Estrutura atômica: Os estudos que levaram ao conhecimento da estrutura atômica O átomo indivisível dos filósofos Leucippus e seu discípulo Demócrito (~2500 anos atrás) propuseram que se a matéria fosse sempre dividida se chegaria a um ponto onde haveria uma partícula que não mais pudesse ser dividida. A esta partícula, indivisível, deu-se o nome de: átomo (a – tomo): indivisível Atualmente sabe-se que existem partículas menores que os átomos, mas que ele é a unidade que compõe a matéria. O átomo indivisível de Dalton John Dalton (~1803) propôs que: 1) Todas a matéria é composta por uma partícula fundamental: átomos. 2) Átomos são permanentes e indivisíveis e não podem ser gerados ou destruídos. 3) Todos os átomos de um dado elemento são iguais em todas as suas propriedades e átomos de diferentes elementos possuem propriedades diferentes. 4) Mudança química consiste de combinação, separação ou rearranjo dos átomos. 5) Compostos são constituídos de átomos de diferentes elementos de raios fixos. A descoberta da estrutura atômica J.J. Thomson (1897) propôs um experimento e dos resultados comprovou a existência dos elétrons e que a proporção carga-massa de um elétron seria de: e/m = 1,76 × 108 C/g. A descoberta da estrutura atômica Já em 1908, R.A. Millikan propôs um experimento para determinar a carga do elétron: e = -1,6 x 10-19 C. (e/m = -1,76 x 108 C/g) m = 9,1 x 10-28 g A descoberta da estrutura atômica Experimentos com a Radioatividade (1896-H. Becquerel, Marie e Pierre Curie, E. Rutherford) • Blenda resinosa = Urânio Três pontos são observados no detector: A descoberta da estrutura atômica O átomo com núcleo Em 1904, Rutherford propôs o seguinte experimento: - Uma fonte de partículas α foi colocada na boca de um detector circular. - As partículas α foram lançadas através de um pedaço de chapa de ouro. Natureza ondulatória da luz A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da luz com a matéria. Mas, afinal.... o que é a luz? A ciência moderna define a luz como uma radiação eletromagnética, que é uma onda de energia que se propaga através do espaço com componentes de campo elétrico e também de campo magnético. Um ponto de vista considera que a luz tem propriedades de uma onda (comportamento ondulatório), enquanto o outro entende que ela se compõe de partículas distintas de energia (comportamento corpuscular-corpo-partícula). Juntas, essas duas perspectivas formam o que se chama de ‘dualidade onda-partícula’ da luz. Natureza ondulatória da luz A natureza da luz como uma onda. A figura abaixo fornece um diagrama de como a luz é retratada quando se utiliza o modelo de ondas. Filme: onda eletromagnética Filme: Wave Natureza ondulatória da luz Propriedades das radiações eletromagnéticas • Todas as ondas têm um comprimento de onda característico, λ, e uma amplitude, A. • A frequência, ν, de uma onda é o número de ciclos que passam por um ponto em um segundo (unidade = s-1 = Hertz (Hz)). A velocidade de uma onda, V, é dada por sua frequência multiplicada pelo seu comprimento de onda: V=ν.λ Para a luz, velocidade = c, então: ν = c / λ • • Natureza ondulatória da luz A radiação eletromagnética se movimenta através do vácuo com uma velocidade (c) de 3,00 × 108 m/s, mas em outros meios a velocidade é menor (v) As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias semelhantes às ondas que se movem na água. visível A radiação (humanos) tem comprimentos de onda entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho). 1nm (nanometro) = 10-9 m Natureza ondulatória da luz Ordem numérica dos comprimentos de onda das radiações Natureza ondulatória da luz Espectro contínuo da luz branca Espectro de linhas Natureza ondulatória da luz Conclusão 1) A radiação eletromagnética é produzida pelos elétrons excitados por uma fonte externa. 2) Se uma substância como o hidrogênio, possuindo poucos elétrons, não produz um espectro contínuo é porque os elétrons estão ao redor do átomo em níveis energéticos definidos e não ocupando qualquer nível de energia (quantização). Exercícios 1) Duas ondas eletromagneticas são representadas abaixo. (a) Qual onda tem maior frequência? (b) Se uma onda representa a luz visivel e a outra, a radiação infravermelho, qual é uma e qual é a outra (c) Se umas das ondas representa a luz azul e a outra, a vermelha, qual seria qual? a) b) 2) A luz amarela emitida por uma lâmpada de vapor de sódio, tem um comprimento de onda de 589nm. Qual é a frequência dessa radiação? 3) Um laser usado em cirurgia de olhos, produz readiação com comprimento de onda de 640nm. Calcule a frequência dessa radiação. 4) Uma estação de radio FM transmite radiação eletromagnética a uma frequnência de 103,4MHz (1MHz = 106 s-1). Calcule o comprimento de onda dessa radiação. Respostas: 2) 5,09 x 1014 s-1 ; 3) 4,68 x 1014 s-1 ; 4) 2,901m Espectros contínuo e de linhas o modelo de Bohr Espectros de linhas • A radiação composta por um único comprimento de onda é chamada de monocromática. • A radiação que se varre uma matriz completa de diferentes comprimentos de onda é chamada de contínua. • A luz branca (mistura de radiações com vários comprimentos de onda) pode ser separada em um • espectro contínuo de cores. Observe no próximo slide que não há manchas escuras na decomposição da luz branca. Luz branca produzida por uma lâmpada de filamento de tungstênio (W) e a sua decomposição por um prisma Espectro contínuo resultante da decomposição da luz branca (contém uma série de radiações eletromagnéticas em série contínua de comprimentos de onda) Link: Como seria o espectro não contínuo? Espectros contínuo e de linhas o modelo de Bohr Se ao invés de se fazer o espectro eletromagnético de uma fonte de luz branca (produzida por um filamento de tungstênio (W), e que contém muitos elétrons, 74) fosse feito com uma lâmpada contendo somente um material com poucos elétrons (hidrogênio, H2, 2 elétrons ao todo). Espectro de linha (linha espectral) Espectros de linhas e o modelo de Bohr O modelo de Bohr As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. Sódio (Na) Hidrogênio (H) Espectros de linhas e o modelo de Bohr Espectros de linhas Balmer (1885): Descobriu que as linhas no espectro de linhas visíveis do hidrogênio se encaixam em uma simples equação e que mais tarde, Balmer para: Rydberg, generalizou a equação de 1 1 = RH 2 − 2 λ n1 n2 1 onde RH é a constante de Rydberg (1,096776 × 107 m-1), n1 e n2 são números inteiros (n2 > n1). Energia quantizada e fótons Planck e Einstein (início do sec. XX): A energia só pode ser liberada (ou absorvida) por átomos em certos pedaços de tamanhos mínimos, chamados quantum. A relação entre a energia (E) e a frequência (ν) é: onde h é a constante de Planck (6,626 × 10-34 J s) e E = hν = h .c λ c é a velocidade da luz no vácuo (c=3,00 x 108 m/s). Para entender a quantização, considere a subida em uma rampa versus a subida em uma escada: Para a rampa, há uma alteração constante na altura, enquanto na escada há uma alteração gradual e quantizada na altura. Efeito fotoelétrico (Prêmio Nobel de Física a Einstein – 1921) e-(emitidos) e-(metal) Energia quantizada e fótons O efeito fotoelétrico e fótons O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de partícula da luz - “quantização”. Se a luz brilha na superfície de um metal, há um ponto no qual os elétrons são expelidos do metal. Os elétrons somente serão expelidos se a frequência mínima é alcançada (lembre-se que frequência é diretamente proporcional à energia da radiação). Abaixo da frequência mínima, nenhum elétron é expelido. Acima da frequência mínima, o número de elétrons expelidos depende da intensidade da luz. Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia denominados • E a energia de um fóton, E : • E, expresso em J (jaules). fótons. Exercícios 1) Calcule a energia de um fóton amarelo cujo comprimento de onda é 589nm. 2) Um laser emite luz com frequência de 4,69 x1014 s-1. Qual é a energia da radiação desse laser? Respostas: 1) 3,37 x 10-19 J ; 2) 3,11 x 10-19 J Espectros de linhas e o modelo de Bohr O modelo de Bohr (1913) • Rutherford (modelo atômico - 1911) supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os planetas orbitam em torno do sol. • Entretanto, uma partícula carregada se movendo em uma trajetória circular deve perder energia deve diminuir sua velocidade devido a atração do núcleo, colidir com ele. • Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria de Rutherford. Devido a esta inconsistência no modelo de Rutherford, e observando o espectro de linhas do hidrogênio, Bohr, propõe um novo modelo para o átomo. Espectros de linhas e o modelo de Bohr Bohr então postulou que: a) um elétron não perde energia enquanto permanecer em uma mesma órbita (portanto não desacelera e “cai” no núcleo); b) quando um elétron passa de uma órbita a outra “emite” ou “absorve” energia; c) para um elétron permanecer em uma mesma órbita a atração eletrostática entre o núcleo (+) é o elétron (-) deve ser igual à força centrífuga. Movimento do elétron Energia Força centrífuga Força de atração eletrostática Energia órbita Espectros de linhas e o modelo de Bohr O modelo de Bohr • Já que os estados de energia são quantizados, a luz emitida por átomos excitados deve ser quantizada e aparecer como espectro de linhas. • Após muita matemática, Bohr mostrou que: ( ) 1 E = − 2.18 × 10 J 2 n onde n é denominado de número quântico principal 2, 3, … e nada mais). −18 − 18 (por exemplo, n = 1, A muita matemática de Bohr Movimento do elétron De acordo com a teoria quântica de Planck: A energia cinética de um elétron: Espectros de linhas e o modelo de Bohr O modelo de Bohr • A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1, é a mais próxima do núcleo e convencionou-se que ela tem energia negativa (daí o sinal negativo na equação). • A órbita mais distante no modelo de Bohr tem n próximo ao infinito e corresponde à energia zero. • Os elétrons no modelo de Bohr podem se mover apenas entre órbitas através da absorção e da emissão de energia em quantum (hν). Espectros de linhas e o modelo de Bohr O modelo de Bohr • Podemos mostrar que ∆E = hν = hc λ ( = − 2.18 × 10 −18 1 1 J 2 − 2 n n f i ) • Quando ni > nf, a energia é emitida e ∆E é negativo (o elétron move-se para mais perto do núcleo). • Quando nf > ni, a energia é absorvida e ∆E é positivo (o elétron move-se para longe do núcleo). Espectros de linhas e o modelo de Bohr 1 1 ∆E = − 2,18 ×10 . 2 − 2 n f ni se n f = 2 e ni = 1 1 1 ∆E = − 2,18 ×10 . 2 − 2 n f ni se n f = 1 e ni = 2 então então 1 1 ∆E = − 2,18 ×10 . 2 − 2 2 1 ∆E = − 2,18 ×10 −18.(0,25 − 1) 1 1 ∆E = − 2,18 ×10 . 2 − 2 1 2 ∆E = − 2,18 ×10 −18.(1 − 0,25) ∆E = + 1,635 ×10 ∆E > 0 ( positivo) ∆E = − 1,635 ×10 −18 ∆E < 0 (negativo) Energia é absorvida. Energia é emitida. −18 −18 −18 −18 −18 Espectros de linhas e o modelo de Bohr O modelo de Bohr ABSORÇÃO DE ENERGIA Os elétrons movem-se nesse sentido EMISSÃO DE ENERGIA Os elétrons movem-se nesse sentido Espectros de linhas e o modelo de Bohr Limitações do modelo de Bohr • Pode explicar adequadamente apenas o espectro de linhas do átomo de hidrogênio. • Os elétrons não são completamente descritos como partículas pequenas. As deficiências do modelo de Bohr foram supridas pelo modelo atômico da mecânica quântica. Neste modelo o elétron apresenta características tanto de onda quanto de partícula. O elétron não é mais tratado como uma partícula que se movimenta num orbital discreto. Sua posição passa a ser considerada como a probabilidade de se encontrar um elétron em um local próximo do núcleo. Espectros de linhas e o modelo de Bohr • Através do efeito fotoelétrico (Einstein) pode-se mostrar que a luz interage com os elétrons (possui massa =corpuscular) comporta-se como se tivesse massa (caráter corpuscular = corpo). • De Broglie em 1924, em estudos com difração de luz (caráter ondulatório), mostra que os elétrons também sofrem este fenômeno, sugerindo que os elétrons também possuem caráter ondulatório, além do corpuscular. • O caráter duplo (dual) corpo/onda é particularmente importante em partículas pequenas, como os elétrons, prótons e nêutrons, mas pouco importante em corpos de massa elevada como um pedaço de papel e menos ainda em um humano ou planetas. O Comportamento ondulatório da matéria • De Broglie (1924), mostrou: MASSA O momento, enquanto mv, é uma propriedade de partícula (matéria), λ é uma propriedade ondulatória (eletromagnética). de Broglie resumiu os conceitos de ondas e partículas, com efeitos notáveis se os objetos são pequenos. DUALIDADE: PARTÍCULA - ONDA O Comportamento ondulatório da matéria O princípio da incerteza • O princípio da incerteza de Heisenberg (1927): na escala de massa de partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade simultaneamente. • Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente. • Se ∆x é a incerteza da posição e ∆mv é a incerteza do momento, então: h ∆x·∆mv ≥ 4π Ou seja, se tentamos prever a posição de um elétron temos que diminuir ∆x, para manter a desigualdade ∆mv aumenta, resultando em perda no conhecimento do momento deste elétron (velocidade). Filmes Espectroscopia no século XIX Comportamento dualístico (onda/matéria) das pequenas partículas – Experimento da fenda dupla Dado que pequenas partículas possuem comportamento ondulatório e corpuscular, cientistas passam a tratar o elétron como se fosse uma onda, surgindo então os trabalhos do físico austríaco Erwin Schrödinger , nobel de física em 1933 Mecânica quântica e orbitais atômicos • Schrödinger (1925) propôs uma equação que descrevesse o elétron como conténdo os termos onda (Ψ ) e partícula (m). • A resolução da equação leva às funções de onda, denominadas de • A função de onda, Ψ, fornece o contorno do orbital eletrônico. • 2, fornece a probabilidade de se encontrar o O quadrado da função de onda, elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o átomo. Ψ (letra grega psi). Ψ Equação de Schrodinger para uma partícula dentro de uma caixa monodimensional e independente do tempo. h é a constante de Planck, m é a massa da partícula, x a posição e E a energia potencial da partícula. Resolução da equação de Schrodinger: Imagine um elétron ao redor do seu núcleo confinado em uma região que vai de zero até L. A resolução da equação de Schrodinger para este caso simples resulta em um termo de energia: E um termo de função de onda Ψ: Onde n é o número quântico principal Ψ2 O quadrado desta função de onda Ψ2 dá a probabilidade de um elétron ser encontrado naquela região. Mecânica quântica e orbitais atômicos Densidade eletrônica determinada pela resolução da equação de Schrödinger para um elétron com a mais baixa energia e com número quântico principal igual a 1. Mecânica quântica e orbitais atômicos Orbitais e números quânticos • Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de onda e as energias para as funções de onda. • Chamamos as funções de onda de: • A equação de Schrödinger para ser resolvida precisa de três números quânticos: 1) 2) 3) n Número quântico azimutal (l), e Número quântico magnético (ml) Número quântico principal ( ); ORBITAIS Mecânica quântica e orbitais atômicos 1. Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. 2. O número quântico azimuthal, l. Esse número quântico depende do valor de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos referimos aos orbitais s, p, d e f. Fornece a “forma” do orbital. 3. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. Mecânica quântica e orbitais atômicos Orbitais e números quânticos Mecânica quântica e orbitais atômicos Orbitais e números quânticos • Os orbitais podem ser classificados em termos de energia para produzir um diagrama de Aufbau. • Observe que o seguinte diagrama de Aufbau é para um sistema de um • só elétron. À medida que n aumenta, o espaçamento entre os níveis de energia torna-se menor. Com um só elétron, quem dá o nível energético é o número quântico principal somente Representações orbitais Orbitais s • Todos os orbitais s são esféricos. • À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. • À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. • Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. • Em um nó, Ψ2 = 0 • Para um orbital s, o número de nós é n-1. Representações orbitais Representações orbitias Orbitais s Representações orbitias Orbitais p • Existem três orbitais p, ( px, py, e pz) • Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. • As letras correspondem aos valores permitidos de ml,(-1, 0, e +1). • Os orbitais têm a forma de halteres. • À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. • Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. Representações orbitias Orbitais d e f • Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. • Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. • Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. • Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. • Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias • Orbitais de mesma energia são conhecidos como degenerados. • Para n ≥ 2, os orbitais s e p não são mais degenerados porque os elétrons interagem entre si. • Portanto, o diagrama de Aufbau apresenta-se ligeiramente diferente para sistemas com muitos elétrons. Átomos polieletrônicos Orbitais e suas energias Diagrama de Aufbau para elementos multieletrônicos (muitos elétrons). Nível 3: não são mais degenerados Nível 2: Não são mais degenerados Átomos polieletrônicos A ordem de energia dos orbitais não degenerados pode ser obtida pela distribuição sugerida por Linus Pauling. Sequência de preenchimento dos orbitais 2 2 2 6 6 2 10 6 2 10 6 2 14 10 6 Ordem crescente de energia 1s 2s Como cada orbital 2p p possui no máximo 6 elétrons. Como cada orbital d possui no máximo 10 elétrons. Como cada orbital f possui no máximo 14 elétrons. Como cada orbital 3s 3p 3d 4s 4p 4d 4f 5s 5p 5d 5f 6s 6p 6d 7s 7p s possui no máximo 2 elétrons. 2 Átomos polieletrônicos Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli • O espectro de linhas de átomos polieletrônicos mostra cada linha como um par de linhas minimamente espaçado. • Stern e Gerlach (1921) planejaram um experimento para determinar o porquê. • Um feixe de átomos passou através de uma fenda e por um campo magnético e os átomos foram então detectados. • Duas marcas foram encontradas: uma com os elétrons girando em um sentido e uma com os elétrons girando no sentido oposto. Átomos polieletrônicos Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Átomos polieletrônicos Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli • Já que o spin eletrônico é quantizado, definimos: ms = número quântico de rotação = ± ½. • O princípio da exclusão de Pauli: Dois elétrons não podem ter a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons no mesmo orbital devem ter spins opostos. • Na presença de um campo magnético, podemos elevar a degeneração dos elétrons. É por isso que representamos os elétrons por setas para cima e para baixo Configurações eletrônicas Regra de Hund • As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento estão localizados. • Três regras: - Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n. - Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). - Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund). Configurações eletrônicas Configurações eletrônicas Configurações eletrônica condensadas • O neônio tem o subnível 2p completo. • O sódio marca o início de um novo período. • Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o sódio como Na: [Ne] 3s1 • [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio. • Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre]. • Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre]. Configurações eletrônicas Metais de transição • Depois de Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos. • Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais 4p começam a ser preenchidos. • Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons d são os elétrons de valência. Configurações eletrônicas Lantanídeos e actinídeos • Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos. Observe: La: [Kr]6s25d14f1 • Os elementos Ce -Lu têm os orbitais 4f preenchidos e são chamados lantanídeos ou elementos terras raras. • Os elementos Th -Lr têm os orbitais 5f preenchidos e são chamados actinídeos. • A maior parte dos actinídeos não é encontrada na natureza. Configurações eletrônicas e a tabela periódica • A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas. • O número do periodo é o valor de n. • Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido. • Os grupos 3A -8A têm o orbital p preenchido. • Os grupos 3B -2B têm o orbital d preenchido. • Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido. Configurações eletrônicas e a tabela periódica Exercicios 1. (Fgv 2008) As figuras representam alguns experimentos de raios catódicos realizados no início do século passado, no estudo da estrutura atômica. O tubo nas figuras (a) e (b) contém um gás submetido à alta tensão. Figura (a): antes de ser evacuado. Figura (b): a baixas pressões. Quando se reduz a pressão, há surgimento de uma incandescência, cuja cor depende do gás no tubo. A figura (c) apresenta a deflexão dos raios catódicos em um campo elétrico. Em relação aos experimentos e às teorias atômicas, analise as seguintes afirmações: I. Na figura (b), fica evidenciado que os raios catódicos se movimentam numa trajetória linear. II. Na figura (c), verifica-se que os raios catódicosapresentam carga elétrica negativa. III. Os raios catódicos são constituídos por partículas alfa. IV. Esses experimentos são aqueles desenvolvidos por Rutherford para propor a sua teoria atômica, conhecida como modelo de Rutherford. As afirmativas corretas são aquelas contidas apenas em a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I e II. d) II e IV. e) IV. 2. (G1 - cftce 2007) Os quatro números quânticos do elétron diferenciador (maior energia) de um átomo são: n = 4; l = 2; ml = + 2; ms(ä) = - 1/2 (Observação: considere o 1º elétron a ocupar o orbital como seta para cima). O número atômico do átomo citado é: a) 53 b) 46 c) 43 d) 48 e) 50 3. (G1 - cftmg 2007) O segundo elemento mais abundante em massa na crosta terrestre possui a seguinte configuração eletrônica, no estado fundamental: nível 1 completo, nível 2 completo nível 3 4 elétrons O elemento correspondente a essa configuração é o: a) nitrogênio. b) alumínio. c) oxigênio. d) silício. e) Uranio 4. (G1 - cftmg 2007) O quadro a seguir apresenta a constituição de algumas espécies da tabela periódica. Com base nesses dados, afirma-se: I - O átomo D está carregado positivamente. II - O átomo C está carregado negativamente. III - Os átomos B e C são eletricamente neutros. IV - Os átomos A e B são de um mesmo elemento químico. São corretas apenas as afirmativas a) I e III. b) II e IV. c) I, II e IV. d) II, III e IV. 5. (G1 - cftmg 2008) Os subníveis mais energéticos dos elementos químicos genéricos A, B, C, D são, respectivamente, 3s1, 2p2, 1s1, 2p4. Referindo-se a essas espécies, é correto afirmar que: a) A e C são metais alcalinos. b) O raio de B é maior que o de D. c) O composto formado por B e C é solúvel em água. d) O composto formado por B e D possui alto ponto de fusão. 6. Construa as configurações eletrônicas – utilizando o diagrama de distribuição de energia dos elétrons – dos seguintes átomos e íons: a) Nitrogênio (7N) k) 11Na+ (cátion sódio) b) Fósforo (15P) l) 20Ca2+ (cátion cálcio) c) Arsênio (33As) m) 13Al3+ (cátion alumínio) d) Antimônio (51Sb) n) 9F- (ânion fluoreto) e) Carbono (6C) o) 8O2- (ânion óxido) f) Silício (14Si) p) 7N3- (ânion nitreto) g) Germânio (42Ge) q) 26Fe2+ [cátion ferro (II)] h) Estanho (50Sn) r) 26Fe3+ [cátion ferro (III)] i) Chumbo (82Pb) s) 19K+ (cátion potássio) j) Ferro (26Fe) t) 34Se2- (ânion seleneto) FIM