1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS EVANDRO HOEPERS AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE PEÇAS MOLDADAS JOINVILLE – SC – BRASIL 2015 2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS EVANDRO HOEPERS AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE PEÇAS MOLDADAS Trabalho de Graduação apresentado à Universidade do Estado de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro de Produção e Sistemas. Orientador: Dr. Fernando Natal de Pretto JOINVILLE – SC – BRASIL 2015 3 EVANDRO HOEPERS AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE PEÇAS MOLDADAS Trabalho de Graduação aprovado como requisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro do curso de Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade do Estado de Santa Catarina. Banca Examinadora: Orientador: ______________________________________ Dr. Fernando Natal de Pretto Membro: ______________________________________ Dr. Lírio Nesi Filho Membro: ______________________________________ Dr. José Oliveira da Silva Joinville (SC), 01 de junho de 2015 4 AGRADECIMENTOS A Deus, pela vida e por todos os dons. Aos meus pais, Sebastião e Ana Denice, pelo amor, exemplo e ajuda. Ao meu irmão, Edgar, amigo em todo o tempo. A minha noiva, Vanessa, alegria do meu coração. Aos amigos e amigas, companheiros na UDESC. Ao professor orientador Fernando, pelas excelentes aulas e orientação. 5 “Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho” Thomas Jefferson 6 EVANDRO HOEPERS AVALIAÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO E DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO DE PEÇAS MOLDADAS RESUMO Conhecer melhor os custos e saber identificar os seus causadores é uma condição essencial para a sobrevivência de uma empresa, principalmente em ambientes competitivos. A partir da necessidade de entender quais os clientes e produtos estão ajudando ou prejudicando o resultado da empresa estudada, este estudo objetivou avaliar o custo unitário e a razão de contribuição de uma gama de produtos moldados. Para alcançar tal objetivo, foram definidos, com base no custeio variável e a partir da análise do sistema produtivo da empresa, os custos de processamento de cada operação, e então, estruturado o sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição dos produtos. Após isso, foram coletados e inseridos no sistema, os parâmetros específicos dos 282 produtos selecionados para o estudo. Dessa forma, o custo unitário e a razão de contribuição para cada produto foi calculado pelo sistema. Então, com base nessas informações, foi analisado que 7% dos produtos selecionados e dois, dos vinte clientes selecionados, possuem margem de contribuição negativa. Também, foi analisado que a demanda de produção atual ultrapassa o ponto de equilíbrio. Com isso, conclui-se que o estudo alcançou seu objetivo, pois indicou os clientes e produtos que estão em situação confortável ou desconfortável. PALAVRAS-CHAVE: Custo unitário. Margem de contribuição. Custeio variável. Ponto de equilíbrio. 7 EVANDRO HOEPERS EVALUATION OF THE UNIT COST AND THE CONTRIBUTION RATIO OF MOLDED PRODUCTS. ABSTRACT Better understand the costs and be able to identify its cause is an essential condition for the survival of a company, especially in competitive environments. From the need to understand which customers and products are helping or hurting the result of the company studied, this study aimed to evaluate the unit cost and the contribution ratio of a range of molded products. To achieve this goal were defined based on the variable costing and from the analysis of the company's productive system, processing costs of each operation, and then structured the assessment system and unit cost due to product contribution. After that were collected and entered into the system, the specific parameters of the 282 products selected for the study. Thus, the unit cost and the contribution ratio for each product was calculated by the system. So based on this information, it was considered that 7% of selected products and two of the twenty selected customers have negative contribution margin. Also, it was analyzed that the current production demand exceeds the breakeven point. Thus, it is concluded that the study achieved its goal, as indicated the customers and products are comfortable or uncomfortable situation. KEYWORDS: Unit cost. Contribution margin. Variable costing. Balance point. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma do Sistema Produtivo............................................................................ 36 Figura 2: Tipos de Produtos ..................................................................................................... 39 Figura 3: Fluxograma da Mistura ............................................................................................. 39 Figura 4: Fabricação do Composto .......................................................................................... 42 Figura 8: Tipos de pré-formados. ............................................................................................. 42 Figura 6: Fluxograma do inserto .............................................................................................. 43 Figura 7: Moldagem ................................................................................................................. 46 Figura 8: Criogenia................................................................................................................... 49 Figura 9: Fatiadora. .................................................................................................................. 52 Figura 10: Estampo .................................................................................................................. 53 Figura 11: Análise por produto. ............................................................................................... 67 Figura 12: Análise por cliente. ................................................................................................. 69 9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Custo Fixo. .............................................................................................................. 22 Gráfico 2: Custo Variável. ....................................................................................................... 23 Gráfico 3: Ponto de equilíbrio. ................................................................................................. 29 Gráfico 4: Comparação da rentabilidade entre produtos .......................................................... 29 Gráfico 5: Ponto de equilíbrio .................................................................................................. 71 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Características dos métodos de custeio. ................................................................... 24 Tabela 2: Análise da rentabilidade de produtos. ...................................................................... 30 Tabela 3: Apresentação das interações da tabela mestre.......................................................... 33 Tabela 4: Encargos para funcionários horistas ......................................................................... 37 Tabela 5: Custo da MOD por hora ........................................................................................... 37 Tabela 6: Energia elétrica ......................................................................................................... 38 Tabela 7: Exemplo de fórmula (WH50). .................................................................................. 40 Tabela 8: Exemplo do cálculo do custo do composto (WH50)................................................ 41 Tabela 9: Custos da preparação do pré-formado ...................................................................... 43 Tabela 10: Custo do Jateamento de Insertos ............................................................................ 45 Tabela 11: Custos da pintura de insertos .................................................................................. 45 Tabela 12: Custos da Moldagem .............................................................................................. 47 Tabela 13: Custos da Rebarbação ............................................................................................ 48 Tabela 14: Custos da Seleção. .................................................................................................. 49 Tabela 15: Custos da criogenia: ............................................................................................... 50 Tabela 16: Custos da pós-cura ................................................................................................. 50 Tabela 17: Custos da Lavadora ................................................................................................ 51 Tabela 18: Custos do tamboreamento. ..................................................................................... 52 Tabela 19: Custos da fatiadora ................................................................................................. 53 Tabela 20: Custos do estampo. ................................................................................................. 54 Tabela 21: Custos do banho superficial ................................................................................... 54 Tabela 22: Custos do slit/corte ................................................................................................. 55 Tabela 23: Custos da embalagem ............................................................................................. 56 Tabela 24: Custos do transporte ............................................................................................... 57 Tabela 25: Tabela Mestre ......................................................................................................... 58 Tabela 26: Tabela mestre / parte A .......................................................................................... 59 Tabela 27: Tabela mestre / parte B........................................................................................... 60 Tabela 28: Tabela mestre / parte C........................................................................................... 60 Tabela 29: Tabela mestre / parte D .......................................................................................... 61 Tabela 30: Tabela mestre / parte E ........................................................................................... 62 Tabela 31: Tabela mestre / parte F ........................................................................................... 63 11 Tabela 32: Tabela mestre / parte G .......................................................................................... 65 Tabela 33: Seleção dos Clientes e Produtos ............................................................................. 66 Tabela 34: Análise por cliente .................................................................................................. 68 12 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1: Margem de contribuição. ....................................................................................... 27 Equação 2: Razão de contribuição. .......................................................................................... 28 Equação 3: Ponto de equilíbrio ................................................................................................ 28 Equação 4: Custo de processamento ........................................................................................ 32 Equação 5: Preço Médio. ......................................................................................................... 70 Equação 6: Custo Variável Médio. .......................................................................................... 70 Equação 7: Ponto de Equilíbrio. ............................................................................................... 70 13 LISTA DE ABREVIATURAS RC Razão de Contribuição BT Batoque (tipo de pré-formado) CD Custo Direto CE Custo Especifico CEE Custo da Energia Elétrica CF Custo Fixo CI Custo Indireto CIF Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro e Frete) CP Custo de Processamento CV Custo Variável CU Custo Unitário DI Disco (tipo de pré-formado) DP Disco Pesado (tipo de pré-formado) FL Flashless (processo de moldagem) FOB Free On Board (Livre a Bordo) FU Fator de Utilização IJ Injeção (processo de moldagem) MC Margem de Contribuição MOD Mão de Obra Direta MP Matéria Prima PCP Planejamento e Controle da Produção PD Prensagem Direta (processo de moldagem) PE Ponto de Equilíbrio PHR Parts per Hundred of Resin (Partes por cem partes de resina) TI Tira (tipo de pré-formado) TR Transferência (processo de moldagem) TRC Transferência continua (processo de moldagem) 14 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 18 2.1. DA CONTABILIDADE DE CUSTOS À CONTABILIDADE GERENCIAL ........... 18 2.2. TERMINOLOGIAS EM CUSTOS .............................................................................. 18 2.2.1. Gastos ........................................................................................................................... 19 2.2.2. Desembolso .................................................................................................................. 19 2.2.3. Investimento ................................................................................................................. 19 2.2.4. Despesa ......................................................................................................................... 20 2.2.5. Custo ............................................................................................................................. 20 2.2.6. Perda ............................................................................................................................. 20 2.3. CUSTO UNITÁRIO ..................................................................................................... 21 2.4. CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS .............................................................................. 21 2.4.1. Custos diretos e indiretos.............................................................................................. 21 2.4.2. Custos fixos e variáveis ................................................................................................ 22 2.4.3. Métodos de rateio ......................................................................................................... 23 2.5. SISTEMAS DO CUSTO .............................................................................................. 23 2.5.1. Princípios de custeio ..................................................................................................... 24 2.5.2. Métodos de custeio ....................................................................................................... 24 2.5.3. Custeio por absorção .................................................................................................... 25 2.5.4. Custeio variável ............................................................................................................ 26 2.6. ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO ............................................................... 27 2.6.1. Margem de Contribuição .............................................................................................. 27 2.6.2. Fator limitante .............................................................................................................. 28 2.6.3. Ponto de Equilíbrio ....................................................................................................... 28 2.6.4. Empresas Multiprodutoras............................................................................................ 29 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................. 31 3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ............................................................................ 31 3.2. ETAPAS DA PESQUISA ............................................................................................ 32 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 35 4.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................ 35 4.2. ANÁLISE DO FLUXO PRODUTIVO ........................................................................ 35 15 4.3. ELEMENTOS BÁSICOS DE CUSTO ........................................................................ 36 4.3.1. Mão de obra direta ........................................................................................................ 36 4.3.2. Energia elétrica ............................................................................................................. 38 4.4. ANÁLISE DOS PROCESSOS E ETAPAS ................................................................. 39 4.4.1. Matéria Prima (A)......................................................................................................... 39 4.4.2. Vulcanização (B) .......................................................................................................... 46 4.4.3. Acabamento (C)............................................................................................................ 47 4.4.4. Expedição (D) ............................................................................................................... 55 4.5. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ANÁLISE DOS CUSTOS ........................... 57 4.6. SELEÇÃO DOS CLIENTES E PRODUTOS .............................................................. 66 4.7. ANÁLISE DO CUSTO UNITÁRIO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ................ 67 4.7.1. Análise por Produto ...................................................................................................... 67 4.7.2. Análise por Cliente ....................................................................................................... 68 4.7.3. Análise do ponto de Equilíbrio ..................................................................................... 70 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 72 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 74 APÊNDICES ............................................................................................................................ 76 16 1. INTRODUÇÃO A acirrada competição entre as organizações privadas, para oferecer ao mercado produtos com maior qualidade e com menor preço, acaba, muitas vezes, reduzindo a rentabilidade das empresas a níveis inviáveis de operação. Segundo Machado e Souza (2006) a crescente influência do mercado comprador em estabelecer o preço pelo qual está disposto a pagar pela aquisição de bens e serviços e a consequente perda de poder das empresas em estabelecer o preço pelo qual desejam vender seus produtos tem sido uma constante. A defasagem dos preços de venda do produto, frente à alta elevação dos custos de produção acaba por extinguir as margens de lucro. Para as empresas que operam no mercado business-to-business, com base em contratos de venda pré-fixados, a inflação elevada dos custos com insumos e com a mão de obra, torna-se um problema ainda maior do que para as demais empresas. A maior elevação dos custos de produção frente aos ajustes contratuais do preço de venda, com o passar dos anos acaba por tornar a produção de determinados produtos insustentável. Em um momento em que o Brasil passa por grande instabilidade e incertezas, operar sem a avaliação segura do custo de produção é sinônimo de risco eminente de fracasso. Segundo Nascimento Neto e Miranda (2003) para sobreviverem em um contexto mais competitivo, as empresas brasileiras têm buscado não apenas modos de produção mais avançados, como também novas formas de gestão e modelos de mensuração de desempenho econômico. Conforme Resnik (1990) quando uma empresa abdica-se do controle correto dos custos, ela não tem conhecimento de quais produtos estão gerando lucro ou prejuízo, sendo assim, o administrador tem apenas uma ideia vaga de para onde o dinheiro está indo e de qual é a situação da empresa. A falta de avaliação do custo de produção deixa míopes os gestores, ou seja, a empresa não enxerga onde sua rentabilidade esta sendo deteriorada. Nesse caso, estratégias para reverter tal situação, nem ao menos, são traçadas. Buscando avaliar a viabilidade econômica da fabricação de um grupo de produtos, em uma empresa de produtos moldados, esse trabalho tem como objetivo geral a avaliação do custo unitário e razão de contribuição de produtos moldados. Para tanto, serão desenvolvidos, os seguintes objetivos específicos: Analisar o sistema produtivo da empresa; Definir o custo de processamento por processo de fabricação; 17 Estruturar o sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição; Definir a gama de produtos e clientes para o estudo; Analisar a razão de contribuição por produto e cliente; Definir o ponto de equilíbrio da empresa. Sendo assim, com base na análise da margem de contribuição, este estudo define quais os pontos, que estão ajudando ou prejudicando o resultado da empresa, ou seja, é peça fundamental para os gestores da organização direcionarem seus esforços. Também, dá base para decisões estratégicas comerciais, pois define quais os clientes são importantes ou não para o resultado, e quais os itens estão em situação confortável ou desconfortável. São definidos como limites deste estudo, a estruturação de um sistema para avaliação dos custos unitários de produtos e a análise comparativa da margem de contribuição desses produtos, por item e por cliente. O estudo será realizado em uma empresa, que fornece peças moldadas para os segmentos, automotivo, duas rodas, linha branca e linha marrom. O resultado deste estudo será a base para a definição de estratégias organizacionais posteriores, que atacarão as oportunidades de melhorias pontuais e sistêmicas. O trabalho terá seu conteúdo dividido em cinco capítulos, iniciando pela Introdução, que apresenta o tema e relaciona seus objetivos principais e específicos. Em um segundo momento é apresentado a Fundamentação Teórica que objetiva o entendimento dos conceitos previamente publicados por autores de Contabilidade de Custos. No capítulo terceiro é definida a metodologia de pesquisa para alcançar os objetivos gerais e específicos. No capítulo quarto é desenvolvido o estudo de caso. Finalmente o capítulo quinto é dedicado às considerações finais da presente pesquisa. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capitulo foi desenvolvido a revisão da literatura das publicações que contemplam os temas relacionados ao assunto do estudo abordado. A visão dos autores forneceu a fundamentação teórica e o suporte para analisar as informações retiradas do campo de pesquisa, bem como a contextualização e sustentação das conclusões que foram obtidas ao final do presente estudo. 2.1. DA CONTABILIDADE DE CUSTOS À CONTABILIDADE GERENCIAL Inicialmente, de acordo com Ferronatto (2014) a Contabilidade de Custos buscava resolver os problemas de mensuração monetária dos estoques e resultados, não sendo utilizada como instrumento para a melhoria na gestão da organização. Por não ter sido utilizado todo esse seu potencial no campo gerencial, durante um longo tempo não houve grande evolução em seus processos. Segundo Martins (2008), esse panorama começou a mudar, devido ao crescimento das organizações, pois o consequente aumento da distância entre administrador, ativos e pessoas administradas, a Contabilidade de Custos passou a ser vista como uma grande forma de suporte a atividade gerencial. Por sua vez, Shah, Malik e Malik (2011) ressaltam que o ambiente dos negócios sofreu várias alterações importantes decorrentes da globalização e evolução tecnológica e da tecnologia da informação, o quê resultou em mudanças na forma de gerir as organizações, sendo assim a contabilidade teve que mudar seu foco tradicional de ser apenas uma ferramenta de mensuração contábil, para se concentrar em agregar valor às informações produzidas, contribuindo para o processo decisório. 2.2. TERMINOLOGIAS EM CUSTOS Para melhor entendimento do estudo proposto e compreensão do modelo de pesquisa a ser desenvolvido, é necessário revisar os conceitos e as terminologias mais utilizadas no ambiente de contabilidade de custos, tais como, gastos, desembolo, investimentos, despesas, custos e perdas. 19 2.2.1. Gastos De acordo com Martins (2008), a definição de “gasto” refere-se ao sacrifício financeiro para a empresa (desembolso), este representado pela entrega ou promessa de entrega de algum ativo, geralmente em dinheiro. Este conceito é extremamente amplo e se aplica a todos os bens e serviços adquiridos. Segundo Megliorini (2012), os gastos correspondem aos compromissos financeiros assumidos por uma entidade no que se refere à: a) Recursos necessários no ambiente de produção; b) Mercadorias para revenda; c) Recursos para a realização de serviços; d) Recursos a serem consumidos pela administração da empresa; e) Recursos a serem consumidos no ambiente comercial. Leone (2000), por sua vez, define que os gastos como o “compromisso financeiro assumido por uma empresa na aquisição de bens ou serviços”. 2.2.2. Desembolso Martins (2008) diz que o desembolso é o pagamento resultante da aquisição do bem o serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a execução do produto comprado, ou seja, defasado ou não do momento do gasto. Em uma visão similar, Bruni e Famá (2011) afirmam que o desembolso consiste no pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou serviço foi ou será consumido. Ressalta que a contabilidade registra os fatos de acordo com o principio da competência. Logo, entende-se que o registro de receitas e despesas deve ser feito de acordo com a real ocorrência, independentemente de sua realização ou quitação, ou seja, não se deve confundir despesa com desembolso. 2.2.3. Investimento Martins (2008) afirma que investimento refere-se ao gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). Logo, pode-se entender que todos os “gastos” pela aquisição de bens e serviços que são “estocados” nos Ativos da empresa para 20 baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. Segundo Bornia (2002), todos os insumos adquiridos que não foram utilizados nos processos produtivos da empresa e que poderão ser utilizados posteriormente. 2.2.4. Despesa Bruni e Famá (2011) falam que as despesas correspondem aos serviços e bens consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, mas que não estão associados á produção de um serviço ou produto. Martins (2008) cita como exemplo de despesa a comissão do vendedor, sendo essa um gasto que se torna imediatamente uma despesa. 2.2.5. Custo Segundo Megliorini (2012), os custos correspondem à parcela consumida dos gastos no ambiente de produção para a fabricação de produtos, pela compra de mercadorias para revenda e para a realização de serviços. Por sua vez, Leone (2000) afirma que os gastos relativos a bens ou serviços consumidos na produção de outros bens e serviços são chamados de custos. 2.2.6. Perda Segundo Martins (2008) perda são os produtos ou serviços que são consumidos de formas anormais e involuntárias, ou seja, não é um sacrifício com intenção de obtenção de receita. As perdas, assim com as despesas, vão direto para a conta de Resultado. Em uma visão similar, Bruni e Famá (2011) afirmam que a perda consiste em um gasto não intencional decorrente de fatores externos ou extraordinários. 21 2.3. CUSTO UNITÁRIO Padoveze (2006) afirma que o ponto central de toda contabilidade de custos é a apuração do custo unitário do produto, pois todo o sistema de contabilidade financeira está voltada a apuração de todos os gastos para fabricação de todos os produtos, mas para fins gerenciais é imprescindível o conhecimento dos custos de cada produto ou serviço em termos unitários. Leone (2000) define o custo unitário como sendo “um indicador representado por uma fração, onde o denominador será a quantidade de produtos fabricados em determinado período ou num processo produtivo e o numerador o custo”. 2.4. CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS Várias classificações possíveis e muitos conceitos são utilizados para se diferenciar os custos e atender às diversas finalidades para as quais são apurados. Para Megliorini (2012) as duas classificações básicas são as que permitem determinar o custo de cada produto fabricado (custos diretos e custos indiretos) e seu comportamento em diferentes volumes de produção nos quais a empresa possa operar (custos fixos e custos variáveis). 2.4.1. Custos diretos e indiretos Segundo Leone (2000), para alocar os custos aos produtos é necessário estabelecer critérios. A regra básica para a classificação em custos diretos e indiretos é: se for possível identificar a quantidade do elemento de custo aplicada no produto, o custo será direto, se não for possível identificar essa quantidade sem a utilização de algum um critério auxiliar o custo será indireto. Segundo Megriolini (2012), os termos direto e indireto são empregados nos seguintes sentidos: Direto: o custo é a apropriado ao produto pelo que esse produto consumiu de fato. No caso da mão de obra direta, pela quantidade de horas de trabalho, e, no caso da MP, pela quantidade efetivamente utilizada. 22 Indireto: o custo é apropriado com base em um critério de rateio, ou seja, não sendo realmente o que o produto consumiu, mas sim uma aproximação. 2.4.2. Custos fixos e variáveis Outra classificação bastante importante para tomadas de decisão é a que correlaciona o custo com o volume de produção, essa divide os custos em fixos e variáveis. Segundo Leone (2000) os custos fixos independem do nível de produção, não variando com alterações de demanda, como o valor da depreciação, por exemplo. Já os custos variáveis, inversamente, estão intimamente relacionados com a demanda de produção, ou seja, só aparecem quando a atividade ou a produção é realizada, como os custos com matéria prima, por exemplo. Para Bruni e Famá (2011), para classificar um elemento em custo fixo ou variável é preciso verificar como ele reage às alterações no volume de produção. E assim afirma: Custos fixos: são decorrentes da manutenção da estrutura produtiva, que é independente da demanda de produção, refletindo a capacidade instalada da empresa (ex.: aluguel e a depreciação). Os custos fixos são representados pelo Gráfico 1. Gráfico 1: Custo Fixo. Fonte: Bruni e Famá (2011). Custos variáveis: seu valor aumenta ou diminui conforme o volume de produção (ex.: matéria prima e a energia elétrica). Os custos variáveis são representados pelo Gráfico 2. 23 Gráfico 2: Custo Variável. Fonte: Bruni e Famá (2011). 2.4.3. Métodos de rateio Para Leone (2000), os métodos de rateio são formas de alocação dos custos indiretos aos produtos fabricados estabelecendo critérios de proporcionalidade. Os custos que tem ligação indireta devem ser absorvidos de alguma maneira coerente para formação dos custos totais dos produtos. Martins (2008, p. 79) define os métodos de rateio como: Todos os custos Indiretos só podem ser apropriados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. (Há recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses problemas, mas nem sempre é possível sua utilização). 2.5. SISTEMAS DO CUSTO Segundo Bornia (2002) um sistema de custos pode ser analisado segundo dois pontos de vista. O primeiro através do seu principio, ou seja, segundo os objetivos do sistema, onde, as informações geradas pelo sistema devem atender as necessidades da empresa. O segundo ponto de vista, leva em consideração o método de custeio, ou seja, a parte operacional do sistema, onde é definido como os dados são processados para obtenção das informações. 24 2.5.1. Princípios de custeio Segundo Bornia (2002) os princípios de custeio são filosóficas básicas a serem seguidas pelos sistemas de custo, de acordo com o objetivo e/ou o período de tempo no qual se realiza a analise. Os princípios tratam da própria essência da informação, isto é, quais são as informações que o sistema deve fornecer. Para Bornia (2002) os três principais princípios de custeios são: custeio variável (decisões de curto prazo), custeio por absorção integral (informações para usuários externos a empresa) e custeio por absorção ideal (controle de custos e apoio ao processo de melhoria). 2.5.2. Métodos de custeio Para Machado e Souza (2006) alguns métodos de custeio são mais indicados como instrumentos gerenciais, outros para relatórios externos, outros são mais conservadores, outros mais abrangentes, com visão de curto ou longo prazo. Para caracterizar os principais métodos de Custeio e facilitar a escolha do melhor método de custeio de acordo com a necessidade foi criado a Tabela 1: Tabela 1: Características dos métodos de custeio. Fonte: Machado e Souza (2006). 25 Dentre os cinco tipos de métodos apresentados na Tabela 1, neste trabalho, somente foram aprofundados os métodos de custeio por absorção e variável. 2.5.3. Custeio por absorção Segundo Bornia (2002), o Sistema de Custeio por Absorção ou Integral apropria aos produtos, mercadorias ou serviços, tanto os custos diretos variáveis como os custos fixos ocorridos na atividade empresarial. Este tipo de custeio, consequentemente tem como principal característica a apuração de um custo total do produto, mercadoria ou do serviço, relacionando diretamente com a avaliação de estoques, ou seja, este principio simplificadamente, identifica-se com o atendimento das exigências da contabilidade financeira para a avaliação de estoques. Para Martins e Rocha (2010) a atribuição dos custos fixos aos produtos, característica fundamental do Custeio por Absorção, proporciona a percepção que o custo unitário do produto é variável, pois o mesmo depende do volume de produção, ou seja, o custo unitário varia de acordo com a demanda de produção, quanto maior a demanda menor será o custo unitário e quanto menor a demanda maior será o custo unitário. Segundo Megliorini (2012), o primeiro passo para apropriar os custos fixos e variáveis aos produtos, é separar os gatos do período em despesas, custos e investimentos. As despesas são lançadas no demonstrativo de resultados, não sendo apropriadas aos produtos, pois estão relacionadas à geração de receita e administração da organização, os custos serão apropriados aos produtos e os investimentos, ativados. Prosseguindo com a linha de raciocínio, Megliorini (2012) define o segundo passo em separar os custos em diretos e indiretos, sendo os custos diretos apropriados diretamente aos produtos, com base nas medições de consumo do período. Já os custos indiretos, através de rateios, são apropriados aos produtos. Para os fins de levantamento de Balanço Patrimonial e de resultados, com o objetivo de atender exigências fiscais e societárias, o método de custeio por absorção é considerado básico, mas como instrumento gerencial ele pode ser falho em muitas circunstâncias. Para Santos (2009) o sistema tem como premissa básica os rateios dos custos fixos, que apesar de se apresentarem lógicos, podem provocar alocações arbitrárias e enganosas, influenciando a tomadas de decisões incoerentes com a realidade. 26 2.5.4. Custeio variável Segundo Ferronatto (2014) o método de Custeio Variável está intimamente conectado ao enfoque mercadológico da organização. Apesar disso, é um sistema que não é aceito pela legislação do Brasil para fins de avaliação dos estoques, entretanto, para fins gerenciais, é considerado de grande flexibilidade, facilitando a estratégia de preços em termos competitivos para a empresa. Bornia (2010, p. 55) esclarece que: No Custeio Variável apenas os custos variáveis são relacionados aos produtos, sendo os custos fixos considerados como custos do período. Entendendo-se os princípios de custeio como filosofias intimamente ligadas aos objetivos do sistema de custos, podemos dizer que o Custeio Variável está relacionado principalmente com a utilização de custos para o apoio às decisões de curto prazo, quando os custos variáveis tornam-se relevantes e custos fixos, não. Segundo Megliorini (2012) enquanto o custeio por absorção é estruturado para atender às disposições legais, o custeio variável é estruturado para atender a gestão empresarial. Pelo método de Custeio Variável obtém-se a Margem de Contribuição de cada produto, linha de produtos, clientes, etc. Possibilitando aos gestores utilizá-la como ferramenta auxiliar no processo decisório, que inclui ações como: a) Identificar os produtos que mais contribuem para a lucratividade da empresa; b) Determinar os produtos que podem ter suas vendas incentivadas ou reduzidas e aqueles que podem ser excluídos; c) Identificar os produtos que proporcionam maior rentabilidade quando existirem gargalos, permitindo o uso racional desses fatores; b) Determinar o nível mínimo de atividades para que o negócio seja rentável. Para Machado e Souza (2006) resume que se o anseio é conhecer a margem de contribuição dos produtos, então o método de custeio variável é o mais indicado. Martins (2008) conclui que nas demonstrações baseadas no Custeio Variável obtém-se um lucro que acompanha sempre a direção das Vendas, o que não ocorre com o Custeio por Absorção. Mas, por contrariar os conceitos e princípios da contabilidade, o custeio variável não é aceito tanto pela Auditoria externa quanto pelo Fisco. Entretanto, para fins gerencias 27 pode-se trabalhar com ele durante o período e ao fim fazer adaptações para se voltar ao custeio por absorção e atender os critérios exigidos. 2.6. ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO Na utilização dos custos para o auxilio à tomada de decisões, a previsão ou o planejamento do lucro da empresa é um ponto importante. Bornia (2002) apresenta uma série de procedimentos, denominados análise de custo-volume-lucro, que analisa a influência de alterações das demandas de vendas e dos custos no lucro. Esses fundamentos são baseados no custeio variado e dão auxilio à tomada de decisões de curto prazo. 2.6.1. Margem de Contribuição Como pode-se verificar a margem de contribuição é resultante do custeio variável e está extremamente ligada ao apoio a decisões de curto prazo. Martins (2008, p. 179) define o conceito de Margem de Contribuição por unidade como: A diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz a empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. Megliorini (2012) afirma que caso a margem de contribuição de um produto seja menor que o custo e despesas variáveis, tem-se uma situação de margem de contribuição negativa, que deve ser revista ou apenas mantida, ou, por condições comerciais, ou, por razões estratégicas. Ainda segundo Megliorini (2012) organização apenas obtém lucro, quando a margem de contribuição dos produtos vendidos é maior que os custos e despesas fixos do exercício. Bruni e Famá (2011) apresentam a margem de contribuição unitária conforme a Equação 1. Equação 1: Margem de contribuição. Margem de contribuição = Preço unitário – Gastos variáveis unitários Fonte: Bruni e Famá (2011) 28 A razão de contribuição, Equação 2, é a margem de contribuição dividida pelas vendas, Bruni e Famá (2002) afirma que ela representa qual a parcela, que cada unidade monetária obtida através da venda de um produto, contribui para cobrir os custos fixos. Equação 2: Razão de contribuição. Razão de contribuição = Margem de contribuição / Preço Fonte: Bruni e Famá (2011) 2.6.2. Fator limitante Segundo Bornia (2002) quando houver um fator limitante a produção (tempo escasso, falta de MP, etc.), a análise deve ser feita em função deste fator. Assim, a margem de contribuição deve ser divida pela utilização do fator limitante. Por exemplo: tem-se como fator limitante a disponibilidade de um equipamento, deve-se dividir a margem de contribuição de um produto pelo tempo necessário para fabricação desse produto. Dessa forma tem-se a margem de contribuição por unidade de tempo, ou seja, pelo fator limitante tempo. Na mesma linha, Martins (2008) afirma que quando não existir fator limitante, o produto mais rentável é o que apresentar maior Margem de Contribuição Unitária. E quando houver limitação, o produto mais rentável será o que tiver maior Margem de Contribuição pelo fator de limitação da capacidade produtiva. 2.6.3. Ponto de Equilíbrio O Ponto de Equilíbrio, segundo Bruni e Famá (2011), é o demanda mínima de vendas em que o lucro é nulo. Leone (1994) o define como a situação onde os custos se igualam as receitas. O cálculo do ponto de equilíbrio é realizado a partir da Equação 3 e sua representação é realizada conforme o Gráfico 3. Equação 3: Ponto de equilíbrio (Custo Fixo) / [(Preço de Venda) – (Custo Variável)] = (Ponto de Equilíbrio) Fonte: Martins (2008) 29 Gráfico 3: Ponto de equilíbrio. Fonte: Martins (2008) 2.6.4. Empresas Multiprodutoras Para empresas produtoras de vários produtos, segundo Bornia (2002) afirma não haver sentido no rateio de custos fixos entre os produtos para obtenção do ponto de equilíbrio, pois podem haver diferentes combinações de vendas de produtos que poderão proporcionar o lucro zero. Então, recomenda o enfoque em cada produto, que esse cubra seus custos diretos e sua margem de contribuição propicie a cobertura dos custos fixos e geração de lucro. Com base nisto, Bornia (2002) então sugere que os produtos devem ser comparados entre si com base em suas razões de contribuição e na sua participação na receita de vendas conforme o Gráfico 4. Gráfico 4: Comparação da rentabilidade entre produtos 30 Fonte: Martins (2008) Através da análise do gráfico de comparação da rentabilidade entre os produtos, Bornia (2002) resume a situação de cada produto de acordo com a Tabela 2: Tabela 2: Análise da rentabilidade de produtos. Quadrante Rentabilidade Participação Observação nas Vendas 1 Alta Alta Melhores produtos 2 Baixa Alta Deve ser tomadas ações para o aumento da margem de contribuição 3 Baixa Baixa Situação desconfortável 4 Alta Baixa Devem ser tomadas ações para o aumento das vendas Fonte: Adaptado de Bornia (2008). 31 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este capítulo visa apresentar a classificação e metodologia empregada na presente pesquisa, bem como, os procedimentos utilizados para a coleta e análise dos dados para o desenvolvimento do estudo. 3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Para Gil (2010), a pesquisa é o processo que utiliza a metodologia científica para obter novos conhecimentos no campo da realidade social. É um processo formal e sistemático com objetivo fundamental de descobrir respostas para determinados problemas, mediante uso de procedimentos científicos. O presente estudo tem cunho exploratório, que para Gil (2010) é uma técnica que tem como objetivo proporcionar uma maior familiaridade com o problema em questão. A coleta de dados e informações foi realizada através do levantamento bibliográfico, entrevistas, análises de exemplos e criação de planilhas. Segundo Collis e Hussey (2005), a pesquisa não estruturada exploratória objetiva procurar padrões e análises, ao invés de validá-los. Com relação ao levantamento bibliográfico, Gil (2010) afirma que esse tem como objetivo o fornecimento de fundamentação teórica ao trabalho. Sendo que esse levantamento pode ser através de materiais impressos como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. Outra metodologia importante para o projeto é o estudo de campo, que conforme Gil (2010) tem como finalidade a observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes a fim de se captar explicações e interpretações do que ocorre na realidade do campo estudado. Quanto ao envolvimento do pesquisador, este trabalho caracteriza-se como pesquisa-ação. Segundo Barbier (2002), a pesquisa-ação reconhece que o problema nasce, num contexto preciso, de um grupo em crise, sendo que o pesquisador não o provoca, mas constata-o, dessa forma, sendo seu papel constituído em ajudar a coletividade a determinar todos os detalhes mais cruciais ligados ao problema. 32 3.2. ETAPAS DA PESQUISA O estudo foi desenvolvido em uma empresa fabricante de produtos moldados técnicos. O mesmo se limitou a estruturação de um sistema para avaliação do custo unitário e da razão de contribuição dos produtos fabricados por essa empresa, e a posterior avaliação dos resultados levantados por esse sistema. Para isso foram utilizados os conceitos do custeio variável, onde apenas os custos variáveis são agregados ao produto. Para estruturação do sistema, primeiramente o fluxo de produção foi analisado e suas etapas e processos definidos. Posteriormente, os elementos de custo básicos (MOD e energia elétrica), que são utilizados por mais de uma etapa ou processo, foram levantados. Com base nessas informações as variáveis e características das etapas e processos de produção foram estudadas, para então, ser calculado custo de processamento de cada operação. Para isso, foram analisados os seguintes itens e utilizado os seguintes critérios: Custo da MOD (CMOD): foi determinado para cada etapa um custo médio para MOD por hora, estabelecido nos Custos Básicos; Fator de utilização da MOD (FU): em determinados processos os equipamentos trabalham sem a presença de um operador durante certo período, ou seja, o operador pode dividir o seu tempo entre várias atividades. Para isso foi estabelecido o fator de utilização da MOD pelo processo, sendo que esse pode variar de 0% a 100%; Custo da energia elétrica (CEE): foi definido para cada equipamento o custo de energia médio por hora, estabelecido nos Custos Básicos, Eficiência (E): foi adotado, com base em relatórios e entrevistas, o nível de eficiência para cada operação; Setup: para os processos que a produção é medida por batelada, foi definido o tempo médio e o custo por setup; Custos específicos (CE): para os processos que consomem algum tipo de insumo, foi determinado o custo médio de consumo desse insumo. Custo de processamento (CP): foi definido pela Equação 4. Equação 4: Custo de processamento [(CMOD x FU) x E] + CEE + CE = CP Fonte: Autor 33 Com base nos custos por operação, foi estruturada a tabela mestre, onde foi definido como os custos das etapas e processos são agregados aos produtos, ou seja, através dos parâmetros específicos de cada produto (produtividade, massa, quantidade, etc.) a tabela calcula o custo unitário (CU), a razão de contribuição (RC) e a margem de contribuição (MC) por produto. As interações realizadas pelo sistema foram demonstradas conforme a Tabela 3. O desenvolvimento desse processo foi realizado com auxilio do software Microsoft Excel. Tabela 3: Apresentação das interações da tabela mestre ETAPA X [R$/pç] [R$/pç] OUT OUT OUT (CPA1i) Estabelece o Custo do Parâmetro A1 (CPA1i) Define o parâmetro A2 (PA2) (tipo, produt., quant., etc.) (CPA1i) / (PA2i) = (CUPAi) CU do Processo A (CUPAi) (CUPBi) Estabelece o CU do Processo B (CUPBi) a partir de Informações de outros processos ou campos (CUPAi) + (CUPBi) = (CUXi) CU da Etapa X (CUXi) CU da Etapa X [R$/pç] IN CU do Processo B [Parâmetro A2] Parâmetro A2 OUT CU do Processo A [R$/parâmetro.] IN Define o parâmetro A1 (PA1) (tipo, produt., quant., etc.) Busca o custo do parâmetro A1 (CPA1) em outra tabela. Parâmetro A1 Processo B [Parâmetro A1] Processo A IN OUT OUT Entrada de Parâmetro (IN) Interação (OUT) Saída da Etapa (CU) Entrada dos Parâmetros (IN) Fonte: Autor Depois de concluída a estruturação do sistema, foram definidos os clientes e os produtos que deveriam ser analisados. Primeiramente foram selecionados os clientes a partir de dois critérios de escolha: o primeiro pelo nível de atividade, ou seja, foram escolhidos os 34 dez principais clientes em termos de receita e o segundo, pelo nível de desconforto causado a produção, ou seja, foram escolhidos os dez principais clientes (que não pertencem ao primeiro grupo) que possuem os produtos que mais dificultam o fluxo produtivo. No segundo momento, foram definidos os produtos dos clientes selecionados, sendo escolhidos, os produtos que tiveram movimentação (vendas) no ano de 2014. Para aplicação do sistema e avaliação dos clientes e produtos selecionados, primeiramente foram coletados os parâmetros dos produtos. Então, esses parâmetros foram inseridos no sistema (tabela mestre), e assim, o CU, a RC e MC de cada produto calculado. A partir dessas informações, foi analisada a situação geral da RC dos produtos. Após, para a avaliação por clientes, foi calculada a Receita anual, a RC e a MC de cada cliente. Então, foram avaliados quais clientes possuem os melhores ou piores conjuntos de RC e RM. Para finalizar, foi avaliado o Ponto de Equilíbrio da Empresa. Na última parte desse trabalho, os resultados foram analisados e avaliados, os objetivos geral e específicos foram levantados e foi verificado se os mesmos foram atingidos, os questionamentos foram respondidos e, por fim, foi feito o fechamento do estudo. 35 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA O presente estudo teve como base uma empresa localizada na cidade de Joinville, Santa Catarina, que fornece produtos para segmentos automobilístico, duas rodas (motos), linha branca e linha marrom. A empresa possui um histórico de mais de 35 anos de atuação no desenvolvimento e produção de peças moldadas técnicas, com qualidade certificada pelos lideres de mercado. Trabalhando no mercado bussiness-to-bussiness, a empresa produz produtos de acordo com as especificações dos seus clientes, ou seja, ela não possuí produtos próprios e os produtos que são desenvolvidos para um cliente, por força de contrato, não podem ser vendidos para outro cliente. Dentre os diversos tipos de peças produzidas podem-se destacar os seguintes itens: anéis o’rings, coxins de amortecimento, juntas de vedação, sanfonas, gaxetas, retentores, etc. A empresa conta com 360 funcionários e um faturamento mensal médio de 2,2 milhões de reais (sem impostos). Devidos às quedas de demandas nos últimos anos a empresa está envolvida em projetos para eliminação de desperdícios e controle e redução dos custos, com o objetivo de manter sua competitividade no mercado. 4.2. ANÁLISE DO FLUXO PRODUTIVO Para o melhor entendimento do sistema produtivo, foi elaborado o seu fluxograma (Figura 1). Neste o processo de fabricação foi dividido em quatro grandes etapas: Matéria Prima, Vulcanização, Acabamento e Expedição. A partir dessas etapas o processo de fabricação foi dividido em processos de fabricação intermediários. Cada processo intermediário é responsável por um tipo de operação, mas um produto não precisa passar por todos os processos. As características de cada etapa e processo definidos foram detalhadas no capítulo 4.4. 36 Figura 1: Fluxograma do Sistema Produtivo. Fonte: Autor 4.3. ELEMENTOS BÁSICOS DE CUSTO Dentre os vários elementos do custo de um produto, foram elencados dois custos básicos na fabricação de produtos moldados que estão presentes em todo o processo produtivo: o custo da mão de obra direta e o custo da energia elétrica. Esses custos foram analisados separadamente, para facilitar o posterior cálculo dos custos horários das etapas. 4.3.1. Mão de obra direta Conforme o fluxograma do sistema produtivo, o processo de fabricação foi dividido em quatro grandes etapas: Matéria Prima, Vulcanização, Acabamento e Expedição. Essas etapas são as responsáveis pela transformação da MP em produto final, ou seja, o custo da mão de obra dessas quatro etapas é classificado como custo direto. Como a quantidade de pessoas dessas etapas é facilmente adaptada à necessidade da demanda de produção, esse custo também é classificado como variável. Para cálculo do custo da MOD foram levantados para cada etapa os seguintes itens: 37 Percentual de Encargos Sociais Carga horária anual por funcionário Número de funcionários por etapa Salários anuais totais da MOD por etapa O percentual de encargos sociais foi definido de acordo com a Tabela 4. Tabela 4: Encargos para funcionários horistas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ENCARGOS PARA FUNCIONÁRIOS HORISTAS Discriminação Grupo A* Grupo B** Grupo C*** INSS 0 SESI 0,015 SENAI 0,010 INCRA 0,002 SEBRAE 0,006 SALÁRIO EDUCAÇÃO 0,025 SAT - SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO (média) 0,020 FGTS 0,080 DSR - DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 0,1884 FÉRIAS + 1/3 DE FÉRIAS 0,1304 FERIADOS 0,0399 AVISO PRÉVIO 0,0840 AUXÍLIO-DOENÇA 0,0109 13º SALÁRIO 0,1087 FALTAS ABONADAS 0,0150 DEPÓSITOS FGTS - DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 0,0189 TOTAL PARCIAL 0,158 0,5773 0,0189 INCIDÊNCIAS CUMULATIVAS (Grupo A x Grupo B) 0,0912 TOTAL DE ENCARGOS 0,8454 PERCENTUAL 84,5% * contribuições fixas mensais incidentes sobre a folha de pagamento. ** encargos que integram a remuneração da mão de obra e sofrem taxação dos encargos do Grupo A. ***obrigações trabalhistas que não são influenciados e não influenciam os encargos dos demais grupos. Fonte: Autor Com base nas informações levantadas foi calculado a carga horária total e os salários totais com encargos, após os salários totais foram divididos peça carga horária total, chegando assim ao custo da MOD por hora por etapa (Tabela 5). Tabela 5: Custo da MOD por hora Item de Custo Encargos Sociais Carga Horária por funcionário Número de funcionários Carga horária total Salários totais Salários com encargos Custo da MOD por hora Unidade MP VU AC EX [%] 84,5% 84,5% 84,5% 84,5% [h/ano] 2023* 2023* 2023* 2023* [quant.] 35 120 90 9 [h/ano] 70805 242760 182070 18207 [R$/ano] R$ 546.000 R$ 1.872.000 R$ 1.188.000 R$ 124.200 [R$/ano] R$ 1.007.588 R$ 3.454.589 R$ 2.192.335 R$ 229.199 [R$/h] R$ 14,23 R$ 14,23 R$ 12,04 R$ 12,59 *7,33h/dia x 276 dias produtivos por ano= 2023h/ano Fonte: Autor. 38 4.3.2. Energia elétrica A energia elétrica é um dos principais elementos do custo de um produto moldado, podendo ultrapassar a marca de 10% do custo total. Para a definição do custo da energia, foram levantados o custo do quilowatt hora (kwh) de energia e o consumo de energia médio (kwh) dos equipamentos utilizados em todo o processo produtivo. Após, foi calculado o custo da energia por hora do equipamento (Tabela 6). Tabela 6: Energia elétrica Conta de Energia [R$] Consumo [kwh] Preço [R$/kwh] R$ 196.304,00 298.013 R$ 0,659 S CONSUMO DE ENERGIA POR EQUIPAMENTO Prensa Pequena (PP) 3,6 Custo da Energia [R$/hora] 2,36 Prensa Média (PM) 6,0 3,92 Prensa Grande (PG) 11,1 7,28 Flashless Pequeno (FLP) 4,0 2,65 Flashless Normal (FLM) 6,0 3,96 Flashless Grande (FLG) 7,8 5,14 Injetora 25 T. I25 6,7 4,38 Injetora 50 T. (IJ50) 11,9 7,84 Injetora 90/100 T. (IJ90) 9,8 6,46 Injetora 160 T. (IJ160) 18,0 11,86 Injetora 250 T. (IJ250) 22,8 14,99 Injetora 400 T. (IJ400) 28,8 18,96 Bambury 27,5 18,11 Cilindro 13,1 8,60 Calandra 10,5 6,92 Guilhotina 0,5 0,35 Mistura Moldagem Processo Equipamento Pré-Formadora Inserto 7,3 4,83 12,1 7,97 2,2 1,45 0,9 0,60 12,6 8,30 0,5 0,34 9,1 6,00 0,7 0,46 Criogênia 3,5 2,31 Estampo 1,8 1,15 Fatiadora 1,8 1,19 Jateamento (Jato) Pintura (Cabine de Pintura) Slit Lavadora Acabamento Consumo [kwh] Tamboreamento (Tambor Rotativo) Pós Cura Oleamento Fonte: Autor (Tambor Rotativo) 39 4.4. ANÁLISE DOS PROCESSOS E ETAPAS As quatro grandes etapas do sistema produtivo (Matéria Prima, Vulcanização, Acabamento e Expedição) foram estudadas e as principais características e variáveis de seus processos levantadas, permitindo assim, definir ao final do estudo de cada processo o custo por hora de operação. 4.4.1. Matéria Prima (A) Os produtos moldados pela empresa estudada possuem dois tipos de MP básicas o composto (polímero, cargas, aceleradores e auxiliares de processo) e o inserto (peça de metal), sendo que o primeiro está presente em todos os produtos e o segundo apenas nos produtos sobre injetados (Figura 2). Figura 2: Tipos de Produtos Fonte: Autor. A.1. Mistura O setor de Mistura é fornecedor interno de MP para o setor de Vulcanização. Ele é responsável pela preparação do composto e do pré-formado (Figura 3). Figura 3: Fluxograma da Mistura Fonte: Autor. 40 A.1.1. Composto Existe mais de trezentos tipos de compostos, cada um com o objetivo de atender a diferentes especificações técnicas de um produto e/ou cliente. O composto é formado por um conjunto de matérias primas, que são misturadas formando uma massa homogênea. Em média um composto possuí 16 tipos de MP, sendo que as principais são: Polímero base (A000), Carga de reforço (C000), Carga de enchimento (B000), Acelerador (F000), Plastificante (G000), Auxiliar de processo (D000), etc. Cada composto possuí uma formula (receita), onde são especificadas as matérias primas e suas quantidades (Tabela 7). Essa formula possui um código (SF50, HD60, etc.) e esse código é amarrado ao código do produto. Tabela 7: Exemplo de fórmula (WH50). FORMULAÇÕES APROVADAS PARA PRODUÇÃO CÓDIGO DA FÓRMULA: WH50 CÓDIGO DA MP MASSA [G] TOLERÂNCIA [± g] P.H.R. PORCENTAGEM A130 15000 150 100 0,5168 C301 750 8 5 0,0258 C303 75 2 0,5 0,0026 B215 4500 45 30 0,1550 B213 4500 45 30 0,1550 G702 225 2 1,5 0,0078 G708 225 2 1,5 0,0078 H810 300 3 2 0,0103 D405 2850 29 19 0,0982 F601 300 3 2 0,0103 F607 225 2 1,5 0,0078 F605 75 2 0,5 0,0026 TOTAL 29025 193,5 1,0000 FATOR MULTIPLICADOR: Fonte: Autor. Variáveis: Tipo de Composto [código] Custo do Composto [R$/kg] Massa do composto [g] 150 41 Custos: Para definição do custo do composto, primeiramente foram levantados os preços médios de compra de todas as MP utilizadas na empresa no ano de 2014. Posteriormente, com base nas fórmulas e nos preços levantados foi calculado o custo por quilograma de cada composto. A Tabela 8 demonstra o cálculo do custo do composto WH50. Tabela 8: Exemplo do cálculo do custo do composto (WH50). CUSTO DO COMPOSTO - WH50 Código MP PHR Preço [R$] (PHR) x (Preço) A130 100 R$ 10,45 R$ 1.045,00 C301 5 R$ 6,95 R$ 34,75 C303 0,5 R$ 4,53 R$ 2,26 B215 30 R$ 8,79 R$ 263,70 B213 30 R$ 5,86 R$ 175,80 G702 1,5 R$ 19,31 R$ 28,96 G708 1,5 R$ 50,84 R$ 76,26 H810 2 R$ 5,27 R$ 10,54 D405 19 R$ 7,34 R$ 139,46 F601 2 R$ 3,17 R$ 6,34 F607 1,5 R$ 22,30 R$ 33,45 F605 0,5 R$ 21,83 Total 193,5 R$ 10,92 R$ 1827,44 [(PHR) x (Preço)] / (PHR) = Custo = R$ 9,44/kg Fonte: Autor. A.1.2. Preparação Para o composto ser enviado ao setor de moldagem é necessário que o mesmo seja pré-formado (pré-moldado), de modo que seja possível o seu processamento na moldagem. Como visto no fluxograma do setor de Mistura (Figura 3) para se obter o pré-formado é necessário que a MP passe pelos seguintes etapas: Recebimento da MP: A MP é recebida pelo almoxarifado e destinada ao estoque; Ordem de produção do composto: Sequenciamento de produção dos compostos pelo PCP; Pesagem da MP: Os materiais são separados e pesados de acordo com a sua formula; 42 Mistura: Os materiais são misturados com auxilio do Banbury, formando um composto homogêneo, ou seja, com todos os materiais dispersos (Figura 4). Esse composto homogêneo é chamado de Manta. Figura 4: Fabricação do Composto Fonte: Autor. Pré-formado: O composto é pré-formado de acordo com a necessidade do próximo processo. Existem quatro tipos de pré-formado: Batoque (BT), Tira (TI), Disco (DI) ou Disco pesado (DP) (Figura 8). Figura 5: Tipos de pré-formados. Fonte: Autor: Estoque intermediário: O pré-formado é disposto em um estoque intermediário, onde aguarda a necessidade do processo de moldagem. Variáveis: Tipo de Preparação [código] Custo de preparação por tipo de pré-formado [R$/manta] 43 Tempo de preparação [min./composto] Consumo Médio de Energia [kWh] Custo da MOD [R$/h] Custos: Para definição dos custos de preparação foram levantados primeiramente os tempos padrões de processamento para cada tipo de pré-formado. Com base nesses tempos padrões foi calculado o custo da energia e o custo da MOD para preparação de uma manta (batelada) conforme a Tabela 9. Tabela 9: Custos da preparação do pré-formado PREPARAÇÃO ITEM Equipamento BT Tempo de Banbury Banbury [min] 12 Tempo de Cilindro Normal Cilindro [min] 6 Tempo de Preparação Cilindro [min] 6 Tempo de Extrusão Pré-Formadora [min] 35 Tempo de Corte de Tira Cilindro [min] Tempo de Corte de Disco Cilindro [min] Tempo de Pesagem de Disco Balança [min] Tempo de Pesagem da MP Balança [min] 20 Tempo total [min] 79 Custo da MOD por Hora [R$] 14,23 Custo da MOD por Manta [R$] 18,74 Custo da Energia por Manta [R$] 8,16 Custo total por Manta [R$] 26,89 TI 12 6 DI 12 6 DP 12 6 30 30 12 20 80 14,23 18,97 8,78 27,76 40 20 20 78 68 14,23 14,23 18,50 16,13 10,22 8,78 28,72 24,91 Energia [R$/h] 18,11 8,60 8,60 4,83 8,60 8,60 0 0 Fonte: Autor. A.2. Inserto Os insertos são peças metálicas, fornecidas por um terceiro. São utilizados em produtos sobre injetados, ou seja, onde o composto é moldado sobre um inserto metálico, obtendo-se uma única peça. Para atender as especificações funcionais do produto, é necessário que ocorra uma ligação química, chamada adesão, entre o inserto metálico e o composto. Para se obter a adesão deseja é necessário preparar a superfície do inserto. O inserto é disposto a moldagem seguindo o fluxograma conforme Figura 6. Figura 6: Fluxograma do inserto 44 Fonte: Autor. A.2.1. Inserto Para cada produto sobre injetado é especificado, através de desenho, o inserto metálico. Normalmente são produzidos pelo processo de estampagem, e como a empresa estudada não possui esse processo de fabricação ela compra o mesmo de um terceiro. Cada inserto possuí um código (C01033-A, H01086-A, etc.) que é amarrado ao produto final. Variável: Tipo de inserto [código] Preço unitário de compra do Inserto [R$/peça] Custos: Foram listados os produtos sobre injetados e após foram levantados os preços unitários (CU do inserto) de compra dos insertos utilizados por esses produtos. A.2.2. Jateamento O jateamento é realizado com o auxilio de um Jato de Granalhas Metálicas, com o objetivo de criar certo nível de rugosidade a superfície do inserto metálico. São jateados por batelada uma quantidade determinada de insertos. Variável: Custo de jateamento por hora [R$/h] Produtividade do Jateamento dos insertos [peças/hora] Consumo Médio de Energia [kWh] Custo da MOD [R$/h] Custos: Para determinar o custo de jateamento horário foram levantadas as informações conforme a Tabela 10. 45 Tabela 10: Custo do Jateamento de Insertos JATEAMENTO Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD Custo da Energia [R$/h] Consumo de granalha [kg/h] Preço da granalha [R$/kg] Custo da granalha [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 14,23 30% 7,97 0,3 3,25 0,98 100% 13,22 Fonte: Autor. A.2.3. Pintura Com auxilio de uma pistola pulverizadora, é aplicado a superfície do inserto o adesivo. Esse processo é realizado por um operador e consome uma quantidade determinada de um adesivo por inserto. Variáveis: Custo da pintura por hora [R$/h] Consumo Médio de Energia [kWh] Custo da MOD [R$/h] Produtividade da Pintura dos insertos [peças/hora] Custo do adesivo [R$/kg] Quantidade de adesivo [kg/peça] Custos: Para determinar o custo de pintura horário foram levantadas as informações conforme a Tabela 11. Tabela 11: Custos da pintura de insertos PINTURA Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] Fonte: Autor. 14,23 100% 1,45 85% 18,19 46 4.4.2. Vulcanização (B) O processo de vulcanização (VU) ou moldagem é o processo que define o formato e dimensões do produto final. Através de uma prensa hidráulica ou injetora o composto ganha forma em um molde (ver figura 7). Figura 7: Moldagem Fonte: Autor. O molde é de extrema impor tância para o processo de vulcanização, pois ele define a geometria do produto. Também é o molde que determina a Massa Bruta (MB) do produto, que é a quantidade de MP necessária para produção de um produto, considerando todas as perdas relativas ao processo. Outra característica básica do molde é o número de cavidades, ou seja, a quantidade de peças que serão moldadas por ciclo de produção. Existem diferentes tipos processos de moldagem, todos com o mesmo principio, mas com características deferentes que promovem vantagens ou desvantagens ao processamento, dependendo do tipo de produto e/ou demanda de produção. Também se diferenciam entre os processos o tipo e tamanho de máquina. A empresa estudada possuí os seguintes processos de moldagem/máquina: Injeção (IJ) / Injetora (IJ50, IJ90, IJ160, IJ250 e IJ400); Transferência (TR) / Prensa Hidráulica (PP, PM e PG); Transferência Contínua (TRC) / Prensa Hidráulica (PG); Flashless (FL) / Flashless (FLP, FLM e FLG); Prensagem Direta (PD) / Prensa Hidráulica (PP, PM e PG). Todos os processos de moldagem são sempre acompanhados por um o mais operadores, que regulam, controlam e operam a máquina. A produtividade desses operadores e o índice de má qualidade (refugo) são monitorados. 47 Variáveis: Tipo de processo de moldagem [código] Tipo de máquina [código] Quantidade de operadores por máquina [quantidade] Número de cavidades do molde [quantidade] Quantidade de ciclos/prensadas por hora [ciclos/h] Custo da Energia elétrica [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Índice de refugo [%] Custos: O custo de moldagem foi dividido em duas partes: custo da energia elétrica e custo da MOD (Tabela 12). As demais variáveis desse processo, são características especificas de cada produto e foram inseridas na tabela mestre. Tabela 12: Custos da Moldagem Maquina Eficiência PP PM PG FLP FLM FLG IJ50 IJ90 IJ160 IJ250 IJ400 85% 85% 85% 85% 85% 85% 85% 85% 85% 85% 85% MOLDAGEM Energia [R$/h] Base Base/Efic. 2,36 2,78 3,92 4,61 11,05 13,00 4,02 4,73 6,01 7,07 6,65 7,82 11,90 14,00 9,80 11,53 11,86 13,96 14,99 17,64 18,96 22,31 MOD [R$/h] Base Base/Efic. 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 14,23 16,74 Fonte: Autor. 4.4.3. Acabamento (C) O acabamento é formado por todos os processos que são realizados após a vulcanização e antes da expedição. Normalmente são atividades menos complexas, mas que demandam uma grande carga de mão de obra. A empresa estudada apresenta os seguintes processos de acabamento: 48 C.1. Rebarbação O processo de Rebarbação consiste na retirada das rebarbas e na inspeção dos possíveis pontos de falha do produto. Esse processo é manual e é realizado por um acabador. Variáveis: Custo da rebarbação por hora [R$/h] Produtividade da Rebarbação [peça/hora] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo de Rebarbação foi definido conforme a Tabela 13. Tabela 13: Custos da Rebarbação REBARBAÇÃO Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 12,04 100% 85% 14,17 Fonte: Autor. C.2. Seleção O processo de Seleção consiste na inspeção dos possíveis pontos de falha do produto, quando o processo de rebarbação não consegue garantir tal inspeção. Normalmente produtos mais complexos necessitam passar pelo processo de seleção. Esse processo é manual e é realizado por um acabador. Variáveis: Custo da seleção por hora [R$/h] Produtividade da Seleção [peça/hora] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo de Seleção foi definido conforme a Tabela 14. 49 Tabela 14: Custos da Seleção. SELEÇÃO Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 12,04 100% 85% 14,17 Fonte: Autor. C.3. Criogenia O processo de Criogenia é um processo de rebarbação automático, que consiste em resfriar as peças a temperaturas extremante baixas, de modo que as rebarbas fragilizem e quebrem com o jateamento de granalhas. Esse processo é realizado com o auxilio de uma máquina de criogenia, que aplica nitrogênio liquido as peças e faz o jateamento de granalhas poliméricas (Figura 8). Para cada produto é definido uma quantidade de peças e o tempo por batelada. Figura 8: Criogenia Fonte: Autor. Variáveis: Custo da criogenia por hora [R$/h] Quantidade peças por batelada [quantidade] Tempo por batelada [s] Consumo de Nitrogênio [m³/s] Custo do Nitrogênio [R$/m³] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo de Criogenia foi definido conforme a Tabela 15. 50 Tabela 15: Custos da criogenia: CRIOGÊNIA Custo da MOD [R$/h] 12,04 Fator de Utilização da MOD [%] 100% Custo da Energia [R$/h] 2,31 Custo m³ de Nitrogênio [R$/m³] 3,28 Consumo de nitrogênio [m³/min.] 5,7 Custo de Nitrogênio [R$/h] 1121,76 Eficiência [%] 85% Custo total por hora [R$/h] 1138,23 Tempo de Setup [min] 5,0 Custo do Setup [R$/Setup] 1,18 Fonte: Autor. C.4. Pós-Cura O processo de Pós-Cura, consiste em submeter às peças a uma alta temperatura e durante certo tempo, para que as reações químicas da vulcanização sejam finalizadas por completo. Esse processo é realizado com o auxilio de uma estufa. Para cada produto é definido a quantidade de peças e o tempo por batelada. Variáveis: Custo da pós-cura por hora [R$/h] Quantidade peças por batelada [quantidade] Tempo por batelada [min.] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo da Pós-cura foi definido conforme a Tabela 16. Tabela 16: Custos da pós-cura PÓS CURA Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] Tempo de Setup [min] Custo do Setup [R$/Setup] Fonte: Autor. 12,04 70% 8,30 85% 18,22 15,0 3,54 51 C.5. Lavadora O processo de lavação, consiste em lavar as peças, para que resíduos de processos anteriores sejam removidos das peças. Esse processo é realizado com o auxilio de uma lavadora. Para cada produto é definido a quantidade de peças e o tempo por batelada. Variáveis: Custo da lavadora por hora [R$/h] Quantidade peças por batelada [quantidade] Tempo por batelada [min.] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo da Lavadora foi definido conforme a Tabela 17. Tabela 17: Custos da Lavadora LAVADORA Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] Tempo de Setup [min] Custo do Setup [R$/Setup] 12,04 30% 8,30 85% 12,55 5,0 1,18 Fonte: Autor. C.6. Tamboreamento O processo de tamboreamento é um processo de rebarbação automático, que consiste em tamborear as peças junto com pastilhas abrasivas. Para cada produto é definido uma quantidade de peças e o tempo por batelada. Variáveis: Custo do tamboreamento por hora [R$/h] Quantidade peças por batelada [quantidade] Tempo por batelada [h] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] 52 Custos: O custo da Tamboreamento foi definido conforme a Tabela 18. Tabela 18: Custos do tamboreamento. TAMBOREAMENTO Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] Tempo de Setup [min] Custo do Setup [R$/Setup] 12,04 20% 0,34 85% 3,17 10,0 2,36 Fonte: Autor. C.7. Fatiadora O processo de fatiar é especifico para anéis de vedação, ele consiste em fatiar um tubo moldado em um número determinado de anéis. Esse processo é realizado com o auxilio de uma fatiadora (Figura 9). Figura 9: Fatiadora. Fonte: Autor. Variáveis: Custo da fatiadora por hora [R$/h] Quantidade de peças por tubo [peças/tubo] Tempo necessário para fatiar uma peça [seg./peça] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo da Fatiadora foi definido conforme aTtabela 19. 53 Tabela 19: Custos da fatiadora FATIADORA Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 12,04 100% 1,19 85% 13,23 Fonte: Autor. C.8. Estampo O processo de estampo consiste em estampar um tapete, transformando o mesmo em um número determinado de peças. Esse processo é realizado com o auxilio de uma prensa e uma matriz de corte especifica para o produto (Figura 10). Figura 10: Estampo Fonte: Autor. Variáveis: Custo do estampo por hora [R$/h] Quantidade de peças por tapete [peças/estampo] Tempo necessário para estampar um tapete [seg./estampo] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo da Estampo foi definido conforme a Tabela 20. 54 Tabela 20: Custos do estampo. ESTAMPO Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 12,04 100% 1,15 85% 13,19 Fonte: Autor. C.9. Banho Superficial O processo de banho superficial consiste em envolver as peças com algum tipo de substância (óleo, silicone liquido, talco, etc.). Esse processo é feito manualmente e existe o consumo da substância que envolve a peça. Variáveis: Custo do banho superficial por hora [R$/h] Produtividade do Banho Superficial [peças/hora] Tipo da substância [código] Consumo da substância [mg/peça] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo do banho superficial foi definido conforme a Tabela 21. Tabela 21: Custos do banho superficial BANHO SUPERFICIAL Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 12,04 100% 0,46 85% 14,63 Fonte: Autor. C.10. Slit/Corte O processo de Slit ou Corte consiste em realizar um corte no produto. Esse processo é realizado com o auxilio de uma prensa e uma matriz de corte especifica para o produto. 55 Variáveis: Custo do slit/corte por hora [R$/h] Produtividade do slit/corte [peças/h] Custo da Energia Elétrica por hora [R$/h] Custo da MOD [R$/h] Custos: O custo do slit/corte foi definido conforme a Tabela 22. Tabela 22: Custos do slit/corte SLIT / CORTE Custo da MOD [R$/h] Fator de Utilização da MOD [%] Custo da Energia [R$/h] Eficiência [%] Custo total por hora [R$/h] 12,04 100% 0,60 85% 12,64 Fonte: Autor. 4.4.4. Expedição (D) A expedição é responsável por contar, apontar, embalar, estocar e despachar ao cliente as peças produzidas. Para esse estudo, também foi acrescentado a Expedição os custos de transporte das peças ao cliente. D.1. Embalagem A embalagem é definida para cada produto, com base na geometria, criticidade e tamanho de lote, buscando sempre o menor custo. Existem diferentes tipos de embalagens, que satisfazem essas características: Saco de rafia: Pequeno (SRP), Médio (SRM) e Grande (SRG); Saco de rafia e palete: Pequeno (SRPP), Médio (SRMP) e Grande (SRGP); Caixa de papelão: Pequena (CP), Média (CM) e Grande (CG); Caixa de papelão e palete: Pequena (CPP), Média (CMP) e Grande (CGP); Caixa de papelão com saco plástico: Pequena (CPS), Média (CMS) e Grande (CGS); Caixa de papelão com saco plástico e palete: Pequena (CPSP), Média (CMSP) e Grande (CGSP); 56 Variáveis: Tipo de embalagem [código] Custo da embalagem [R$/embalagem] Quantidade de peças por embalagem [quantidade] Custo da MOD [R$/h] Custo: Para definição do custo da embalagem foram levantados os materiais necessários e seus custos para cada tipo de embalagem. Também foi levantado o tempo necessário para preparação da embalagem. Esses dados foram inseridos na Tabela 23 e o custo por embalagem calculado. Tabela 23: Custos da embalagem EMBALAGEM Tipo Preço Saco Caixas Filme Palete Reforço Plástico por Palete Stretch [Código] [R$/un] [R$/un] [cx/palete] C3 3,06 C3S 3,06 0,25 C3SP 3,06 0,25 12 CC CCS 0,25 CP 1,60 CPS 1,60 0,25 CM 2,27 CMS 2,27 CMSP 2,27 0,25 24 CG 3,60 CGS 3,60 CGSP 3,60 0,25 24 SRP 0,98 0,25 SR 0,98 SRS 1,80 0,25 [R$/embalagem] 1,75 0,54 0,31 0,875 0,27 0,16 0,875 0,27 0,16 Tempo por embalag. [minutos] 10 10 20 10 10 10 10 10 10 20 10 10 20 10 10 10 Custo Custo Custo da da total MOD MOD [R$/h] [R$/embalagem] 12,59 2,10 5,16 12,59 2,10 5,41 12,59 4,20 22,11 12,59 2,10 2,10 12,59 2,10 2,35 12,59 2,10 3,70 12,59 2,10 3,95 12,59 2,10 4,37 12,59 2,10 4,37 12,59 4,20 32,02 12,59 2,10 5,70 12,59 2,10 5,70 12,59 4,20 33,35 12,59 2,10 3,33 12,59 2,10 3,08 12,59 2,10 4,15 Fonte: Autor. D.2. Transporte Existem diferentes estratégias para o transporte do produtos ao cliente: Transporte tipo CIF, onde a empresa estudada assume a responsabilidade pelo transporte e transporte tipo FOB, onde o cliente se responsabiliza pelo transporte. Para o transporte CIF, a empresa estudada possui um contrato com uma transportadora terceirizada, e todo custo de transporte é calculado com base em um percentual do valor da mercadoria. Já para o transporte tipo FOB, 57 a empresa estudada apenas se responsabiliza por embarcar a mercadoria, e todos os demais custos são responsabilidade do cliente. Variáveis: Cliente [código] Custo de transporte [%] Custo: Foi levantado o percentual do valor da mercadoria cobrado pelo transporte por cliente conforme tabela 24. Tabela 24: Custos do transporte TRANSPORTE CLIENTE [%] CLIENTE [%] CLIENTE [%] CLIENTE [%] B03 1,8% G02 8,0% K03 1,8% S04 1,8% C01 1,8% H01 1,8% M08 0% S05 1,8% D01 0% H02 1,8% M10 0% T07 1,8% D03 1,8% I04 1,8% M11 8,0% W02 1,8% E01 0% K01 1,8% N05 1,8% W03 1,8% Fonte: Autor. 4.5. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ANÁLISE DOS CUSTOS Após serem definidos os custos por etapa e processos, foi estruturado a Tabela Mestre. Essa tabela é responsável pelas interações entre os parâmetros específicos de cada produto (produtividade, quantidade, tempo, etc.) com os custos por etapa levantados anteriormente. Ela define como os custos são agregados ao produto, para então definir o custo unitário (CU), razão de contribuição (RC) e margem de contribuição (MC). Para apresentar a tabela mestre, primeiramente foi apresentada a tabela em uma forma geral (Tabela 25) com todas as etapas e processos, e posteriormente a tabela foi desmembrada e as interações de cada processo foram detalhadas conforme demonstrado na tabela 3 da metodologia. Para exemplificar as interações realizadas pela tabela mestre, foram inseridas as informações de três produtos (H01091, B03034 e H01086). 58 Tabela 25: Tabela Mestre Fonte: Autor. O desmembramento da tabela mestre (tabela 25) foi realizado da seguinte forma: Parte A (Tabela 26): Produto e Mistura; Parte B (Tabela 27): Inserto; Parte C (Tabela 28): Moldagem; Parte D (Tabela 29): Acabamento (Rebarbação, Seleção, Criogenia e Pós-cura); Parte E (Tabela 30): Acabamento (Lavadora, Tamboreamento e Fatiadora); Parte F (Tabela 31): Acabamento (Estampo, Banho Superficial e Slit/Corte); Parte G (Tabela 32): Expedição e Resultados. [código] [código] [código] [R$/kg] [código] [R$/kg] [R$] H01091 H01 BV65 117,36 DI 0,51 0,53 B03034 B03 TN60 11,63 DI 0,44 0,06 H01086 B03 SF50 7,91 DI 0,44 0,04 IN IN IN OUT IN OUT OUT Define o produto (H01086, etc.), Correlaciona com o Preço do Produto (PVi) e Correlaciona com a Receita Média do Produto (RMPi). Define o Cliente (H10, M11, etc.) e Chama o custo do transporte (CTEi). Fonte: Autor Define o Composto (SF50, HD60,etc) e Correlaciona com o Custo do Composto (CCi). (CCi) Custo por Kg de composto (CCi) Define o Pré-formado (DI, TI, BT, etc.), Correlaciona com o Custo de Preparação por kg (CPj) e Correlaciona com a Massa Total do Composto (MCi). (CPj) * (MCi) = (CPCi) Custo de Preparação por Kg do Composto (CPCi) (CCi + CPCi) * (MBi) = (CUCi) CU do Composto (CUCi) CU da MP Preparação Composto Cliente Produto 59 Tabela 26: Tabela mestre / parte A Tabela 2: Tabela Mestre / Parte A MP Mistura H01086-A 0,05 10000 0,001 5000 0,004 0,02 0,078 IN OUT IN OUT IN OUT IN OUT Define o Inserto (H01078-A, H01086-A, etc.) e Chama o Custo do Inserto (CIi) . (CIi) CU do Inserto (CIi) Define a Produtividade de Jateamento (PJIi) Correlaciona com o custo do Jateamento/hora (CJI) . (CJI) / (PJIi) = (CUJIi) CU do Jateamento de Insertos (CUJIi) Define a Produtividade da Pintura do Inserto (PPIi) e Correlaciona com o Custo da Pintura/hora (CPI). Fonte: Autor Tabela 28: Tabela mestre / parte C Tabela 4: Tabela Mestre / Parte C (CPI) / (PPIi) = (CUPIi) CU da Pintura de Inserto (CUPIi) Define o CU do Adesivo (CUAIi) (CUJIi) + (CUPIi) + (CUAIi) = (CUIi) CU do Inserto (CUIi) [R$] [R$/Inserto] [R$/Inserto] [peças/h] [R$/Inserto] [peças/h] R$/un. [código] CU Inserto Adesivo Pintura Jateamento Inserto 60 Tabela 27: Tabela mestre / parte B Tabela 3: Tabela Mestre / Parte B MP Inserto 0,00 0,000 0,000 0,000 0,00 0,000 0,000 0,000 [kg] [kg] [código] [R$/h] [quant.] [quant.] [ciclos/h] [R$/pç] [%] [R$/pç] [R$/pç] 0,0038 0,0045 FLG 0,85 1 14,23 13 14 0,084 10,0% 0,06 0,15 TC 0,0049 0,0051 PG 0,85 1 14,23 62 10 0,024 3,0% 0,00 0,03 PD 0,0030 0,0050 PG 0,85 1 14,23 64 7 0,034 3,0% 0,00 0,04 IN IN IN IN OUT IN OUT IN IN OUT IN OUT OUT Fonte: Autor Tabela 29: Tabela mestre / parte D Tabela 5: Tabela Mestre / Parte D Acabamento Define a Massa Líquida sem Inserto (MLi) Define a Massa Bruta sem Inserto (MBi) Define a Máquina (PG, IJ160, FLG, etc.) Correlaciona com o Custo da Máquina / Hora (CMMi) e Correlaciona com o Custo da MOD por hora (CMODMi) (CMFi) Custo da Máquina / Hora (CMMi) Define a Quantidade de operadores por Maquina (QOMi) (QOMi) * (CMODMi) = (COMi) Custo de Operação da Máquina por hora (COMMi) Define a Quantidade de Cavidades (QCMi) Define a Quantidade de Prensada (ciclos) por Hora (QPMi) [(CFMi) + (COMi)] / [(QPi) * (QPi)] = (CUMi) CU de Moldagem (CUMi) Define o Percentual de Rejeito da Moldagem (RMi) (CUMi) * (RMi) = (CURMi) CU do Rejeito da Moldagem (CURMi) (CUMi) + (CURMi) = (CUVUi) CU de VU (CUVUi) [R$/h] [código] FL Define o Processo de Moldagem (PD, IJ, FL, etc.) CU de VU Rejeito Moldagem CU de Moldagem Presadas Cavidades Homens Maquina M, Bruta M. Liquida Processo 61 Vulcanização Moldagem 448 0,032 IN OUT IN OUT IN Define a Produtividade da Rebabação (PREAi) e Correlaciona com o Custo por hora da Rebarbação (CREA) (CREA) / (PREAi) = (CUREAi) CU de Rebarbação (CUREAi) Define a Produtividade da Seleção (VSAi) e Correlaciona com o Custo por hora da Rebarbação (CRA) (CSA) / (VSAi) = (CUSAi) CU de Seleção (CUSAi) Define a quantidade de peças por batelada da Criogenia (QBCAi) e Correlaciona com o Custo por hora da Criogenia (CCA) 0,000 200 0,07 2500 [quant.] [min.] [R$/pç] 2000 240 0,04 0,03 3500 20 0,00 0,00 20000 300 0,00 IN OUT IN IN OUT Define o tempo por batelada da Pós-Cura (TBPCAi) {[(TBPCAi) / 60] * (CPCA)} / (QBPCAi) = (CUPCAi) CU de Pós-Cura (CUPCAi) 0,00 0,00 Define a quantidade de peças por batelada da Pós-Cura (QBPCAi) e Correlaciona com o Custo por hora da Pós-Cura (CPCA) 250 [R$/pç] 0,00 {[(TBCAi) / 3600] * (CCA)} / (QBCAi) = (CUCAi) CU de Criogenia (CUCAi) Fonte: Autor Tabela 30: Tabela mestre / parte E Tabela 6: Tabela Mestre / Parte E Acabamento CU de Pós-Cura Criogenia Tempo Q. Peças CU de Criogenia Tempo [seg.] Seleção Define o tempo por batelada da Criogenia (TBCAi) Peças 0,035 [quant.] 400 CU de Seleção Seleção [peças/h] Rebarbação [R$/pç] CU de Rebarbação [R$/pç] Rebabação [peças/h] 62 Pós Cura IN IN OUT IN IN OUT IN IN OUT IN IN OUT Define a quantidade de peças por batelada da Lavadora (QBLAi) e Correlaciona com o Custo por hora da Lavadora (CLA) Define o tempo por batelada da Lavadora (TBLAi) {[(TBLAi) / 60] * (CLA)} / (QBLAi) = (CULAi) CU de Lavação (CULAi) Define a quant. de peças por batelada do Tamboreamento (QBTAi) e Correlaciona com o Custo por hora do Tamoreamento (CTA) Define o tempo por batelada da Lavadora (TBTAi) {[(TBTAi) / 60] * (CTA)} / (QBTAi) = (CUTAi) CU de tamboreamento (CUTAi) Define a quantidade de peças por Tubo (QPTAi) e Divide o CU do VU pela (QPTAi) Define o tempo para fatiar uma peça (TFAi) e Correlaciona com o Custo por hora da fatiadora (CFAi) {[(TBLAi) / 60] * (CLA)} = (CUFAi) CU de Fatiação (CUFAi) Define a quantidade de peças por Tapete (QPEAi) e Divide o CU do VU pela (QPEAi) Difine o tempo para estampar um tapete (TFAi) e Correlaciona com o Custo por hora da estampagem (CEAi) {[(TBLAi) / 60] * (CLA)} / (QPEAi) = (CULAi) CU de Estampagem (CUEAi) Tempo Q. Peças Tempo [min.] [R$/pç] [quant.] 1000 6 0,00 2000 3500 60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Fonte: Autor Tabela 31: Tabela mestre / parte F Tabela 7: Tabela Mestre / Parte F CU de Estampagem Fatiadora [R$/pç] Estampo 0,00 [seg./tapete] 0,01 Peças/Tapete [seg./peça] 7 [quant.] Tempo [quant.] Tamborea. CU de Fatiação Peças/Tubo [R$/pç] Lavadora [R$/pç] CU de Tamboreamento [hora] CU de Lavação Q. Peças [quant.] 63 Estampo IN IN OUT IN OUT IN OUT OUT IN OUT OUT Define a produtividade do Banho Superficial (PBSAi) e Correlaciona com o Custo por hora do banho superficial (CBSAi) Define a Substância (O101, T101, etc.) e Correlaciona com o custo da substância (CSAi) (CSAi) Custo por Kg da substância (CSAi) Define a quantidade de substância (QSAi) [(QSAi) * (CSAi)] + [(CBSA) / (PBSAi)] = (CUBSAi) CU do Banho Superficial (CUBSAi) Define a Produtividade do Slit (PSLAi) e Correlaciona o custo por hora do Slit (CSLA) (CSLA) / (PSLAi) = (CUSLAi) CU de Slit (CUSLAi) [(CUREAi) + (CUSAi) + (CUCAi) + (CUPCAi) + (CULAi) + (CUTAi) + (CUFAi) + (CUOAi) + (CUSLAi)] = (CUAi) CU de AC (CUACi) Define o percentual de Rejeito do Acabamento (RAi) (CUAi) * (RAi) = (CURAi) CU do Rejeito do Acabamento (CURAi) (CUACi + CURAi) = (CUAi) CU do Acabamento 5.000 Fonte: Autor [%] [R$/pç] [R$/pç] 0,00 0,00 0,00 0,09 0,0% 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,11 0,0% 0,00 0,11 0,003 0,00 0,00 0,04 0,0% 0,00 0,04 [peças/h] [R$/pç] [kg/peça] [R$/pç] O102 39,80 [R$/pç] [R$/kg] [Código] [quant.] CU Acabamento Slit Rejeito Acabamento Banho Superficial CU de AC Slit / Corte CU de Banho Superficial Quantidade Tipo de Substância Peças/Hora 64 Acabamento Rejeito [R$/pç] 0,017 0,0210 0,788 0,95 17,0% 402547 CG 5,70 1000 0,006 0,004 0,0094 0,207 0,21 -0,1% SR 3,90 1000 0,004 0,006 0,0104 0,235 0,36 34,6% 307299 IN OUT IN OUT OUT OUT OUT OUT OUT OUT OUT Fonte: Autor Define a quantidade de peças por embalagem (QPEi) (CEEi) / (QPEEi) = (CUEEi) CU da Embalagem (CUEEi) (CTEi) * (MLi) = (CUTEi) CU do Transporte (CUTEi) (CUEEi) + (CUTEi) = (CUEi) CU de Expedição (CUEi) (CUCi) + (CUIi) + (CUMi) + (CUAi) + (CUEi) = (CUPi) CU do Produto (CUPi) (PVi) Preço de Venda do Produto (PVi) [(PVi) - (CUPi)] / (PVi) = (RCi) Razão de Contribuição (RCi) Receita média do produto (RMPi) (RMPi) * (RCi) = (MCi) Margem de Contribuição (MCi) Transporte CU da Embalagem Q. Peças Receita 8596 Margem de Contribuição RC [R$/ano] Receita Anual [R$/ano] Preço Razão de Contribuição Expedição [%] CU Preço Transp. [R$/pç] Custo Unitário [R$/pç] 0,004 [R$/pç] [Quant.] 1000 CU Expedição [R$/embalag.] 3,90 (CEEi) Custo da embalagem (CEEi) Tipo de Embalagem Embalagem [R$/pç] [Código] SR Define a Embalagem (SR, CXP, CXM, etc.) e Correlaciona com o custo da embalagem (CEEi) 65 Tabela 32: Tabela mestre / parte G Tabela 8: Tabela Mestre / Parte G Resultado MC 68624 -4 106441 66 4.6. SELEÇÃO DOS CLIENTES E PRODUTOS Primeiramente foram selecionados os clientes do grupo A, que foram os dez principais clientes em termos de receita. Após foram selecionados os clientes do grupo B, que são os dez clientes, que não pertencem ao grupo A, mas que possuem os produtos que mais dificultam o fluxo produtivo. Após a seleção dos clientes foram definidos os produtos dos clientes selecionados, que deveriam participar do estudo. Os produtos selecionados foram os que tiveram receita (vendas) no ano de 2014, totalizando 282 itens, divididos conforme a Tabela 33. Tabela 33: Seleção dos Clientes e Produtos Cliente Receita/ano Quantidade de Itens H01 C01 T07 W03 M11 M08 H02 M10 K03 B03 D01 E01 S04 S05 N05 W02 D03 K01 I04 G02 R$ 11.562.587 R$ 5.088.313 R$ 1.874.928 R$ 1.663.463 R$ 1.469.471 R$ 805.707 R$ 655.549 R$ 641.661 R$ 448.357 R$ 421.317 R$ 350.855 R$ 264.899 R$ 165.913 R$ 135.202 R$ 116.108 R$ 60.122 R$ 59.701 R$ 44.739 R$ 36.575 R$ 33.240 R$ 25.898.707 87 17 53 23 4 6 2 16 6 24 12 5 2 2 6 7 2 4 2 2 282 Grupo B Grupo A Grupo TOTAL Fonte: Autor. 20 67 4.7. ANÁLISE DO CUSTO UNITÁRIO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Foram coletados os parâmetros dos produtos selecionados e após, esses parâmetros foram inseridos no sistema de análise do custo unitário (Tabela Mestre - Tabela 25). Dessa forma, foram definidos o custo unitário (CU), a razão de contribuição (RC) e a margem de contribuição (MC) (Apêndice B). A seguir seguem as análises dos resultados obtidos: 4.7.1. Análise por Produto Primeiramente os produtos foram classificados em seis grupos (de A a F) com diferentes níveis de razão de contribuição (RC). Com os produtos classificados, foi criado um gráfico em forma de pizza (Figura 11), onde foi possível analisar a distribuição dos produtos nos diferentes níveis de razão de contribuição (RC). Figura 11: Análise por produto. Fonte: Autor. Como a empresa estudada está trabalhando com uma demanda abaixo de sua capacidade, qualquer produto que tiver margem de contribuição positiva estaria ajudando a pagar os custos fixos de operação, ou seja, contribuindo para o resultado final empresa. Mas, adotando como critério de viabilidade a margem de contribuição mínima de 40%, conclui-se que 37% dos itens necessitariam de revisão no preço de venda ou melhoria no processo de fabricação. 68 4.7.2. Análise por Cliente Para análise por cliente, foi criada a Tabela 34, onde foi calculada a margem de contribuição (MC), a receita anual, a razão de contribuição (RC) e o custo variável direto de fabricação (CVD) por cliente e elaborado o ranking de RC. Tabela 34: Análise por cliente Cliente Receita/ano MC RC CVD Ranking de RC H01 R$ 11.562.587 R$ 5.289.379 46% R$ 6.273.208 14 C01 R$ 5.088.313 R$ 2.814.447 55% R$ 2.273.866 6 T07 R$ 1.874.928 R$ 899.040 48% R$ 975.888 9 W03 R$ 1.663.463 R$ 939.523 56% R$ 723.940 3 M11 R$ 1.469.471 R$ 693.661 47% R$ 775.810 13 M08 R$ 805.707 R$ 400.313 50% R$ 405.394 10 H02 R$ 655.549 R$ 338.312 52% R$ 317.237 7 M10 R$ 641.661 -R$ 34.450 -5% R$ 676.111 20 K03 R$ 448.357 R$ 159.620 36% R$ 288.737 15 B03 R$ 421.317 R$ 100.307 24% R$ 321.010 16 D01 R$ 350.855 R$ 249.747 71% R$ 101.108 1 E01 R$ 264.899 -R$ 4.511 -2% R$ 269.410 19 S04 R$ 165.913 R$ 37.497 23% R$ 128.416 17 S05 R$ 135.202 R$ 70.084 52% R$ 65.118 8 N05 R$ 116.108 R$ 9.304 8% R$ 106.804 18 W02 R$ 60.122 R$ 42.648 71% R$ 17.474 2 D03 R$ 59.701 R$ 22.062 37% R$ 37.639 11 K01 R$ 44.739 R$ 25.577 57% R$ 19.162 5 I04 R$ 36.575 R$ 20.501 56% R$ 16.074 4 G02 R$ 33.240 R$ 15.013 45% R$ 18.227 12 R$ 25.898.707 R$ 12.088.074 47% R$ 13.810.634 Geral Fonte: Autor. Com base nessas informações foi criado o gráfico (Figura 12) que cruza a RC com a Receita anual de cada cliente, sendo assim, possível verificar qual produto ou cliente possui o melhor ou pior conjunto de RC e Receita. 69 Figura 12: Análise por cliente. Fonte: Autor. Verifica-se que os clientes M10 e E01 possuem margem de contribuição (MC) negativa, ou seja, o grupo de produtos fornecidos para esses clientes estão, definitivamente, atrapalhando o resultado da empresa. Para esses clientes, ações comerciais deveram ser tomadas imediatamente, para reverter tal situação. Os clientes N05, S04, B03, K03, e D03, que estão no quadrante três (Q3), possuem MC e Receita anual em níveis baixos, ou seja, possuem grupos de itens que não são representativos para o resultado da empresa. Em níveis de alta operação (demanda maior que 70 a capacidade produtiva) a produção desses itens poderia ser interrompida para dar lugar a itens de maior MC. Estudos de viabilidade econômica e ações comerciais deverão ser realizados para esse grupo de clientes. Os demais clientes, do quadrante quatro (Q4) e do quadrante um (Q1), possuem grupos de itens com as melhores MC e receitas, logo, são esses clientes que promovem o resultado da empresa. Ações para aumentar a demanda de vendas devem ser concentradas nesses clientes, para que o lucro da empresa aumente mais rapidamente. 4.7.3. Análise do ponto de Equilíbrio Através das informações retiradas da Tabela 34 (item geral – última linha) e do demonstrativo de resultados (Apêndice A), foi calculado o preço médio dos produtos vendidos (Equação 5), o custo variável médio (Equação 6) e o ponto de equilíbrio (PE) (Equação 7), como mostra o Gráfico 5. Equação 5: Preço Médio. (Receita Anual) / (Quantidade de produtos) = (Preço Médio) (R$25.898.707) / (80.106.005) = R$0,323 Fonte: Autor. Equação 6: Custo Variável Médio. (Preço Médio) - (1 – Razão de Contribuição Geral) = (Custo Variável Médio) (R$0,323) / (1 – 0,47) = R$0,172 Fonte: Autor. Equação 7: Ponto de Equilíbrio. (Custo Fixo) / [(Preço Médio) – (Custo Variável Médio)] = (Ponto de Equilíbrio) (11624155) / [(R$0,323) – (0,172)] = 77.031.681 peças Fonte: Autor. 71 Gráfico 5: Ponto de equilíbrio Fonte: Autor. A partir do gráfico do ponto de equilíbrio (Gráfico 5) é possível verificar que a empresa possuí um nível de demanda superior a demanda do ponto de equilíbrio. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da necessidade de entender quais os clientes e produtos estão ajudando ou prejudicando o resultado da empresa, de modo a direcionar os esforços dos gestores, este estudo avaliou o custo unitário e a razão de contribuição de uma gama de clientes e produtos selecionados, ou seja, apontou as oportunidades de melhoria. Para alcançar tal resultado foi necessário alcançar os objetivos específicos desse trabalho. Logo, primeiramente, foi analisado o sistema produtivo da empresa, de modo que se identificou qual a sequência de etapas e processos o produto deve passar, para ser entregue ao cliente final, ou seja, desde a matéria prima até a expedição. Posteriormente, as etapas e os processos identificados foram analisados e suas características e variáveis levantadas, assim, foi possível definir o custo de processamento por operação. Com base nas informações levantas sobre o sistema produtivo (características, variáveis e custo de processamento), foi estruturado o sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição. A partir de interações entre os parâmetros específicos de cada produto (produtividade, tempo, quantidade, etc.) com o custo de processamento, o sistema permitiu calcular o custo unitário, razão de contribuição e margem de contribuição por produto. Então, foram selecionados os produtos a serem avaliados com o sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição criado. Primeiramente foram selecionados os clientes que deveriam participar do estudo, a partir de dois critérios: principais clientes em termo de receita e clientes que possuem os produtos que mais dificultam o fluxo produtivo. No segundo momento, foram definidos os produtos dos clientes selecionados, sendo escolhidos, os produtos que tiveram movimentação (vendas) no ano de 2014, totalizando 282 produtos. Para todos os produtos selecionados foram coletados os parâmetros específicos por produto dos processos de fabricação. Esses parâmetros foram inseridos no sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição, logo, o sistema definiu o CU, a RC e a MC para cada produto. Com base nessas informações, foram analisados os resultados dos produtos de forma geral e dos clientes de forma especifica. Na análise dos produtos, verificou-se que 37% dos produtos possuem margem de contribuição em nível desconfortável, sendo que desses 7% possuem margem de contribuição negativa, ou seja, definitivamente estão prejudicando o 73 resultado da empresa. Na análise dos clientes, foi possível observar que dentre os vinte clientes estudados, dois clientes, M10 e E01, possuem conjuntos de itens com margem negativa, ou seja, ações comerciais deverão ser tomadas imediatamente. Também se verificou que existem outros cinco clientes, N05, S04, B03, K03, e D03, em situação desconfortável, ou seja, possuem grupos de itens não representativos para o faturamento e com baixo nível de razão de contribuição. Também, com base nas informações retiradas do sistema de avaliação do custo unitário e razão de contribuição, foi calculado qual o ponto de equilíbrio da empresa, onde, foi observado que o nível de demanda atual da empresa está maior que o necessário para se alcançar o ponto de equilíbrio. Sendo assim, foi alcançado o objetivo geral desse estudo, ou seja, foi avaliado o custo unitário e razão de contribuição dos produtos moldados da empresa estudada. Logo, esse estudo fornece a base necessária para decisões estratégicas comerciais, pois definiu quais os clientes são importantes ou não para o resultado, e quais os itens estão em situação confortável ou desconfortável no ponto de vista econômico. REFERÊNCIAS BARBIER, René. A pesquisa-ação. Brasília: Plano, 2002. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos em empresas modernas. 1. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações a calculadora HP 12C e Excel. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011. COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: Um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. FERRONATTO, Júlio César. A análise da relação custo x volume x lucro: estudo de caso em uma instituição de ensino. 100 p. Dissertação (Mestrado em Administração) Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, 2014. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos e pesquisas. 5.ed.São Paulo:Atlas, 2010. LEONE, George S. G. Custos: planejamento, implantação e controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MACHADO, Débora Gomes; SOUZA, Marcos Antônio de. Análise das relações entre a gestão de custos e a gestão do preço de venda: um estudo das práticas adotadas por empresas industriais conserveiras estabelecidas no RS. Revista Universo Contábil, v. 2, n. 1, p. 42-60, 2006. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008 MARTINS, Eliseu; ROCHA, Welington. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob diferentes perpectivas. São Paulo: Atlas, 2010. MEGLIORINI, Evandir. Custo: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. NASCIMENTO NETO, Renata Valeska do; MIRANDA, Luiz Carlos. Utilização de Sistemas de Custeio em Indústrias Brasileiras: uma pesquisa empírica. Encontro Nacional de Programas de Pós-Graduação em Administração, XXVII, 2003. PADOVEZE, Clóvis Luiz. Curso básico gerencial de custos. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learnig, 2006. RESNIK, P. A Bíblia da pequena empresa: como iniciar com segurança sua pequena empresa e ser muito bem sucedido. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1990. SANTOS, Joel José dos. Contabilidade e análise de custos. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2009. 75 SHAH, Haider; MALIK, Ali; MALIK, Muhammad Shaukat. Strategic management accounting: A messiah for management accounting. Australian Journal of Business and Management Research, v. 1, n. 4, p. 1-7, 2011. 76 APÊNDICES APÊNDICE A – Demonstrativo de resultados do ano 2014. RECEITA LIQUIDA R$ 25.898.707 CUSTO E DESPESAS VARIÁVEIS Custo Variavel Despesa Variavel -R$ -R$ -R$ 13.810.634 13.064.700 745.933 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 12.088.074 CUSTO DESPESA FIXA Custo Fixo Despesa Fixa com Vendas Despesa Fixa Administrativa -R$ -R$ -R$ -R$ 11.624.155 8.552.946 701.701 2.369.509 LUCRO OPERACIONAL R$ 463.918 77 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto APÊNDICE B – Cálculo do custo unitário e razão de contribuição H01002 H01 0,02 0,000 0,03 0,00 0,0027 0,057 0,13 57,0% 86306 49223 H01003 H01 0,01 0,000 0,02 0,00 0,0012 0,029 0,06 53,3% 22 12 H01004 H01 0,00 0,000 0,01 0,00 0,0013 0,014 0,07 80,3% 26600 21371 H01005 H01 0,00 0,000 0,03 0,00 0,0016 0,040 0,08 51,5% 4011 2066 H01006 H01 0,15 0,000 0,03 0,00 0,0086 0,186 0,33 44,2% 474731 209923 H01007 H01 0,07 0,000 0,05 0,00 0,0066 0,135 0,30 54,3% 51753 28112 H01008 H01 0,03 0,000 0,05 0,00 0,0032 0,086 0,15 42,2% 843 356 H01009 H01 0,02 0,000 0,02 0,00 0,0022 0,042 0,11 60,4% 199321 120433 H01010 H01 0,03 0,000 0,04 0,02 0,0028 0,085 0,12 30,7% 472 145 H01011 H01 0,04 0,000 0,05 0,00 0,0048 0,089 0,23 60,6% 39375 23878 H01012 H01 0,01 0,000 0,03 0,02 0,0022 0,066 0,11 40,2% 1184 475 H01013 H01 0,01 0,000 0,02 0,00 0,0020 0,031 0,10 69,6% 52242 36349 H01014 H01 0,02 0,000 0,04 0,00 0,0083 0,064 0,45 85,9% 328252 282026 H01015 H01 0,02 0,000 0,03 0,03 0,0019 0,080 0,09 8,4% 34631 2908 H01016 H01 0,28 0,000 0,13 0,00 0,0273 0,434 1,08 59,9% 43594 26122 H01017 H01 0,19 0,000 0,11 0,00 0,0205 0,322 0,99 67,6% 95477 64511 H01018 H01 0,55 0,000 0,13 0,00 0,0411 0,723 1,42 49,1% 323284 158583 H01021 H01 0,11 0,000 0,23 0,00 0,0253 0,358 1,29 72,3% 110181 79698 H01022 H01 0,45 0,000 0,04 0,00 0,0218 0,509 0,67 23,9% 14074 3368 H01023 H01 0,01 0,000 0,04 0,05 0,0100 0,117 0,34 65,6% 9149 6004 H01024 H01 0,16 0,000 0,03 0,00 0,0087 0,201 0,34 40,9% 279416 114396 H01027 H01 0,20 0,000 0,03 0,06 0,0079 0,303 0,42 27,5% 77953 21472 H01028 H01 0,01 0,000 0,01 0,01 0,0017 0,023 0,09 73,0% 350658 255845 H01029 H01 1,72 0,000 0,10 0,05 0,0394 1,910 2,04 6,5% 337276 21877 H01030 H01 0,21 0,000 0,07 0,00 0,0186 0,295 0,60 50,8% 6 3 H01031 H01 0,09 0,000 0,03 0,03 0,0121 0,162 0,46 64,7% 480468 310813 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 78 H01032 H01 0,06 0,000 0,02 0,02 0,0038 0,095 0,16 39,0% 84459 32902 H01033 H01 0,04 0,000 0,02 0,04 0,0033 0,101 0,15 32,0% 40166 12833 H01034 H01 0,04 0,000 0,02 0,04 0,0034 0,103 0,15 29,3% 34 10 H01035 H01 0,12 0,000 0,02 0,06 0,0040 0,210 0,22 3,3% 24820 812 H01036 H01 0,09 0,000 0,03 0,06 0,0044 0,184 0,24 24,1% 39032 9406 H01037 H01 0,71 0,000 0,14 0,11 0,0890 1,054 3,50 69,9% 21 15 H01038 H01 0,03 0,000 0,03 0,00 0,0033 0,068 0,16 56,5% 254384 143831 H01041 H01 0,20 0,000 0,06 0,05 0,0206 0,334 0,71 53,1% 17484 9290 H01042 H01 0,26 0,000 0,07 0,00 0,0232 0,358 1,07 66,6% 259401 172811 H01043 H01 0,37 0,000 0,13 0,00 0,0188 0,519 0,83 37,3% 67119 25014 H01044 H01 0,02 0,000 0,04 0,00 0,0049 0,072 0,25 71,5% 69277 49531 H01045 H01 0,12 0,000 0,03 0,00 0,0081 0,157 0,34 54,3% 283 154 H01046 H01 0,71 0,000 0,12 0,09 0,0723 0,996 2,21 55,0% 292304 160731 H01047 H01 0,02 0,000 0,03 0,00 0,0014 0,050 0,06 22,8% 33213 7579 H01048 H01 0,03 0,000 0,03 0,00 0,0035 0,061 0,15 59,1% 744487 439716 H01049 H01 0,04 0,000 0,02 0,00 0,0070 0,069 0,36 80,6% 358855 289215 H01050 H01 0,21 0,000 0,03 0,03 0,0062 0,273 0,33 16,6% 364209 60592 H01051 H01 0,02 0,000 0,01 0,03 0,0017 0,054 0,07 24,0% 27366 6562 H01052 H01 0,03 0,000 0,02 0,00 0,0032 0,061 0,14 57,1% 86354 49271 H01053 H01 0,02 0,000 0,02 0,00 0,0027 0,039 0,14 71,5% 113216 80958 H01054 H01 0,03 0,000 0,05 0,02 0,0032 0,103 0,14 28,6% 96557 27625 H01055 H01 0,21 0,000 0,06 0,00 0,0115 0,280 0,46 38,8% 187666 72766 H01056 H01 0,03 0,000 0,03 0,03 0,0024 0,099 0,11 9,7% 37376 3632 H01057 H01 0,01 0,000 0,03 0,00 0,0016 0,042 0,08 46,6% 784 365 H01059 H01 0,06 0,000 0,03 0,00 0,0037 0,095 0,16 41,3% 147312 60875 H01060 H01 0,03 0,000 0,03 0,00 0,0036 0,066 0,15 57,2% 98171 56137 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 79 H01061 H01 0,01 0,000 0,03 0,00 0,0017 0,041 0,08 49,2% 18115 8910 H01063 H01 0,12 0,000 0,07 0,00 0,0152 0,206 0,57 64,0% 532664 340791 H01064 H01 0,10 0,000 0,05 0,00 0,0113 0,170 0,48 64,7% 96391 62395 H01066 H01 0,09 0,000 0,02 0,00 0,0063 0,112 0,30 63,3% 3703 2345 H01067 H01 0,12 0,000 0,06 0,08 0,0120 0,269 0,45 40,0% 2564 1025 H01068 H01 0,02 0,000 0,05 0,05 0,0102 0,125 0,35 64,4% 1351 870 H01069 H01 0,05 0,000 0,09 0,05 0,0089 0,196 0,44 55,6% 2116 1177 H01071 H01 0,03 0,000 0,05 0,07 0,0069 0,157 0,35 54,7% 1364 747 H01072 H01 0,03 0,000 0,04 0,02 0,0022 0,096 0,11 12,0% 45 5 H01073 H01 0,04 0,000 0,02 0,09 0,0050 0,156 0,25 37,6% 30242 11383 H01074 H01 0,08 0,000 0,17 0,00 0,0085 0,258 0,43 39,5% 24075 9517 H01077 H01 0,13 0,000 0,10 0,00 0,0176 0,247 0,80 69,0% 62858 43394 H01078 H01 0,23 0,907 0,19 0,07 0,0475 1,448 2,52 42,6% 103717 44138 H01079 H01 0,15 0,786 0,11 0,07 0,0235 1,145 1,25 8,4% 553057 46465 H01080 H01 0,19 0,000 0,03 0,02 0,0084 0,256 0,29 10,3% 350313 36185 H01081 H01 0,16 0,000 0,04 0,03 0,0070 0,235 0,38 38,2% 340743 130044 H01082 H01 0,18 1,473 0,09 0,03 0,0328 1,810 1,59 -13,8% 233926 -32309 H01083 H01 0,20 1,473 0,09 0,05 0,0402 1,845 2,00 7,7% 158121 12243 H01084 H01 0,03 0,000 0,02 0,00 0,0035 0,057 0,15 62,1% 13740 8534 H01085 H01 0,01 0,000 0,02 0,00 0,0023 0,034 0,11 68,7% 121902 83720 H01086 H01 0,07 0,078 0,04 0,04 0,0104 0,235 0,36 34,6% 307299 106441 H01087 H01 0,50 0,000 0,07 0,01 0,0236 0,601 1,10 45,1% 52360 23628 H01088 H01 1,89 0,000 0,10 0,05 0,0418 2,080 2,18 4,6% 301633 13852 H01089 H01 0,01 0,000 0,01 0,04 0,0155 0,071 0,82 91,3% 386699 352863 H01090 H01 0,10 0,000 0,03 0,03 0,0073 0,162 0,30 46,0% 25922 11918 H01091 H01 0,53 0,000 0,15 0,09 0,0210 0,788 0,95 17,0% 402547 68624 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 80 H01092 H01 0,02 0,000 0,02 0,03 0,0022 0,066 0,10 31,8% 142076 45184 H01093 H01 0,12 0,000 0,05 0,00 0,0091 0,178 0,36 50,9% 153237 78026 H01094 H01 0,05 0,000 0,06 0,00 0,0080 0,124 0,23 46,1% 6189 2852 H01095 H01 0,08 0,000 0,03 0,02 0,0078 0,130 0,22 40,0% 19962 7985 H01096 H01 0,48 0,000 0,13 0,00 0,0203 0,632 0,91 30,5% 51674 15785 H01097 H01 0,01 0,000 0,05 0,00 0,0078 0,074 0,22 65,7% 22901 15055 H01098 H01 0,24 0,000 0,04 0,03 0,0122 0,330 0,46 28,2% 42794 12067 H01099 H01 0,04 0,000 0,04 0,01 0,0075 0,095 0,20 52,6% 22606 11881 H01100 H01 0,01 0,000 0,02 0,00 0,0139 0,046 0,55 91,7% 108052 99038 C01005 C01 0,03 0,000 0,04 0,00 0,0034 0,072 0,11 34,5% 4796 1657 C01022 C01 0,36 0,000 0,14 0,00 0,0285 0,532 0,86 38,2% 282840 108170 C01025 C01 0,34 0,000 0,20 0,04 0,0452 0,622 1,65 62,2% 31690 19709 C01027 C01 0,03 0,000 0,04 0,00 0,0040 0,080 0,12 34,8% 96058 33443 C01030 C01 0,07 0,000 0,04 0,05 0,0083 0,162 0,35 53,2% 258676 137719 C01032 C01 0,17 0,000 0,05 0,04 0,0165 0,275 0,49 43,4% 119732 51989 C01033 C01 0,06 0,075 0,03 0,00 0,0117 0,180 0,43 58,6% 3846374 2252397 C01037 C01 0,01 0,000 0,02 0,01 0,0028 0,035 0,13 72,8% 128 93 C01039 C01 0,31 0,000 0,20 0,18 0,0299 0,722 0,89 18,6% 4009 747 C01042 C01 1,01 0,256 0,16 0,00 0,1238 1,549 2,54 39,0% 110839 43189 C01043 C01 0,03 0,000 0,04 0,00 0,0032 0,071 0,12 40,0% 118457 47381 C01044 C01 0,04 0,000 0,01 0,01 0,0049 0,074 0,16 54,5% 29877 16279 C01046 C01 0,02 0,000 0,01 0,02 0,0031 0,051 0,06 17,3% 11066 1918 C01049 C01 0,09 0,000 0,10 0,00 0,0081 0,198 0,34 42,4% 19078 8089 C01051 C01 1,00 0,000 0,81 0,00 0,1429 1,954 5,86 66,6% 124482 82954 C01052 C01 0,16 0,000 0,06 0,10 0,0105 0,325 0,47 31,4% 19530 6139 C01053 C01 0,17 0,000 0,05 0,04 0,0084 0,270 0,36 24,1% 10681 2575 T07010 T07 0,11 0,000 0,04 0,05 0,0099 0,202 0,33 38,8% 164887 63971 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 81 T07012 T07 0,10 0,000 0,04 0,04 0,0119 0,193 0,44 56,1% 19445 10911 T07015 T07 0,01 0,000 0,04 0,00 0,0052 0,058 0,25 76,6% 32160 24644 T07031 T07 0,02 0,000 0,03 0,00 0,0079 0,059 0,12 52,7% 105781 55712 T07032 T07 0,40 0,000 0,07 0,00 0,0296 0,505 0,92 45,2% 16182 7314 T07034 T07 0,13 0,000 0,04 0,03 0,0130 0,223 0,64 65,0% 49269 32025 T07037 T07 0,09 0,000 0,02 0,03 0,0119 0,147 0,27 45,9% 652615 299839 T07038 T07 0,10 0,000 0,04 0,03 0,0138 0,178 0,38 52,6% 45139 23753 T07039 T07 0,06 0,000 0,04 0,05 0,0086 0,159 0,28 44,0% 23190 10206 T07040 T07 0,07 0,000 0,02 0,05 0,0080 0,144 0,29 50,4% 36537 18408 T07044 T07 0,04 0,000 0,11 0,06 0,0116 0,214 0,50 57,1% 4981 2843 T07046 T07 0,06 0,000 0,04 0,05 0,0081 0,158 0,28 44,4% 47849 21255 T07048 T07 0,34 0,405 0,18 0,00 0,0613 0,988 2,23 55,7% 22337 12452 T07049 T07 0,22 0,054 0,06 0,00 0,0248 0,358 0,89 60,0% 15913 9545 T07056 T07 0,07 0,000 0,16 0,00 0,0163 0,247 0,58 57,0% 13168 7508 T07057 T07 0,09 0,000 0,05 0,00 0,0105 0,159 0,25 37,1% 10487 3886 T07058 T07 0,24 1,018 0,09 0,00 0,0283 1,370 1,24 -10,1% 32863 -3332 T07059 T07 0,35 0,657 0,09 0,00 0,0245 1,123 1,03 -9,0% 18862 -1693 F03017 T07 0,02 0,000 0,02 0,00 0,0050 0,049 0,18 72,0% 53 38 F03030 T07 0,10 0,000 0,18 0,22 0,0293 0,524 1,04 49,7% 35269 17540 F03031 T07 0,16 0,000 0,25 0,00 0,0319 0,445 1,19 62,6% 35546 22262 F03037 T07 0,03 0,000 0,04 0,00 0,0077 0,090 0,35 74,5% 10703 7970 F03038 T07 0,14 0,000 0,16 0,10 0,0481 0,452 1,21 62,8% 4611 2893 F03039 T07 0,03 0,000 0,03 0,08 0,0052 0,152 0,20 25,2% 47332 11914 F03042 T07 0,02 0,000 0,04 0,06 0,0068 0,124 0,34 63,5% 17 11 F03048 T07 0,01 0,000 0,04 0,07 0,0047 0,130 0,24 45,7% 12 5 F03056 T07 0,03 0,000 0,03 0,00 0,0042 0,059 0,18 66,5% 54020 35940 F03057 T07 0,03 0,000 0,03 0,02 0,0047 0,083 0,18 53,7% 84726 45496 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 82 F03058 T07 0,08 0,000 0,10 0,00 0,0186 0,199 0,74 73,1% 23213 16962 F03060 T07 0,07 0,000 0,12 0,03 0,0129 0,236 0,55 57,0% 55 31 F03061 T07 0,11 0,997 0,23 0,18 0,0666 1,588 2,92 45,7% 44195 20187 F03062 T07 0,02 0,000 0,03 0,03 0,0042 0,082 0,20 58,8% 23693 13923 F03063 T07 0,04 0,000 0,13 0,00 0,0065 0,185 0,27 31,1% 8200 2547 F03064 T07 0,05 0,000 0,04 0,06 0,0068 0,153 0,28 45,5% 14 6 F03070 T07 0,00 0,000 0,02 0,01 0,0012 0,035 0,07 46,4% 3640 1688 F03075 T07 0,01 0,000 0,00 0,01 0,0011 0,027 0,05 43,4% 70735 30702 F03076 T07 0,00 0,000 0,02 0,00 0,0015 0,026 0,07 65,0% 1578 1026 F03077 T07 0,05 0,000 0,24 0,22 0,0337 0,544 1,54 64,6% 39234 25358 F03078 T07 0,02 0,000 0,03 0,04 0,0038 0,086 0,18 51,1% 3571 1826 F03079 T07 0,16 0,000 0,14 0,00 0,0340 0,334 1,11 69,9% 7091 4957 F03080 T07 0,07 0,000 0,07 0,05 0,0116 0,201 0,45 55,4% 45 25 F03084 T07 0,06 0,000 0,08 0,05 0,0139 0,203 0,58 64,7% 734 475 F03088 T07 0,06 0,000 0,18 0,09 0,0254 0,367 1,18 68,9% 118 81 F03093 T07 0,01 0,000 0,02 0,02 0,0061 0,052 0,22 76,4% 16468 12577 F03100 T07 0,04 0,000 0,22 0,20 0,0168 0,480 0,82 41,1% 2447 1006 F03102 T07 0,04 0,000 0,08 0,12 0,0103 0,248 0,49 49,5% 8777 4344 F03105 T07 0,10 0,000 0,13 0,12 0,0292 0,381 1,16 67,0% 2561 1716 F03109 T07 0,02 0,000 0,03 0,00 0,0037 0,046 0,14 68,3% 8451 5776 F03110 T07 0,04 0,000 0,01 0,04 0,0070 0,101 0,25 58,7% 49 29 F03112 T07 0,08 0,000 0,10 0,14 0,0179 0,331 0,53 37,2% 20236 7519 F03113 T07 0,04 0,000 0,06 0,13 0,0068 0,240 0,30 20,1% 778 156 F03114 T07 0,02 0,000 0,10 0,03 0,0074 0,157 0,35 55,5% 4996 2773 F03115 T07 0,02 0,000 0,21 0,06 0,0096 0,302 0,48 36,4% 95 35 W03015 W03 0,05 0,394 0,13 0,00 0,0139 0,594 0,74 20,2% 2243 452 W03016 W03 0,09 0,458 0,20 0,00 0,0222 0,771 1,17 34,0% 3734 1270 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 83 W03017 W03 0,14 0,000 0,18 0,00 0,0279 0,353 1,40 74,8% 32742 24496 W03018 W03 0,19 0,000 0,19 0,05 0,0307 0,462 1,57 70,7% 2518 1779 W03019 W03 0,02 0,038 0,04 0,04 0,0079 0,145 0,41 65,1% 278874 181492 W03022 W03 0,03 0,050 0,05 0,05 0,0077 0,190 0,36 47,7% 39594 18903 W03024 W03 0,02 0,069 0,05 0,05 0,0134 0,199 0,63 68,4% 12388 8475 W03028 W03 0,02 0,073 0,04 0,04 0,0070 0,183 0,36 49,4% 243637 120355 W03029 W03 0,03 0,087 0,06 0,01 0,0084 0,198 0,41 52,0% 359641 187181 W03030 W03 0,03 0,000 0,05 0,04 0,0056 0,126 0,27 53,4% 189039 100902 W03031 W03 0,07 0,000 0,16 0,00 0,0098 0,245 0,43 43,0% 12341 5313 W03032 W03 0,12 0,000 0,21 0,00 0,0167 0,348 0,80 56,4% 5514 3109 W03033 W03 0,12 0,000 0,14 0,03 0,0157 0,307 0,74 58,7% 47938 28149 W03034 W03 0,04 0,000 0,06 0,04 0,0073 0,141 0,29 51,7% 2550 1317 W03035 W03 0,10 0,000 0,06 0,06 0,0139 0,231 0,64 64,2% 48049 30830 W03036 W03 0,02 0,083 0,07 0,08 0,0130 0,265 0,64 58,3% 202820 118262 W03037 W03 0,02 0,083 0,07 0,09 0,0125 0,265 0,61 56,5% 42813 24175 W03041 W03 0,17 0,000 0,56 0,00 0,0411 0,775 2,03 61,7% 810 500 W03043 W03 0,02 0,052 0,07 0,06 0,0128 0,216 0,45 52,3% 36490 19098 W03044 W03 0,05 0,000 0,07 0,06 0,0086 0,186 0,22 16,6% 19442 3218 W03045 W03 0,11 0,000 0,12 0,11 0,0424 0,393 2,10 81,3% 71960 58485 W03046 W03 0,03 0,096 0,05 0,04 0,0098 0,230 0,29 20,3% 8062 1638 W03047 W03 0,07 0,000 0,09 0,28 0,0205 0,466 0,88 47,0% 264 124 M11001 M11 0,10 0,000 0,02 0,02 0,0190 0,153 0,19 18,8% 44497 8384 M11004 M11 0,11 0,000 0,02 0,02 0,0300 0,179 0,33 45,1% 17068 7691 M11005 M11 0,11 0,000 0,01 0,03 0,0322 0,183 0,35 48,4% 1388775 671930 M11006 M11 0,22 0,000 0,02 0,02 0,0372 0,293 0,42 29,6% 19131 5656 M08001 M08 0,06 0,821 0,27 0,00 0,0108 1,158 1,99 41,9% 149873 62770 M08002 M08 0,12 0,000 0,09 0,00 0,0046 0,216 0,62 65,4% 180411 118026 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 84 M08003 M08 0,60 1,304 0,38 0,00 0,0180 2,305 3,92 41,1% 314549 129365 M08004 M08 0,06 0,000 0,09 0,00 0,0005 0,152 0,51 69,9% 32795 22924 M08005 M08 0,04 0,000 0,07 0,05 0,0038 0,159 0,35 55,1% 12748 7022 M08006 M08 0,16 1,217 0,18 0,00 0,0115 1,570 3,29 52,2% 115331 60207 H02002 H02 0,19 0,000 0,08 0,06 0,0213 0,356 0,75 52,4% 141291 74060 H02003 H02 0,22 0,000 0,07 0,06 0,0217 0,374 0,77 51,4% 514258 264251 K03001 K03 0,53 0,000 0,08 0,00 0,0420 0,648 1,36 52,5% 109171 57280 K03002 K03 1,51 0,000 0,16 0,12 0,0747 1,868 2,21 15,5% 216327 33460 K03005 K03 0,04 0,000 0,06 0,00 0,0078 0,114 0,31 63,6% 54384 34566 K03006 K03 0,04 0,000 0,10 0,03 0,0078 0,181 0,31 42,3% 30056 12725 K03007 K03 0,02 0,000 0,01 0,03 0,0056 0,062 0,19 67,6% 14156 9565 K03008 K03 0,01 0,000 0,03 0,00 0,0021 0,045 0,09 49,6% 24263 12024 B03004 B03 0,00 0,000 0,02 0,00 0,0010 0,020 0,05 56,9% 32925 18728 B03006 B03 0,01 0,000 0,02 0,00 0,0014 0,032 0,07 54,0% 16183 8735 B03008 B03 0,65 0,000 0,34 0,24 0,0563 1,284 1,02 -26,1% 949 -248 B03009 B03 0,56 0,000 0,34 0,09 0,0752 1,075 1,01 -6,1% 446 -27 B03010 B03 0,01 0,000 0,03 0,00 0,0011 0,047 0,06 13,8% 23964 3316 B03012 B03 0,01 0,000 0,03 0,04 0,0023 0,080 0,12 34,5% 17922 6186 B03014 B03 0,03 0,000 0,09 0,12 0,0098 0,250 0,23 -9,1% 321 -29 B03015 B03 0,03 0,000 0,16 0,11 0,0098 0,317 0,23 -40,2% 175 -70 B03016 B03 0,04 0,000 0,14 0,11 0,0099 0,297 0,23 -28,3% 139 -39 B03017 B03 0,03 0,000 0,05 0,04 0,0044 0,114 0,20 42,5% 246 104 B03019 B03 0,02 0,000 0,01 0,07 0,0027 0,106 0,13 18,0% 778 140 B03020 B03 0,05 0,000 0,01 0,03 0,0058 0,104 0,18 43,2% 4377 1889 B03024 B03 0,04 0,000 0,02 0,05 0,0052 0,105 0,15 29,8% 1234 368 B03025 B03 0,09 0,000 0,07 0,07 0,0096 0,235 0,26 9,6% 27665 2667 B03026 B03 0,03 0,000 0,06 0,08 0,0102 0,186 0,35 47,0% 3395 1597 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 85 B03031 B03 0,03 0,000 0,08 0,00 0,0093 0,121 0,20 38,7% 11387 4402 B03034 B03 0,06 0,000 0,03 0,11 0,0094 0,207 0,21 -0,1% 8596 -4 B03037 B03 0,21 0,000 0,11 0,10 0,0555 0,475 0,52 8,1% 724 59 B08001 B03 0,01 0,000 0,08 0,06 0,0069 0,153 0,36 57,7% 21458 12379 B08002 B03 0,05 0,000 0,02 0,04 0,0042 0,109 0,15 29,0% 63632 18470 B08003 B03 0,08 0,000 0,03 0,02 0,0065 0,135 0,20 32,6% 30620 9985 B08004 B03 0,02 0,000 0,03 0,06 0,0027 0,111 0,10 -11,0% 95098 -10423 B08005 B03 0,03 0,000 0,02 0,01 0,0029 0,066 0,13 48,7% 19347 9420 B08006 B03 0,01 0,000 0,03 0,03 0,0021 0,068 0,10 32,0% 39736 12703 M10001 M10 0,14 0,000 0,23 0,00 0,0112 0,382 0,30 -25,2% 4881 -1229 M10002 M10 0,04 0,000 0,08 0,05 0,0032 0,173 0,13 -36,8% 50 -18 M10006 M10 0,33 0,000 0,07 0,08 0,0245 0,513 0,46 -12,6% 30359 -3812 M10007 M10 0,74 0,000 0,17 0,00 0,0656 0,976 1,21 125532 24420 M10008 M10 1,44 0,000 0,75 0,00 0,0942 2,288 1,28 -79,4% 255 -203 M10009 M10 1,16 0,000 0,11 0,09 0,0818 1,447 1,56 7,3% 1092 79 M10010 M10 1,56 0,000 0,14 0,06 0,1004 1,857 2,25 17,3% 5281 916 M10011 M10 0,00 0,000 0,65 0,07 0,6232 1,341 13,97 90,4% 1858 1680 M10012 M10 0,24 0,000 0,07 0,00 0,0242 0,331 0,44 25,0% 16425 4107 M10013 M10 0,13 0,000 0,05 0,04 0,0102 0,220 0,25 11,2% 27943 3143 M10014 M10 0,24 0,000 0,07 0,00 0,0647 0,369 0,43 14,2% 17003 2407 M10015 M10 0,22 0,000 0,05 0,04 0,0112 0,317 0,30 -4,1% 23589 -977 M10016 M10 0,87 0,000 0,28 0,05 0,0938 1,294 2,04 36,7% 74471 27307 M10017 M10 0,08 0,000 0,05 0,00 0,0051 0,141 0,23 39,8% 10803 4304 M10019 M10 0,17 0,000 0,06 0,06 0,0071 0,295 0,21 -38,9% 266431 -103570 M10020 M10 0,11 0,000 0,02 0,02 0,0055 0,156 0,19 19,6% 35688 6996 D01001 D01 0,01 0,000 0,02 0,04 0,0012 0,069 0,10 30,7% 1385 425 D01006 D01 0,00 0,000 0,01 0,03 0,0002 0,040 0,06 36,4% 15860 5771 19,5% Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 86 D01009 D01 0,00 0,000 0,00 0,05 0,0002 0,049 0,13 62,9% 329 207 D01010 D01 0,01 0,000 0,02 0,05 0,0002 0,071 0,09 25,0% 4327 1083 D01011 D01 0,01 0,000 0,04 0,00 0,0002 0,046 0,13 65,2% 16008 10442 D01030 D01 0,01 0,000 0,11 0,02 0,0002 0,146 0,39 62,1% 1253 779 D01045 D01 0,02 0,000 0,04 0,04 0,0010 0,095 0,37 74,2% 235797 174986 D01046 D01 0,04 0,000 0,08 0,00 0,0011 0,118 0,36 67,0% 894 599 D01047 D01 0,03 0,000 0,11 0,06 0,0011 0,194 0,71 72,7% 14223 10341 D01052 D01 0,03 0,000 0,29 0,05 0,0011 0,365 1,46 75,1% 16246 12196 D01053 D01 0,02 0,000 0,04 0,02 0,0012 0,078 0,31 74,7% 41816 31248 D01054 D01 0,04 0,000 0,08 0,00 0,0012 0,116 0,30 61,5% 2717 1670 S04003 S04 0,03 0,000 0,05 0,03 0,0413 0,155 0,24 35,2% 23233 8178 S04004 S04 0,37 0,000 0,30 0,26 0,0594 0,991 1,25 20,5% 142680 29319 N05005 N05 0,08 0,000 0,16 0,18 0,0154 0,438 0,46 3,7% 63327 2336 N05006 N05 0,01 0,000 0,04 0,08 0,0037 0,139 0,17 18,6% 6191 1149 N05007 N05 0,14 0,000 0,04 0,06 0,0113 0,243 0,23 -5,1% 6033 -307 N05008 N05 0,02 0,000 0,01 0,06 0,0031 0,102 0,11 8,5% 15796 1345 N05009 N05 0,01 0,000 0,03 0,00 0,0025 0,042 0,10 58,1% 12737 7403 N05010 N05 0,01 0,000 0,04 0,06 0,0021 0,113 0,09 -21,8% 12024 -2622 W02002 W02 0,04 0,000 0,43 0,05 0,0350 0,563 1,70 66,9% 5102 3412 W02003 W02 0,01 0,000 0,02 0,08 0,0074 0,119 0,17 29,4% 6882 2020 W02005 W02 0,03 0,000 0,11 0,08 0,0170 0,233 0,70 66,7% 140 93 W02006 W02 0,06 0,000 0,16 0,03 0,0214 0,273 0,87 68,7% 611 420 W02007 W02 0,01 0,143 0,22 0,07 0,0293 0,473 1,39 65,8% 1390 915 W02008 W02 0,07 0,000 0,18 0,08 0,0337 0,360 1,63 77,9% 45152 35174 W02009 W02 0,11 0,164 0,24 0,08 0,0465 0,640 2,34 72,7% 845 614 K01004 K01 0,37 0,000 0,14 0,00 0,0287 0,540 1,26 57,3% 24352 13946 K01005 K01 0,37 0,000 0,09 0,00 0,0259 0,479 1,11 56,8% 19727 11202 Margem de Contribuição [R$/ano] Receita anual Preço [R$/pç] [R$/ano] Custo Unitário [R$/pç] Razão de Contribuição CU Expedição [R$/pç] [%] CU Acabamento [R$/pç] [R$/pç] CU de VU [R$] CU Inserto [R$] CU da MP [código] Cliente [código] Produto 87 K01006 K01 0,07 0,000 0,05 0,00 0,0131 0,136 0,40 65,7% 633 416 K01008 K01 0,15 0,000 0,10 0,00 0,0157 0,268 0,54 50,3% 27 14 E01003 E01 0,08 0,000 0,06 0,00 0,0046 0,153 0,22 29,9% 54128 16158 E01004 E01 0,35 0,000 2,65 0,00 0,0046 3,003 2,14 -40,0% 1909 -763 E01005 E01 1,41 0,000 2,03 0,03 0,0046 3,471 3,13 -10,9% 198626 -21655 E01006 E01 1,68 0,000 2,37 0,08 0,0046 4,133 4,48 7,6% 537 41 E01007 E01 0,75 0,000 0,42 0,04 0,0046 1,215 1,48 17,6% 9699 1709 D03009 D03 0,02 0,000 0,00 0,06 0,0071 0,087 0,06 -34,0% 14703 -5003 D03010 D03 0,02 0,000 0,02 0,02 0,0090 0,067 0,17 60,1% 44998 27065 G02002 G02 0,18 0,000 0,06 0,05 0,0492 0,339 0,59 42,9% 23321 9994 G02005 G02 0,09 0,000 0,05 0,03 0,0346 0,208 0,42 50,6% 9919 5020 I04001 I04 0,00 0,000 0,01 0,00 0,0012 0,016 0,04 62,9% 24608 15467 I04002 I04 0,01 0,000 0,02 0,00 0,0012 0,026 0,04 42,1% 11967 5034 S05003 S05 0,12 0,000 0,07 0,00 0,0203 0,215 0,40 46,8% 46109 21584 S05007 S05 0,24 0,000 0,05 0,05 0,0205 0,355 0,78 54,4% 89093 48499