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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
EVANDRO HOEPERS
AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE
PEÇAS MOLDADAS
JOINVILLE – SC – BRASIL
2015
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
EVANDRO HOEPERS
AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE
PEÇAS MOLDADAS
Trabalho de Graduação apresentado à
Universidade do Estado de Santa Catarina,
como requisito parcial para obtenção do título
de Engenheiro de Produção e Sistemas.
Orientador: Dr. Fernando Natal de Pretto
JOINVILLE – SC – BRASIL
2015
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EVANDRO HOEPERS
AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE
PEÇAS MOLDADAS
Trabalho de Graduação aprovado como requisito parcial para a obtenção do título de
Engenheiro do curso de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade do Estado de
Santa Catarina.
Banca Examinadora:
Orientador:
______________________________________
Dr. Fernando Natal de Pretto
Membro:
______________________________________
Dr. Lírio Nesi Filho
Membro:
______________________________________
Dr. José Oliveira da Silva
Joinville (SC), 01 de junho de 2015
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AGRADECIMENTOS
A Deus, pela vida e por todos os dons.
Aos meus pais, Sebastião e Ana Denice, pelo amor, exemplo e ajuda.
Ao meu irmão, Edgar, amigo em todo o tempo.
A minha noiva, Vanessa, alegria do meu coração.
Aos amigos e amigas, companheiros na UDESC.
Ao professor orientador Fernando, pelas excelentes aulas e orientação.
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“Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que,
quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho”
Thomas Jefferson
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EVANDRO HOEPERS
AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE
PEÇAS MOLDADAS
RESUMO
Conhecer melhor os custos e saber identificar os seus causadores é uma condição essencial
para a sobrevivência de uma empresa, principalmente em ambientes competitivos. A partir da
necessidade de entender quais os clientes e produtos estão ajudando ou prejudicando o
resultado da empresa estudada, este estudo objetivou avaliar o custo unitário e a razão de
contribuição de uma gama de produtos moldados. Para alcançar tal objetivo, foram definidos,
com base no custeio variável e a partir da análise do sistema produtivo da empresa, os custos
de processamento de cada operação, e então, estruturado o sistema de avaliação do custo
unitário e razão de contribuição dos produtos. Após isso, foram coletados e inseridos no
sistema, os parâmetros específicos dos 282 produtos selecionados para o estudo. Dessa forma,
o custo unitário e a razão de contribuição para cada produto foi calculado pelo sistema. Então,
com base nessas informações, foi analisado que 7% dos produtos selecionados e dois, dos
vinte clientes selecionados, possuem margem de contribuição negativa. Também, foi
analisado que a demanda de produção atual ultrapassa o ponto de equilíbrio. Com isso,
conclui-se que o estudo alcançou seu objetivo, pois indicou os clientes e produtos que estão
em situação confortável ou desconfortável.
PALAVRAS-CHAVE: Custo unitário. Margem de contribuição. Custeio variável. Ponto de
equilíbrio.
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EVANDRO HOEPERS
EVALUATION OF THE UNIT COST AND THE CONTRIBUTION RATIO OF
MOLDED PRODUCTS.
ABSTRACT
Better understand the costs and be able to identify its cause is an essential condition for the
survival of a company, especially in competitive environments. From the need to understand
which customers and products are helping or hurting the result of the company studied, this
study aimed to evaluate the unit cost and the contribution ratio of a range of molded products.
To achieve this goal were defined based on the variable costing and from the analysis of the
company's productive system, processing costs of each operation, and then structured the
assessment system and unit cost due to product contribution. After that were collected and
entered into the system, the specific parameters of the 282 products selected for the study.
Thus, the unit cost and the contribution ratio for each product was calculated by the system.
So based on this information, it was considered that 7% of selected products and two of the
twenty selected customers have negative contribution margin. Also, it was analyzed that the
current production demand exceeds the breakeven point. Thus, it is concluded that the study
achieved its goal, as indicated the customers and products are comfortable or uncomfortable
situation.
KEYWORDS: Unit cost. Contribution margin. Variable costing. Balance point.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Fluxograma do Sistema Produtivo............................................................................ 36
Figura 2: Tipos de Produtos ..................................................................................................... 39
Figura 3: Fluxograma da Mistura ............................................................................................. 39
Figura 4: Fabricação do Composto .......................................................................................... 42
Figura 8: Tipos de pré-formados. ............................................................................................. 42
Figura 6: Fluxograma do inserto .............................................................................................. 43
Figura 7: Moldagem ................................................................................................................. 46
Figura 8: Criogenia................................................................................................................... 49
Figura 9: Fatiadora. .................................................................................................................. 52
Figura 10: Estampo .................................................................................................................. 53
Figura 11: Análise por produto. ............................................................................................... 67
Figura 12: Análise por cliente. ................................................................................................. 69
9
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Custo Fixo. .............................................................................................................. 22
Gráfico 2: Custo Variável. ....................................................................................................... 23
Gráfico 3: Ponto de equilíbrio. ................................................................................................. 29
Gráfico 4: Comparação da rentabilidade entre produtos .......................................................... 29
Gráfico 5: Ponto de equilíbrio .................................................................................................. 71
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Características dos métodos de custeio. ................................................................... 24
Tabela 2: Análise da rentabilidade de produtos. ...................................................................... 30
Tabela 3: Apresentação das interações da tabela mestre.......................................................... 33
Tabela 4: Encargos para funcionários horistas ......................................................................... 37
Tabela 5: Custo da MOD por hora ........................................................................................... 37
Tabela 6: Energia elétrica ......................................................................................................... 38
Tabela 7: Exemplo de fórmula (WH50). .................................................................................. 40
Tabela 8: Exemplo do cálculo do custo do composto (WH50)................................................ 41
Tabela 9: Custos da preparação do pré-formado ...................................................................... 43
Tabela 10: Custo do Jateamento de Insertos ............................................................................ 45
Tabela 11: Custos da pintura de insertos .................................................................................. 45
Tabela 12: Custos da Moldagem .............................................................................................. 47
Tabela 13: Custos da Rebarbação ............................................................................................ 48
Tabela 14: Custos da Seleção. .................................................................................................. 49
Tabela 15: Custos da criogenia: ............................................................................................... 50
Tabela 16: Custos da pós-cura ................................................................................................. 50
Tabela 17: Custos da Lavadora ................................................................................................ 51
Tabela 18: Custos do tamboreamento. ..................................................................................... 52
Tabela 19: Custos da fatiadora ................................................................................................. 53
Tabela 20: Custos do estampo. ................................................................................................. 54
Tabela 21: Custos do banho superficial ................................................................................... 54
Tabela 22: Custos do slit/corte ................................................................................................. 55
Tabela 23: Custos da embalagem ............................................................................................. 56
Tabela 24: Custos do transporte ............................................................................................... 57
Tabela 25: Tabela Mestre ......................................................................................................... 58
Tabela 26: Tabela mestre / parte A .......................................................................................... 59
Tabela 27: Tabela mestre / parte B........................................................................................... 60
Tabela 28: Tabela mestre / parte C........................................................................................... 60
Tabela 29: Tabela mestre / parte D .......................................................................................... 61
Tabela 30: Tabela mestre / parte E ........................................................................................... 62
Tabela 31: Tabela mestre / parte F ........................................................................................... 63
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Tabela 32: Tabela mestre / parte G .......................................................................................... 65
Tabela 33: Seleção dos Clientes e Produtos ............................................................................. 66
Tabela 34: Análise por cliente .................................................................................................. 68
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LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1: Margem de contribuição. ....................................................................................... 27
Equação 2: Razão de contribuição. .......................................................................................... 28
Equação 3: Ponto de equilíbrio ................................................................................................ 28
Equação 4: Custo de processamento ........................................................................................ 32
Equação 5: Preço Médio. ......................................................................................................... 70
Equação 6: Custo Variável Médio. .......................................................................................... 70
Equação 7: Ponto de Equilíbrio. ............................................................................................... 70
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LISTA DE ABREVIATURAS
RC
Razão de Contribuição
BT
Batoque (tipo de pré-formado)
CD
Custo Direto
CE
Custo Especifico
CEE
Custo da Energia Elétrica
CF
Custo Fixo
CI
Custo Indireto
CIF
Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro e Frete)
CP
Custo de Processamento
CV
Custo Variável
CU
Custo Unitário
DI
Disco (tipo de pré-formado)
DP
Disco Pesado (tipo de pré-formado)
FL
Flashless (processo de moldagem)
FOB
Free On Board (Livre a Bordo)
FU
Fator de Utilização
IJ
Injeção (processo de moldagem)
MC
Margem de Contribuição
MOD
Mão de Obra Direta
MP
Matéria Prima
PCP
Planejamento e Controle da Produção
PD
Prensagem Direta (processo de moldagem)
PE
Ponto de Equilíbrio
PHR
Parts per Hundred of Resin (Partes por cem partes de resina)
TI
Tira (tipo de pré-formado)
TR
Transferência (processo de moldagem)
TRC
Transferência continua (processo de moldagem)
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SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 16
2.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 18
2.1.
DA CONTABILIDADE DE CUSTOS À CONTABILIDADE GERENCIAL ........... 18
2.2.
TERMINOLOGIAS EM CUSTOS .............................................................................. 18
2.2.1. Gastos ........................................................................................................................... 19
2.2.2. Desembolso .................................................................................................................. 19
2.2.3. Investimento ................................................................................................................. 19
2.2.4. Despesa ......................................................................................................................... 20
2.2.5. Custo ............................................................................................................................. 20
2.2.6. Perda ............................................................................................................................. 20
2.3.
CUSTO UNITÁRIO ..................................................................................................... 21
2.4.
CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS .............................................................................. 21
2.4.1. Custos diretos e indiretos.............................................................................................. 21
2.4.2. Custos fixos e variáveis ................................................................................................ 22
2.4.3. Métodos de rateio ......................................................................................................... 23
2.5.
SISTEMAS DO CUSTO .............................................................................................. 23
2.5.1. Princípios de custeio ..................................................................................................... 24
2.5.2. Métodos de custeio ....................................................................................................... 24
2.5.3. Custeio por absorção .................................................................................................... 25
2.5.4. Custeio variável ............................................................................................................ 26
2.6.
ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO ............................................................... 27
2.6.1. Margem de Contribuição .............................................................................................. 27
2.6.2. Fator limitante .............................................................................................................. 28
2.6.3. Ponto de Equilíbrio ....................................................................................................... 28
2.6.4. Empresas Multiprodutoras............................................................................................ 29
3.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 31
3.1.
CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................ 31
3.2.
ETAPAS DA PESQUISA ............................................................................................ 32
4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 35
4.1.
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................ 35
4.2.
ANÁLISE DO FLUXO PRODUTIVO ........................................................................ 35
15
4.3.
ELEMENTOS BÁSICOS DE CUSTO ........................................................................ 36
4.3.1. Mão de obra direta ........................................................................................................ 36
4.3.2. Energia elétrica ............................................................................................................. 38
4.4.
ANÁLISE DOS PROCESSOS E ETAPAS ................................................................. 39
4.4.1. Matéria Prima (A)......................................................................................................... 39
4.4.2. Vulcanização (B) .......................................................................................................... 46
4.4.3. Acabamento (C)............................................................................................................ 47
4.4.4. Expedição (D) ............................................................................................................... 55
4.5.
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ANÁLISE DOS CUSTOS ........................... 57
4.6.
SELEÇÃO DOS CLIENTES E PRODUTOS .............................................................. 66
4.7.
ANÁLISE DO CUSTO UNITÁRIO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ................ 67
4.7.1. Análise por Produto ...................................................................................................... 67
4.7.2. Análise por Cliente ....................................................................................................... 68
4.7.3. Análise do ponto de Equilíbrio ..................................................................................... 70
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 72
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 74
APÊNDICES ............................................................................................................................ 76
16
1. INTRODUÇÃO
A acirrada competição entre as organizações privadas, para oferecer ao mercado
produtos com maior qualidade e com menor preço, acaba, muitas vezes, reduzindo a
rentabilidade das empresas a níveis inviáveis de operação. Segundo Machado e Souza (2006)
a crescente influência do mercado comprador em estabelecer o preço pelo qual está disposto a
pagar pela aquisição de bens e serviços e a consequente perda de poder das empresas em
estabelecer o preço pelo qual desejam vender seus produtos tem sido uma constante.
A defasagem dos preços de venda do produto, frente à alta elevação dos custos de
produção acaba por extinguir as margens de lucro. Para as empresas que operam no mercado
business-to-business, com base em contratos de venda pré-fixados, a inflação elevada dos
custos com insumos e com a mão de obra, torna-se um problema ainda maior do que para as
demais empresas. A maior elevação dos custos de produção frente aos ajustes contratuais do
preço de venda, com o passar dos anos acaba por tornar a produção de determinados produtos
insustentável.
Em um momento em que o Brasil passa por grande instabilidade e incertezas, operar
sem a avaliação segura do custo de produção é sinônimo de risco eminente de fracasso.
Segundo Nascimento Neto e Miranda (2003) para sobreviverem em um contexto mais
competitivo, as empresas brasileiras têm buscado não apenas modos de produção mais
avançados, como também novas formas de gestão e modelos de mensuração de desempenho
econômico.
Conforme Resnik (1990) quando uma empresa abdica-se do controle correto dos
custos, ela não tem conhecimento de quais produtos estão gerando lucro ou prejuízo, sendo
assim, o administrador tem apenas uma ideia vaga de para onde o dinheiro está indo e de qual
é a situação da empresa. A falta de avaliação do custo de produção deixa míopes os gestores,
ou seja, a empresa não enxerga onde sua rentabilidade esta sendo deteriorada. Nesse caso,
estratégias para reverter tal situação, nem ao menos, são traçadas.
Buscando avaliar a viabilidade econômica da fabricação de um grupo de produtos, em
uma empresa de produtos moldados, esse trabalho tem como objetivo geral a avaliação do
custo unitário e razão de contribuição de produtos moldados.
Para tanto, serão desenvolvidos, os seguintes objetivos específicos:

Analisar o sistema produtivo da empresa;

Definir o custo de processamento por processo de fabricação;
17

Estruturar o sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição;

Definir a gama de produtos e clientes para o estudo;

Analisar a razão de contribuição por produto e cliente;

Definir o ponto de equilíbrio da empresa.
Sendo assim, com base na análise da margem de contribuição, este estudo define quais
os pontos, que estão ajudando ou prejudicando o resultado da empresa, ou seja, é peça
fundamental para os gestores da organização direcionarem seus esforços. Também, dá base
para decisões estratégicas comerciais, pois define quais os clientes são importantes ou não
para o resultado, e quais os itens estão em situação confortável ou desconfortável.
São definidos como limites deste estudo, a estruturação de um sistema para avaliação
dos custos unitários de produtos e a análise comparativa da margem de contribuição desses
produtos, por item e por cliente. O estudo será realizado em uma empresa, que fornece peças
moldadas para os segmentos, automotivo, duas rodas, linha branca e linha marrom. O
resultado deste estudo será a base para a definição de estratégias organizacionais posteriores,
que atacarão as oportunidades de melhorias pontuais e sistêmicas.
O trabalho terá seu conteúdo dividido em cinco capítulos, iniciando pela Introdução,
que apresenta o tema e relaciona seus objetivos principais e específicos. Em um segundo
momento é apresentado a Fundamentação Teórica que objetiva o entendimento dos conceitos
previamente publicados por autores de Contabilidade de Custos. No capítulo terceiro é
definida a metodologia de pesquisa para alcançar os objetivos gerais e específicos. No
capítulo quarto é desenvolvido o estudo de caso. Finalmente o capítulo quinto é dedicado às
considerações finais da presente pesquisa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capitulo foi desenvolvido a revisão da literatura das publicações que
contemplam os temas relacionados ao assunto do estudo abordado. A visão dos autores
forneceu a fundamentação teórica e o suporte para analisar as informações retiradas do campo
de pesquisa, bem como a contextualização e sustentação das conclusões que foram obtidas ao
final do presente estudo.
2.1. DA CONTABILIDADE DE CUSTOS À CONTABILIDADE GERENCIAL
Inicialmente, de acordo com Ferronatto (2014) a Contabilidade de Custos buscava
resolver os problemas de mensuração monetária dos estoques e resultados, não sendo
utilizada como instrumento para a melhoria na gestão da organização. Por não ter sido
utilizado todo esse seu potencial no campo gerencial, durante um longo tempo não houve
grande evolução em seus processos.
Segundo Martins (2008), esse panorama começou a mudar, devido ao crescimento das
organizações, pois o consequente aumento da distância entre administrador, ativos e pessoas
administradas, a Contabilidade de Custos passou a ser vista como uma grande forma de
suporte a atividade gerencial.
Por sua vez, Shah, Malik e Malik (2011) ressaltam que o ambiente dos negócios sofreu
várias alterações importantes decorrentes da globalização e evolução tecnológica e da
tecnologia da informação, o quê resultou em mudanças na forma de gerir as organizações,
sendo assim a contabilidade teve que mudar seu foco tradicional de ser apenas uma
ferramenta de mensuração contábil, para se concentrar em agregar valor às informações
produzidas, contribuindo para o processo decisório.
2.2. TERMINOLOGIAS EM CUSTOS
Para melhor entendimento do estudo proposto e compreensão do modelo de pesquisa a
ser desenvolvido, é necessário revisar os conceitos e as terminologias mais utilizadas no
ambiente de contabilidade de custos, tais como, gastos, desembolo, investimentos, despesas,
custos e perdas.
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2.2.1. Gastos
De acordo com Martins (2008), a definição de “gasto” refere-se ao sacrifício
financeiro para a empresa (desembolso), este representado pela entrega ou promessa de
entrega de algum ativo, geralmente em dinheiro. Este conceito é extremamente amplo e se
aplica a todos os bens e serviços adquiridos.
Segundo Megliorini (2012), os gastos correspondem aos compromissos financeiros
assumidos por uma entidade no que se refere à:
a) Recursos necessários no ambiente de produção;
b) Mercadorias para revenda;
c) Recursos para a realização de serviços;
d) Recursos a serem consumidos pela administração da empresa;
e) Recursos a serem consumidos no ambiente comercial.
Leone (2000), por sua vez, define que os gastos como o “compromisso financeiro
assumido por uma empresa na aquisição de bens ou serviços”.
2.2.2. Desembolso
Martins (2008) diz que o desembolso é o pagamento resultante da aquisição do bem o
serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a execução do produto comprado, ou seja,
defasado ou não do momento do gasto.
Em uma visão similar, Bruni e Famá (2011) afirmam que o desembolso consiste no
pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou serviço foi ou será
consumido. Ressalta que a contabilidade registra os fatos de acordo com o principio da
competência. Logo, entende-se que o registro de receitas e despesas deve ser feito de acordo
com a real ocorrência, independentemente de sua realização ou quitação, ou seja, não se deve
confundir despesa com desembolso.
2.2.3. Investimento
Martins (2008) afirma que investimento refere-se ao gasto ativado em função de sua
vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). Logo, pode-se entender que todos
os “gastos” pela aquisição de bens e serviços que são “estocados” nos Ativos da empresa para
20
baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de
sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos.
Segundo Bornia (2002), todos os insumos adquiridos que não foram utilizados nos
processos produtivos da empresa e que poderão ser utilizados posteriormente.
2.2.4. Despesa
Bruni e Famá (2011) falam que as despesas correspondem aos serviços e bens
consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, mas que não estão associados á
produção de um serviço ou produto.
Martins (2008) cita como exemplo de despesa a comissão do vendedor, sendo essa um
gasto que se torna imediatamente uma despesa.
2.2.5. Custo
Segundo Megliorini (2012), os custos correspondem à parcela consumida dos gastos
no ambiente de produção para a fabricação de produtos, pela compra de mercadorias para
revenda e para a realização de serviços.
Por sua vez, Leone (2000) afirma que os gastos relativos a bens ou serviços
consumidos na produção de outros bens e serviços são chamados de custos.
2.2.6. Perda
Segundo Martins (2008) perda são os produtos ou serviços que são consumidos de
formas anormais e involuntárias, ou seja, não é um sacrifício com intenção de obtenção de
receita. As perdas, assim com as despesas, vão direto para a conta de Resultado.
Em uma visão similar, Bruni e Famá (2011) afirmam que a perda consiste em um
gasto não intencional decorrente de fatores externos ou extraordinários.
21
2.3. CUSTO UNITÁRIO
Padoveze (2006) afirma que o ponto central de toda contabilidade de custos é a
apuração do custo unitário do produto, pois todo o sistema de contabilidade financeira está
voltada a apuração de todos os gastos para fabricação de todos os produtos, mas para fins
gerenciais é imprescindível o conhecimento dos custos de cada produto ou serviço em termos
unitários.
Leone (2000) define o custo unitário como sendo “um indicador representado por uma
fração, onde o denominador será a quantidade de produtos fabricados em determinado período
ou num processo produtivo e o numerador o custo”.
2.4. CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS
Várias classificações possíveis e muitos conceitos são utilizados para se diferenciar os
custos e atender às diversas finalidades para as quais são apurados. Para Megliorini (2012) as
duas classificações básicas são as que permitem determinar o custo de cada produto fabricado
(custos diretos e custos indiretos) e seu comportamento em diferentes volumes de produção
nos quais a empresa possa operar (custos fixos e custos variáveis).
2.4.1. Custos diretos e indiretos
Segundo Leone (2000), para alocar os custos aos produtos é necessário estabelecer
critérios. A regra básica para a classificação em custos diretos e indiretos é: se for possível
identificar a quantidade do elemento de custo aplicada no produto, o custo será direto, se não
for possível identificar essa quantidade sem a utilização de algum um critério auxiliar o custo
será indireto.
Segundo Megriolini (2012), os termos direto e indireto são empregados nos seguintes
sentidos:
Direto: o custo é a apropriado ao produto pelo que esse produto consumiu de fato. No
caso da mão de obra direta, pela quantidade de horas de trabalho, e, no caso da MP,
pela quantidade efetivamente utilizada.
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Indireto: o custo é apropriado com base em um critério de rateio, ou seja, não sendo
realmente o que o produto consumiu, mas sim uma aproximação.
2.4.2. Custos fixos e variáveis
Outra classificação bastante importante para tomadas de decisão é a que correlaciona o
custo com o volume de produção, essa divide os custos em fixos e variáveis. Segundo
Leone (2000) os custos fixos independem do nível de produção, não variando com alterações
de demanda, como o valor da depreciação, por exemplo. Já os custos variáveis, inversamente,
estão intimamente relacionados com a demanda de produção, ou seja, só aparecem quando a
atividade ou a produção é realizada, como os custos com matéria prima, por exemplo.
Para Bruni e Famá (2011), para classificar um elemento em custo fixo ou variável é
preciso verificar como ele reage às alterações no volume de produção. E assim afirma:
Custos fixos: são decorrentes da manutenção da estrutura produtiva, que é independente da
demanda de produção, refletindo a capacidade instalada da empresa (ex.: aluguel e a
depreciação). Os custos fixos são representados pelo Gráfico 1.
Gráfico 1: Custo Fixo.
Fonte: Bruni e Famá (2011).
Custos variáveis: seu valor aumenta ou diminui conforme o volume de produção (ex.: matéria
prima e a energia elétrica). Os custos variáveis são representados pelo Gráfico 2.
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Gráfico 2: Custo Variável.
Fonte: Bruni e Famá (2011).
2.4.3. Métodos de rateio
Para Leone (2000), os métodos de rateio são formas de alocação dos custos indiretos
aos produtos fabricados estabelecendo critérios de proporcionalidade. Os custos que tem
ligação indireta devem ser absorvidos de alguma maneira coerente para formação dos custos
totais dos produtos.
Martins (2008, p. 79) define os métodos de rateio como:
Todos os custos Indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de
forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão
de comportamento de custos etc. Todas essas formas de distribuição contêm, em
menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai
existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável,
e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. (Há
recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses problemas,
mas nem sempre é possível sua utilização).
2.5. SISTEMAS DO CUSTO
Segundo Bornia (2002) um sistema de custos pode ser analisado segundo dois pontos de
vista. O primeiro através do seu principio, ou seja, segundo os objetivos do sistema, onde, as
informações geradas pelo sistema devem atender as necessidades da empresa. O segundo
ponto de vista, leva em consideração o método de custeio, ou seja, a parte operacional do
sistema, onde é definido como os dados são processados para obtenção das informações.
24
2.5.1. Princípios de custeio
Segundo Bornia (2002) os princípios de custeio são filosóficas básicas a serem seguidas
pelos sistemas de custo, de acordo com o objetivo e/ou o período de tempo no qual se realiza
a analise. Os princípios tratam da própria essência da informação, isto é, quais são as
informações que o sistema deve fornecer. Para Bornia (2002) os três principais princípios de
custeios são: custeio variável (decisões de curto prazo), custeio por absorção integral
(informações para usuários externos a empresa) e custeio por absorção ideal (controle de
custos e apoio ao processo de melhoria).
2.5.2. Métodos de custeio
Para Machado e Souza (2006) alguns métodos de custeio são mais indicados como
instrumentos gerenciais, outros para relatórios externos, outros são mais conservadores,
outros mais abrangentes, com visão de curto ou longo prazo. Para caracterizar os principais
métodos de Custeio e facilitar a escolha do melhor método de custeio de acordo com a
necessidade foi criado a Tabela 1:
Tabela 1: Características dos métodos de custeio.
Fonte: Machado e Souza (2006).
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Dentre os cinco tipos de métodos apresentados na Tabela 1, neste trabalho, somente
foram aprofundados os métodos de custeio por absorção e variável.
2.5.3. Custeio por absorção
Segundo Bornia (2002), o Sistema de Custeio por Absorção ou Integral apropria aos
produtos, mercadorias ou serviços, tanto os custos diretos variáveis como os custos fixos
ocorridos na atividade empresarial. Este tipo de custeio, consequentemente tem como
principal característica a apuração de um custo total do produto, mercadoria ou do serviço,
relacionando diretamente com a avaliação de estoques, ou seja, este principio
simplificadamente, identifica-se com o atendimento das exigências da contabilidade
financeira para a avaliação de estoques.
Para Martins e Rocha (2010) a atribuição dos custos fixos aos produtos, característica
fundamental do Custeio por Absorção, proporciona a percepção que o custo unitário do
produto é variável, pois o mesmo depende do volume de produção, ou seja, o custo unitário
varia de acordo com a demanda de produção, quanto maior a demanda menor será o custo
unitário e quanto menor a demanda maior será o custo unitário.
Segundo Megliorini (2012), o primeiro passo para apropriar os custos fixos e variáveis
aos produtos, é separar os gatos do período em despesas, custos e investimentos. As despesas
são lançadas no demonstrativo de resultados, não sendo apropriadas aos produtos, pois estão
relacionadas à geração de receita e administração da organização, os custos serão apropriados
aos produtos e os investimentos, ativados.
Prosseguindo com a linha de raciocínio, Megliorini (2012) define o segundo passo em
separar os custos em diretos e indiretos, sendo os custos diretos apropriados diretamente aos
produtos, com base nas medições de consumo do período. Já os custos indiretos, através de
rateios, são apropriados aos produtos.
Para os fins de levantamento de Balanço Patrimonial e de resultados, com o objetivo
de atender exigências fiscais e societárias, o método de custeio por absorção é considerado
básico, mas como instrumento gerencial ele pode ser falho em muitas circunstâncias. Para
Santos (2009) o sistema tem como premissa básica os rateios dos custos fixos, que apesar de
se apresentarem lógicos, podem provocar alocações arbitrárias e enganosas, influenciando a
tomadas de decisões incoerentes com a realidade.
26
2.5.4. Custeio variável
Segundo Ferronatto (2014) o método de Custeio Variável está intimamente conectado
ao enfoque mercadológico da organização. Apesar disso, é um sistema que não é aceito pela
legislação do Brasil para fins de avaliação dos estoques, entretanto, para fins gerenciais, é
considerado de grande flexibilidade, facilitando a estratégia de preços em termos competitivos
para a empresa. Bornia (2010, p. 55) esclarece que:
No Custeio Variável apenas os custos variáveis são relacionados aos produtos, sendo
os custos fixos considerados como custos do período. Entendendo-se os princípios
de custeio como filosofias intimamente ligadas aos objetivos do sistema de custos,
podemos dizer que o Custeio Variável está relacionado principalmente com a
utilização de custos para o apoio às decisões de curto prazo, quando os custos
variáveis tornam-se relevantes e custos fixos, não.
Segundo Megliorini (2012) enquanto o custeio por absorção é estruturado para atender
às disposições legais, o custeio variável é estruturado para atender a gestão empresarial. Pelo
método de Custeio Variável obtém-se a Margem de Contribuição de cada produto, linha de
produtos, clientes, etc. Possibilitando aos gestores utilizá-la como ferramenta auxiliar no
processo decisório, que inclui ações como:
a) Identificar os produtos que mais contribuem para a lucratividade da empresa;
b) Determinar os produtos que podem ter suas vendas incentivadas ou reduzidas e
aqueles que podem ser excluídos;
c) Identificar os produtos que proporcionam maior rentabilidade quando existirem
gargalos, permitindo o uso racional desses fatores;
b) Determinar o nível mínimo de atividades para que o negócio seja rentável.
Para Machado e Souza (2006) resume que se o anseio é conhecer a margem de
contribuição dos produtos, então o método de custeio variável é o mais indicado.
Martins (2008) conclui que nas demonstrações baseadas no Custeio Variável obtém-se
um lucro que acompanha sempre a direção das Vendas, o que não ocorre com o Custeio por
Absorção. Mas, por contrariar os conceitos e princípios da contabilidade, o custeio variável
não é aceito tanto pela Auditoria externa quanto pelo Fisco. Entretanto, para fins gerencias
27
pode-se trabalhar com ele durante o período e ao fim fazer adaptações para se voltar ao
custeio por absorção e atender os critérios exigidos.
2.6. ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO
Na utilização dos custos para o auxilio à tomada de decisões, a previsão ou o
planejamento do lucro da empresa é um ponto importante. Bornia (2002) apresenta uma série
de procedimentos, denominados análise de custo-volume-lucro, que analisa a influência de
alterações das demandas de vendas e dos custos no lucro. Esses fundamentos são baseados no
custeio variado e dão auxilio à tomada de decisões de curto prazo.
2.6.1. Margem de Contribuição
Como pode-se verificar a margem de contribuição é resultante do custeio variável e
está extremamente ligada ao apoio a decisões de curto prazo. Martins (2008, p. 179) define o
conceito de Margem de Contribuição por unidade como:
A diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é o valor que
cada unidade efetivamente traz a empresa de sobra entre sua receita e o custo que de
fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro.
Megliorini (2012) afirma que caso a margem de contribuição de um produto seja
menor que o custo e despesas variáveis, tem-se uma situação de margem de contribuição
negativa, que deve ser revista ou apenas mantida, ou, por condições comerciais, ou, por razões
estratégicas. Ainda segundo Megliorini (2012) organização apenas obtém lucro, quando a
margem de contribuição dos produtos vendidos é maior que os custos e despesas fixos do
exercício. Bruni e Famá (2011) apresentam a margem de contribuição unitária conforme a
Equação 1.
Equação 1: Margem de contribuição.
Margem de contribuição = Preço unitário – Gastos variáveis unitários
Fonte: Bruni e Famá (2011)
28
A razão de contribuição, Equação 2, é a margem de contribuição dividida pelas
vendas, Bruni e Famá (2002) afirma que ela representa qual a parcela, que cada unidade
monetária obtida através da venda de um produto, contribui para cobrir os custos fixos.
Equação 2: Razão de contribuição.
Razão de contribuição = Margem de contribuição / Preço
Fonte: Bruni e Famá (2011)
2.6.2. Fator limitante
Segundo Bornia (2002) quando houver um fator limitante a produção (tempo escasso,
falta de MP, etc.), a análise deve ser feita em função deste fator. Assim, a margem de
contribuição deve ser divida pela utilização do fator limitante. Por exemplo: tem-se como
fator limitante a disponibilidade de um equipamento, deve-se dividir a margem de
contribuição de um produto pelo tempo necessário para fabricação desse produto. Dessa
forma tem-se a margem de contribuição por unidade de tempo, ou seja, pelo fator limitante
tempo.
Na mesma linha, Martins (2008) afirma que quando não existir fator limitante, o
produto mais rentável é o que apresentar maior Margem de Contribuição Unitária. E quando
houver limitação, o produto mais rentável será o que tiver maior Margem de Contribuição
pelo fator de limitação da capacidade produtiva.
2.6.3. Ponto de Equilíbrio
O Ponto de Equilíbrio, segundo Bruni e Famá (2011), é o demanda mínima de vendas
em que o lucro é nulo. Leone (1994) o define como a situação onde os custos se igualam as
receitas. O cálculo do ponto de equilíbrio é realizado a partir da Equação 3 e sua
representação é realizada conforme o Gráfico 3.
Equação 3: Ponto de equilíbrio
(Custo Fixo) / [(Preço de Venda) – (Custo Variável)] = (Ponto de Equilíbrio)
Fonte: Martins (2008)
29
Gráfico 3: Ponto de equilíbrio.
Fonte: Martins (2008)
2.6.4. Empresas Multiprodutoras
Para empresas produtoras de vários produtos, segundo Bornia (2002) afirma não haver
sentido no rateio de custos fixos entre os produtos para obtenção do ponto de equilíbrio, pois
podem haver diferentes combinações de vendas de produtos que poderão proporcionar o lucro
zero. Então, recomenda o enfoque em cada produto, que esse cubra seus custos diretos e sua
margem de contribuição propicie a cobertura dos custos fixos e geração de lucro.
Com base nisto, Bornia (2002) então sugere que os produtos devem ser comparados
entre si com base em suas razões de contribuição e na sua participação na receita de vendas
conforme o Gráfico 4.
Gráfico 4: Comparação da rentabilidade entre produtos
30
Fonte: Martins (2008)
Através da análise do gráfico de comparação da rentabilidade entre os produtos,
Bornia (2002) resume a situação de cada produto de acordo com a Tabela 2:
Tabela 2: Análise da rentabilidade de produtos.
Quadrante Rentabilidade Participação Observação
nas Vendas
1
Alta
Alta
Melhores produtos
2
Baixa
Alta
Deve ser tomadas ações para o aumento da margem de
contribuição
3
Baixa
Baixa
Situação desconfortável
4
Alta
Baixa
Devem ser tomadas ações para o aumento das vendas
Fonte: Adaptado de Bornia (2008).
31
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este capítulo visa apresentar a classificação e metodologia empregada na presente
pesquisa, bem como, os procedimentos utilizados para a coleta e análise dos dados para o
desenvolvimento do estudo.
3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
Para Gil (2010), a pesquisa é o processo que utiliza a metodologia científica para obter
novos conhecimentos no campo da realidade social. É um processo formal e sistemático com
objetivo fundamental de descobrir respostas para determinados problemas, mediante uso de
procedimentos científicos.
O presente estudo tem cunho exploratório, que para Gil (2010) é uma técnica que tem
como objetivo proporcionar uma maior familiaridade com o problema em questão. A coleta
de dados e informações foi realizada através do levantamento bibliográfico, entrevistas,
análises de exemplos e criação de planilhas. Segundo Collis e Hussey (2005), a pesquisa não
estruturada exploratória objetiva procurar padrões e análises, ao invés de validá-los.
Com relação ao levantamento bibliográfico, Gil (2010) afirma que esse tem como
objetivo o fornecimento de fundamentação teórica ao trabalho. Sendo que esse levantamento
pode ser através de materiais impressos como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e
anais de eventos científicos.
Outra metodologia importante para o projeto é o estudo de campo, que conforme
Gil (2010) tem como finalidade a observação direta das atividades do grupo estudado e de
entrevistas com informantes a fim de se captar explicações e interpretações do que ocorre na
realidade do campo estudado.
Quanto ao envolvimento do pesquisador, este trabalho caracteriza-se como
pesquisa-ação. Segundo Barbier (2002), a pesquisa-ação reconhece que o problema nasce,
num contexto preciso, de um grupo em crise, sendo que o pesquisador não o provoca, mas
constata-o, dessa forma, sendo seu papel constituído em ajudar a coletividade a determinar
todos os detalhes mais cruciais ligados ao problema.
32
3.2. ETAPAS DA PESQUISA
O estudo foi desenvolvido em uma empresa fabricante de produtos moldados técnicos.
O mesmo se limitou a estruturação de um sistema para avaliação do custo unitário e da razão
de contribuição dos produtos fabricados por essa empresa, e a posterior avaliação dos
resultados levantados por esse sistema. Para isso foram utilizados os conceitos do custeio
variável, onde apenas os custos variáveis são agregados ao produto.
Para estruturação do sistema, primeiramente o fluxo de produção foi analisado e suas
etapas e processos definidos. Posteriormente, os elementos de custo básicos (MOD e energia
elétrica), que são utilizados por mais de uma etapa ou processo, foram levantados. Com base
nessas informações as variáveis e características das etapas e processos de produção foram
estudadas, para então, ser calculado custo de processamento de cada operação. Para isso,
foram analisados os seguintes itens e utilizado os seguintes critérios:
 Custo da MOD (CMOD): foi determinado para cada etapa um custo médio para MOD
por hora, estabelecido nos Custos Básicos;
 Fator de utilização da MOD (FU): em determinados processos os equipamentos
trabalham sem a presença de um operador durante certo período, ou seja, o operador
pode dividir o seu tempo entre várias atividades. Para isso foi estabelecido o fator de
utilização da MOD pelo processo, sendo que esse pode variar de 0% a 100%;
 Custo da energia elétrica (CEE): foi definido para cada equipamento o custo de
energia médio por hora, estabelecido nos Custos Básicos,
 Eficiência (E): foi adotado, com base em relatórios e entrevistas, o nível de eficiência
para cada operação;
 Setup: para os processos que a produção é medida por batelada, foi definido o tempo
médio e o custo por setup;
 Custos específicos (CE): para os processos que consomem algum tipo de insumo, foi
determinado o custo médio de consumo desse insumo.
 Custo de processamento (CP): foi definido pela Equação 4.
Equação 4: Custo de processamento
[(CMOD x FU) x E] + CEE + CE = CP
Fonte: Autor
33
Com base nos custos por operação, foi estruturada a tabela mestre, onde foi definido
como os custos das etapas e processos são agregados aos produtos, ou seja, através dos
parâmetros específicos de cada produto (produtividade, massa, quantidade, etc.) a tabela
calcula o custo unitário (CU), a razão de contribuição (RC) e a margem de contribuição (MC)
por produto. As interações realizadas pelo sistema foram demonstradas conforme a Tabela 3.
O desenvolvimento desse processo foi realizado com auxilio do software Microsoft Excel.
Tabela 3: Apresentação das interações da tabela mestre
ETAPA X
[R$/pç]
[R$/pç]
OUT
OUT
OUT
(CPA1i)
Estabelece o Custo do Parâmetro A1 (CPA1i)
Define o parâmetro A2 (PA2) (tipo, produt., quant., etc.)
(CPA1i) / (PA2i) = (CUPAi)
CU do Processo A (CUPAi)
(CUPBi)
Estabelece o CU do Processo B (CUPBi) a partir de
Informações de outros processos ou campos
(CUPAi) + (CUPBi) = (CUXi)
CU da Etapa X (CUXi)
CU da Etapa X
[R$/pç]
IN
CU do
Processo B
[Parâmetro A2] Parâmetro A2
OUT
CU do
Processo A
[R$/parâmetro.]
IN
Define o parâmetro A1 (PA1) (tipo, produt., quant., etc.)
Busca o custo do parâmetro A1 (CPA1) em outra tabela.
Parâmetro A1
Processo B
[Parâmetro A1]
Processo A
IN
OUT
OUT
Entrada de Parâmetro (IN)
Interação (OUT)
Saída da Etapa (CU)
Entrada dos Parâmetros (IN)
Fonte: Autor
Depois de concluída a estruturação do sistema, foram definidos os clientes e os
produtos que deveriam ser analisados. Primeiramente foram selecionados os clientes a partir
de dois critérios de escolha: o primeiro pelo nível de atividade, ou seja, foram escolhidos os
34
dez principais clientes em termos de receita e o segundo, pelo nível de desconforto causado a
produção, ou seja, foram escolhidos os dez principais clientes (que não pertencem ao primeiro
grupo) que possuem os produtos que mais dificultam o fluxo produtivo. No segundo
momento, foram definidos os produtos dos clientes selecionados, sendo escolhidos, os
produtos que tiveram movimentação (vendas) no ano de 2014.
Para aplicação do sistema e avaliação dos clientes e produtos selecionados,
primeiramente foram coletados os parâmetros dos produtos. Então, esses parâmetros foram
inseridos no sistema (tabela mestre), e assim, o CU, a RC e MC de cada produto calculado. A
partir dessas informações, foi analisada a situação geral da RC dos produtos. Após, para a
avaliação por clientes, foi calculada a Receita anual, a RC e a MC de cada cliente. Então,
foram avaliados quais clientes possuem os melhores ou piores conjuntos de RC e RM. Para
finalizar, foi avaliado o Ponto de Equilíbrio da Empresa.
Na última parte desse trabalho, os resultados foram analisados e avaliados, os
objetivos geral e específicos foram levantados e foi verificado se os mesmos foram atingidos,
os questionamentos foram respondidos e, por fim, foi feito o fechamento do estudo.
35
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
O presente estudo teve como base uma empresa localizada na cidade de Joinville,
Santa Catarina, que fornece produtos para segmentos automobilístico, duas rodas (motos),
linha branca e linha marrom. A empresa possui um histórico de mais de 35 anos de atuação no
desenvolvimento e produção de peças moldadas técnicas, com qualidade certificada pelos
lideres de mercado.
Trabalhando no mercado bussiness-to-bussiness, a empresa produz produtos de acordo
com as especificações dos seus clientes, ou seja, ela não possuí produtos próprios e os
produtos que são desenvolvidos para um cliente, por força de contrato, não podem ser
vendidos para outro cliente. Dentre os diversos tipos de peças produzidas podem-se destacar
os seguintes itens: anéis o’rings, coxins de amortecimento, juntas de vedação, sanfonas,
gaxetas, retentores, etc.
A empresa conta com 360 funcionários e um faturamento mensal médio de 2,2
milhões de reais (sem impostos). Devidos às quedas de demandas nos últimos anos a empresa
está envolvida em projetos para eliminação de desperdícios e controle e redução dos custos,
com o objetivo de manter sua competitividade no mercado.
4.2. ANÁLISE DO FLUXO PRODUTIVO
Para o melhor entendimento do sistema produtivo, foi elaborado o seu fluxograma
(Figura 1). Neste o processo de fabricação foi dividido em quatro grandes etapas: Matéria
Prima, Vulcanização, Acabamento e Expedição. A partir dessas etapas o processo de
fabricação foi dividido em processos de fabricação intermediários. Cada processo
intermediário é responsável por um tipo de operação, mas um produto não precisa passar por
todos os processos. As características de cada etapa e processo definidos foram detalhadas no
capítulo 4.4.
36
Figura 1: Fluxograma do Sistema Produtivo.
Fonte: Autor
4.3. ELEMENTOS BÁSICOS DE CUSTO
Dentre os vários elementos do custo de um produto, foram elencados dois custos
básicos na fabricação de produtos moldados que estão presentes em todo o processo
produtivo: o custo da mão de obra direta e o custo da energia elétrica. Esses custos foram
analisados separadamente, para facilitar o posterior cálculo dos custos horários das etapas.
4.3.1. Mão de obra direta
Conforme o fluxograma do sistema produtivo, o processo de fabricação foi dividido
em quatro grandes etapas: Matéria Prima, Vulcanização, Acabamento e Expedição. Essas
etapas são as responsáveis pela transformação da MP em produto final, ou seja, o custo da
mão de obra dessas quatro etapas é classificado como custo direto. Como a quantidade de
pessoas dessas etapas é facilmente adaptada à necessidade da demanda de produção, esse
custo também é classificado como variável.
Para cálculo do custo da MOD foram levantados para cada etapa os seguintes itens:
37

Percentual de Encargos Sociais

Carga horária anual por funcionário

Número de funcionários por etapa

Salários anuais totais da MOD por etapa
O percentual de encargos sociais foi definido de acordo com a Tabela 4.
Tabela 4: Encargos para funcionários horistas
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
ENCARGOS PARA FUNCIONÁRIOS HORISTAS
Discriminação
Grupo A* Grupo B** Grupo C***
INSS
0
SESI
0,015
SENAI
0,010
INCRA
0,002
SEBRAE
0,006
SALÁRIO EDUCAÇÃO
0,025
SAT - SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO (média)
0,020
FGTS
0,080
DSR - DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
0,1884
FÉRIAS + 1/3 DE FÉRIAS
0,1304
FERIADOS
0,0399
AVISO PRÉVIO
0,0840
AUXÍLIO-DOENÇA
0,0109
13º SALÁRIO
0,1087
FALTAS ABONADAS
0,0150
DEPÓSITOS FGTS - DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
0,0189
TOTAL PARCIAL
0,158
0,5773
0,0189
INCIDÊNCIAS CUMULATIVAS (Grupo A x Grupo B)
0,0912
TOTAL DE ENCARGOS
0,8454
PERCENTUAL
84,5%
* contribuições fixas mensais incidentes sobre a folha de pagamento.
** encargos que integram a remuneração da mão de obra e sofrem taxação dos encargos do Grupo A.
***obrigações trabalhistas que não são influenciados e não influenciam os encargos dos demais grupos.
Fonte: Autor
Com base nas informações levantadas foi calculado a carga horária total e os salários
totais com encargos, após os salários totais foram divididos peça carga horária total, chegando
assim ao custo da MOD por hora por etapa (Tabela 5).
Tabela 5: Custo da MOD por hora
Item de Custo
Encargos Sociais
Carga Horária por funcionário
Número de funcionários
Carga horária total
Salários totais
Salários com encargos
Custo da MOD por hora
Unidade
MP
VU
AC
EX
[%]
84,5%
84,5%
84,5%
84,5%
[h/ano]
2023*
2023*
2023*
2023*
[quant.]
35
120
90
9
[h/ano]
70805
242760
182070
18207
[R$/ano] R$ 546.000 R$ 1.872.000 R$ 1.188.000 R$ 124.200
[R$/ano] R$ 1.007.588 R$ 3.454.589 R$ 2.192.335 R$ 229.199
[R$/h]
R$ 14,23
R$ 14,23
R$ 12,04
R$ 12,59
*7,33h/dia x 276 dias produtivos por ano= 2023h/ano
Fonte: Autor.
38
4.3.2. Energia elétrica
A energia elétrica é um dos principais elementos do custo de um produto moldado,
podendo ultrapassar a marca de 10% do custo total. Para a definição do custo da energia,
foram levantados o custo do quilowatt hora (kwh) de energia e o consumo de energia médio
(kwh) dos equipamentos utilizados em todo o processo produtivo. Após, foi calculado o custo
da energia por hora do equipamento (Tabela 6).
Tabela 6: Energia elétrica
Conta de Energia [R$]
Consumo [kwh]
Preço [R$/kwh]
R$ 196.304,00
298.013
R$ 0,659
S
CONSUMO DE ENERGIA POR EQUIPAMENTO
Prensa Pequena
(PP)
3,6
Custo da Energia
[R$/hora]
2,36
Prensa Média
(PM)
6,0
3,92
Prensa Grande
(PG)
11,1
7,28
Flashless Pequeno
(FLP)
4,0
2,65
Flashless Normal
(FLM)
6,0
3,96
Flashless Grande
(FLG)
7,8
5,14
Injetora 25 T.
I25
6,7
4,38
Injetora 50 T.
(IJ50)
11,9
7,84
Injetora 90/100 T.
(IJ90)
9,8
6,46
Injetora 160 T.
(IJ160)
18,0
11,86
Injetora 250 T.
(IJ250)
22,8
14,99
Injetora 400 T.
(IJ400)
28,8
18,96
Bambury
27,5
18,11
Cilindro
13,1
8,60
Calandra
10,5
6,92
Guilhotina
0,5
0,35
Mistura
Moldagem
Processo
Equipamento
Pré-Formadora
Inserto
7,3
4,83
12,1
7,97
2,2
1,45
0,9
0,60
12,6
8,30
0,5
0,34
9,1
6,00
0,7
0,46
Criogênia
3,5
2,31
Estampo
1,8
1,15
Fatiadora
1,8
1,19
Jateamento
(Jato)
Pintura
(Cabine de Pintura)
Slit
Lavadora
Acabamento
Consumo [kwh]
Tamboreamento
(Tambor Rotativo)
Pós Cura
Oleamento
Fonte: Autor
(Tambor Rotativo)
39
4.4. ANÁLISE DOS PROCESSOS E ETAPAS
As quatro grandes etapas do sistema produtivo (Matéria Prima, Vulcanização,
Acabamento e Expedição) foram estudadas e as principais características e variáveis de seus
processos levantadas, permitindo assim, definir ao final do estudo de cada processo o custo
por hora de operação.
4.4.1. Matéria Prima (A)
Os produtos moldados pela empresa estudada possuem dois tipos de MP básicas o
composto (polímero, cargas, aceleradores e auxiliares de processo) e o inserto (peça de
metal), sendo que o primeiro está presente em todos os produtos e o segundo apenas nos
produtos sobre injetados (Figura 2).
Figura 2: Tipos de Produtos
Fonte: Autor.
A.1. Mistura
O setor de Mistura é fornecedor interno de MP para o setor de Vulcanização. Ele é
responsável pela preparação do composto e do pré-formado (Figura 3).
Figura 3: Fluxograma da Mistura
Fonte: Autor.
40
A.1.1. Composto
Existe mais de trezentos tipos de compostos, cada um com o objetivo de atender a
diferentes especificações técnicas de um produto e/ou cliente. O composto é formado por um
conjunto de matérias primas, que são misturadas formando uma massa homogênea. Em média
um composto possuí 16 tipos de MP, sendo que as principais são: Polímero base (A000),
Carga de reforço (C000), Carga de enchimento (B000), Acelerador (F000), Plastificante
(G000), Auxiliar de processo (D000), etc.
Cada composto possuí uma formula (receita), onde são especificadas as matérias
primas e suas quantidades (Tabela 7). Essa formula possui um código (SF50, HD60, etc.) e
esse código é amarrado ao código do produto.
Tabela 7: Exemplo de fórmula (WH50).
FORMULAÇÕES APROVADAS PARA PRODUÇÃO
CÓDIGO DA FÓRMULA: WH50
CÓDIGO DA
MP
MASSA [G]
TOLERÂNCIA
[± g]
P.H.R.
PORCENTAGEM
A130
15000
150
100
0,5168
C301
750
8
5
0,0258
C303
75
2
0,5
0,0026
B215
4500
45
30
0,1550
B213
4500
45
30
0,1550
G702
225
2
1,5
0,0078
G708
225
2
1,5
0,0078
H810
300
3
2
0,0103
D405
2850
29
19
0,0982
F601
300
3
2
0,0103
F607
225
2
1,5
0,0078
F605
75
2
0,5
0,0026
TOTAL
29025
193,5
1,0000
FATOR MULTIPLICADOR:
Fonte: Autor.
Variáveis:
 Tipo de Composto [código]
 Custo do Composto [R$/kg]
 Massa do composto [g]
150
41
Custos:
Para definição do custo do composto, primeiramente foram levantados os preços
médios de compra de todas as MP utilizadas na empresa no ano de 2014. Posteriormente, com
base nas fórmulas e nos preços levantados foi calculado o custo por quilograma de cada
composto. A Tabela 8 demonstra o cálculo do custo do composto WH50.
Tabela 8: Exemplo do cálculo do custo do composto (WH50).
CUSTO DO COMPOSTO - WH50 Código MP
PHR
Preço [R$]
(PHR) x (Preço)
A130
100
R$ 10,45
R$ 1.045,00
C301
5
R$ 6,95
R$ 34,75
C303
0,5
R$ 4,53
R$ 2,26
B215
30
R$ 8,79
R$ 263,70
B213
30
R$ 5,86
R$ 175,80
G702
1,5
R$ 19,31
R$ 28,96
G708
1,5
R$ 50,84
R$ 76,26
H810
2
R$ 5,27
R$ 10,54
D405
19
R$ 7,34
R$ 139,46
F601
2
R$ 3,17
R$ 6,34
F607
1,5
R$ 22,30
R$ 33,45
F605
0,5
R$ 21,83
Total
193,5
R$ 10,92
R$ 1827,44
[(PHR) x (Preço)] / (PHR) = Custo =
R$ 9,44/kg
Fonte: Autor.
A.1.2. Preparação
Para o composto ser enviado ao setor de moldagem é necessário que o mesmo seja
pré-formado (pré-moldado), de modo que seja possível o seu processamento na moldagem.
Como visto no fluxograma do setor de Mistura (Figura 3) para se obter o pré-formado é
necessário que a MP passe pelos seguintes etapas:
 Recebimento da MP: A MP é recebida pelo almoxarifado e destinada ao estoque;

Ordem de produção do composto: Sequenciamento de produção dos compostos pelo
PCP;
 Pesagem da MP: Os materiais são separados e pesados de acordo com a sua formula;
42
 Mistura: Os materiais são misturados com auxilio do Banbury, formando um
composto homogêneo, ou seja, com todos os materiais dispersos (Figura 4). Esse
composto homogêneo é chamado de Manta.
Figura 4: Fabricação do Composto
Fonte: Autor.
 Pré-formado: O composto é pré-formado de acordo com a necessidade do próximo
processo. Existem quatro tipos de pré-formado: Batoque (BT), Tira (TI), Disco (DI)
ou Disco pesado (DP) (Figura 8).
Figura 5: Tipos de pré-formados.
Fonte: Autor:
 Estoque intermediário: O pré-formado é disposto em um estoque intermediário, onde
aguarda a necessidade do processo de moldagem.
Variáveis:
 Tipo de Preparação [código]
 Custo de preparação por tipo de pré-formado [R$/manta]
43
 Tempo de preparação [min./composto]
 Consumo Médio de Energia [kWh]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
Para definição dos custos de preparação foram levantados primeiramente os tempos
padrões de processamento para cada tipo de pré-formado. Com base nesses tempos padrões
foi calculado o custo da energia e o custo da MOD para preparação de uma manta (batelada)
conforme a Tabela 9.
Tabela 9: Custos da preparação do pré-formado
PREPARAÇÃO
ITEM
Equipamento
BT
Tempo de Banbury
Banbury
[min]
12
Tempo de Cilindro Normal
Cilindro
[min]
6
Tempo de Preparação
Cilindro
[min]
6
Tempo de Extrusão
Pré-Formadora [min]
35
Tempo de Corte de Tira
Cilindro
[min]
Tempo de Corte de Disco
Cilindro
[min]
Tempo de Pesagem de Disco
Balança
[min]
Tempo de Pesagem da MP
Balança
[min]
20
Tempo total
[min]
79
Custo da MOD por Hora
[R$] 14,23
Custo da MOD por Manta
[R$] 18,74
Custo da Energia por Manta
[R$]
8,16
Custo total por Manta
[R$] 26,89
TI
12
6
DI
12
6
DP
12
6
30
30
12
20
80
14,23
18,97
8,78
27,76
40
20
20
78
68
14,23 14,23
18,50 16,13
10,22 8,78
28,72 24,91
Energia [R$/h]
18,11
8,60
8,60
4,83
8,60
8,60
0
0
Fonte: Autor.
A.2. Inserto
Os insertos são peças metálicas, fornecidas por um terceiro. São utilizados em
produtos sobre injetados, ou seja, onde o composto é moldado sobre um inserto metálico,
obtendo-se uma única peça.
Para atender as especificações funcionais do produto, é necessário que ocorra uma
ligação química, chamada adesão, entre o inserto metálico e o composto. Para se obter a
adesão deseja é necessário preparar a superfície do inserto. O inserto é disposto a moldagem
seguindo o fluxograma conforme Figura 6.
Figura 6: Fluxograma do inserto
44
Fonte: Autor.
A.2.1. Inserto
Para cada produto sobre injetado é especificado, através de desenho, o inserto
metálico. Normalmente são produzidos pelo processo de estampagem, e como a empresa
estudada não possui esse processo de fabricação ela compra o mesmo de um terceiro. Cada
inserto possuí um código (C01033-A, H01086-A, etc.) que é amarrado ao produto final.
Variável:
 Tipo de inserto [código]
 Preço unitário de compra do Inserto [R$/peça]
Custos:
Foram listados os produtos sobre injetados e após foram levantados os preços unitários
(CU do inserto) de compra dos insertos utilizados por esses produtos.
A.2.2. Jateamento
O jateamento é realizado com o auxilio de um Jato de Granalhas Metálicas, com o
objetivo de criar certo nível de rugosidade a superfície do inserto metálico. São jateados por
batelada uma quantidade determinada de insertos.
Variável:
 Custo de jateamento por hora [R$/h]
 Produtividade do Jateamento dos insertos [peças/hora]
 Consumo Médio de Energia [kWh]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
Para determinar o custo de jateamento horário foram levantadas as informações
conforme a Tabela 10.
45
Tabela 10: Custo do Jateamento de Insertos
JATEAMENTO
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD
Custo da Energia [R$/h]
Consumo de granalha [kg/h]
Preço da granalha [R$/kg]
Custo da granalha [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
14,23
30%
7,97
0,3
3,25
0,98
100%
13,22
Fonte: Autor.
A.2.3. Pintura
Com auxilio de uma pistola pulverizadora, é aplicado a superfície do inserto o adesivo.
Esse processo é realizado por um operador e consome uma quantidade determinada de um
adesivo por inserto.
Variáveis:
 Custo da pintura por hora [R$/h]
 Consumo Médio de Energia [kWh]
 Custo da MOD [R$/h]
 Produtividade da Pintura dos insertos [peças/hora]
 Custo do adesivo [R$/kg]
 Quantidade de adesivo [kg/peça]
Custos:
Para determinar o custo de pintura horário foram levantadas as informações conforme
a Tabela 11.
Tabela 11: Custos da pintura de insertos
PINTURA
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
Fonte: Autor.
14,23
100%
1,45
85%
18,19
46
4.4.2. Vulcanização (B)
O processo de vulcanização (VU) ou moldagem é o processo que define o formato e
dimensões do produto final. Através de uma prensa hidráulica ou injetora o composto ganha
forma em um molde (ver figura 7).
Figura 7: Moldagem
Fonte: Autor.
O molde é de extrema impor tância para o processo de vulcanização, pois ele define a
geometria do produto. Também é o molde que determina a Massa Bruta (MB) do produto,
que é a quantidade de MP necessária para produção de um produto, considerando todas as
perdas relativas ao processo. Outra característica básica do molde é o número de cavidades,
ou seja, a quantidade de peças que serão moldadas por ciclo de produção.
Existem diferentes tipos processos de moldagem, todos com o mesmo principio, mas
com características deferentes que promovem vantagens ou desvantagens ao processamento,
dependendo do tipo de produto e/ou demanda de produção. Também se diferenciam entre os
processos o tipo e tamanho de máquina. A empresa estudada possuí os seguintes processos de
moldagem/máquina:
 Injeção (IJ) / Injetora (IJ50, IJ90, IJ160, IJ250 e IJ400);
 Transferência (TR) / Prensa Hidráulica (PP, PM e PG);
 Transferência Contínua (TRC) / Prensa Hidráulica (PG);
 Flashless (FL) / Flashless (FLP, FLM e FLG);
 Prensagem Direta (PD) / Prensa Hidráulica (PP, PM e PG).
Todos os processos de moldagem são sempre acompanhados por um o mais
operadores, que regulam, controlam e operam a máquina. A produtividade desses operadores
e o índice de má qualidade (refugo) são monitorados.
47
Variáveis:
 Tipo de processo de moldagem [código]
 Tipo de máquina [código]
 Quantidade de operadores por máquina [quantidade]
 Número de cavidades do molde [quantidade]
 Quantidade de ciclos/prensadas por hora [ciclos/h]
 Custo da Energia elétrica [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
 Índice de refugo [%]
Custos:
O custo de moldagem foi dividido em duas partes: custo da energia elétrica e custo da
MOD (Tabela 12). As demais variáveis desse processo, são características especificas de cada
produto e foram inseridas na tabela mestre.
Tabela 12: Custos da Moldagem
Maquina
Eficiência
PP
PM
PG
FLP
FLM
FLG
IJ50
IJ90
IJ160
IJ250
IJ400
85%
85%
85%
85%
85%
85%
85%
85%
85%
85%
85%
MOLDAGEM
Energia [R$/h]
Base Base/Efic.
2,36
2,78
3,92
4,61
11,05
13,00
4,02
4,73
6,01
7,07
6,65
7,82
11,90
14,00
9,80
11,53
11,86
13,96
14,99
17,64
18,96
22,31
MOD [R$/h]
Base
Base/Efic.
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
14,23
16,74
Fonte: Autor.
4.4.3. Acabamento (C)
O acabamento é formado por todos os processos que são realizados após a
vulcanização e antes da expedição. Normalmente são atividades menos complexas, mas que
demandam uma grande carga de mão de obra. A empresa estudada apresenta os seguintes
processos de acabamento:
48
C.1. Rebarbação
O processo de Rebarbação consiste na retirada das rebarbas e na inspeção dos
possíveis pontos de falha do produto. Esse processo é manual e é realizado por um acabador.
Variáveis:
 Custo da rebarbação por hora [R$/h]
 Produtividade da Rebarbação [peça/hora]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo de Rebarbação foi definido conforme a Tabela 13.
Tabela 13: Custos da Rebarbação
REBARBAÇÃO
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
12,04
100%
85%
14,17
Fonte: Autor.
C.2. Seleção
O processo de Seleção consiste na inspeção dos possíveis pontos de falha do produto,
quando o processo de rebarbação não consegue garantir tal inspeção. Normalmente produtos
mais complexos necessitam passar pelo processo de seleção. Esse processo é manual e é
realizado por um acabador.
Variáveis:
 Custo da seleção por hora [R$/h]
 Produtividade da Seleção [peça/hora]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo de Seleção foi definido conforme a Tabela 14.
49
Tabela 14: Custos da Seleção.
SELEÇÃO
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
12,04
100%
85%
14,17
Fonte: Autor.
C.3. Criogenia
O processo de Criogenia é um processo de rebarbação automático, que consiste em
resfriar as peças a temperaturas extremante baixas, de modo que as rebarbas fragilizem e
quebrem com o jateamento de granalhas. Esse processo é realizado com o auxilio de uma
máquina de criogenia, que aplica nitrogênio liquido as peças e faz o jateamento de granalhas
poliméricas (Figura 8). Para cada produto é definido uma quantidade de peças e o tempo por
batelada.
Figura 8: Criogenia
Fonte: Autor.
Variáveis:
 Custo da criogenia por hora [R$/h]
 Quantidade peças por batelada [quantidade]
 Tempo por batelada [s]
 Consumo de Nitrogênio [m³/s]
 Custo do Nitrogênio [R$/m³]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo de Criogenia foi definido conforme a Tabela 15.
50
Tabela 15: Custos da criogenia:
CRIOGÊNIA
Custo da MOD [R$/h]
12,04
Fator de Utilização da MOD [%]
100%
Custo da Energia [R$/h]
2,31
Custo m³ de Nitrogênio [R$/m³]
3,28
Consumo de nitrogênio [m³/min.]
5,7
Custo de Nitrogênio [R$/h]
1121,76
Eficiência [%]
85%
Custo total por hora [R$/h]
1138,23
Tempo de Setup [min]
5,0
Custo do Setup [R$/Setup]
1,18
Fonte: Autor.
C.4. Pós-Cura
O processo de Pós-Cura, consiste em submeter às peças a uma alta temperatura e
durante certo tempo, para que as reações químicas da vulcanização sejam finalizadas por
completo. Esse processo é realizado com o auxilio de uma estufa. Para cada produto é
definido a quantidade de peças e o tempo por batelada.
Variáveis:
 Custo da pós-cura por hora [R$/h]
 Quantidade peças por batelada [quantidade]
 Tempo por batelada [min.]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo da Pós-cura foi definido conforme a Tabela 16.
Tabela 16: Custos da pós-cura
PÓS CURA
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
Tempo de Setup [min]
Custo do Setup [R$/Setup]
Fonte: Autor.
12,04
70%
8,30
85%
18,22
15,0
3,54
51
C.5. Lavadora
O processo de lavação, consiste em lavar as peças, para que resíduos de processos
anteriores sejam removidos das peças. Esse processo é realizado com o auxilio de uma
lavadora. Para cada produto é definido a quantidade de peças e o tempo por batelada.
Variáveis:
 Custo da lavadora por hora [R$/h]
 Quantidade peças por batelada [quantidade]
 Tempo por batelada [min.]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo da Lavadora foi definido conforme a Tabela 17.
Tabela 17: Custos da Lavadora
LAVADORA
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
Tempo de Setup [min]
Custo do Setup [R$/Setup]
12,04
30%
8,30
85%
12,55
5,0
1,18
Fonte: Autor.
C.6. Tamboreamento
O processo de tamboreamento é um processo de rebarbação automático, que consiste
em tamborear as peças junto com pastilhas abrasivas. Para cada produto é definido uma
quantidade de peças e o tempo por batelada.
Variáveis:
 Custo do tamboreamento por hora [R$/h]
 Quantidade peças por batelada [quantidade]
 Tempo por batelada [h]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
52
Custos:
O custo da Tamboreamento foi definido conforme a Tabela 18.
Tabela 18: Custos do tamboreamento.
TAMBOREAMENTO
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
Tempo de Setup [min]
Custo do Setup [R$/Setup]
12,04
20%
0,34
85%
3,17
10,0
2,36
Fonte: Autor.
C.7. Fatiadora
O processo de fatiar é especifico para anéis de vedação, ele consiste em fatiar um tubo
moldado em um número determinado de anéis. Esse processo é realizado com o auxilio de
uma fatiadora (Figura 9).
Figura 9: Fatiadora.
Fonte: Autor.
Variáveis:
 Custo da fatiadora por hora [R$/h]
 Quantidade de peças por tubo [peças/tubo]
 Tempo necessário para fatiar uma peça [seg./peça]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo da Fatiadora foi definido conforme aTtabela 19.
53
Tabela 19: Custos da fatiadora
FATIADORA
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
12,04
100%
1,19
85%
13,23
Fonte: Autor.
C.8. Estampo
O processo de estampo consiste em estampar um tapete, transformando o mesmo em
um número determinado de peças. Esse processo é realizado com o auxilio de uma prensa e
uma matriz de corte especifica para o produto (Figura 10).
Figura 10: Estampo
Fonte: Autor.
Variáveis:
 Custo do estampo por hora [R$/h]
 Quantidade de peças por tapete [peças/estampo]
 Tempo necessário para estampar um tapete [seg./estampo]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo da Estampo foi definido conforme a Tabela 20.
54
Tabela 20: Custos do estampo.
ESTAMPO
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
12,04
100%
1,15
85%
13,19
Fonte: Autor.
C.9. Banho Superficial
O processo de banho superficial consiste em envolver as peças com algum tipo de
substância (óleo, silicone liquido, talco, etc.). Esse processo é feito manualmente e existe o
consumo da substância que envolve a peça.
Variáveis:
 Custo do banho superficial por hora [R$/h]
 Produtividade do Banho Superficial [peças/hora]
 Tipo da substância [código]
 Consumo da substância [mg/peça]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo do banho superficial foi definido conforme a Tabela 21.
Tabela 21: Custos do banho superficial
BANHO SUPERFICIAL
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
12,04
100%
0,46
85%
14,63
Fonte: Autor.
C.10. Slit/Corte
O processo de Slit ou Corte consiste em realizar um corte no produto. Esse processo é
realizado com o auxilio de uma prensa e uma matriz de corte especifica para o produto.
55
Variáveis:
 Custo do slit/corte por hora [R$/h]
 Produtividade do slit/corte [peças/h]
 Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h]
 Custo da MOD [R$/h]
Custos:
O custo do slit/corte foi definido conforme a Tabela 22.
Tabela 22: Custos do slit/corte
SLIT / CORTE
Custo da MOD [R$/h]
Fator de Utilização da MOD [%]
Custo da Energia [R$/h]
Eficiência [%]
Custo total por hora [R$/h]
12,04
100%
0,60
85%
12,64
Fonte: Autor.
4.4.4. Expedição (D)
A expedição é responsável por contar, apontar, embalar, estocar e despachar ao cliente
as peças produzidas. Para esse estudo, também foi acrescentado a Expedição os custos de
transporte das peças ao cliente.
D.1. Embalagem
A embalagem é definida para cada produto, com base na geometria, criticidade e
tamanho de lote, buscando sempre o menor custo. Existem diferentes tipos de embalagens,
que satisfazem essas características:
 Saco de rafia: Pequeno (SRP), Médio (SRM) e Grande (SRG);
 Saco de rafia e palete: Pequeno (SRPP), Médio (SRMP) e Grande (SRGP);
 Caixa de papelão: Pequena (CP), Média (CM) e Grande (CG);
 Caixa de papelão e palete: Pequena (CPP), Média (CMP) e Grande (CGP);
 Caixa de papelão com saco plástico: Pequena (CPS), Média (CMS) e Grande (CGS);
 Caixa de papelão com saco plástico e palete: Pequena (CPSP), Média (CMSP) e
Grande (CGSP);
56
Variáveis:
 Tipo de embalagem [código]
 Custo da embalagem [R$/embalagem]
 Quantidade de peças por embalagem [quantidade]
 Custo da MOD [R$/h]
Custo:
Para definição do custo da embalagem foram levantados os materiais necessários e
seus custos para cada tipo de embalagem. Também foi levantado o tempo necessário para
preparação da embalagem. Esses dados foram inseridos na Tabela 23 e o custo por
embalagem calculado.
Tabela 23: Custos da embalagem
EMBALAGEM
Tipo
Preço
Saco
Caixas
Filme
Palete Reforço
Plástico por Palete
Stretch
[Código] [R$/un] [R$/un] [cx/palete]
C3
3,06
C3S
3,06
0,25
C3SP
3,06
0,25
12
CC
CCS
0,25
CP
1,60
CPS
1,60
0,25
CM
2,27
CMS
2,27
CMSP
2,27
0,25
24
CG
3,60
CGS
3,60
CGSP
3,60
0,25
24
SRP
0,98
0,25
SR
0,98
SRS
1,80
0,25
[R$/embalagem]
1,75
0,54
0,31
0,875
0,27
0,16
0,875
0,27
0,16
Tempo
por
embalag.
[minutos]
10
10
20
10
10
10
10
10
10
20
10
10
20
10
10
10
Custo Custo
Custo
da
da
total
MOD MOD
[R$/h] [R$/embalagem]
12,59
2,10
5,16
12,59
2,10
5,41
12,59
4,20
22,11
12,59
2,10
2,10
12,59
2,10
2,35
12,59
2,10
3,70
12,59
2,10
3,95
12,59
2,10
4,37
12,59
2,10
4,37
12,59
4,20
32,02
12,59
2,10
5,70
12,59
2,10
5,70
12,59
4,20
33,35
12,59
2,10
3,33
12,59
2,10
3,08
12,59
2,10
4,15
Fonte: Autor.
D.2. Transporte
Existem diferentes estratégias para o transporte do produtos ao cliente: Transporte tipo
CIF, onde a empresa estudada assume a responsabilidade pelo transporte e transporte tipo
FOB, onde o cliente se responsabiliza pelo transporte. Para o transporte CIF, a empresa
estudada possui um contrato com uma transportadora terceirizada, e todo custo de transporte é
calculado com base em um percentual do valor da mercadoria. Já para o transporte tipo FOB,
57
a empresa estudada apenas se responsabiliza por embarcar a mercadoria, e todos os demais
custos são responsabilidade do cliente.
Variáveis:
 Cliente [código]
 Custo de transporte [%]
Custo:
Foi levantado o percentual do valor da mercadoria cobrado pelo transporte por cliente
conforme tabela 24.
Tabela 24: Custos do transporte
TRANSPORTE
CLIENTE [%] CLIENTE [%] CLIENTE [%] CLIENTE [%]
B03
1,8%
G02
8,0%
K03
1,8%
S04
1,8%
C01
1,8%
H01
1,8%
M08
0%
S05
1,8%
D01
0%
H02
1,8%
M10
0%
T07
1,8%
D03
1,8%
I04
1,8%
M11
8,0%
W02
1,8%
E01
0%
K01
1,8%
N05
1,8%
W03
1,8%
Fonte: Autor.
4.5. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ANÁLISE DOS CUSTOS
Após serem definidos os custos por etapa e processos, foi estruturado a Tabela Mestre.
Essa tabela é responsável pelas interações entre os parâmetros específicos de cada produto
(produtividade, quantidade, tempo, etc.) com os custos por etapa levantados anteriormente.
Ela define como os custos são agregados ao produto, para então definir o custo unitário (CU),
razão de contribuição (RC) e margem de contribuição (MC).
Para apresentar a tabela mestre, primeiramente foi apresentada a tabela em uma forma
geral (Tabela 25) com todas as etapas e processos, e posteriormente a tabela foi desmembrada
e as interações de cada processo foram detalhadas conforme demonstrado na tabela 3 da
metodologia. Para exemplificar as interações realizadas pela tabela mestre, foram inseridas as
informações de três produtos (H01091, B03034 e H01086).
58
Tabela 25: Tabela Mestre
Fonte: Autor.
O desmembramento da tabela mestre (tabela 25) foi realizado da seguinte forma:

Parte A (Tabela 26): Produto e Mistura;

Parte B (Tabela 27): Inserto;

Parte C (Tabela 28): Moldagem;

Parte D (Tabela 29): Acabamento (Rebarbação, Seleção, Criogenia e Pós-cura);

Parte E (Tabela 30): Acabamento (Lavadora, Tamboreamento e Fatiadora);

Parte F (Tabela 31): Acabamento (Estampo, Banho Superficial e Slit/Corte);

Parte G (Tabela 32): Expedição e Resultados.
[código]
[código]
[código]
[R$/kg]
[código]
[R$/kg]
[R$]
H01091
H01
BV65
117,36
DI
0,51
0,53
B03034
B03
TN60
11,63
DI
0,44
0,06
H01086
B03
SF50
7,91
DI
0,44
0,04
IN
IN
IN
OUT
IN
OUT
OUT
Define o produto (H01086, etc.),
Correlaciona com o Preço do Produto (PVi) e
Correlaciona com a Receita Média do Produto (RMPi).
Define o Cliente (H10, M11, etc.) e
Chama o custo do transporte (CTEi).
Fonte: Autor
Define o Composto (SF50, HD60,etc) e
Correlaciona com o Custo do Composto (CCi).
(CCi)
Custo por Kg de composto (CCi)
Define o Pré-formado (DI, TI, BT, etc.),
Correlaciona com o Custo de Preparação por kg (CPj) e
Correlaciona com a Massa Total do Composto (MCi).
(CPj) * (MCi) = (CPCi)
Custo de Preparação por Kg do Composto (CPCi)
(CCi + CPCi) * (MBi) = (CUCi)
CU do Composto (CUCi)
CU da MP
Preparação
Composto
Cliente
Produto
59
Tabela 26: Tabela mestre / parte A
Tabela 2: Tabela Mestre / Parte A
MP
Mistura
H01086-A
0,05
10000
0,001
5000
0,004
0,02
0,078
IN
OUT
IN
OUT
IN
OUT
IN
OUT
Define o Inserto (H01078-A, H01086-A, etc.) e
Chama o Custo do Inserto (CIi) .
(CIi)
CU do Inserto (CIi)
Define a Produtividade de Jateamento (PJIi)
Correlaciona com o custo do Jateamento/hora (CJI) .
(CJI) / (PJIi) = (CUJIi)
CU do Jateamento de Insertos (CUJIi)
Define a Produtividade da Pintura do Inserto (PPIi) e
Correlaciona com o Custo da Pintura/hora (CPI).
Fonte: Autor
Tabela 28: Tabela mestre / parte C
Tabela 4: Tabela Mestre / Parte C
(CPI) / (PPIi) = (CUPIi)
CU da Pintura de Inserto (CUPIi)
Define o CU do Adesivo (CUAIi)
(CUJIi) + (CUPIi) + (CUAIi) = (CUIi)
CU do Inserto (CUIi)
[R$]
[R$/Inserto]
[R$/Inserto]
[peças/h]
[R$/Inserto]
[peças/h]
R$/un.
[código]
CU Inserto
Adesivo
Pintura
Jateamento
Inserto
60
Tabela 27: Tabela mestre / parte B
Tabela 3: Tabela Mestre / Parte B
MP
Inserto
0,00
0,000
0,000
0,000
0,00
0,000
0,000
0,000
[kg]
[kg]
[código]
[R$/h]
[quant.]
[quant.]
[ciclos/h]
[R$/pç]
[%]
[R$/pç]
[R$/pç]
0,0038
0,0045
FLG
0,85
1
14,23 13
14
0,084
10,0%
0,06
0,15
TC
0,0049
0,0051
PG
0,85
1
14,23 62
10
0,024
3,0%
0,00
0,03
PD
0,0030
0,0050
PG
0,85
1
14,23 64
7
0,034
3,0%
0,00
0,04
IN
IN
IN
IN
OUT
IN
OUT
IN
IN
OUT
IN
OUT
OUT
Fonte: Autor
Tabela 29: Tabela mestre / parte D
Tabela 5: Tabela Mestre / Parte D
Acabamento
Define a Massa Líquida sem Inserto (MLi)
Define a Massa Bruta sem Inserto (MBi)
Define a Máquina (PG, IJ160, FLG, etc.)
Correlaciona com o Custo da Máquina / Hora (CMMi) e
Correlaciona com o Custo da MOD por hora (CMODMi)
(CMFi)
Custo da Máquina / Hora (CMMi)
Define a Quantidade de operadores por Maquina (QOMi)
(QOMi) * (CMODMi) = (COMi)
Custo de Operação da Máquina por hora (COMMi)
Define a Quantidade de Cavidades (QCMi)
Define a Quantidade de Prensada (ciclos) por Hora (QPMi)
[(CFMi) + (COMi)] / [(QPi) * (QPi)] = (CUMi)
CU de Moldagem (CUMi)
Define o Percentual de Rejeito da Moldagem (RMi)
(CUMi) * (RMi) = (CURMi)
CU do Rejeito da Moldagem (CURMi)
(CUMi) + (CURMi) = (CUVUi)
CU de VU (CUVUi)
[R$/h]
[código]
FL
Define o Processo de Moldagem (PD, IJ, FL, etc.)
CU de VU
Rejeito Moldagem
CU de Moldagem
Presadas
Cavidades
Homens
Maquina
M, Bruta
M. Liquida
Processo
61
Vulcanização
Moldagem
448
0,032
IN
OUT
IN
OUT
IN
Define a Produtividade da Rebabação (PREAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da Rebarbação (CREA)
(CREA) / (PREAi) = (CUREAi)
CU de Rebarbação (CUREAi)
Define a Produtividade da Seleção (VSAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da Rebarbação (CRA)
(CSA) / (VSAi) = (CUSAi)
CU de Seleção (CUSAi)
Define a quantidade de peças por batelada da Criogenia (QBCAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da Criogenia (CCA)
0,000
200
0,07
2500
[quant.]
[min.]
[R$/pç]
2000
240
0,04
0,03
3500
20
0,00
0,00
20000
300
0,00
IN
OUT
IN
IN
OUT
Define o tempo por batelada da Pós-Cura (TBPCAi)
{[(TBPCAi) / 60] * (CPCA)} / (QBPCAi) = (CUPCAi)
CU de Pós-Cura (CUPCAi)
0,00
0,00
Define a quantidade de peças por batelada da Pós-Cura (QBPCAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da Pós-Cura (CPCA)
250
[R$/pç]
0,00
{[(TBCAi) / 3600] * (CCA)} / (QBCAi) = (CUCAi)
CU de Criogenia (CUCAi)
Fonte: Autor
Tabela 30: Tabela mestre / parte E
Tabela 6: Tabela Mestre / Parte E
Acabamento
CU de
Pós-Cura
Criogenia
Tempo
Q. Peças
CU de Criogenia
Tempo
[seg.]
Seleção
Define o tempo por batelada da Criogenia (TBCAi)
Peças
0,035
[quant.]
400
CU de
Seleção
Seleção
[peças/h]
Rebarbação
[R$/pç]
CU de
Rebarbação
[R$/pç]
Rebabação
[peças/h]
62
Pós Cura
IN
IN
OUT
IN
IN
OUT
IN
IN
OUT
IN
IN
OUT
Define a quantidade de peças por batelada da Lavadora (QBLAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da Lavadora (CLA)
Define o tempo por batelada da Lavadora (TBLAi)
{[(TBLAi) / 60] * (CLA)} / (QBLAi) = (CULAi)
CU de Lavação (CULAi)
Define a quant. de peças por batelada do Tamboreamento (QBTAi) e
Correlaciona com o Custo por hora do Tamoreamento (CTA)
Define o tempo por batelada da Lavadora (TBTAi)
{[(TBTAi) / 60] * (CTA)} / (QBTAi) = (CUTAi)
CU de tamboreamento (CUTAi)
Define a quantidade de peças por Tubo (QPTAi) e
Divide o CU do VU pela (QPTAi)
Define o tempo para fatiar uma peça (TFAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da fatiadora (CFAi)
{[(TBLAi) / 60] * (CLA)} = (CUFAi)
CU de Fatiação (CUFAi)
Define a quantidade de peças por Tapete (QPEAi) e
Divide o CU do VU pela (QPEAi)
Difine o tempo para estampar um tapete (TFAi) e
Correlaciona com o Custo por hora da estampagem (CEAi)
{[(TBLAi) / 60] * (CLA)} / (QPEAi) = (CULAi)
CU de Estampagem (CUEAi)
Tempo
Q. Peças
Tempo
[min.]
[R$/pç]
[quant.]
1000
6
0,00
2000
3500
60
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Fonte: Autor
Tabela 31: Tabela mestre / parte F
Tabela 7: Tabela Mestre / Parte F
CU de
Estampagem
Fatiadora
[R$/pç]
Estampo
0,00
[seg./tapete]
0,01
Peças/Tapete
[seg./peça]
7
[quant.]
Tempo
[quant.]
Tamborea.
CU de Fatiação
Peças/Tubo
[R$/pç]
Lavadora
[R$/pç]
CU de
Tamboreamento
[hora]
CU de Lavação
Q. Peças
[quant.]
63
Estampo
IN
IN
OUT
IN
OUT
IN
OUT
OUT
IN
OUT
OUT
Define a produtividade do Banho Superficial (PBSAi) e
Correlaciona com o Custo por hora do banho superficial (CBSAi)
Define a Substância (O101, T101, etc.) e
Correlaciona com o custo da substância (CSAi)
(CSAi)
Custo por Kg da substância (CSAi)
Define a quantidade de substância (QSAi)
[(QSAi) * (CSAi)] + [(CBSA) / (PBSAi)] = (CUBSAi)
CU do Banho Superficial (CUBSAi)
Define a Produtividade do Slit (PSLAi) e
Correlaciona o custo por hora do Slit (CSLA)
(CSLA) / (PSLAi) = (CUSLAi)
CU de Slit (CUSLAi)
[(CUREAi) + (CUSAi) + (CUCAi) + (CUPCAi) + (CULAi) + (CUTAi) +
(CUFAi) + (CUOAi) + (CUSLAi)] = (CUAi)
CU de AC (CUACi)
Define o percentual de Rejeito do Acabamento (RAi)
(CUAi) * (RAi) = (CURAi)
CU do Rejeito do Acabamento (CURAi)
(CUACi + CURAi) = (CUAi)
CU do Acabamento
5.000
Fonte: Autor
[%]
[R$/pç]
[R$/pç]
0,00
0,00
0,00
0,09
0,0%
0,00
0,09
0,00
0,00
0,00
0,11
0,0%
0,00
0,11
0,003
0,00
0,00
0,04
0,0%
0,00
0,04
[peças/h]
[R$/pç]
[kg/peça]
[R$/pç]
O102 39,80
[R$/pç]
[R$/kg]
[Código]
[quant.]
CU Acabamento
Slit
Rejeito
Acabamento
Banho Superficial
CU de AC
Slit / Corte
CU de Banho
Superficial
Quantidade
Tipo de Substância
Peças/Hora
64
Acabamento
Rejeito
[R$/pç]
0,017
0,0210 0,788
0,95
17,0% 402547
CG
5,70
1000
0,006
0,004
0,0094 0,207
0,21
-0,1%
SR
3,90
1000
0,004
0,006
0,0104 0,235
0,36
34,6% 307299
IN
OUT
IN
OUT
OUT
OUT
OUT
OUT
OUT
OUT
OUT
Fonte: Autor
Define a quantidade de peças por embalagem (QPEi)
(CEEi) / (QPEEi) = (CUEEi)
CU da Embalagem (CUEEi)
(CTEi) * (MLi) = (CUTEi)
CU do Transporte (CUTEi)
(CUEEi) + (CUTEi) = (CUEi)
CU de Expedição (CUEi)
(CUCi) + (CUIi) + (CUMi) + (CUAi) + (CUEi) = (CUPi)
CU do Produto (CUPi)
(PVi)
Preço de Venda do Produto (PVi)
[(PVi) - (CUPi)] / (PVi) = (RCi)
Razão de Contribuição (RCi)
Receita média do produto (RMPi)
(RMPi) * (RCi) = (MCi)
Margem de Contribuição (MCi)
Transporte
CU da Embalagem
Q. Peças
Receita
8596
Margem de
Contribuição
RC
[R$/ano]
Receita Anual
[R$/ano]
Preço
Razão de
Contribuição
Expedição
[%]
CU
Preço
Transp.
[R$/pç]
Custo Unitário
[R$/pç]
0,004
[R$/pç]
[Quant.]
1000
CU Expedição
[R$/embalag.]
3,90
(CEEi)
Custo da embalagem (CEEi)
Tipo de
Embalagem
Embalagem
[R$/pç]
[Código]
SR
Define a Embalagem (SR, CXP, CXM, etc.) e
Correlaciona com o custo da embalagem (CEEi)
65
Tabela 32: Tabela mestre / parte G
Tabela 8: Tabela Mestre / Parte G
Resultado
MC
68624
-4
106441
66
4.6. SELEÇÃO DOS CLIENTES E PRODUTOS
Primeiramente foram selecionados os clientes do grupo A, que foram os dez principais
clientes em termos de receita. Após foram selecionados os clientes do grupo B, que são os dez
clientes, que não pertencem ao grupo A, mas que possuem os produtos que mais dificultam o
fluxo produtivo.
Após a seleção dos clientes foram definidos os produtos dos clientes selecionados, que
deveriam participar do estudo. Os produtos selecionados foram os que tiveram receita
(vendas) no ano de 2014, totalizando 282 itens, divididos conforme a Tabela 33.
Tabela 33: Seleção dos Clientes e Produtos
Cliente
Receita/ano
Quantidade
de Itens
H01
C01
T07
W03
M11
M08
H02
M10
K03
B03
D01
E01
S04
S05
N05
W02
D03
K01
I04
G02
R$ 11.562.587
R$ 5.088.313
R$ 1.874.928
R$ 1.663.463
R$ 1.469.471
R$ 805.707
R$ 655.549
R$ 641.661
R$ 448.357
R$ 421.317
R$ 350.855
R$ 264.899
R$ 165.913
R$ 135.202
R$ 116.108
R$ 60.122
R$ 59.701
R$ 44.739
R$ 36.575
R$ 33.240
R$ 25.898.707
87
17
53
23
4
6
2
16
6
24
12
5
2
2
6
7
2
4
2
2
282
Grupo B
Grupo A
Grupo
TOTAL
Fonte: Autor.
20
67
4.7. ANÁLISE DO CUSTO UNITÁRIO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Foram coletados os parâmetros dos produtos selecionados e após, esses parâmetros
foram inseridos no sistema de análise do custo unitário (Tabela Mestre - Tabela 25). Dessa
forma, foram definidos o custo unitário (CU), a razão de contribuição (RC) e a margem de
contribuição (MC) (Apêndice B). A seguir seguem as análises dos resultados obtidos:
4.7.1. Análise por Produto
Primeiramente os produtos foram classificados em seis grupos (de A a F) com
diferentes níveis de razão de contribuição (RC). Com os produtos classificados, foi criado um
gráfico em forma de pizza (Figura 11), onde foi possível analisar a distribuição dos produtos
nos diferentes níveis de razão de contribuição (RC).
Figura 11: Análise por produto.
Fonte: Autor.
Como a empresa estudada está trabalhando com uma demanda abaixo de sua
capacidade, qualquer produto que tiver margem de contribuição positiva estaria ajudando a
pagar os custos fixos de operação, ou seja, contribuindo para o resultado final empresa. Mas,
adotando como critério de viabilidade a margem de contribuição mínima de 40%, conclui-se
que 37% dos itens necessitariam de revisão no preço de venda ou melhoria no processo de
fabricação.
68
4.7.2. Análise por Cliente
Para análise por cliente, foi criada a Tabela 34, onde foi calculada a margem de
contribuição (MC), a receita anual, a razão de contribuição (RC) e o custo variável direto de
fabricação (CVD) por cliente e elaborado o ranking de RC.
Tabela 34: Análise por cliente
Cliente
Receita/ano
MC
RC
CVD
Ranking de RC
H01
R$ 11.562.587
R$ 5.289.379
46%
R$ 6.273.208
14
C01
R$ 5.088.313
R$ 2.814.447
55%
R$ 2.273.866
6
T07
R$ 1.874.928
R$ 899.040
48%
R$ 975.888
9
W03
R$ 1.663.463
R$ 939.523
56%
R$ 723.940
3
M11
R$ 1.469.471
R$ 693.661
47%
R$ 775.810
13
M08
R$ 805.707
R$ 400.313
50%
R$ 405.394
10
H02
R$ 655.549
R$ 338.312
52%
R$ 317.237
7
M10
R$ 641.661
-R$ 34.450
-5%
R$ 676.111
20
K03
R$ 448.357
R$ 159.620
36%
R$ 288.737
15
B03
R$ 421.317
R$ 100.307
24%
R$ 321.010
16
D01
R$ 350.855
R$ 249.747
71%
R$ 101.108
1
E01
R$ 264.899
-R$ 4.511
-2%
R$ 269.410
19
S04
R$ 165.913
R$ 37.497
23%
R$ 128.416
17
S05
R$ 135.202
R$ 70.084
52%
R$ 65.118
8
N05
R$ 116.108
R$ 9.304
8%
R$ 106.804
18
W02
R$ 60.122
R$ 42.648
71%
R$ 17.474
2
D03
R$ 59.701
R$ 22.062
37%
R$ 37.639
11
K01
R$ 44.739
R$ 25.577
57%
R$ 19.162
5
I04
R$ 36.575
R$ 20.501
56%
R$ 16.074
4
G02
R$ 33.240
R$ 15.013
45%
R$ 18.227
12
R$ 25.898.707
R$ 12.088.074
47%
R$ 13.810.634
Geral
Fonte: Autor.
Com base nessas informações foi criado o gráfico (Figura 12) que cruza a RC com a
Receita anual de cada cliente, sendo assim, possível verificar qual produto ou cliente possui o
melhor ou pior conjunto de RC e Receita.
69
Figura 12: Análise por cliente.
Fonte: Autor.
Verifica-se que os clientes M10 e E01 possuem margem de contribuição (MC)
negativa, ou seja, o grupo de produtos fornecidos para esses clientes estão, definitivamente,
atrapalhando o resultado da empresa. Para esses clientes, ações comerciais deveram ser
tomadas imediatamente, para reverter tal situação.
Os clientes N05, S04, B03, K03, e D03, que estão no quadrante três (Q3), possuem
MC e Receita anual em níveis baixos, ou seja, possuem grupos de itens que não são
representativos para o resultado da empresa. Em níveis de alta operação (demanda maior que
70
a capacidade produtiva) a produção desses itens poderia ser interrompida para dar lugar a
itens de maior MC. Estudos de viabilidade econômica e ações comerciais deverão ser
realizados para esse grupo de clientes.
Os demais clientes, do quadrante quatro (Q4) e do quadrante um (Q1), possuem
grupos de itens com as melhores MC e receitas, logo, são esses clientes que promovem o
resultado da empresa. Ações para aumentar a demanda de vendas devem ser concentradas
nesses clientes, para que o lucro da empresa aumente mais rapidamente.
4.7.3. Análise do ponto de Equilíbrio
Através das informações retiradas da Tabela 34 (item geral – última linha) e do
demonstrativo de resultados (Apêndice A), foi calculado o preço médio dos produtos
vendidos (Equação 5), o custo variável médio (Equação 6) e o ponto de equilíbrio (PE)
(Equação 7), como mostra o Gráfico 5.
Equação 5: Preço Médio.
(Receita Anual) / (Quantidade de produtos) = (Preço Médio)
(R$25.898.707) / (80.106.005) = R$0,323
Fonte: Autor.
Equação 6: Custo Variável Médio.
(Preço Médio) - (1 – Razão de Contribuição Geral) = (Custo Variável Médio)
(R$0,323) / (1 – 0,47) = R$0,172
Fonte: Autor.
Equação 7: Ponto de Equilíbrio.
(Custo Fixo) / [(Preço Médio) – (Custo Variável Médio)] = (Ponto de Equilíbrio)
(11624155) / [(R$0,323) – (0,172)] = 77.031.681 peças
Fonte: Autor.
71
Gráfico 5: Ponto de equilíbrio
Fonte: Autor.
A partir do gráfico do ponto de equilíbrio (Gráfico 5) é possível verificar que a
empresa possuí um nível de demanda superior a demanda do ponto de equilíbrio.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da necessidade de entender quais os clientes e produtos estão ajudando ou
prejudicando o resultado da empresa, de modo a direcionar os esforços dos gestores, este
estudo avaliou o custo unitário e a razão de contribuição de uma gama de clientes e produtos
selecionados, ou seja, apontou as oportunidades de melhoria.
Para alcançar tal resultado foi necessário alcançar os objetivos específicos desse
trabalho. Logo, primeiramente, foi analisado o sistema produtivo da empresa, de modo que se
identificou qual a sequência de etapas e processos o produto deve passar, para ser entregue ao
cliente final, ou seja, desde a matéria prima até a expedição.
Posteriormente, as etapas e os processos identificados foram analisados e suas
características e variáveis levantadas, assim, foi possível definir o custo de processamento por
operação.
Com base nas informações levantas sobre o sistema produtivo (características,
variáveis e custo de processamento), foi estruturado o sistema de avaliação do custo unitário e
razão de contribuição. A partir de interações entre os parâmetros específicos de cada produto
(produtividade, tempo, quantidade, etc.) com o custo de processamento, o sistema permitiu
calcular o custo unitário, razão de contribuição e margem de contribuição por produto.
Então, foram selecionados os produtos a serem avaliados com o sistema de avaliação
do custo unitário e razão de contribuição criado. Primeiramente foram selecionados os
clientes que deveriam participar do estudo, a partir de dois critérios: principais clientes em
termo de receita e clientes que possuem os produtos que mais dificultam o fluxo produtivo.
No segundo momento, foram definidos os produtos dos clientes selecionados, sendo
escolhidos, os produtos que tiveram movimentação (vendas) no ano de 2014, totalizando 282
produtos.
Para todos os produtos selecionados foram coletados os parâmetros específicos por
produto dos processos de fabricação. Esses parâmetros foram inseridos no sistema de
avaliação do custo unitário e razão de contribuição, logo, o sistema definiu o CU, a RC e a
MC para cada produto.
Com base nessas informações, foram analisados os resultados dos produtos de forma
geral e dos clientes de forma especifica. Na análise dos produtos, verificou-se que 37% dos
produtos possuem margem de contribuição em nível desconfortável, sendo que desses 7%
possuem margem de contribuição negativa, ou seja, definitivamente estão prejudicando o
73
resultado da empresa. Na análise dos clientes, foi possível observar que dentre os vinte
clientes estudados, dois clientes, M10 e E01, possuem conjuntos de itens com margem
negativa, ou seja, ações comerciais deverão ser tomadas imediatamente. Também se verificou
que existem outros cinco clientes, N05, S04, B03, K03, e D03, em situação desconfortável, ou
seja, possuem grupos de itens não representativos para o faturamento e com baixo nível de
razão de contribuição.
Também, com base nas informações retiradas do sistema de avaliação do custo
unitário e razão de contribuição, foi calculado qual o ponto de equilíbrio da empresa, onde, foi
observado que o nível de demanda atual da empresa está maior que o necessário para se
alcançar o ponto de equilíbrio.
Sendo assim, foi alcançado o objetivo geral desse estudo, ou seja, foi avaliado o custo
unitário e razão de contribuição dos produtos moldados da empresa estudada. Logo, esse
estudo fornece a base necessária para decisões estratégicas comerciais, pois definiu quais os
clientes são importantes ou não para o resultado, e quais os itens estão em situação
confortável ou desconfortável no ponto de vista econômico.
REFERÊNCIAS
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Management Research, v. 1, n. 4, p. 1-7, 2011.
76
APÊNDICES
APÊNDICE A – Demonstrativo de resultados do ano 2014.
RECEITA LIQUIDA
R$
25.898.707
CUSTO E DESPESAS
VARIÁVEIS
Custo Variavel
Despesa Variavel
-R$
-R$
-R$
13.810.634
13.064.700
745.933
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
R$
12.088.074
CUSTO DESPESA FIXA
Custo Fixo
Despesa Fixa com Vendas
Despesa Fixa Administrativa
-R$
-R$
-R$
-R$
11.624.155
8.552.946
701.701
2.369.509
LUCRO OPERACIONAL
R$
463.918
77
Margem de
Contribuição
[R$/ano]
Receita anual
Preço
[R$/pç]
[R$/ano]
Custo Unitário
[R$/pç]
Razão de
Contribuição
CU Expedição
[R$/pç]
[%]
CU Acabamento
[R$/pç]
[R$/pç]
CU de VU
[R$]
CU Inserto
[R$]
CU da MP
[código]
Cliente
[código]
Produto
APÊNDICE B – Cálculo do custo unitário e razão de contribuição
H01002
H01
0,02
0,000
0,03
0,00 0,0027 0,057 0,13
57,0%
86306
49223
H01003
H01
0,01
0,000
0,02
0,00 0,0012 0,029 0,06
53,3%
22
12
H01004
H01
0,00
0,000
0,01
0,00 0,0013 0,014 0,07
80,3%
26600
21371
H01005
H01
0,00
0,000
0,03
0,00 0,0016 0,040 0,08
51,5%
4011
2066
H01006
H01
0,15
0,000
0,03
0,00 0,0086 0,186 0,33
44,2%
474731
209923
H01007
H01
0,07
0,000
0,05
0,00 0,0066 0,135 0,30
54,3%
51753
28112
H01008
H01
0,03
0,000
0,05
0,00 0,0032 0,086 0,15
42,2%
843
356
H01009
H01
0,02
0,000
0,02
0,00 0,0022 0,042 0,11
60,4%
199321
120433
H01010
H01
0,03
0,000
0,04
0,02 0,0028 0,085 0,12
30,7%
472
145
H01011
H01
0,04
0,000
0,05
0,00 0,0048 0,089 0,23
60,6%
39375
23878
H01012
H01
0,01
0,000
0,03
0,02 0,0022 0,066 0,11
40,2%
1184
475
H01013
H01
0,01
0,000
0,02
0,00 0,0020 0,031 0,10
69,6%
52242
36349
H01014
H01
0,02
0,000
0,04
0,00 0,0083 0,064 0,45
85,9%
328252
282026
H01015
H01
0,02
0,000
0,03
0,03 0,0019 0,080 0,09
8,4%
34631
2908
H01016
H01
0,28
0,000
0,13
0,00 0,0273 0,434 1,08
59,9%
43594
26122
H01017
H01
0,19
0,000
0,11
0,00 0,0205 0,322 0,99
67,6%
95477
64511
H01018
H01
0,55
0,000
0,13
0,00 0,0411 0,723 1,42
49,1%
323284
158583
H01021
H01
0,11
0,000
0,23
0,00 0,0253 0,358 1,29
72,3%
110181
79698
H01022
H01
0,45
0,000
0,04
0,00 0,0218 0,509 0,67
23,9%
14074
3368
H01023
H01
0,01
0,000
0,04
0,05 0,0100 0,117 0,34
65,6%
9149
6004
H01024
H01
0,16
0,000
0,03
0,00 0,0087 0,201 0,34
40,9%
279416
114396
H01027
H01
0,20
0,000
0,03
0,06 0,0079 0,303 0,42
27,5%
77953
21472
H01028
H01
0,01
0,000
0,01
0,01 0,0017 0,023 0,09
73,0%
350658
255845
H01029
H01
1,72
0,000
0,10
0,05 0,0394 1,910 2,04
6,5%
337276
21877
H01030
H01
0,21
0,000
0,07
0,00 0,0186 0,295 0,60
50,8%
6
3
H01031
H01
0,09
0,000
0,03
0,03 0,0121 0,162 0,46
64,7%
480468
310813
Margem de
Contribuição
[R$/ano]
Receita anual
Preço
[R$/pç]
[R$/ano]
Custo Unitário
[R$/pç]
Razão de
Contribuição
CU Expedição
[R$/pç]
[%]
CU Acabamento
[R$/pç]
[R$/pç]
CU de VU
[R$]
CU Inserto
[R$]
CU da MP
[código]
Cliente
[código]
Produto
78
H01032
H01
0,06
0,000
0,02
0,02 0,0038 0,095 0,16
39,0%
84459
32902
H01033
H01
0,04
0,000
0,02
0,04 0,0033 0,101 0,15
32,0%
40166
12833
H01034
H01
0,04
0,000
0,02
0,04 0,0034 0,103 0,15
29,3%
34
10
H01035
H01
0,12
0,000
0,02
0,06 0,0040 0,210 0,22
3,3%
24820
812
H01036
H01
0,09
0,000
0,03
0,06 0,0044 0,184 0,24
24,1%
39032
9406
H01037
H01
0,71
0,000
0,14
0,11 0,0890 1,054 3,50
69,9%
21
15
H01038
H01
0,03
0,000
0,03
0,00 0,0033 0,068 0,16
56,5%
254384
143831
H01041
H01
0,20
0,000
0,06
0,05 0,0206 0,334 0,71
53,1%
17484
9290
H01042
H01
0,26
0,000
0,07
0,00 0,0232 0,358 1,07
66,6%
259401
172811
H01043
H01
0,37
0,000
0,13
0,00 0,0188 0,519 0,83
37,3%
67119
25014
H01044
H01
0,02
0,000
0,04
0,00 0,0049 0,072 0,25
71,5%
69277
49531
H01045
H01
0,12
0,000
0,03
0,00 0,0081 0,157 0,34
54,3%
283
154
H01046
H01
0,71
0,000
0,12
0,09 0,0723 0,996 2,21
55,0%
292304
160731
H01047
H01
0,02
0,000
0,03
0,00 0,0014 0,050 0,06
22,8%
33213
7579
H01048
H01
0,03
0,000
0,03
0,00 0,0035 0,061 0,15
59,1%
744487
439716
H01049
H01
0,04
0,000
0,02
0,00 0,0070 0,069 0,36
80,6%
358855
289215
H01050
H01
0,21
0,000
0,03
0,03 0,0062 0,273 0,33
16,6%
364209
60592
H01051
H01
0,02
0,000
0,01
0,03 0,0017 0,054 0,07
24,0%
27366
6562
H01052
H01
0,03
0,000
0,02
0,00 0,0032 0,061 0,14
57,1%
86354
49271
H01053
H01
0,02
0,000
0,02
0,00 0,0027 0,039 0,14
71,5%
113216
80958
H01054
H01
0,03
0,000
0,05
0,02 0,0032 0,103 0,14
28,6%
96557
27625
H01055
H01
0,21
0,000
0,06
0,00 0,0115 0,280 0,46
38,8%
187666
72766
H01056
H01
0,03
0,000
0,03
0,03 0,0024 0,099 0,11
9,7%
37376
3632
H01057
H01
0,01
0,000
0,03
0,00 0,0016 0,042 0,08
46,6%
784
365
H01059
H01
0,06
0,000
0,03
0,00 0,0037 0,095 0,16
41,3%
147312
60875
H01060
H01
0,03
0,000
0,03
0,00 0,0036 0,066 0,15
57,2%
98171
56137
Margem de
Contribuição
[R$/ano]
Receita anual
Preço
[R$/pç]
[R$/ano]
Custo Unitário
[R$/pç]
Razão de
Contribuição
CU Expedição
[R$/pç]
[%]
CU Acabamento
[R$/pç]
[R$/pç]
CU de VU
[R$]
CU Inserto
[R$]
CU da MP
[código]
Cliente
[código]
Produto
79
H01061
H01
0,01
0,000
0,03
0,00 0,0017 0,041 0,08
49,2%
18115
8910
H01063
H01
0,12
0,000
0,07
0,00 0,0152 0,206 0,57
64,0%
532664
340791
H01064
H01
0,10
0,000
0,05
0,00 0,0113 0,170 0,48
64,7%
96391
62395
H01066
H01
0,09
0,000
0,02
0,00 0,0063 0,112 0,30
63,3%
3703
2345
H01067
H01
0,12
0,000
0,06
0,08 0,0120 0,269 0,45
40,0%
2564
1025
H01068
H01
0,02
0,000
0,05
0,05 0,0102 0,125 0,35
64,4%
1351
870
H01069
H01
0,05
0,000
0,09
0,05 0,0089 0,196 0,44
55,6%
2116
1177
H01071
H01
0,03
0,000
0,05
0,07 0,0069 0,157 0,35
54,7%
1364
747
H01072
H01
0,03
0,000
0,04
0,02 0,0022 0,096 0,11
12,0%
45
5
H01073
H01
0,04
0,000
0,02
0,09 0,0050 0,156 0,25
37,6%
30242
11383
H01074
H01
0,08
0,000
0,17
0,00 0,0085 0,258 0,43
39,5%
24075
9517
H01077
H01
0,13
0,000
0,10
0,00 0,0176 0,247 0,80
69,0%
62858
43394
H01078
H01
0,23
0,907
0,19
0,07 0,0475 1,448 2,52
42,6%
103717
44138
H01079
H01
0,15
0,786
0,11
0,07 0,0235 1,145 1,25
8,4%
553057
46465
H01080
H01
0,19
0,000
0,03
0,02 0,0084 0,256 0,29
10,3%
350313
36185
H01081
H01
0,16
0,000
0,04
0,03 0,0070 0,235 0,38
38,2%
340743
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H01
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H01
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H01
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H01
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T07
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W03
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W03
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W03
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W03
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W03
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W03
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W03
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W03
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W03037
W03
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[R$/ano]
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[R$/ano]
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[R$/ano]
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[R$/ano]
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[R$/pç]
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0,00
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D01
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N05
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0,18 0,0154 0,438 0,46
3,7%
63327
2336
N05006
N05
0,01
0,000
0,04
0,08 0,0037 0,139 0,17
18,6%
6191
1149
N05007
N05
0,14
0,000
0,04
0,06 0,0113 0,243 0,23
-5,1%
6033
-307
N05008
N05
0,02
0,000
0,01
0,06 0,0031 0,102 0,11
8,5%
15796
1345
N05009
N05
0,01
0,000
0,03
0,00 0,0025 0,042 0,10
58,1%
12737
7403
N05010
N05
0,01
0,000
0,04
0,06 0,0021 0,113 0,09 -21,8%
12024
-2622
W02002
W02
0,04
0,000
0,43
0,05 0,0350 0,563 1,70
66,9%
5102
3412
W02003
W02
0,01
0,000
0,02
0,08 0,0074 0,119 0,17
29,4%
6882
2020
W02005
W02
0,03
0,000
0,11
0,08 0,0170 0,233 0,70
66,7%
140
93
W02006
W02
0,06
0,000
0,16
0,03 0,0214 0,273 0,87
68,7%
611
420
W02007
W02
0,01
0,143
0,22
0,07 0,0293 0,473 1,39
65,8%
1390
915
W02008
W02
0,07
0,000
0,18
0,08 0,0337 0,360 1,63
77,9%
45152
35174
W02009
W02
0,11
0,164
0,24
0,08 0,0465 0,640 2,34
72,7%
845
614
K01004
K01
0,37
0,000
0,14
0,00 0,0287 0,540 1,26
57,3%
24352
13946
K01005
K01
0,37
0,000
0,09
0,00 0,0259 0,479 1,11
56,8%
19727
11202
Margem de
Contribuição
[R$/ano]
Receita anual
Preço
[R$/pç]
[R$/ano]
Custo Unitário
[R$/pç]
Razão de
Contribuição
CU Expedição
[R$/pç]
[%]
CU Acabamento
[R$/pç]
[R$/pç]
CU de VU
[R$]
CU Inserto
[R$]
CU da MP
[código]
Cliente
[código]
Produto
87
K01006
K01
0,07
0,000
0,05
0,00 0,0131 0,136 0,40
65,7%
633
416
K01008
K01
0,15
0,000
0,10
0,00 0,0157 0,268 0,54
50,3%
27
14
E01003
E01
0,08
0,000
0,06
0,00 0,0046 0,153 0,22
29,9%
54128
16158
E01004
E01
0,35
0,000
2,65
0,00 0,0046 3,003 2,14 -40,0%
1909
-763
E01005
E01
1,41
0,000
2,03
0,03 0,0046 3,471 3,13 -10,9%
198626
-21655
E01006
E01
1,68
0,000
2,37
0,08 0,0046 4,133 4,48
7,6%
537
41
E01007
E01
0,75
0,000
0,42
0,04 0,0046 1,215 1,48
17,6%
9699
1709
D03009
D03
0,02
0,000
0,00
0,06 0,0071 0,087 0,06 -34,0%
14703
-5003
D03010
D03
0,02
0,000
0,02
0,02 0,0090 0,067 0,17
60,1%
44998
27065
G02002
G02
0,18
0,000
0,06
0,05 0,0492 0,339 0,59
42,9%
23321
9994
G02005
G02
0,09
0,000
0,05
0,03 0,0346 0,208 0,42
50,6%
9919
5020
I04001
I04
0,00
0,000
0,01
0,00 0,0012 0,016 0,04
62,9%
24608
15467
I04002
I04
0,01
0,000
0,02
0,00 0,0012 0,026 0,04
42,1%
11967
5034
S05003
S05
0,12
0,000
0,07
0,00 0,0203 0,215 0,40
46,8%
46109
21584
S05007
S05
0,24
0,000
0,05
0,05 0,0205 0,355 0,78
54,4%
89093
48499
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Avaliação do custo unitário da margem de contribuição de peças