UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ALINE MARIA DOS SANTOS
TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES
DA EMPRESA AÇOINOX
Biguaçu
2010
ALINE MARIA DOS SANTOS
TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES
DA EMPRESA AÇOINOX
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso
de Administração do Centro de Educação da UNIVALI –
Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de
Bacharel em Administração.
Professor (a) Orientador(a): Rosalbo Ferreira
Biguaçu
2010
ALINE MARIA DOS SANTOS
TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES
DA EMPRESA AÇOINOX
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título
de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do
Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Biguaçu, 21 de Junho de 2010.
Prof. Dr. Rosalbo Ferreira
UNIVALI - CE de Biguaçu
Orientador
Profª. Msc. Engª Ely Teresinha Dionísio
UNIVALI - CE de Biguaçu
Prof. Msc Eng. João Carlos Domingues Carneiro
UNIVALI - CE de Biguaçu
Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a minha mãe, a
meu pai (in memoriam),a meu irmão, meu namorado e
familiares.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a vida, e forças para chegar
até aqui.
Agradeço aos gestores da empresa AçoInox pela atenção, compreensão e
disponibilidade.
Ao orientador Profº. Rosalbo Ferreira, pela sua paciência e competência ao
qual não mediu esforços para a conclusão deste trabalho.
A professora Simone que esteve ao meu lado e me acompanhou em uma
grande parte desse trabalho.
Ao Professor João Carlos, grande amigo e companheiro durante esse período
de estágio.
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por
isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a
cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.
Charles Chaplin.
RESUMO
SANTOS, Aline Maria dos. Proposta de Melhorias no Processo do Controle de
Estoques da Empresa Açoinox. 2010. 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio
(Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010.
O presente trabalho tem a finalidade de demonstrar a importância da administração
de materiais dentro da empresa, e o quanto é essencial para o seu desenvolvimento.
Assim, o principal objetivo desse trabalho foi detectar alguns pontos que precisam
ser revistos na gestão de estoques e propor as devidas melhorias para a empresa
AçoInox Indústria e Comércio Ltda. Foi efetuado um levantamento de dados
primários junto ao colaboradores e os Diretores da empresa, diante desse dados
foram efetuadas as pesquisas documentais e bibliográficas, com o intuito de
encontrar soluções para os problemas detectados no setor de estoque. Logo o
controle de estoque deve ser feito de forma criteriosa, codificando e classificando os
materiais, tentando-se aproximar de um nível de estoque o mais ideal possível,
evitando recurso financeiro parado.
Palavras-Chave: Controle, Organização, Classificação e Codificação.
ABSTRACT
SANTOS, Aline Maria dos. Proposta de Melhorias no Processo do Controle de
Estoques da Empresa Açoinox. 2010. 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio
(Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010.
This paper aims to demonstrate the importance of materials management within the
company, and how essential it is for their development. Thus, the main objective of
this study was to identify some points that need to be reviewed in inventory
management and propose appropriate improvements to the company AçoInox
Industria e Comercio Ltda. We performed a survey of primary data with the
employees and directors of the company, before this data was made the
documentary and bibliographic searches, with the aim of finding solutions to
problems encountered in the stock area. Soon, the inventory control must be done
judiciously, coding and sorting the materials, trying to approach a level of inventory
as possible, avoiding financial resource stopped.
Keywords: Control, Organization, Classification and Coding.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Seleção para a classificação de importância operacional............
32
Tabela 2: Tabela Análise da Curva ABC..........................................................
54
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Comportamento dinâmico do processo de previsão.....................
Figura 2: Características do sistema de controle de estoque máximomínimo................................................................................................................
26
27
Figura 3: Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido.........
29
Figura 4: Classificação por tipo de demanda..................................................
31
Figura 5: Modelo.................................................................................................
33
Figura 6: Sistema americano federal de codificação......................................
34
Figura 7: Gráfico da curva ABC........................................................................
37
Figura 8: Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC..........................
37
Figura 9: Relação anual de materiais utilizados pela empresa.....................
38
Figura 10: Tabela mestra para a construção da Curva ABC..........................
38
Figura 11: Determinação das áreas A, B e C...................................................
39
Figura 12: Empresa Spaço Inox.......................................................................
43
Figura 13: Organograma....................................................................................
43
Figura 14: Fluxograma de Produção................................................................
45
Figura 15: Fotos do Processo de Produção....................................................
46
Figura 16: Fotos do estoque.............................................................................
49
Figura 17: Armazenagem de Matéria-Prima.....................................................
50
Figura 18: Gráfico da classificação dos itens em estoque............................
53
Figura 19: Gráfico de investimentos em estoque...........................................
54
Figura 20: Curva ABC........................................................................................
55
Figura 21: Modelo Balcão Gavetas...................................................................
57
Figura 22: Modelo Quadro de Ferramentas.....................................................
57
Figura 23: Modelo para a armazenagem da matéria-prima............................
58
Figura 24: Modelo Solicitação de Compras.....................................................
59
Figura 25: Modelo Ordem de Compra..............................................................
60
Quadro 1: Modelo para a Confecção da Curva ABC.......................................
36
Quadro 2: Controle de Estoque Mensal...........................................................
51
Quadro 3: Modelo de Classificação e Codificação dos Produtos.................
53
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................
13
1.1 OBJETIVOS...................................................................................................
14
1.1.1 Objetivo geral............................................................................................
14
1.1.2 Objetivos específicos...............................................................................
14
1.2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................
14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................
16
2.1 ESTOQUES...................................................................................................
16
2.2 TIPOS DE ESTOQUE....................................................................................
18
2.2.1 Objetivos dos estoques............................................................................
20
2.2.2 Politicas de estoques................................................................................
23
2.3 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES...............................................................
25
2.3.1 Níveis de estoques....................................................................................
27
2.4 PONTO DE PEDIDO......................................................................................
28
2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS.............................................................
30
2.5.1 Identificação ou especificação................................................................
32
2.5.2 Codificação...............................................................................................
33
2.5.3 Classificação ABC de materiais..............................................................
35
2.6 COMPRAS.....................................................................................................
39
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO/METODOLOGIA..................................
41
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS..........................................................
42
4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA...........................................................................
42
4.1.1 Organograma da empresa........................................................................
43
4.1.2 Atividades desenvolvidas........................................................................
44
4.1.3 Processo de produção..............................................................................
44
4.1.4 Principais clientes.....................................................................................
47
4.1.5 Principais fornecedores...........................................................................
47
4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS......................................................................
48
4.2.1 Atual sistema de controle de estoque.....................................................
48
4.2.2 Classificação e codificação de materiais................................................
49
4.2.3 Classificação ABC.....................................................................................
49
4.2.4 Tipos de estoque.......................................................................................
50
4.2.5 Níveis de reposição de estoque...............................................................
51
5 PROPOSTA PARA ORGANIZAÇÃO...............................................................
51
5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE....................................................
51
5.1.1 Classificação e Codificação dos Materiais.............................................
52
5.1.2 Classificação ABC de materiais...............................................................
53
5.1.3 Estabelecer os níveis de estoques..........................................................
55
5.1.4 Armazenagem............................................................................................
56
5.1.5 Compras.....................................................................................................
58
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................
61
REFERÊNCIAS....................................................................................................
62
ANEXO A.............................................................................................................
64
ANEXO B.............................................................................................................
70
13
1 INTRODUÇÃO
À medida que a organização vem buscando no mercado a posição de
liderança, ela precisa que suas operações sejam confiáveis e eficientes, com isso a
administração da produção e operações se tornam mais importantes do que nunca
neste processo.
O presente projeto de estágio pretende desenvolver uma proposta de
melhoria na área de administração de materiais e estoques para a Empresa Açoinox,
a partir dos conceitos estudados sobre os temas, bem como em suas diversas áreas
pertinentes ao funcionamento do planejamento e controle dos estoques da empresa.
As mudanças dentro da organização nem sempre são bem vindas, mas
precisam ser executadas. Para que haja sucesso, é importante planejar. As pessoas
precisam estar envolvidas e engajadas para o novo rumo que se pretende direcionar
à organização.
A empresa Açoinox está atuando há 10 anos no mercado no ramo de aço e
inox. Hoje, se encontra em processo de reestruturação, devido ao problema
financeiro causado por um dos sócios. A empresa conta como uma estrutura de 30
funcionários, estando divididos em administração, comercial, área técnica,
almoxarifado e produção.
A empresa fabrica toda a linha de produto desenvolvida em aço e inox, desde
guarda-corpo, corrimão, puxadores, pias etc. Sua área produtiva é praticamente
manual, por se tratar de peças únicas. Isso a empresa considera como um ponto
forte: produzir especificamente um único produto de exclusividade de cada cliente.
Seu maior mercado hoje é o ramo da construção civil por utilizar várias peças de aço
e inox em seus acabamentos.
A empresa Açoinox encontra dificuldades em controlar sua área de estoque,
no que diz respeito aos processos de entrada e saída de material.
Desse modo, este estudo pretende responder a seguinte questão: Quais
medidas deverão ser tomadas para melhorar o processo do controle de estoque da
empresa Açoinox?
14
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Propor melhorias no processo de controle de estoques da empresa Açoinox,
localizada em São José – SC, no período de março a julho de 2010.
1.1.2 Objetivos específicos
•
Avaliar o processo de controle de estoques da empresa Açoinox;
•
Identificar o sistema de classificação de materiais;
•
Avaliar e implementar a classificação ABC de materiais;
•
Avaliar os métodos de controle de estoque;
•
Identificar níveis de reposição que atenda as necessidades atuais da
empresa;
•
Diagnosticar dificuldades.
1.2 JUSTIFICATIVA
A administração de materiais, hoje, é vista como um conjunto de informações
necessárias para o bom desenvolvimento da organização. Este conjunto é formado
por recursos físicos capazes de transformar bens e serviços. É importante
administrar bem seus estoques de forma a utilizá-los com eficiência e eficácia.
O sucesso de uma empresa depende da qualidade e produtividade de seus
processos, com a crescente concorrência no mercado consumidor, as empresas
buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras
diferentes de obterem vantagens competitivas.
Logo, a administração de matérias engloba a seqüência de operações,
iniciando na identificação do fornecedor, a compra do bem ou serviço, o recebimento
da mercadoria, o transporte e a armazenagem.
A empresa utiliza recursos que devem ser bem aproveitados, por isso há
necessidade de se ter uma área de estoque bem estruturada.
O trabalho é viável, e bem aceito pelos diretores da empresa, por reconhecer
esta deficiência na organização. O desenvolvimento do trabalho é bem complexo
15
por se tratar de uma área bem específica da administração, mas será possível
executá-lo dentro de um ano.
Assim este trabalho é de total importância para a empresa por se tratar de
melhorias em sua área de estoques.
O acesso à informação é bastante facilitado, pois a acadêmica trabalha na
empresa, permitindo assim obter todas as informações para o desenvolvimento do
trabalho.
Caso a proposta seja aprovada, acredita-se que a empresa poderá reduzir
seus custos de compra e aproveitar melhor os materiais disponíveis em estoque.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A administração de estoques é parte fundamental do ciclo de vida de uma
empresa, é nela que conseguimos controlar as entradas e saídas de materiais, bem
como identificar a demanda de compras.
Antigamente a grande preocupação das empresas eram vender, produzir e
faturar. Depois surgiram preocupações com outras áreas, ficando a área de
materiais totalmente esquecida.
Com o passar do tempo a administração de materiais foi ganhando espaço e
hoje é uma área de extrema importância dentro de qualquer organização, pois se
tem a ciência que a maior parte do capital investido esta no estoque.
A administração de materiais foi evoluindo ao ponto de que as empresas
otimizam os investimentos em estoques, aumentando os controles e minimizando o
capital investido.
A administração de estoques bem executada é de extrema importância para
evitar perdas de investimentos e desperdício de materiais.
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma visão mais abrangente do
processo de administração de estoques, o conceito, tipo de estoques, classificação
de materiais, compras e objetivos da função de compras.
2.1 ESTOQUES
Segundo Moreira (1998, p. 317), “entende-se por estoque quaisquer
quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por
algum intervalo de tempo [...]”.
Quando falamos em estoques, é importante ressaltar que são investimentos
que envolvem vários tipos de itens dos mais diversificados. Porém, há possibilidade
de classificar tais itens em determinados grupos, podendo então o estoque da
empresa ser formado da combinação desses itens básicos (MOREIRA, 1998, p.
317).
Nesse sentido, Viana (2000, p. 144) sustenta que “os estoques são recursos
ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento
destinado a incrementar as atividades de produção e servir os clientes”.
17
Assim, como menciona Moreira, os estoques são investimentos, e Viana
(2000, p. 144) afirma, em outras palavras, que:
A formação de estoques consome capital de giro, que pode não estar
tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado,
pode ser necessitado com urgência em outro segmento da empresa,
motivo pelo qual o gerenciamento deve projetar níveis adequados,
objetivando manter o equilíbrio entre estoque e consumo.
Nesta mesma linha de pensamento, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 469)
afirmam que o “estoque pode ser definido como a quantificação de qualquer item ou
recurso usado em uma organização”.
Antigamente, víamos os estoques como um ativo da empresa, hoje esta visão
está mudando, ou seja, não é mais aceita, devido ao fato de que o ciclo de vida dos
produtos estarem se tornando cada vez menor, pois manter estoques está se
tornando cada vez mais caro (DAVIS, AQUILANO e CHASE 2001, p. 468).
Ou seja, Ritzman e Krajewsk, ( 2004, p. 316) sustentam que os estoques são
importantes tanto para os funcionários quanto para organização, e que toda
organização, por menor que seja, deve ter o sistema de estoques implantado. Os
estoques estão envolvidos em todas as operações diárias da empresa, por isso o
mesmo deve ser utilizado tanto para controle gerencial como melhor atendimento ao
cliente. Não sendo diferentes das demais organizações os estoques requerem
investimentos, sejam eles de produtos ou maquinários, porém representam uma
saída de fluxo de caixa com retorno futuro.
Dessa forma, Martins e Alt, (2000, p. 133) destacam que os estoques nas
organizações são mais antigos que o próprio estudo da administração. Por se tratar
do controlador das empresas, tanto nas áreas de produção, vendas, fluxo de caixa e
investimentos os estoques são ferramentas importante para o gerente ao qual
auxiliam nas tomadas de decisões.
Os mesmos autores salientam ainda que as empresas, hoje em dia devem
procurar uma vantagem competitiva frente aos seus concorrentes, e uma grande
oportunidade de atendê-los com agilidade na hora certa e quantidade desejada. Este
é um grande desafio da administração de estoques eficaz.
Nesse sentido, Arnold (1999, p. 265) diz que “os estoques são materiais e
suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para
fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção”.
18
Arnold (1999, p. 265) salienta ainda que, administração de estoques é
responsável pelo controle e planejamento dos estoques, desde a compra da
matéria-prima até o produto final entregue aos clientes.
A função de estoques é importante para os gerentes em todos os tipos de
organização, pois auxilia no desafio de controlar para não diminuir os estoques para
redução dos custos e ter estoques suficientes para atender as demandas, ou seja, a
arte de administrar estoques está em administrar bem o capital de giro e ter estoque
suficiente para atender as prioridades competitivas da empresa (RITZMAN e
KRAJEWSKI, 2004, p. 294).
Nesse mesmo sentido, salientam Martins e Alt (2000 p. 138) que os gerentes
quando administram os estoques, estão cuidando de uma parcela do ativo da
empresa, por a importância de se obter um setor de estoques, para cuidar e gerir
melhor o controle dos produtos e materiais.
Em outras palavras, Pozo (2002 p. 33), complementa que a “função da
administração de estoques é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área
logística da empresa, e com grande efeito dentro dos estoques”.
Além disso, Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997 p. 381)
destacam que os estoques são definidos através de um acumulo e armazenagem de
materiais prontos para a transformação.
2.2 TIPOS DE ESTOQUES
Os estoques têm a função de controlar e regulamentar o fluxo de entrada e
saída de mercadorias das empresas, mantendo o processo de produção ou
suprimentos funcionando sem interrupções, envolvendo não só os estoques de
matérias-primas e auxiliares, como também os intermediários e os de produtos
acabados (POZO, 2002, p. 36).
De forma mais abrangente Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston
(1997, p. 383), comentam que “não importa o que está sendo armazenado como
estoque, ou onde ele está posicionado na operação; ele existirá porque existe uma
diferença de ritmo entre fornecimento e demanda”.
Para Pozo (2002, p.36), existem vários tipos ou nomes de estoques, podendo
ou não ser “mantidos em um ou diversos almoxarifados”. Com isso ele destaca que
há cinco tipos de almoxarifados dentro das empresas, sendo: almoxarifado de
19
matéria-prima; almoxarifado de materiais auxiliares; almoxarifado de manutenção;
almoxarifado intermediário e almoxarifado de acabados.
Assim, Pozo (2002, p. 36), destaca que se entende por matéria-prima o
material básico que irá sofrer transformação dentro da produção.
Segundo Viana (2000, p. 53), estoques de matérias-primas são “materiais
básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo
produtivo da empresa”.
Na mesma perspectiva Martins e Alt (2000, p. 136), comentam que são todos
os insumos transformados em produtos acabados.
Sendo assim, Dias (1993, p. 28), comenta dizendo que “são os materiais
básicos e necessários para a produção do produto acabado”.
Quando falam de materiais auxiliares, Pozo (2002, p.36), afirma que são os
materiais que fazem parte do processo de transformação da matéria-prima dentro da
fábrica.
Na mesma linha, Viana (2000, p. 53), quer dizer que os materiais encontrasem em processamento de transformação, ou seja, não é mais matéria-prima, porém
ainda não é um produto acabado, está no meio destes dois processos.
Assim Martins e Alt (2000, p. 136), complementam que os estoques de
materiais auxiliares “são os materiais que começaram a sofrer alterações, sem,
contudo, estar finalizados”.
Dias (1993, p.29), destaca que os materiais auxiliares são todos aqueles que
estão em processo de fabricação, ou seja, estão passando por um processo de
transformação dentro da sua área fabril.
Para o conceito de estoques de materiais de manutenção Pozo (2002, p.36),
destaca que são as peças que servem para a manutenção dos equipamentos
utilizados para a fabricação dos materiais.
Dias (1993, p. 30), destaca que para este tipo de estoque deve manter a
“mesma importância dada à matéria-prima deverá ser dada a peças de
manutenção”. Pois uma máquina quebrada e sem peça para reposição, acresce a
perda de rendimento da produção e atrasos nas entregas dos produtos fabricados.
No que diz respeito ao estoque de material intermediário, Pozo (2002, p.37),
destaca como sendo os materiais que se encontram em processo de transformação,
ou seja, estão estocados para ser alocados e compor o produto final.
20
Em outras palavras, Dias (1993, p. 29), afirma que são os estoques que estão
em processo de transformação, porém “eles são, em geral, produtos parcialmente
acabados que estão em algum estágio intermediário de produção”.
E por fim os estoques de produtos acabados, Pozo (2002, p. 37) conceitua
que os estoques de produtos acabados, nada mais do que os materiais que estão
prontos, e a disposição para ser entregue ao cliente final, acrescenta ainda que, “o
resultado do volume desse estoque é função da credibilidade de atendimento da
empresa e do planejamento dos estoques de matéria prima e em processos.”
Assim, nessa mesma linha, tanto Viana (2000, p. 53), como Martins e Alt
(2000, p. 136), afirmam que são os itens acabados, prontos para ser entregues aos
clientes.
Além disso, Dias (1993, p. 29), complementa que os estoques de produtos
acabados “consiste em itens que já foram produzidos, mas ainda não foram
vendidos”.
2.2.1 Objetivos dos estoques
Hoje as organizações matem estoques por diversas razões, os quais podem
incluir segundo Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), para se protegerem da
incerteza, para dar suporte a um plano estratégico e obter vantagens da economia
de escala.
Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), afirmam que as empresas para se
protegerem da incerteza, administram os estoques examinando a incerteza em três
níveis:
A primeira é com relação à matéria-prima que gera a necessidade do
estoque, neste caso a incerteza é sobre o tempo de entrega, que varia entre os
atrasos ocorridos e a quantidade da matéria-prima recebida;
A incerteza também ocorre no processo de transformação da matéria-prima,
nesta fase os estoques sofrem alteração existente no processo, ao qual fornecem
autonomias entre as operações e com isso aprimorando a eficiência;
E finalmente a incerteza quanto à demanda pelos produtos, pois se a
demanda fosse conhecida antes, seria possível produzir de acordo com a
necessidade e demanda. Porém é normal que a demanda não seja conhecida antes,
por isso à necessidade da empresa possuir um estoque de segurança dos produtos.
21
Dessa forma, Moreira (1998, p. 319), conta como sendo incerteza a falta de
matéria-prima e a dificuldade de negociação e de compras das mesmas, e a
variação em relação da demanda do produto acabado. Vale ressaltar também, que
existem certos prazos entre a negociação do pedido até a entrega da matéria-prima,
ao qual é chamado de tempo de espera, ou seja, a mercadoria não chegou à data
certa acaba gerando atraso na entrega do produto final. Por isso, levando em
considerações todos estes pontos, é destacada a importância e a necessidade de se
manter o estoque de segurança, ao qual sua principal função e atender a empresa
nestes imprevistos citados acima.
Assim, Arnold (1999, p.271) complementa que:
Os estoques ajudam a maximizar o atendimento aos clientes,
protegendo a empresa da incerteza. Se fosse possível prever
exatamente o que os clientes querem e quando um plano seria feito
para satisfazer à demanda sem incertezas. Entretanto, a demanda e
o lead time necessários para produzir um item são sempre incertos,
possivelmente resultando em esvaziamentos de estoque e na
insatisfação dos clientes. Por esses motivos, pode ser necessário
manter estoques extras para proteger a organização das incertezas.
Esse tipo de estoque chama-se estoque de segurança.
Na mesma concepção, Ritzman e Krajewski (2004, p. 307) dizem que a
demanda e o tempo de espera às vezes pode não contar com os imprevistos tanto
na compra da matéria-prima como nos prazos de entrega, muito menos com a
demanda dos produtos, por isso a necessidade do estoque de segurança.
Complementando, Viana (2000, p.148) afirma que o processo de compras vai
desde a obtenção do pedido até a data efetiva do recebimento, porém gera duas
variáveis, para alguns itens esse tempo é constante, para outros existe uma variação
que pode ser aleatória ou regular dependendo da demanda. Sendo assim ele
destaca também a importância do estoque de segurança.
Dessa forma, Martins e Alt (2000, p.137) entendem que o estoque de
segurança se faz necessários, para atender a demanda dos clientes juntamente com
possíveis atrasos dos fornecedores.
Outro objetivo do estoque é dar suporte a um plano estratégico Davis,
Aquilano e Chase (2001, p.470) destacam a importância do planejamento agregado
e uma estratégia de estoque para atender a capacidade constante a demanda dos
produtos acabados. Sendo assim quando a demanda excede a produção, os itens
22
faltantes para cobrir são retirados do estoque e quando ela for menor que a
produção é recolocada no estoque.
Na mesma linha de pensamento, Ritzman e Krajewski (2004, p. 304)
concordam com os autores Davis, Aquilano e Chase, porém acrescenta que para dar
suporte a um plano estratégico de estoque há também a necessidade de um sistema
de revisão continua dos produtos acabados, pois acompanha o estoque
remanescente dos produtos e a item retirado é efetuada uma nova requisição a fim
de determinar a necessidade de compras e reposição.
Assim, Moreira (1998, p. 319) acrescenta que os estoques cobrem as
mudanças previstas no suprimento e na demanda dos produtos, sendo que as vezes
o estoque é alto esperando os frutos de uma campanha promocional, ou as vezes
por ter dificuldades de abastecimento do estoque.
Já para Arnold (1999, p. 271) diz que para traçar um bom planejamento
estratégico o principal é pensar no atendimento ao cliente, ou seja, satisfazer suas
necessidades. Nessa linha, alguns controles de estoque podem se basear na
porcentagem de pedidos ou por pedidos que saem do estoque por dia, porém
acrescenta que sobrando material o mesmo retorna ao estoque.
Quanto ao que diz respeito obter vantagens da economia de escala, Moreira
(1998, p. 319) afirma que para a empresa torna-se mais barato comprar e produzir
em certas quantidades, que são excessivos para a necessidade do momento no que
levará a manutenção dos estoques. Acrescenta a vantagem da produção em lote, de
poder utilizar as mesmas máquinas para produzirem vários produtos. Sendo que “a
cada novo produto ou item produzido numa dada máquina pode exigir um tempo de
preparação ponderável; produzindo-se em lotes, o custo dessa preparação é
dividido por muitas unidades de mercadoria”. E no caso de materiais comprados pela
empresa, à compra feita em lotes a oportunidade de negociação é mais fácil e
melhor de conseguir descontos, pois a quantidade comprada é significativa.
Assim, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470) acrescentam que “cada vez
que liberamos uma ordem ou fazemos uma preparação (setup) para executar uma
operação, incorremos num custo fixo, independente da quantidade envolvida”.
Sendo assim, quanto maior for à quantidade, menor será o custo. Além do que as
empresas oferecem maiores descontos para quantidades compradas em lotes,
sendo um incentivo para que os clientes automaticamente convencidos pela oferta
de uma boa negociação comprem mais.
23
Dessa forma, Davis, Aquilano e Chase (2001, p.470) chamam a atenção
também para a área produtiva interna, incentivando a produção em lotes, reduzindo
os custos, pois não há necessidade de parar para a cada instante, para
reprogramação das máquinas para produção de determinados produtos, assim
afirma que a empresa economizará em mão de obra e tempo ocioso.
Em poucas palavras, Martins e Alt (2000, p.137) afirmam que “os custos são
tipicamente menores quando o produto é fabricado continuamente e em quantidades
constantes”.
Nesse sentido, Arnold (1999, p. 273) acrescenta que o custo de preparar um
produto é fixo, ou seja, é o mesmo custo que terá em grande quantidade, porém
diante destes fatos, quanto mais quantidades forem produzidas a cada vez, o custo
médio por unidade será mais baixo. Dessa forma “os estoques permitem que a
produção compre em quantidades maiores, o que resulta na redução de custos de
pedidos por unidade e em descontos sobre a quantidade”.
Pozo (2002, p.34), complementa que os objetivos dos estoques está ligado a
uma boa administração de materiais, ou seja a importância de planejar o consumo
de materiais atendendo a necessidade da produção, aplicando a melhor forma de
custos dos estoques.
2.2.2 Políticas de estoque
A função de planejar e controlar os estoques visa estabelecer certos padrões
que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para
medir a desempenho do departamento de gestão de estoques.
Para Pozo (2002, p.35), cabem ao setor de estoques os controles das
necessidades e demanda do processo produtivo, dando o suporte e evitando a falta
de materiais, sendo que “nosso objetivo é demonstrar quão importante é o
planejamento de estoque para o resultado final financeiro de uma empresa, e
visualizar seu alto impacto no custo do produto”.
Segundo Viana (2000, p.169) a decisão de manter estoques nas empresas
passa por uma série de variáveis, sendo que o ideal é o “estoque zero”, passando
para o fornecedor todos os custos de manutenção, armazenagem e capital
imobilizado.
24
Assim Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), falam que, com “relação aos
estoques, os seguintes custos devem ser levados em consideração: custo de
manutenção, custo de preparação ou pedido e custo de falta de estoques”.
Nessa linha os autores Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470) falam que os
estoques de manutenção são divididos em três segmentos: “custo de armazenagem,
custo de capital e custos de obsolescência/redução”.
Dessa forma para Moreira (1998, p.321) quanto ao custo de armazenagem o
mesmo inclui todos os custos referentes ao espaço ocupado pelo estoque, ou seja,
este custo existe apenas porque o material foi estocado. Já para o custo de capital o
autor afirma que é o investimento em estoque, a soma de qualquer do dinheiro
indisponível para qualquer atividade fora da produção. Sendo que o custo do capital
é diretamente proporcional ao investimento no estoque. Para o custo de
obsolescência o autor comenta que o material tende a perder seu valor.
No que diz respeito ao custo de armazenagem, Davis, Aquilano e Chase
(2001, p.470) falam que os mesmo estão incluso o custo das instalações onde fica
armazenado os estoques na forma de aluguel ou depreciação, os seguros, as taxas
e o pessoal de apoio. Quanto ao custo de capital, os mesmo podem variar levando
em consideração as condições financeiras da empresa, ou seja, “se a empresa tem
que fazer empréstimos para manter o estoque, então o custo de capital é o juro pago
nestes empréstimos”. Já para o custo de obsolescência os produtos tende a
depreciar seus valores com o passar dos anos.
Seguindo o mesmo pensamento, Arnold (1999, p.274) acrescenta que o
“armazenamento do estoque requer espaço, funcionários e equipamentos. À medida
que aumenta o estoque, aumentam também esses custos”. Quanto ao custo de
capital, este se encontra aplicado nos estoques, não estando disponível para utilizar
em outras áreas, isso ele considera como um custo de oportunidade perdida. No que
diz respeito ao custo de obsolescência, o autor comenta sobre “a perda do valor do
produto resultante de uma mudança no modelo no estilo, ou do desenvolvimento
tecnológico”.
Para Pozo (2002, p.38), devido às dificuldades que as empresas passam nos
dias de hoje para manter o capital de giro, logo preferem manter o mínimo possível
de estoques, até mesmo porque o custo para armazenagem é muito alto.
No que diz respeito ao custo de preparação ou de pedido, Davis, Aquilano e
Chase (2001, p.471) salientam que estes custos são fixos, estando ligados a
25
produção interna ou liberação do pedido “para fabricação externa para um
fornecedor”. Estes custos são independentes das quantidades que são requisitadas.
Para Moreira (1998, p. 320), o custo por pedido nada mais é do que a soma
de todos os custos incorridos, desde o momento em que o pedido é efetuado até o
momento em que é estocado.
Segundo Pozo (2002, p. 37), o custo de pedido é gerado a cada requisição de
material ou um pedido emitido, sendo que nesse processo estão inclusos os custos
fixos e variáveis. Os custos fixos ficam ligados diretamente a emissão dos pedidos e
as pessoas envolvidas a ele, já nos custos variáveis “consistem nas fichas de
pedidos e nos processos de enviar esses pedidos as fornecedores, bem como, todos
os recursos necessários para tal procedimento”.
Nesse sentido para Arnold (1999, p. 275), os custos de pedidos estão ligados
à emissão de um pedido, seja ele para fábrica ou para o fornecedor, ele não
depende da emissão do pedido ou da quantidade pedida.
Quanto ao custo da falta de estoques, Moreira (1998, p.321), comenta que
estes custos refletem as conseqüências econômicas, pois são vendas que deixam
de ser efetuadas, bem como a demora da entrega dos pedidos aos clientes.
Para Davis, Aquilano e Chase (2001, p.471):
Quando um estoque de um determinado item é exaurido, e um
cliente pede aquele produto, então incorre um custo de escassez.
Este custo normalmente e a soma do lucro perdido e de qualquer má
vontade gerada. Existe uma compensação entre manter um estoque
para satisfazer a demanda e os custos resultantes de falta de
estoques. Algumas vezes, é difícil de obter este balanço, uma vez
que pode não ser possível estimar com precisão os lucros perdidos,
os efeitos dos clientes perdidos, ou as penalidades posteriores.
Assim, Pozo (2002, p. 38), complementa que quanto ao custo da falta de
estoques, pode ser tão alto quanto manter um elevado estoque armazenado, pois o
atraso na entrega do material ao cliente pode gerar multas por atraso e afetar a
imagem da empresa junto ao mercado consumidor.
2.3 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES
No que diz respeito à previsão de estoques, Pozo (2002, p. 46) afirma que
normalmente as informações das quantidades a serem mantida em estoques são
26
obtidas através do departamento de vendas, onde os mesmos coletam sobre a
demanda de mercado das vendas.
Para Dias (1990, p. 31), o estudo de estoques está baseado em previsões de
consumo de material. Esta previsão de demanda estabelece estimativas futuras dos
produtos acabados e que serão comercializados pela empresa. “Assim devemos
considerar duas categorias de informações a serem utilizadas; quantitativas e
qualitativas”.
Segundo Pozo (2002, p.46), as informações quantitativas se referem às
quantidades ou volumes decorrentes de situações que podem afetar a demanda:
Influencia da propaganda;
Evolução das vendas no tempo;
Variações decorrentes de modismos;
Variações decorrentes da situação econômica;
Crescimento populacional.
Para as informações qualitativas Pozo (2002, p.46), destaca que são as
informações obtidas através de pessoas confiáveis e com alto grau de conhecimento
do assunto, esses valores confiáveis das variáveis, podem afetar a demanda:
Opinião de gerentes;
Opinião de vendedores;
Opinião de compradores;
Pesquisa de mercado.
Dias (1990, p. 32), demonstra a seguir uma forma esquemática de
representação do comportamento dinâmico do processo de previsão:
HISTÓRICO DO
CONSUMO
ANÁLISE DO HISTÓRICO
DO CONSUMO
FORMULAÇÃO DO
MODELO
OUTROS FATORES
INFORMAÇÕES DIVERSAS
AVALIAÇÃO DO MODELO
GERAÇÃO DE PREVISÃO
Decorrido um período
PREVISTO COMPRADO
COM REALIZADO
CONTINUAMOS COM A
PREVISÃO INICIAL
Modelo ainda valido
Modelo não valido
= Previsão confirmada
CORREÇÃO DA
PREVISÃO
27
Figura 1: “Comportamento dinâmico do processo de previsão”.
Fonte: Dias (1990, p. 32).
Pozo (2002, p.47), conclui que diante do exposto anteriormente, as
informações qualitativas e quantitativas, não são suficientes, sendo necessária a
utilização, em conjunto, de modelos matemáticos que nos levará a uma melhor
precisão dos dados desejados, na busca de minimizar os custos envolvidos e
otimizar os resultados pretendidos.
2.3.1 Níveis de estoques
Para Pozo (2002, p. 58), é de extrema importância a determinação do nível de
estoque para a empresa, pois os custos de estoques são compostos por diversos
fatores, como a movimentação e a utilização dos recursos financeiros. Assim sendo,
para uma boa manutenção dos níveis de estoque denominamos de “sistema
máximo-minimo”.
Na mesma concepção Dias (1995, p. 128), confirma que para obter uma boa
manutenção dos níveis de estoques é necessário usar o sistema de máximo e
mínimo.
Sendo assim para melhor entendimento do sistema máximo-minímo Pozo
(2002, p. 58), demonstra através da figura abaixo:
Figura 2: “Características do sistema de controle de estoque máximo-mínimo”
Fonte: Pozo (2002, p. 58).
Onde: TR = Tempo de Reposição da peça
28
PP = Ponto de colocação de um Pedido de Compra
LC = Quantidade a ser comprada para repor estoque
Emax = Volume máximo de peças de estoque
Emax = Volume máximo de peças em estoque
Emin = Volume mínimo de peças em estoque.
No que diz respeito ao estoque máximo, Viana (2000, p. 149) destaca como
sendo a quantidade máxima permitida para um item de estoque, sendo que seu
principal objetivo é identificar a quantidade de reposição através do estoque virtual.
Pozo (2002, p. 60), destaca que o estoque máximo, é calculado a partir de
dados encontrados no estoque de segurança e no lote de compra, é utilizado para
informar sobre as diminuições de consumo e a antecipação de entregas, deve ser
assegurado que a cada novo lote, o nível de estoque não cresça, elevando os
custos de manutenção de estoques, sendo utilizado a seguinte fómula: EMAX = ES
+ LC.
Para o estoque mínimo também conhecido como estoque de segurança,
Viana (2000, p. 150), afirma que é o estoque de produto para suprir determinado
período, alem do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo possíveis
atrasos na entrega por parte do fornecedor e garantindo o andamento do processo
produtivo caso ocorra um aumento na demanda do item.
Dias (1990, p. 64), acrescenta que o estoque mínimo, é a quantidade
necessária para estar em estoque, evitando atrasos e faltas no processo produtivo
bem como na entrega do produto junto aos clientes.
Na mesma concepção, Martins e Alt (2000, p. 201), afirma que é importante
obter o estoque mínimo, essa quantidade mínima se destina a cobrir os atrasos de
reposição por parte do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que o produto não
irá faltar.
Concluindo Pozo (2007, p.66), nos diz que o estoque mínimo ou estoque de
segurança realmente se destina a suprir um atraso do fornecedor na entrega do
material, evitando assim problemas no processo produtivo e na entrega do produto
ao cliente.
2.4 PONTO DE PEDIDO
Na concepção de Dias (1990, p. 61) os pedidos de compra devem ser
emitidos quando as quantidades estocadas atingirem níveis suficientes apenas para
29
cobrir o estoque de segurança à quantidade mínima que deve existir em estoque,
destinada a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, mantendo o fluxo regular de
produção e os de consumo previstos para o período correspondente ao prazo de
entrega dos fornecedores.
Sendo que o saldo do estoque é suficiente até o tempo de reposição,
destacado pela seguinte fórmula: PP= CxTR+E.Mn onde:
PP Ponto de Pedido
C Consumo Médio Mensal
TR Tempo de Reposição
E.Mn Estoque Mínimo
O gráfico a seguir representa o tempo de reposição.
E.Mx
1.
Emissão do pedido
2.
Preparação do pedido
3.
Transporte
PP
1
2
3
EM
TR
Figura 3: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”.
Fonte: Dias (1990, p. 61).
Segundo Pozo (2002, p.59), ponto de pedido é o estoque que temos de uma
determinada peça, e que nos da à confiança de não atrasarmos o processo
produtivo até a efetiva entrega do novo lote de compra. Em resumo quando o
material atinge o ponto de pedido “deveremos fazer o ressuprimento de seu estoque,
colocando-se um pedido de compra”. Para o calculo de pedido deve-se utilizar a
seguinte fórmula: PP= (CXTR)+ ES, onde:
PP Ponto de Pedido
C Consumo normal da peça
TR Tempo de reposição
ES Estoque de segurança
Martins e Alt (2000, p. 101), complementam que “é o mais popular método
utilizado nas fabricas e consiste em disparar o processo de compra quando o
estoque de um certo item atinge um nível previamente determinado”. Destaca o
30
calculo da seguinte formula: Ponto de pedido = consumo médio X tempo de
atendimento.
Na mesma concepção Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997,
p. 399), destacam a importância do tempo de reabastecimento do material ser eficaz
juntamente com o estoque de segurança, evitando qualquer ocorrência de falta de
material no processo produtivo, logo atraso nas entregas aos clientes.
Assim, Bertaglia (2003, p. 334), destaca que o sistema do ponto de pedido é
conhecido como pedido com quantidade fixa, ou seja, quando acontecer um
processo de retirada do estoque ele vai avaliar se é necessário fazer a reposição
daquele determinado item no momento.
2.5 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
Segundo Viana (2000, p. 51), a classificação de materiais é um processo de
aglutinação
de
materiais
por
características
semelhantes.
O
sucesso
no
gerenciamento de estoques depende, em grande parte, de classificar os materiais
da empresa. Dependendo da situação, serve também de processo de seleção para
identificar e decidir prioridades. Para se obter uma boa classificação de materiais
demos considerar alguns atributos básicos, como a abrangência, flexibilidade e a
praticidade.
Dias (1995, p. 177), complementa que a classificação de materiais deve ser
feita de forma clara e fácil de identificar não havendo possibilidades de confundir
com outro material de forma semelhante.
Assim Gonçalves (2004, p.258), afirma que a classificação de materiais tem
por finalidade agrupar os produtos por grupo, facilitando a organização e a
padronização da estocagem dos mesmos.
Viana (2000, p.52), destaca os tipos de classificação de materiais, “para
atender as necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie as
várias formas de classificação”, destaca como sendo a principal por tipo de demanda
subdividida em Materiais de estoques e Materiais não de estoque.
31
Figura 4: “Classificação por tipo de demanda”.
Fonte: Viana (2000, p.52).
Para os materiais de estoques Viana (2000, p. 52), comenta que deve ser
mantido com base na demanda prevista e de importância para a empresa.
O mesmo autor (2000, P. 52), fala que os materiais mantidos em estoques
são classificados em:
a Quanto a aplicação e b quanto ao valor de consumo anual e c
quanto a importância operacional;
a1 materiais produtivos;
a2 matérias-primas;
a3 produtos em fabricação;
a4 produtos acabados;
a5 materiais de manutenção;
a6 materiais improdutivos;
a7 materiais de consumo geral.
b 1 materiais A, grande valor de consumo;
b2 materiais B, médio valor de consumo;
b3 materiais C, baixo valor de consumo;
c1 materiais X, aplicação não importante;
c2 materiais Y, importância média;
c3 materiais Z, importância vital.
32
Indagações
Classificação
Material é imprescindível
Equipamento é da
Material possui
ao equipamento?
linha de produção?
similar?
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Não
Sim
Não
Sim
X
Sim
Não
Não
X
Não
Não
Não
X
Não
Não
Sim
X
Não
Sim
Não
X
Não
Sim
Sim
X
X
Y
Z
Y
Z
Tabela 1: “Seleção para a classificação de importância operacional”
Fonte: Viana (2000, p. 52).
Para os materiais não de estoque Viana (2000, p. 55), destaca como sendo
materiais de ressuprimento automático, ou seja, devem ser comprados para
utilização imediata, “poderão ser comprados para utilização posterior, em período
determinado pelo usuário, ficando, nesses casos, estocados temporariamente no
almoxarifado”.
Para Dias (1990, p.161), “o objetivo da classificação de materiais é definir
uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e
codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa”.
2.5.1 Identificação ou Especificação
Viana (2000, p.74), define identificação como sendo a “descrição das
características de um material, com a finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus
similares”. Complementa ainda que o sucesso do processo depende das seguintes
condições:
Existência de catalogação de nomes, que deve ser padronizada;
Estabelecimento de padrões de descrição;
Existência de programa de normalização de materiais.
Gonçalves (2004, p.258), destaca como sendo a identificação, dos registros
dos principais dados para caracterizar cada item.
O mesmo autor (2004.p.260), comenta que a identificação do cadastro
significa o registro do item em um sistema em banco de dados com toda sua
33
característica. Assim faz a inclusão do item no cadastrado de materiais, se houver
necessidade ou o item sofrer qualquer modificação deverá ser alterado no cadastro,
e se a empresa e não trabalhar com aquele determinado item o mesmo deverá ser
excluído da base de dados, ficando assim um sistema sempre atualizado e enxuto.
2.5.2 Codificação
Viana (2000, p.93) comenta que as empresas de um modo geral se
preocupam em identificar os materiais de forma a facilitar a localização, bem como
os controles. Sendo assim o mesmo destaca abaixo o objetivo de ter uma boa
codificação e classificação dos materiais sendo suas vantagens:
•
•
•
•
Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a
materiais e compras;
Evitar a duplicidade de itens no estoque;
Permitir a padronização de materiais;
Facilitar o controle contábil dos estoques;
Assim para Martins e Alt (2000, p. 220), a codificação na maioria da empresas
é conhecida com o nome de controle do ativo fixo imobilizado, sendo sua principal
função controlar, registrar, codificar todos os bens, destacados como bens
imobilizados passíveis de depreciação conforme mostra figura 3
Figura 5: “Modelo”.
Fonte: Martins e Alt (2000, p. 221).
Sendo assim Dias (1995, p.179) comenta que esta classificação é chamada
“definidora”, quando tornar necessário qualquer material, ou seja, “basta que
informemos os números das três classificações que obedecem à seguinte ordem”:
•
Número da classificação geral 05
•
Número da classificação individualizadora 02
34
•
Número da classificação definidora 03
O mesmo autor (1995, p.179), destaca ainda que o sistema numérico pode ter
uma extensão enorme e com variações muito grande, segue o exemplo na figura 2,
do sistema americano Federal Supply classification
Figura 6: “Sistema americano federal de codificação”
Fonte: Dias (1995, p.179).
Pozo (2007, p.198), destaca que “na codificação dos materiais e bens,
poderemos usar dois sistemas; um o alfanumérico e o outro o numérico”. Assim
observa que o sistema numérico também é chamado decimal, é o melhor e mais
utilizado método de codificar os materiais e bens patrimoniais, em razão de sua
simplicidade e de sua infinita possibilidade de informações.
Viana (2000) afirma que, “da combinação codificação e especificação obtémse o catálogo de materiais da empresa”, sendo assim, os planos de codificação
dividem os materiais em grupos e classes, ou seja:
a. grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com
numeração de 01 a 99;
b. classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo,
numerando-os de 01 a 99;
c. número identificador: qualquer que seja o sistema, há necessidade
de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a
999, reservada para numeração correspondente de identificação;
d. dígito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a
criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de
identificação pelo programa.
O
sistema
de
codificação
selecionado
deve
possuir
as
seguintes
características (VIANA, 2000):
a. expansivo: o sistema deve possuir espaço para a inserção de
novos itens e para a ampliação de determinada classificação;
b. preciso: o sistema deve permitir somente um código para cada
material;
c. conciso: o sistema deve possuir o número possível de dígitos para
definição dos códigos;
35
d. conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de
fácil aplicação;
e. simples: o sistema deve ser de fácil utilização.
2.5.3 Classificação ABC de materiais
Arnold (1999, p. 284), afirma que a classificação ABC permite identificar os
itens de estoque que necessitam de atenção maior em razão da representatividade
de cada um em relação aos seus investimentos feitos em estoques.
A curva ABC é um instrumento de grande valia para os administradores, pois
consegue identificar os itens que necessitam de atenção e melhor tratamento
adequado. Obtemos a curva ABC através da ordem dos itens descrito a sua
importância relativa (DIAS, 1990, p. 86).
Nesse sentido, Pozo (2002, p.85), acrescenta que a Curva ABC, é de
importante utilidade nos mais diversos setores da administração e principalmente
para as tomadas de decisões “envolvendo grande volume de dados e a ação tornase urgente”, sendo seu grande mérito a classificação dos itens de estoques em
critérios ou classes.
Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997, p. 401), destacam que
em qualquer empresa que possua mais de um item em estoques, sempre vai haver
um que é mais importante que o outro ou tem maior valor, logo a necessidade de
usar a curva ABC, onde apontará estes tipos de materiais.
Para Ballou (1995, p.97), “o conceito de curva ABC deriva da observação dos
perfis de produtos em muitas empresas – que a maior parte das vendas é gerada
por relativamente poucos produtos da linha comercializada”.
Assim, Dias (1995, p.87), comenta que a após a ordenação dos itens pela sua
importância relativa, “as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes
maneiras”:
•
Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser
tratados com uma atenção especial pela administração.
•
Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as
classes A e C.
•
Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam
pouca atenção por parte da administração.
36
QUADRO. Modelo para a confecção da curva ABC.
1
Necessidade da Curva ABC
Discussão Preliminar
Definição dos Objetivos
2
Verificação das Técnicas para Análise
Tratamento de Dados
Cálculo Manual, Mecanizado ou Eletrônico
3
Obtenção da Classificação: Classe A
Classe B e Classe C sobre a Ordenação Efetuada
Tabelas Explicativas e Traçado do Gráfico ABC
4
Análise e Conclusões
5
Providências e Decisões
Quadro 1: “Modelo para a confecção da curva ABC”.
Fonte: Dias (1995, p.87).
Martins e Alt (2000, p. 162), comentam que é de extrema valia o uso da
classificação ABC de materiais, pois consiste verificar a movimentação do estoque
em certo período, tanto no consumo como na parte financeira, podendo os itens ser
classificados em ordem de importância.
Viana (2000, p.64) destaca que de uma forma mais abrangente a metodologia
de cálculo da curva ABC, é essencial aplicar de acordo com o nível de prioridade
que venha apresentar dentro do processo. Conforme a curva ABC, as tarefas devem
ser separadas em três níveis distintos, ressaltando a sua importância.
Martins e Alt (2000, p.164) demonstram “pela curva ABC, 20% dos itens
(classe A) representam 60% dos gastos, 26,67% dos itens (classe B) correspondem
a 25% dos gastos, e 53,33% dos itens (classe C) resultam em apenas 15% dos
gastos”. Os autores complementam ainda, que a curva ABC é uma das ferramentas
mais simples de enxergar o desenvolvimento dos estoques, sendo os itens
classificados em ordem decrescente da sua importância.
O gráfico a seguir, apresenta um exemplo de curva ABC.
37
Figura 7: “Gráfico da curva ABC”.
Fonte: Viana (2009, p. 65).
Para Viana (2009, p.65), a interpretação do gráfico da figura acima, conduznos ao resumo abaixo:
CLASSE
% QUANTIDADE DE ITENS
% DE VALOR
A
5
75
B
20
50
C
75
5
Figura 8: “Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC”
Fonte: Viana (2009, p. 65).
Interpretando os resultados obtidos, pode afirmar que:
a.
a classe A representa o grupo de maior valor de consumo
e menor quantidade de itens, que devem ser gerenciados com
especial atenção;
b.
a classe B representa o grupo de situação intermediária
entre as classes A e B;
c.
a classe C representa o grupo de menor valor de
consumo e maior quantidade de itens, portanto financeiramente
menos
importantes,
que
justificam
menor
atenção
no
gerenciamento.
O mesmo autor (2009, p.66), comenta que para a construção da curva ABC
com base em quaisquer dados sempre será utilizado a mesma forma da figura
acima. Ressalta que para a construção da curva ABC é importante elaborar a tabela,
após construir o gráfico e interpretar o gráfico.
38
Para melhor entendimento, Viana (2009, p.66), apresenta a elaboração da
tabela conforme abaixo:
CONSUMO ANUAL -
VALOR DO CONSUMO
UNIDADES
ANUAL EM R$
25,00
200
5.000,00
X-02
16,00
5.000
80.000,00
X-03
50,00
10
500,00
X-04
100,00
100
10.000,00
X-05
0,15
200.000
30.000,00
X-06
0,01
100.000
1.000,00
X-07
8,00
1.000
8.000,00
X-08
2,00
20.000
40.000,00
X-09
70,00
10
700,00
X-10
5,00
60
300,00
MATERIAL
R$ PREÇO UNITÁRIO
X-01
Figura 9: “Relação anual de materiais utilizados pela empresa”
Fonte: Viana (2009, p.66)
Assim o mesmo autor (2009, p.67) destaca que após observar a tabela
anterior, os materiais estão apresentados por código, pois não é interessante, pois
temos que avaliar o valor, por isso a necessidade de transformar, ficando da
seguinte forma conforme figura abaixo:
CONSUMO ANUAL -
VALOR DO CONSUMO
UNIDADES
ANUAL EM R$
80.000,00
80.000,00
45,58
X-02
40.000,00
120.000,00
68,37
X-03
30.000,00
150.000,00
85,47
X-04
10.000,00
160.000,00
91,16
X-05
8.000,00
168.000,00
95,72
X-06
5.000,00
173.000,00
98,57
X-07
1.000,00
174.000,00
99,14
X-08
700,00
174.700,00
99,54
X-09
500,00
175.200,00
99,82
X-10
300,00
175.500,00
100,00
MATERIAL
R$ PREÇO UNITÁRIO
X-01
Figura 10: “Tabela mestra para a construção da Curva ABC”.
Fonte: Viana (2009, p.67)
39
Após essas etapas temos a construção do gráfico, Viana (2009, p.68), diz que
o gráfico tem que obedecer “as seguintes etapas, com base na tabela mestra,
demonstrada na figura 10:
1.
ordenadas e abscissas – formação do quadro;
2.
marcação de pontos;
3.
traçado da curva;
4.
traçado da diagonal do quadrado e da tangente paralela a
diagonal no ponto extremo da curva;
5.
identificação dos ângulos, traçado das bissetrizes dos
ângulos e determinação de pontos na curva;
6.
determinação das áreas A,B e C
Ficando assim conforme abaixo:
Figura 11: “Determinação das áreas A, B e C”.
Fonte: Viana (2009, p.69)
2.6 COMPRAS
A função de compras é essencial para o Departamento de suprimentos ou
materiais, e a finalidade de suprir a necessidade de materiais e serviços da empresa.
O setor de compras ou suprimentos necessita ter comunicação direta entre todos os
setores da empresa, para assim poder controlar sua demanda de pedidos e
solicitações internas (DIAS, 1993, p. 221).
40
Assim, entende Viana (2000, p.43) que a “atividade de compras tem por
finalidade suprir as necessidades da empresa mediante aquisição de materiais,
emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as
melhores condições comerciais e técnicas”.
O autor (VIANA, 2000, p. 172) complementa que o ato de comprar é cotidiano
em nossas atividades diárias, porém a mesma inclui várias etapas como, avaliar a
necessidade de compras, os produtos e materiais a serem comprados, os preços,
avaliar e negociar com os fornecedores e acompanhar os pedidos até a entrega.
Da forma mais abrangente, (MARTINS e ALT, 2000, p.63) afirma que a
função de compras destaca-se hoje, pelo papel importante e estratégico que
desenvolve nos negócios, devido ao volume de recursos financeiros ao qual é
envolvido. Assim, vai ficando para traz o conceito de que a função de compras é
repetitiva e burocrática, que sua principal atividade era gastar e não um retorno de
lucros. Com o avanço da tecnologia e a reestruturação que vem passando o setor de
compras, o mesmo vem crescendo cada vez mais, e a importância das pessoas que
trabalham nesta área, por ser consideradas estratégicas.
Para Arnold (1999, p. 207), a função de compras “é muito mais ampla e, se
realizada com eficiência, envolve todos os departamentos da Empresa. Obter o
material certo, nas quantidades certas [...] e no preço certo, são todas as funções de
compras”.
Sendo assim, o autor continua dizendo que o setor de compras tem a função
de suprir as necessidades da empresa, bem como negociar os preços. As
solicitações vindas de outros departamentos são necessárias para a busca, e melhor
avaliação de suprimento, auxiliando também o setor de compras numa melhor
negociação levando em consideração qualidade do produto, preço e prazo de
entrega.
Seguindo a mesma linha de pensamento quanto à função de compras, Baily e
Famer (1979, p. 14), destacam que compras é uma arte, pois as pessoas precisam
saber comprar e negociar, e principalmente comprar na hora certa, preço certo,
quantidade certa.
41
3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO/METODOLOGIA
Considerando-se o objetivo do presente trabalho, caracteriza-se como
proposição de planos, o mais indicado para o estudo da empresa AçoInox.
Roesch (1996, p. 68) salienta que na prática, “há vários exemplos de projetos,
em que o propósito é apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar
problemas organizacionais”. Ou seja, implantar procedimentos para melhor controle
e flexibilidade nos processos.
O estudo foi desenvolvido na área de estoques e almoxarifado da Empresa
AçoInox Indústria e Comércio Ltda., localizada na cidade de São José, na Rua
Possibio Silva do Valle, 71 - Área Industrial de São José, no período de Março a
Novembro de 2009, onde foi sugerido a implantação do controle de estoques,
destacando sua importância para a organização.
Os dados primários foram coletados através da pesquisa bibliográfica, de
entrevistas informais e da observação.
A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Neste sentido, elas não só
podem melhorar o nível de leitura e redação, bem como acelerar tais processos
(ROESCH, 1996, p. 99).
A entrevista
foi utilizada para obtenção das informações sobre o que as
pessoas sabem, sentem, esperam, desejam ou pretende fazer para melhorar o
processo de trabalho, sendo que as mesmas apresentam as vantagens e
desvantagens em relação a um questionamento em aberto (ROESCH, 1996, p. 132).
A observação torna-se relevante a partir do momento em que o pesquisador
começa a verificar a realidade com mais cuidado, ou seja, observar os dados e as
informações coletadas descrevendo a realidade da empresa.
Sendo assim, para o presente trabalho, a participação real do observador na
organização é importantíssima, para entender melhor como as pessoas utilizam seu
tempo desenvolvendo as suas atividades diárias (ROESCH, 1996, p. 140).
Foi desenvolvido para a empresa Açoinox um planejamento do controle de
estoques, a partir da organização do estoque, catalogação dos itens, classificação
ABC e a estruturação de compras de materiais.
42
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 HISTORICO DA EMPRESA
A empresa Açoinox Indústria e Comércio, situada na Rua Possíbio Silva do
Valle, 71, Bairro Fazenda Santo Antônio, na cidade de São José - SC.
A empresa existe a dez anos, sendo fundada por dois amigos, um que era o
sócio administrador e o outro sócio da área comercial com conhecimento no ramo de
aço e inox adquirido por trabalhar a mais de dez anos na empresa Alcoa. Ao longo
de sete anos da empresa a sociedade é desfeita por motivos financeiros e o Sócio
Edgar Martins assume toda a empresa e passa a administrá-la com seus dois filhos.
No inicio da nova administração, Edgar Martins era o Diretor geral, o filho o
Diretor Comercial e a filha responsável pela área de projetos da empresa. Depois de
passado dois anos Edgar Martins inverte os papeis, passando a Administração Geral
da Empresa para seu filho Edgar Martins Junior, que é administrador formado e ele
assume a área comercial.
A empresa vem crescendo a cada ano e conquistando seu espaço através da
venda de um produto de qualidade e um atendimento diferenciado aos seus clientes.
Hoje seus principais concorrentes que já estão a mais de 20 anos no mercado
são: Metalúrgica Acácio, Metalurgica Trentini
Atualmente, a empresa possui aproximadamente uma carteira com 500
clientes, sendo 60% pessoa física e 40% pessoa jurídica. A empresa fabrica toda a
linha de aço e inox, e destacam-se como principais produtos: corrimão, coifas,
guarda-corpo, pias e outros, sendo que seus produtos são peças únicas e exclusivas
fabricadas de acordo com a solicitação de cada cliente.
43
Figura 12: “Empresa Spaço Inox”
Fonte: Primária
4.1.1 Organograma da Empresa
Figura 13: “Organograma”
Fonte: Primária
Podemos observar que se trata de uma empresa de pequeno porte, e com
uma estrutura bastante flexível, por possuir poucos departamentos e níveis
44
hierárquicos, facilitando o fluxo de informações e automaticamente as tomadas de
decisões.
Porém, percebe-se que a empresa não possui um responsável pelo
departamento de Almoxarifado que envolve as compras e estoques. Assim, este
pode ser o principal passo para reestruturar a empresa, onde ela terá plena
consciência da necessidade de estudar os processos para controle desta área.
4.1.2 Atividades Desenvolvidas
A empresa AçoInox é uma empresa de pequeno porte que atua no ramo de
aço e inox, especializada na fabricação de cozinhas industriais, corrimão, guardacorpo puxadores e outros.
Atualmente, conta com 30 (trinta) funcionários em seu quadro os quais estão
separados por setor administrativo/financeiro, produção, área de projetos e
comercial.
Destacando como principais clientes as áreas de construção civil, cozinhas
industriais e supermercados.
A empresa atende clientes em todo os estado Catarinense, bem como o
estado do Paraná e Rio Grande do Sul, mais o seu principal foco está direcionado
para região da grande Florianópolis.
4.1.3 Processo de Produção
Atualmente o processo de produção da empresa é de forma totalmente
artesanal, iniciado depois da retirada dos pedidos de vendas.
A empresa é especializada na produção de corrimão onde é utilizados tubos
de inox AISI 304, o mesmo inicia seu processo através do desenho e modelo
conforme solicitação do cliente, depois entra no processo de produção ao qual é
soldado, moldado e polido, tudo isso manual sem utilização de máquinas industriais
até o processo final que é a instalação para o cliente.
45
Figura 14: “Fluxograma de Produção”
Fonte: Primária
Assim sendo o processo segue para os demais produtos, como coifas,
guarda-corpo, corrimão, puxadores, fogão, bancadas, mesas e outros.
46
Figura 15: “Fotos do Processo de Produção”
Fonte: Primária
47
4.1.4 Principais Clientes
Pelo seu segmento de mercado a empresa destaca como seus principais
clientes:
•
Rede de Supermercados Angeloni.
•
Bistek Supermercados.
•
Giassi Supermercados.
•
Baden Baden Empreendimentos.
•
Mundo Car Mais Shopping.
•
Construtora Becker .
•
Tha Engenharia e Construção Civil.
•
Cassol Materiais de Construção.
•
Hospital de Caridade
•
Baia Sul Hospital
•
SOS Cardio
4.1.5 Principais Fornecedores
Os fornecedores da empresa são responsáveis pelo abastecimento de
ferramentas e matéria prima para o processo de produção, entre os principais estão:
•
Aço Cearense.
•
Arcelomittal.
•
Ferramentas Gerais.
•
Forminox Ind Com de Inox.
•
Casa Inox Ltda.
•
Orion Comercial.
•
Dominik
48
4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS
4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque
Atualmente a empresa AçoInox Indústria e Comércio Ltda. não dispõe de um
controle de estoque adequado para atender suas necessidades. O controle atual é
feito de forma inadequada, retiram material sem requisição, sem autorização, não é
dada entrada de materiais nem saída. O estoque fica com um controle obsoleto, por
não haver uma pessoa responsável pela área. Quanto às compras de materiais é
feita de forma visual, sem histórico algum, compra de forma visual ou conforme a
entrada de pedidos na empresa.
A empresa AçoInox tem suas vendas oscilada em determinado período do
ano, aumentando em até 30% a média do período mensal. Devido a este motivo de
a empresa não ter um estoque adequado e controlado para atender essa demanda
oscilada, acaba gerando gastos elevados e desnecessários, como compras sem
programação e quantidade menores, pagamento de horas extras e às vezes
dispensando pedido de clientes por não conseguir atender no prazo.
Dessa forma, a empresa AçoInox tem a necessidade de melhorar o processo
do controle de estoques, visando eliminar o desperdício de material, e o melhor
aproveitamento do tempo de produção e retorno financeiro para empresa.
49
Figura 16: “Fotos do estoque”
Fonte: Primária
4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais
A empresa Açoinox não possui classificação e código de identificação. A
matéria-prima é armazenada de forma precária, visto não possuir sequer uma
numeração.
Ademais, a empresa não disponibiliza de pessoa responsável pelo setor,
dificultando
uma
“padronização”
no
armazenamento,
gerando
uma
perca
considerável de tempo na localização da matéria-prima e insumos.
Os produtos são apresentados aos clientes através de projetos e fotos, sendo
que os mesmos também não dispõem de codificação especifica, uma vez que são
fabricados conforme pedido de cada cliente, ou seja, a empresa não dispõe de
estoque de produtos e sim de matéria-prima.
4.2.3 Classificação ABC
Durante a pesquisa no estoque da empresa AçoInox, pude observar à falta de
uma classificação ABC de materiais.
A classificação ABC é de extrema importância para a empresa, pois a mesma
evita perdas, desperdício e melhor aproveitamento dos recursos financeiros
destinados ao setor de estoque.
Por não haver uma pessoa responsável pelo setor de estoques, a
classificação ABC é feita de forma visual, sendo identificada apenas na falta do
material, ou seja, não existe uma classificação fundamentada em informações
proveniente do armazenamento dos produtos.
50
Assim, a matéria-prima de maior importância para a fabricação dos produtos
passa despercebida, gerando prejuízo.
4.2.4 Tipos de Estoques
Com base na pesquisa, observou-se que a empresa AçoInox identifica alguns
itens de estoques armazenados.
Neste caso, a empresa identifica como matéria-prima as chapas, tubos e
cubas de inox. Como estoque de materiais auxiliares destaca o argônio utilizado na
solda das peças.
Por não possuir um setor de manutenção, e por conseqüência utilizar de
serviços de terceiros, a empresa não disponibiliza de estoque de manutenção.
Quanto ao estoque de produtos acabados, a empresa não conta com
armazenagem, uma vez que os mesmos são fabricados e entregues conforme a
demanda.
Figura 17: “Armazenagem de Matéria-Prima”
Fonte: Primária
51
Esse é a ilustração do controle de estoque atual
Controle Estoque Mensal
MÊS
MEDIDA
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Unidade
Descrição dos produtos
Arrebite 5mm
Arrebite 4mm
Arrebite 3mm
Arrebite
Arrebite
Estoque
Inicial
0
0
0
0
0
Estoque
Entrada Saida Final
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Quadro 2: “Controle de Estoque Mensal”
Fonte Primária
4.2.5 Níveis de Reposição de Estoques
Na atual situação, a empresa AçoInox não dispõe de procedimento, nem
mesmo um software de controle de estoque.
A reposição da matéria-prima e insumos é feita de forma precária, ou seja,
somente é reposta quando finalizada no almoxarifado, inexistindo assim um “estoque
de segurança”.
Ainda, por não contar com uma pessoa responsável pelo setor, e não haver
controle de saída da matéria-prima, isso faz com que, além dos prejuízos por deixar
a produção parada, a empresa deixa de faturar devido à entrega do produto final.
5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO
5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE
A gestão de estoque é de extrema importância para qualquer empresa, ali
está um acumulo de dinheiro considerável e um alto capital investido. Por este
motivo é que proponho para a empresa AçoInox, uma reformulação em seu controle
de estoque. Sugiro alguns métodos de controles como: classificação e codificação,
classificação ABC e o controle de níveis de estoques e armazenagem.
No primeiro momento foram relacionados os materiais existentes no estoque,
na seqüência a separação por grupo para depois facilitar a codificação.
52
Para a classificação dos materiais foi dada a sugestão de utilizar a técnica
ABC, que é a separação dos materiais em três classes devido a sua importância.
Classe A, é o grupo que representa os materiais de maior valor e menor
número, sendo que deve ser cuidado com o máximo de atenção.
Classe B são os materiais intermediários entre as classes A e B.
Classe C, este grupo tem o maior número de itens e menor valor de consumo,
sendo assim itens de menos importância.
No que diz respeito ao controle de níveis de estoque o importante seria a
implantação de um software adequado, tendo em vista que hoje é trabalhado em
planilha do Excel, onde na verdade não se tem uma precisão segura do estoque, e o
controle dos máximo e mínimo.
Sendo assim, a sugestão de um novo modelo de gestão de estoque, facilitará
a empresa no que diz respeito às informações necessárias para uma boa a
administração e o auxilio nas tomadas de decisões.
5.1.1 Classificação e Codificação dos Materiais
Quanto à nova classificação de materiais, fiz a proposta de realizar um
levantamento dos produtos em estoque, para separá-los de acordo com suas
características e grupos, facilitando para a codificação.
Para a codificação foi tomado como base o sistema numérico, onde cada item
recebeu dez dígitos, sendo que os dois primeiros representaram o grupo de
materiais, na seqüência a classe e os dois últimos o código de identificação,
podendo variar de 01 a 99.
Com isso a codificação que hoje não existia, facilitara na organização e
agilidade para a localização dos materiais.
Os materiais foram classificados em cinco grupos:
01 - Matéria- prima
02 - Material de consumo
03 – Ferramentas
Ficando assim:
53
codigo
01.01.0.00001
02.02.0.00001
03.03.0.00001
grupo
MATERIA PRIMA
MATERIAL CONS
FERRAMENTAS
produto
CHAPA INOX AISI 304 #18
RODA MINI PG 220
FURADEIRA
Quadro 3: “Modelo Classificação e Codificação dos Produtos”
Fonte: Primária
Para os materiais fabricados não foi codificado, pois os mesmo não ficam na
expedição são fabricados de acordo com os pedidos próprios para cada cliente, ou
seja, não existe estocagem para esse produto.
5.1.2 Classificação ABC de Materiais
Para a Classificação dos materiais, sugiro o método ABC em ordem
decrescente, visando melhorar o aproveitamento dos recursos financeiros
disponíveis, eliminando assim gastos desnecessários com materiais de custo
elevados e pouca movimentação.
Por base, os dados foram levantados pelo período de 12 meses, verificando a
rotatividade dos itens em estoque e assim chegando ao valor agregado a cada item.
Foram avaliados 235 itens em estoques, sendo classificados em: 44 classe A,
75 classe B e 116 classe C.
Com base nestas informações foi possível desenhar a curva ABC, conforme
ilustração abaixo:
Figura 18. “Gráfico da classificação dos itens em estoque”.
Fonte: Dados Primários
54
Figura 19: “Gráfico de investimentos em estoque”.
Fonte: Dados Primários
Conforme os gráficos acima, conclui-se que:
Item
% Itens Catalogados
% Investimento Financeiro
A
19%
74%
B
32%
20%
C
49%
6%
Tabela 2: “Tabela Análise da Curva ABC”
Fonte: Primária
- Os itens de maior valor obtiveram representatividade significante junto a gestão de
estoque, ou seja, 19% dos itens catalogados, representando cerca de 74% do
investimento financeiro, classificando-os assim como Classe A. Foram classificados
como itens da Classe A: Chapas, Tubos e Barra Maciça.
- Os itens de médio valor representam 32% dos itens catalogados, alcançando 20%
do investimento financeiro, sendo estes classificados como Classe B. Foram
classificados como itens da Classe B: Roda PG, Roda Mini PG, Disco de Corte,
entre outros (intermediários).
- Já os itens de baixo valor representam cerca de 49% dos itens catalogados,
gerando assim um investimento financeiro de 6%, sendo estes classificados como
Classe C. Foram Classificados como itens da Classe C: Silicone, Pincel, Papelão,
entre outros.
Investimento em estoque (%)
55
100
94,43
74,04
A
0
18,72%
B
C
31,91%
49,37%
Quantidade de itens (%)
Figura 20: “Curva ABC”.
Fonte: Dados primários.
5.1.3 Estabelecer os Níveis de Estoques
Os níveis de estoque são aqueles que determinam as ações de reposição ou
de cautelas a serem tomadas quanto às quantidades de materiais armazenados.
È de extrema importância a gestão de estoque determinar um nível
adequado, pois assim é possível evitar a falta de materiais, bem como o excesso
dentro da empresa.
Para a empresa AçoInox que trabalha com uma demanda de material
irregular, foi necessário estudar cada item individual, para assim precisar um nível de
estoque mais adequado. De acordo com os conceitos estudados, a proposta para
estabelecer os níveis de estoque é a utilização do sistema de máximos e mínimos ou
estoque de segurança como também é conhecido.
Bem, como a empresa não tem uma demanda de vendas de produtos
definida por trabalhar com os pedidos e solicitações de cada cliente, pude analisar
que o material de maior consumo, e o que tem um prazo maior de entrega são as
chapas e os tubos, tendo uma média de consumo mensal de 100 unidades, estoque
máximo de 200 unidades e o mínimo de 30 unidades. Levando em consideração que
o tempo de reposição é de 15 dias, cheguei ao ponto de pedido é de 80 unidades
definido da seguinte formula conforme abaixo:
56
PP= CXTR=E.Mn
Onde: PP = Ponto de Pedido
C= Consumo médio mensal
TR= Tempo de Reposição
E.Mn= Estoque mínimo
PP = 100 x 15 + 30 = 80 unidades
30
Dessa forma o ponto de pedido é de 80 unidades.
Para obter melhor resultado no que diz respeito à reposição do estoque,
sugere-se a implantação do sistema de planejamento de material como o MRP
(Material Requirements Planning), que permite o calculo mais preciso de quanto
determinar para manter em estoque, bem como o momento necessário de repor,
tendo em vista que hoje estes dados são retirados de planilhas em Excel.
5.1.4 Armazenagem
Sugere-se para a armazenagem do material da empresa AçoInox a
etiquetagem com a identificação nas caixinhas onde hoje é guardado os itens de
médio porte facilitando a localização.
Para os itens de pequeno porte foi sugerida a confecção de um balcão com
gavetas, sendo possível separá-los de acordo com suas classes, e etiquetados com
seu respectivo código conforme figura 21.
Para os demais itens como as chaves, alicates e outros, fica a sugestão de
ser fabricado um quadro com a identificação para pendurá-las facilitando a
localização e a organização evitando itens jogados ao chão conforme figura 22.
Sendo que para a armazenagem da matéria-prima fica a sugestão de ser um
espaço fechado, pois o atual fica aberto na própria produção, facilitando assim a
retirada do material sem autorização, com paletes para apoiar as chapas que hoje
ficam no chão, e com repartições de acordo com a sua espessura e diâmetro, e os
tubos em prateleiras com divisórias facilitando a localização e a organização geral do
almoxarifado conforme figura 23.
57
Modelo do balcão Gavetas
Figura 21: “Modelo Balcão Gavetas”.
Fonte Primária
Modelo do quadro de ferramentas
Figura 22: “Modelo Quadro de Ferramentas”.
Fonte primária
58
Modelo para a armazenagem da matéria-prima
Tubos
Tubos
Chapas
Chapas
Entrada
Figura 23: “Modelo para a armazenagem da matéria-prima”
Fonte Primária
5.1.5 Compras
Hoje para qualquer organização é indispensável um setor de compras ativo e
com total conhecimento do mercado, com a finalidade de comprar produtos de
qualidade, com melhor preço e condições de pagamentos.
A empresa AçoInox não disponibiliza de um setor capaz e coerente para
desempenhar tal função, não há um profissional adequado como também não
disponibiliza as ferramentas necessárias para seu desempenho.
No primeiro momento foi sugerido um modelo de solicitação de compras, para
melhor pesquisar as características dos produtos e serviços a serem adquiridos.
Portando de tal informação para fazer as cotações de preços e pesquisas junto aos
fornecedores. Conforme figura 24.
Ficou como sugestão também a implantação de uma ordem de compra, com
os valores e descrição dos materiais, com o objetivo de acompanhar o andamento
59
do pedido e o tempo de entrega, facilitando a conferência da mercadoria na hora do
recebimento evitando transtornos futuro. Conforme figura 25.
Com esses formulários bem trabalhados é possível verificar o desempenho
dos fornecedores com base nas questões de custo, entrega e qualidade.
Por fim sugeriu-se a necessidade de um software adequado para atender as
necessidades da empresa, bem como um profissional qualificado para exercer tal
função.
Solicitação de Compras
Origem:
Destino: Setor de Compras
Justificativa do Pedido:
Nº Item
Nº
DESCRIÇÃO DO ITEM
QUANT
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
___________________________________
Setor Requisitante
Figura 24: “Modelo Solicitação de Compras”
Fonte: Primária
CONTATO
60
ORDEM DE COMPRA
IMPORTANTE:
TODA CORRESPONDÊNCIA,
BEM COMO FATURAS, CAIXAS E
ENCOMENDAS DEVEM CONTER ESTE NÚMERO DE PEDIDO DE COMPRA
Nº
CONSIGNATÁRIO:
TRANSPORTADORA: O MESMO
FRETE:
ITEN
FOB ( )
CONDIÇÕES DE PAGAMENTO:
CONDIÇÕES DE ENTREGA:
HORÁRIO DE ENTREGA:
CIF ( )
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E/ OU
SERVIÇOS
QUANT.
UNIDADE
VALOR
UNIT.
IPI
VALOR
TOTAL
PARA USO DA AÇOINOX
DATA:
NOME
FUNÇÃO:
ASSINATURA:
(CARIMBO)
1ª VIA PARA O FORNECEDOR
/ 2ª VIA A SER DEVOLVIDA PELO FORNECEDOR
ACEITAÇÃO PELO FORNECEDOR
ESTE
PEDIDO
DE
COMPRA,
INCLUSIVE OS TERMOS E CONDIÇÕES
GERAIS E AS INSTRUÇÕES ESPECIAIS
DA AÇOINOX APLICÁVEIS A PEDIDOS DE
COMPRA,
SÃO
ACEITOS
PELO
PRESENTE INSTRUMENTO.
ASSINATURA AUTORIZADA
NOME:
FUNÇÃO:
Figura 25: “Modelo Ordem de Compra”
Fonte: Primária
(CARIMBO)
DATA:
61
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos desta pesquisa foram atendidos uma vez que a empresa não
possuía controle de estoque adequado, bem como um profissional preparado para
desempenhar tal função.
Assim a pesquisa foi realizada de uma forma bem aprofundada, sendo que a
acadêmica trabalha na empresa, tendo acesso as informações mais precisa
encontrada junto ao setor, e poder sugerir melhorias baseada das técnicas de
gestão de estoque.
Diante do estudo realizado na empresa, sentiu-se a necessidade de melhorar
a identificação dos itens estocados, bem como classificar, codificar e tentar
desenvolver um nível para reposição de estoques de acordo com a demanda da
empresa, levando em consideração também a importância da gestão de compras
nessa fase.
Foi interessante avaliar as compras da empresa que hoje é feita de forma
visual, sem histórico algum, pois a empresa não disponibiliza de um sofware
adequado, com solicitação de compras, entrada de pedidos sendo possível detectar
o que realmente comprar.
Assim esse trabalho na empresa AçoInox teve o objetivo do quanto é
importante uma gestão de estoque bem preparada, pois nela esta uma boa parte do
capital investido e que se parado não trará retorno.
Para a empresa este trabalho desenvolvido foi de grande valia, uma vez que
a mesma soube controlar e valorizar melhor o setor de estoques.
Para acadêmica foi de extrema importância de colocar em prática o projeto de
sua autoria e participar da evolução quanto ao controle e procedimentos dos
materiais do setor de estoques.
Como mensagem final fica que para o bom desenvolvimento de uma
empresa, necessário se faz uma boa estruturação do setor de estoques, visando o
controle, gastos desnecessários e o desperdício.
62
REFERÊNCIAS
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empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006
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administração da produção. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: edição compacta. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1993.
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GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais. Obtendo vantagens
competitivas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
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Materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000.
MESSIAS,
Sérgio
Bolsonaro.
Manual
de
administração
de
materiais:
planejamento e controle de estoques. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1989.
MOREIRA, Daniel Augusto. Introdução à administração da produção e
operações. São Paulo: Pioneira, 1998.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma
abordagem logística. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
RITZAMN, Larry P; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção e operações.
São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.
63
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio do curso de administração:
guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso. São
Paulo: Atlas 1996.
SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Adminiistração da
Prdução: Tradução Maria Teresa Corrêa de Oliveira, Fábio Alher. 2.ed. 7. reimpr.
São Paulo: Atlas, 2007.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas 2000.
VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas 2009.
64
ANEXO A
LISTA DE MATERIAIS
Codigo
01.01.0.00001
01.01.0.00002
01.01.0.00003
01.01.0.00004
01.01.0.00005
01.01.0.00006
01.01.0.00007
01.01.0.00008
01.01.0.00009
01.01.0.00010
01.01.0.00011
01.01.0.00012
01.01.0.00013
01.01.0.00014
01.01.0.00015
01.01.0.00016
01.01.0.00017
01.01.0.00018
01.01.0.00019
01.01.0.00020
01.01.0.00021
01.01.0.00022
01.01.0.00023
01.01.0.00024
Grupo
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
01.01.0.00025
01.01.0.00026
01.01.0.00027
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
01.01.0.00028
01.01.0.00029
01.01.0.00030
01.01.0.00031
01.01.0.00032
01.01.0.00033
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
Material
BARRA 40X40 GALVANIZADA PARTA #18
BARRA CANTONEIRA 1.1/2” 6 METROS CADA
BARRA DE 6M GALVANIZADA DE CANTONEIRA 1.1/2X1/8¨
BARRA ROSCADA 3/16
BARRA ROSQUEADA INOX ½”
BARRA ROSQUEADA INOX 5/16
MACIÇO INOX 304 ¼ X 6M
MACIÇO INOX 304 ½ X 6M
MACIÇO INOX 304 3/8 X 6M
MACIÇO INOX 304 5/16 X 6M
REDONDO INOX 304 3/16”
REDONDO INOX 304 3/8”
CHAPA #26 (0,50mm) 1200X3000 AÇO INOX 304 2B
CHAPA (5,0mm) 1250MMX3000MM INOX 304
CHAPA (1,5mm) 1250X3000MM AÇO INOX 304
CHAPA #18 (1,2mm) 1200X3000MM
CHAPA #20 (0,95mm) 1200X3000MM AÇO INOX 304
CHAPA #18 (1,2mm) 1250X3000MM AÇO INOX 304
CHAPA #22 (0,80mm) 1200MMX3000MM
CHAPA #24 (0,60mm) 1250X3000 AÇO INOX
CHAPA 3MM 65X100MM
CHAPA 5MM 720X120MM
CHAPA #24 (0,60mm) 3000X1200MM AÇO GALVANIZADO
CHAPA #14 (2,00mm) 1200X3000 AÇO INOX 304 2B
Chapa #22 (0,8mm) 1200X3000MM ESCOVADA AÇO INOX
304
CHAPA (1,0mm) 1200X3000MM AÇO INOX 304
CHAPA #14 (2,00mm) 1250X3000MM AÇO INOX 304
CHAPA #22 (0,8mm) 1200X3000MM ESCOV C/PVC 1FACE
INOX 304
CHAPA (3,00mm) 1250MMX3000MM 2B INOX 304
ACRILICO TRANSPARENTE 860X5330MM
CHAPA #20 (0,95mm) 1250mm X 2000mm
CHAPA GALV. 24 3000X1200MM
CHAPA PRETA 1,0MM 3000X1200MM
65
01.01.0.00034
01.01.0.00035
01.01.0.00036
01.01.0.00037
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02.02.0.00011
02.02.0.00012
02.02.0.00013
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
MATERIA PRIMA
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
CHAPA PRETA #18 3000X1200MM
CANTONEIRA 2¨X3/16 FERRO PRETO
METALON 100X50 1,2MM
METALON 10X10 1,0MM
METALON 80X40 1,2MM AÇOINOX304
TUBO 1- 1/2" (38,1mm) X1,2mm X 6m PE INOX 304
TUBO 2 1/2” (63mm) X1, 2 mm X 6m INOX 304
TUBO 11/4' X 1,5MM X 6M GALVANIZADA
TUBO 2”(50,8mm) X 6m INOX
TUBO 1.1/2”(38,1mm) X 1,2mm X 6m AÇO INOX 301
TUBO INOX 304 1 ½”
TUBO INOX 304 1.1/2”X1,2MM PE
TUBO INOX 304 1.2MM 2
TUBO INOX 304 1/2X1, 5 mm POL.
TUBO INOX 304 1”X1,2MM PE
TUBO INOX 304 19,05X1,2MM PE
TUBO INOX 304 2 1/2 X1,2MM
TUBO INOX 304 2” X1,2MM
TUBO INOX 304 ¾ X 1,2MM
TUBO INOX 304 3”X1,2MM
TUBO INOX 304 ¾”X1,2MM PE
TUBO INOX 304 40X80 1,5MM
TUBO INOX 304 50,80x1,20mm polido externo
TUBO INOX 304 50,80X1,2MM PE
TUBO INOX 304 50X100 2,0MM
TUBO INOX 50X20 METALON
TUBO MACIÇO 3/16 INOX 304
TUBO MACIÇO 3/8 INOX
TUBO METALON 30X40 1,2MM
TUBO OD DI/PE 304 POLIDO EXTERNO 1,20MM 2.1/2”
TUBO PRETO FERRO 1 ½” PAREDE 1,2MM
TUBO REDONDO 1.1/4”
ADESIVO TIGRE 175G
COMPUND ADESIVO BASE EPOXI
FITA DUPLA FACE
COLA ARALDITE
COLA BRANCA
COLA BRANCA PARA MADEIRA
COLA FIXA E MONTA PL500
COLAPL600 INTERIOR E EXTERIOR PARA FIXAÇÃO PESADA
DECAPANTE INOX
LIQUIDO LIMPEZA INOX AEROGLIDE 50
DISCO DE CORTE 4.1/2
Disco Corte Alçar AB2 12” 2 telas A
DISCO CORTE INOX DEWALT
66
02.02.0.00014
02.02.0.00015
02.02.0.00016
02.02.0.00017
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02.02.0.00020
02.02.0.00021
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02.02.0.00041
02.02.0.00042
02.02.0.00043
02.02.0.00044
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02.02.0.00053
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02.02.0.00056
02.02.0.00057
02.02.0.00058
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
Disco de lixa 4,5 grão 120
DISCO DE LIXA XF 870 4.1/2
DISCO LIXA 100
DISCO LIXA 120
DISCO LIXA 60
DISCO LIXA 80
Disco Lixa XF 870 4.1/2” grão 120
ESTOPA
FITA ADESIVA 45X50
FITA ALTA FUSÃO
FITA CREPE 19X50
FITA CREPE 25X50
FITA ISOLANTE
FITA ISOLANTE 18MMX20M 3M
FITA POLIPROPILENO TRANSP.48X45
FITA TRANSP. 48,45
FITA VEDA ROSCA
FLAP 40
FLAP 60
FLAP 80
FLAP 100
FLAP 120
FLAP DISC 4.1/2¨-BOSCH GRÃO 120
FLAP DISC 4.1/2¨-BOSCH GRÃO 60
FLAP DISC 4.1/2¨-BOSCH GRÃO 80
Leque de lixa F 4020/6 A 120
Leque de lixa F 4020/6 A 60
LIXA GRÃO 150
LIXA AVOS SCLS 115 mm
LIXA FERRO GRÃO 120
LIXA FERRO GRÃO 100
LIXA MÃO 100
LIXA MÃO 120
LIXA MÃO 80
LIXA MASSA 120
LIXA PARA AVIÃO 150 GRÃO 150
OLEO LUBR.LUB.GIN SPRAY 300ML
PAPELÃO BOBINA
PAPELÃO ONDULADO 360/380 G/M2
PAPELÃO ONDULADO PARA EMBALAR PEÇAS
PINCEL ATLAS N°10 P/ ACABAMENTO (DECAPANTE)
PINCEL FINO ACABAMENTO
PLASTICO BOLHA INDUSTRIAL 1,20X100M
POXIPOL 70GRAMAS PARA COLAGEM PORTA DANIEL MALO
POXIPOL 70ML.
67
02.02.0.00059
02.02.0.00060
02.02.0.00061
02.02.0.00062
02.02.0.00063
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02.02.0.00065
02.02.0.00066
02.02.0.00067
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02.02.0.00097
02.02.0.00098
02.02.0.00099
02.02.0.00100
02.02.0.00101
02.02.0.00102
02.02.0.00103
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
POXIPOL GRANDE
QUEROSENE DISLUB
TRANSISAL V548 150 mm (RESINA COR AMARELA)
TRANSISAL V548 300 mm (NATURAL)
TRANSISAL V548 300 mm 9(RESINA COR AMARELA)
SILICONE
SILICONE ACET. 280 GR
Silicone aluminio 274g
SILICONE TRANSPARENTE 280G
SILICONE TYTAN 300 ml
THINNER 5LITROS
TINTA SPRAY ALUMÍNIO 250G
TINTA SPRAY BRANCO 250G
TINTA SPRAY PRETO 250G
TINTA SPRAY PRETO FOSCO 250G
ARGONIO CARGA CILINDRO 7M
ARGONIO CARGA CILINDRO 10M
ARGONIO CARGA CILINDRO 1M
ARGONIO CARGA CILINDRO 3M
RODA MINI PG 220
RODA MINI PG 36
RODA MINI PG 80
RODA PG 100 FINA
RODA PG 100 GROSSA
RODA PG 120 FINA
RODA PG 120 GROSSA
RODA PG 150X25 GRÃO 120
RODA PG 150X25 GRÃO 150
RODA PG 150X25 GRÃO 80
RODA PG 150X50 GR. 80
RODA PG 150X50 GRÃO 150
RODA PG 150X50 GRÃO 40
RODA PG 150X50 GRÃO 60
RODA PG 150X50 GRÃO 80
RODA PG 36
RODA PG 60
RODA PG 60 FINA
RODA PG 60 GROSSA
RODA PG 80
RODA PG 80 FINA
RODA PG 80 GROSSA
RODA PG 80 MEDIA
RODA PG C/ SCOTH BRITE 80/100
RODA PG GRAO 120 150X25
RODA PG GRÃO 120 150X25
68
02.02.0.00104
02.02.0.00105
02.02.0.00106
03.03.0.00001
03.03.0.00002
03.03.0.00003
03.03.0.00004
03.03.0.00005
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
ELEM CONSUMO
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
03.03.0.00006
03.03.0.00007
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03.03.0.00009
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03.03.0.00030
03.03.0.00031
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
03.03.0.00032
03.03.0.00033
03.03.0.00034
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03.03.0.00038
03.03.0.00039
03.03.0.00040
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
RODA PG GRAO 320 150X50
RODA PG GRÃO 120 150X50
RODA PG PNG SCOTH BRITE
EIXO PG
ALICATE CORTE
ALICATE PRESSÃO
ALICATE PRESSÃO 10”
ALICATE UNIVERSAL
ALONGADOR PARA JOGO FENDA E PHILLIPS PARA
PARAFUSADEIRA BOCH
ANEL FRONTAL PG
APLICADOR SILICONE
BROCA 10MM 400X460 PARA FURAR LAGE BIG BLUE
BROCA 19MM
BROCA 3MM PARA AÇO
BROCA 4,0
BROCA 5MM
BROCA 5MM VÍDEA
BROCA 6MM VÍDEA
BROCA AR 3,00MM (USO ROGÉRIO DANIEL MALO)
BROCA AR 6,0MM
BROCA CENTO
BROCA DIAMANTADA PARA PERFURAR MÁRMORE E PISOS
BROCA VIDEA 8 SDS
BROCA VIDEA P/TORNO (ESQUERDO)
BROCA VIDEA P/TORNO(ESQUERDO)
BROCA VÍDEA SDS 6MT
CAIXA FERRAMENTA AÇO
JOGO CATRACA
JOGO CATRACA ½ PARA USO ADEMAR E NILTON
CHAVE AJUSTAVEL 12”
JG. CHAVE COMBINADA, BOCA/ESTRELA
JG. CHAVE PHILLIPS/FENDA
JOGO CHAVE ALLEN
JOGO FENDA P PARAFUSADEIRA
JOGO PONTA FENDA E PHILLIPS PARA PARAFUSADEIRA
BOSCH
CINTA 400LIXA
CINTA LIXA 150
CINTA LIXA 36
CINTA LIXA 80
DESENPENADEIRA AÇO DENT.
ESQUADRO COMBINADO
ESTICADOR 08MM-5/16
ESTILETE LARGO (ESTOQUE E PRODUÇÃO)
69
03.03.0.00041
03.03.0.00042
03.03.0.00043
03.03.0.00044
03.03.0.00045
03.03.0.00046
03.03.0.00047
03.03.0.00048
03.03.0.00049
03.03.0.00050
03.03.0.00051
03.03.0.00052
03.03.0.00053
03.03.0.00054
03.03.0.00055
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
03.03.0.00056
03.03.0.00057
03.03.0.00058
03.03.0.00059
03.03.0.00060
03.03.0.00061
03.03.0.00062
03.03.0.00063
03.03.0.00064
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
FERRAMENTA
EXTATOR ESMIRILHADEIRA BOSH
FORMÃO 5/8
MANDRIL 3/8¨
MANDRIL FURADEIRA BOSH
MARTELO CHAPEADOR
MARTELO REBATEDOR
PISTOLA APLIC. SILICONE
REBITADOR MANUAL
SERRA COPO
SERRA COPO 1.1/2 STARRET
SERRA COPO 1.1/2’
SERRA COPO 1.1/4”
SERRA COPO 1.1/4”
SERRA COPO 1”
SERRA COPO 1”
SERRA COPO 2 ½” USO ROGÉRIO (PLASMA COM
PROBLEMAS)
SERRA COPO 2”
SERRA COPO 25MM 1”
JOGO SOQUETE (CATRACA ½”)
SUPORTE SERRA COPO
SUPORTE SERRA COPO
FURADEIRA
LIMA MEIA CANA
PINÇA MÁQUINA SOLDA
70
ANEXO B
PRODUTOS PRONTOS
71
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universidade do vale do itajaí aline maria dos santos tce