UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DESAFIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL: EM BUSCA DE AVANÇOS PARA O DESENVOLVIMENTO Francicleber Medeiros de Souza Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB Dra. Jacqueline Echeverría Barrancos Professora do Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas– UEPB RESUMO O desafio pela qualidade da Educação é um tema com o qual os governantes sempre se defrontaram e que agora também se apresenta para a sociedade civil na busca de avanços para o desenvolvimento do país. Para uma melhor compreensão, o presente artigo tem como objetivo principal descrever a Política Educacional Brasileira a partir da Constituição Federal de 1988. O trabalho propôs, a partir de uma pesquisa exploratória e descritiva, conhecer perfil do Sistema Educacional Brasileiro e suas Políticas Públicas, evidenciando a formação escolar e/ou acadêmica como forma de impulsionar a inclusão social e o desenvolvimento da própria sociedade através do aprendizado, conhecimento e experiência adquirida durante os processos educacionais. A coleta de dados estatísticos sobre a Educação possibilitou observar alguns indicadores do Sistema Educacional brasileiro, tais como os de monitoramento e avaliação relacionados à aprovação, reprovação, abandono, alunos por turma, distorção idade-série, número de estabelecimentos, matrículas, professores, entre outros. Após apuração dos dados, verificou-se que as Políticas Educacionais Brasileiras foram delineadas a partir da Constituição Federal de 1988, além das diretrizes, legislação e estrutura existente na atualidade. Avaliando o Sistema Educacional, contatou-se sua contribuição para o desenvolvimento social, sendo necessária adoção de novos parâmetros para as práticas de gestão, visando à qualificação. Concluiu-se que o país apresenta muitos desafios a enfrentar e que é preciso garantir a efetividade das políticas públicas, para uma nova realidade em que se possam formar cidadãos empreendedores e integrados ao mercado de trabalho para garantir, através da Educação, avanços no desenvolvimento do país. Palavras-chave: Políticas Públicas, Educação, Desenvolvimento Social. 2 1 INTRODUÇÃO As demandas da nova sociedade do conhecimento tem imposto desafios cada vez maiores para a administração pública no que concerne à qualidade dos serviços públicos e a produção de políticas públicas para setores essenciais e vitais à população. Essas exigências levam a necessidade de atualização dos processos administrativos da gestão pública, de modo a oferecer aos cidadãos serviços com qualidade e presteza. Nessa perspectiva, identificou-se que um dos serviços mais relevantes como contribuição significativa para a produção deste gênero de pesquisa, é a “Educação”. Assim tem-se observado que a qualidade e os desafios da Educação no Brasil inseriram-se na agenda formal das políticas públicas do Brasil a partir da Constituição Federal de 1988 e teve maior ascensão a partir do ano 2000, depois de muito criticada e debatida nos meios acadêmicos, políticos, governamentais e a própria sociedade civil, trazendo um arcabouço de diretrizes, programas e políticas públicas para a implantação do atual modelo educacional do país. O Sistema Educacional é visto como uma ferramenta poderosa de administração e gestão pública, não apenas para aqueles que formulam as políticas públicas, mas também para os pesquisadores e estudiosos. Partindo desse cenário, o presente artigo pretendeu descrever a Política Educacional Brasileira a partir da Constituição Federal de 1988 ao delinear o perfil do Sistema Educacional Brasileiro e suas políticas públicas. Com base nessa ação, foi possível traçar os objetivos específicos, em que se buscou apresentar dados sobre os indicadores de monitoramento e avaliação das políticas públicas educacionais e a proposição de parâmetros e elementos para a práxis da educação no Brasil. Este artigo traz uma preocupação a cerca da importância da formação escolar e/ou acadêmica e profissional como forma de impulsionar a inclusão social e o desenvolvimento da sociedade, através do delineamento de políticas públicas, dentre as discutidas e implantadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), órgão responsável por nortear as políticas educacionais no Brasil. A partir do levantamento do seguinte problema: Quais os desafios que a Educação do Brasil precisa enfrentar ou quais políticas públicas e estratégias precisam ser delineados para alcançar no desenvolvimento do Brasil, identificou-se no campo da pesquisa, que o uso de bons indicadores de monitoramento e avaliação pode contribuir com a formulação de políticas públicas capaz de fornecer oportunidades e potencializar o sucesso da gestão pública na Educação. 3 Várias áreas do conhecimento discutem o conceito de Políticas Públicas, entretanto, no âmbito da Educação tem ganhado um grande destaque nas discussões teóricas, como mostra a socióloga Salete Moraes, a visão de que as políticas públicas devem deixar de ser pensadas não apenas na verticalidade, mas que possam trazer novas formas de se fazer uma política educacional, com novos paradigmas e uma maior democratização entre as relações do Estado e a Sociedade (MORAES, 2009). O que se observa nesta última década, é um processo cada vez mais intenso de proposição de novas políticas pautadas nos indicadores de monitoramento e avaliação da ação governamental, bem como os indicadores sociais, dentro e fora das organizações públicas. No campo das políticas educacionais, vigoram a algum tempo, diversos indicadores construídos para acompanhar e monitorar a situação da Educação, além de avaliar os resultados de intervenções governamentais como, por exemplo, as taxas de analfabetismo, aprovação, reprovação, abandono, coeficientes de alunos por turma e outras tantas medidas disponíveis. Através de uma análise no âmbito de dados estatísticos, destacando os mais importantes sobre a realidade da Educação no Brasil, é que foi possível estabelecer a metodologia norteadora para essa pesquisa, desde a etapa da escolha do fenômeno até a justificativa e dos motivos que se levou a trabalhar a necessidade no marco das tendências e transformações recentes que sofreu a Educação. Dessa forma, o estudo trouxe significativa contribuição para instigar as ações educacionais e suas políticas públicas para ampliar o desenvolvimento social, além da grande importância social e científica para a produção de conhecimento e embasamento a cerca do papel da Educação no desenvolvimento social. O artigo está estruturado em cinco capítulos, inicialmente objetivou-se traçar o perfil do artigo, posteriormente foi realizada uma breve incursão histórica e evolucionista acerca das modificações da Educação no cenário da gestão pública; posteriormente, está descrito a metodologia empregada neste estudo e na sequencia abordou-se o impacto dessas modificações sobre essas políticas educacionais. Também foram descritos parâmetros e elementos para a transformação das práticas na gestão pública, debatendo medidas pontuais e necessárias para a qualificação dos processos de gestão da Educação, com potencial de impulsionar o desenvolvimento social no Brasil. 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS E EDUCACIONAIS Fazendo uma análise da concepção filosófica na história da humanidade, observou-se que o ser humano começou a se desenvolver em relação às demais espécies no momento em que passou a usar o seu intelecto para desenvolver habilidades, adquirir conhecimentos e a se organizar, dando início à maturação cognitiva e do ser. Assim, este estudo buscou apresentar algumas correntes de pensadores que expressam as suas teorias sobre o desenvolvimento cognitivo do ser humano. Na obra “A Republica”, - no Livro VII, Alegoria da Caverna -, Platão apresenta uma reflexão sobre a dialética relacionada à luz e a escuridão, através da analogia representativa de uma caverna que significava um mundo sensível de sombras, de uma falsa realidade, da imaginação e das aparências, contraponto o mundo inteligível das ideias, da justiça, verdade, do belo, da proporcionalidade, da metafísica e da transcendência, levando ao entendimento que o homem, em seu processo evolutivo – em que a Educação é o caminho –, seria capaz de sair de um estado de medo, dependência, exclusão e escravidão para alcançar um estado de liberdade, autonomia e conscientização (PLATÃO, 2001, p. 210-238). O ser humano começou a organizar-se socialmente, criando suas formas de expressão, da vida em coletividade, confraternização e da busca pela sua sobrevivência, em cada lugar e espaço em que está inserido, caracterizando sua cultura. Durante o decorrer da história foram muitos os estudiosos que se destacaram com suas pesquisas para descrever métodos e comportamentos que pudessem explicar a sociologia, pedagogia, psicologia e a filosofia do ser humano em suas relações com sua espécie e com as demais, com o ambiente em que interage e o tempo, como retrata o estudo “A Psicologia como o Estudo de Interações” (TORODOV, 2007). Alguns pensadores defendem a matriz Ambientalista pela Escola Tradicional/Tecnicista e opinam que o ser humano sofre influência do ambiente em que vive (CUNHA, 2000). Por sua vez, a matriz Inatista da Escola Nova, o opina que o desenvolvimento do indivíduo sofre influência biológico-genética, ou seja, do próprio indivíduo, não possuindo influência do ambiente em que está inserido, nem das relações individuais e sociais (MOGIKA, 2005). 5 Outra linha de pensadores defende a matriz Interacionista representado pela Escola Construtivista, a qual poderia haver a interação do ambiente, como também, da herança para o desenvolvimento e a aprendizagem pelo individual para o social e vice-versa, tendo nas relações sociais um processo de mediação e aprendizado mútuo (CUNHA, 2000). De acordo com um dos grandes filósofos da era moderna, Immanuel Kant (1984, p.89), “o homem só se construirá como homem e só se realizará como pessoa, [...], quando ascender da animalidade à humanidade e à pessoalidade”. O autor reflete sobre a transcendência do ser humano da irracionalidade para a racionalidade, atingindo o seu nível de evolução que o leva às suas realizações. Nos postulados de Paulo Freire, verifica-se que ele defendia uma Educação ativa, sintonizada com a realidade e adequada ao desenvolvimento e à democracia, que, através da “conscientização”, levava à liberdade que supera a opressão e a alienação (FREIRE, 1987). Nesse sentido, é possível opinar que a Educação tornou-se um processo fundamental para o desenvolvimento do ser humano e da sociedade. O economista americano James Heckman, pesquisador de uma série de métodos precisos para avaliar o sucesso de programas sociais e de Educação – trabalho pelo qual recebeu o Prêmio Nobel, em 2000, e opina o seguinte em uma entrevista à revista Veja publicada em 2009: Cada dólar gasto na Educação de uma pessoa significa que ela produzirá algo como 10 centavos a mais por ano ao longo de toda a sua vida. Não há investimento melhor. A ideia é fornecer incentivos suficientes para que o talento atinja sempre o maior nível possível. Só com gente assim a Irlanda, por exemplo, conseguiu tirar proveito das oportunidades que surgiram depois que o país se integrou à economia mundial. É também o que ajuda a explicar o acelerado enriquecimento da Coréia do Sul nas últimas décadas. Nesse cenário, não há melhor aplicação do que canalizar o dinheiro para a formação de crianças em seus primeiros anos de vida. Insisto nisso porque são os países que já estão nesse caminho justamente os que se tornam mais competitivos – e despontaram na economia mundial. (HECKMAN, 2009, p. 01). Assim, ao associando o método de Heckman de investir na Educação desde os primeiros anos de vida com a ideologia de Freire através da conscientização, a Educação torna-se o meio mais importante para formar melhores cidadãos, gestores, profissionais e representantes políticos, o que contribui para uma sociedade mais justa, igualitária, fraterna, sem que precise construir mais presídios, observar escândalos de corrupção, a falta de emprego e famílias em situação de vulnerabilidade social, no que diz respeito à moradia e alimentação adequada. Para Nelson Mandela, líder sul-americano ganhador do prêmio Nobel da Paz em 1993, “a Educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”. Dessa forma, o mesmo coloca a Educação em um patamar superior de prioridades. 6 Observa-se que nos primórdios da história, o acesso à Educação e formação era muito restrito, elitizado e acabava sendo excludente, impulsionando a opressão sobre os nãos letrados. Foi a partir da década de 30, após a revolução industrial e o advento da necessidade da mão de obra qualificada para a produção, que então demandou a necessidade de ampliar a formação e qualificação para gerar melhores trabalhadores. Dessa forma, o século XIX assistiu a um monumental desfile de inovações e mudanças no cenário empresarial que teve o seu impacto e influência na universalização e a massificação da Educação para contribuir com a formação de mão de obra qualificada. Na década de 60, especialmente com os governos militares, ganha força no Brasil o tecnicismo, cuja preocupação maior era preparar mão de obra qualificada para uma sociedade industrial emergente. O ensino tecnicista está centrado na preocupação com a profissionalização dos educandos, para atender as exigências, do mercado de trabalho. (IEMA, 1999, p. 01). Observa-se que o acesso universal à educação no Brasil foi estruturado sem a devida preocupação com a qualidade do ensino e da sua estrutura em um Sistema Educacional, gerando grandes dificuldades e desafios, sobretudo em países com economias em desenvolvimento como o Brasil. 2.2 POLÍTICAS PÚBLICAS E MODELOS DE GESTÃO Nesse contexto, um fator de suma importância que deve ser levado em consideração é o papel das políticas públicas, que exercem uma influência fundamental para contribuir com a prestação de serviços e fornecer subsídios para que o Sistema Educacional promova maiores avanços no desenvolvimento social do país. As políticas públicas são resultantes de atividades políticas, compreendendo um conjunto de decisões e ações relativas aos interesses da sociedade através de bens públicos (RUA, 2009). São as ações estratégicas executadas para atender anseios coletivos que configurem a resolução de problemas demandados pela sociedade através da gestão pública. As mudanças na gestão pública, a partir dos anos 80, começam a ser configurados pelo movimento e influência de aproximação com os modelos da administração privada, na qual se sobressaem dinâmicas inovadoras, que pautaram a substituição de uma administração tradicionalmente mecanicista por um modelo centrado na gestão de pessoas, avaliação de desempenho constante, novas tecnologias informacionais e de produção. Práticas como “terceirização”, “donwsize”, “reengenharia”, “5S”, “certificações de processos”, “gestão participativa”, “planejamento estratégico”, “gestão competitiva”, entre outros modelos 7 gerenciais, rapidamente assumiram o lugar de antigos procedimentos que não eram mais compatíveis com a nova realidade operacional e de produção no mundo capitalista (LIMA, 2007). Essas mudanças foram registradas como novos modelos de gestão e, dessa forma, se transformaram em tendências mundiais, seguidas por inúmeras organizações ao redor do mundo, com maior ou menor grau de aplicabilidade e eficiência. Além desses, outros fatores podem ser constatados e creditados como parte desse processo de mudança: o crescimento do setor terciário, a exigência de conhecimento técnico cada vez mais avançado para um mercado de trabalho em constante mutação, a competição organizacional em escala global, o desaparecimento de organizações em escala local e as políticas públicas de gestão internacionalizadas e padronizadas. Além disso, no inicio dos anos 80, o modelo de gestão pública que incorporava os princípios da política do “Estado de Bem Estar Social” começa a ceder lugar a uma nova dinâmica administrativa baseada na política neoliberal, posta em prática por intermédio de um conjunto de ações administrativas e legais que viabilizassem mudança na gestão hierarquizada, estruturas organizacionais mais autônomas, descentralização com desempenho julgado tendo como base os resultados, crescimento da marca corporativa, determinação na missão, preocupação com a qualidade nos serviços, confiança na opinião do cidadão, reconhecimento da cultura organizacional e a criação de núcleos estratégicos de “gestores seniores” (COSTA, 2008; FALCONI, 2010; LIMA, 2007). Com essa perspectiva, a Gestão Pública reorganiza-se em novas estratégias e políticas, com o desafio de não perder suas características de atender a sociedade. Para tanto, faz-se necessário trabalhar novos modelos dentro da estrutura da gestão pública, obrigando ao gestor redefinir metodologia e criando novos parâmetros de trabalho nas quais as metodologias advindas do mercado insistem em permear o pensamento desses novos gestores. 2.3 O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO Segundo a Constituição Federal de 1988, a Educação é: Direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, art. 205). 8 A Educação Básica só passou a definitivamente dever do Estado a partir da Constituição Federal de 1988, em que se definiram responsabilidades e competências para diversos níveis de governo. Quanto às responsabilidades, os Municípios atuarão prioritariamente no Ensino Fundamental e na Educação Infantil, enquanto os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no Ensino Fundamental e médio (BRASIL, 1988, art. 211). Com relação ao financiamento, a União terá de aplicar, por ano, nunca menos de 18%, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 25%, no mínimo, da receita dos impostos e de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e adaptado das Emendas Constitucionais Nº 53/2006 e 59/2009, o Sistema Educacional brasileiro está estruturado de acordo com a seguinte classificação: Educação Infantil destinada a crianças de 0 a 5 anos; Ensino Fundamental abrangendo a faixa etária de 6 aos 14 anos; Ensino Médio e Profissionalizante dos 15 aos 17 anos e Ensino Superior compreendendo a faixa etária dos 17 aos 24 anos. Para se chegar ao ensino superior, o estudante terá que cumprir estas etapas anteriores, compreendendo a Educação Básica (Ensino Infantil, Fundamental e Médio). Nesse percurso, podem acontecer diversos problemas que impedem o ingresso do mesmo ao ensino superior, pode-se citar a falta de qualidade na Educação Básica, que ocasiona um desempenho baixo na formação educacional, tendo como consequências o déficit no aprendizado, o abandono escolar, a repetência, o não ingresso no nível superior e a desqualificação para o mercado de trabalho, o que gera déficit no desenvolvimento social. Além disso, podem ser observadas manifestações de distúrbios e problemas de saúde que devem ser diagnosticados em tempo e que atrapalham o aprendizado. Os principais distúrbios são: distúrbios da atenção e concentração, problemas receptivos e de processamento da informação, dificuldades na matemática dificuldades de leitura, e distúrbios de aprendizagem: a) dislexia, b) disgrafia, c) discalculia (LERNER, 1989). Há também problemas audiovisuais e nutricionais, ou seja, o ser humano precisa satisfazer as suas necessidades básicas para favorecer o processo de aprendizagem. Como também os problemas ou transtornos psicológicos como bullying, bulimia, anorexia, altismo, esquizofrenia entre outros. Segundo o Ministério da Saúde, em 2008, os 53 milhões de brasileiros alunos da Educação pública apresentaram muitos problemas de saúde. Os principais: deficiência de visão (falta de óculos), anemia (falta de ferro no sangue), dificuldade de audição (cera no 9 ouvido), além da baixa taxa de glicose, causada normalmente pela fome ou pela má alimentação (DA COSTA, 2008). Entretanto, apesar do Sistema Educacional do Brasileiro contar com um arcabouço de projetos, ações, linhas de financiamento, legislações, ferramentas e planos para garantir a Educação pública e gratuita – regulamentadas pelas diretrizes e bases da Educação nacional (LDBEN), criadas pela Lei Nº 9.394/96 -, falta ainda se chegar a esse sonho de Educação pública de qualidade. Para estar em sintonia com esse foco, o Ministério de Educação e Cultura (MEC) criou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) para que sejam implantados de forma transversal junto aos componentes curriculares do ensino regular, são eles: Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual, Saúde, Trabalho e Consumo. Já para o nível superior, foram criadas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN´s), os quais foram definidos para cada curso os conteúdos curriculares obrigatórios e optativos, os temas transversais e a carga horária mínima para o curso e estágios. Quanto ao financiamento da Educação, vigora o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e para Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) que é responsável pela Educação Básica, a Educação Infantil ao Ensino Médio. A qual veio a substituir o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), que vigorou de 1997 até 2006, já o FUNDEB está em vigor desde o mês de janeiro do ano 2007 e se estenderá até o ano 2020. Em relação aos recursos destinados para os níveis estaduais e municipais, verbas federais integram a composição do FUNDEB para complementação financeira, de forma a assegurar o valor nacional mínimo por aluno/ano (R$ 1.722,05 no ano de 2011) para cada estado, ou Distrito Federal, se este limite mínimo não for alcançado, pelos outros entes federativos, com recursos dos próprios. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) apresentado no ano de 2007, também trouxe o Plano de Metas Compromisso “Todos pela Educação”, instituído pelo Decreto 6.094/2007 e pela adesão dos estados e municípios elaboram seus respectivos Planos de Ações Articuladas (PAR) a partir do diagnóstico de Gestão da Educação, Formação de Professores, além dos Profissionais de Serviço e Apoio Escolar, das Práticas Pedagógicas e Avaliação, Infraestrutura Física e Recursos Pedagógicos. 10 Com o Plano Nacional de Educação (PNE), através do Projeto de Lei N° 8.035/2010, o país assumirá novas responsabilidades, e para alcançá-las foram definidas diretrizes e metas para o período de 2011/2020. As diretrizes são: a) erradicação do analfabetismo; b) universalização do atendimento escolar; c) superação das desigualdades educacionais; d) melhoria da qualidade do ensino; e) formação para o trabalho; f) promoção da sustentabilidade socioambiental; g) promoção humanística, científica e tecnológica do País; h) estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em Educação como proporção do produto interno bruto; i) valorização dos profissionais da Educação; j) difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade e a gestão democrática da Educação (BRASIL, 2011). Dentre as metas pode-se citar a universalização até 2016 do acesso escolar para a população de 4 e 5 anos, além do acesso à Educação Infantil para atender a 50% da população de até 3 anos até 2020, de toda a população de 6 aos 14 anos para o Ensino Fundamental e de 15 aos 17 anos para o Ensino Médio. As metas também priorizam a universalização do acesso escolar aos estudantes diagnosticados com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino para dentre a população dos 4 aos 17 anos. Outro ponto que merece destaque está na oferta de uma Educação em tempo integral para 50% das escolas públicas de Educação Básica. A avaliação é um procedimento que ocorrer em todas as etapas, permitindo ao gestor o acompanhamento das ações e sua revisão e redirecionamento quando necessário. Januzzi (2005) destaca que no campo aplicado das políticas públicas, os indicadores sociais são medidas usadas para permitir a operacionalização das atividades. Assim para uso da tomada de decisão em políticas públicas, o indicador deve ser confiável, ou seja, computado a partir de dados de boa qualidade, provenientes de fontes e pesquisas consistentes e sujeitos a controle de qualidade. Um exemplo de um bom indicador é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 2007. Ele é calculado por escola, com base na taxa de rendimento escolar (índices de aprovação obtidos pelo Censo Escolar) e no desempenho dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), sendo possível fixar metas de desenvolvimento educacional que possibilitam a visualização e acompanhamento da reforma 11 qualitativa dos sistemas educacionais. Quanto ao monitoramento e avaliação, foram definidas as seguintes médias nacionais para o IDEB (Quadro 1). Quadro 1 – Metas do IDEB 2011-2021 IDEB Anos iniciais do Ensino Fundamental Anos finais do Ensino Fundamental Ensino Médio Fonte: Plano Nacional de Educação, 2010 2011 2013 2015 2017 2019 2020 4,6 3,9 3,7 4,9 4,4 3,9 5,2 4,7 4,3 5,5 5,0 4,7 5,7 5,2 5,0 6,0 5,5 5,2 Pelo Quadro 1 acima ilustrado, pode-se opinar de que as metas estabelecidas para os próximos anos, num futuro breve e longo, são animadoras para se atingir um avanço e de desenvolvimento social em relação à universalização e acesso a Educação, garantindo um padrão de qualidade por meio do domínio de saberes, atitudes e habilidades necessários para o desenvolvimento do cidadão, bem como, visando à melhoria no rendimento escolar. Essas metas foram discutidas e apresentadas na Conferência Nacional da Educação (CONAE), ocorrida em 2010 (BRASIL, 2011). Além disso, também foram estabelecidas metas para elevar a taxa alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional. Já com relação à Educação Profissional, observam-se algumas metas definidas, no que diz respeito ao percentual mínimo, a qual, 25% das matrículas da Educação dos Jovens e Adultos para os anos finais no Ensino Fundamental e do Ensino Médio estejam integradas à Educação Profissional, bem como, a duplicação das matrículas de Educação Profissional técnica para o nível médio. Em relação à qualificação do Ensino Superior, o MEC está ampliando a sua política de aumentar o número de mestres e doutores para 75% no corpo docente das instituições de ensino superior, sendo deste total, 35% de doutores. Além disso, definiu-se formar 50% dos profissionais da Educação Básica através de pós-graduações latu e strictu senso, além de garantir Educação Continuada para os mesmos. Para a valorização do magistério, foi definida como meta a existência de planos para carreira no magistério aos profissionais em todos os sistemas de ensino, como também, garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Municípios, Estados e Distrito Federal, que a nomeação de diretores de escola comissionados seja vinculada em critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como, a participação da comunidade na escola. 12 Em relação ao financiamento, foi estipulada a ampliação progressiva do investimento público em Educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do País. Além de todas estas metas definidas pelo MEC, os resultados do rendimento escolar também são confrontados os resultados obtidos no IDEB com a média dos resultados em leitura, matemática e ciências obtidos nas provas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Espera-se que a partir de 2012, esses dados melhorem ainda mais o desempenho dos alunos conforme as projeções das metas até o ano de 2021 (Quadro 2). Quadro 2 – Projeções do PISA 2009-2021 PISA 2009 2012 2015 2018 2021 Média para resultados em leitura, matemática e ciências 395 417 438 455 473 Fonte: Plano Nacional de Educação, 2010. Como iniciativa para a valorização do Magistério foi publicada a Lei Federal nº 11.738/08 que regulamentou o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da Educação Básica (PSPN). O valor de piso nacional indicado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para o ano de 2011 é de R$ 1.187,97 para até 40 horas semanais. Nesse sentido, é apresentado o número de professores que integram o corpo docente (Quadro 3), oferecendo vários incentivos para que o cidadão tenha acesso a Educação Básica, desde a modalidade infantil até a Educação Profissionalizante além de contar com categorias especiais de escolas exclusivas de Educação para Jovens e Adultos. Quadro 3 – Número de professores da Educação Básica em 2010 no ensino público. Classes Ensino Unidade da Educação Ed. Ensino Educação Especiais Médio Federação Básica Infantil Fundamental Profissional e Escolas Total Exclusivas BRASIL 2.005.734 381.471 1.383.966 477.273 62.354 30.569 NORDESTE 600.796 103.196 427.339 122.118 6.087 3.832 PARAÍBA 46.009 6.696 33.424 9.293 560 154 Fonte: INEP/MEC Educação Classes de Jovens Comuns e Adultos 694.350 161.329 11.455 261.737 95.785 9.130 Já para o acesso a Educação Superior, o Brasil possui Institutos Federais de Tecnológica e as Universidades que contam com sistemas de ingresso via Vestibular, Processo Seletivo Seriado (PSS), Sistema de Seleção Unificado (SISU), Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), o Programa Universidade Para Todos (PROUNI) e ainda o Financiamento Estudantil (FIES). 13 Para contribuir com o desenvolvimento educacional básico, também identificou-se a existência de vários programas ou ações políticas como: Programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Brasil Alfabetizado, Programa Saúde na Escola (PSE), Programa Um Computador por Aluno (UCA), Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), entre outros. Existem financiamentos específicos, através do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), para as Escolas. Criado pela Portaria Interministerial Nº 17/2007, o Programa Mais Educação objetiva aumentar a oferta de ações educativas nas escolas públicas através de atividades optativas agrupadas em macrocampos sobre o meio ambiente, acompanhamento pedagógico, esporte e lazer, direitos humanos, cultura digital, cultura e artes, educomunicação, prevenção e promoção da saúde, Educação científica e Educação econômica. Em 2011, foi criado o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC), que tem como objetivo interiorizar, expandir e democratizar a oferta de cursos técnicos e profissionais de nível médio, além de cursos para formação inicial e continuada para trabalhadores. Esse programa também objetiva ampliar as vagas para redes estaduais da Educação Profissional, favorecendo que os Estados ofereçam Ensino Médio integrado com a Educação Profissional. Também foi criado a Escola Técnica Aberta do Brasil (E-Tec), um programa de Educação à distância para formação em cursos técnico-profissionalizante. Já foram instalados 259 polos em 19 Estados em 2010, atendendo a cerca de 29 mil estudantes. Em 2011, a perspectiva é de mais de 46 mil vagas; sendo mais de 59 mil em 2012; mais de 156 mil no ano de 2013 e cerca de 173 mil para o ano de 2014. Para a Educação Superior, os principais programas são: Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) que objetiva ampliar o acesso à Educação Superior; Programa de Extensão Tutorial (PET) que visa apoiar as IES através de seus programas e projetos de extensão que forneçam contribuição com as políticas públicas; Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAE) que apoia a permanência de estudantes de baixa renda; Programa Universidade para Todos (PROUNI) que concede bolsas de estudo integrais ou parciais para estudantes de graduação nas IES privadas, também conta com um sistema de cotas para deficiente, autodenominados negros, pardos e índios; Também tem o programa de financiamento estudantil (FIES), dentre outros. 14 Para a participação e controle social, existem Conselhos de Educação nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal), além dos conselhos escolares em cada unidade escolar da Educação Básica e das Instituições de Ensino Superior (IES), sejam os conselhos de gerenciamento institucional/universitário ou os de ensino, pesquisa e extensão, além disso, as coordenações de departamentos e dos cursos possuem seus colegiados de gestão participativa. Para o sistema de monitoramento da Educação Básica existem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Censo Escolar, Prova Brasil, Provinha Brasil, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) e a Prova Docente. Já a Educação Superior submete-se ao Censo da Educação Superior, Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), Avaliação dos Cursos de Graduação através do Índice Geral de Cursos (IGC), Conceito Preliminar de Cursos (CPC) e o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES). 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Partindo-se da hipótese formulada em relação ao objeto de pesquisa, foi levantada a seguinte resposta ao problema do trabalho: O uso de bons indicadores de monitoramento e avaliação no Sistema Educacional pode conduzir a formulação de políticas públicas educacionais de forma efetiva e que, quando executadas com qualidade, podem apresentar resultados inovadores e positivos na Educação. Assim, pela natureza que envolve o problema da pesquisa inserido ramo das ciências sociais, está em comum acordo com os tipos de pesquisa: exploratória, descritiva e documental. Dessa forma, quanto aos objetivos, foi realizada uma pesquisa exploratória, considerada particularmente adequada, quando se analisam problemas complexos e quando existe pouca ou nenhuma informação prévia sobre o problema em questão (MALHOTRA, 2001; MICHEL, 2009). O método empregado justifica-se, visto que na fase inicial da pesquisa, buscou-se um levantamento bibliográfico sobre o tema, com o propósito de identificar informações e subsídios para definição dos objetivos, determinação do problema e definição dos tópicos do referencial teórico. 15 Já do ponto de vista da natureza quantitativa, adotou-se a pesquisa descritiva para o estudo, foram apresentados dados estatísticos e levantamento de indicadores sobre a Educação. Segundo Richardson (2008, p.71) “o método é fundamental para as diversas Ciências Sociais, porque permitem controlar, simultaneamente, grande número de variáveis e por meio de técnicas estatísticas de correlação, [....], oferecendo ao pesquisador entendimento de modo pelo qual as variáveis estão operando”. Dessa forma, a análise qualitativa dos dados coletados foi realizada através de informações numéricas e percentuais demonstrado por quadros, construídos pelo autor, a partir de dados ainda em estado bruto. Com relação aos meios ou procedimentos conforme Vergara (2000, p. 48), o estudo é caracterizado como pesquisa bibliográfica, pois consiste em um estudo sistematizado fundamentado em material publicado em livros, revistas, periódicos, entre outros. Para o embasamento teórico, adotou-se a pesquisa documental, pelo fato de ter levantado informações documentais, que fazem parte das informações e dados estatísticos sobre a Educação. Com referência as variáveis, conceituam-se: Portanto, uma variável pode ser considerada uma classificação ou medida; uma quantidade que varia; um conceito, constructo ou conceito operacional que contém ou apresenta valores; aspectos, propriedade ou fator, discernível em um objeto de estudo e passível de mensuração. Finalmente os valores que são adicionados ao conceito, construto ou conceito operacional para transformá-lo em variável, podem ser quantidades, qualidades, características, magnitudes, traços etc., que se alteram em cada caso particular e são totalmente abrangentes e mutuamente exclusivos. Por sua vez, o conceito operacional pode ser um objeto, processo, agente, fenômeno, problema, etc. (LAKATOS, 2007, p. 175). Objetivando tornar a mensuração do presente estudo exequível, foram definidas as variáveis nominais: aprovação, reprovação, abandono, número de alunos por turma, distorção idade-série, número de estabelecimentos, matrículas e professores, entre outros. Vergara (2000, p. 50) define universo de pesquisa como sendo: “um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objetos de estudo”. O universo desta pesquisa é constituído por todo o Sistema Educacional brasileiro. Em relação à amostra, também de acordo com Vergara (2000, p. 50), a “amostra é uma parte do universo (população) escolhida segundo algum critério de representatividade”. Neste estudo, optou-se por coletar dados selecionados de alguns instrumentos de medição como os indicadores de monitoramento e avaliação, inseridos nas políticas públicas da Educação pública, do ensino básico ao superior. 16 A escolha desses instrumentos e técnicas foi baseada na necessidade de subsidiar uma pesquisa exploratória e descritiva sobre a temática escolhida para contribuir com o embasamento teórico e ampliar o conhecimento sobre o contexto da Educação no desenvolvimento social, de forma a alcançar os objetivos de verificar como se dá esse processo, como atua a Educação e quais são as estratégias para se alcançar o desenvolvimento social através da Educação. 4 ANÁLISES DE RESULTADOS 4.1 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira é responsável por realizar o trabalho estatístico das informações da Educação no Brasil e conta com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), DataEscola, Edudata Brasil, Indicadores Educacionais e os Investimentos Públicos na Educação, além do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que produzem informações estatísticas também relacionadas à Educação, dentre outras. Em 2006, segundo o censo do IBGE, cerca de 10% dos brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos, apenas 47% dos jovens de 15 aos 17 anos estavam cursavam o Ensino Médio e 15,5% estavam fora da escola sem ter completado esta fase. Segundo o Censo Demográfico de 2010, a parcela de crianças de 10 anos analfabetas diminuiu de 11,4% para 6,5% na última década - um índice ainda muito alto e muito preocupante. A taxa de analfabetismo das pessoas com mais de 15 anos - que foi de 20,1% em 1991 e de 13,6% em 2000 - caiu para 9,6% no ano passado. A queda é expressiva. Em termos concretos, todavia, a taxa de 9,6% significa que ainda existem cerca de 13,9 milhões de brasileiros com idade igual ou superior a 15 anos que não sabem ler, escrever ou fazer as quatro operações aritméticas. (ESTADÃO, portal eletrônico de notícias, publicado em 20/11/11). Vale destacar também outro tipo de analfabetismo, denominado os Analfabetos Funcionais, tendo conceito difundido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), indivíduos que não conseguem entender o que leem e nem conseguem elaborar um enunciado, por mais curto que seja, sobre um assunto genérico, desta forma compreende a não interpretação da escrita e leitura. No que se refere ao número de estabelecimentos na Educação Básica, os dados ilustrados (Quadro 4), mostram os seguintes resultados em realidades distintas: 17 Quadro 4 – Número de estabelecimentos na Educação Básica em 2010. Localização / Dependência Administrativa Unidade da Federação BRASIL NORDESTE PARAÍBA Fonte: INEP/MEC Total 194.939 77.370 6.357 Federal 344 97 14 Estadual 32.160 7.912 1.039 Municipal 126.146 59.698 4.476 Privada 36.289 9.663 828 O baixo acesso aos estudos a partir da Educação Infantil e a não continuidade no Ensino Fundamental e Médio, tem contribuído para o agravamento do nível crítico de desempenho educacional difundido na sociedade brasileira. Segundo o INEP, em 2005, apenas 54% dos estudantes que adentraram no Ensino Fundamental em 1997, concluíram este ciclo em 2004. (apud IPEA, 2007). Assim pode-se visualizar (Quadro 5), tomando como referência o Nordeste e a Paraíba o número de matrículas nas diversos sistemas de Educação no ensino público. Quadro 5 – Número de matrículas na Educação Básica em 2010 no ensino público. Educação Especial Região Geográfica / Unidade da Federação Total BRASIL 51.549.889 6.756.698 31.005.341 8.357.675 924.670 Classes Especiais + Escolas Exclusivas 218.271 NORDESTE 15.709.861 2.016.464 9.564.009 2.424.793 99.843 33.535 130.725 PARAÍBA 1.076.988 122.155 659.940 146.830 5.501 1.570 10.047 Educação Infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Ed. Profissional Classes Comuns 484.332 Fonte: INEP/MEC Com o Censo Escolar, é possível coletar informações sobre os rendimentos (Aprovação, Reprovação e Abandono), números de alunos por turma, distorção idade-série, número de matrículas, de estabelecimentos, de professores, entre outros dados (Quadro 6). Quadro 6 – Média de Rendimento Escolar no Ensino Fundamental e Médio em 2010 no ensino público. Total de Total de Total de Total de Total de Total de Aprovações Aprovações Reprovações Reprovações abandonos Abandonos Abrangência no Ens. no Ens. no Ens. no Ens. no Ens. no Ens. Fundamental Médio Fundamental Médio Fundamental Médio BRASIL 85,3 75,1 11,2 13,4 3,5 11,5 NORDESTE 80 74,4 14,1 9,9 5,9 15,7 PARAÍBA 75,5 71,3 15,6 8,7 8,9 20 PATOS-PB 83,7 76,4 11,1 12 5,2 11,6 Fonte: INEP/MEC No Quadro 6, observa-se que a média de aprovação do Estado da Paraíba foi menor do que a do Brasil, Região Nordeste e do Município de Patos-PB. Já as médias de reprovação e abandono foram maiores quando comparadas aos demais. Outro ponto que necessita de uma avaliação é em relação à quantidade de alunos por turma, pois a quantidade bastante elevada pode interferir no aprendizado (Quadro 7). 18 Quadro 7 – Média de alunos por turma na Educação Básica em 2010 no ensino público. Turmas Unificadas, Total PréMultietapa, Multi Total Abrangência Creche Fundamental 8 e Escola Médio ou Correção de 9 Anos Fluxo. BRASIL 17,5 20 17,3 25 32,9 NORDESTE 19,9 18,8 17,3 23,6 34 PARAÍBA 22,4 17,9 15,4 22 31 PATOS-PB 32,9 20,6 16 24,4 32,4 * dados não existentes. Fonte: INEP/MEC Médio NãoSeriado 28,3 30,1 22,8 * O Quadro 7 mostra que em algumas modalidades de ensino, o nível municipal representado pela cidade de Patos-PB, apresentou maiores números de alunos por turma, o que sinaliza a necessidade de ampliar o número de alguns estabelecimentos nas modalidades em que os valores foram mais elevados que as médias Estadual, Regional e do Brasil. O censo escolar de 2007 apresentou uma estatística que apenas 30% dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental tinham idade superior a 14 anos, passando mais tempo do que o adequado (SANTOS, 2009). Assim, no Quadro 8 é possível visualizar, através de média estatística, essa distorção de idade no Ensino Fundamental e Médio no ensino público. Quadro 8 – Taxa de Distorção Idade-Série no Ensino Fundamental e Médio em 2010 no ensino público. Abrangência BRASIL NORDESTE PARAÍBA PATOS-PB Fonte: INEP/MEC Total Fundamental Total Médio 26,3 36,4 39 24,7 38,1 50,7 47,3 29,1 Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) de 2006 apud IBGE (2006), apenas 47,7% das pessoas de 15 aos 17 anos frequentavam Ensino Médio. Também comparando com os dados anteriores apresentadas, pode-se observar retardamento nas faixas etárias relacionadas com o nível de ensino esperado. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), criado em 2007 pelo INEP agrega em um só indicador, médias do fluxo escolar (aprovação) e médias de desempenho nas avaliações (língua portuguesa e matemática) através do Sistema de Avaliação da Educação Básica e a Prova Brasil (Quadro 9). Quadro 9 – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em 2009 em três níveis federativos. Anos Iniciais do Anos Finais do Unidade Ensino Meta Meta Meta Ensino Ensino Federativa Médio Fundamental Fundamental BRASIL 4,0 3,4 3,2 4,4 3,7 3,4 PARAÍBA 3,1 2,7 * * 3,6 2,9 PATOS-PB 3,1 2,8 * * 3,9 3,1 * valores não existentes. Fonte: INEP/MEC 19 Com a análise do Quadro 9, percebe-se que as metas foram devidamente alçadas, o que mostra avanços no desempenho escolar no ano de 2009. O acompanhamento destas metas e as ações para o cumprimento das mesmas acarretam em melhorias na qualidade do ensino e nas práticas de gestão escolar. Também é importante destacar o baixo rendimento das famílias, bem com, a desigualdade social, que também se tornam agravantes para a desmotivação, a repetência, o fracasso, e a evasão escolar. O acesso à Educação Superior tem sido insuficiente, assim como, observa-se que a distribuição das vagas aos estudantes tem sido desproporcional ao rendimento familiar per capita, visto que, a maior parte das vagas ensino superior público estão sendo preenchidas por pessoas que possuem rendimento familiar superior a 05 salários mínimos e apenas 4% por indivíduos com rendimento de até 01 salário mínimo (SANTOS, 2009). Estes dados são preocupantes, refletindo na diminuição do desenvolvimento social, pois, as pessoas com menos condições financeiras, pertencentes às classes sociais mais baixas estão tendo restrição para acessar o ensino superior gratuito, também ocasionado pela falta de qualidade na Educação Básica através da rede pública quando comparado à Educação propiciada pelas instituições particulares de Educação Básica. Enquanto isso, apenas 50% das vagas existentes no ensino superior privado do país não foram preenchidas durante o ano de 2004 (SANTOS, 2009). Segundo o censo de 2010 do IBGE, existem 29.507 cursos de graduação, considerando cursos presenciais e a distância, o número de matrículas desses cursos foi 6.379.299, sendo 973.839 concluintes e de ingressos 2.182.229 (considerando todas as formas de ingresso). Consequentemente, o número de matrículas nos cursos de graduação aumentou em 7,1% de 2009 a 2010 e 110,1% de 2001 até 2010. Os cursos presenciais atingiram 3.958.544 matrículas de bacharelado, 928.748 de licenciatura e 545.844 matrículas de grau tecnológico. A Educação a distância, por sua vez, soma 426.241 matrículas de licenciatura, 268.173 de bacharelado e 235.765 matrículas em cursos tecnológicos. No ano de 2010, metade dos alunos de cursos presenciais tem até 24 anos, os quais, alunos 25% mais jovens têm até 21 anos e 25% mais velhos possuem mais de 29 anos. Em média, os alunos dos cursos presenciais têm 26 anos. Também em 2010, nos cursos à distância, metade dos alunos tem até 32 anos, os 25% mais jovens têm até 26 anos e os 25% mais velhos têm mais de 40 anos. Os alunos dos cursos à distância, possuem, em média 33 20 anos. Esses dados indicam que os cursos à distância atendem a um público com idade mais avançada. Quanto à avaliação do ensino superior, em 2011, o MEC avaliou 2.176 instituições, destas 229 públicas e 1947 privadas, entre faculdades, universidades e centros universitários (Quadro 10). Quadro 10 – Avaliação do Índice Geral de Cursos (IGC) em 2011. Instituição Pública Privada Fonte: INEP/MEC Nota 05 Nota 04 Nota 03 Nota 02 Nota 01 16 11 65 66 90 895 41 633 02 335 De acordo como Índice Geral de Cursos (IGC) instituições com notas de 03 a 05 foram classificadas com conceito satisfatório e com notas de 01 a 02, tinham o conceito insatisfatório. 4.2 PARÂMETROS E ELEMENTOS PARA A PRÁXIS DA EDUCAÇÃO NO BRASIL Diante dos vários desafios, e prováveis medidas para enfrentar as problemáticas no Sistema Educacional e melhorar o desenvolvimento social no Brasil, é possível relacionar à melhora na qualidade da Educação Básica na rede pública de ensino através da valorização do magistério e inovação das práticas na gestão escolar e universitária, bem como, a ampliação do acesso à formação técnica e superior. A melhoria no acompanhamento dos alunos matriculados na rede pública de ensino com suporte às suas famílias através de ações integrais e intersetoriais através das políticas públicas e do acesso aos programas sociais já existentes, como Bolsa Família, PETI, Bolsa Atleta, PSE, Benefícios Previdenciários, são essenciais para o estímulo escolar e acadêmico. Vale ressaltar a necessidade do desenvolvimento na formação escolar pela integração de ações articuladas e de uma abordagem transversal através dos PCN´s dos conteúdos na composição curricular, além do programa “Mais Educação”, somados a uma reestruturação das práticas pedagógicas e de supervisão escolar, contribuindo para estreitas os laços entre os professores e a gestão, compartilhando dificuldades e soluções, para alcançar os objetivos e as metas estabelecidas como a diminuição do baixo desempenho escolar sinalizada através das avaliações, diminuição das repetências escolares e do abandono dos estudos. É preciso estimular o acesso escolar aos Jovens e Adultos, dando-lhes suporte necessário à continuidade dos aos estudos com perspectivas para seu desenvolvimento social 21 de forma integrada através de políticas sociais como incentivo, ampliando o acesso dos mesmos através do ensino técnico e superior. Para o ensino superior, a ampliação do número de vagas disponibilizadas em instituições de ensino público de qualidade é necessária, bem como, a criação de novas Instituições de Ensino Superior (IES) com a descentralização do acesso e a ampliação de vagas para ensino técnico-profissionalizante, através da criação de novos Institutos Federais de Educação Tecnológica, além de melhorar os mecanismos para acesso ao financiamento estudantil de forma a ampliar o acesso ao ensino superior privado que disponibilizam vagas que deixam de ser preenchidas por dificuldades financeiras para manter as mensalidades. A Educação à Distância (EAD) tem contribuído bastante para ampliar o acesso à Educação e a formação. Este recurso deve ser mais explorado para o acesso à formação superior e qualificação técnica, bem como, servir como ferramenta de apoio pedagógico na Educação Básica, sobretudo no Ensino Fundamental e médio como forma de estimular o desenvolvimento cognitivo com o uso de tecnologias que dão suporte educacional. É importante que sejam realizadas reflexões e análises das informações geradas pelos sistemas de avaliação da Educação Básica, da Educação Superior, seja no âmbito público ou privado através dos sensos e das instituições de ensino superior, como também, a melhoria no planejamento das ações e dos processos de gestão, além da democratização com participação social na formulação das estratégias e fiscalização na execução das políticas educacionais. Conforme o levantamento realizado pelo IGBE em 2009, observa-se que entre os 10 e 14 anos de idade existe uma evasão escolar de quase 40%. Isso prova que a escola precisa delinear as suas políticas públicas em relação à inovação de métodos e técnicas de aprendizado e atração, priorizando o ensino básico. O Censo Demográfico de 2010, mostra é que as prioridades da política educacional devem recair, basicamente, na melhoria de qualidade do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Na década anterior, porém, o governo atirou para todos os lados desperdiçando tempo e dinheiro, por exemplo, com a expansão da rede de universidades federais, programas de cotas sociais e demagógicos projetos de democratização na gestão das instituições de ensino superior. Se tivesse concentrado sua atenção no ensino básico, a esta altura o Censo do IBGE não estaria mostrando que a Educação brasileira continua abaixo dos padrões exigidos por uma economia dinâmica e competitiva. (ESTADÃO, portal eletrônico de notícias, publicado em 20/11/11). Também é preciso melhorar a aproximação do Programa da Saúde na Escola, com o Programa Saúde da Família (PSF) e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) para que prestem assistência efetiva às escolas através de planos de ação individuais e coletivos, com foco na prevenção (Educação em Saúde) e também com atendimentos assistenciais. 22 5 CONCLUSÕES Com base na pesquisa exploratória do Sistema Educacional Brasileiro e sobre suas políticas públicas, através de leitura de alguns documentos sobre Planos, Estratégias e Metas para até o ano 2020, é que foi possível observar e discutir a importância do papel da Educação na formação social dos indivíduos, contribuindo para o desenvolvimento do país. Foi possível perceber a importância das políticas educacionais, que estão direcionadas para os aspectos pedagógicos, investimentos monetários, programas de qualificação, incentivos salariais, bem como, o monitoramento e avaliação com definição de diretrizes e metas, sendo elementos essenciais para os avanços e melhorias no desempenho e qualidade na gestão pública. A criação do IDEB para avaliar as ações do PDE, constitui certamente em uma proposta e metodologia de suporte para que o gestor público possa tomar decisões nas diversas fases da formulação das políticas públicas. Entretanto, é necessário focar novos parâmetros e ações na gestão pública, para isso, é preciso adotar um modelo gerencial com práticas administrativas inovadoras como o planejamento estratégico e ações articuladas, além do uso de tecnologias de informação e produção de conhecimento, objetivando a qualificação dos serviços. Diante da nova conjuntura, o foco da Educação não está em preparar crianças e jovens para um mundo industrial com uma formação meramente tecnicista. A nova realidade requer prepará-los para uma era de grandes e rápidas transformações e progresso através do conhecimento, formando cidadãos integrados ao mercado de trabalho, alinhados às novas tecnologias da informação e comprometidos com o desenvolvimento social do país. Como forma de contribuir com o nosso compromisso e dever acadêmico e social ao finalizar o presente artigo, opina-se que a Educação é a mola propulsora de crescimento do país, para isso, é necessário formular políticas públicas educacionais capazes de conduzir a Educação com qualidade. A nossa metodologia de investigação, limitou-se a uma análise de forma geral e abrangente, sem deixar de salientar que existem vários métodos quantitativos, aritméticos, estatístico e de pesquisa operacional para combinar com as medidas, expressas em diferentes escalas e análises dos dados. Mas, por razões de tempo e custos, o estudo limitou-se a observar alguns indicadores comuns para o Brasil, região do Nordeste, da Paraíba e de forma muito tímida para o município de Patos-PB. Há muito por fazer para que as metas que foram fixadas pelo PNE sejam cumpridas e que o Sistema de Educação do Brasil passe a competir com as economias de primeiro mundo. 23 MINI CURRÍCULO FRANCICLEBER MEDEIROS DE SOUZA Possui graduação em Farmácia pela UFPB, é Especialista em Gestão Pública Municipal pela UFPB, Especialista em Educação, Desenvolvimento e Políticas Educacionais pelas FIP, Especialista em Saúde Pública pelas FIP, Especialista em Saúde da Família pelas FIP. Atualmente concluinte da Especialização em Gestão da Saúde na UEPB e do Mestrado em Ciências da Educação pela ULHT. Profissionalmente atua como Farmacêutico Responsável Técnico em uma Drogaria da REDEPHARMA e ministra aulas nas Especializações de Saúde Coletiva e Saúde da Família nas FIP como professor convidado, ambos em Patos-PB. Tem experiência na área de Educação através da docência no Ensino Técnico e Superior, como também, na área de Saúde com foco na Saúde Pública e Assistência Farmacêutica. Currículo Lattes do CNPq: http://lattes.cnpq.br/3750803733959602. E-mail: [email protected] 24 REFERÊNCIAS BRASIL, Constituição Federal. Constituição Federal de 1988. Brasília: Câmara dos Deputados, 1988. BRASIL, Emenda Constitucional. Emenda Constitucional Nº 59 de 11 de novembro de 2009. Prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da Educação Básica. Brasília, 2009. BRASIL, Ministério da Educação. 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