MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO, COMPOSIÇÃO CORPORAL E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA Natal/RN 2012 CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO, COMPOSIÇÃO CORPORAL E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requesito para a obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde. Orientadora: Profa. Dra. Lucia de Fátima Campos Pedrosa Schwarzschild Natal/RN 2012 ii MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Prof.ª Dr.ª Ivonete Batista de Araújo iii CLÉLIA DE OLIVEIRA LYRA ESTADO NUTRICIONAL ANTROPOMÉTRICO, COMPOSIÇÃO CORPORAL E PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES Aprovada em 02 de Julho de 2012 Banca examinadora: Presidente da Banca: Profa. Dra. Lucia de Fátima Campos Pedrosa Schwarzschild Membros da Banca: Prof.ª Dr.ª Maria Ângela Fernandes Ferreira Prof.ª Dr.ª Maria Helena Constantino Spyrides Prof. Dr. Pedro Israel Cabral de Lira Prof.ª Dr.ª Sylvia do Carmo Castro Franceschini iv DEDICATÓRIA Um trabalho desta natureza é feito com muitas mãos e renúncias... Mãos que acolhem, renúncias pelas ausências e momentos de introspecção, de inspiração... Por isso dedico este trabalho a... Deus, que sabe todas as coisas, e determina o momento certo para cada aprendizado... por me ensinar a ter paciência e a saber esperar as conquistas em minha vida; minha Mãe Cleide Miriam (in memorian) por ter sempre acreditado em mim e ter me ensinado a mais valorosa lição: a evolução do ser humano só se dá por intermédio da educação; meu marido Alberto Sérgio pelo seu apoio incondicional aos meus afazeres acadêmicos, me incentivando sempre e ao seu amor e carinho nos momentos em que mais necessitei; meus filhos Débora Hellen e Matheus, pelos momentos de compreensão em aceitar as minhas ausências e, também pelo apoio, carinho e ânimo permitindo que eu tivesse mais essa conquista; meu irmão Tarcísio, minha cunhada Patrícia e minhas sobrinhas Camila e Renata pelo refúgio nas conversas e constante torcida para que eu concluísse essa tese. meu sogro Sérgio pelos primeiros passos ainda na graduação e minha sogra Paizinha pelo exemplo de mulher, mãe e professora incentivando sempre o aprender a ser. v AGRADECIMENTOS A minha orientadora Lucia Pedrosa por todo o seu apoio para o amadurecimento dos meus conhecimentos, por me incentivar sempre e ser exemplo de dedicação ao trabalho, à pesquisa, à ciência, com amor incondicional e de forma idônea e transparente. Muito Obrigada. Aos Professores Maria Ângela Fernandes Ferreira, Ângelo Giuseppe Roncalli da Costa Oliveira e em especial, Kenio Costa Lima, pela contribuição nos rumos deste trabalho, pelo estímulo acadêmico e pela valorização que atribuem ao processo pedagógico. Pela amizade que se construiu para além dos espaços da universidade. Ao Professor Paulo Roberto pela contribuição nas discussões teóricas no âmbito da estatística que subsidiou novas reflexões e os primeiros passos para a elaboração desta tese. As minhas amigas Severina Carla e Karine Sena pelo incentivo, força, amizade, carinho que partilhamos durante nosso caminhar... na coleta de dados, nas discussões teóricas, nas conversas de corredor, nas viagens, nos pôsteres, nas "reuniões", nas caminhadas, nos happy hours, ao telefone... À equipe do projeto “Fatores de risco para as doenças cardiovasculares”, Ricardo Arrais, Severina Carla, Liana e Carlos Pinheiro, Célia Márcia, Jean Behling, e a todas orientandas e alunas que participaram deste projeto pelo compromisso, ética e dedicação em sua execução: Aline Tuane, Ana Lúcia, Fernanda Cristina, Gleyce Kelly, Ingrid Freitas, Isa Maryana, Isa Maryanna, Jayana Nayara, Joyce Mirella, Kamila Protásio, Kezianne Roseno, Lidiane Fernandes, Luana Persilia, Marcela Marques, Natalia Louise, Sabrina Loisy, Suzylane Annuska, Tatiana Aires. Às minhas amigas e companheiras da Nutrição Social, Ana Emília, Karla Danielly, Larissa Praça e Nila Patrícia pela compreensão, pelas ausências, vi carinho, torcida, apoio sempre incondicionais... Muito obrigada pela amizade sincera. Às demais Colegas do Departamento de Nutrição – UFRN, em especial Nely e Ângela Cardonha, por permitirem o meu afastamento para execução do projeto, compreendendo a árdua tarefa desta caminhada. A Secretaria Municipal de Educação pela permissão e colaboração para que a pesquisa fosse realizada. Aos pais, alunos, professores, coordenadores, supervisores e diretores das escolas que possibilitaram a realização desse estudo. E considerando que esta tese foi o resultado de uma caminhada que se iniciou em 2006, agradecer não é uma tarefa tão simples, nem justa. Por isso, para não correr o risco de ser injusta, agradeço a todos que de alguma forma colaboraram para a elaboração deste trabalho, passaram pela minha vida e contribuíram para a construção de quem sou hoje. vii “Todo degrau é uma montanha, cada montanha é um degrau. Enfrente com todas as forças cada degrau como se fosse uma montanha, mas tenha a humildade de saber a cada topo, que é só mais um degrau. Assim chegarás longe. Esta é a beleza da vida sobre os homens, a capacidade de mesmo caindo poder ser melhor a cada instante”. ZENILDO CÉSAR COSTA FERREIRA Poeta Potiguar viii RESUMO Os objetivos deste trabalho foram: (1) estimar as prevalências de excesso de peso e de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada (PAE) em adolescentes beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) da rede municipal de ensino de Natal-RN; (2) verificar a associação entre variáveis antropométricas e de composição corporal com a pressão arterial, a maturação sexual e a história familiar positiva de fatores de risco para doença cardiovascular (FRDCV); (3) comparar dois padrões de referência para classificação do excesso de peso em adolescentes; e (4) propor equações preditivas de massa gorda (MG) e massa livre de gordura (MLG) baseadas nos perímetros corporais. Trata-se de um estudo transversal, com 526 adolescentes beneficiários do PNAE, em Natal, Brasil. O tamanho da população de estudo foi definido por amostragem aleatória, em dois estágios, e ponderada segundo número de alunos de cada escola. No primeiro estudo, o excesso de peso foi determinado por Índice de Massa Corporal (IMC), a gordura corporal estimada por dobras cutâneas e a obesidade central por perímetro abdominal. A pressão arterial elevada foi classificada conforme a American Academy of Pediatrics. As prevalências foram apresentadas em valores relativos e efeito do desenho. Realizou-se uma análise fatorial para sintetizar o conjunto de variáveis antropométricas visando identificar fatores comuns. Extraíram-se dois fatores: (1) padrão excesso de adiposidade e (2) padrão adiposidade central elevada. Para avaliar a associação entre os padrões de adiposidade corporal com pressão arterial elevada, faixa etária, maturação sexual e história familiar de FRDCV utilizou-se a Razão de Chances e respectivo intervalo de confiança de 95% e regressão logística. No segundo estudo, calculou-se a sensibilidade e a especificidade do excesso de peso classificado segundo o IOTF e a World Health Organization – WHO em relação ao excesso de adiposidade corporal; e a estatística Kappa para medir a concordância entre os dois padrões de referência. No terceiro estudo, foram elaborados modelos preditivos de MG e MLG com base em nove perímetros corporais, utilizando a bioimpedância Byodinamics 450 como padrão de referência. Para tanto foram selecionados 218 adolescentes eutróficos, segundo o IMC a partir do estudo transversal. As equações foram estimadas ix por regressão linear múltipla, considerando a idade e os perímetros corporais. Os resultados apontaram que 14,1% dos meninos e 15,7% das meninas tinham excesso de peso; 15,3% dos meninos e 11,6% das meninas tinham excesso de gordura corporal e dentre os meninos 14,3% tinham pressão arterial elevada e as meninas, 21,4%. Todos os efeitos do desenho foram inferiores a 2,5%. Nos meninos, o padrão excesso de adiposidade foi associado à história familiar positiva de FRDCV (ORajust=2,60; 1,09-6,22), maturação sexual (ORajust=2,92; 1,04-8,22) e PAE (ORajust=3,66; 1,34-9,94). Os meninos com 12 anos e mais apresentaram 6,1 vezes mais chance de apresentar padrão adiposidade central elevada do que os adolescentes com 10 a 11 anos (IC95% 2,32-16,04), assim como os púberes apresentaram 3,2 vezes este mesmo padrão em relação aos pré-púberes (IC95%1,14-8,85). A partir da comparação entre os dois padrões de referencia de classificação do excesso de peso por meio do IMC, observouse que a sensibilidade foi de 79,3% para o critério IOTF e de 88,9% para WHO e a especificidade foi de 94,7% e 89,9%, respectivamente. O nível de concordância foi maior para o critério IOTF (Kappa=0,70 x Kappa=0,64). Em relação à construção das equações preditivas de gordura corporal, do total de 106 meninos e 112 meninas, foram desenvolvidas duas equações para estimar MG e duas para MLG, considerando o sexo. No sexo masculino, a equação para estimar a MG incluiu as variáveis idade, punho, quadril e perímetro abdominal (R2=0,552; AIC=416,04) e MLG, idade, punho e antebraço (R2=0,869; AIC=578,24). Enquanto que no feminino, MG foi estimada pelas variáveis punho, perímetro do abdômen, do quadril, da coxa proximal e da panturrilha (R2=0,838; AIC=415,36); e a MLG por idade, punho, perímetro do abdômen, do quadril e da panturrilha (R2=0,878; AIC=512,48). Conclui-se que os adolescentes tinham elevada prevalência de excesso de adiposidade corporal e de pressão arterial elevada. Tanto o padrão excesso de adiposidade quanto adiposidade central elevada constituem-se em padrões de risco. O padrão excesso de adiposidade foi associado à pressão arterial, história familiar positiva de FRDCV e maturação sexual em meninos. O critério IOTF mostrou-se menos sensível, mais específico, com maior nível de concordância e maior probabilidade de identificar corretamente o excesso de gordura corporal nos adolescentes avaliados. Quatro equações foram desenvolvidas para a estimativa da MG e MLG em adolescentes. As equações desenvolvidas x para estimar a MG no sexo feminino e MLG para ambos os sexos apresentaram valores elevados de coeficiente de determinação ajustados e, portanto, são as preferenciais. Este estudo foi realizado com a participação de equipe multidisciplinar composta por professores da área de Nutrição, Endocrinologia Pediátrica, Estatística, Educação Física, discentes do Curso de Graduação em Nutrição e residentes em Pediatria. Palavras chaves: antropometria, composição corporal, gordura corporal, pressão arterial, adolescência. xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS %GC Percentual de gordura corporal DCV Doença Cardiovascular FFB Fat-free body mass FFBBIA Fat-free body mass measured by bioimpedance analysis FFBPred Fat-free body mass estimated by body circumferences FM Fat mass FMBIA Fat mass measured by bioimpedance analysis FMPred Fat mass estimated by body circumferences FRDCV Fator(es) de risco para doenças cardiovasculares IMG Índice de Massa Gorda IMM Índice de Massa Magra IOTF International Obesity Task Force MG Massa gorda MGBIA Massa gorda estimada por bioimpedância MGPred Massa gorda estimada pelas novas equações de predição MLG Massa livre de gordura MLGBIA Massa livre de gordura estimada por bioimpedância MLGPred Massa livre de gordura estimada pelas novas equações de predição MM Massa magra NCHS National Center for Health Statistics PA Perímetro abdominal PAE Pressão Arterial Elevada PC Perímetro da cintura PNAE Programa Nacional de Alimentação Escolar RCA Razão cintura/altura RTC/TPGS Razão Topografia Central/ Topografia Periférica da Gordura Subcutânea TCGS Topografia Central da Gordura Subcutânea TPGS Topografia Periférica da Gordura Subcutânea xii LISTA DE FIGURAS Quadro 1 - Escolas e número de matrículas no Ensino Fundamental – 6º ao 9º Ciclos, segundo a localização em zonas distritais. Natal/RN, 2006 ..................... 61 Figura 1 – Operacionalização da coleta de dados. Adaptado do projeto Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares entre adolescentes beneficiários do PNAE. Natal/RN, 2006 ......................................................................................... 64 Quadro 2 – Reprodutibilidade das medidas antropométricas aferidas em adolescentes de escolas municipais de ensino fundamental. Natal/RN, 20072008 ..................................................................................................................... 65 xiii LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Características biológicas (%)* de adolescentes beneficiários de um Programa Alimentar, conforme o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 .......................... 52 Tabela 2 – Prevalência (%)* de excesso de adiposidade corporal e pressão arterial elevada em adolescentes beneficiários de um Programa Alimentar de acordo com o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 ........................................................ 53 Tabela 3 – Valores das cargas fatoriais dos padrões de distribuição da gordura e de composição corporal incluídos no modelo, conforme cada componente produzido na análise fatorial†. Natal-Brasil, 2007/2008 ....................................... 55 Tabela 4 – Associação entre variáveis biodemográficas e de pressão arterial de acordo com o padrão excesso de adiposidade dos adolescentes, segundo o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 .............................................................................. 56 Tabela 5 – Associação entre variáveis biodemográficas e de pressão arterial de acordo com o padrão adiposidade central elevada (sim/não) dos adolescentes, segundo o sexo. Natal-Brasil, 2007/2008 ............................................................. 57 Tabela 6 – Prevalência de excesso de gordura corporal e excesso de peso adolescentes da rede municipal de ensino, segundo dois critérios de classificação e sexo. Natal-RN, 2007-2008 .......................................................... 59 Tabela 7 - Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo das propostas de classificação de excesso de peso em adolescentes segundo o sexo. Natal, RN, 2007-2008 ................................................................................. 60 xiv SUMÁRIO RESUMO.............................................................................................................. ix LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................................ xii LISTA DE FIGURAS............................................................................................. xiii LISTA DE TABELAS ............................................................................................ xiv 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16 2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 19 3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 21 4 MÉTODOS ........................................................................................................ 22 5 ARTIGO PRODUZIDO ...................................................................................... 31 6 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES .................................................. 38 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43 APÊNDICES ......................................................................................................... 50 APÊNDICE 1 – Resultados a serem publicados do artigo Padrão de adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes beneficiários de um Programa Alimentar ..................................................................................... 51 APÊNDICE 2 – Resultados a serem publicados do artigo Critérios de classificação do excesso de peso em adolescentes: qual a melhor escolha? ... 58 APÊNDICE 3 – Listagem das escolas................................................................ 61 APÊNDICE 4 – Operacionalização da coleta de dados ..................................... 64 APÊNDICE 5 – Reprodutibilidade das medidas antropométricas ...................... 65 APÊNDICE 6 – Participação em cursos e eventos ............................................ 66 APÊNDICE 7 – Participação em projetos de pesquisa ...................................... 71 ANEXOS .............................................................................................................. 73 ANEXO 1 – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa ...................................... 74 ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados ............................ 76 ANEXO 3 – Publicação como autora do artigo: Risco coronariano em adolescentes estimado pelo índice de Conicidade............................................. 81 ANEXO 4 – Submissão como autora de artigo: Concordância entre métodos de composição corporal em adolescentes com excesso de peso ...................... 82 ANEXO 5 – Publicação como autora do artigo: Association between dyslipidemia and anthropometric indicators in adolescents ................................ 83 xv 16 1 INTRODUÇÃO O conhecimento dos indicadores de estado nutricional, como o Índice de Massa Corporal (IMC), a obesidade central e a proporção de gordura corporal são importantes tanto na prevenção das doenças cardiovasculares (DCV), quanto no monitoramento de doenças e/ou agravos associados, como por exemplo, a elevação da pressão arterial. No Brasil, estudos indicam crescente prevalência de sobrepeso e obesidade1-3, obesidade central 4-5, além de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, como a pressão arterial elevada já na 6-7 adolescência . A pressão arterial elevada (PAE) durante a infância e adolescência pode ser preditora da hipertensão arterial sistêmica do adulto8, e está relacionada a efeitos deletérios na hemodinâmica e estrutura cardiovascular, mesmo com pequenas alterações na pressão sanguínea 9. A prevalência de PAE é estimada em 5% a 17,3% da população pediátrica brasileira 7, 10-12 . As doenças cardiovasculares representam a primeira causa de morte no Brasil13. As principais razões para este fato estão relacionadas ao estilo de vida inadequado e a presença de fatores de risco. Os cinco principais fatores de risco para a mortalidade no Brasil e no mundo são hipertensão arterial, tabagismo, hiperglicemia, sedentarismo e sobrepeso, obesidade. Estes riscos são responsáveis também por aumentar a prevalência de doenças crônicas, tais como doenças cardíacas e câncer, em todos os níveis de renda: alta, média e baixa14. Vale salientar que o sobrepeso e a obesidade estão associados a 44% dos óbitos por diabetes, 23% por doença isquêmica do coração e até 41% de certos tipos de câncer14. A prevenção das doenças cardiovasculares e de seus fatores de risco durante a infância e adolescência é importante como forma de evitar os desfechos desfavoráveis na idade adulta15-16, os quais dependem da idade de início e do grau de sobrepeso na adolescência17. O diagnóstico do estado nutricional antropométrico em adolescentes é comumente realizado pelo IMC e o critério de classificação do estado nutricional pode influenciar nas estimativas de prevalência de excesso de peso. Para definição do excesso de peso um dos critérios utilizados é o da 17 International Obesity Task Force (IOTF)18, oriundo de um estudo multicêntrico envolvendo seis países, inclusive o Brasil. Em 2006, a World Health Organization (WHO)19 realizou uma revisão estatística dos dados do National Center for Health Statistics (NCHS), cuja população de referência e pontos de corte foram preconizados recentemente pelo Ministério da Saúde do Brasil. No entanto, ressalta-se que ainda não há consenso na literatura quanto a determinação do excesso de peso referente a estes dois critérios em adolescentes. Os perímetros corporais são apropriados para identificar a distribuição da gordura corporal e, portanto complementam a informação fornecida pelo IMC. Os perímetros abdominais são indicadores de obesidade central quando se apresentam aumentados e são associados ao risco cardiovascular. A obesidade central tem relação com a etiopatogenia da hipertensão arterial devido às características metabólicas dos adipócitos localizados nesta região20 e à hiperinsulinemia decorrente da resistência à insulina6, dislipidemias, aterosclerose fibrinólise e aceleração da progressão da 9, 21-22 . Apesar da ampla utilização do IMC como estimativa da gordura corporal entre adolescentes, este indicador não faz distinção entre os principais componentes corpóreos, a massa livre de gordura (MLG) e a massa gorda (MG)23. Durante a adolescência existem alterações destes componentes em decorrência do estadiamento puberal, o que torna importante esta avaliação para caracterizar se essas modificações ocorrem de forma fisiológica ou não24. Neste sentido, conhecer a composição corporal e a maturação sexual entre adolescentes torna-se essencial para compreensão do estado nutricional nesta população. A composição corporal é a proporção entre os diferentes componentes corporais e a massa corporal total, normalmente expressa pelas porcentagens de MG e de MLG, sendo estimadas a partir de equações específicas de predição25. Existem diversas equações de predição da composição corporal com base em medidas de dobras cutâneas 26-27 , bioimpedância elétrica (BIA)28 e outros equipamentos de maior sofisticação29. Tanto as medidas de dobras cutâneas quanto de BIA têm sido utilizadas na determinação da gordura corporal por ser de baixo custo operacional e de 18 relativa simplicidade em relação a outros métodos de avaliação 30. A BIA pode ser considerada uma opção para análise da composição corporal em indivíduos saudáveis, em balanço hidroeletrolítico e IMC adequado para a idade23. No entanto, percebe-se a escassez de equações que tomam como referência técnicas simplificadas de avaliação da composição corporal, como as medidas de perímetros corporais em adolescentes31. Para a seleção das equações de estimativa da composição corporal é necessário levar em consideração alguns aspectos, como a semelhança da população, principalmente em relação à faixa etária e sexo, além da etnia e padrão corporal 26, 32 ; e o tipo de equipamento utilizado (adipômetro, BIA, plestimógrafo, dentre outros)27-29. Estudos com adolescentes referentes às condições de saúde e nutrição, em sua maioria, são realizados no âmbito escolar 3, 33-34. No entanto, são poucos os que analisam a magnitude dos distúrbios nutricionais antropométricos e de pressão arterial elevada em amostra representativa de escolares da rede pública de uma capital do nordeste do Brasil reunidos em apenas uma análise6,11. Principalmente quando se refere a beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), um dos mais antigos programas de complementação alimentar do Brasil. Com base nestes aspectos, este estudo foi elaborado na perspectiva de analisar as seguintes questões: (1) quais as prevalências de excesso de peso e de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada em adolescentes escolares beneficiários do PNAE? (2) qual a associação entre estado nutricional antropométrico e composição corporal, considerando a pressão arterial elevada, a maturação sexual e a história familiar positiva de FRDCV dos adolescentes? (3) existe comparabilidade entre os dois padrões de referência mais comumente utilizados para definição do excesso de peso em adolescentes? (4) quais as equações de predição da MG e da MLG baseadas em perímetros corporais são possíveis serem desenvolvidas para subsidiar a avaliação da composição corporal em adolescentes? 19 2 JUSTIFICATIVA A identificação precoce de excesso de peso e de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada nos adolescentes é relevante para subsidiar as intervenções de prevenção, promoção e atenção à saúde nesta fase da vida, por se tratar de um conjunto de fatores de risco que predispõe a ocorrência de doenças cardiovasculares na vida adulta. Existem diversos estudos populacionais que avaliam o estado nutricional antropométrico1-4, 35 , mas são escassos aqueles que avaliam a composição corporal no Brasil36, restringindo-se a estudos para verificar a associação da composição corporal com fatores de risco para DCV ou outros componentes corporais e hormônios37-40. Isto contrasta com a crescente importância que esta avaliação possui, tanto no campo da prevenção de doenças cardiovasculares, quanto no monitoramento de outras doenças de base nutricional. Em Natal-RN, a prevalência de excesso de peso em adolescentes tem sido verificada em inquéritos antropométricos representativos da rede de ensino3,35. No entanto, estes estudos avaliaram apenas o IMC como variável de adiposidade, com diferentes parâmetros de classificação para o estado nutricional antropométrico. Nosso estudo aborda, além do IMC, a avaliação da composição corporal e do perímetro abdominal, o que representa uma ampla análise das condições de nutrição de escolares no início de sua adolescência. Ressalta-se que o IMC não faz distinção entre MG e MLG. Portanto, conhecer a composição corporal dos adolescentes escolares torna-se essencial para compreensão do estado nutricional desta população. Esse interesse em conhecer a composição corporal, bem como a distribuição da gordura é devido à associação do excesso de gordura com o aumento do risco de desenvolvimento de doenças coronarianas, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, entre outras14. Salienta-se que essa avaliação durante a puberdade é um marcador de alterações metabólicas 41. Neste sentido, essa avaliação é importante não só para a análise do estado nutricional atual, mas também por se constituir em fatores biológicos relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta. A avaliação da composição corporal pode ser pouco utilizada em decorrência dos métodos, que em sua maioria utilizam equipamentos 20 sofisticados, ou com muitos critérios restritivos no protocolo de procedimentos para o exame, ou erros associados à aferição de medidas de dobras cutâneas. Neste contexto, o desenvolvimento de equações que tomam como referência técnicas simplificadas, como as medidas de perímetros corporais pode se constituir em importante ferramenta para esse monitoramento. Na saúde de adolescentes, outro ponto que se destaca é a pressão arterial elevada, que está associada a alterações metabólicas, hormonais e a fenômenos tróficos, como a hipertrofia cardíaca e vascular 8-9 e se constitui em um dos principais fatores de risco para as DCV. São poucos os estudos que analisam a magnitude dos distúrbios nutricionais antropométricos e de pressão arterial elevada em amostra representativa de escolares da rede pública no Brasil11-12. Ressalta-se que a população alvo escolhida foi composta por adolescentes matriculados nas escolas de ensino públicas municipais, atendidas pelo PNAE, um dos programas institucionais de alimentação mais antigos e consolidados no Brasil. Seu objetivo precípuo é assegurar que sejam supridas parcialmente as necessidades nutricionais de crianças e adolescentes das creches e escolas públicas, buscando assegurar melhores condições de crescimento, e contribuir para a redução dos índices de evasão escolar e para a formação de bons hábitos alimentares42. Assim, o PNAE está em consonância com a Política Nacional de Alimentar e Nutricional (PNAN) que, entre outros propósitos, visa à promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, à prevenção e ao cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. Neste contexto, estudo desta natureza pode fornecer importantes subsídios para conhecer a prevalência dos distúrbios nutricionais antropométricos, de excesso de gordura corporal e da pressão arterial elevada de escolares da rede pública de ensino. Pode também levar a importantes esclarecimentos sobre o estado de saúde e nutrição dos alunos atendidos por este programa. Além disso, o desenvolvimento de métodos simplificados e viáveis para avaliação da composição corporal em adolescentes que participem de ações e programas institucionais torna-se importante no monitoramento do estado nutricional bem como para ações preventivas em relação ao controle dos fatores de risco para DCV. 21 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Analisar o estado nutricional antropométrico, a composição corporal e a pressão arterial de adolescentes beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar da rede municipal de ensino de Natal-RN. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estimar as prevalências de excesso de peso e de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada em adolescentes (Artigo 1, resultados a serem publicados Apêndice 1); Verificar a associação entre variáveis antropométricas e de composição corporal com a pressão arterial elevada, a maturação sexual e a história familiar positiva de FRDCV (Artigo 1, resultados a serem publicados Apêndice 1); Comparar dois padrões de referência de IMC para a definição do excesso de peso em adolescentes (Artigo 2, resultados a serem publicados Apêndice 2); Desenvolver equações preditivas de MG e MLG, a partir de perímetros corporais, baseada na BIA em adolescentes (Artigo 3, resultados publicados). 22 4 MÉTODOS 4.1 TIPO DE ESTUDO Trata-se de um estudo transversal, que compreendeu três eixos de análise: (1) inquérito de prevalência, considerando o estado nutricional antropométrico, a composição corporal e a pressão arterial dos adolescentes escolares beneficiários do PNAE, do município de Natal-RN; (2) estudo de concordância entre dois padrões de referência de IMC; (3) desenvolvimento de equações de predição de MG e MLG de adolescentes. 4.2 ASPECTOS ÉTICOS O estudo é vinculado ao projeto de pesquisa Fatores de risco para DCV entre Adolescentes Beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar-Natal/RN da UFRN (CNPq 428287/2006-2), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do município de Natal-RN. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN, parecer nº 112/06 (anexo 1). O Termo de Consentimento de todos os participantes foi assinado pelo pais ou responsáveis. 4.3 POPULAÇÃO ALVO A população alvo constituiu-se de 39.920 alunos do ensino fundamental de 66 escolas municipais, considerando os quatro distritos sanitários da cidade (NNorte = 19.270, NSul = 4.128, NLeste = 3.728 e NOeste = 12.794). Das 66 escolas, 30 estavam localizadas no distrito norte, nove no sul, nove no leste e 19 no oeste (apêndice 3) Os critérios de inclusão corresponderam a frequência regular do adolescente na escola e faixa etária de interesse (10 a 19 anos) definida no momento da primeira coleta de dados. Incluiu-se no estudo apenas os adolescentes eutróficos em relação ao Índice de Massa Corporal 18,43 para o desenvolvimento de equações de predição, e que possuíssem todas as medidas de perímetros corporais e quantidade de massa gorda e massa livre de gordura estimadas pela bioimpedância (MG BIA e MLGBIA, respectivamente). 23 Os critérios de exclusão corresponderam a presença de síndromes genéticas associadas à obesidade ou a outras doenças; gravidez na adolescência, e adolescentes com necessidades especiais. Para o desenvolvimento das equações de predição, além desses critérios de exclusão, acrescentaram-se a atividade física intensa nas últimas 48h; o consumo de bebidas alcoólicas nas últimas 48h e o uso de medicamentos que alterassem o equilíbrio hidroeletrolítico. 4.4 PLANO AMOSTRAL E POPULAÇÃO DE ESTUDO O plano amostral foi determinado por amostragem em dois estágios compreendendo: (1) estratificada com alocação de Neyman para definição da amostra por distritos sanitários; e (2) estratificada de acordo com a alocação proporcional para determinação do número de escolas por distrito sanitário. As prevalências estimadas para pressão arterial elevada, conforme estudo piloto com oito escolas foram: p̂ norte = 14,6% , p̂ Sul = 8,8%, p̂ Leste = 17,9% e p̂ Oeste = 27,5%. O limite de erro de estimação foi de 4% e a previsão das perdas amostrais foi de 20%, resultando no tamanho de amostra n = 426 alunos, distribuídos em: nNorte = 192 , nSul = 33 , nLeste = 40 e nOeste = 161. Realizou-se até duas visitas nas escolas quando o número de ausentes foi superior a 20% para o controle de perdas amostrais. Considerou-se o número médio de alunos por escola, supondo-se aproximadamente igual a variância desse número nos quatro distritos para determinação do número de escolas. O tamanho da amostra de escolas obtido foi n = 21 e, de acordo com a alocação proporcional, obtiveram-se para cada estrato os seguintes números de escolas: n Norte=9, nSul=3, nLeste=3 e nOeste=6. A seleção das escolas foi feita por sorteio, sendo a amostra de alunos distribuída randomicamente por distrito e de forma proporcional aos totais de alunos das escolas sorteadas. Realizou-se a seleção das unidades amostrais a partir da listagem dos alunos, a qual se efetuou a unificação de todas as séries com numeração sequencial e sorteio sistemático, sem reposição em caso de recusa dos participantes. Para o desenvolvimento de equações de predição obteve-se subamostra da população de estudo pesquisada. O tamanho amostral final foi 24 de 218 alunos, sendo 106 do sexo masculino e 112, do feminino. O tamanho mínimo da amostra foi atingido, conforme tamanho do efeito do desenho médio e poder da amostra de 80%44. 4.5 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS Optou-se pelo turno matutino para viabilizar procedimentos metodológicos. A tomada de todas as medidas antropométricas foi realizada em duplicata. A aferição do peso, estatura e circunferências corporais foi feita por equipe treinada de acordo com as técnicas de padronização Habicht45. As medidas de dobras cutâneas e de bioimpedância elétrica foram realizadas por único pesquisador com experiência. Uma equipe médica de endocrinologistas pediátricos e residentes procedeu a avaliação da pressão arterial e do estadiamento puberal. A operacionalização das etapas de coleta de dados está representada na figura 1, conforme apêndice 4. Para coleta dos dados utilizou-se um questionário padronizado para obtenção das informações de identificação, aspectos de saúde e socioeconômicos e registro dos dados antropométricos, de composição corporal, de pressão arterial e estadiamento sexual (anexo 2). 4.6 VARIÁVEIS ESTUDADAS 4.6.1 Maturação Sexual O estadiamento puberal foi utilizado como variável controle, segundo método de Tanner, considerando o desenvolvimento das mamas 46 e genitais47 em estágios do 1 ao 5, respectivamente, para meninas e meninos. Para a análise estatística considerou-se três fases: pré-púbere (estágio 1), púbere inicial (estágios 2 e 3) e final (estágios 4 e 5). 4.6.2 História Familiar de Fatores de Risco para Doença Cardiovascular A história familiar de FRDCV foi definida como positiva quando pelo menos um dos pais possuíam história clínica de diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade. 25 4.6.3 Estado Nutricional Antropométrico A reprodutibilidade das medidas antropométricas resultou em variação tolerável verificada pela diferença média da aferição entre cada uma das duas medidas, conforme apresentado no quadro 1 (apêndice 5). 4.6.3.1 Índice de Massa Corporal O IMC foi calculado a partir da relação do peso (em kg) e da altura (em metros) ao quadrado, com o uso de balança eletrônica da marca Tanita Solar ®, modelo HS301 com capacidade de 150 kg e precisão de 100g. A estatura foi mensurada com um estadiômetro portátil da marca Altura Exata ® (precisão de 1 mm). As categorias de IMC para a idade foram definidas em baixo peso43, sobrepeso e obesidade (excesso de peso)18, segundo International Obesity Task Force (IOTF). Para o estudo referente à comparação dos padrões de referência de IMC para idade, o excesso de peso foi classificado por WHO19. 4.6.3.2 Distribuição da Gordura Corporal A distribuição da gordura corporal foi verificada pelos perímetros abdominais e seus índices, bem como pela topografia corporal. A obesidade central foi definida como variável dicotômica (sim/não) a partir do perímetro do abdome (cm) ≥ percentil 75 da população de referência do Third National Health and Nutrition Examination Survey48. A razão cintura/altura (RCA) foi determinada a partir da divisão entre a medida do perímetro do abdome (cm) e a altura (cm)49. A topografia corporal refere-se à distribuição da gordura subcutânea, que á avaliada pelas dobras cutâneas. As dobras cutâneas do tríceps, bíceps, subescapular e supra-ilíaca foram aferidas com adipômetro da marca Lange (precisão de 1 mm), conforme técnica descrita pela WHO50. A Topografia Central da Gordura Subcutânea (TCGS) foi calculada pela somatória das dobras subescapular e supra-ilíaca (mm); a Topografia Periférica da Gordura Subcutânea (TPGS), pela somatória das dobras triciptal e biciptal (mm). A Razão Topografia Central/ Topografia Periférica da Gordura 26 Subcutânea (RTC/TPGS) é o resultado da divisão entre a somatória das dobras subescapular e supra-ilíaca (mm) e a somatória da triciptal e biciptal (mm). 4.6.3.3 Perímetros Corporais Os perímetros corporais foram aferidos com fita antropométrica inelástica e quando houve diferença superior a 0,5 cm entre as duas primeiras aferições, realizou-se uma terceira medida e considerou-se a média das duas mais próximas. Foram mensurados os seguintes perímetros50-51. Braço - ponto médio entre os ossos acrômio e o olecrano, com o braço direito relaxado; Antebraço - maior perímetro; Punho - perímetro do pulso, distal ao processo estilóide do rádio e da ulna, com os braços em posição pronada; Cintura - região mais estreita entre a última costela e a crista ilíaca; Abdome - ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca; Quadril - maior protuberância glútea; Coxa proximal - a medida foi aferida no primeiro terço da coxa, a partir da linha inguinal até a borda proximal da patela, com o joelho flexionado a 90°; e medial, no ponto médio da coxa; Panturrilha - perímetro máximo do músculo, com o joelho flexionado a 90° 4.6.4 Composição Corporal 4.6.4.1 Gordura Corporal estimada por dobras cutâneas A proporção de gordura corporal (%GC) foi estimada pela equação de Slaughter et al26, que considera a quantidade de gordura subcutânea a partir das dobras triciptal e subescapular segundo o sexo, idade e maturação sexual. Excesso de gordura corporal foi categorizado como variável dicotômica (com excesso/sem excesso) utilizando com ponto de corte %GC > 25% para meninos e > 30% para meninas52. 27 4.6.4.2 Índices de Composição Corporal estimados por dobras cutâneas A massa gorda (MG) e a massa magra (MM) em kg foram utilizadas para compor os índices de composição corporal. A MG foi calculada a partir da proporção de gordura corporal correspondente ao cálculo da estimativa do %GC derivado das dobras cutâneas, retirando-se do peso corporal total (kg) [Peso (kg) * %GC]. Enquanto que a MM foi o resultado da subtração do peso corporal total da MG [Peso (kg) – Massa Gorda (kg)]. O Índice de Massa Gorda (IMG) em kg/m2 trata-se da razão entre a MG e a altura (em metros) ao quadrado. O Índice de Massa Magra (IMM) em kg/m2 é a razão entre a MM (kg) e a altura (m) ao quadrado. IMG Massa Gorda (kg) Altura 2 IMM Massa Magra (kg) Altura 2 4.6.4.3 Bioimpedância Elétrica A mensuração da composição corporal a partir da bioimpedância elétrica foi executada utilizando-se o sistema Byodinamics 450, com corrente elétrica de 800 µA a 50 kHz. A medida foi executada no hemi-corpo direito do avaliado, deitado em decúbito dorsal em superfície não condutora, em uma sala com temperatura ambiente de 25ºC a 32ºC. O avaliado estava descansado e em jejum de quatro horas. Após limpeza da pele com álcool em gel a 70º, os eletrodos-sensores (proximais) foram colocados na superfície dorsal da articulação do punho e do tornozelo. Os eletrodos-fonte (distais) foram posicionados na base da segunda ou terceira articulação metacarpo e metatarso-falângica. As pernas e os braços estavam em abdução, aproximadamente 45º um do outro, evitando contato entre as coxas, braços e tronco49. Estimou-se a MLG por equação de predição validada53 e a MG por diferença, conforme resultados do equipamento54. 4.6.5 Pressão Arterial A pressão arterial foi aferida utilizando um esfigmomanômetro de mesa, de coluna de mercúrio, modelo CE 0483 e um estetoscópio profissional tipo Sprague Rappaport, modelo MF9. Empregou-se dois tamanhos de 28 manguito, dependendo do diâmetro do braço, seguindo a técnica padronizada55. Os instrumentos tinham certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO. A pressão arterial foi classificada segundo a American Academy of 56 Pediatrics , que leva em consideração o gênero e a idade ajustados ao percentil da estatura/idade do avaliado. A medida foi realizada em dois momentos distintos e em duplicata tanto para a sistólica, quanto diastólica, utilizando-se a média como PA final. Por esta razão a nomenclatura foi modificada para pressão arterial elevada (PAE) ao invés de hipertensão, conforme padronização na literatura 57. Os valores obtidos abaixo do percentil 90 foram classificados como normais e os iguais ou acima deste percentil, em pressão arterial elevada (limítrofe, estágios 1 e 2). 5. Análise dos dados O banco de dados foi construído no software EPI-INFO, Word Processing, Database and Statistical Program for Public Health, versão 6.04 (CDC, WHO, Atlanta, Georgia, USA), com pré-codificação das variáveis e as análises estatísticas realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 9.0.0 (SPSS Inc., Chicago, Illinois, USA). A análise dos dados foi descrita conforme as três publicações elaboradas, considerando a ordenação dos objetivos da tese (Artigos 1, 2 e 3). No artigo 1, apresentou-se as estimativas das prevalências por frequências relativas com respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), segundo o sexo. O percentual foi ponderado para ajustar a distribuição dos alunos matriculados nas escolas selecionadas à distribuição dos alunos nas escolas por distrito sanitário, levando-se em conta o peso do aluno de cada escola no conjunto de escolas estudadas nos distritos sanitários. Demonstrou-se o efeito do desenho para cada estimativa. Realizou-se uma análise fatorial prévia para sintetizar o conjunto de variáveis antropométricas visando identificar fatores comuns. As variáveis testadas foram IMC (kg/m2); perímetros do braço (cm), do antebraço (cm), do punho (cm), da cintura (cm), do abdome (cm), do quadril (cm), das coxas proximal e medial (cm), da panturrilha (cm); Razão Cintura/Altura; dobras 29 cutâneas do tríceps (mm), bíceps (mm), subescapular(mm), suprailíaca (mm); TCGS (mm), TPGS (mm) e Razão TCGS/TPGS; MG (kg) e MM (kg); IMG e IMM (kg/m2) derivados das dobras cutâneas. Para tanto foi gerada uma matriz de correlações, utilizando-se o Coeficiente de Correlação de Pearson acima de 0,30 para selecionar aquelas que seriam incluídas no modelo. Após avaliação quanto a multicolinearidade, as variáveis selecionadas foram: IMC, TCGS, TPGS, RTC/TPGS, IMM, perímetro da cintura (cm), razão cintura/altura. Utilizou-se a estatística KaiserMeyer-Olkin (KMO) para adequação da amostra resultante da análise fatorial, cujos valores acima 0,6 indicam adequação na utilização da técnica; e o teste de esfericidade de Bartlett que deve apresentar p-valor na faixa de significância estatística, indicando haver correlações significativas entre as variáveis. Extraíram-se dois fatores, (1) padrão excesso de adiposidade e (2) padrão adiposidade central elevada, por meio do método de componentes principais, utilizando como critério o eigenvalue maior que 1 e rotação Varimax. Cada fator foi considerado como variável dependente e para verificar a associação entre esses fatores com faixa etária, maturação sexual, história familiar de FRDCV e pressão arterial utilizou-se a Razão de Chances e respectivo IC 95%. Posteriormente empregou-se a regressão logística incondicional para estimar a magnitude da associação em relação ao desfecho considerando todas as variáveis incluídas no modelo. No Artigo 2, verificou-se o excesso de peso por meio do IMC para idade, classificado segundo dois padrões de referência18-19 e o excesso de adiposidade corporal por Slaughter et al. 26 A estimativa da prevalência de excesso de peso pelos dois padrões estudados e do excesso de adiposidade corporal foi calculada por frequência relativa ponderada. Construíram-se tabelas de contingência comparando a presença/ausência de excesso de peso, com a presença/ausência de excesso de adiposidade corporal como padrão de referência e avaliadas a Sensibilidade e a Especificidade. Posteriormente, calculou-se as probabilidades pós-teste: o Valor Preditivo Positivo (VPP) e o Valor Preditivo Negativo (VPN), considerando as prevalências de excesso de peso para cada padrão de referência58. Utilizou-se a estatística Kappa para medir a concordância entre os dois padrões de classificação do excesso de peso pelo IMC. Considerou-se boa concordância valores entre 0,61-0,8059. 30 No artigo 3, referente ao desenvolvimento das equações de predição de MG e MLG, a estatística descritiva foi apresentada por média, desviopadrão e valores mínimos e máximos e verificou-se a diferença entre médias segundo o sexo pelo teste t-Student. Verificou-se a reprodutibilidade das medidas antropométricas pelo teste t-pareado e pelo coeficiente de correlação intraclasse. A distribuição normal foi verificada a partir da média e desviopadrão, curtose e assimetria. Calculou-se o coeficiente de correlação de Pearson entre a massa livre de gordura (MLG BIA) e a massa gorda (MGBIA) aferidas pela bioimpedância (em kg), idade (em anos) e cada perímetro corporal (em cm). Selecionaram-se as variáveis para compor a equação quando r > 0,3. Posteriormente foi estimado um modelo de regressão linear múltiplo stepwise, para massa gorda em kg (MGPred) e massa livre de gordura em kg (MLGPred), separadamente para o sexo masculino e feminino. As possíveis variáveis preditoras utilizadas nestes modelos foram todas as medidas de perímetro corporal e a idade. Calcularam-se os fatores de inflação da variância (FIV) para avaliar multicolinearidade (FIV > 10). A análise de resíduos foi usada para verificar os pressupostos da análise de regressão linear. As equações preditivas foram avaliadas pela significância do coeficiente de determinação (R2ajustado) e o erro padrão da estimativa (EPE). Determinou-se a magnitude best fit para cada equação, de acordo com o Akaike Information RSS Criterion (AIC)60, usando a fórmula: AIC n Ln 2 k ; onde k é o n número de parâmetros estimados na equação, n é o número de participantes e RSS é a soma dos quadrados do resíduo para cada equação. A equação apresenta o best fit quanto menor for o valor de AIC. Todas as análises foram consideradas significativas quando o p-valor for menor que 5%. 31 5 ARTIGO PRODUZIDO Prediction equations for fat and fat-free body mass in adolescents, based on body circumferences, publicado no Annals of Human Biology, fator de impacto 1,713 (2010), Qualis B1 da CAPES para a área Medicina II. doi:10.3109/03014460.2012.685106. 32 33 34 35 36 37 38 6 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES. Esta tese foi subsidiada pelo projeto “Fatores de risco para doenças cardiovasculares entre adolescentes beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar-Natal/RN” (FRDCV), financiado pelo CNPq (428287/20062), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Natal/RN. A presente tese foi realizada em alternativa ao anteprojeto apresentado para a seleção do Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (PPGCSa). O anteprojeto inicial era intitulado: Antropometria: Instrumento de Assistência Nutricional em Adolescentes Obesos, e tinha como objetivo geral avaliar a proporção das alterações de medidas antropométricas associadas ao perfil lipídico entre adolescentes portadores de obesidade, buscando o desenvolvimento de equações de predição da gordura corporal baseadas em medidas antropométricas, para melhor subsidiar a assistência nutricional. O tipo de estudo primeiramente escolhido era do tipo caso-controle, sendo os casos os adolescentes entre 10 e 15 anos, com diagnóstico de sobrepeso e obesidade atendidos no Ambulatório de Endocrinologia Pediátrica do Hospital de Pediatria da UFRN, Natal/ RN, que possuía 190 pacientes cadastrados em faixa pediátrica e adolescente (0-20 anos de idade). Os controles seriam escolares que frequentassem a mesma escola dos casos e satisfizessem os mesmos critérios e padrão socioeconômico (renda familiar, local de moradia e escolaridade da mãe), com exceção da presença da doença em questão (obesidade). O recrutamento seria com dois controles para cada caso, pareados por faixa etária e maturação sexual. No entanto, nas primeiras aproximações para ajustar o tamanho da amostra, verificou-se que o número de pacientes que frequentavam o ambulatório seria insuficiente para o período que tínhamos disponível para a coleta de dados, o que tornou o projeto inviável. Desta forma, as dificuldades apontadas demandavam um novo delineamento que envolvesse a mesma proposta de trabalho e ao mesmo tempo houvesse o aproveitamento das experiências acumuladas durante o mestrado e a vida acadêmica. O novo projeto partiu da experiência da dissertação de mestrado, intitulada Estado Nutricional em Escolares Adolescentes de Natal-RN, defendida no ano de 200035. Este projeto foi articulado a Extensão Universitária 39 Melhoria do funcionamento do Programa da Alimentação Escolar da Rede Municipal de Ensino de Natal-RN: Diagnóstico situacional e redimensionamento das ações, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Município de Natal-RN e o Departamento de Nutrição (DNUT). Portanto, por meio da minha inserção no referido projeto e por ser a docente responsável pela disciplina e o Laboratório de Avaliação Nutricional do DNUT, oportunizaram-se novas perspectivas, considerando que era necessário mapear o estado nutricional destes escolares. O papel de minha orientadora foi decisivo na definição da expansão e submissão do projeto ao Edital Universal nº 02/2006, do CNPq, uma vez que seriam necessários recursos financeiros para sua execução, principalmente no tocante às despesas com logística e equipamentos. Na proposta submetida, articularam-se quatro projetos de Doutorado, e foram considerados os seguintes aspectos da saúde do adolescente: pressão arterial elevada, composição corporal – antropometria e bioimpedância elétrica, aspectos socioeconômicos e de saúde, consumo alimentar e dietético; perfil lipídico; atividade física; maturação sexual; e retinopatia hipertensiva. Participamos das negociações com a Secretaria Municipal de Educação de Natal e foram realizados todos os procedimentos para a submissão do projeto (ampliado) ao Comitê de Ética em Pesquisa – UFRN, parecer nº 112/06. As parcerias estabelecidas com as outras colegas proporcionaram o meu enriquecimento do ponto de vista crítico e científico, correspondendo às expectativas do programa. Vários desafios foram superados na elaboração da tese: a definição do tamanho amostral; a capacitação das discentes na realização das medidas antropométricas; o estudo da logística de campo; o estudo piloto; o (re)planejamento das ações após cada etapa avaliada. Tudo se constituiu em muito aprendizado, compromisso da equipe, dedicação, carinho e comemorações a cada etapa conquistada. Este trabalho ressalta a importância da equipe multiprofissional, constituída por nutricionistas; alunos de iniciação científica do curso de graduação Nutrição da UFRN; educador físico e endocrinologista pediátrico e médicos residentes do Hospital de Pediatria de UFRN. Portanto, esse estudo está em consonância multidisciplinaridade. com o objetivo principal do PPGCSa: a 40 Durante a execução do projeto nos deparamos com algumas dificuldades: (1) importação da bioimpedância elétrica; (2) as relacionadas à coleta de dados, como os contatos com a direção da escola e reuniões com os pais; (3) adequação quanto ao início e ao término do período letivo das escolas; e (4) adequação dos cronogramas dos discentes do Curso de Nutrição aos dias de coleta de dados. Para tanto, toda a logística de campo foi constantemente adaptada às ocorrências institucionais. Para atingir os dois primeiros objetivos propostos foi elaborado o artigo Padrão de adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes escolares beneficiários de um Programa Alimentar a ser submetido ao periódico Cadernos de Saúde Pública, Qualis B2 da CAPES para a área Medicina II (apêndice 1). Este artigo tem como principal contribuição o conhecimento da prevalência do sobrepeso/obesidade, excesso de gordura corporal, obesidade central e pressão arterial elevada, traçando um perfil de saúde do adolescente beneficiário do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Este programa, apesar de constituir em um dos mais antigos programas alimentares no Brasil, ainda não há uma avaliação tão detalhada da saúde desta população. Além disso, trata-se de estudo pioneiro, uma vez que sintetizou vários critérios de avaliação antropométrica e de composição corporal à pressão arterial com padrão internacional de classificação da pressão arterial elevada, história familiar e maturação sexual realizada de forma clínica. Durante a revisão de literatura e após a qualificação da tese, sentimos a necessidade de confirmar qual o indicador de IMC seria mais adequado para classificar o excesso de peso na população estudada, uma vez que na época da coleta de dados foi publicado um artigo com a definição das novas curvas da WHO para adolescentes. Assim, foi gerado o segundo artigo, intitulado Critérios de classificação do excesso de peso em adolescentes: qual a melhor escolha?, a ser submetido a Revista de Nutrição, Qualis B3 da CAPES para a área Medicina II (apêndice 2). Este artigo trata da concordância entre dois padrões de referência para definição do excesso de peso, o preconizado pelo IOTF18 e pela WHO19. Isto é importante porque as prevalências de excesso de peso podem ser diferentes, conforme o critério adotado. Ressaltamos que nesta fase, os pontos 41 de corte adotados para a determinação do excesso de peso pelo critério da WHO eram diferentes em relação ao adotado nos últimos dois anos, reflexo de ajustes nesta classificação. Além disso, ainda são escassos os estudos que utilizam o critério da WHO e, portanto, limitam-se as comparações quanto a prevalência de excesso de peso. Este artigo responde ao terceiro objetivo da tese que é o de comparar dois padrões de referência de IMC para a definição do excesso de peso em adolescentes. O terceiro artigo intitulado Prediction equations for fat and fat-free body mass in adolescents, based on body circumferences foi publicado no Annals of Human Biology (FI 2010 1.713). Trata-se do manuscrito que responde ao último objetivo da tese, que foi estimar equações que utilizassem medidas simples e facilmente padronizáveis (perímetros corporais), para determinar as quantidades de MG e MLG em adolescentes de população multiétnica, uma vez que a maioria dos estudos é com populações específicas, que pode resultar em diferenças quanto às estimativas destes componentes corporais. Considerando os aspectos abordados e em consonância com as atuais proposições quanto à avaliação da composição corporal em populações específicas, ao diagnóstico/monitoramento precoce da pressão arterial elevada, e ao desenvolvimento de metodologias simplificadas para apurar o diagnóstico nutricional, este estudo pretende reduzir as lacunas quanto ao conhecimento do estado nutricional de adolescentes para a prevenção de doenças cardiovasculares e pode constituir importante ferramenta para os profissionais e gestores de saúde, com vistas a (re)definição de intervenções de saúde pública e governamentais, e consequentemente, a tratamentos mais adequados. Acredito que um dos principais aprendizados durante o doutorado no PPGCSa trata-se da exigência do aceite para a defesa: seleção do periódico, escolha dos revisores, adequação do artigo às normas da revista, a tradução da língua portuguesa para a inglesa, o interesse das revistas na temática do manuscrito, a relação temporal entre a elaboração do artigo e a publicação de estudos semelhantes. Além do artigo publicado e os que serão encaminhados para submissão, outras conquistas foram alcançadas: 42 Sete orientações de alunos de iniciação científica DNUT/UFRN, com premiação de uma aluna, na área de ciências da vida pelo CNPq durante o Congresso de Iniciação Científica 2009; Oito Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação em Nutrição DNUT/UFRN, com o aceite de um artigo cientifico (anexo 3) e outro para submissão (anexo 4); Autoria em outra publicação (anexo 5); Publicação de trabalhos para congressos locais, nacionais e internacionais (apêndice 6); Dois subprojetos vinculados a base de pesquisa como coordenadora, e colaboração em outros projetos sobre saúde do adolescente e do idoso, com financiamento (apêndice 7); Colaboração em aulas ministradas para o curso de residência médica em Endocrinologia Pediátrica da UFRN; Convite para participar de co-orientação de mestrado no Curso de Pósgraduação em Saúde Coletiva da UFRN; Colaboração em duas dissertações de mestrado, uma no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, na Universidade Federal da Paraíba, e a outra no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, na Universidade Federal de Pernambuco. A doutoranda é professora assistente IV do Departamento de Nutrição da UFRN e participa do grupo de pesquisa com atividades registradas no Grupo de Pesquisa Alimentos, Nutrição e Saúde – GPANS (BCD109-01) –, cadastrado no CNPq. Estou empenhada em contribuir com a implantação do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFRN, com perspectivas de envio do Projeto a CAPES em 2013. A linha de pesquisa terá continuidade, buscando esclarecimentos por meio de projetos futuros sobre o tema “Estado Nutricional e Composição Corporal” em adolescentes e idosos e as suas possíveis associações com os fatores de exposição, como o estilo de vida e a condição socioeconômica, entre outros. 43 REFERÊNCIAS 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2010: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde. Série G. Estatística e Informação em Saúde. 2011. 152 p. 2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ministério da Saúde. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Antropometria e Estado Nutricional de Crianças, Adolescentes e Adultos no Brasil. IBGE: Rio de Janeiro, 2010. 130p. 3. Brasil LMP, Fisberg M, Maranhão HS. Excesso de peso de escolares em região do Nordeste Brasileiro: contraste entre as redes de ensino pública e privada. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2007; 7(4): 405-412. 4. Beck CC, Lopes AS, Pitanga FJG. Indicadores antropométricos de sobrepeso e obesidade como preditores de alterações lipídicas em adolescentes. Rev. paul. pediatr. 2011; 29(1): 46-53. 5. Romanzini M; Pelegrini A, Petroski EL. Prevalência e fatores associados à obesidade abdominal em adolescentes. Rev. paul. pediatr. 2011; 29(4): 546552. 6. Guimarães ICB, Almeida AM, Santos AS, Barbosa DBV, Guimarães AC. Pressão arterial: efeito do índice de massa corporal e da perímetro abdominal em adolescentes. Arq. Bras. Cardiol. 2008; 90(6): 426-432. 7. Christofaro DGD, Andrade SM, Fernandes RA, Cabrera MAS, RittiDias RM. Prevalência de pressão arterial elevada em crianças e adolescentes: revisão sistemática. Rev. Bras. Saude Mater. Infant. 2011; 11(4): 361-367. 8. Chen X, Wang Y. Tracking of Blood Pressure from Childhood to Adulthood: A Systematic Review and Meta-Regression Analysis. Circulation 2008;117:31713180. 44 9. Drukteinis JS, Roman MJ, Fabsitz RR , Lee ET, Best LG, Russell M, Devereux RB. Cardiac and Systemic Hemodynamic Characteristics of Hypertension and Prehypertension in Adolescents and Young Adults: The Strong Heart Study. Circulation 2007; 115(2):221-227. 10. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e na Adolescência. Arq. Bras. Cardiol. 2005;85(Supl. VI): 1-36. 11. Moura AA, Silva MAM, Ferraz MRMT, Rivera, IR. Prevalence of high blood pressure in children and adolescents from the city of Maceió, Brazil. J Pediatr (Rio J). 2004;80(1):35-40. 12. Ribeiro RQC, Lotufo PA, Lamounier JA, Oliveira RG, Soares JF, Botter DA. Additional cardiovascular risk factors associated with excess weigth in children and adolescents: the Belo Horizonte heart study. Arq. Bras. Cardiol. 2006;86:408-418. 13. DATASUS. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Coordenação Geral de Informações de Saúde. Mortalidade no Brasil. Óbitos por residência e por região segundo Capítulo Código Internacional de Doenças – CID 10. Período: 2006 a 2011. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def. Acesso em 23 de Março de 2012. 14. World Health Organization. Global health risks: Mortality and burden of disease attributable to selected major risks. Geneva: World Health Organization, 2009. 62p. 15. Deshmukh-Taskar P, Nicklas TA, Morales M, Yang SJ, Zakeri I, Berenson GS. Tracking of overweight status from childhood to young adulthood: the Bogalusa Heart Study. Eur. J. Clin. Nutr. 2006;60(1): 48–57. 16. Mahoney LT, Burns TL, Stanford W. Coronary risk factors measured in childhood and yong adult life are associated with coronary artery calcification in young adults: the Muscatina study. J. Am. Coll. Cardiol. 1996;27(2):277-84. 45 17. World Health Organization. Prevalence of Obesity in Adolescence. In: Adolescent Nutrition: A Review of the Situation in Selected South-East Asian Countries. New Delhi: WHO/Regional Office for South-East Asia 2006, p.35-37. 18. Cole TJ, Bellizzi MC, Flegal KM, Dietz WH. Establishing a standard definition for child overweight and obesity worldwide: international survey. BMJ. 2000;320:1240-1243. 19. Onis M; Onyango AW; Borghi E, Siyam A, Nishidaa C, Siekmanna J. Development of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bull. World Health Organ. 2007;85: 660–667. 20. Las Heras JD, Lee S, Bacha F, Tfayli H, Arslanian S. Cross-Sectional Association between Blood Pressure, in vivo Insulin Sensitivity and Adiponectin in Overweight Adolescents. Horm. Res. Paediatr. 2011;76(6):379-385. 21. Toprak A, Wang H, Chen W, Paul T, Srinivasan SR, Berenson GS. Relation of Childhood Risk Factors to Left Ventricular Hypertrophy (Eccentric or Concentric) in Relatively Young Adulthood (from the Bogalusa Heart Study). Am. J. Cardiol. 2008;101(11): 1621-1625. 22. Glowinska B, Urban M, Koput A, Galar M. New atherosclerosis risk factors in obese, hypertensive and diabetic children and adolescents. Atherosclerosis. 2003;167: 275-286 23. Kyle UG, Schutz Y, Dupertuis YM, Pichard C. Body Composition Interpretation: Contributions of the Fat-Free Mass Index and the Body Fat Mass Index. Nutrition 2003;19:597– 604. 24. Veldhuis JD, Roemmich JN, Richmond EJ, Rogol AD, Lovejoy JC, Sheffield-Moore M, et al. Endocrine Control of Body Composition in Infancy, Childhood, and Puberty. Endocr Rev. 2005;26(1):114–146. 25. Wells JC, Williams JE, Chomtho S, Darch T, Grijalva-Eternod C, Kennedy K, Haroun D, Wilson C, Cole TJ, Fewtrell MS. Pediatric reference data for lean tissue properties: density and hydration from age 5 to 20 y. Am. J. Clin. Nutr. 2010, 91(3):610-8. 46 26. Slaughter MH, Lohman TG, Boileu RA, Horswill CA, Stillman RJ, Van Loan MD, Bemben DA. Skinfold equation for estimation of body fatness in children and youth. Hum. Biol. 1988;60(5):709-723. 27. Wickramasinghe VP, Lamabadusuriya SP, Cleghorn GJ, Davies PSW. Assessment of body composition in Sri Lankan children: validation of a skinfold thickness equation. Ceylon Med. J. 2008;53(3):83-8. 28. Heymsfield SB, Wang Z, Visser M, Gallagher D, Pierson RN Jr. Techniques used in the measurement of body composition: an overview with emphasis on bioelectrical impedance analysis. Am. J. Clin. Nutr. 1996;64(3 Suppl):478S484S. 29. Kagawa M, Byrne NM, King NA, Pal S, Hills AP. Ethnic differences in body composition and anthropometric characteristics in Australian Caucasian and urban indigenous children. Br. J. Nutr. 2009;102(6):938-46. 30. Rezende F, Rosado L, Franceschinni S, Rosado G, Ribeiro R, Marins JCB. Revisão crítica dos métodos disponíveis para avaliar a composição corporal em grandes estudos populacionais e clínicos Arch. Latinoam. Nutr. 2007;57(4): 327-334. 31. Katch FI, McArdle WD. Prediction of body density from simple anthropometric measurements in college-age men and women. Hum. Biol. 1973;45(3):445-55. 32. Sluyter JD, Schaaf D, Scragg RKR, Plank LD. Prediction of fatness by standing 8-electrode bioimpedance: a multiethnic adolescent population. Obesity 2010;18(1):183-9. 33. Guimarães ACA, Feijó I, Soares A, Fernandes S, Machado Z, Parcias SR. Excesso de peso e obesidade em escolares: associação com fatores biopsicológicos, socioeconômicos e comportamentais. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. 2012;56(2): 142-148. 47 34. Rodrigues PA, Marques MH, Chaves MGAM, Souza CF, Carvalho MF. Prevalência e fatores associados a sobrepeso e obesidade em escolares da rede pública. Ciênc. saúde coletiva 2011;16(Supl. 1):1581-1588. 35. Lyra CO; Mendonça GAS; Sousa IC. Estado Nutricional em Escolares de Natal-RN. Recife: Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), 2001. [Série: Publicações Científicas do IMIP, n. 3]. 59p. 36. Carvalho WRG, Gonçalves EM, Ríbeiro RR, Farias ES, Carvalho SSP, Guerra-Júnior G. Influência da composição corporal sobre a massa óssea em crianças e adolescentes. Rev. Assoc. Med. Bras. 2011; 57(6): 662-667. 37. Serrano HMS, Carvalho GQ, Pereira PF, Peluzio MCG, Franceschini SCC, Priore SE. Composição corpórea, alterações bioquímicas e clínicas de adolescentes com excesso de adiposidade. Arq. Bras. Cardiol. 2010; 95(4): 464-472. 38. Faria ER, Franceschini SCC, Peluzio MCG, Sant'Ana LFR, Priore SE. Correlação entre variáveis de composição corporal e metabólica em adolescentes do sexo feminino. Arq. Bras. Cardiol. 2009; 93(2): 119-127. 39. Linhares RV, Matta MO, Lima JRP, Dantas PMS, Costa MB, Fernandes Filho J. Efeitos da maturação sexual na composição corporal, nos dermatóglifos, no somatótipo e nas qualidades físicas básicas de adolescentes. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53(1): 47-54. 40. Santos LC, Cintra IP, Fisberg M, Castro ML, Martini LA. Associação entre a perda de peso, a massa óssea, a composição corporal e o consumo alimentar de adolescentes obesos pós-púberes. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. 2008; 52(6): 1001-1008. 41. Janssen I, Katzmarzyk PT, Srinivasan SR et al. Combined influence of body mass index and waist circumference on coronary artery disease risk factors among children and adolescents. Pediatrics 2005;115: 1623-30. 42. Brasil. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Resolução FNDE/CD Nº32 de 10/08/2006. Estabelece as normas 48 para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. 2006. Disponível em <http:/www.fnde.gov.br>. Acesso em: jan. 2009 43. Cole TJ, Flegal KM, Nicholls D, Jackson AA. Body mass index cut offs to define thinness in children and adolescents: international survey. B.M.J. 2007;335(7612):194. 44. Green SB. How many subjects does it take to do a regression analysis? M.B.R. 1991;26(3):499-510. 45. Habicht JP. Standardization of quantitative epidemiological methods in the field. Bol. Oficina Sanit. Panam. 1974; 76(5):375-84. 46. Marshall WA, Tanner JM. Variation in the pattern of pubertal changes in girls. Arch. Dis. Child. 1969;44:291-303. 47. Marshall WA, Tanner JM. Variation in the pattern of pubertal changes in boys. Arch. Dis. Child. 1970;45:13-23. 48. Fernández JR, Redden DT, Pietrobelli A, Allison DB. Waist circumference percentiles in nationally representative samples of African-American, EuropeanAmerican, and Mexican-American children and adolescents. J. Pediatr. 2004;145:439-44. 49. Savva SC, Tornaritis M, Savva ME, Kourides Y, Panagi A, Silikiotou N, et al. Waist circumference and waist-to-height ratio are better predictors of cardiovascular disease risk factors in children than body mass index. Int. J. Obes. 2000;24:1453-1458. 50. WHO. World Health Organization. Physical status: the use and interpretation of anthropometry: report of a WHO expert committee. Switzerland: World Health Organ. Tech. Rep. Ser. 1995;854:1-452. 51. Heyward VH, Wagner DR. Applied body composition assessment. 2nd ed. Champaign, IL: Human Kinetics. 2004. 52. Williams DP, Going SB, Lohman TG, Harsha DW, Srinivasan SR, Webber LS, Berenson GS. Body fatness and risk for elevated blood pressure total 49 cholesterol and serum lipoprotein ratios in children and adolescents. Am. J. Public Health. 1992;82(3):358-63. 53. Houtkooper, LB, Going, SB, Lohman, TG, Roche, AF, and Van Loan, M. 1992. Bioelectrical impedance estimation of fat-free body mass in children and youth: a cross-validation study. J. Appl. Physiol. 72(1):366-73. 54. Biodynamics, 2003-2009. Clinician Desk Reference for BIA Testing. Seatle, WA: Biodynamic Corporation. Available online at: www.biodyncorp.com, accessed in March 18, 2010. 55. Sociedade Brasileira de Hipertensão. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia. III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. 1998. 54p. 56. National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Children and Adolescents. The fourth report on the diagnosis, evaluation, and treatment of high blood pressure in children and adolescents. Pediatrics 2004;114:555-76. 57. Ostchega Y, Carroll M, Prineas RJ, McDowell MA, Louis T, Tilert T. Trends of Elevated Blood Pressure Among Children and Adolescents: Data From the National Health and Nutrition Examination Survey 1988–2006. Am. J. Hypertens. 2009;22(1): 59-67. 58. Medronho RA, Bloch KV, Luiz RR, Werneck GL. Epidemiologia. 2ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. 685p. 59. Landis JR, Koch GG. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics 1977;33(1):159-74. 60. Akaike H. Factor analysis and AIC. Psychometrika 1987;52(3):317–32. 50 APÊNDICES 51 Apêndice 1 – Resultados a serem publicados Artigo a ser submetido aos Cadernos de Saúde Pública, fator de impacto 0,987, Qualis B2 da CAPES para a área Medicina II. Padrão de adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes escolares beneficiários de um Programa Alimentar Padrão adiposidade corporal e fatores associados em adolescentes Clélia de O. Lyra 1*; Severina Carla V. C. Lima 2; Liana G. B. Pinheiro 3; Paulo Roberto de M. Azevedo 4; Ricardo F. Arrais 5; Lúcia de Fátima C. Pedrosa 1 6 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Departamento de Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected] 2 Doutora em Ciências da Saúde da UFRN. Departamento de Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected] 3 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFRN. Departamento de Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected] 4 Doutor em Ciências da Saúde pela UFRN. Departamento de Estatística, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected] 5 Doutor em Ciências, Endocrinologia Clínica pela Universidade Federal de São Paulo. Departamento de Pediatria, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected] 6 Doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo. Departamento de Nutrição, UFRN, Natal, Brasil. Email: [email protected] Autor responsável pelos contatos pré-publicação e correspondência: *Clélia de Oliveira Lyra 58 Apêndice 2 – Resultados a serem publicados Artigo a ser submetido a Revista de Nutrição, fator de impacto 0,395, Qualis B3 da CAPES para a área Medicina II. Critérios de classificação do excesso de peso em adolescentes: qual a melhor escolha? Overweight in adolescents: which is the best criterion for classification? Clélia de Oliveira Lyra1; Severina Carla Vieira Cunha Lima2; Liana Galvão Bacurau Pinheiro3; Natalia Louise de Araujo Cabral4; Hermilla Torres Pereira5; Lúcia de Fátima Campos Pedrosa6 1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected], [email protected]; 2 Doutora em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected]; 3 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected] 4 Aluna de Iniciação Científica do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected] 5 Aluna de Iniciação Científica do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected] 6 Doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo, Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil. Email: [email protected] Autor responsável pela troca de correspondência: *Clélia de Oliveira Lyra 61 APÊNDICE 3 – Listagem das escolas Quadro 1 - Escolas e número de matrículas no Ensino Fundamental – 6º ao 9º Ciclos, segundo a localização em zonas distritais. Natal/RN, 2006. n escolas N alunos ZONA SUL = 09 ESCOLAS matriculados 1 E. M. Carlos Bello Moreno 245 2 E. M. Otto de Britto Guerra 776 3 E. M. Prof. Antonio Severiano 686 4 E. M. Prof. Arnaldo Monteiro Bezerra 242 5 E. M. Prof. Ascendino Henrique de Almeida Júnior 574 6 E. M. Prof. Ulisses de Gois 528 7 E. M. Prof.ª Ivonete Maciel 249 8 E. M. Prof.ª Josefa Botelho 627 9 E. M. São José 201 Subtotal 4.128 ZONA LESTE = 09 ESCOLAS 10 E. M. Monsenhor Joaquim Honório 469 11 E. M. Quarto Centenário 705 12 E. M. Henrique Castriciano 350 13 E. M. João XXIII 360 14 E. M. Juvenal Lamartine 522 15 E. M. Prof. Antonio Campos e Silva 359 16 E. M. Prof.ª Laura Maia 132 17 E. M. Prof.ª Mareci Gomes dos Santos 324 18 E. M. Santos Reis 507 Subtotal 3.728 ZONA OESTE = 19 ESCOLAS 19 E. M. Celestino Pimentel 654 20 E. M. Chico Santeiro 353 21 E. M. Djalma Maranhão 521 22 E. M. Estudante Emanuel Bezerra 1.152 62 23 E. M. Ferreira Itajubá 828 24 E. M. Nossa Senhora das Dores 189 25 E. M. Prefeito Mario Lira 585 26 E. M. Prof. Berilo Wanderley 512 27 E. M. Prof. Bernardo do Nascimento 810 28 E. M. Prof. Francisco de Assis Varela 560 29 E. M. Prof. Luis Maranhão Filho 30 E. M. Prof. Veríssimo de Melo 478 31 E. M. Prof. Zuza 626 32 E. M. Prof.ª Almerinda Bezerra Furtado 816 33 E. M. Prof.ªAngélica de Bezerra Moura 269 34 E. M. Prof.ª Emilia Ramos 666 35 E. M. Prof.ª Francisca Ferreira da Silva 36 E. M. Prof.ª Maria Cristina Osório Tavares 733 37 E. M. São Francisco de Assis 712 1.149 1.181 Subtotal 12.794 ZONA NORTE = 30 ESCOLAS 38 E. M. Irmã Arcangela 1.192 39 E. M. João Paulo II 771 40 E. M. Jornalista Erivan França 637 41 E. M. Monsenhor José Alves Landim 689 42 E. M. Nossa Srª da Apresentação 581 43 E. M. Nossa Srª dos Navegantes 598 44 E. M. Prof. Amadeu Araujo 1.087 45 E. M. Prof. Eudo José Alves 265 46 E. M. Prof. Herly Parente 332 47 E. M. José de Andrade Frazão 727 48 E. M. Prof. José do Patrocínio Pereira Pinto 845 49 E. M. Laércio Prof. Fernandes Monteiro 658 50 E. M. Prof. Reginaldo Ferreira Neto 711 51 E. M. Prof. Waldson José Bastos Pinheiro 969 52 E. M. Prof.ª Adelina Fernandes 1.037 53 E. M. Prof.ª Dalva de Oliveira 1.126 63 54 E. M. Prof.ª Francisca de Oliveira 142 55 E. M. Prof.ª Iapissara Aguiar de Souza 598 56 E. M. Prof.ª Lourdes Godeiro 196 57 E. M. Prof.ª Maria Dalva Gomes Bezerra 436 58 E. M. Prof.ª Maria Madalena Xavier de Andrade 713 59 E. M. Malvina Cosme 511 60 E. M. Prof.ª Maria Alexandrina Sampaio 61 E. M. Prof.ª Palmira de Souza 503 62 E. M. Prof.ª Tereza Paulino 810 63 E. M. Prof.ª Zuleide Fernandes de Macedo Silva 711 64 E. M. Santa Catarina 351 65 E. M. Prof.ª Vera Lúcia Soares Barros 320 66 E. M. Vereador José Sotero 677 1.077 Subtotal 19.270 Total 39.920 64 APÊNDICE 4 – Operacionalização da coleta de dados Figura 1 – Operacionalização da coleta de dados. Adaptado do projeto Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares entre adolescentes beneficiários do PNAE. Natal/RN, 2006. 66 Apêndice 6 – Participações em cursos e eventos 2007 Participação em Curso de Atualização Análise de Regressão Múltipla – 40h / Extensão Universitária/USP/Faculdade de Saúde Pública, ministrado pela profa. Titular Rosário Latorre Coordenação de Curso de Extensão Universitária para capacitação de alunas do curso de graduação em Nutrição, intitulado: Antropometria: um curso prático. Ministrante de Curso EPI-INFO 6.04 para a equipe do projeto Fatores de risco para doenças cardiovasculares entre adolescentes escolares beneficiários do PNAE/RN (8h) 2008 Apresentações em Congressos Científicos: 1- Tema Livre Oral. Dislipidemias em escolares adolescentes da cidade do Natal. Estudo Piloto. 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia – Curitiba/PR. Período: 06 a 10/09/2008. 2- Pôster. Prevalência de Obesidade Centralizada e Gordura Corporal elevada em adolescentes de escolas municipais de Natal-RN. VIII Congresso Norte Nordeste de Nutrição Clínica – Fortaleza/CE. Período 16 a 18/10/2008. 3- Pôster. Prevalência de Hipertensão arterial e sobrepeso/obesidade de adolescentes escolares – Natal/RN. V Congresso de Hipertensão SBC/DHA – Natal/RN. Período: 30/10 a 01/11/2008. 4- Pôster. Perfil lipídico de adolescentes beneficiários do PNAE-Natal/RN. Um estudo piloto. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. 5- Pôster. Avaliação da atividade física habitual de adolescentes da rede municipal de ensino do distrito sul de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. 6- Pôster.Consumo de sódio em adolescentes da rede municipal de ensino do distrito sul de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. 67 7- Pôster. Obesidade centralizada entre adolescentes beneficiários do PNAE do município de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. Orientadora. 8- Pôster. Índice de Conicidade em adolescentes beneficiários do PNAE da rede municipal de Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008. Orientadora. 9- Pôster. Hipertensão arterial e estado nutricional de adolescentes escolares beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar Natal/RN. XIX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 20 a 25/10/2008.Orientadora. 2009 Apresentações em Congressos Científicos: 1- Pôster. Pressão arterial elevada e distribuição da gordura corporal: comparação entre adolescentes com sobrepeso/obesidade e peso adequado. 10º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 01 a 04/09/2009. 2- Pôster. Obesidade Centralizada e predição da pressão arterial elevada em adolescentes: comparação entre dois critérios de classificação. 10º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 01 a 04/09/2009. 3- Pôster. Pressão arterial elevada e distribuição da gordura corporal: comparação entre adolescentes com sobrepeso/obesidade e peso adequado. 10º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 01 a 04/09/2009. 4- Pôster. Avaliação da atividade física habitual de adolescentes das escolas municipais de Natal. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009 5- Pôster. Avaliação do consumo alimentar de adolescentes beneficiários do PNAE-Natal/RN: um estudo piloto. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009 6- Pôster. Consumo de sódio em escolares da cidade de Natal. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009 68 7- Pôster. Dislipidemias em adolescentes beneficiários do PNAE -Natal/RN - Um Estudo Piloto. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009 8- Pôster. Hipertensão arterial e estado nutricional de adolescentes de escolas públicas de Natal/RN – 2007/2008. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009. Orientadora. 9- Pôster. Índice de conicidade em adolescentes beneficiários do PNAE de dois distritos sanitários da Cidade do Natal-RN. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009. Orientadora. 10- Pôster. Obesidade centralizada entre adolescentes beneficiários do PNAE de dois distritos sanitários da Cidade do Natal-RN. XX Congresso de Iniciação Científica – Natal/RN. Período: 19 a 21/10/2009. Orientadora 2010 Apresentações em Congressos Científicos: 1- Pôster. Excesso de Peso avaliado pelo IMC/Idade em adolescentes: comparação entre dois critérios de classificação. 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010. 2- Poster. Índice de Conicidade em adolescentes beneficiários do PNAE de dois distritos sanitários da cidade de Natal-RN. 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010. 3- Pôster. Ingestão de sódio através do consumo de alimentos industrializados pelos adolescentes de escolas municipais de Natal-RN, no XVI Congresso de Iniciação Científica, 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010. 4- Pôster. Consumo alimentar e atividade física de adolescentes de escolas municipais do Distrito Norte da cidade de Natal-RN, no XVI Congresso de Iniciação Científica, 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010. 5- Pôster. Consumo alimentar e hipercolesterolemia em adolescentes, no XVI Congresso de Iniciação Científica. 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010. 70 2012 Apresentações em Congressos Científicos: 1. Comunicação Oral Curta. Composição corporal de adolescentes beneficiários do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Natal-RN. World Nutrition Rio 2012. ABRASCO. Período: 27 a 30/04/2012. 2. Comunicação Oral Curta. Riscos cardiovasculares associados em adolescentes jovens. World Nutrition Rio 2012. ABRASCO. Período: 27 a 30/04/2012. 3. Comunicação Oral Curta. Consumo alimentar de fibra dietética por adolescentes da rede municipal de ensino de Natal-RN. World Nutrition Rio 2012. ABRASCO. Período: 27 a 30/04/2012. 4. Comunicação Oral Curta. Padrões dietéticos de estilo de vida e de risco cardiovascular em adolescentes. World Nutrition Rio 2012. ABRASCO. Período: 27 a 30/04/2012. Experiência em Conselho editorial e/ou como Revisor de periódicos científicos: 1. Revisora Ad hoc – Projetos de Pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PROPESQ) – 20102011. 2. Revisora Ad hoc – Revista NUTRIRE – 2011. 71 Apêndice 7 – Participação em Projetos de Pesquisa Projetos registrados na Pró-reitoria de Pesquisa da UFRN Coordenadora – Subprojetos Fatores de risco para doenças cardiovasculares PVD3320-2012 Composição corporal entre adolescentes escolares de Natal/RN: um estudo abrangente * PVD866-2008 Prevalência de Hipertensão Arterial e Avaliação da Composição Corporal de Adolescentes Beneficiários do Programa de Alimentação Escolar da Rede Municipal de Ensino de Natal-RN * Colaboradora Projetos com financiamento externo PVD745-2009 Fatores de risco para doenças cardiovasculares . Coordenadora: Lucia de Fátima Campos Pedrosa Schwarzschild. CNPq, edital 002-2006, processo nº 478287-06-2. PVD8443-2012 Envelhecimento humano e saúde – a realidade dos idosos institucionalizados da cidade do Natal/RN Coordenador: Kenio Costa de Lima. Edital FAPERN/CNPq 003/2011 - Programa de Apoio a Núcleos Emergentes PRONEM. Subprojetos Fatores de risco para doenças cardiovasculares PVD1392-2010 Perfil lipídico e consumo alimentar de adolescentes beneficiários do PNAE – Natal/RN - um estudo piloto. Coordenadora: Severina Carla Vieira Cunha Lima * PVD6902-2011 Prevalência de inadequação da ingestão de nutrientes e fatores associados em adolescentes da cidade de Natal-RN. Coordenadora: Severina Carla Vieira Cunha Lima. * VD3574-2010 Estimativa da ingestão de sódio através do consumo de alimentos industrializados pelos adolescentes de escolas municipais de NatalRN. Coordenadora: Liana Galvão Bacurau Pinheiro * 69 6- Apresentação oral. Fatores de risco para Aterosclerose em adolescentes: Um estudo de prevalência. 65º Congresso Brasileiro de Cardiologia, 2010 realizado em Belo Horizonte-MG. Data: 27/09/2010, auditório 17, nº 19376. 7- Pôster. Composição Corporal de adolescentes escolares de dois distritos de Natal/RN: evidenciando o método das dobras cutâneas. XVI Congresso de Iniciação Científica, 62ª Reunião Anual da SBPC. Natal – RN. Período: 25 a 30/07/2010. Orientadora 2011 Apresentações em Congressos Científicos: 1. Pôster. Composição Corporal e Maturação Sexual em Adolescentes: qual sua relação? 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011. 2. Pôster. Padrões Dietéticos e de Estilo de Vida em uma amostra de Adolescentes Brasileiros. 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011. 3. Pôster. Práticas Alimentares de Escolares da Rede Pública de Ensino de Natal: Indicadores Positivos de Alimentação Saudável? 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011. 4. Pôster. Alimentos Industrializados e Consumo de Sódio por Adolescentes. 11º Congresso Nacional da SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Período: 20 a 23/06/2011. 5. Pôster. Composição Corporal de Adolescentes da Rede Pública Municipal de Ensino em dois distritos sanitários de Natal-RN. XXII Congresso de Iniciação Científica – UFRN. Período: 17 a 20/10/2011. Orientadora. 73 ANEXOS 72 PVD3611-2010 Qualidade da dieta de adolescentes estudantes da rede pública de ensino de Natal: indicadores positivos de alimentação saudável. Coordenadora: Célia Márcia Medeiros de Morais * Projetos com financiamento interno PVD7034-2011 Avaliação do programa do leite em uma unidade de saúde do município de Natal: qualidade nutricional do leite oferecido. Coordenadora: Karla Danielly da Silva Ribeiro PVD7064-2012 Prevalência e fatores associados à desnutrição em idosos institucionalizados. Coordenador: Kenio Costa de Lima PVD8297-2012 Síndrome metabólica e consumo alimentar e dietético em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesidade. Coordenadora: Severina Carla Vieira Cunha Lima PID7775-2011 Prevalência de desnutrição em idosos institucionalizados Coordenador: Kenio Costa de Lima 74 ANEXO 1 – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa 75 76 ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados Formulário 1 – Reunião com os pais 77 ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação. Formulário 2 – primeira coleta de dados 78 ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação. Formulário 3 – Pressão arterial – primeira coleta de dados 79 ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação. Formulário 4 –Pressão arterial e maturação sexual – segunda coleta de dados 80 ANEXO 2 – Formulários padronizados para coleta de dados. Continuação. Formulário 5 – Antropometria – segunda coleta de dados 81 ANEXO 3 – Publicação como autora de artigo 82 ANEXO 4 – Submissão como autora de artigo Artigo a ser submetido a Nutrición Hospitalaria, fator de impacto 0,926 e Qualis B2 da CAPES para a área Medicina II. Concordância entre métodos de composição corporal em adolescentes com excesso de peso Agreement between body composition methods impedance in overweight adolescents Natália Louise de Araújo Cabral 1; Severina Carla Vieira Cunha Lima2, Lucia de Fátima Campos Pedrosa2, Clélia de Oliveira Lyra2 1 Aluna de Iniciação Científica do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2 Professoras do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Autor para correspondência Clélia de Oliveira Lyra 83 ANEXO 5 – Publicação como autora de artigo