Tecnologia de Fabricação de Injetáveis 1 Definição de termos Esterilização: destruição ou eliminação total dos m.o. Sanitização: procedimento que envolve diferentes processos, visando obter o grau de higiene e limpeza adequados, (m.o presentes compátivel ao produto Desinfecção: processo para eliminar os m.o. patogênicos, sem necessariamente eliminar, todas as bactérias e esporos. 2 Processos de esterilização • Processos físicos. Métodos térmicos. Calor seco. Calor úmido. Processos químicos. • Esterilização por gases. Métodos não-térmicos. Luz ultravioleta. Radiação ionizante. Filtração. 3 Calor seco Para substâncias que resistem à degradação acima de 140°C. Em processos de envase de vidro 180°C: esterilização 300°C: despirogenização 4 Autoclavação Calor úmido saturado sob pressão Mais eficaz que o seco Temperaturas entre 121-135°C Não destrói os pirogênios Tempo de latência 1200 ampolas de 5mL: 20 minutos a 121°C 6L (uma garrafa): 60minutos 5 Filtração Remoção de partículas, m.o., soluções/gases sem aplicação de calor de Não pode ser considerada método absoluto de esterilização de uma solução 2 filtros de 0,2μm. 1 filtro de 0,1μm: ↓ velocidade de fluxo. Soluções com elevado conteúdo de sólidos (macromoléculas deformáveis) - passagem por pré-filtros. 6 Limpeza e desinfecção Limpeza - Remover matéria orgânica e arrastar m.o. das superfícies aplicadas Deve prever a remoção de até 105 1o. Pré-lavagem - Água: potável + cloro Aplicação em jatos ou com escovas ou escovões 2o. Aplicação do sanitizante 3o. novo enxágüe (água e detergente) 4o. Aplicação de sanitizantes 7 Desinfetantes Fenólicos Cresol, xilenol, fenol, clorocresol, triclosan Álcool (60 e 90%) Quaternários amônio Hipoclorito de sódio Ácido peracético Ácido peracético + peróxido de hidrogênio de Glutaraldeído Hexaclorofeno Peróxido de hidrogênio 8 Desinfetantes 9 Água para Injeção (API) Processos Aceitos Osmose Reversa Duplo Passo Osmose Reversa com ultrafiltração Ultrafiltração Destilação 10 Especificações WFI (USP27) Condutividade (menor que 1,2MS) TOC (menor que 0,5 PPB) 11 Produtos estéreis Isentos de M.O. viáveis Parenterais, oftálmicos e irrigações Isento de componentes tóxicos Isento de pirogênio Nível excepcional de pureza 12 Componentes Veículo – água para injetáveis Controle em linha condutância (íons) e TOC (não dissociadas – pirogênios) Despirogenização – limpeza e aquecimento adequados 210oC – 3 a 4 horas Autoclavagem não destroe 13 Componentes Solventes não aquosos – não sejam irritantes, tóxico, ou sensibilizante Co-solventes Miscíveis – dimetilacetamida, PEG 400 e 600, propilenoglicol, glicerina e álcool etílico Imiscíveis – óleos fixos, oleato de etila, miristato de isopropila. 14 Aditivos Aumentar estabilidade do ativo Atóxicos na quantidade administrada Não interferir com eficácia terapêutica e doseamento Solubilizantes Antioxidantes Quelantes Tampões isotonizantes Agentes antibacterianos Agentes antifúngicos Inibidores de hidrólise antiespumantes 15 Aditivos Conservantes Antibacterianos Álcool benzílico, cloreto de benzalcônio, metil e propilparabeno, fenol, timerosal (bacteriostáticas) Solubilizante, Molhantes, ou emulgentes Co-solventes, polisorbatos, monopalmitato de sorbitano 16 Aditivos Antioxidantes - Proteger ativo da oxidação, princ. na esterilização Se oxidando (agentes redutores) Ác. Ascórbico, metabissulfito de sódio Bloqueio da cadeia oxidativa BHT e tocoferóis 17 Aditivos Quelantes Sais de ác. Etilenodiaminotetrácetico (EDTA) Complexam com catalisadores de reação oxidativa Tampões Ajuste de pH, afeta reações de degradação ác,. acético, lático, carbonato de sódio, citrato de sódio, fosf. de potássio 18 Aditivos Isotonizantes Minimiza dor de injeção em áreas com terminações nervosas 19 Recipientes + usados - Recipientes de vidro + tampa de borracha Recipientes de plástico – polímeros termoplásticos + plastificantes plastificantes podem migrar para o produto Autoclavação ou outro método térmico Menor quantidade de plastificante Maior permeabilidade ao vapor e gases 20 Recipientes Recipientes de vidro Tipo I – Vidro borossilícico alt. Resistente Tipo II – Vidro sódico-cálcico tratado Tipo III - Vidro sódico-cálcico Tipo IV – Vidro sódico-cálcico para utilização geral 21 Recipientes Vidro Tipo I – soluções aquosas autoclavagem Tipo II e III – Produto com veículo não aquoso ou pós Sensíveis à luz – vidro âmbar (Óxido de Ferro) – cedido ao produto 22 Tampas Borrachas natural (látex) + agentes de vulcanização + carga Aderência, elasticidade, porosidade Boa vedação 23 Formulações - Ajustes Conveniência, aceitabilidade, ou eficácia de um produto Pó liofilizado (quando não consegue forma líquida estável Sistemas de solventes: Exemplo: água + etanol – glicosídeos cardiotônicos 24 Formulações - Ajustes Metabissulfito de sódio 0,1% + sulfato de atropina – reduz hidrólise (3,54pH) Pentobarbital sódico – hidrólise em água, pH baixo Veículo: + 60% de PEG400, 10% etanol em pH 8 Veículos oleosos /+ viscosos, + dor 25 Formulações - Ajustes Quelantes – na forma não ionizável, quantidade traço de metais pesados Sal dissódico ou cálcio-dissódico EDTA a 0,05% Ex. Estabilizar timerosal (bacteriostático) em Vac. de poliomielite – reage com íons de cobre Metais pesados - borrachas 26 Formulações - Ajustes Cloridrato de procaína + benzilpenicilina procaína – efeito íon comum Estabiliza tamanho de cristais de benzilpenicilina NaHCO3 – CO2 + H20 estabiliza com CO2 Isotonia fundamental – Via intratecal (circulação lenta) 27 Formulações - Ajustes Formulação “depot” – controlada pela dissolução Tamanho de partícula Maior viscosidade – absorção + lenta Vacinas + gel de hidróxido de alumínio – liberação controlada (ác gordos, fosfolipídeos, gelatina Difusão da matriz 28 Lei de Stockes V= 2r2 (d1 -d2) g ------------------9 Maior viscosidade (varia linearmente com a fase externa) Tamanho da gotícula/ partícula Densidade das fases 29 Suspensões 0,5 a 5% até 30% (antibióticos) Teor de sólidos e veículo (viscosidade) Tamanho de partícula (pequena e uniforme) “caking” – sedimentos irredispersíveis Tensoativos – floculado (redispersível) Reduz tensão interfacial Tensoativo + hidrocolóide (CMC sódica) Adjuvar efeito do surfactante, perda de carga de superfície das partículas, repelência da água e, tendência a aglomerar 30 Suspensões Colóide – metilcelulose, PVP, gelatina Adição de íons selecionados que aumentam a carga de superfície das partículas sólidas – agregados pouco compactos (monocitrato de sódio) 31 Exemplo de formulação Acetato de cortisona(micronizada) 25mg Polissorbato 80 (ag. Tensoativo) 4mg CMC sódica (colóide protetor) 5mg Cloreto de sódio (isotonizante) 9mg Álcool benzílico (antibacteriano) 9mg Água para injetáveis, para perfazer 1ml 32 EMULSÕES sistemas termodinâmicamente instáveis - dois líquidos imiscíveis elevada tensão interfacial Sua obtenção se dá por agitação e ação de tensoativos Tamanho uniforme de gotículas de óleo e dimensões (1 a 5 microns 33 EMULSÕES Ex. Vitamina K1 + lecitina Alimentação endovenosa Fase dispersa – menor que 1micra Resistente a autoclavagem Temperatura elevada – tendem a provocar coalescência da fase dispersa 34 Preparações oftálmicas +/- da mesma maneira que as parenterais Olhos – sensíveis à irritação Geralmente veiculadas na forma de soluções 35 Salas limpas CLASSE DA SALA A B C D Em repouso Em operação Número máximo permitido de partículas de tamanho maior ou igual ao indicado, por m³ de ar 0,5 5 0,5 5 3.500 0 3.500 0 3.500 0 350.000 2.000 350.000 2.000 3.500.000 20.000 3.500.000 20.000 Não definido 36 Produto envasado no recipiente primário com esterilização final Preparação Ambiente C (ou D – reator fechado) Envase parenterais – Ambiente A (sala C) Outros – Ambiente C 37 Produtos com filtração esterilizante e envase com recipiente esterilizado Preparação Ambiente C (ou D – reator fechado) Envase parenterais – Ambiente A (sala B) Outros – Ambiente B (sala C) 38 Produto de matérias-primas estéreis e envasado em condições assépticas em recipientes previamente esterilizados Todas parenterais – Ambiente A (sala B) Outros – Ambiente B (sala C) 39 Linha de enchimento 40 Ampolas e Frascos ou “Vials” 41 Lavagem e sopro Utilizar WFI (água para injetáveis) Ideal – Lavagem Externa e Interna Usar – Banho de ultra-som Sopro – ar (filtros absolutos 0,22micra) 42 Esterilização e despirogenação Realizada em estufa ou Túnel Temperatura maior que 220oC 43 Enchimento Sob Fluxo laminar Maior parte da peças – inox (mais fácil limpeza) Sistema de nitrogenação 44 Sistema dosador Mais preciso – evita geração de partículas 45 Ampolas e Frascos Fechamento 46 Codificação Envase e rotulagem (evitar misturas) Alternativas Ampolas – Códigos de anéis Frascos – Tampas Flip-off 47 Codificação Códigos de anéis e Tampas Flip-off 48 Inspeção visual Automática (câmeras) ou manual Detectar partículas provenientes de solda ou vidro Nível alto ou baixo 49 Automática X manual 50 Manual X Automática Baixo custo de implementação Alto custo de produção (mão-de-obra) Baixa precisão Inverso Recomendável para grandes volumes de produção 51 Testes de Vazamento Leak-Test Solução de azul de metileno para verificar infiltração Demorado Risco de contaminação Baixo custo 52 Testes de Vazamento Pinhole – Inspeção eletrônica Detectar fissuras nas paredes de vidros Alta produtividade Alto custo 53 Rotulagem 54