UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ ALINE MARIA DOS SANTOS TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES DA EMPRESA AÇOINOX Biguaçu 2010 ALINE MARIA DOS SANTOS TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES DA EMPRESA AÇOINOX Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor (a) Orientador(a): Rosalbo Ferreira Biguaçu 2010 ALINE MARIA DOS SANTOS TCE – TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PROPOSTA DE MELHORIAS NO PROCESSO DO CONTROLE DE ESTOQUES DA EMPRESA AÇOINOX Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu. Biguaçu, 21 de Junho de 2010. Prof. Dr. Rosalbo Ferreira UNIVALI - CE de Biguaçu Orientador Profª. Msc. Engª Ely Teresinha Dionísio UNIVALI - CE de Biguaçu Prof. Msc Eng. João Carlos Domingues Carneiro UNIVALI - CE de Biguaçu Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio a minha mãe, a meu pai (in memoriam),a meu irmão, meu namorado e familiares. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a vida, e forças para chegar até aqui. Agradeço aos gestores da empresa AçoInox pela atenção, compreensão e disponibilidade. Ao orientador Profº. Rosalbo Ferreira, pela sua paciência e competência ao qual não mediu esforços para a conclusão deste trabalho. A professora Simone que esteve ao meu lado e me acompanhou em uma grande parte desse trabalho. Ao Professor João Carlos, grande amigo e companheiro durante esse período de estágio. “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Charles Chaplin. RESUMO SANTOS, Aline Maria dos. Proposta de Melhorias no Processo do Controle de Estoques da Empresa Açoinox. 2010. 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010. O presente trabalho tem a finalidade de demonstrar a importância da administração de materiais dentro da empresa, e o quanto é essencial para o seu desenvolvimento. Assim, o principal objetivo desse trabalho foi detectar alguns pontos que precisam ser revistos na gestão de estoques e propor as devidas melhorias para a empresa AçoInox Indústria e Comércio Ltda. Foi efetuado um levantamento de dados primários junto ao colaboradores e os Diretores da empresa, diante desse dados foram efetuadas as pesquisas documentais e bibliográficas, com o intuito de encontrar soluções para os problemas detectados no setor de estoque. Logo o controle de estoque deve ser feito de forma criteriosa, codificando e classificando os materiais, tentando-se aproximar de um nível de estoque o mais ideal possível, evitando recurso financeiro parado. Palavras-Chave: Controle, Organização, Classificação e Codificação. ABSTRACT SANTOS, Aline Maria dos. Proposta de Melhorias no Processo do Controle de Estoques da Empresa Açoinox. 2010. 71 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2010. This paper aims to demonstrate the importance of materials management within the company, and how essential it is for their development. Thus, the main objective of this study was to identify some points that need to be reviewed in inventory management and propose appropriate improvements to the company AçoInox Industria e Comercio Ltda. We performed a survey of primary data with the employees and directors of the company, before this data was made the documentary and bibliographic searches, with the aim of finding solutions to problems encountered in the stock area. Soon, the inventory control must be done judiciously, coding and sorting the materials, trying to approach a level of inventory as possible, avoiding financial resource stopped. Keywords: Control, Organization, Classification and Coding. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Seleção para a classificação de importância operacional............ 32 Tabela 2: Tabela Análise da Curva ABC.......................................................... 54 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Comportamento dinâmico do processo de previsão..................... Figura 2: Características do sistema de controle de estoque máximomínimo................................................................................................................ 26 27 Figura 3: Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido......... 29 Figura 4: Classificação por tipo de demanda.................................................. 31 Figura 5: Modelo................................................................................................. 33 Figura 6: Sistema americano federal de codificação...................................... 34 Figura 7: Gráfico da curva ABC........................................................................ 37 Figura 8: Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC.......................... 37 Figura 9: Relação anual de materiais utilizados pela empresa..................... 38 Figura 10: Tabela mestra para a construção da Curva ABC.......................... 38 Figura 11: Determinação das áreas A, B e C................................................... 39 Figura 12: Empresa Spaço Inox....................................................................... 43 Figura 13: Organograma.................................................................................... 43 Figura 14: Fluxograma de Produção................................................................ 45 Figura 15: Fotos do Processo de Produção.................................................... 46 Figura 16: Fotos do estoque............................................................................. 49 Figura 17: Armazenagem de Matéria-Prima..................................................... 50 Figura 18: Gráfico da classificação dos itens em estoque............................ 53 Figura 19: Gráfico de investimentos em estoque........................................... 54 Figura 20: Curva ABC........................................................................................ 55 Figura 21: Modelo Balcão Gavetas................................................................... 57 Figura 22: Modelo Quadro de Ferramentas..................................................... 57 Figura 23: Modelo para a armazenagem da matéria-prima............................ 58 Figura 24: Modelo Solicitação de Compras..................................................... 59 Figura 25: Modelo Ordem de Compra.............................................................. 60 Quadro 1: Modelo para a Confecção da Curva ABC....................................... 36 Quadro 2: Controle de Estoque Mensal........................................................... 51 Quadro 3: Modelo de Classificação e Codificação dos Produtos................. 53 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 13 1.1 OBJETIVOS................................................................................................... 14 1.1.1 Objetivo geral............................................................................................ 14 1.1.2 Objetivos específicos............................................................................... 14 1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................ 16 2.1 ESTOQUES................................................................................................... 16 2.2 TIPOS DE ESTOQUE.................................................................................... 18 2.2.1 Objetivos dos estoques............................................................................ 20 2.2.2 Politicas de estoques................................................................................ 23 2.3 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES............................................................... 25 2.3.1 Níveis de estoques.................................................................................... 27 2.4 PONTO DE PEDIDO...................................................................................... 28 2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS............................................................. 30 2.5.1 Identificação ou especificação................................................................ 32 2.5.2 Codificação............................................................................................... 33 2.5.3 Classificação ABC de materiais.............................................................. 35 2.6 COMPRAS..................................................................................................... 39 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO/METODOLOGIA.................................. 41 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS.......................................................... 42 4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA........................................................................... 42 4.1.1 Organograma da empresa........................................................................ 43 4.1.2 Atividades desenvolvidas........................................................................ 44 4.1.3 Processo de produção.............................................................................. 44 4.1.4 Principais clientes..................................................................................... 47 4.1.5 Principais fornecedores........................................................................... 47 4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS...................................................................... 48 4.2.1 Atual sistema de controle de estoque..................................................... 48 4.2.2 Classificação e codificação de materiais................................................ 49 4.2.3 Classificação ABC..................................................................................... 49 4.2.4 Tipos de estoque....................................................................................... 50 4.2.5 Níveis de reposição de estoque............................................................... 51 5 PROPOSTA PARA ORGANIZAÇÃO............................................................... 51 5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE.................................................... 51 5.1.1 Classificação e Codificação dos Materiais............................................. 52 5.1.2 Classificação ABC de materiais............................................................... 53 5.1.3 Estabelecer os níveis de estoques.......................................................... 55 5.1.4 Armazenagem............................................................................................ 56 5.1.5 Compras..................................................................................................... 58 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................. 61 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 62 ANEXO A............................................................................................................. 64 ANEXO B............................................................................................................. 70 13 1 INTRODUÇÃO À medida que a organização vem buscando no mercado a posição de liderança, ela precisa que suas operações sejam confiáveis e eficientes, com isso a administração da produção e operações se tornam mais importantes do que nunca neste processo. O presente projeto de estágio pretende desenvolver uma proposta de melhoria na área de administração de materiais e estoques para a Empresa Açoinox, a partir dos conceitos estudados sobre os temas, bem como em suas diversas áreas pertinentes ao funcionamento do planejamento e controle dos estoques da empresa. As mudanças dentro da organização nem sempre são bem vindas, mas precisam ser executadas. Para que haja sucesso, é importante planejar. As pessoas precisam estar envolvidas e engajadas para o novo rumo que se pretende direcionar à organização. A empresa Açoinox está atuando há 10 anos no mercado no ramo de aço e inox. Hoje, se encontra em processo de reestruturação, devido ao problema financeiro causado por um dos sócios. A empresa conta como uma estrutura de 30 funcionários, estando divididos em administração, comercial, área técnica, almoxarifado e produção. A empresa fabrica toda a linha de produto desenvolvida em aço e inox, desde guarda-corpo, corrimão, puxadores, pias etc. Sua área produtiva é praticamente manual, por se tratar de peças únicas. Isso a empresa considera como um ponto forte: produzir especificamente um único produto de exclusividade de cada cliente. Seu maior mercado hoje é o ramo da construção civil por utilizar várias peças de aço e inox em seus acabamentos. A empresa Açoinox encontra dificuldades em controlar sua área de estoque, no que diz respeito aos processos de entrada e saída de material. Desse modo, este estudo pretende responder a seguinte questão: Quais medidas deverão ser tomadas para melhorar o processo do controle de estoque da empresa Açoinox? 14 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Propor melhorias no processo de controle de estoques da empresa Açoinox, localizada em São José – SC, no período de março a julho de 2010. 1.1.2 Objetivos específicos • Avaliar o processo de controle de estoques da empresa Açoinox; • Identificar o sistema de classificação de materiais; • Avaliar e implementar a classificação ABC de materiais; • Avaliar os métodos de controle de estoque; • Identificar níveis de reposição que atenda as necessidades atuais da empresa; • Diagnosticar dificuldades. 1.2 JUSTIFICATIVA A administração de materiais, hoje, é vista como um conjunto de informações necessárias para o bom desenvolvimento da organização. Este conjunto é formado por recursos físicos capazes de transformar bens e serviços. É importante administrar bem seus estoques de forma a utilizá-los com eficiência e eficácia. O sucesso de uma empresa depende da qualidade e produtividade de seus processos, com a crescente concorrência no mercado consumidor, as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Logo, a administração de matérias engloba a seqüência de operações, iniciando na identificação do fornecedor, a compra do bem ou serviço, o recebimento da mercadoria, o transporte e a armazenagem. A empresa utiliza recursos que devem ser bem aproveitados, por isso há necessidade de se ter uma área de estoque bem estruturada. O trabalho é viável, e bem aceito pelos diretores da empresa, por reconhecer esta deficiência na organização. O desenvolvimento do trabalho é bem complexo 15 por se tratar de uma área bem específica da administração, mas será possível executá-lo dentro de um ano. Assim este trabalho é de total importância para a empresa por se tratar de melhorias em sua área de estoques. O acesso à informação é bastante facilitado, pois a acadêmica trabalha na empresa, permitindo assim obter todas as informações para o desenvolvimento do trabalho. Caso a proposta seja aprovada, acredita-se que a empresa poderá reduzir seus custos de compra e aproveitar melhor os materiais disponíveis em estoque. 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A administração de estoques é parte fundamental do ciclo de vida de uma empresa, é nela que conseguimos controlar as entradas e saídas de materiais, bem como identificar a demanda de compras. Antigamente a grande preocupação das empresas eram vender, produzir e faturar. Depois surgiram preocupações com outras áreas, ficando a área de materiais totalmente esquecida. Com o passar do tempo a administração de materiais foi ganhando espaço e hoje é uma área de extrema importância dentro de qualquer organização, pois se tem a ciência que a maior parte do capital investido esta no estoque. A administração de materiais foi evoluindo ao ponto de que as empresas otimizam os investimentos em estoques, aumentando os controles e minimizando o capital investido. A administração de estoques bem executada é de extrema importância para evitar perdas de investimentos e desperdício de materiais. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma visão mais abrangente do processo de administração de estoques, o conceito, tipo de estoques, classificação de materiais, compras e objetivos da função de compras. 2.1 ESTOQUES Segundo Moreira (1998, p. 317), “entende-se por estoque quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo [...]”. Quando falamos em estoques, é importante ressaltar que são investimentos que envolvem vários tipos de itens dos mais diversificados. Porém, há possibilidade de classificar tais itens em determinados grupos, podendo então o estoque da empresa ser formado da combinação desses itens básicos (MOREIRA, 1998, p. 317). Nesse sentido, Viana (2000, p. 144) sustenta que “os estoques são recursos ociosos que possuem valor econômico, os quais representam um investimento destinado a incrementar as atividades de produção e servir os clientes”. 17 Assim, como menciona Moreira, os estoques são investimentos, e Viana (2000, p. 144) afirma, em outras palavras, que: A formação de estoques consome capital de giro, que pode não estar tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado, pode ser necessitado com urgência em outro segmento da empresa, motivo pelo qual o gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre estoque e consumo. Nesta mesma linha de pensamento, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 469) afirmam que o “estoque pode ser definido como a quantificação de qualquer item ou recurso usado em uma organização”. Antigamente, víamos os estoques como um ativo da empresa, hoje esta visão está mudando, ou seja, não é mais aceita, devido ao fato de que o ciclo de vida dos produtos estarem se tornando cada vez menor, pois manter estoques está se tornando cada vez mais caro (DAVIS, AQUILANO e CHASE 2001, p. 468). Ou seja, Ritzman e Krajewsk, ( 2004, p. 316) sustentam que os estoques são importantes tanto para os funcionários quanto para organização, e que toda organização, por menor que seja, deve ter o sistema de estoques implantado. Os estoques estão envolvidos em todas as operações diárias da empresa, por isso o mesmo deve ser utilizado tanto para controle gerencial como melhor atendimento ao cliente. Não sendo diferentes das demais organizações os estoques requerem investimentos, sejam eles de produtos ou maquinários, porém representam uma saída de fluxo de caixa com retorno futuro. Dessa forma, Martins e Alt, (2000, p. 133) destacam que os estoques nas organizações são mais antigos que o próprio estudo da administração. Por se tratar do controlador das empresas, tanto nas áreas de produção, vendas, fluxo de caixa e investimentos os estoques são ferramentas importante para o gerente ao qual auxiliam nas tomadas de decisões. Os mesmos autores salientam ainda que as empresas, hoje em dia devem procurar uma vantagem competitiva frente aos seus concorrentes, e uma grande oportunidade de atendê-los com agilidade na hora certa e quantidade desejada. Este é um grande desafio da administração de estoques eficaz. Nesse sentido, Arnold (1999, p. 265) diz que “os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção”. 18 Arnold (1999, p. 265) salienta ainda que, administração de estoques é responsável pelo controle e planejamento dos estoques, desde a compra da matéria-prima até o produto final entregue aos clientes. A função de estoques é importante para os gerentes em todos os tipos de organização, pois auxilia no desafio de controlar para não diminuir os estoques para redução dos custos e ter estoques suficientes para atender as demandas, ou seja, a arte de administrar estoques está em administrar bem o capital de giro e ter estoque suficiente para atender as prioridades competitivas da empresa (RITZMAN e KRAJEWSKI, 2004, p. 294). Nesse mesmo sentido, salientam Martins e Alt (2000 p. 138) que os gerentes quando administram os estoques, estão cuidando de uma parcela do ativo da empresa, por a importância de se obter um setor de estoques, para cuidar e gerir melhor o controle dos produtos e materiais. Em outras palavras, Pozo (2002 p. 33), complementa que a “função da administração de estoques é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, e com grande efeito dentro dos estoques”. Além disso, Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997 p. 381) destacam que os estoques são definidos através de um acumulo e armazenagem de materiais prontos para a transformação. 2.2 TIPOS DE ESTOQUES Os estoques têm a função de controlar e regulamentar o fluxo de entrada e saída de mercadorias das empresas, mantendo o processo de produção ou suprimentos funcionando sem interrupções, envolvendo não só os estoques de matérias-primas e auxiliares, como também os intermediários e os de produtos acabados (POZO, 2002, p. 36). De forma mais abrangente Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997, p. 383), comentam que “não importa o que está sendo armazenado como estoque, ou onde ele está posicionado na operação; ele existirá porque existe uma diferença de ritmo entre fornecimento e demanda”. Para Pozo (2002, p.36), existem vários tipos ou nomes de estoques, podendo ou não ser “mantidos em um ou diversos almoxarifados”. Com isso ele destaca que há cinco tipos de almoxarifados dentro das empresas, sendo: almoxarifado de 19 matéria-prima; almoxarifado de materiais auxiliares; almoxarifado de manutenção; almoxarifado intermediário e almoxarifado de acabados. Assim, Pozo (2002, p. 36), destaca que se entende por matéria-prima o material básico que irá sofrer transformação dentro da produção. Segundo Viana (2000, p. 53), estoques de matérias-primas são “materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo da empresa”. Na mesma perspectiva Martins e Alt (2000, p. 136), comentam que são todos os insumos transformados em produtos acabados. Sendo assim, Dias (1993, p. 28), comenta dizendo que “são os materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado”. Quando falam de materiais auxiliares, Pozo (2002, p.36), afirma que são os materiais que fazem parte do processo de transformação da matéria-prima dentro da fábrica. Na mesma linha, Viana (2000, p. 53), quer dizer que os materiais encontrasem em processamento de transformação, ou seja, não é mais matéria-prima, porém ainda não é um produto acabado, está no meio destes dois processos. Assim Martins e Alt (2000, p. 136), complementam que os estoques de materiais auxiliares “são os materiais que começaram a sofrer alterações, sem, contudo, estar finalizados”. Dias (1993, p.29), destaca que os materiais auxiliares são todos aqueles que estão em processo de fabricação, ou seja, estão passando por um processo de transformação dentro da sua área fabril. Para o conceito de estoques de materiais de manutenção Pozo (2002, p.36), destaca que são as peças que servem para a manutenção dos equipamentos utilizados para a fabricação dos materiais. Dias (1993, p. 30), destaca que para este tipo de estoque deve manter a “mesma importância dada à matéria-prima deverá ser dada a peças de manutenção”. Pois uma máquina quebrada e sem peça para reposição, acresce a perda de rendimento da produção e atrasos nas entregas dos produtos fabricados. No que diz respeito ao estoque de material intermediário, Pozo (2002, p.37), destaca como sendo os materiais que se encontram em processo de transformação, ou seja, estão estocados para ser alocados e compor o produto final. 20 Em outras palavras, Dias (1993, p. 29), afirma que são os estoques que estão em processo de transformação, porém “eles são, em geral, produtos parcialmente acabados que estão em algum estágio intermediário de produção”. E por fim os estoques de produtos acabados, Pozo (2002, p. 37) conceitua que os estoques de produtos acabados, nada mais do que os materiais que estão prontos, e a disposição para ser entregue ao cliente final, acrescenta ainda que, “o resultado do volume desse estoque é função da credibilidade de atendimento da empresa e do planejamento dos estoques de matéria prima e em processos.” Assim, nessa mesma linha, tanto Viana (2000, p. 53), como Martins e Alt (2000, p. 136), afirmam que são os itens acabados, prontos para ser entregues aos clientes. Além disso, Dias (1993, p. 29), complementa que os estoques de produtos acabados “consiste em itens que já foram produzidos, mas ainda não foram vendidos”. 2.2.1 Objetivos dos estoques Hoje as organizações matem estoques por diversas razões, os quais podem incluir segundo Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), para se protegerem da incerteza, para dar suporte a um plano estratégico e obter vantagens da economia de escala. Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), afirmam que as empresas para se protegerem da incerteza, administram os estoques examinando a incerteza em três níveis: A primeira é com relação à matéria-prima que gera a necessidade do estoque, neste caso a incerteza é sobre o tempo de entrega, que varia entre os atrasos ocorridos e a quantidade da matéria-prima recebida; A incerteza também ocorre no processo de transformação da matéria-prima, nesta fase os estoques sofrem alteração existente no processo, ao qual fornecem autonomias entre as operações e com isso aprimorando a eficiência; E finalmente a incerteza quanto à demanda pelos produtos, pois se a demanda fosse conhecida antes, seria possível produzir de acordo com a necessidade e demanda. Porém é normal que a demanda não seja conhecida antes, por isso à necessidade da empresa possuir um estoque de segurança dos produtos. 21 Dessa forma, Moreira (1998, p. 319), conta como sendo incerteza a falta de matéria-prima e a dificuldade de negociação e de compras das mesmas, e a variação em relação da demanda do produto acabado. Vale ressaltar também, que existem certos prazos entre a negociação do pedido até a entrega da matéria-prima, ao qual é chamado de tempo de espera, ou seja, a mercadoria não chegou à data certa acaba gerando atraso na entrega do produto final. Por isso, levando em considerações todos estes pontos, é destacada a importância e a necessidade de se manter o estoque de segurança, ao qual sua principal função e atender a empresa nestes imprevistos citados acima. Assim, Arnold (1999, p.271) complementa que: Os estoques ajudam a maximizar o atendimento aos clientes, protegendo a empresa da incerteza. Se fosse possível prever exatamente o que os clientes querem e quando um plano seria feito para satisfazer à demanda sem incertezas. Entretanto, a demanda e o lead time necessários para produzir um item são sempre incertos, possivelmente resultando em esvaziamentos de estoque e na insatisfação dos clientes. Por esses motivos, pode ser necessário manter estoques extras para proteger a organização das incertezas. Esse tipo de estoque chama-se estoque de segurança. Na mesma concepção, Ritzman e Krajewski (2004, p. 307) dizem que a demanda e o tempo de espera às vezes pode não contar com os imprevistos tanto na compra da matéria-prima como nos prazos de entrega, muito menos com a demanda dos produtos, por isso a necessidade do estoque de segurança. Complementando, Viana (2000, p.148) afirma que o processo de compras vai desde a obtenção do pedido até a data efetiva do recebimento, porém gera duas variáveis, para alguns itens esse tempo é constante, para outros existe uma variação que pode ser aleatória ou regular dependendo da demanda. Sendo assim ele destaca também a importância do estoque de segurança. Dessa forma, Martins e Alt (2000, p.137) entendem que o estoque de segurança se faz necessários, para atender a demanda dos clientes juntamente com possíveis atrasos dos fornecedores. Outro objetivo do estoque é dar suporte a um plano estratégico Davis, Aquilano e Chase (2001, p.470) destacam a importância do planejamento agregado e uma estratégia de estoque para atender a capacidade constante a demanda dos produtos acabados. Sendo assim quando a demanda excede a produção, os itens 22 faltantes para cobrir são retirados do estoque e quando ela for menor que a produção é recolocada no estoque. Na mesma linha de pensamento, Ritzman e Krajewski (2004, p. 304) concordam com os autores Davis, Aquilano e Chase, porém acrescenta que para dar suporte a um plano estratégico de estoque há também a necessidade de um sistema de revisão continua dos produtos acabados, pois acompanha o estoque remanescente dos produtos e a item retirado é efetuada uma nova requisição a fim de determinar a necessidade de compras e reposição. Assim, Moreira (1998, p. 319) acrescenta que os estoques cobrem as mudanças previstas no suprimento e na demanda dos produtos, sendo que as vezes o estoque é alto esperando os frutos de uma campanha promocional, ou as vezes por ter dificuldades de abastecimento do estoque. Já para Arnold (1999, p. 271) diz que para traçar um bom planejamento estratégico o principal é pensar no atendimento ao cliente, ou seja, satisfazer suas necessidades. Nessa linha, alguns controles de estoque podem se basear na porcentagem de pedidos ou por pedidos que saem do estoque por dia, porém acrescenta que sobrando material o mesmo retorna ao estoque. Quanto ao que diz respeito obter vantagens da economia de escala, Moreira (1998, p. 319) afirma que para a empresa torna-se mais barato comprar e produzir em certas quantidades, que são excessivos para a necessidade do momento no que levará a manutenção dos estoques. Acrescenta a vantagem da produção em lote, de poder utilizar as mesmas máquinas para produzirem vários produtos. Sendo que “a cada novo produto ou item produzido numa dada máquina pode exigir um tempo de preparação ponderável; produzindo-se em lotes, o custo dessa preparação é dividido por muitas unidades de mercadoria”. E no caso de materiais comprados pela empresa, à compra feita em lotes a oportunidade de negociação é mais fácil e melhor de conseguir descontos, pois a quantidade comprada é significativa. Assim, Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470) acrescentam que “cada vez que liberamos uma ordem ou fazemos uma preparação (setup) para executar uma operação, incorremos num custo fixo, independente da quantidade envolvida”. Sendo assim, quanto maior for à quantidade, menor será o custo. Além do que as empresas oferecem maiores descontos para quantidades compradas em lotes, sendo um incentivo para que os clientes automaticamente convencidos pela oferta de uma boa negociação comprem mais. 23 Dessa forma, Davis, Aquilano e Chase (2001, p.470) chamam a atenção também para a área produtiva interna, incentivando a produção em lotes, reduzindo os custos, pois não há necessidade de parar para a cada instante, para reprogramação das máquinas para produção de determinados produtos, assim afirma que a empresa economizará em mão de obra e tempo ocioso. Em poucas palavras, Martins e Alt (2000, p.137) afirmam que “os custos são tipicamente menores quando o produto é fabricado continuamente e em quantidades constantes”. Nesse sentido, Arnold (1999, p. 273) acrescenta que o custo de preparar um produto é fixo, ou seja, é o mesmo custo que terá em grande quantidade, porém diante destes fatos, quanto mais quantidades forem produzidas a cada vez, o custo médio por unidade será mais baixo. Dessa forma “os estoques permitem que a produção compre em quantidades maiores, o que resulta na redução de custos de pedidos por unidade e em descontos sobre a quantidade”. Pozo (2002, p.34), complementa que os objetivos dos estoques está ligado a uma boa administração de materiais, ou seja a importância de planejar o consumo de materiais atendendo a necessidade da produção, aplicando a melhor forma de custos dos estoques. 2.2.2 Políticas de estoque A função de planejar e controlar os estoques visa estabelecer certos padrões que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para medir a desempenho do departamento de gestão de estoques. Para Pozo (2002, p.35), cabem ao setor de estoques os controles das necessidades e demanda do processo produtivo, dando o suporte e evitando a falta de materiais, sendo que “nosso objetivo é demonstrar quão importante é o planejamento de estoque para o resultado final financeiro de uma empresa, e visualizar seu alto impacto no custo do produto”. Segundo Viana (2000, p.169) a decisão de manter estoques nas empresas passa por uma série de variáveis, sendo que o ideal é o “estoque zero”, passando para o fornecedor todos os custos de manutenção, armazenagem e capital imobilizado. 24 Assim Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470), falam que, com “relação aos estoques, os seguintes custos devem ser levados em consideração: custo de manutenção, custo de preparação ou pedido e custo de falta de estoques”. Nessa linha os autores Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 470) falam que os estoques de manutenção são divididos em três segmentos: “custo de armazenagem, custo de capital e custos de obsolescência/redução”. Dessa forma para Moreira (1998, p.321) quanto ao custo de armazenagem o mesmo inclui todos os custos referentes ao espaço ocupado pelo estoque, ou seja, este custo existe apenas porque o material foi estocado. Já para o custo de capital o autor afirma que é o investimento em estoque, a soma de qualquer do dinheiro indisponível para qualquer atividade fora da produção. Sendo que o custo do capital é diretamente proporcional ao investimento no estoque. Para o custo de obsolescência o autor comenta que o material tende a perder seu valor. No que diz respeito ao custo de armazenagem, Davis, Aquilano e Chase (2001, p.470) falam que os mesmo estão incluso o custo das instalações onde fica armazenado os estoques na forma de aluguel ou depreciação, os seguros, as taxas e o pessoal de apoio. Quanto ao custo de capital, os mesmo podem variar levando em consideração as condições financeiras da empresa, ou seja, “se a empresa tem que fazer empréstimos para manter o estoque, então o custo de capital é o juro pago nestes empréstimos”. Já para o custo de obsolescência os produtos tende a depreciar seus valores com o passar dos anos. Seguindo o mesmo pensamento, Arnold (1999, p.274) acrescenta que o “armazenamento do estoque requer espaço, funcionários e equipamentos. À medida que aumenta o estoque, aumentam também esses custos”. Quanto ao custo de capital, este se encontra aplicado nos estoques, não estando disponível para utilizar em outras áreas, isso ele considera como um custo de oportunidade perdida. No que diz respeito ao custo de obsolescência, o autor comenta sobre “a perda do valor do produto resultante de uma mudança no modelo no estilo, ou do desenvolvimento tecnológico”. Para Pozo (2002, p.38), devido às dificuldades que as empresas passam nos dias de hoje para manter o capital de giro, logo preferem manter o mínimo possível de estoques, até mesmo porque o custo para armazenagem é muito alto. No que diz respeito ao custo de preparação ou de pedido, Davis, Aquilano e Chase (2001, p.471) salientam que estes custos são fixos, estando ligados a 25 produção interna ou liberação do pedido “para fabricação externa para um fornecedor”. Estes custos são independentes das quantidades que são requisitadas. Para Moreira (1998, p. 320), o custo por pedido nada mais é do que a soma de todos os custos incorridos, desde o momento em que o pedido é efetuado até o momento em que é estocado. Segundo Pozo (2002, p. 37), o custo de pedido é gerado a cada requisição de material ou um pedido emitido, sendo que nesse processo estão inclusos os custos fixos e variáveis. Os custos fixos ficam ligados diretamente a emissão dos pedidos e as pessoas envolvidas a ele, já nos custos variáveis “consistem nas fichas de pedidos e nos processos de enviar esses pedidos as fornecedores, bem como, todos os recursos necessários para tal procedimento”. Nesse sentido para Arnold (1999, p. 275), os custos de pedidos estão ligados à emissão de um pedido, seja ele para fábrica ou para o fornecedor, ele não depende da emissão do pedido ou da quantidade pedida. Quanto ao custo da falta de estoques, Moreira (1998, p.321), comenta que estes custos refletem as conseqüências econômicas, pois são vendas que deixam de ser efetuadas, bem como a demora da entrega dos pedidos aos clientes. Para Davis, Aquilano e Chase (2001, p.471): Quando um estoque de um determinado item é exaurido, e um cliente pede aquele produto, então incorre um custo de escassez. Este custo normalmente e a soma do lucro perdido e de qualquer má vontade gerada. Existe uma compensação entre manter um estoque para satisfazer a demanda e os custos resultantes de falta de estoques. Algumas vezes, é difícil de obter este balanço, uma vez que pode não ser possível estimar com precisão os lucros perdidos, os efeitos dos clientes perdidos, ou as penalidades posteriores. Assim, Pozo (2002, p. 38), complementa que quanto ao custo da falta de estoques, pode ser tão alto quanto manter um elevado estoque armazenado, pois o atraso na entrega do material ao cliente pode gerar multas por atraso e afetar a imagem da empresa junto ao mercado consumidor. 2.3 PREVISÃO PARA OS ESTOQUES No que diz respeito à previsão de estoques, Pozo (2002, p. 46) afirma que normalmente as informações das quantidades a serem mantida em estoques são 26 obtidas através do departamento de vendas, onde os mesmos coletam sobre a demanda de mercado das vendas. Para Dias (1990, p. 31), o estudo de estoques está baseado em previsões de consumo de material. Esta previsão de demanda estabelece estimativas futuras dos produtos acabados e que serão comercializados pela empresa. “Assim devemos considerar duas categorias de informações a serem utilizadas; quantitativas e qualitativas”. Segundo Pozo (2002, p.46), as informações quantitativas se referem às quantidades ou volumes decorrentes de situações que podem afetar a demanda: Influencia da propaganda; Evolução das vendas no tempo; Variações decorrentes de modismos; Variações decorrentes da situação econômica; Crescimento populacional. Para as informações qualitativas Pozo (2002, p.46), destaca que são as informações obtidas através de pessoas confiáveis e com alto grau de conhecimento do assunto, esses valores confiáveis das variáveis, podem afetar a demanda: Opinião de gerentes; Opinião de vendedores; Opinião de compradores; Pesquisa de mercado. Dias (1990, p. 32), demonstra a seguir uma forma esquemática de representação do comportamento dinâmico do processo de previsão: HISTÓRICO DO CONSUMO ANÁLISE DO HISTÓRICO DO CONSUMO FORMULAÇÃO DO MODELO OUTROS FATORES INFORMAÇÕES DIVERSAS AVALIAÇÃO DO MODELO GERAÇÃO DE PREVISÃO Decorrido um período PREVISTO COMPRADO COM REALIZADO CONTINUAMOS COM A PREVISÃO INICIAL Modelo ainda valido Modelo não valido = Previsão confirmada CORREÇÃO DA PREVISÃO 27 Figura 1: “Comportamento dinâmico do processo de previsão”. Fonte: Dias (1990, p. 32). Pozo (2002, p.47), conclui que diante do exposto anteriormente, as informações qualitativas e quantitativas, não são suficientes, sendo necessária a utilização, em conjunto, de modelos matemáticos que nos levará a uma melhor precisão dos dados desejados, na busca de minimizar os custos envolvidos e otimizar os resultados pretendidos. 2.3.1 Níveis de estoques Para Pozo (2002, p. 58), é de extrema importância a determinação do nível de estoque para a empresa, pois os custos de estoques são compostos por diversos fatores, como a movimentação e a utilização dos recursos financeiros. Assim sendo, para uma boa manutenção dos níveis de estoque denominamos de “sistema máximo-minimo”. Na mesma concepção Dias (1995, p. 128), confirma que para obter uma boa manutenção dos níveis de estoques é necessário usar o sistema de máximo e mínimo. Sendo assim para melhor entendimento do sistema máximo-minímo Pozo (2002, p. 58), demonstra através da figura abaixo: Figura 2: “Características do sistema de controle de estoque máximo-mínimo” Fonte: Pozo (2002, p. 58). Onde: TR = Tempo de Reposição da peça 28 PP = Ponto de colocação de um Pedido de Compra LC = Quantidade a ser comprada para repor estoque Emax = Volume máximo de peças de estoque Emax = Volume máximo de peças em estoque Emin = Volume mínimo de peças em estoque. No que diz respeito ao estoque máximo, Viana (2000, p. 149) destaca como sendo a quantidade máxima permitida para um item de estoque, sendo que seu principal objetivo é identificar a quantidade de reposição através do estoque virtual. Pozo (2002, p. 60), destaca que o estoque máximo, é calculado a partir de dados encontrados no estoque de segurança e no lote de compra, é utilizado para informar sobre as diminuições de consumo e a antecipação de entregas, deve ser assegurado que a cada novo lote, o nível de estoque não cresça, elevando os custos de manutenção de estoques, sendo utilizado a seguinte fómula: EMAX = ES + LC. Para o estoque mínimo também conhecido como estoque de segurança, Viana (2000, p. 150), afirma que é o estoque de produto para suprir determinado período, alem do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor e garantindo o andamento do processo produtivo caso ocorra um aumento na demanda do item. Dias (1990, p. 64), acrescenta que o estoque mínimo, é a quantidade necessária para estar em estoque, evitando atrasos e faltas no processo produtivo bem como na entrega do produto junto aos clientes. Na mesma concepção, Martins e Alt (2000, p. 201), afirma que é importante obter o estoque mínimo, essa quantidade mínima se destina a cobrir os atrasos de reposição por parte do fornecedor, e tem a finalidade de garantir que o produto não irá faltar. Concluindo Pozo (2007, p.66), nos diz que o estoque mínimo ou estoque de segurança realmente se destina a suprir um atraso do fornecedor na entrega do material, evitando assim problemas no processo produtivo e na entrega do produto ao cliente. 2.4 PONTO DE PEDIDO Na concepção de Dias (1990, p. 61) os pedidos de compra devem ser emitidos quando as quantidades estocadas atingirem níveis suficientes apenas para 29 cobrir o estoque de segurança à quantidade mínima que deve existir em estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no ressuprimento, mantendo o fluxo regular de produção e os de consumo previstos para o período correspondente ao prazo de entrega dos fornecedores. Sendo que o saldo do estoque é suficiente até o tempo de reposição, destacado pela seguinte fórmula: PP= CxTR+E.Mn onde: PP Ponto de Pedido C Consumo Médio Mensal TR Tempo de Reposição E.Mn Estoque Mínimo O gráfico a seguir representa o tempo de reposição. E.Mx 1. Emissão do pedido 2. Preparação do pedido 3. Transporte PP 1 2 3 EM TR Figura 3: “Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido”. Fonte: Dias (1990, p. 61). Segundo Pozo (2002, p.59), ponto de pedido é o estoque que temos de uma determinada peça, e que nos da à confiança de não atrasarmos o processo produtivo até a efetiva entrega do novo lote de compra. Em resumo quando o material atinge o ponto de pedido “deveremos fazer o ressuprimento de seu estoque, colocando-se um pedido de compra”. Para o calculo de pedido deve-se utilizar a seguinte fórmula: PP= (CXTR)+ ES, onde: PP Ponto de Pedido C Consumo normal da peça TR Tempo de reposição ES Estoque de segurança Martins e Alt (2000, p. 101), complementam que “é o mais popular método utilizado nas fabricas e consiste em disparar o processo de compra quando o estoque de um certo item atinge um nível previamente determinado”. Destaca o 30 calculo da seguinte formula: Ponto de pedido = consumo médio X tempo de atendimento. Na mesma concepção Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997, p. 399), destacam a importância do tempo de reabastecimento do material ser eficaz juntamente com o estoque de segurança, evitando qualquer ocorrência de falta de material no processo produtivo, logo atraso nas entregas aos clientes. Assim, Bertaglia (2003, p. 334), destaca que o sistema do ponto de pedido é conhecido como pedido com quantidade fixa, ou seja, quando acontecer um processo de retirada do estoque ele vai avaliar se é necessário fazer a reposição daquele determinado item no momento. 2.5 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS Segundo Viana (2000, p. 51), a classificação de materiais é um processo de aglutinação de materiais por características semelhantes. O sucesso no gerenciamento de estoques depende, em grande parte, de classificar os materiais da empresa. Dependendo da situação, serve também de processo de seleção para identificar e decidir prioridades. Para se obter uma boa classificação de materiais demos considerar alguns atributos básicos, como a abrangência, flexibilidade e a praticidade. Dias (1995, p. 177), complementa que a classificação de materiais deve ser feita de forma clara e fácil de identificar não havendo possibilidades de confundir com outro material de forma semelhante. Assim Gonçalves (2004, p.258), afirma que a classificação de materiais tem por finalidade agrupar os produtos por grupo, facilitando a organização e a padronização da estocagem dos mesmos. Viana (2000, p.52), destaca os tipos de classificação de materiais, “para atender as necessidades de cada empresa, é necessária uma divisão que norteie as várias formas de classificação”, destaca como sendo a principal por tipo de demanda subdividida em Materiais de estoques e Materiais não de estoque. 31 Figura 4: “Classificação por tipo de demanda”. Fonte: Viana (2000, p.52). Para os materiais de estoques Viana (2000, p. 52), comenta que deve ser mantido com base na demanda prevista e de importância para a empresa. O mesmo autor (2000, P. 52), fala que os materiais mantidos em estoques são classificados em: a Quanto a aplicação e b quanto ao valor de consumo anual e c quanto a importância operacional; a1 materiais produtivos; a2 matérias-primas; a3 produtos em fabricação; a4 produtos acabados; a5 materiais de manutenção; a6 materiais improdutivos; a7 materiais de consumo geral. b 1 materiais A, grande valor de consumo; b2 materiais B, médio valor de consumo; b3 materiais C, baixo valor de consumo; c1 materiais X, aplicação não importante; c2 materiais Y, importância média; c3 materiais Z, importância vital. 32 Indagações Classificação Material é imprescindível Equipamento é da Material possui ao equipamento? linha de produção? similar? Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Sim X Sim Não Não X Não Não Não X Não Não Sim X Não Sim Não X Não Sim Sim X X Y Z Y Z Tabela 1: “Seleção para a classificação de importância operacional” Fonte: Viana (2000, p. 52). Para os materiais não de estoque Viana (2000, p. 55), destaca como sendo materiais de ressuprimento automático, ou seja, devem ser comprados para utilização imediata, “poderão ser comprados para utilização posterior, em período determinado pelo usuário, ficando, nesses casos, estocados temporariamente no almoxarifado”. Para Dias (1990, p.161), “o objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa”. 2.5.1 Identificação ou Especificação Viana (2000, p.74), define identificação como sendo a “descrição das características de um material, com a finalidade de identificá-lo e distingui-lo de seus similares”. Complementa ainda que o sucesso do processo depende das seguintes condições: Existência de catalogação de nomes, que deve ser padronizada; Estabelecimento de padrões de descrição; Existência de programa de normalização de materiais. Gonçalves (2004, p.258), destaca como sendo a identificação, dos registros dos principais dados para caracterizar cada item. O mesmo autor (2004.p.260), comenta que a identificação do cadastro significa o registro do item em um sistema em banco de dados com toda sua 33 característica. Assim faz a inclusão do item no cadastrado de materiais, se houver necessidade ou o item sofrer qualquer modificação deverá ser alterado no cadastro, e se a empresa e não trabalhar com aquele determinado item o mesmo deverá ser excluído da base de dados, ficando assim um sistema sempre atualizado e enxuto. 2.5.2 Codificação Viana (2000, p.93) comenta que as empresas de um modo geral se preocupam em identificar os materiais de forma a facilitar a localização, bem como os controles. Sendo assim o mesmo destaca abaixo o objetivo de ter uma boa codificação e classificação dos materiais sendo suas vantagens: • • • • Facilitar a comunicação interna na empresa no que se refere a materiais e compras; Evitar a duplicidade de itens no estoque; Permitir a padronização de materiais; Facilitar o controle contábil dos estoques; Assim para Martins e Alt (2000, p. 220), a codificação na maioria da empresas é conhecida com o nome de controle do ativo fixo imobilizado, sendo sua principal função controlar, registrar, codificar todos os bens, destacados como bens imobilizados passíveis de depreciação conforme mostra figura 3 Figura 5: “Modelo”. Fonte: Martins e Alt (2000, p. 221). Sendo assim Dias (1995, p.179) comenta que esta classificação é chamada “definidora”, quando tornar necessário qualquer material, ou seja, “basta que informemos os números das três classificações que obedecem à seguinte ordem”: • Número da classificação geral 05 • Número da classificação individualizadora 02 34 • Número da classificação definidora 03 O mesmo autor (1995, p.179), destaca ainda que o sistema numérico pode ter uma extensão enorme e com variações muito grande, segue o exemplo na figura 2, do sistema americano Federal Supply classification Figura 6: “Sistema americano federal de codificação” Fonte: Dias (1995, p.179). Pozo (2007, p.198), destaca que “na codificação dos materiais e bens, poderemos usar dois sistemas; um o alfanumérico e o outro o numérico”. Assim observa que o sistema numérico também é chamado decimal, é o melhor e mais utilizado método de codificar os materiais e bens patrimoniais, em razão de sua simplicidade e de sua infinita possibilidade de informações. Viana (2000) afirma que, “da combinação codificação e especificação obtémse o catálogo de materiais da empresa”, sendo assim, os planos de codificação dividem os materiais em grupos e classes, ou seja: a. grupo: designa a família, o agrupamento de materiais, com numeração de 01 a 99; b. classe: identifica os materiais pertencentes à família do grupo, numerando-os de 01 a 99; c. número identificador: qualquer que seja o sistema, há necessidade de individualizar o material, o que é feito a partir da faixa de 001 a 999, reservada para numeração correspondente de identificação; d. dígito de controle: para os sistemas mecanizados, é necessário a criação de um dígito de controle para assegurar confiabilidade de identificação pelo programa. O sistema de codificação selecionado deve possuir as seguintes características (VIANA, 2000): a. expansivo: o sistema deve possuir espaço para a inserção de novos itens e para a ampliação de determinada classificação; b. preciso: o sistema deve permitir somente um código para cada material; c. conciso: o sistema deve possuir o número possível de dígitos para definição dos códigos; 35 d. conveniente: o sistema deve ser facilmente compreendido e de fácil aplicação; e. simples: o sistema deve ser de fácil utilização. 2.5.3 Classificação ABC de materiais Arnold (1999, p. 284), afirma que a classificação ABC permite identificar os itens de estoque que necessitam de atenção maior em razão da representatividade de cada um em relação aos seus investimentos feitos em estoques. A curva ABC é um instrumento de grande valia para os administradores, pois consegue identificar os itens que necessitam de atenção e melhor tratamento adequado. Obtemos a curva ABC através da ordem dos itens descrito a sua importância relativa (DIAS, 1990, p. 86). Nesse sentido, Pozo (2002, p.85), acrescenta que a Curva ABC, é de importante utilidade nos mais diversos setores da administração e principalmente para as tomadas de decisões “envolvendo grande volume de dados e a ação tornase urgente”, sendo seu grande mérito a classificação dos itens de estoques em critérios ou classes. Slack, Chambers, Harland, Harrison e Johnston (1997, p. 401), destacam que em qualquer empresa que possua mais de um item em estoques, sempre vai haver um que é mais importante que o outro ou tem maior valor, logo a necessidade de usar a curva ABC, onde apontará estes tipos de materiais. Para Ballou (1995, p.97), “o conceito de curva ABC deriva da observação dos perfis de produtos em muitas empresas – que a maior parte das vendas é gerada por relativamente poucos produtos da linha comercializada”. Assim, Dias (1995, p.87), comenta que a após a ordenação dos itens pela sua importância relativa, “as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras”: • Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração. • Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C. • Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração. 36 QUADRO. Modelo para a confecção da curva ABC. 1 Necessidade da Curva ABC Discussão Preliminar Definição dos Objetivos 2 Verificação das Técnicas para Análise Tratamento de Dados Cálculo Manual, Mecanizado ou Eletrônico 3 Obtenção da Classificação: Classe A Classe B e Classe C sobre a Ordenação Efetuada Tabelas Explicativas e Traçado do Gráfico ABC 4 Análise e Conclusões 5 Providências e Decisões Quadro 1: “Modelo para a confecção da curva ABC”. Fonte: Dias (1995, p.87). Martins e Alt (2000, p. 162), comentam que é de extrema valia o uso da classificação ABC de materiais, pois consiste verificar a movimentação do estoque em certo período, tanto no consumo como na parte financeira, podendo os itens ser classificados em ordem de importância. Viana (2000, p.64) destaca que de uma forma mais abrangente a metodologia de cálculo da curva ABC, é essencial aplicar de acordo com o nível de prioridade que venha apresentar dentro do processo. Conforme a curva ABC, as tarefas devem ser separadas em três níveis distintos, ressaltando a sua importância. Martins e Alt (2000, p.164) demonstram “pela curva ABC, 20% dos itens (classe A) representam 60% dos gastos, 26,67% dos itens (classe B) correspondem a 25% dos gastos, e 53,33% dos itens (classe C) resultam em apenas 15% dos gastos”. Os autores complementam ainda, que a curva ABC é uma das ferramentas mais simples de enxergar o desenvolvimento dos estoques, sendo os itens classificados em ordem decrescente da sua importância. O gráfico a seguir, apresenta um exemplo de curva ABC. 37 Figura 7: “Gráfico da curva ABC”. Fonte: Viana (2009, p. 65). Para Viana (2009, p.65), a interpretação do gráfico da figura acima, conduznos ao resumo abaixo: CLASSE % QUANTIDADE DE ITENS % DE VALOR A 5 75 B 20 50 C 75 5 Figura 8: “Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC” Fonte: Viana (2009, p. 65). Interpretando os resultados obtidos, pode afirmar que: a. a classe A representa o grupo de maior valor de consumo e menor quantidade de itens, que devem ser gerenciados com especial atenção; b. a classe B representa o grupo de situação intermediária entre as classes A e B; c. a classe C representa o grupo de menor valor de consumo e maior quantidade de itens, portanto financeiramente menos importantes, que justificam menor atenção no gerenciamento. O mesmo autor (2009, p.66), comenta que para a construção da curva ABC com base em quaisquer dados sempre será utilizado a mesma forma da figura acima. Ressalta que para a construção da curva ABC é importante elaborar a tabela, após construir o gráfico e interpretar o gráfico. 38 Para melhor entendimento, Viana (2009, p.66), apresenta a elaboração da tabela conforme abaixo: CONSUMO ANUAL - VALOR DO CONSUMO UNIDADES ANUAL EM R$ 25,00 200 5.000,00 X-02 16,00 5.000 80.000,00 X-03 50,00 10 500,00 X-04 100,00 100 10.000,00 X-05 0,15 200.000 30.000,00 X-06 0,01 100.000 1.000,00 X-07 8,00 1.000 8.000,00 X-08 2,00 20.000 40.000,00 X-09 70,00 10 700,00 X-10 5,00 60 300,00 MATERIAL R$ PREÇO UNITÁRIO X-01 Figura 9: “Relação anual de materiais utilizados pela empresa” Fonte: Viana (2009, p.66) Assim o mesmo autor (2009, p.67) destaca que após observar a tabela anterior, os materiais estão apresentados por código, pois não é interessante, pois temos que avaliar o valor, por isso a necessidade de transformar, ficando da seguinte forma conforme figura abaixo: CONSUMO ANUAL - VALOR DO CONSUMO UNIDADES ANUAL EM R$ 80.000,00 80.000,00 45,58 X-02 40.000,00 120.000,00 68,37 X-03 30.000,00 150.000,00 85,47 X-04 10.000,00 160.000,00 91,16 X-05 8.000,00 168.000,00 95,72 X-06 5.000,00 173.000,00 98,57 X-07 1.000,00 174.000,00 99,14 X-08 700,00 174.700,00 99,54 X-09 500,00 175.200,00 99,82 X-10 300,00 175.500,00 100,00 MATERIAL R$ PREÇO UNITÁRIO X-01 Figura 10: “Tabela mestra para a construção da Curva ABC”. Fonte: Viana (2009, p.67) 39 Após essas etapas temos a construção do gráfico, Viana (2009, p.68), diz que o gráfico tem que obedecer “as seguintes etapas, com base na tabela mestra, demonstrada na figura 10: 1. ordenadas e abscissas – formação do quadro; 2. marcação de pontos; 3. traçado da curva; 4. traçado da diagonal do quadrado e da tangente paralela a diagonal no ponto extremo da curva; 5. identificação dos ângulos, traçado das bissetrizes dos ângulos e determinação de pontos na curva; 6. determinação das áreas A,B e C Ficando assim conforme abaixo: Figura 11: “Determinação das áreas A, B e C”. Fonte: Viana (2009, p.69) 2.6 COMPRAS A função de compras é essencial para o Departamento de suprimentos ou materiais, e a finalidade de suprir a necessidade de materiais e serviços da empresa. O setor de compras ou suprimentos necessita ter comunicação direta entre todos os setores da empresa, para assim poder controlar sua demanda de pedidos e solicitações internas (DIAS, 1993, p. 221). 40 Assim, entende Viana (2000, p.43) que a “atividade de compras tem por finalidade suprir as necessidades da empresa mediante aquisição de materiais, emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as melhores condições comerciais e técnicas”. O autor (VIANA, 2000, p. 172) complementa que o ato de comprar é cotidiano em nossas atividades diárias, porém a mesma inclui várias etapas como, avaliar a necessidade de compras, os produtos e materiais a serem comprados, os preços, avaliar e negociar com os fornecedores e acompanhar os pedidos até a entrega. Da forma mais abrangente, (MARTINS e ALT, 2000, p.63) afirma que a função de compras destaca-se hoje, pelo papel importante e estratégico que desenvolve nos negócios, devido ao volume de recursos financeiros ao qual é envolvido. Assim, vai ficando para traz o conceito de que a função de compras é repetitiva e burocrática, que sua principal atividade era gastar e não um retorno de lucros. Com o avanço da tecnologia e a reestruturação que vem passando o setor de compras, o mesmo vem crescendo cada vez mais, e a importância das pessoas que trabalham nesta área, por ser consideradas estratégicas. Para Arnold (1999, p. 207), a função de compras “é muito mais ampla e, se realizada com eficiência, envolve todos os departamentos da Empresa. Obter o material certo, nas quantidades certas [...] e no preço certo, são todas as funções de compras”. Sendo assim, o autor continua dizendo que o setor de compras tem a função de suprir as necessidades da empresa, bem como negociar os preços. As solicitações vindas de outros departamentos são necessárias para a busca, e melhor avaliação de suprimento, auxiliando também o setor de compras numa melhor negociação levando em consideração qualidade do produto, preço e prazo de entrega. Seguindo a mesma linha de pensamento quanto à função de compras, Baily e Famer (1979, p. 14), destacam que compras é uma arte, pois as pessoas precisam saber comprar e negociar, e principalmente comprar na hora certa, preço certo, quantidade certa. 41 3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO/METODOLOGIA Considerando-se o objetivo do presente trabalho, caracteriza-se como proposição de planos, o mais indicado para o estudo da empresa AçoInox. Roesch (1996, p. 68) salienta que na prática, “há vários exemplos de projetos, em que o propósito é apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar problemas organizacionais”. Ou seja, implantar procedimentos para melhor controle e flexibilidade nos processos. O estudo foi desenvolvido na área de estoques e almoxarifado da Empresa AçoInox Indústria e Comércio Ltda., localizada na cidade de São José, na Rua Possibio Silva do Valle, 71 - Área Industrial de São José, no período de Março a Novembro de 2009, onde foi sugerido a implantação do controle de estoques, destacando sua importância para a organização. Os dados primários foram coletados através da pesquisa bibliográfica, de entrevistas informais e da observação. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Neste sentido, elas não só podem melhorar o nível de leitura e redação, bem como acelerar tais processos (ROESCH, 1996, p. 99). A entrevista foi utilizada para obtenção das informações sobre o que as pessoas sabem, sentem, esperam, desejam ou pretende fazer para melhorar o processo de trabalho, sendo que as mesmas apresentam as vantagens e desvantagens em relação a um questionamento em aberto (ROESCH, 1996, p. 132). A observação torna-se relevante a partir do momento em que o pesquisador começa a verificar a realidade com mais cuidado, ou seja, observar os dados e as informações coletadas descrevendo a realidade da empresa. Sendo assim, para o presente trabalho, a participação real do observador na organização é importantíssima, para entender melhor como as pessoas utilizam seu tempo desenvolvendo as suas atividades diárias (ROESCH, 1996, p. 140). Foi desenvolvido para a empresa Açoinox um planejamento do controle de estoques, a partir da organização do estoque, catalogação dos itens, classificação ABC e a estruturação de compras de materiais. 42 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 4.1 HISTORICO DA EMPRESA A empresa Açoinox Indústria e Comércio, situada na Rua Possíbio Silva do Valle, 71, Bairro Fazenda Santo Antônio, na cidade de São José - SC. A empresa existe a dez anos, sendo fundada por dois amigos, um que era o sócio administrador e o outro sócio da área comercial com conhecimento no ramo de aço e inox adquirido por trabalhar a mais de dez anos na empresa Alcoa. Ao longo de sete anos da empresa a sociedade é desfeita por motivos financeiros e o Sócio Edgar Martins assume toda a empresa e passa a administrá-la com seus dois filhos. No inicio da nova administração, Edgar Martins era o Diretor geral, o filho o Diretor Comercial e a filha responsável pela área de projetos da empresa. Depois de passado dois anos Edgar Martins inverte os papeis, passando a Administração Geral da Empresa para seu filho Edgar Martins Junior, que é administrador formado e ele assume a área comercial. A empresa vem crescendo a cada ano e conquistando seu espaço através da venda de um produto de qualidade e um atendimento diferenciado aos seus clientes. Hoje seus principais concorrentes que já estão a mais de 20 anos no mercado são: Metalúrgica Acácio, Metalurgica Trentini Atualmente, a empresa possui aproximadamente uma carteira com 500 clientes, sendo 60% pessoa física e 40% pessoa jurídica. A empresa fabrica toda a linha de aço e inox, e destacam-se como principais produtos: corrimão, coifas, guarda-corpo, pias e outros, sendo que seus produtos são peças únicas e exclusivas fabricadas de acordo com a solicitação de cada cliente. 43 Figura 12: “Empresa Spaço Inox” Fonte: Primária 4.1.1 Organograma da Empresa Figura 13: “Organograma” Fonte: Primária Podemos observar que se trata de uma empresa de pequeno porte, e com uma estrutura bastante flexível, por possuir poucos departamentos e níveis 44 hierárquicos, facilitando o fluxo de informações e automaticamente as tomadas de decisões. Porém, percebe-se que a empresa não possui um responsável pelo departamento de Almoxarifado que envolve as compras e estoques. Assim, este pode ser o principal passo para reestruturar a empresa, onde ela terá plena consciência da necessidade de estudar os processos para controle desta área. 4.1.2 Atividades Desenvolvidas A empresa AçoInox é uma empresa de pequeno porte que atua no ramo de aço e inox, especializada na fabricação de cozinhas industriais, corrimão, guardacorpo puxadores e outros. Atualmente, conta com 30 (trinta) funcionários em seu quadro os quais estão separados por setor administrativo/financeiro, produção, área de projetos e comercial. Destacando como principais clientes as áreas de construção civil, cozinhas industriais e supermercados. A empresa atende clientes em todo os estado Catarinense, bem como o estado do Paraná e Rio Grande do Sul, mais o seu principal foco está direcionado para região da grande Florianópolis. 4.1.3 Processo de Produção Atualmente o processo de produção da empresa é de forma totalmente artesanal, iniciado depois da retirada dos pedidos de vendas. A empresa é especializada na produção de corrimão onde é utilizados tubos de inox AISI 304, o mesmo inicia seu processo através do desenho e modelo conforme solicitação do cliente, depois entra no processo de produção ao qual é soldado, moldado e polido, tudo isso manual sem utilização de máquinas industriais até o processo final que é a instalação para o cliente. 45 Figura 14: “Fluxograma de Produção” Fonte: Primária Assim sendo o processo segue para os demais produtos, como coifas, guarda-corpo, corrimão, puxadores, fogão, bancadas, mesas e outros. 46 Figura 15: “Fotos do Processo de Produção” Fonte: Primária 47 4.1.4 Principais Clientes Pelo seu segmento de mercado a empresa destaca como seus principais clientes: • Rede de Supermercados Angeloni. • Bistek Supermercados. • Giassi Supermercados. • Baden Baden Empreendimentos. • Mundo Car Mais Shopping. • Construtora Becker . • Tha Engenharia e Construção Civil. • Cassol Materiais de Construção. • Hospital de Caridade • Baia Sul Hospital • SOS Cardio 4.1.5 Principais Fornecedores Os fornecedores da empresa são responsáveis pelo abastecimento de ferramentas e matéria prima para o processo de produção, entre os principais estão: • Aço Cearense. • Arcelomittal. • Ferramentas Gerais. • Forminox Ind Com de Inox. • Casa Inox Ltda. • Orion Comercial. • Dominik 48 4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS 4.2.1 Atual Sistema de Controle de Estoque Atualmente a empresa AçoInox Indústria e Comércio Ltda. não dispõe de um controle de estoque adequado para atender suas necessidades. O controle atual é feito de forma inadequada, retiram material sem requisição, sem autorização, não é dada entrada de materiais nem saída. O estoque fica com um controle obsoleto, por não haver uma pessoa responsável pela área. Quanto às compras de materiais é feita de forma visual, sem histórico algum, compra de forma visual ou conforme a entrada de pedidos na empresa. A empresa AçoInox tem suas vendas oscilada em determinado período do ano, aumentando em até 30% a média do período mensal. Devido a este motivo de a empresa não ter um estoque adequado e controlado para atender essa demanda oscilada, acaba gerando gastos elevados e desnecessários, como compras sem programação e quantidade menores, pagamento de horas extras e às vezes dispensando pedido de clientes por não conseguir atender no prazo. Dessa forma, a empresa AçoInox tem a necessidade de melhorar o processo do controle de estoques, visando eliminar o desperdício de material, e o melhor aproveitamento do tempo de produção e retorno financeiro para empresa. 49 Figura 16: “Fotos do estoque” Fonte: Primária 4.2.2 Classificação e Codificação dos Materiais A empresa Açoinox não possui classificação e código de identificação. A matéria-prima é armazenada de forma precária, visto não possuir sequer uma numeração. Ademais, a empresa não disponibiliza de pessoa responsável pelo setor, dificultando uma “padronização” no armazenamento, gerando uma perca considerável de tempo na localização da matéria-prima e insumos. Os produtos são apresentados aos clientes através de projetos e fotos, sendo que os mesmos também não dispõem de codificação especifica, uma vez que são fabricados conforme pedido de cada cliente, ou seja, a empresa não dispõe de estoque de produtos e sim de matéria-prima. 4.2.3 Classificação ABC Durante a pesquisa no estoque da empresa AçoInox, pude observar à falta de uma classificação ABC de materiais. A classificação ABC é de extrema importância para a empresa, pois a mesma evita perdas, desperdício e melhor aproveitamento dos recursos financeiros destinados ao setor de estoque. Por não haver uma pessoa responsável pelo setor de estoques, a classificação ABC é feita de forma visual, sendo identificada apenas na falta do material, ou seja, não existe uma classificação fundamentada em informações proveniente do armazenamento dos produtos. 50 Assim, a matéria-prima de maior importância para a fabricação dos produtos passa despercebida, gerando prejuízo. 4.2.4 Tipos de Estoques Com base na pesquisa, observou-se que a empresa AçoInox identifica alguns itens de estoques armazenados. Neste caso, a empresa identifica como matéria-prima as chapas, tubos e cubas de inox. Como estoque de materiais auxiliares destaca o argônio utilizado na solda das peças. Por não possuir um setor de manutenção, e por conseqüência utilizar de serviços de terceiros, a empresa não disponibiliza de estoque de manutenção. Quanto ao estoque de produtos acabados, a empresa não conta com armazenagem, uma vez que os mesmos são fabricados e entregues conforme a demanda. Figura 17: “Armazenagem de Matéria-Prima” Fonte: Primária 51 Esse é a ilustração do controle de estoque atual Controle Estoque Mensal MÊS MEDIDA Unidade Unidade Unidade Unidade Unidade Descrição dos produtos Arrebite 5mm Arrebite 4mm Arrebite 3mm Arrebite Arrebite Estoque Inicial 0 0 0 0 0 Estoque Entrada Saida Final 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Quadro 2: “Controle de Estoque Mensal” Fonte Primária 4.2.5 Níveis de Reposição de Estoques Na atual situação, a empresa AçoInox não dispõe de procedimento, nem mesmo um software de controle de estoque. A reposição da matéria-prima e insumos é feita de forma precária, ou seja, somente é reposta quando finalizada no almoxarifado, inexistindo assim um “estoque de segurança”. Ainda, por não contar com uma pessoa responsável pelo setor, e não haver controle de saída da matéria-prima, isso faz com que, além dos prejuízos por deixar a produção parada, a empresa deixa de faturar devido à entrega do produto final. 5 PROPOSTA PARA A ORGANIZAÇÃO 5.1 SISTEMA DE CONTROLE DE ESTOQUE A gestão de estoque é de extrema importância para qualquer empresa, ali está um acumulo de dinheiro considerável e um alto capital investido. Por este motivo é que proponho para a empresa AçoInox, uma reformulação em seu controle de estoque. Sugiro alguns métodos de controles como: classificação e codificação, classificação ABC e o controle de níveis de estoques e armazenagem. No primeiro momento foram relacionados os materiais existentes no estoque, na seqüência a separação por grupo para depois facilitar a codificação. 52 Para a classificação dos materiais foi dada a sugestão de utilizar a técnica ABC, que é a separação dos materiais em três classes devido a sua importância. Classe A, é o grupo que representa os materiais de maior valor e menor número, sendo que deve ser cuidado com o máximo de atenção. Classe B são os materiais intermediários entre as classes A e B. Classe C, este grupo tem o maior número de itens e menor valor de consumo, sendo assim itens de menos importância. No que diz respeito ao controle de níveis de estoque o importante seria a implantação de um software adequado, tendo em vista que hoje é trabalhado em planilha do Excel, onde na verdade não se tem uma precisão segura do estoque, e o controle dos máximo e mínimo. Sendo assim, a sugestão de um novo modelo de gestão de estoque, facilitará a empresa no que diz respeito às informações necessárias para uma boa a administração e o auxilio nas tomadas de decisões. 5.1.1 Classificação e Codificação dos Materiais Quanto à nova classificação de materiais, fiz a proposta de realizar um levantamento dos produtos em estoque, para separá-los de acordo com suas características e grupos, facilitando para a codificação. Para a codificação foi tomado como base o sistema numérico, onde cada item recebeu dez dígitos, sendo que os dois primeiros representaram o grupo de materiais, na seqüência a classe e os dois últimos o código de identificação, podendo variar de 01 a 99. Com isso a codificação que hoje não existia, facilitara na organização e agilidade para a localização dos materiais. Os materiais foram classificados em cinco grupos: 01 - Matéria- prima 02 - Material de consumo 03 – Ferramentas Ficando assim: 53 codigo 01.01.0.00001 02.02.0.00001 03.03.0.00001 grupo MATERIA PRIMA MATERIAL CONS FERRAMENTAS produto CHAPA INOX AISI 304 #18 RODA MINI PG 220 FURADEIRA Quadro 3: “Modelo Classificação e Codificação dos Produtos” Fonte: Primária Para os materiais fabricados não foi codificado, pois os mesmo não ficam na expedição são fabricados de acordo com os pedidos próprios para cada cliente, ou seja, não existe estocagem para esse produto. 5.1.2 Classificação ABC de Materiais Para a Classificação dos materiais, sugiro o método ABC em ordem decrescente, visando melhorar o aproveitamento dos recursos financeiros disponíveis, eliminando assim gastos desnecessários com materiais de custo elevados e pouca movimentação. Por base, os dados foram levantados pelo período de 12 meses, verificando a rotatividade dos itens em estoque e assim chegando ao valor agregado a cada item. Foram avaliados 235 itens em estoques, sendo classificados em: 44 classe A, 75 classe B e 116 classe C. Com base nestas informações foi possível desenhar a curva ABC, conforme ilustração abaixo: Figura 18. “Gráfico da classificação dos itens em estoque”. Fonte: Dados Primários 54 Figura 19: “Gráfico de investimentos em estoque”. Fonte: Dados Primários Conforme os gráficos acima, conclui-se que: Item % Itens Catalogados % Investimento Financeiro A 19% 74% B 32% 20% C 49% 6% Tabela 2: “Tabela Análise da Curva ABC” Fonte: Primária - Os itens de maior valor obtiveram representatividade significante junto a gestão de estoque, ou seja, 19% dos itens catalogados, representando cerca de 74% do investimento financeiro, classificando-os assim como Classe A. Foram classificados como itens da Classe A: Chapas, Tubos e Barra Maciça. - Os itens de médio valor representam 32% dos itens catalogados, alcançando 20% do investimento financeiro, sendo estes classificados como Classe B. Foram classificados como itens da Classe B: Roda PG, Roda Mini PG, Disco de Corte, entre outros (intermediários). - Já os itens de baixo valor representam cerca de 49% dos itens catalogados, gerando assim um investimento financeiro de 6%, sendo estes classificados como Classe C. Foram Classificados como itens da Classe C: Silicone, Pincel, Papelão, entre outros. Investimento em estoque (%) 55 100 94,43 74,04 A 0 18,72% B C 31,91% 49,37% Quantidade de itens (%) Figura 20: “Curva ABC”. Fonte: Dados primários. 5.1.3 Estabelecer os Níveis de Estoques Os níveis de estoque são aqueles que determinam as ações de reposição ou de cautelas a serem tomadas quanto às quantidades de materiais armazenados. È de extrema importância a gestão de estoque determinar um nível adequado, pois assim é possível evitar a falta de materiais, bem como o excesso dentro da empresa. Para a empresa AçoInox que trabalha com uma demanda de material irregular, foi necessário estudar cada item individual, para assim precisar um nível de estoque mais adequado. De acordo com os conceitos estudados, a proposta para estabelecer os níveis de estoque é a utilização do sistema de máximos e mínimos ou estoque de segurança como também é conhecido. Bem, como a empresa não tem uma demanda de vendas de produtos definida por trabalhar com os pedidos e solicitações de cada cliente, pude analisar que o material de maior consumo, e o que tem um prazo maior de entrega são as chapas e os tubos, tendo uma média de consumo mensal de 100 unidades, estoque máximo de 200 unidades e o mínimo de 30 unidades. Levando em consideração que o tempo de reposição é de 15 dias, cheguei ao ponto de pedido é de 80 unidades definido da seguinte formula conforme abaixo: 56 PP= CXTR=E.Mn Onde: PP = Ponto de Pedido C= Consumo médio mensal TR= Tempo de Reposição E.Mn= Estoque mínimo PP = 100 x 15 + 30 = 80 unidades 30 Dessa forma o ponto de pedido é de 80 unidades. Para obter melhor resultado no que diz respeito à reposição do estoque, sugere-se a implantação do sistema de planejamento de material como o MRP (Material Requirements Planning), que permite o calculo mais preciso de quanto determinar para manter em estoque, bem como o momento necessário de repor, tendo em vista que hoje estes dados são retirados de planilhas em Excel. 5.1.4 Armazenagem Sugere-se para a armazenagem do material da empresa AçoInox a etiquetagem com a identificação nas caixinhas onde hoje é guardado os itens de médio porte facilitando a localização. Para os itens de pequeno porte foi sugerida a confecção de um balcão com gavetas, sendo possível separá-los de acordo com suas classes, e etiquetados com seu respectivo código conforme figura 21. Para os demais itens como as chaves, alicates e outros, fica a sugestão de ser fabricado um quadro com a identificação para pendurá-las facilitando a localização e a organização evitando itens jogados ao chão conforme figura 22. Sendo que para a armazenagem da matéria-prima fica a sugestão de ser um espaço fechado, pois o atual fica aberto na própria produção, facilitando assim a retirada do material sem autorização, com paletes para apoiar as chapas que hoje ficam no chão, e com repartições de acordo com a sua espessura e diâmetro, e os tubos em prateleiras com divisórias facilitando a localização e a organização geral do almoxarifado conforme figura 23. 57 Modelo do balcão Gavetas Figura 21: “Modelo Balcão Gavetas”. Fonte Primária Modelo do quadro de ferramentas Figura 22: “Modelo Quadro de Ferramentas”. Fonte primária 58 Modelo para a armazenagem da matéria-prima Tubos Tubos Chapas Chapas Entrada Figura 23: “Modelo para a armazenagem da matéria-prima” Fonte Primária 5.1.5 Compras Hoje para qualquer organização é indispensável um setor de compras ativo e com total conhecimento do mercado, com a finalidade de comprar produtos de qualidade, com melhor preço e condições de pagamentos. A empresa AçoInox não disponibiliza de um setor capaz e coerente para desempenhar tal função, não há um profissional adequado como também não disponibiliza as ferramentas necessárias para seu desempenho. No primeiro momento foi sugerido um modelo de solicitação de compras, para melhor pesquisar as características dos produtos e serviços a serem adquiridos. Portando de tal informação para fazer as cotações de preços e pesquisas junto aos fornecedores. Conforme figura 24. Ficou como sugestão também a implantação de uma ordem de compra, com os valores e descrição dos materiais, com o objetivo de acompanhar o andamento 59 do pedido e o tempo de entrega, facilitando a conferência da mercadoria na hora do recebimento evitando transtornos futuro. Conforme figura 25. Com esses formulários bem trabalhados é possível verificar o desempenho dos fornecedores com base nas questões de custo, entrega e qualidade. Por fim sugeriu-se a necessidade de um software adequado para atender as necessidades da empresa, bem como um profissional qualificado para exercer tal função. Solicitação de Compras Origem: Destino: Setor de Compras Justificativa do Pedido: Nº Item Nº DESCRIÇÃO DO ITEM QUANT 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ___________________________________ Setor Requisitante Figura 24: “Modelo Solicitação de Compras” Fonte: Primária CONTATO 60 ORDEM DE COMPRA IMPORTANTE: TODA CORRESPONDÊNCIA, BEM COMO FATURAS, CAIXAS E ENCOMENDAS DEVEM CONTER ESTE NÚMERO DE PEDIDO DE COMPRA Nº CONSIGNATÁRIO: TRANSPORTADORA: O MESMO FRETE: ITEN FOB ( ) CONDIÇÕES DE PAGAMENTO: CONDIÇÕES DE ENTREGA: HORÁRIO DE ENTREGA: CIF ( ) DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E/ OU SERVIÇOS QUANT. UNIDADE VALOR UNIT. IPI VALOR TOTAL PARA USO DA AÇOINOX DATA: NOME FUNÇÃO: ASSINATURA: (CARIMBO) 1ª VIA PARA O FORNECEDOR / 2ª VIA A SER DEVOLVIDA PELO FORNECEDOR ACEITAÇÃO PELO FORNECEDOR ESTE PEDIDO DE COMPRA, INCLUSIVE OS TERMOS E CONDIÇÕES GERAIS E AS INSTRUÇÕES ESPECIAIS DA AÇOINOX APLICÁVEIS A PEDIDOS DE COMPRA, SÃO ACEITOS PELO PRESENTE INSTRUMENTO. ASSINATURA AUTORIZADA NOME: FUNÇÃO: Figura 25: “Modelo Ordem de Compra” Fonte: Primária (CARIMBO) DATA: 61 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os objetivos desta pesquisa foram atendidos uma vez que a empresa não possuía controle de estoque adequado, bem como um profissional preparado para desempenhar tal função. Assim a pesquisa foi realizada de uma forma bem aprofundada, sendo que a acadêmica trabalha na empresa, tendo acesso as informações mais precisa encontrada junto ao setor, e poder sugerir melhorias baseada das técnicas de gestão de estoque. Diante do estudo realizado na empresa, sentiu-se a necessidade de melhorar a identificação dos itens estocados, bem como classificar, codificar e tentar desenvolver um nível para reposição de estoques de acordo com a demanda da empresa, levando em consideração também a importância da gestão de compras nessa fase. Foi interessante avaliar as compras da empresa que hoje é feita de forma visual, sem histórico algum, pois a empresa não disponibiliza de um sofware adequado, com solicitação de compras, entrada de pedidos sendo possível detectar o que realmente comprar. Assim esse trabalho na empresa AçoInox teve o objetivo do quanto é importante uma gestão de estoque bem preparada, pois nela esta uma boa parte do capital investido e que se parado não trará retorno. Para a empresa este trabalho desenvolvido foi de grande valia, uma vez que a mesma soube controlar e valorizar melhor o setor de estoques. Para acadêmica foi de extrema importância de colocar em prática o projeto de sua autoria e participar da evolução quanto ao controle e procedimentos dos materiais do setor de estoques. Como mensagem final fica que para o bom desenvolvimento de uma empresa, necessário se faz uma boa estruturação do setor de estoques, visando o controle, gastos desnecessários e o desperdício. 62 REFERÊNCIAS ARAUJO, Jorge Sequeira. Administração de Materiais. 5.ed. São Paulo, 1980. ARNOLD, J.R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos / logística empresarial. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006 DAVIS, Mark M; AQUILANO, Nicholas J; CHASE, Richard B. Fundamentos da administração da produção. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: edição compacta. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993. Gerson dos. Gestão de almoxarifados: Florianópolis, 2001 GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais. Obtendo vantagens competitivas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000. MESSIAS, Sérgio Bolsonaro. Manual de administração de materiais: planejamento e controle de estoques. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1989. MOREIRA, Daniel Augusto. Introdução à administração da produção e operações. São Paulo: Pioneira, 1998. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. RITZAMN, Larry P; KRAJEWSKI, Lee J. Administração da produção e operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. 63 ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalho de conclusão de curso. São Paulo: Atlas 1996. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Adminiistração da Prdução: Tradução Maria Teresa Corrêa de Oliveira, Fábio Alher. 2.ed. 7. reimpr. São Paulo: Atlas, 2007. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas 2000. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas 2009. 64 ANEXO A LISTA DE MATERIAIS Codigo 01.01.0.00001 01.01.0.00002 01.01.0.00003 01.01.0.00004 01.01.0.00005 01.01.0.00006 01.01.0.00007 01.01.0.00008 01.01.0.00009 01.01.0.00010 01.01.0.00011 01.01.0.00012 01.01.0.00013 01.01.0.00014 01.01.0.00015 01.01.0.00016 01.01.0.00017 01.01.0.00018 01.01.0.00019 01.01.0.00020 01.01.0.00021 01.01.0.00022 01.01.0.00023 01.01.0.00024 Grupo MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA 01.01.0.00025 01.01.0.00026 01.01.0.00027 MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA 01.01.0.00028 01.01.0.00029 01.01.0.00030 01.01.0.00031 01.01.0.00032 01.01.0.00033 MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA Material BARRA 40X40 GALVANIZADA PARTA #18 BARRA CANTONEIRA 1.1/2” 6 METROS CADA BARRA DE 6M GALVANIZADA DE CANTONEIRA 1.1/2X1/8¨ BARRA ROSCADA 3/16 BARRA ROSQUEADA INOX ½” BARRA ROSQUEADA INOX 5/16 MACIÇO INOX 304 ¼ X 6M MACIÇO INOX 304 ½ X 6M MACIÇO INOX 304 3/8 X 6M MACIÇO INOX 304 5/16 X 6M REDONDO INOX 304 3/16” REDONDO INOX 304 3/8” CHAPA #26 (0,50mm) 1200X3000 AÇO INOX 304 2B CHAPA (5,0mm) 1250MMX3000MM INOX 304 CHAPA (1,5mm) 1250X3000MM AÇO INOX 304 CHAPA #18 (1,2mm) 1200X3000MM CHAPA #20 (0,95mm) 1200X3000MM AÇO INOX 304 CHAPA #18 (1,2mm) 1250X3000MM AÇO INOX 304 CHAPA #22 (0,80mm) 1200MMX3000MM CHAPA #24 (0,60mm) 1250X3000 AÇO INOX CHAPA 3MM 65X100MM CHAPA 5MM 720X120MM CHAPA #24 (0,60mm) 3000X1200MM AÇO GALVANIZADO CHAPA #14 (2,00mm) 1200X3000 AÇO INOX 304 2B Chapa #22 (0,8mm) 1200X3000MM ESCOVADA AÇO INOX 304 CHAPA (1,0mm) 1200X3000MM AÇO INOX 304 CHAPA #14 (2,00mm) 1250X3000MM AÇO INOX 304 CHAPA #22 (0,8mm) 1200X3000MM ESCOV C/PVC 1FACE INOX 304 CHAPA (3,00mm) 1250MMX3000MM 2B INOX 304 ACRILICO TRANSPARENTE 860X5330MM CHAPA #20 (0,95mm) 1250mm X 2000mm CHAPA GALV. 24 3000X1200MM CHAPA PRETA 1,0MM 3000X1200MM 65 01.01.0.00034 01.01.0.00035 01.01.0.00036 01.01.0.00037 01.01.0.00038 01.01.0.00039 01.01.0.00040 01.01.0.00041 01.01.0.00042 01.01.0.00043 01.01.0.00044 01.01.0.00045 01.01.0.00046 01.01.0.00047 01.01.0.00048 01.01.0.00049 01.01.0.00050 01.01.0.00051 01.01.0.00052 01.01.0.00053 01.01.0.00054 01.01.0.00055 01.01.0.00056 01.01.0.00057 01.01.0.00058 01.01.0.00059 01.01.0.00060 01.01.0.00061 01.01.0.00062 01.01.0.00063 01.01.0.00064 01.01.0.00065 02.02.0.00001 02.02.0.00002 02.02.0.00003 02.02.0.00004 02.02.0.00005 02.02.0.00006 02.02.0.00007 02.02.0.00008 02.02.0.00009 02.02.0.00010 02.02.0.00011 02.02.0.00012 02.02.0.00013 MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA MATERIA PRIMA ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO CHAPA PRETA #18 3000X1200MM CANTONEIRA 2¨X3/16 FERRO PRETO METALON 100X50 1,2MM METALON 10X10 1,0MM METALON 80X40 1,2MM AÇOINOX304 TUBO 1- 1/2" (38,1mm) X1,2mm X 6m PE INOX 304 TUBO 2 1/2” (63mm) X1, 2 mm X 6m INOX 304 TUBO 11/4' X 1,5MM X 6M GALVANIZADA TUBO 2”(50,8mm) X 6m INOX TUBO 1.1/2”(38,1mm) X 1,2mm X 6m AÇO INOX 301 TUBO INOX 304 1 ½” TUBO INOX 304 1.1/2”X1,2MM PE TUBO INOX 304 1.2MM 2 TUBO INOX 304 1/2X1, 5 mm POL. TUBO INOX 304 1”X1,2MM PE TUBO INOX 304 19,05X1,2MM PE TUBO INOX 304 2 1/2 X1,2MM TUBO INOX 304 2” X1,2MM TUBO INOX 304 ¾ X 1,2MM TUBO INOX 304 3”X1,2MM TUBO INOX 304 ¾”X1,2MM PE TUBO INOX 304 40X80 1,5MM TUBO INOX 304 50,80x1,20mm polido externo TUBO INOX 304 50,80X1,2MM PE TUBO INOX 304 50X100 2,0MM TUBO INOX 50X20 METALON TUBO MACIÇO 3/16 INOX 304 TUBO MACIÇO 3/8 INOX TUBO METALON 30X40 1,2MM TUBO OD DI/PE 304 POLIDO EXTERNO 1,20MM 2.1/2” TUBO PRETO FERRO 1 ½” PAREDE 1,2MM TUBO REDONDO 1.1/4” ADESIVO TIGRE 175G COMPUND ADESIVO BASE EPOXI FITA DUPLA FACE COLA ARALDITE COLA BRANCA COLA BRANCA PARA MADEIRA COLA FIXA E MONTA PL500 COLAPL600 INTERIOR E EXTERIOR PARA FIXAÇÃO PESADA DECAPANTE INOX LIQUIDO LIMPEZA INOX AEROGLIDE 50 DISCO DE CORTE 4.1/2 Disco Corte Alçar AB2 12” 2 telas A DISCO CORTE INOX DEWALT 66 02.02.0.00014 02.02.0.00015 02.02.0.00016 02.02.0.00017 02.02.0.00018 02.02.0.00019 02.02.0.00020 02.02.0.00021 02.02.0.00022 02.02.0.00023 02.02.0.00024 02.02.0.00025 02.02.0.00026 02.02.0.00027 02.02.0.00028 02.02.0.00029 02.02.0.00030 02.02.0.00031 02.02.0.00032 02.02.0.00033 02.02.0.00034 02.02.0.00035 02.02.0.00036 02.02.0.00037 02.02.0.00038 02.02.0.00039 02.02.0.00040 02.02.0.00041 02.02.0.00042 02.02.0.00043 02.02.0.00044 02.02.0.00045 02.02.0.00046 02.02.0.00047 02.02.0.00048 02.02.0.00049 02.02.0.00050 02.02.0.00051 02.02.0.00052 02.02.0.00053 02.02.0.00054 02.02.0.00055 02.02.0.00056 02.02.0.00057 02.02.0.00058 ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO Disco de lixa 4,5 grão 120 DISCO DE LIXA XF 870 4.1/2 DISCO LIXA 100 DISCO LIXA 120 DISCO LIXA 60 DISCO LIXA 80 Disco Lixa XF 870 4.1/2” grão 120 ESTOPA FITA ADESIVA 45X50 FITA ALTA FUSÃO FITA CREPE 19X50 FITA CREPE 25X50 FITA ISOLANTE FITA ISOLANTE 18MMX20M 3M FITA POLIPROPILENO TRANSP.48X45 FITA TRANSP. 48,45 FITA VEDA ROSCA FLAP 40 FLAP 60 FLAP 80 FLAP 100 FLAP 120 FLAP DISC 4.1/2¨-BOSCH GRÃO 120 FLAP DISC 4.1/2¨-BOSCH GRÃO 60 FLAP DISC 4.1/2¨-BOSCH GRÃO 80 Leque de lixa F 4020/6 A 120 Leque de lixa F 4020/6 A 60 LIXA GRÃO 150 LIXA AVOS SCLS 115 mm LIXA FERRO GRÃO 120 LIXA FERRO GRÃO 100 LIXA MÃO 100 LIXA MÃO 120 LIXA MÃO 80 LIXA MASSA 120 LIXA PARA AVIÃO 150 GRÃO 150 OLEO LUBR.LUB.GIN SPRAY 300ML PAPELÃO BOBINA PAPELÃO ONDULADO 360/380 G/M2 PAPELÃO ONDULADO PARA EMBALAR PEÇAS PINCEL ATLAS N°10 P/ ACABAMENTO (DECAPANTE) PINCEL FINO ACABAMENTO PLASTICO BOLHA INDUSTRIAL 1,20X100M POXIPOL 70GRAMAS PARA COLAGEM PORTA DANIEL MALO POXIPOL 70ML. 67 02.02.0.00059 02.02.0.00060 02.02.0.00061 02.02.0.00062 02.02.0.00063 02.02.0.00064 02.02.0.00065 02.02.0.00066 02.02.0.00067 02.02.0.00068 02.02.0.00069 02.02.0.00070 02.02.0.00071 02.02.0.00072 02.02.0.00073 02.02.0.00074 02.02.0.00075 02.02.0.00076 02.02.0.00077 02.02.0.00078 02.02.0.00079 02.02.0.00080 02.02.0.00081 02.02.0.00082 02.02.0.00083 02.02.0.00084 02.02.0.00085 02.02.0.00086 02.02.0.00087 02.02.0.00088 02.02.0.00089 02.02.0.00090 02.02.0.00091 02.02.0.00092 02.02.0.00093 02.02.0.00094 02.02.0.00095 02.02.0.00096 02.02.0.00097 02.02.0.00098 02.02.0.00099 02.02.0.00100 02.02.0.00101 02.02.0.00102 02.02.0.00103 ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO POXIPOL GRANDE QUEROSENE DISLUB TRANSISAL V548 150 mm (RESINA COR AMARELA) TRANSISAL V548 300 mm (NATURAL) TRANSISAL V548 300 mm 9(RESINA COR AMARELA) SILICONE SILICONE ACET. 280 GR Silicone aluminio 274g SILICONE TRANSPARENTE 280G SILICONE TYTAN 300 ml THINNER 5LITROS TINTA SPRAY ALUMÍNIO 250G TINTA SPRAY BRANCO 250G TINTA SPRAY PRETO 250G TINTA SPRAY PRETO FOSCO 250G ARGONIO CARGA CILINDRO 7M ARGONIO CARGA CILINDRO 10M ARGONIO CARGA CILINDRO 1M ARGONIO CARGA CILINDRO 3M RODA MINI PG 220 RODA MINI PG 36 RODA MINI PG 80 RODA PG 100 FINA RODA PG 100 GROSSA RODA PG 120 FINA RODA PG 120 GROSSA RODA PG 150X25 GRÃO 120 RODA PG 150X25 GRÃO 150 RODA PG 150X25 GRÃO 80 RODA PG 150X50 GR. 80 RODA PG 150X50 GRÃO 150 RODA PG 150X50 GRÃO 40 RODA PG 150X50 GRÃO 60 RODA PG 150X50 GRÃO 80 RODA PG 36 RODA PG 60 RODA PG 60 FINA RODA PG 60 GROSSA RODA PG 80 RODA PG 80 FINA RODA PG 80 GROSSA RODA PG 80 MEDIA RODA PG C/ SCOTH BRITE 80/100 RODA PG GRAO 120 150X25 RODA PG GRÃO 120 150X25 68 02.02.0.00104 02.02.0.00105 02.02.0.00106 03.03.0.00001 03.03.0.00002 03.03.0.00003 03.03.0.00004 03.03.0.00005 ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO ELEM CONSUMO FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA 03.03.0.00006 03.03.0.00007 03.03.0.00008 03.03.0.00009 03.03.0.00010 03.03.0.00011 03.03.0.00012 03.03.0.00013 03.03.0.00014 03.03.0.00015 03.03.0.00016 03.03.0.00017 03.03.0.00018 03.03.0.00019 03.03.0.00020 03.03.0.00021 03.03.0.00022 03.03.0.00023 03.03.0.00024 03.03.0.00025 03.03.0.00026 03.03.0.00027 03.03.0.00028 03.03.0.00029 03.03.0.00030 03.03.0.00031 FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA 03.03.0.00032 03.03.0.00033 03.03.0.00034 03.03.0.00035 03.03.0.00036 03.03.0.00037 03.03.0.00038 03.03.0.00039 03.03.0.00040 FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA RODA PG GRAO 320 150X50 RODA PG GRÃO 120 150X50 RODA PG PNG SCOTH BRITE EIXO PG ALICATE CORTE ALICATE PRESSÃO ALICATE PRESSÃO 10” ALICATE UNIVERSAL ALONGADOR PARA JOGO FENDA E PHILLIPS PARA PARAFUSADEIRA BOCH ANEL FRONTAL PG APLICADOR SILICONE BROCA 10MM 400X460 PARA FURAR LAGE BIG BLUE BROCA 19MM BROCA 3MM PARA AÇO BROCA 4,0 BROCA 5MM BROCA 5MM VÍDEA BROCA 6MM VÍDEA BROCA AR 3,00MM (USO ROGÉRIO DANIEL MALO) BROCA AR 6,0MM BROCA CENTO BROCA DIAMANTADA PARA PERFURAR MÁRMORE E PISOS BROCA VIDEA 8 SDS BROCA VIDEA P/TORNO (ESQUERDO) BROCA VIDEA P/TORNO(ESQUERDO) BROCA VÍDEA SDS 6MT CAIXA FERRAMENTA AÇO JOGO CATRACA JOGO CATRACA ½ PARA USO ADEMAR E NILTON CHAVE AJUSTAVEL 12” JG. CHAVE COMBINADA, BOCA/ESTRELA JG. CHAVE PHILLIPS/FENDA JOGO CHAVE ALLEN JOGO FENDA P PARAFUSADEIRA JOGO PONTA FENDA E PHILLIPS PARA PARAFUSADEIRA BOSCH CINTA 400LIXA CINTA LIXA 150 CINTA LIXA 36 CINTA LIXA 80 DESENPENADEIRA AÇO DENT. ESQUADRO COMBINADO ESTICADOR 08MM-5/16 ESTILETE LARGO (ESTOQUE E PRODUÇÃO) 69 03.03.0.00041 03.03.0.00042 03.03.0.00043 03.03.0.00044 03.03.0.00045 03.03.0.00046 03.03.0.00047 03.03.0.00048 03.03.0.00049 03.03.0.00050 03.03.0.00051 03.03.0.00052 03.03.0.00053 03.03.0.00054 03.03.0.00055 FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA 03.03.0.00056 03.03.0.00057 03.03.0.00058 03.03.0.00059 03.03.0.00060 03.03.0.00061 03.03.0.00062 03.03.0.00063 03.03.0.00064 FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA FERRAMENTA EXTATOR ESMIRILHADEIRA BOSH FORMÃO 5/8 MANDRIL 3/8¨ MANDRIL FURADEIRA BOSH MARTELO CHAPEADOR MARTELO REBATEDOR PISTOLA APLIC. SILICONE REBITADOR MANUAL SERRA COPO SERRA COPO 1.1/2 STARRET SERRA COPO 1.1/2’ SERRA COPO 1.1/4” SERRA COPO 1.1/4” SERRA COPO 1” SERRA COPO 1” SERRA COPO 2 ½” USO ROGÉRIO (PLASMA COM PROBLEMAS) SERRA COPO 2” SERRA COPO 25MM 1” JOGO SOQUETE (CATRACA ½”) SUPORTE SERRA COPO SUPORTE SERRA COPO FURADEIRA LIMA MEIA CANA PINÇA MÁQUINA SOLDA 70 ANEXO B PRODUTOS PRONTOS 71