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Rio de Janeiro, 12 de Julho de 2012 - Número 4416
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Discórdia se espalha na cabine de comando da Embraer
É grande a pressão na cabine de comando da Embraer. Segundo uma fonte ligada à própria empresa, está cada vez mais
difícil a convivência entre o presidente, Frederico Curado, e dois de seus principais executivos, Paulo Cezar de Souza e
Silva, responsável pela área de aviação comercial, e Luiz Carlos Aguiar, vice-presidente de Defesa e Segurança. As
desavenças estariam relacionadas à performance de cada um na companhia, só que, curiosamente, por razões opostas: um
pelo que tem feito de menos e o outro pelo que tem feito de mais. No caso de Souza e Silva, o desgaste com Curado se
deve aos recentes resultados da Embraer no segmento de aviação comercial. Entre janeiro e março deste ano, as vendas
avançaram apenas 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2011, menos da metade do crescimento total da receita da
companhia (16,7%). No mesmo período, a participação da divisão de aeronaves comerciais no faturamento geral da
Embraer caiu de 71,2% para 65,7%. O índice é superior aos 64% registrados ao fim de 2011, mas estaria abaixo da meta.
Com base nas entregas previstas para os próximos cinco meses, projeções da Embraer indicam que o segmento de
aviação comercial poderá fechar 2012 praticamente no zero a zero, com uma receita muito próxima à obtida no ano
passado. A estes números somam-se ainda divergências de ordem estratégica. Souza e Silva teria defendido a
manutenção do projeto de produção de uma nova família de aeronaves, de maior porte. Curado, no entanto, mandou o
investimento para o hangar, por considerá-lo de alto risco diante das atuais condições do mercado internacional de
aviação.
Em relação a Luiz Carlos Aguiar, a situação é mais complexa. O problema é o crescente poder do executivo. Segundo
informações filtradas junto à empresa, Aguiar comanda a área de Defesa como se tivesse criado uma Embraer dentro da
Embraer. Ele teria transformado sua diretoria em um sistema nervoso autônomo, sem qualquer conexão sináptica com o
alto-comando da companhia. Os atritos com Frederico Curado tornaramse inevitáveis. Em parte, o fortalecimento de
Aguiar reflete a importância estratégica cada vez maior da divisão de defesa e segurança para os negócios da Embraer.
No entanto, a questão ultrapassa os limites de São José dos Campos. Aguiar tem costas fumegantes. Ligado ao PT, ele foi
indicado para o cargo pela Previ - da qual foi diretor de investimentos. Neste caso, a margem de manobra de Curado é
muito pequena. Bater de frente com Aguiar significa resvalar nas asas de um dos principais acionistas da Embraer - e
ainda triscar no governo. Procurada pelo RR, a Embraer "negou veementemente as insinuações".
Lupatech
Discordâncias entre Petros, BNDES e GP estão atrasando o acordo para a segunda etapa da capitalização da Lupatech. O
pior é que há sinais de ampliação das divergências. Procurada pelo RR, a Lupatech não quis se pronunciar.
Conaprole azeda relações entre Brasil e Uruguai
Os maiores fabricantes de laticínios do Brasil abriram guerra contra a uruguaia Conaprole. Liderada por empresas como
Lácteos Brasil e Itambé, a pressão para que o governo brasileiro imponha barreiras alfandegárias aos produtos lácteos do
Uruguai mira no país vizinho, mas o alvo mesmo é a empresa. A Conaprole tem se tornado um intruso cada vez mais
indesejável do lado de cá da fronteira. Sozinha, já responde por mais de 60% das exportações de leites e derivados do
Uruguai para o Brasil.
Os fabricantes brasileiros trabalham com a projeção de que este número chegará a 70% até o fim do ano. Os produtos da
Conaprole têm uma inserção maior na Região Sul, não por coincidência uma das bases mais fortes da Lácteos Brasil. As
empresas nacionais evocam como maior argumento para a implantação de barreiras fiscais a questão da reciprocidade.
Elas têm encontrado enormes dificuldades para acessar o mercado uruguaio, seja via exportações, seja com a instalação
de fábricas no país.
CBF
O presidente da CBF, José Maria Marin, convidou Mario Garnero para compor o futuro conselho de notáveis da
entidade. Garnero é realmente um craque em tudo que faz.
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Marcha lenta 1
O presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, acha que o nº 1 da Fiat e da Anfavea, Cledorvino Bellini, tem sido
lilliputiano demais nas articulações com o governo para a prorrogação da redução do IPI, que expira em agosto.
Marcha lenta 2
Por falar em Thomas Schmall, duas fontes do RR ouviram o comandante da Volks confidenciar que o projeto de
ampliação da fábrica de Taubaté não sairá do papel se o governo suspender o refresco fiscal. O vazamento tem a maior
pinta de ser proposital. Procurada, a Volkswagen não se pronunciou.
Zona morta
Com todo o cuidado que a questão merece, Dilma Rousseff trabalha para guardar no arquivo-morto o projeto de criação
de uma zona franca no Amapá, em tramitação no Congresso. O principal artífice da proposta é o senador José Sarney.
Primeiro sutiã
Atenção, fetichistas! O grupo norte-americano Intimate Brands, dono da Victoria´s Secret, está à procura de um espaço
para abrir a primeira loja da mítica fabricante de lingeries no Brasil. A estreia se dará por São Paulo.
Saneamento
Pode até ser coincidência. Ou não. Mas desde que irromperam as denúncias de envolvimento entre o governador de
Goiás, Marconi Perillo, e Carlinhos Cachoeira, as negociações para a transferência de 51% da Celg à Eletrobras entraram
em marcha lenta. O próprio Ministério de Minas e Energia empurra o negócio com a barriga.
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