros; integra os profissionais, a exemplo do excelente trabalho realizado pela delegacia em Governador Valadares; e saneia o mercado imobiliário, como fez a delegacia de Poços de Caldas, promovendo uma verdadeira “limpeza” ao retirar os ilegais do mercado imobiliário. Através dos delegados, o Creci-MG vem ainda promovendo ações bem sucedidas, como o Crecicon, Comissão de Atendimento ao Consumidor do Mercado Imobiliário, que é sucesso em várias cidades do interior e que agora é reestruturada em Belo Horizonte. O Crecicon permite que uma denúncia realizada junto ao Conselho Regional contra um corretor, que levaria, em média, dois anos para percorrer todo o processo burocrático para a solução, resolva-se, em média, 30 dias após a denúncia. Novidade que agiliza a solução de problemas com profissionais inscritos no Conselho. Com os não inscritos, a solução também está mais rápida. O Creci-MG já enviou a primeira remessa de processos ao Ministério Público Estadual (MPE) contra pessoas que exercem a profissão de corretor de imóveis ilegalmente. Elas serão penalizadas pelo MPE e servirão como exemplo para as que insistem em trabalhar de forma ilegal. E por falar em exemplo, esta edição traz um nicho de mercado ainda pouco explorado por corretores e que pode ser usufruído por todos: a correspondência imobiliária. A revista Creci-Minas deste bimestre está recheada de novidades. Aproveite a leitura e ótimos negócios. Paulo José Vieira Tavares Presidente em exercício 3 3 Setembro e Outubro de 2009 / CRECI-MG Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG POR Diga r Correto DENTRO vista, ar a re onibiliz os quanto p is d G em lizad Creci-M ssionais atua desenvolver fi tiva do e ro ia d p ic s m in o r lé través nte ado a lifica a e mante Excele meio d ipais do merc que se qua m u é pois veis princ de imó stões as que o do corretor lh o traba formações. s de in orretore dessas na Neto egional dos C ia V to oR ugus José A te do Conselh reci-SP) n (C Preside e São Paulo ção do d divulga se e Imóveis ara a p las c o ç a a r p oso es ara fortalece e imóveis aravilh d p m s io re e m v to u corre ta é . Ela A revis do Creci-MG to tanto dos o en im . c s e a h trabalh n re utras á er o co abrang pessoas de o ia e d o nta Luz com em Sa Alves Carmo do Creci-MG o d a André icipal da Mun Delega Cursos para se tornar corretor de imóveis Confira, abaixo, escolas que oferecem o curso de Técnico em Transações Imobiliárias em Minas: BELO HORIZONTE CMI/Secovi-MG Rua Tabaiares, 12 - 4º andar - Floresta Tel.: 31 3055-5353 / Site: www.secovimg.com.br Colégio Minas Gerais Avenida Augusto de Lima, 104 - Centro Tel.: 31 3222-3733 / Site: www.colminasgerais.com.br Grupo Mineiro Serviços Educacionais Rua dos Carijós, 244, sala 508 – Centro Tel: 31 3273-1022 Sindimóveis-MG Rua dos Carijós, 244, 14° andar – Centro Tel. 31 3224-3244 / Site: www.sindimoveismg.com.br JUIZ DE FORA Colégio Técnico Universitário da UFJF Rua Bernardo Mascarenhas, 1283 - Fábrica Tel.: 32 3229-7506 / Site: www.ctu.ufjf.br Creci rompe a barreira de 100 delegados O Dia do Corretor de Imóveis, 27 de agosto, além de ter sido muito festejado em Belo Horizonte e em várias cidades do interior, também resultou em novas conquistas para o mercado imobiliário, ao integrar mais seis municípios para, juntamente com o Conselho, lutarem em prol da ética e valorização dos corretores de imóveis. Alpinópolis, Capitólio, Guaranésia, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso e Timóteo agora possuem delegados do Creci-MG, os mais recentes parceiros do Conselho, e estarão inspecionando o mercado imobiliário de suas cidades para melhorarem a atuação dos profissionais. O diretor-secretário, Jorge Fernandes de Souza, foi o responsável por nomear os representantes das cidades listadas acima, à exceção de Timóteo, elucidando a todos sobre o trabalho a ser desenvolvido em seus respectivos municípios. Ao todo, o Conselho conta com 13 delegados regionais e 95 delegados municipais que aproximam o Creci-MG da categoria. UBERLÂNDIA Colégio Profissional Avenida Floriano Peixoto, 2033 Tel.: 34 3213-5159 Confira, abaixo, escolas que oferecem os cursos superiores em Negócios Imobiliários: VIRTUAL Newton Paiva Virtual Curso de Negócios Imobiliários www.newtonpaiva.br BELO HORIZONTE Facisa-BH – Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas Curso Superior de Tecnologia de Negócios Imobiliários Avenida Antônio Carlos, 521, 2º e 3º andar – Lagoinha Tel.: 31 3421-2207 / Site: www.facisa.com.br Oscar Ferreira ganha licitação para desenvolver projeto arquitetônico da nova sede A Empresa de Arquitetura Oscar Ferreira foi a vencedora do processo licitatório para a elaboração do projeto arquitetônico da nova sede do Creci-MG. O contrato prevê o desenvolvimento e aprovação do Projeto Arquitetônico do edifício comercial com garagens no térreo, 2º pavimento com garagens e salas, 4º pavimento com salas e auditório e o 5º pavimento com salas, a ser construído na Avenida dos Andradas, 1071, em Belo Horizonte. Errata O delegado municipal do Creci-MG em Guaxupé, Ronaldo de Oliveira Prado, e o Diretor Secretário do Creci-MG, Jorge Fernandes de Souza 4 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 Apenas o artigo 7º da lei nº 4116/64 foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, diferente do que foi publicado na página 14 da edição 04 da revista CreciMinas. DO CRECI-MG Corretor ganha cartão de crédito personalizado Parceria firmada entre o Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e o Banco Fibra formalizou a concessão de benefícios exclusivos para corretores de imóveis. A principal delas é a criação do cartão Sistema Cofeci/Creci Visa Gold, que permite o parcelamento das anuidades com os Crecis em até seis vezes, sem juros. Não haverá anuidade para aquisição do cartão, que permite, ainda, adicionais sem custo. Segundo o presidente do Sistema Cofeci-Creci, João Teodoro da Silva, a idéia é instituir uma forma para os corretores fazerem seus pagamentos parcelados, sem que haja um ônus pela cobrança. “A saída que encontramos foi o cartão personalizado”. O usuário poderá fazer saques em dinheiro, no Brasil e no exterior, ter até 40 dias para pagar suas compras, obter seguros de acidentes pessoais e aluguel de automóveis, serviços de assistência em viagens e emergências, entre outros benefícios. O corretor de imóveis Sérgio Zuquim, de Belo Horizonte, também esteve na FIL 2009 e confirmou que o Brasil está num momento favorável em relação ao resto do planeta. Zuquim conta que assistiu a uma palestra do norte-americano Brian Ciochetti, professor do Massachussetts Institute of Technology (Instituto de Tecnologia de Massachussetts – MIT) em Gestão Imobiliária, e dele ouviu que o Brasil é uma tendência de mercado por sua reserva de imóveis residenciais e a grande procura pelo turismo brasileiro. O Ministério do Turismo do Brasil também esteve presente na FIL 2009 com stands que mostravam empreendimentos imobiliários no Nordeste do país para atrair o público, e ainda apresentou palestras que abordavam o tema “Brasil – País de Oportunidades e Reserva Turística Mundial” das quais duas foram ministradas pelo presidente do Cofeci, João Teodoro. NA PONTA DO LÁPIS Janeiro a setembro de 2009 CORRETORES DE IMÓVEIS ATIVOS Pessoas Físicas Pessoas Jurídicas Feira Internacional de Lisboa 2009 Dizer que o mercado imobiliário no Brasil está aquecido não é novidade para ninguém, mas saber que esse mesmo mercado é tendência e exemplo de superação da crise financeira mundial já é outra história. Esta afirmação é feita pelo presidente do Conselho Federal dos Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva, que esteve na Feira Internacional de Lisboa (FIL) 2009 e trouxe a informação de que o Brasil é considerado a bola da vez no setor imobiliário pelos estrangeiros. Segundo o presidente do Cofeci, o Brasil não teve os mesmos reflexos negativos da crise como a Europa e os Estados Unidos porque o Governo Federal soube tomar importantes medidas de prevenção à crise como a implantação do programa de habitação “Minha Casa, Minha Vida”, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). João Teodoro afirma ainda que essas medidas aqueceram a economia do país e fizeram com que o Brasil se tornasse exemplo de superação e sucesso no ramo imobiliário, tendo sido observado no mundo inteiro. 11.146 1.798 Pedidos de inscrições PF Cancelamentos PF 844 94 Cancelamentos PJ Pedidos de inscrições PJ Registro Temporário de Estagiário 12 64 488 Janeiro a setembro de 2009 FISCALIZAÇÃO EXTERNA Número de agentes fiscais 14 Delegacias regionais Delegacias municipais 13 95 Nº. de veículos na fiscalização Km rodados 11 82.744 Cidades visitadas Autos de constatação Auto de infração Notificação Número de ilegais autuados Nº. de anúncios pesquisados Atendimento ao público 175 14.612 1.634 1.665 949 4.301 5.875 5 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Especial Minas comemora o Dia do Corretor de Imóveis O s 47 anos da regulamentação da profissão de corretor de imóveis foram comemorados com muita festa no Estado. Em Belo Horizonte, o Creci-MG se uniu ao Sindimóveis-MG para, juntos, promoverem três dias de muita comemoração. 1 No primeiro dia do evento, 25/08, o Deputado Estadual e Secretário de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, Agostinho Patrús Filho, abordou o impacto do desenvolvimento social e econômico das obras da Cidade Administrativa e da Copa de 2014. No segundo dia do evento, 27/08, o Procurador-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, Alceu José Torres Marques, abordou o papel atual do Ministério Público frente à sociedade e os reflexos da parceria firmada com o Creci-MG para inibir a atuação dos corretores ilegais no mercado. Já no terceiro dia, 28/08, os profissionais puderam brindar a data com o Baile do Corretor de Imóveis, noite dançante que contagiou os presentes. 1 Acesse a Área Restrita do site www.crecimg.com.br e confira o vídeo produzido pelo Governo do Estado com fotos tiradas a cada 15 minutos mostrando a evolução das obras do Centro Administrativo. Confira, também, vídeos com trechos dos eventos e um especial produzido pelo Creci-MG relembrando a história da categoria. 1 Contagem Para celebrar o Dia do Corretor de Imóveis, a delegacia do Creci-MG em Contagem realizou um evento na Wilma Imóveis na manhã do dia 27 de agosto. A festividade contou com a presença de 25 corretores de imóveis e os consultores Maria Ângela Gonçalves e Ismael Cabaleiro Garcia, que ministraram uma palestra sobre a data para os presentes. Após o evento, houve um coquetel para encerrar a comemoração e os convidados seguiram para Belo Horizonte para participarem da Semana do Corretor. São João Del Rei A celebração do Dia do Corretor de Imóveis em São João Del Rei foi antecipada, o evento aconteceu no dia 22 de agosto no salão de festas da cidade e contou com presença do diretor6 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 1 secretário do Creci-MG, Jorge Fernandes de Souza, que recebeu uma placa em homenagem ao trabalho que vem exercendo no Conselho. Cerca de 130 pessoas estiveram presentes no evento, além do presidente da Associação dos Corretores de Imóveis da cidade, Eustáquio Coelho Resende, do gerente da Caixa Econômica Federal de São João Del Rei, Jânio da Silva Barbosa, do presidente e do vice-presidente do Sindimóveis-MG, Paulo Dias e Geraldo Magela, respectivamente. No mesmo dia mais um corretor de imóveis recebeu a carteira do Creci-MG e, a partir de agora, está apto a exercer a profissão de maneira legal e segura. Para encerrar a comemoração foi celebrada uma missa no dia 27 de agosto no qual o padre alertou a população quanto aos riscos de negociar com um inabilitado e elogiou o trabalho exercido pelos corretores da 2 cidade. 2 Ipatinga A delegacia do Creci-MG em Ipatinga preparou uma palestra para celebrar a data no dia 31 de agosto. Aproximadamente 80 corretores de imóveis de Ipatinga e região participaram do evento, além do delegado de Coronel Fabriciano, José Wilson; do delegado de Timóteo, Vinícius Alvarenga; e do delegado de Ipatinga, Wesley Harrison. Quem ministrou a palestra foi o vice-presidente do Creci-MG, Newton Marques Barbosa Júnior, juntamente com o superintendente do Creci-MG, Ricardo Mendes. Os palestrantes falaram para os presentes sobre a importância da fiscalização para combater o corretor inabilitado, explicaram a parceria que o Creci-MG firmou com o Ministério Público Estadual e ressaltaram a força da publicidade como forma de conscientização para valorizar a profissão de corretor de imóveis. 3 Viçosa A comemoração do Dia do Corretor de Imóveis em Viçosa foi tão esperada pela cidade que até a imprensa esteve presente para cobrir o evento. A solenidade aconteceu no dia 29 de setembro, no Buffet Panorama, e foi prestigiada pelo diretor-secretário do Creci-MG, Jorge Fernandes de Souza; pelo diretor-tesoureiro do Creci-MG, Milton Vieira Chaves Filho; pelo delegado do Creci-MG na cidade, Luciano de Freitas Moreira; pelos gerentes de Habitação da Caixa Econômica Federal, João Dionízio Godoy Portugal e Rosana Aparecida dos Santos; pela gerente de Habitação do Banco do Brasil, Silvia Regina dos Santos; pela Secretária da Fazenda da Prefeitura Municipal, Nazildes Gonçalves de Almeida; pelo presidente da Associação Comercial, Eustáquio Roberto Gomes Santana; pelo jornalista, Petrônio Fonseca, além dos corretores de imóveis da cidade. 3 Para o diretor-secretário do Conselho, Jorge Fernandes de Souza, é importante estar presente em eventos como esse para aproximar os profissionais da cidade do CreciMG. Dessa forma eles não se sentem abandonados e valorizam a classe exercendo um trabalho correto. “O Conselho está muito bem representado na cidade”, afirmou o diretor-tesoureiro, Milton Chaves, elogiando o trabalho do representante do Creci-MG na cidade. Chaves também ministrou uma palestra aos presentes para compartilhar os projetos que o Conselho tem desenvolvido, como o Papo de Corretor, o V Encontro dos Delegados Regionais e Municipais, que aconteceu em abril desse ano, e o projeto da nova sede. 7 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Legislação Nova lei estadual reafirma necessidade de imobiliárias afixarem cartaz com DEVERES DO LOCADOR N o dia 30 de julho, o Governo do Estado de Minas Gerais promulgou a lei estadual nº 18.304, que torna obrigatória às imobiliárias a afixação de cartaz, em local visível, contendo a integralidade da norma contida no art. 22, da Lei do Inquilinato (lei nº 8.245/91), que trata dos deveres do locador / proprietário. Já em 28 de setembro de 2.009, foi a vez da Lei Estadual nº 18.402, que obriga a afixação, pelas imobiliárias, de cartaz contendo as responsabilidades dos fiadores (arts. 818 e 827, do Código Civil Brasileiro). LEI Nº 18.304, DE 30/JULHO/2.009: As empresas que descumprirem as novas leis estarão sujeitas às sanções e penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor, que poderá chegar até mesmo à cassação de licença do estabelecimento ou de atividade. Para o superintendente do Creci-MG, Ricardo Mendes, “tais medidas, numa análise preliminar, parecem desnecessárias, visto que ninguém, nem mesmo o inquilino e o fiador, pode alegar o desconhecimento da lei em sua defesa, conforme o art. 3º, da Lei de Introdução ao Código Civil. Todavia, as imobiliárias deverão cumprir o que determinam os dispositivos legais, para evitar que penalidades lhes sejam aplicadas pelos órgãos de defesa do consumidor”. Mendes sugere, ainda, que, “ao confeccionar os cartazes exigidos pelas referidas legislações, a imobiliária faça deles constar, também, os deveres do locatário, que estão previstos no art. 23, da Lei do Inquilinato. Desta forma, os inquilinos saberão que também têm obrigações”, afirma. Ressalta, por último, que “o Poder Judiciário já firmou entendimento no sentido de que, às locações prediais, não se aplicam as normas do Código de Defesa do Consumidor”, razão pela qual acredita que ditas leis não perdurarão por muito tempo. O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Ficam as empresas imobiliárias obrigadas a afixar em suas dependências, em local visível, CARTAZ contendo a transcrição do art. 22 da Lei Federal nº 8.245, de 18 de outubro de 1991. Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator às penalidades previstas nos arts. 56 a 59 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 30 de julho de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. LEI Nº 18.402, DE 28/SETEMBRO/2.009: O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Ficam as empresas imobiliárias obrigadas a afixar em suas dependências, em local visível, cartaz contendo a transcrição dos arts. 818 e 827 da Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator às penalidades previstas nos arts. 56 a 59 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 28 de setembro de 2009; 221º da Inconfidência Mineira e 188º da Independência do Brasil. AÉCIO NEVES Danilo de Castro Renata Maria Paes de Vilhena 8 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 Papo de Corretor Creci também é sinônimo de CREsCImento profissional O Papo de Corretor ultrapassou a marca de vinte edições de palestras gratuitas para os profissionais inscritos no Conselho. Cerca de 1500 corretores já compareceram à sede do Creci-MG buscando capacitação através de um bate-papo informal com experientes profissionais da área imobiliária. Os corretores do interior assistem às palestras pelo site do Conselho, uma vez que os eventos têm transmissão ao vivo. O corretor Armando Soares de Oliveira, de Manhuaçu, já assistiu o evento pela internet e aprovou a iniciativa do Creci-MG. “Foi excelente e garanto que acrescentou muito ao meu cotidiano. Vale a pena o Creci-MG continuar com estas transmissões”, ressaltou. Euclides Machado Neto estava em Montes Claros no dia do Papo de Corretor e não deixou que a distância o impedisse de garantir mais aprimoramento profissional. Utilizando uma ferramenta de chat que permite que o internauta interaja com o palestrante, o corretor tirou muitas dúvidas durante o evento. Elizeu Mendes Oliveira também aproveita dos meios tecnológicos para se aproximar do Conselho. Corretor de Ituiutaba, Elizeu assistiu o Papo de Corretor pela internet e gostou do resultado. “Pretendo participar on-line de outros eventos promovidos pelo Conselho, pois palestras profissionais são muito bem-vindas”, afirmou. custo zero”. Em Belo Horizonte os profissionais também estão muito satisfeitos com os eventos mensais promovidos pelo CreciMG. A corretora Ana Maria de Paula Fernandes é presença constante nos Papos de Corretor e afirma que o projeto “aborda sempre assuntos de muita importância para que os corretores estejam bem informados e desempenhem seu trabalho com excelência, prestando bons serviços a seus clientes”. Para Heloísa Batista de Souza Mota Gonçalves, “este projeto é o único meio de atualizar os corretores sobre as novidades de mercado e mudanças na lei. É um veículo que ensina, esclarece e amplia a visão de todos os corretores de imóveis”. Ito de Souza Vieira Júnior também só tem elogios para o Papo de Corretor: “Ótima interação entre os profissionais. Melhor pensarmos juntos para nos aprimorarmos e coibirmos a ação dos ilegais”. O Conselho está proporcionando aprimoramento gratuito aos seus inscritos, com o intuito de transformar a pejorativa expressão “Papo de Corretor” num elogio a ser feito aos profissionais do mercado. O corretor João Neves de Macedo, de Belo Horizonte, resume em uma única frase o objetivo do projeto. “O Papo de Corretor é sem dúvida uma oportunidade de o profissional obter conhecimento a 9 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Capa Mercado imobiliário adere à CONCILIAÇÃO S eguindo a tendência de solução de conflitos através de conciliação e arbitragem, acaba de ser reestruturada em Belo Horizonte a Comissão de Atendimento ao Consumidor do Mercado Imobiliário (Crecicon), criada em 1996, e em funcionamento em diversas delegacias do Conselho no Estado. O coordenador do Crecicon em Belo Horizonte, Newton Marques Barbosa Júnior, explica que a comissão tem a finalidade de solucionar amigavelmente as denúncias oferecidas pelos consumidores que se sentirem lesados por faltas éticas envolvendo corretores de imóveis, pessoas físicas ou jurídicas. Pela experiência nas cidades onde o Creci-MG já implantou o Crecicon, 90% dos processos terminam em conciliação. Newton Marques Barbosa Júnior detalha quais as reclamações mais freqüentes no mercado imobiliário: “Na área de compra e venda de imóveis são dois os casos mais comuns: o recebimento dos honorários do corretor no ato do pagamento do sinal (em vendas com posterior cancelamento) e a venda de lotes sem a prévia regularização ou até mesmo de loteamentos inexistentes. Na parte de administração de imóveis os casos mais freqüentes são a falta de repasse dos aluguéis dos proprietários e a falta de pagamento dos encargos da locação”. A delegacia do Creci-MG em Varginha implantou o Crecicon há mais de seis anos e conseguiu uma grande diminuição na instauração de processos disciplinares, uma vez que, desde a sua criação, apenas um conflito não foi resolvido por meio de acordo. O delegado do Conselho na cidade, Saulo de Tarso Arantes Tavares, recebeu os coordenadores 10 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 do Crecicon que estarão implantando a Comissão em Belo Horizonte para apresentar o trabalho que realiza na cidade. Além do coordenador da Comissão em Minas, Newton Marques Barbosa Júnior, estiveram presentes o superintendente do Conselho, Ricardo Mendes, e o conselheiro Carlos Augusto Gomes Escarce. Em Varginha, após receber a denúncia, a delegacia estipula o prazo de três dias para que o corretor apresente sua defesa por escrito. Se a defesa não tiver fundamento, as partes são chamadas para uma reunião de conciliação. O loteador Marco Antônio Cavalcanti procurou o Crecicon de Varginha por ter se sentido difamado por um corretor de imóveis. “Tenho vários loteamentos na cidade e o corretor difamou minha situação financeira com o objetivo de atrapalhar minha venda e ficar com um dos meus clientes. Porém, este cliente conhecia minha real situação e me alertou sobre o que estava acontecendo. Procurei o Crecicon e em 15 dias estava sentado frente-a-frente com o corretor, com minha testemunha ao lado, e os conciliadores do Creci-MG. A ação foi rápida e correta. O profissional me pediu desculpas pelo ocorrido e resolvi não pedir nenhum tipo de punição, apenas que o corretor não tivesse mais este tipo de atitude. Só tenho elogios ao Crecicon”. A delegacia do Conselho em Poços de Caldas também implantou o Crecicon e ainda foi além: criou um convênio com a prefeitura local e o Procon do município para que todas as denúncias que as duas instituições recebessem relativas a corretores de imóveis e imobiliárias fossem enviadas diretamente para a Delegacia do Creci antes de serem acatadas. “Fizemos uma limpeza na cidade desde que implantamos o Crecicon. Diminuíram drasticamente as denúncias contra profissionais do ramo e empresas imobiliárias locais”, afirma o delegado do Conselho em Poços de Caldas, Ari Fernando Costa. Em Itajubá, o delegado do Creci-MG, Ovídio Pereira de Faria Júnior, afirma que 99% das denúncias recebidas pelo Crecicon são resolvidas de forma conciliatória. Quando apresentadas na delegacia, as denúncias são avaliadas e, havendo embasamento e documentos que comprovem o ilícito, são então encaminhadas ao Crecicon. Muitas denúncias, porém, embora sejam verídicas, não chegam a ir para a Comissão, sendo resolvidas com um telefonema ou contatos informais, através da própria delegacia. “Nossa cidade está saneada. Não temos muita procura porque não temos muitos problemas. Tanto a população quanto os corretores estão muito esclarecidos sobre seus papéis”, informa Faria Júnior. Quem já usufruiu dos serviços do Crecicon elogia a agilidade do processo e o profissionalismo dos representantes do Conselho. Durante a compra da casa própria, a consumidora Patrícia Maria Marques Ferreira teve problemas tanto com o seu corretor, quanto com o corretor que trabalhou para a antiga proprietária do imóvel. “Procurei o Creci de Itajubá e fui orientada a fazer a denúncia e aguardar a conciliação. Durante a reunião, tudo foi esclarecido e resolvido, sanando desta maneira os problemas. Fui muito bem recebida, atendida e orientada no Crecicon, desde a secretária até a diretoria. Parabenizo a todos do Creci pelo trabalho realizado”, elogia Patrícia. Outra cidade que já usufrui dos benefícios do Crecicon é Governador Valadares. O delegado do Conselho no município, Edilson de Paula Brandão, explica que a Comissão funciona como o Procon, porém com uma grande vantagem em relação a este. “Apesar do Procon ter pessoas altamente competentes na mesa conciliadora, não são profissionais do mercado imobiliário, por isto não possuem a especialização necessária para analisar o caso com agilidade e precisão”, avalia. Independente do assunto tratado na denúncia ou de sua gravidade, o Crecicon tem como objetivo buscar, sempre que possível, a conciliação entre as partes, solucionando amigavelmente as denúncias oferecidas pelos usuários dos serviços imobiliários que se sentirem lesados por faltas éticas envolvendo corretores de imóveis, pessoas físicas ou jurídicas, inscritos no Creci-MG. Uma das principais finalidades do Crecicon é zelar tanto pelas prerrogativas profissionais dos corretores, bem como pelos direitos dos consumidores envolvidos na conciliação. O Crecicon é regulamentado e disciplinado pelas resoluções n° 325/92 do Cofeci e os arts. 3° e 4° do Ato Normativo n° 007/02. Ele propõe a conciliação, mas não havendo acordo, deverá ser dado o prosseguimento da apuração disciplinar e o corretor poderá ser punido, podendo ser aplicado multas, suspensão ou até mesmo cancelamento da sua inscrição. Quando não há conciliação, a pessoa lesada deverá ingressar na justiça para reaver eventuais ressarcimentos ou indenizações. 11 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Mercado FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS rendem remuneração extra para corretores de imóveis O ferecer um financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) para a aquisição da casa própria dentro da própria imobiliária. É uma vantagem disponível apenas para os correspondentes imobiliários, cargo criado pela CEF onde as imobiliárias oferecem aos clientes as informações básicas sobre os diversos tipos de financiamento disponíveis, fazem a apuração de renda, o cálculo de valores do financiamento pretendido, e enviam todos os dados para a Caixa, que faz a análise do crédito. Uma vez aprovado, o contrato é assinado dentro da própria imobiliária, desburocratizando, assim, a aquisição da casa própria para milhares de brasileiros. Para fechar o negócio, os corretores recebem remuneração entre 0.5% e 1% do total financiado, percentual que varia de acordo com o tipo de financiamento oferecido e de qual Superintendência Regional da Caixa que o corretor é correspondente. O corretor Osny Lemos Ribeiro, conselheiro efetivo do Creci-MG e delegado do Conselho em Três Corações, é um dos primeiros correspondentes imobiliários do Estado. “Montei uma estrutura física, separada da minha imobiliária, para atender a tantos processos. Sou correspondente dos imóveis que vendo e dos imóveis vendidos pelos outros corretores de Três Corações. Consigo, em média, 50 aprovações mensais. Só não faço mais porque não tem imóvel disponível no município”, afirma. Osny ganha 0.5% sobre os financiamentos até R$ 80 mil e 1% sobre os financiamentos acima deste valor. “A correspondência imobiliária é um espaço que nós, corretores de imóveis, temos que ocupar, senão o lotérico ou um profissional de outro setor ocupa. É um canal paralelo à venda de imóveis, que auxilia, e muito, no aumento da comercialização”, afirma o delegado do Creci-MG em Três Corações. As duas imobiliárias do corretor Geraldo Bernardes Netto, de Prata, são as únicas 12 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 credenciadas pela Caixa na sua cidade. Ele revela que apenas nos 17 meses de credenciamento suas vendas aumentaram 36%, graças ao marketing que desenvolveu por ser um correspondente imobiliário. “Coloquei a logomarca da Caixa na fachada das empresas e nos cartões de visita. Vejo que o cliente se sente mais seguro e, sobretudo, aliviado, por não precisar recorrer a um despachante para tocar a operação. É um plus que a minha empresa oferece”, revela. Para o presidente em exercício do Creci-MG, Paulo José Vieira Tavares, a correspondência bancária é importante porque aumenta as oportunidades de negócios dos corretores. “É a forma dos corretores estarem desmistificando o financiamento imobiliário, tornando os recursos da Caixa mais acessíveis à população. Nesse sentido, ganham as imobiliárias que acabam aumentando as suas vendas, a própria Caixa, e principalmente os clientes, que sonham em adquirir a casa própria e muitas vezes desconhecem as linhas de crédito imobiliário disponíveis”, explica Tavares. Governador Valadares, o delegado do Conselho na cidade, Edilson de Paula Brandão, e o corretor Juber Neves da Silva, presidente da Associação Valadarense de Corretores de Imóveis (Avaci), firmaram convênio com a Caixa, através da Associação, permitindo que os 15 profissionais associados agora possam fazer o trabalho de correspondente imobiliário. Juber Neves conta que os corretores já faziam este trabalho há anos para a Caixa, só que de maneira informal. Só agora o convênio foi firmado, permitindo que os profissionais passassem a ser remunerados. “Antes era um extra que oferecíamos ao cliente. Agora receberemos remuneração da Caixa por isto. É um ganho muito grande. Acredito que as vendas de todos os profissionais filiados irão subir, pois passaremos maior credibilidade para o cliente ao estarmos conveniados a um banco como a Caixa, que tem muito know-how”, avalia o presidente da Avaci. O delegado do Conselho em Machado, Hamilton Paiva Magalhães, acaba de se tornar correspondente da Caixa e também está com grandes expectativas. “Acredito que o convênio irá agregar mais valor ao meu trabalho, gerando maior confiabilidade e credibilidade junto aos clientes”, afirma Magalhães. O corretor Célio Brunhara atua como correspondente há 8 meses na cidade de Betim. Segundo ele, a Caixa não oferece remuneração sobre o valor do financiamento, pois faz parte de um novo grupo de correspondentes. Recebe R$ 15,00 por processo aprovado, mas neste período suas vendas aumentaram 30%. “Sou o único correspondente em Betim, por isso tenho uma vantagem sobre os outros profissionais. Muitos clientes já afirmaram que fizeram o negócio comigo pela praticidade que ofereço por ser correspondente. Não ganho remuneração da Caixa sobre o valor financiado, mas tenho conseguido ampliar minha carteira clientes por ser correspondente imobiliário”, afirma. A Caixa Econômica Federal só habilita pessoa jurídica como correspondente imobiliário. Para resolver esta questão e beneficiar os corretores de 13 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Interior “MINHA CASA, MINHA VIDA” desequilibra mercado imobiliário do interior P arece contraditório dizer que o programa do governo “Minha Casa, Minha Vida”, que promete construir um milhão de moradias, resultou num desfavorecimento do mercado imobiliário do interior de Minas Gerais desde seu lançamento, em março desse ano. Duas exigências vêm prejudicando o mercado. A primeira é em relação ao valor máximo do imóvel a ser financiado. No interior ele não poderá ultrapassar R$ 80 mil, para as cidades que têm até 250 mil habitantes; de R$ 100 mil, para as cidades acima de 250 mil habitantes; enquanto nas capitais o teto para os imóveis é de R$ 130 mil. Os preços não condizem com a realidade de muitas cidades e, conseqüentemente, desequilibra o mercado. A outra exigência é em relação ao tempo de existência do imóvel. O programa só contempla imóveis que ainda serão construídos ou empreendimentos lançados a partir de março de 2009. Aumentou a procura por um imóvel que não existe e, por outro lado, cresceu também a oferta dos imóveis que não atendem ao programa, uma vez que a população com renda até 10 salários mínimos está deixando o imóvel usado de lado, pois quer adquirir uma moradia que tenha as facilidades de pagamento disponibilizadas pelo “Minha Casa, Minha Vida”. Esta é a opinião de Luiz Médici, delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG) em São Sebastião do Paraíso, ponto de vista compartilhado com diversos delegados distribuídos nas mais diferentes cidades de Minas. De acordo com Sandra Aparecida, representante do Conselho em Monte Carmelo, para conseguir o financiamento através do “Minha Casa, Minha Vida” os empreendimentos disponíveis na cidade custam acima dos R$ 80 mil exigidos. “O programa federal gerou uma grande demanda por um produto que ainda não existe, uma vez que agora é que algumas construtoras estão cogitando a possibilidade de disponibilizar imóveis com preços mais acessíveis e, conseqüentemente, com tamanho e acabamento inferiores. Os imóveis disponíveis não atendem ao programa e, por isto, estão sendo deixados de lado”, explica Aparecida. Segundo o presidente em exercício do Creci-MG, Paulo José Vieira Tavares, a situação não é diferente em Belo Horizonte. “Como a oferta de terrenos é muito pequena, o valor está muito alto, provocando o desinteresse das construtoras, pois para aderir ao programa o imóvel terá que ter valor máximo de R$ 130 mil. Acredito que a esta situação seja nacional. Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo são os únicos estados que trabalham com o valor máximo do imóvel de R$ 130 mil, porém, nessas localidades, os imóveis são mais valorizados, então eles também estão passando pelo mesmo problema”, afirma Paulo Tavares. 14 14 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 O cenário de escassez da oferta de imóveis gerou um impasse para os corretores, segundo o delegado do Creci-MG em Alpinópolis, Edvane Paes, uma vez que as construtoras não se interessam em investir em empreendimentos para atender ao programa devido ao alto valor dos loteamentos, só que, por outro lado, a demanda por esse tipo de habitação é enorme. “O corretor se encontra em estado de inércia. A procura é muito grande para um produto que não tem oferta”, ressalta Paes. O delegado do Creci-MG em Governador Valadares, Edílson de Paula Brandão, compartilha da opinião dos colegas delegados, explicando, ainda, que a demanda foi criada pelo governo, uma vez que o dinheiro disponibilizado para a habitação provoca a construção civil. Para ele, é necessário que tanto os corretores, quanto os empreendedores e construtores tenham sabedoria para criar produtos que estanquem esta demanda. Segundo ele, a maior parte dos lançamentos imobiliários da cidade era voltada para atender um público de classe mais elevada, que exigia apartamentos de três quartos, duas vagas de garagem e portaria. “Agora o foco mudou e nasceu uma linha produtiva que disponibiliza verba para fazer a ponte entre empreendedor e um público de renda mais baixa, que antes não tinha oportunidade para adquirir a casa própria”, enfatiza Brandão. Para o delegado do Creci-MG em Montes Claros, Ney Ataíde Maia, a oferta de imóveis que atende ao programa não chega a 5% da demanda existente em sua cidade e já foi providenciada uma lista de espera para quem quer adquirir imóveis com as características exigidas pelo “Minha Casa, Minha Vida”, porém garante que nem 10% dos clientes que estão na lista serão atendidos. Para resolver a questão, Ney Ataíde se reuniu com os empresários da construção civil da sua cidade para apresentar as características do tipo de imóvel que está sendo demandado e o valor máximo que ele poderá custar para ser aceito no programa federal. A situação na cidade de Guaxupé não é diferente das demais. O delegado do Creci-MG no município, Ronaldo de Oliveira Prado, afirma que a demanda é enorme, mas faltam construtoras interessadas em atender a esse público por causa do baixo valor do imóvel. “Há um grande vácuo e não vejo como melhorar a situação”, afirma. Hamilton de Paiva Magalhães, delegado de Machado, também está com uma lista de espera com mais de 60 pessoas interessadas em adquirir imóveis com valor limite de R$ 80 mil, mas afirma que na cidade não há oferta disponível. “Uma possível solução seria a entrada de construtoras no interior para investirem em imóveis populares, o que aumentaria a oferta e supriria a carência de mercado. Porém os imóveis usados continuarão sem procura”, garante o delegado do Creci-MG em Ouro Fino, Elias Silva Evento discutiu construção de imóveis conforme LEI DO DESMATAMENTO no Norte de Minas Dando seqüência às palestras de conscientização da população e do profissional do mercado imobiliário, o delegado regional do Creci-MG em Montes Claros, Ney Ataíde Maia, levou o projeto para a cidade de Januária no dia 8 de outubro. Desta vez ele esteve acompanhado de representantes da Associação Rural e do Ministério Público de Januária, além do delegado do Creci-MG na cidade, Valdemir Gonçalves de Oliveira, para debaterem a nova sistemática de desmatamento no Norte de Minas como consta na lei n° 11.428/2006, regulamentada pelo decreto 660/2008. Segundo ele, a mudança implica na proibição do desmatamento em áreas que tenham árvores de grande porte. “Antigamente a lei permitia que 70% dessas áreas fossem desmatadas para construção de imóveis e os outros 30% tinham que ser preservados, mas agora somente regiões com vegetações rasteiras podem servir de loteamento para as construtoras. O intuito da palestra é alertar o corretor de imóveis e a população sobre a mudança da lei para que eles possam estar cientes na hora de comprar um lote para construir”, explica Ney Ataíde Maia. 15 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Fiscalização do Creci-MG realiza “BLITZ EM JUIZ DE FORA” cancelamento sumário. Todas as imobiliárias foram fiscalizadas, além dos plantões de vendas e empresas ilegais denunciadas. A blitz contou com a colaboração de seis agentes que saíram de Belo Horizonte para reforçar o trabalho da fiscal local, Érika Furiati. O Setor de Fiscalização Externa (Sefe) do Creci-MG compareceu em peso a Juiz de Fora dos dias 20 a 25 de setembro, quando realizou blitz na cidade para verificar como as imobiliárias e os corretores de imóveis têm exercido a profissão. Nos cinco dias foram realizadas 481 visitas, 33 autuações por exercício ilegal da profissão, 87 autuações por falta ética, 84 notificações comuns e 11 notificações de O chefe do Sefe, Júlio César Tofanelli, coordenou a atuação da equipe e comemorou os resultados. “A blitz foi uma iniciativa excelente, pois conseguimos apurar várias irregularidades que estavam sendo mantidas, para assim poder regularizar todos os corretores de imóveis. Além disto, conseguimos notificar muitas pessoas que estavam exercendo a profissão ilegalmente”, informou Tofanelli. O delegado do Conselho em Juiz de Fora, Rogério Nunes, elogiou a iniciativa. “O trabalho exercido pelos fiscais foi excelente. Estou ciente da necessidade de vigilância constante na cidade, que já conseguiu muitas Equipe da fiscalização do Creci-MG que participou da blitz 16 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 melhorias, mas que ainda precisa de maior conscientização dos profissionais”, ressaltou. A fiscalização também inspecionou os corretores que utilizavam nome fantasia incorretamente, dando a entender que eram pessoas jurídicas, mas que, na realidade, estavam inscritos no Conselho como pessoas físicas, infringindo a resolução do Cofeci n° 1.065/2007. Segundo Tofanelli, a partir de agora, a fiscalização a esta resolução será realizada em todas as cidades do Estado. “É uma maneira de educar o profissional a trabalhar corretamente para que ninguém saia prejudicado”, conclui. Para o diretor de Fiscalização do Conselho, Jorge Fernandes de Souza, é importante que essas blitzs sejam realizadas com freqüência, principalmente em grandes cidades como Juiz de Fora, para coibir a atividade do falso corretor de imóveis e atender aos profissionais regulamentados, que se sentem lesados pela atuação dos inabilitados. Especialista Avaliação após 1 ano da CRISE FINANCEIRA H á um ano, especificamente a partir de 15 de setembro de 2008, o banco de investimentos Lehman Brothers, considerado à época o quarto maior dos Estados Unidos no setor, teve sua falência divulgada. . CRECI-Minas: Uma vez que a economia americana ainda se encontra abalada em decorrência da crise, ainda existem riscos de que esta crise afete novamente nosso país? Com o agravamento da crise financeira nos Estados Unidos, o crédito brasileiro ficou escasso, encarecendo vários setores da economia. Enquanto nos EUA o mercado imobiliário foi a origem da crise, aqui no Brasil ele representou, para muitos, o porto seguro que preservou a economia dos que optaram pelo investimento imobiliário. Os mais pessimistas afirmam que o setor de imóveis foi afetado negativamente, porém de forma muito mais superficial do que os outros setores. O colapso do sistema financeiro norte-americano foi a pior crise econômica desde a Depressão de 1929. Após um ano, observamos que a crise não foi uma marolinha, como chegou a prever o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem um tsunami, como esperavam muitos empresários. Alguns indicadores econômicos, dentre eles o crédito e o desemprego, já voltaram aos níveis préturbulência. Convidamos o renomado advogado tributarista Sacha Calmon Navarro Coelho para fazer uma breve avaliação do país após um ano da crise financeira. Com mais de 50 livros publicados como autor e co-autor, o professor Sacha Calmon é Doutor em Direito Tributário; professor titular da matéria na UFRJ e ex-professor da UFMG. Sacha Calmon figura, ainda, entre os três tributaristas mais citados em decisões do STF e do STJ. CRECI-Minas: A crise mundial decorreu do sistema imobiliário americano. Existe alguma possibilidade de ocorrer crise semelhante em nosso país? Sacha Calmon: Em nosso país não há derivativos em cima de créditos podres. CRECI-Minas: Analistas e institutos de pesquisa afirmam que o Brasil saiu da crise econômica. Como o Sr. avalia tal afirmação? Sacha Calmon: De forma alguma. A crise bancária e hipotecária é só deles. Já estão comprando menos. E é só. CRECI-Minas: O crédito imobiliário nos EUA era de 85% do PIB. No Brasil é de 5%. Como poderemos aumentar o percentual do PIB utilizado pelo crédito imobiliário em nosso país? Sacha Calmon: Facilitando o crédito imobiliário e garantindo os empregos. CRECI-Minas: Caso este crescimento do crédito brasileiro ocorra, existe o risco de uma crise semelhante à americana? Sacha Calmon: A atividade de construção civil por si só é vital. Devemos evitar os derivativos e manter os incentivos fiscais. CRECI-Minas: Como o mercado imobiliário poderá contribuir para o crescimento da economia brasileira? O que é necessário para que isto ocorra? Sacha Calmon: É o setor que mais gera empregos e puxa uma cadeia de produção imensa, tanto como a indústria automobilística, a indústria de petróleo e a infra-estrutura de um modo geral. Sacha Calmon: Estão certos. Apenas as exportações, que dependem do mercado externo, estão menores. CRECI-Minas: Por quais mudanças nosso país passou neste ano de crise? Sacha Calmon: Passou por um susto, uma forte desaceleração e uma notável recuperação. Sacha Calmon www.sachacalmon.com.br [email protected] (31) 3289 0900 17 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG Jurídico Como vender IMÓVEL ALUGADO Parte II A tendendo a pedidos, optamos por ocupar mais uma edição da revista Creci-Minas para tratar do assunto relacionado à alienação de imóveis alugados. Como explicitado no texto anteriormente divulgado, estando o imóvel alugado e optando o locador por aliená-lo, deverá oferecer ao inquilino, em igualdade de condições com terceiros e pelo prazo de 30 dias, o direito de, em primeiro lugar, adquirir o bem que a ele se encontra locado. Algumas questões, todavia, merecem igual destaque: - O que deve fazer o comprador, depois de concluída a transação, para reaver a posse do imóvel? Poderá o inquilino evitar a retomada? O que poderá ocorrer caso o inquilino não tenha respeitado o seu direito de preferência? em comprar o imóvel, depositar o valor total do preço e demais despesas (tributos, emolumentos, etc.) e haver para si o imóvel por intermédio de decisão judicial. Para tanto, o locatário deverá promover a averbação do contrato de locação junto à matrícula do imóvel pelo menos 30 dias antes da alienação e exercer seu direito no prazo máximo de 06 meses contados da data em que a transação imobiliária for levada à registro. Não efetuando o depósito; deixando de observar o prazo ou não promovendo a averbação exigida, o inquilino somente poderá reclamar as perdas e danos porventura apurados. Na hipótese de venda do imóvel a terceiros, poderá o adquirente, caso queira, denunciar a locação concedendo o locatário um prazo de 90 dias para desocupar voluntariamente o imóvel sob pena de se sujeitar à ação de despejo. Referida denúncia deverá ocorrer também em no máximo 90 dias contados da data do registro imobiliário, pois, se assim não o fizer, o comprador deverá respeitar a locação até o seu término. Para evitar que o imóvel possa ser reavido pelo eventual comprador no curso da locação, o inquilino deverá fazer constar do ajuste locativo cláusula expressa de que o mesmo continuará a viger mesmo em caso de alienação, e, ainda, averbar o contrato à margem da matrícula do imóvel. Por fim, uma vez que o locador deixe de observar o direito de preferência do inquilino, poderá o mesmo, caso tenha interesse Ricardo Mendes Superintendente do Creci-MG e advogado [email protected] 18 CRECI-MG l Setembro e Outubro de 2009 19 Setembro e Outrubro de 2009 l CRECI-MG