APURAÇÃO NA WEB
Segundo Juarez Bahia (1990, p. 40) “a apuração é o mais importante
para a notícia, da mesma forma como a notícia é o mais importante para o jornalismo”
-Web: mudam os métodos e possibilidades de apuração
-Objetivos do repórter: melhor qualidade de informação, menor tempo
possível
-Cuidados: Confiabilidade do conteúdo
-Checar informações: manter credibilidade
-Ganha mais valor: todos se tornam emissores/produtores de conteúdo por
causa da internet. Jornalismo vai deixar de existir? Internauta adota critérios de
seleção para consumir informação...
(Fonte: Leonardo Foletto)
-Sites dedicados
exclusivamente a alertar
público sobre mentiras na
internet. Apuram boatos e
informações:
-e-Farsas: variedade de
análises, que envolvem
assuntos sérios, como
política, até outros mais
folclóricos, como boatos de
criaturas “filmadas”
por internautas
(http://www.e-farsas.com/)
-Emergent.info:
diferencial está no fato
de analisar a
quantidade de fontes
em tempo real,
quantificando o número
de veículos
responsáveis pela
divulgação da notícia e
dando ao leitor uma
visão mais ampla da
mídia
(www.emergent.info/)
No site, podem ser
vistas 15 fontes
divulgando a notícia
como real, cinco
veículos divulgando
como notícia falsa e
outros sete ainda com
medo de bater o
martelo sobre a história.
Conclusão
Todas as provas levam a crer que
José Sarney acabou votando no
Candidato Aécio Neves no segundo
turno.
Mesário de Campina Grande publica no Facebook
foto provando que a urna de sua seção já estava
com 400 votos a favor do PT antes do início das
eleições! Será?
Conclusão
A imagem que provaria uma suposta adulteração no
resultado de uma urna eletrônica em Campina
Grande é uma montagem feita em cima de uma foto
de uma urna do Rio de Janeiro. Denúncia falsa!
Como esses casos não são exclusivos do Brasil, o Centro Europeu de
Jornalismo (European Jornalism Centre – EJC) lançou um manual para auxiliar
os jornalistas contra notícias falsas da internet ou redes sociais. É o Verification
Handbook.
Agora, ele também possui uma versão em português, feita pela Agência Paradox
Zero, e está disponível gratuitamente no site da instituição, dedicado
especialmente ao Brasil.
(http://www.verificationhandbook.com/book_br/index.php)
(Fonte: estudosdojornalismo.com.br)
Entre as informações, está
o passo a passo sobre
Como usar conteúdo da
rede de maneira
responsável, identificar
autores, checar as
informações e, até
mesmo,
aproveitar pautas sobre os
reais interesses que se
escondem por trás dessas
notícias falsas, muitas
vezes criadas com o
interesse de prejudicar um
empresa, governos ou
personalidades.
Fonte: (estudosdojornalismo.com.br)
“Verificação é uma habilidade-chave, tornada possível por meio de
Ferramentas online gratuitas e antigas técnicas jornalísticas. Nenhuma
tecnologia pode verificar automaticamente um conteúdo gerado por
usuário com 100% de certeza. No entanto, o olho humano ou as
tradicionais investigações também não são suficientes. É a combinação
das duas que faz a diferença”.
Clarie Wardle, uma das jornalistas responsáveis pelo edição do manual
Ela elenca uma espécie de “novo lead” que deve passar a ser usado pelos
jornalistas na apuração de uma notícia online. As perguntas são as
seguintes:
Proveniência: o conteúdo é original?
Fonte: quem fez o upload do conteúdo?
Data: quando o conteúdo foi criado?
Local: onde o conteúdo foi criado?
(Fonte: estudosdojornalismo.com.br)
1 -Analise a confiabilidade dos recursos buscando no Google as menções da
URL em outras fontes.
2- Procure descobrir quem é o responsável pelo site. A seção “Sobre nós” ou
“About Us” deve ser encontrada facilmente. Nela devem constar dados básicos
como nome e endereço de email. O currículo online dos responsáveis é um bom
indicador de qualidade.
3- Observe a data de atualização. Se não é diária, deveria pelo menos ser
semanal.
4- Verifique se o site contém erros de ortografia e se as informações são
apresentadas de forma clara e precisa.
5- Pesquisar dentro do site informações sobre como ele é financiado.
(Fonte: Ferramentas Digitais para Jornalistas, de Sandra Crucianelli)
JORNALISMO DE DADOS
- Jornalismo de precisão (1960, 1970) : Uso de técnicas de pesquisa das
ciências sociais para a prática de jornalismo Philip Meyer. É uma maneira de expandir
o kit de ferramentas do repórter para acessar informações pouco acessadas por
jornalistas.
- Reportagem Assistida por Computador (desde 1980): Toda e qualquer
apuração jornalística que faça uso de informática para encontrar as informações
Desejadas.
(Fonte: Leonardo Foletto)
JORNALISMO DE DADOS
- Reportagens especiais/investigativas;
- Informação é abundante, o desafio não é tanto achar, mas processar, relacionar,
contextualizar e apresentar;
- Notícias fluem na medida em que acontecem (blogs, celulares, redes sociais). Quem
vai organizar? Como organizar?
(Fonte: Leonardo Foletto)
O QUE?
Mas o que exatamente é jornalismo de dados?
- É uma combinação de variados campos – de design gráfico a pesquisa
investigativa. Mas esta definição nebulosa pode deixar alguns jornalistas confusos
quanto ao que realmente é, e como começar.
- O que faz o jornalismo de dados diferente do restante do jornalismo? Talvez sejam
as novas possibilidades que se abrem quando se combina o tradicional "faro
jornalístico" e a habilidade de contar uma história envolvente com a escala e o
alcance absolutos da informação digital agora disponível.
(Fonte: knightcenter.utexas.edu)
POR QUE FAZER?
“Toda pessoa tem direito a informação”; Declaração Universal dos Direitos Humanos,
art. 19
- Ganhar tempo;
- Novas abordagens para contar histórias;
- Interpretações independentes de informação oficial;
- Valorizar o jornalismo local;
- Ver relações de interesse onde antes não se via;
- Organizar informações dispersas na rede e dar sentido a elas;
(Fonte: Leonardo Foletto)
COMO?
- O primeiro passo para se tornar um jornalista de dados é achar as informações.
Atualmente existem inúmeras fontes online que facilitam este processo
- Coletar/raspar/scrapear dados
- Entender/contextualizar/cruzar dados
- Editar/apresentar (texto, imagem, som, vídeo, infográfico...)
(Fonte: Leonardo Foletto)
COMO?
Atualmente existem inúmeras fontes online que facilitam este processo. Para os
interessados em iniciar a coleta, o site Data Driven Journalism fornece aos
usuários uma coleção de recursos de aprendizagem, como “eventos,
ferramentas, seminários, entrevistas e estudos de casos".
Datajournalism Handbook - http://datajournalismhandbook.org/pt
COMO?
Knight Center - Universidade do Texas - https://knightcenter.utexas.edu/
Ferramentas digitais para jornalistas
Artigos, dicas ...
Muitos governos, ONGs e universidades dispõem de bases de dados públicas
com informações valiosas e atualizadas sobre assuntos de interesse jornalístico. A
maioria delas são gratuitas e de livre uso.
- Pauta (ou ideia de pauta);
- Busca em: Google e outras ferramentas de busca (avançada) (http://www.
google.com.br/advanced_search, http://www.wolframalpha.com/)
- Bases de dados públicas
- Fóruns, lista de emails;
- Pedido de acesso a informação (http://www.queremossaber.org.br/)
- Perguntar a um especialista
FONTE DE DADOS PÚBLICOS
- IBGE (http://www.ibge.gov.br/)
- http://dados.gov.br/
- Transparência Pública (http://www3.transparencia.gov.br/)
- Transparência SC: http://sc.transparencia.gov.br/
- Transparência no Legislativo: http://transparencia.alesc.sc.gov.br/
- Transparência Chapecó: http://www.chapeco.sc.gov.br/ogoverno/gestao.html
GRUPOS INDEPENDENTES
Ecolab: http://ecolab.oeco.org.br/pt (usa ferramentas digitais para questões
Ambientais – caça ilegal, localizar mapas de desmatamento)
Agência Pública: http://www.apublica.org/ (Jornalismo investigativo independente)
Repórter Brasil: reporterbrasil.org.br (direitos e causas trabalhistas/mobilização)
Moendo Gente: http://moendogente.org.br/ (condições de trabalho frigoríficos)
EXEMPLO
Educação e Corrupção
Pública – Investigação
- Como extraíram os dados?
Relatórios CGU, em especial
sobre Educação, na Amazônia
(disponíveis na rede)
- Com o que foi cruzado?
Listas de: irregularidades,
cidades, tipos de
irregularidades, programas de
governo
-Como apresentaram?
Infográfico interativo
EXEMPLO
A Pública
estudou as
auditorias
realizadas
pela
Controladori
a Geral da
União na
região
Norte.
EXEMPLO
“Os homens de bens da Alerj”, O
Globo, 2003 (Angelina Nunes).
Com base em pIanilhas de
Excel, com dados e cifras, os
jornalistas acompanharam como
enriqueceram os deputados
estaduais fluminenses no período
de duas legislaturas (1996 a
2001)
EXEMPLO
O The Sun analisou mais de 2,9
milhões de registros
financeiros de hospitais, que
revelaram mais de 3.600
lesões, infecções e erros
médicos que poderiam ter
sido prevenidos. Eles
obtiveram as informações por
meio de uma requisição de
dados públicos e
identificaram mais de 300
casos nos quais pacientes
morreram por conta de erros
que poderiam ter sido
evitados.
EXEMPLO
A reportagem possui diferentes elementos, que incluem: um gráfico interativo que
permite ao leitor ver, por hospital, onde lesões decorrentes de cirurgia
aconteceram mais que o esperado; um mapa e uma linha do tempo que
mostra infecções se alastrando hospital por hospital e um gráfico interativo
que permite aos usuários ordenar os dados por lesões evitáveis ou por
hospital para ver onde as pessoas estão se machucando.
Desdobramentos da
pauta: Gráficos,
imagens, vídeo,
enquetes, galeria
de fotos,
perguntas para
mural.
“DATAVIZ”
David McCandless, jornalista, autor e designer inglês que se tornou um dos
principais nomes de uma tendência chamada de visualização de dados, seria uma
ilustração em que cada forma e cor teria um significado baseado em dados
coletados cuidadosamente. McCandless trabalha com mídia impressa há 25 anos
e há um ano é considerado – inclusive por ele mesmo – como o precursor desta e
uma nova tendência definida como “dataviz”.
- Transforma pesquisa em site de visualização de dados
- Condensa muitos dados em gráficos
http://store.informationisbeautiful.net/
(Fonte: Blogs Estadão)
SUGESTÕES
- Busque informações usando o mapa do site.
- Use a pesquisa avançada do Google para vasculhar o site internamente.
- Guarde os documentos que pareçam importantes em pastas temáticas.
- Não confie nos links. Se a informação é importante, faça uma captura de tela.
http://dados.gov.br/cartilha-publicacao-dados-abertos/
(Fonte: Leonardo Foletto)
SUGESTÕES
Métodos de filtragem de busca
No uso da Web, os operadores booleanos AND (+) e NOT (-) são os operadores
de restrição (para obter um menor número de resultados), enquanto o OR é um
operador de expansão (trazendo um número maior de resultados).
Esses elementos facilitam a busca, ligando termos de pesquisa e definindo a
relação entre eles.
1- O operador AND (ou “e”) localiza os registros que contêm todos os termos de
Busca especificados. A mesma função (e mais utilizada de todas) é cumprida pelo
operador SOMA (+), ou seja, o sinal +
2- O operador OR localiza registros que contenham qualquer um ou todos os
Termos especificados.
3- O operador NOT, representado pelo sinal (-), localiza os registros que contêm um ou
vários termos, mas excluindo outros.
4- O operador ASPAS encontra páginas que contenham a frase exata escrita e incluída
dentro delas.
(Fonte: Ferramentas Digitais para Jornalistas, de Sandra Crucianelli)
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