Boletim Informativo da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica Nº 1 / Janeiro 2011 / Suplemento do Jornal Vida Económica EDITORIAL Assembleia Geral da AIMMAP Aníbal Campos Presidente da Direcção da AIMMAP Pág. 4 AIMMAP reuniu com Secretária de Estado da Modernização Administrativa A missão do CENFIM Como é sabido, o CENFIM foi constituído em 1985, numa parceria entre, por um lado, as empresas do sector metalúrgico e metalomecânico – legitimamente representadas pela AIMMAP e pela ANEMM —, e, por outro lado, o Estado português, representado para o efeito pelo IEFP. Actualmente, o CENFIM é o mais importante centro protocolar de formação em Portugal, reflectindo dessa forma a relevância e a dimensão daquele que é o principal sector da indústria transformadora nacional, seja ao nível do emprego gerado, seja no que concerne ao respectivo volume de negócios, seja, finalmente, no que se refere às suas exportações. Mas, independentemente disso, pelo trabalho que desenvolveu ao longo de 25 anos de actividade ininterrupta, o CENFIM é hoje uma referência de qualidade e excelência no domínio da formação e da qualificação em Portugal. Uma das principais marcas distintivas do CENFIM é seguramente o facto de sempre ter sabido assumir-se como um verdadeiro cúmplice das empresas do sector metalúrgico e metalomecânico no esforço de qualificação dos respectivos colaboradores. E é seguramente nessa ligação fortíssima entre o CENFIM e a indústria que reside a principal razão do seu sucesso. O CENFIM foi concebido, única e exclusivamente, para servir as empresas do sector metalúrgico e metalomecânico em Portugal. A missão do CENFIM é pois muito clara: promover a formação e a qualificação dos trabalhadores deste sector e, dessa forma, contribuir para que as empresas sejam mais eficientes e competitivas. Infelizmente, em Portugal, há sempre quem não resista a tentar instrumentalizar as instituições que funcionam bem, tentando orientá-las para outro tipo de actividades. No que concerne ao CENFIM, as empresas e as associações deste sector não poderão permitir que isso suceda. Nomeadamente, teremos de nos opor de forma veemente a que o CENFIM seja forçado a dispersar-se em actividades menores e que não acrescentam valor algum à economia portuguesa. Tentar orientar o CENFIM para actividades de propaganda ou de mera cosmética seria um verdadeiro crime de lesa-economia. A vocação do CENFIM é a de servir as empresas e não a de trabalhar para estatísticas. Se o Estado português pretende reduzir o número de desempregados em Portugal – como aliás todos desejamos —, ao invés de tentar obrigar as instituições de formação a inventar acções artificiais para tentar disfarçar a taxa de desemprego, terá sim de criar condições objectivas para que as empresas criem mais postos de trabalho. E sendo certo que todos concordamos com o objectivo de elevar os níveis de habilitações dos portugueses, para esse efeito, o caminho a seguir será seguramente o de melhorar o sistema de ensino e não a via fácil mas perversa de pressionar o CENFIM e os restantes centros de formação a dedicarem-se preferencialmente à implementação de cursos no âmbito das chamadas Novas Oportunidades. As empresas precisam de formação substantiva para os seus trabalhadores. A economia portuguesa carece de trabalhadores qualificados e de empresas competitivas. Por favor, deixem o CENFIM continuar a contribuir para a prossecução desses dois objectivos fundamentais. Foi para isso que o criámos e é essa a sua única missão. Pág. 5 DESTAQUE SNA Europe comemora 40 anos de actividade em Portugal A SNA Europe Industries, S.A é uma empresa há muito associada da AIMMAP, estando actualmente integrada no grupo multinacional de capital norte-americano SNAP-On. Pág. 2 CEI - Companhia de Equipamentos Industriais, Lda Um exemplo de excelência e inovação Pág. 3 INDELAGUE inaugurou novas instalações Pág. 3 ADIRA recebeu Prémio de Inovação Pág. 2 2 sexta-feira, 7 Janeiro 2011 ASSOCIADOS SNA EUROPE INDUSTRIES, S.A. comemora 40 anos de actividade em Portugal A SNA Europe [Industries], S.A. é uma empresa há muito associada da AIMMAP, estando actualmente integrada no grupo multinacional de capital norte-americano SNAP-ON. Localizada em Junqueira, Vila do Conde, a SNA Europe [Industries], S.A. produz limas, serras e serrotes, com várias marcas de reputação mundial, com especial destaque para a BAHCO. A empresa foi constituída em Portugal em 1970, fundada então pela empresa sueca OBERG – a qual, por seu turno, veio mais tarde a ser adquirida pelo já referido grupo norte-americano SNAPON. No presente ano de 2010 a empresa portuguesa completa assim o seu quadragésimo aniversário. De igual modo, a OBERG completa 160 anos de actividade. No sentido de assinalar condignamente as duas efemérides, a SNA Europe Industries, S.A. organizou um jantar de comemoração no passado dia 1 de Dezembro, em Vila do Conde. No referido jantar estiveram presentes praticamente todos os trabalhadores da empresa, sendo igualmente de assinalar a presença de um número muito significativo dos principais gestores do grupo SNAP-ON, os quais se deslocaram a Portugal para tal efeito. A esse respeito terá de realçarse muito particularmente as presenças do “chairman” e CEO do grupo SNAP-ON, Nick Pinchuk, e do Presidente da Divisão SNA Europe, Jean-Pierre Levrey. A AIMMAP foi igualmente convidada, tendo comparecido no jantar com o maior gosto e or- gulho, representada para o efeito pelo seu Vice-Presidente Executivo Rafael Campos Pereira. Durante a sessão houve lugar a um momento de discursos, tendo intervindo, sucessivamente, a Administradora Delegada e Directora-Geral da empresa, Maria João Vieira, o Coordenador da Comissão de Trabalhadores e finalmente o Chairman do grupo SNAPON, Nick Pinchuk. Nick Pinchuk, líder carismático do grupo e uma personalidade de referência no mundo empresarial norte-americano, fez um discurso de grande significado e densidade, tendo empolgado a audiência com a garantia de que o grupo a que preside está altamente satisfeito com a performance da empresa portuguesa e que, nesse sentido, a presença em Portugal é para manter e consolidar. Fez ainda referência à forma positiva como os trabalhadores da empresa estão a adaptar-se às melhorias introduzidas no processo produtivo, o que, conforme disse, é um sinal de que a SNA Europe Industries, S.A. tem todas as condições para continuar a crescer e a ser cada vez mais competitiva nos mercados globais. Sublinha-se que, tal como já tivemos oportunidade de sublinhar em trabalho publicado numa anterior edição do “Metal”, esta empresa associada da AIMMAP está actualmente reconhecida no próprio grupo multinacional em que se insere como uma das mais competitivas e qualificadas do referido grupo. De igual modo, também no seio da AIMMAP a SNA Europe Industries, S.A. é tida como um excelente exemplo de uma empresa do sector metalúrgico e metalomecânico que consegue ser, a partir de Portugal, altamente competitiva nos diferentes mercados mundiais. É de destacar o investimento efectuado permanentemente pela empresa nos chamados factores de diferenciação, como por exemplo a qualidade, a melhoria contínua e a inovação, o que potencia um altíssimo nível de eficiência produtiva. Num outro contexto, a empresa tem fomentado com sucesso políticas de responsabilidade social, apostando muito particularmente na criação de um ambiente de consenso e diálogo social. Este trabalho tem vindo a ser desenvolvido por uma jovem equipa de gestão, excepcionalmente liderada nos últimos 5 anos pela administradora Maria João Vieira. Maria João Vieira foi entretanto chamada a assumir outras responsabilidades na Comissão de Gestão do grupo SNAP-ON, o que se irá concretizar a partir do próximo dia 1 de Janeiro de 2011. Consequentemente, a partir de tal data será substituída na Administração e Direcção Geral da empresa por Pedro Azevedo, o qual, por seu turno, tem exercido elevadas funções no grupo, tendo feito parte ao longo dos últimos anos ADIRA recebeu Prémio de Inovação A ADIRA, S.A. recebeu, no âmbito da Feira EMAF 2010, que decorreu de 10 a 13 de Novembro do corrente ano, o “Prémio Inovação Nacional Leonardo Da Vinci”. O prémio em causa foi atribuído ao projecto desenvolvido por aquela empresa de uma nova gama LF, uma máquina de corte por laser que utiliza a recente tecnologia de “laser de fibra”. A máquina agora premiada - Adira LF e cortar aço inoxidável até 8 mm e aço ao carbono até 18 mm. Permite cortar metais reflectivos como alumínio, cobre ou latão, o que faz da Adira LF uma ferramenta muito flexível para jobshops. A produtividade da máquina é máxima, pois atinge velocidades de corte de 40 m/min, velocidade de posicionamento de 280 m/ min e aceleração de 2,8 G. Devido à enorme performance, ao rendimento energético e à reduzida manutenção, a Adira LF oferece o menor custo de processamento. Fundada em 1956, a Adira é uma empresa do Porto que desde o início apostou em inovação e exportação. Sob o signo da “inovação permanente”, a Adira é hoje um “player” mundial na produção de máquinas para trabalhar chapa, estando presente em 36 mercados, sendo que, só nos EUA, tem mais de 5000 máquinas instaladas. Para além de muitos outros, tem como clientes empresas ou instituições como a NASA, a Siemens, Bombardier, a Boeing e a Air France. Recorda-se que a ADIRA é sócia fundadora da AIMMAP, tendo mantido uma ligação muito próxima a esta associação ao longo dos 54 anos de vida desta. ■ da Direcção da Divisão SNA Europe, sediada em Paris. No que concerne ao grupo SNAPON, é o mesmo um dos maiores grupos empresariais com sede nos Estados Unidos da América, empregando actualmente cerca de 15 000 trabalhadores em todo o mundo e tendo registado no ano anterior um volume de negócios de aproximadamente 3.000.000.000,00 (três mil milhões de euros). A AIMMAP regista com grande satisfação que um grupo económico de tal dimensão e importância continue a apostar de forma entusiástica em Portugal para, a partir daqui, continuar a produzir produtos de elevada qualidade.■ sexta-feira, 7 Janeiro 2011 3 ASSOCIADOS CEI – COMPANHIA DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, LDA Um exemplo de excelência e inovação N o passado dia 25 de Novembro a AIMMAP deslocouse às excelentes instalações da CEI – Companhia de Equipamentos Industriais, Lda, sitas em S. João da Madeira. Representada pelo Vice-Presidente Executivo Rafael Campos Pereira e pela Directora-Geral Mafalda Gramaxo, a AIMMAP foi na ocasião magnífica e cordialmente recebida pelo sócio-gerente Fernando Sousa. A CEI foi constituída em 1995, dedicando-se à produção de máquinas e equipamentos de grande incorporação tecnológica e altamente customizados. Com efeito, a produção da empresa está completamente orientada para as necessidades dos respectivos clientes. Deve sublinhar-se a grande versatilidade da empresa, a qual produz equipamentos para os mais diversos sectores de actividade, com grande destaque para a indústria do calçado e para a indústria das pedras ornamentais, mas sem esquecer outros segmentos da economia, como por exemplo a restauração. É importante frisar que as máquinas produzidas pela CEI têm desempenhado um papel fundamental no crescimento assinalável da indústria nacional do calçado ao longo dos últimos anos. Muito concretamente, há a destacar nesse âmbito as máquinas de corte por jacto de água, das quais a CEI é a única fabricante em Portugal. Em conjunto com a ZIPOR – Equipamentos e Tecnologia Industrial, S.A. – na qual a CEI detém uma participação largamente maioritária -, esta empresa associada da AIMMAP factura cerca de 4.500.000,00 por ano. Deste volume de negócios há uma parte muito significativa que resulta da forte actividade exportadora da empresa, a qual vende actualmente os seus produtos em aproximadamente 40 países diferentes. No total as duas empresas em conjunto – CEI e ZIPOR -, empregam cerca de 60 pessoas, das quais uma esmagadora maioria tem qualificações académicas superiores. O crescimento da CEI tem sido dado passo a passo de forma sustentada e com uma estratégia muito bem definida. Actualmente, a CEI começa já a ter uma presença marcante na indústria metalomecânica portuguesa e na própria economia nacional, o que é naturalmente o resultado prático da estratégia que os seus responsáveis têm implementado. Nesse âmbito, para além da questão fulcral, consubstanciada na sua orientação para as necessidades dos clientes, há a destacar o investimento contínuo e permanente da empresa nos chamados factores de diferenciação. Em primeiro lugar uma aposta verdadeiramente intensiva na inovação. Inclusivamente, pode dizerse sem riscos de exagero que na que vivemos, dificilmente poderá haver ganhos de produtividade sem inovação. Outra área de aposta da CEI é a Investigação + Desenvolvimento, para a qual a empresa canaliza uma grande parte das suas receitas anuais. Para a excelente performance da empresa neste domínio da I+D tem contribuído seguramente de forma substancial a grande ligação da CEI CEI se respira inovação. A capacidade de inovação mas também a vontade de inovar são seguramente os traços marcantes de uma empresa que está bem consciente de que, no mundo em às universidades, institutos politécnicos e entidades do sistema científico e tecnológico nacional, com especial destaque para o INESC Porto. A propriedade industrial é tam- bém uma área importante em que a CEI tem procurado investir para se poder diferenciar, sendo de sublinhar, nesse âmbito, uma aposta interessante tanto no desenvolvimento de marcas próprias como também no de patentes. Para além de tudo o que antecede, a CEI é também um bom exemplo de intervenção cívica e associativa. Para além de filiada na AIMMAP e na PRODUTECH, a CEI faz questão igualmente de estar filiada nas associações representativas dos sectores para que trabalha, como são os casos concretos da APICAPPS (calçado) e da ASSIMAGRA (rochas e pedras ornamentais). E mais ainda do que estar apenas filiada, a CEI participa activamente na gestão associativa, sendo de referir que o sócio gerente da empresa, Fernando Sousa, é actualmente Vice-Presidente da Direcção da AIMMAP e Vogal do Conselho de Administração da PRODUTECH. A AIMMAP, que teve oportunidade de conhecer com algum detalhe as instalações da CEI, numa visita guiada por Fernando Sousa, faz questão de deixar enfatizado nestas linhas o seu orgulho pela notável capacidade desta empresa, a qual é verdadeiramente um exemplo de excelência e inovação. ■ INDELAGUE inaugurou novas instalações A INDELAGUE inaugurou no passado dia 12 de Dezembro as suas novas instalações, numa cerimónia que contou com as presenças do Governador Civil de Aveiro, José Mota, do presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Nadais, bem como de clientes, fornecedores, amigos e colaboradores da empresa. A AIMMAP esteve também presente na inauguração, representada pela DirectoraGeral, Mafalda Gramaxo. A empresa foi criada há 33 anos, na zona industrial do Vale do Grou, onde ainda mantém uma unidade fabril e mudou entretanto para um espaço mais amplo, com 17 mil metros quadrados de área coberta. Actualmente, a INDELAGUE tem um quadro de pessoal que regista uma idade média de 36 anos, sendo composto por 17 pessoas ao nível de quadros superiores, oito quadros técnicos e 80 operadores fabris. A construção da unidade fabril agora inaugurada e o equipamento necessário envolveram um investimento global no montante de nove milhões de euros, financiado por capitais próprios e alheios, sem contar com qualquer fundo ou subsídio comunitário e estatal. O evento começou bem cedo com o descerramento da lápide comemorativa, por José Mota e por Armando Silva, fundador da empresa e pai do actual administrador da empresa, Fernando Silva. Seguiu-se uma visita às instalações fabris, que foram benzidas pelo pároco Manuel Dias, tendo Fernando Silva dirigido algumas palavras aos convidados: “A implementação desta unidade fabril era imprescindível para assegurar a continuidade e expansão futura da empresa, caso contrário continuaria a ser uma fábrica de mão-deobra intensiva que produzia pouco mais que calhas e aparelhos de iluminação de baixo valor acrescentado e estaria condenada à extinção a médio prazo”, afirmou o administrador da INDELAGUE, para quem “hoje a empresa apresenta soluções globais de iluminação desenvolvidas pela sua área de inovação e desenvolvimento, de molde a satisfazer as necessidades do mercado, permitindo a sua implementação rápida graças à tecnologia existente”. De seguida, Fernando Silva homenageou oito funcionários pela longevidade, confiança e dedicação ao longo destes anos. Carlos Alberto, Élia Correia, António Teixeira, António Fonseca da Silva, Ana Sofia, Sandra Sá, João Gomes e João Barrigas foram os funcionários condecorados com uma medalha que assinalou a sua dedicação à empresa. O presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Nadais, classificou a INDELAGUE com um exemplo a seguir no panorama industrial. “Não é qualquer pessoa que faz um investimento destes num tempo que todos classificam de crise”, disse, frisando ainda que “quando aqui vim a primeira vez pensei que era um espaço grande de mais, mas, hoje, reparo porque fizeram este investimento, que é um sinal forte do crescimento que a empresa atingiu e espera atingir nos próximos anos”. O Governador Civil de Aveiro, José Mota, por sua vez, elogiou a forma como a INDELAGUE cresceu ao longo dos anos e acabou por deixar alguns “recados”: “Tenho pena que os profetas da desgraça, que todos os dias chegam a nossas casas a fa- lar da crise, não tenham a coragem de vir a empresas como esta para verem como se trabalha no desenvolvimento do país”, referiu, lembrando que “pelo que vi hoje, até os funcionários têm gosto de trabalhar na INDELAGUE, pela forma como são tratados pelos seus patrões e pelos objectivos que têm para atingir nos próximos anos”. Para José Mota, “esta empresa é um exemplo a seguir no distrito de Aveiro e em Portugal”.■ 4 sexta-feira, 7 Janeiro de 2011 AIMMAP ASSEMBLEIA GERAL DA AIMMAP APROVA ORÇAMENTO E ACTIVIDADES R ealizou-se no passado dia 20 de Dezembro mais uma reunião da Assembleia Geral da AIMMAP. A ordem de trabalhos da reunião foi a seguinte: Discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2011; Tabela de quotizações para o ano de 2011; Discussão e votação de projecto de alterações aos Estatutos da AIMMAP e Outros assuntos. A sessão foi presidida pela Secretária da Mesa da Assembleia Geral, Raquel Santos, tendo sido secretariada pela Directora-Geral Mafalda Gramaxo. Iniciados os trabalhos, entrando-se no primeiro ponto da ordem de trabalhos, foi efectuada uma intervenção de enquadramento e explicação do Plano de Actividades e do Orçamento, por parte do Presidente da Direcção, Aníbal Campos. O Presidente da AIMMAP começou por fazer um breve retrato da difícil situação económica da Europa em geral e de Portugal muito em particular. Sublinhou que as duas razões mais fortes para esta situação de crise são em seu entendimento a globalização desregulada e a política de desindustrialização infelizmente encetada pelos responsáveis políticos europeus ao longo dos últimos anos. Enunciou igualmente como causas da fraqueza da economia europeia - e muito particularmente da sua indústria -, entre outras, o endividamento e a falta de liquidez de estados, bancos e empresas, as dificuldades no acesso ao financiamento bancário, as oscilações dos custos das matérias-primas, os aumentos dos preços da energia e dos combustíveis ou a cotação em alta do euro face ao dólar. Conforme Aníbal Campos fez questão de sublinhar, é neste ambiente verdadeiramente hostil que a indústria metalúrgica e me- talomecânica portuguesa é obrigada a viver e competir com as suas congéneres dos mais variados pontos do globo. Não obstante, tal como referiu o Presidente da Direcção da AIMMAP, o sector metalúrgico e metalomecânico português, ainda que neste contexto difícil, tem conseguido diferenciar-se muito positivamente. Essa performance mais positiva do sector é resultado não só do desenvolvimento de estratégias estruturadas de crescimento por parte de muitas das suas empresas como também do apoio que lhes tem sido dado aos mais variados níveis por parte de um conjunto de entidades de suporte, como a própria AIMMAP, o CATIM, o CENFIM, o INEGI, o INESC Porto, a PRODUTECH ou a CERTIF. Tal como o Presidente da Direcção da AIMMAP enfatizou, o plano de actividades da associação para o exercício de 2011 visa essencialmente continuar a contribuir para a diferenciação das empresas do sector, através de acções bem estruturadas nas áreas da internacionalização, da inovação, da formação, da cooperação, da propriedade industrial ou da certificação. De igual modo, a AIMMAP prosseguirá um conjunto alargado de actividades no sentido de defender os legítimos interesses das suas empresas, reclamando e exigindo junto do poder político e da administração pública a tomada de medidas que dêem resposta efectiva às necessidades das empresas. O apoio às empresas na área da consultadoria continuará igualmente a ser uma prioridade para a AIMMAP, a qual terá seguramente oportunidade de continuar a evidenciar a excelência do seu trabalho nesse tão importante domínio. Sem prejuízo de muitas outras iniciativas identificadas na proposta de Programa de Actividades, Aníbal Campos concluiu a sua intervenção sobre tal proposta com uma referência detalhada ao estudo do sector metalúrgico e metalomecânico levado a efeito por uma empresa especializada, tendo ainda anunciado que o estudo em causa seria divulgado publicamente e seria além disso submetido à apreciação e discussão dos associados. Quanto à proposta de Orçamento, o Presidente da Direcção da AIMMAP esclareceu que a mesma é muito semelhante em termos qualitativos e quantitativos ao Orçamento cumprido em 2010. Seguidamente, submetido o Programa de Actividades e Orçamento à votação dos associados, foi tal documento aprovado por unanimidade. No segundo ponto da ordem de trabalhos, foi apresentada à assembleia a tabela de quotizações para 2011. Nesse âmbito, Aníbal Campos explicou que a Direcção decidira apresentar uma proposta nos termos da qual se mantinham inalterados os valores das quotas dos associados efectivos. A única alteração relativamente à tabela em vigor seria a fixação de quotas para os associados aderentes e os associados correspondentes – figuras de sócios criadas já em 2010. Submetida à votação foi a referida proposta aprovada por unanimidade. Tendo sido dado início à discussão do terceiro ponto da ordem de trabalhos, interveio o Vice-Presidente Executivo da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, o qual teve oportunidade de referir que a proposta de alteração dos Estatutos era sequência de uma interpelação nesse sentido por parte do Ministério do Trabalho. Explicitou em seguida as alterações que estavam em causa na proposta, tendo recordado que o assunto fora oportunamente abordado com detalhe no jornal “Metal”. Finda a discussão do ponto, a proposta de alteração dos Estatutos apresentada pela Direcção foi aprovada por unanimidade. Finalmente, entrou-se no quarto ponto da ordem de trabalhos, sendo de destacar a Essa performance mais positiva do sector é resultado não só do desenvolvimento de estratégias estruturadas de crescimento por parte de muitas das suas empresas como também do apoio que lhes tem sido dado aos mais variados níveis por parte de um conjunto de entidades de suporte, como a própria AIMMAP, o CATIM, o CENFIM, o INEGI, o INESC Porto, a PRODUTECH ou a CERTIF intervenção de José Sardinha, em representação da SETDI, o qual colocou à consideração dos associados e da Direcção uma interessante proposta no sentido de procurar verificar se há condições para instalação na cidade do Porto de um Museu da indústria metalúrgica e metalomecânica.■ Programa de Formação Acção de apoio às PME apresenta balanço extremamente positivo I ncremento de vendas, aumento do nível do emprego (que se estima atingir um crescimento de 8%), melhoria da qualidade de vida, crescimento nas exportações, desenvolvimento das políticas de inovação, optimização dos recursos existentes, diminuição dos incobráveis, foram entre outras, as expressões ouvidas recorrentemente ao longo das exposições de cada um dos participantes na avaliação final da Segunda Acção do Programa de Formação – Acção promovido pela Academia PME que se destina a Pequenas e Médias Empresas e em que a AIMMAP é Entidade Beneficiária e o CENFIM a Entidade Formadora. Este último encontro – que decorreu no passado dia 15 de Dezembro - foi assim consagrado a um balanço global por parte de todos os agentes participantes, tendo sido o resultado extremamente positivo e profundamente gratificante para todos os que se empenharam na sua realização. De salientar que as catorze empresas participantes neste programa consideraram esta segunda acção como “Boa ou Muito Boa” o que é interpretado pelos responsáveis por esta iniciativa como o resultado da qualidade das acções formativas, da intervenção dos consultores nas empresas que se pautou ao nível da excelência e da organização adoptada e mantida ao longo de todo o projecto. Mas sobretudo, estes resultados só foram possíveis em virtude do enorme empenho e dedicação de todas as empresas participantes e dos seus representantes que nunca deixaram de constituir um factor de grande exigência no trabalho desenvolvido. Não surpreendeu portanto que as catorze empresas tenham manifestado um “Grande ou Fundamental Interesse” na participação futura em acções deste tipo o que é igualmente revelador por um lado das enormes vantagens que este programa apresenta junto das PME´s e por outro lado, do cariz profissional e orientado à excelência que a AIMMAP em colaboração com o CENFIM devotaram e esta projecto que agora termina. De salientar ainda o fortíssimo espírito de equipa desenvolvido entre todos os intervenientes (participantes, formadores e consultores) o que sem dúvida contribuiu para que este evento se tenha tornado como uma das melhores acções de formação para PME’s organizadas pela AIMMAP, em que a acção do CENFIM como entidade formadora foi preponderante e incontornável. Como já tivemos ocasião de manifestar noutras ocasiões o Programa de Formação - Acção Academia PME, corresponde ao Eixo 3.1.1 – Formação - Acção para PME’s do Programa Operacional Potencial Humano e confirma-se como o melhor dos programas de formação existentes actualmente no QREN que são dirigidos às PME´s constituindo uma excelente oportunidade para o desenvolvimento dos empresário e das suas empresas. sexta-feira, 7 Janeiro de 2011 5 AIMMAP AIMMAP reuniu com Secretária de Estado da Modernização Administrativa N o passado dia 14 de Dezembro teve lugar nas instalações da CIP – Confederação Empresarial Portuguesa, em Lisboa, uma reunião entre algumas associações empresariais e a Secretária de Estado da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques. A reunião teve em vista a transmissão àquele membro do Governo de algumas sugestões práticas, com o objectivo de se agilizar alguns procedimentos administrativos no domínio das exportações. Tal como outras associações também filiadas na CIP - e igualmente representantes de sectores exportadores -, a AIMMAP esteve presente na reunião, representada pela sua Directora-Geral, Mafalda Gramaxo. Para preparação da reunião, a AIMMAP havia diligenciado previamente no sentido de recolher sugestões nesse âmbi- to junto dos seus associados. A Directora-Geral da AIMMAP teve assim oportunidade de canalizar para o Governo a informação que lhe havia sido veiculada por algumas empresas exportadoras do sector metalúrgico e metalomecânico, acrescentando-a àquela que resulta da sua profunda experiência no terreno. Por seu turno, Maria Manuel Leitão Marques tomou em devida nota as sugestões que lhe foram transmitidas pela AIMMAP e pelas restantes associações presentes na reunião, comprometendo-se a procurar ir de encontro à resolução das dificuldades identificadas pelas empresas e suas associações. A AIMMAP congratula-se com a disponibilidade da Secretária de Estado para vir ao terreno procurar conhecer com mais detalhe quais as questões práticas com que as empresas se confrontam diariamente na sua actividade exportadora. Essa é uma prática excelente e que deverá ser generalizada pelos nossos governantes. Em todo o caso, é bom que tenhamos consciência de que é igualmente fundamental que as empresas sejam próactivas na identificação dos problemas. A comunicação apenas pode ser fluida e consequente se provier de ambos os lados. Este reparo vem muito a propósito neste caso concreto, visto que o número de empresas filiadas na AIMMAP que corresponderam ao pedido de sugestões formulado por esta associação foi bastante inferior ao que seria desejável. A Direcção da AIMMAP está, não obstante, certa de que este exemplo menos feliz é uma excepção e não a regra, até porque, normalmente, a resposta dos associados da AIMMAP às solicitações ou interpelações desta são muito positivas. ■ A AIMMAP congratula-se com a disponibilidade da Secretária de Estado para vir ao terreno procurar conhecer com mais detalhe quais as questões práticas com que as empresas se confrontam diariamente na sua actividade exportadora Responsabilidade social das empresas no sector metalúrgico e metalomecânico A AIMMAP, em colaboração com a empresa Atpeople – Gestão de Recursos Humanos, Lda, no âmbito do seu projecto REINFORMETAL apoiado pelo COMPETE (QREN), elaborou um estudo de avaliação dos índices actuais de responsabilidade social das empresas do sector metalúrgico e metalomecânico em Portugal, denominado “Responsabilidade Social das empresas no sector do Metal”. O es- Tendo sido entretanto concluído, o Estudo foi apresentado publicamente no passado dia 23 de Novembro, na Sala Jorge Macedo Casais, no Edifício AIMMAP. A sessão de apresentação do Estudo contou com representantes de associados da AIMMAP, tendo intervindo, entre outros, Mafalda Gramaxo, Directora-Geral da AIMMAP, e Gonçalo Macedo, sócio-gerente da Atpeople. Para além dos acima nomeados, interveio ainda Maria Clara Pinho, da empresa SILAMPOS – Sociedade Industrial de Louça Metálica Campos, S.A., a qual apresentou um exemplo de boas práticas na área da responsabilidade social, corporizado precisamente pela SILAMPOS. No decurso da sessão foram apresentadas as linhas essenciais e as principais conclusões do Estudo, o qual poderá ser obtido pelos interessados juntos dos serviços da AIMMAP. ■ tudo em causa teve por objectivo situar o sector na área da responsabilidade social, por forma a determinar a importância do sector metalúrgico e metalomecânico no desenvolvimento social do país. Nesse âmbito, foi oportunamente enviado às empresas um documento designado por “Questionário sobre Práticas de Responsabilidade Social”, o qual visava obter dados concretos sobre alguns aspectos considerados relevantes para determinar a existência de práticas de responsabilidade social por parte das empresas do sector. Novas reuniões da direcção da AIMMAP N o dia 23 de Novembro teve lugar uma reunião da Direcção da AIMMAP, na qual estiveram presentes Aníbal Campos (Presidente da Direcção), Cristina Bóia, Vítor Neves, Manuel Pedro Quintas, José Avelino Marques e Fernando Sousa (Vice-Presidentes), e ainda Rafael Campos Pereira (VicePresidente Executivo) e Mafalda Gramaxo (Directora-Geral). Reflectindo sobre a situação económica e o ambiente empresarial do país, a Direcção da AIMMAP identificou algumas áreas nas quais é importante actuar com rapidez tendo em vista a defesa dos legítimos interesses dos seus associados. Entre outras matérias abordadas, a Direcção manifestou profunda preocupação pelos anunciados aumentos dos custos energéticos. A esse respeito foi decidido subscrever as posições assumidas publicamente pela CIP, contribuindo assim para o reforço da posição desta Confederação no seu diálogo com o Governo sobre a matéria. Independentemente dessa medida de carácter mais político, a Direcção deliberou proceder à constituição de uma central de compras de energia eléctrica à qual possam aderir empresas filiadas na AIMMAP. Conforme foi então sublinhado, a concretizar-se como se espera, essa será uma medida de grande interesse e utilidade para as empresas do sector em geral e para as filiadas na AIMMAP muito em particular. Num outro plano, a Direcção tomou nota do ponto de situação do estudo sobre o sector metalúrgico e metalomecânico, encomendado à empresa Augusto Mateus & Associados. Tendo em conta o facto de a conclusão do estudo estar prevista para muito em breve a Direcção decidiu promover um evento público no início de 2011 para apresentação das principais conclusões que venham a ser extraídas. Ulteriormente, no dia 20 de Dezembro, realizou-se uma nova reunião da Direcção da AIMMAP, em que estiveram presentes o Presidente Aníbal Campos, os Vice-Presidentes Rui Ferreira Marques, Susana Pombo, Cristina Bóia, Manuel Braga Lino, Vítor Neves, Elísio Paulo de Azevedo, Manuel Pedro Quintas, José Avelino Marques, Fernando Sousa e António Xará, e ainda o Vice-Presidente Executivo Rafael Campos Pereira e a DirectoraGeral Mafalda Gramaxo. Merece- ram grande destaque na reunião as medidas anunciadas pouco antes pelo Governo no sentido de, alegadamente, promover a competitividade do país, nomeadamente em sede de incentivos às exportações e de flexibilização da legislação laboral. Outro ponto em destaque foi a situação da CIP após o processo de reestruturação em que esteve envolvida, tendo sido deliberado que qualquer representação da AIMMAP nos respectivos órgãos sociais continuaria a ser assumida pelo Vice-Presidente Executivo Rafael Campos Pereira. ■ 6 sexta-feira, 7 Janeiro de 2011 AIMMAP BREVES AIMMAP organizou um total de 29 Conferências durante o ano de 2010 D urante o ano de 2010 a AIMMAP organizou 29 conferências, seminários, workshops e sessões de esclarecimento a propósito de inúmeros assuntos de grande relevância e interesse para os seus associados. Todas elas com a participação de especialistas nas matérias abordadas, as iniciativas em causa contaram com as presenças de largas centenas de representantes dos associados da AIMMAP. Para além destes eventos organizados directamente pela AIMMAP, haverá ainda a registar uma série de outras iniciativas de formação e informação levadas a efeito pelo CATIM, pela AIDUST, pelo CENFIM e pela PRODUTECH e nas quais a AIMMAP também participou na respectiva organização e/ou divulgação. Não há quaisquer dúvidas de que a actividade da AIMMAP neste domínio da informação aos associados foi uma vez mais muito significativa e produtiva. Para que conste, passa a identificar-se nas linhas subsequentes os eventos organizados directamente pela AIMMAP. Assim: “Solução Outsourcing: Opção Estratégica para a Competitividade Empresarial” - 4 de Fevereiro (Edifício AIMMAP - Porto) “Compreender a crise, encontrar soluções” com Rui Moreira – 25 de Fevereiro (Edifício AIMMAP - Porto) “Marcação CE de Janelas e Portas Pedonais Exteriores” 18 de Março (Exponor – Matosinhos) “Sistemas de Gestão de IDI e sua Certificação” – 26 de Março (Edifício AIMMAP – Porto) “Responsabilidade Ambiental” - 9 de Abril (Edifício AIMMAP – Porto) “Subcontratação – as exigências do mercado alemão aos seus Fornecedores” - 13 de Abril (Edifício AIMMAP – Porto) “Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE)” - 19 de Abril (EGP – Porto) “Solução Outsourcing: Opção Estratégica para a Competitividade Empresarial” - 5 de Maio (CENFIM – Marinha Grande) “Novas Tecnologias na Organização Produtiva das Empresas – Conceito Lean Production” – 25 de Maio 2010 (CENFIM – Marinha Grande) “Programa Qualificação Emprego (PQE)” – 1 de Junho (Edifício AIMMAP – Porto) “Contrato Colectivo de Trabalho do Sector Metalúrgico e Metalomecânico” – 9 de Junho (Edifício AIMMAP – Porto) “Contrato Colectivo de Trabalho do Sector Metalúrgico e Metalomecânico” – 17 de Junho (CENFIM – Oliveira de Azeméis) “Contrato Colectivo de Trabalho do Sector Metalúrgico e Metalomecânico” – 21 de Junho (CENFIM - Amarante) “Contrato Colectivo de Trabalho do Sector Metalúrgico e Metalomecânico” – 2 de Julho (CENFIM – Arcos de Valdevez) “Contrato Colectivo de Trabalho do Sector Metalúrgico e Metalomecânico” – 9 de Julho (CENFIM – Marinha Grande) “Plano Nacional de Acção para a Eficiência Energética – PNAEE” - 24 de Setembro (Edifício AIMMAP – Porto) “O Ecodesign e a Ecoinovação na Indústria” - 11 de Novembro (Exponor – Matosinhos) “Seguros e Gestão de Riscos Empresariais” – 16 de Novembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Oportunidades para o sector Metalúrgico e Metalomecânico no Brasil” – 17 de Novembro (Edifício AIMMAP – Porto) Todas elas com a participação de especialistas nas matérias abordadas, as iniciativas em causam contaram com as presenças de largas centenas de representantes dos associados da AIMMAP “Experiências de Internacionalização – Suécia, Dinamarca e Marrocos” – 17 de Novembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Responsabilidade do produtor no fluxo de resíduos de EEE e P&A” - 18 de Novembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Responsabilidade do produtor no fluxo de resíduos de EEE e P&A” - 18 de Novembro 2010 (Edifício AIMMAP – Porto) “Responsabilidade Social das Empresas no Sector do Metal” – 23 de Novembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Controlo da Produção em Fábrica – Portas e Caixilharias” - 29 de Novembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Extinção das Tarifas Reguladas MAT, AT, MT e BTE” – 6 de Dezembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Sistemas de incentivos à Inovação” - 13 de Dezembro (Edifício AIMMAP – Porto) “Experiências de Internacionalização – Brasil” – 16 de Dezembro (Aveiro) “Experiências de Internacionalização - ESEF E MIDEST” – 16 de Dezembro (Aveiro) “Código Contributivo” - 17 de Dezembro (Edifício AIMMAP – Porto) ■ Assembleia Eleitoral da CIP está marcada para 7 de Janeiro de 2011 Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, Francisco van Zeller, designou o próximo dia 7 de Janeiro de 2011 para realização de uma Assembleia Eleitoral da referida Confederação. A convocatória aos associados da CIP para presença na referida reunião foi já enviada aos respectivos destinatários. Esta assembleia destina-se à eleição dos membros dos órgãos sociais da CIP: Mesa da Assembleia-Geral, Conselho Geral, Direcção e Conselho Fiscal. O O acto eleitoral em apreço é o corolário final do processo de reestruturação da CIP, encetado e concluído no decurso de 2010, nos termos do qual, para além de outras alterações efectuadas, se destaca muito particularmente a fusão na Confederação da vertente institucional da AIP e da AEP. Nesse sentido, depois de aprovados novos estatutos, um novo regulamento eleitoral e uma nova tabela de quotas, restava agora dar este último passo, elegendo novos membros dos órgãos sociais, já ao abrigo dos estatutos actualmente em vigor. O prazo para apresentação de can- didaturas terminou no passado dia 22 de Dezembro, tendo sido apresentada apenas uma lista. António Saraiva, anterior Presidente da Direcção da AIMMAP e já Presidente da Direcção da CIP desde o início de 2010, é, nos termos da única lista apresentada, o candidato a Presidente do Conselho Geral e da Direcção. A AIMMAP continuará presente nos órgãos de direcção da CIP, representada pelo seu Vice-Presidente Executivo, Rafael Campos Pereira, tal como vinha também a suceder desde Janeiro de 2010.■ Divisão de máquinas, equipamentos e material para a indústria extractiva, da construção e elevação, remoção e transporte (divisão 12) realizou a sua assembleia eleitoral para o triénio 2010/2012 F oi realizada no passado dia 17 de Novembro a assembleia eleitoral da Divisão 12 para o triénio 2010/2012 que agora se inicia. Foram eleitas para o novo Conselho de Divisão as seguintes empresas: Presidente – SETDI – Serviços Técnicos de Desenvolvimento Industrial, Lda., representada por José Reimão Sardinha. Vice-presidente – Camponesa – João Lopes & Cª, Lda., representada por João Paulo Sousa Lopes. Vice-presidente – Alexandrino Matias & Cª, Lda., representada por Alexandra Matias Como plano de trabalhos da Divisão, na sequência de proposta apresentada pelo novo Presidente do Conselho de Divisão, foi deliberado promover a realização periódica de 3 a 4 reuniões gerais da Divisão em cada ano, nas quais as empresas que a integram possam colocar questões concretas que as preocupem. Divisão de máquinas, equipamentos e ferramentas diversas (divisão 17) realizou a sua assembleia eleitoral para o triénio 2010/2012 F oi realizada no passado dia 15 de Novembro a Assembleia eleitoral da Divisão 17 para o triénio 2010/2012 que agora se inicia, tendo sido eleitas para o respectivo Conselho de Divisão as seguintes empresas: Presidente – Azevedos Indústria – Máquinas e Equipamentos Industriais, S.A., representada por Tiago Gomes. Vice-presidente – Sersan – Serralharia Santos, Lda., representada por Fernando Santos. Vice-presidente – Tecnogial – Projectos Técnicos Industriais, Lda., representada por Rui Almeida O Plano de Actividades inicial da Divisão prevê várias iniciativas de grande utilidade para as empresas da Divisão. No imediato será levada a efeito uma Sessão de Informação sobre a nova fase de candidaturas ao QREN, aberta no passado dia 15 de Novembro, a qual versará muito particularmente em matérias relacionadas com o apoio a investimentos para compra ou fabricação de equipamentos. Por outro lado, foi já decidido organizar em 2011 um Seminário sobre Segurança Máquinas/Marcação CE de Máquinas / Directiva Máquinas, também na vertente do Utilizador, com a participação de representantes de uma seguradora e eventualmente da ASAE. Nesse Seminário será focado o problema da concorrência de produtos ilegais asiáticos e o que é que se poderá no sentido de combater essa verdadeira chaga. Nesse Seminário far-se-á ainda referência ao acompanhamento individualizado que o CATIM pode dar às empresas, nomeadamente às de mais pequena dimensão. ■ FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE AIMMAP: Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal Rua dos Plátanos, 197 • 4100-414 PORTO TEL. 351-226 166 860 • FAX: 351-226 107 473 Director: Aníbal Campos Subdirector: Rafael Campos Pereira Coordenação Gráfica: Cristina Veiga Paginação: Célia César, Flávia Leitão Periodicidade: Mensal Propriedade, Edição, Produção e Administração: AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, em colaboração com o Jornal Vida Económica Distribuição gratuita aos associados AIMMAP - Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal Apoios: sexta-feira, 7 Janeiro de 2011 TRABALHO E SEGURANÇA SOCIAL Retribuição mínima mensal garantida aumentada para 485,00 a partir de 1 de Janeiro de 2011 N a sequência de um acordo nesse sentido com os parceiros sociais, o Governo anunciou já publicamente que a retribuição mínima mensal garantida (rmmg) – o salário mínimo nacional –, foi aumentada para 485,00 a partir do dia 1 de Janeiro de 2011. Não se confirma assim um aumento para 500,00 já a partir de Janeiro, embora não esteja excluída a eventualidade de vir a haver ajustamentos nesse sentido ao longo do ano de 2011. Independentemente do exposto, recorda-se que esta actualização da “rmmg” poderá implicar alguns ajustamentos nos salários correspondentes aos graus inferiores das tabelas salariais integrantes do contrato colectivo de trabalho aplicável às empresas filiadas na AIMMAP. Com efeito, relativamente ao último grau (o grau 13), tanto na tabela I como na tabela II está fixado um valor mínimo de 475,00. Ora, por força deste aumento da “rmmg”, aquele valor mínimo passará a ser o de 485,00. No que concerne ao grau 12, embora na tabela II estivesse já previsto um valor de 485,00, na tabela I o valor mínimo fixado era o de 480,00. Em consequência da actualização da “rmmg”, o valor mínimo para o grau 12 da tabela I passa a ser também o de 485,00. Sem prejuízo do que ficou exposto, chama-se ainda a atenção para o facto de, em função da actualização da “rmmg” e ao abrigo do previsto no artigo 275º do Código do Trabalho, a retribuição mínima mensal garantida poder sofrer, em relação aos praticantes, aprendizes e estagiários que se encontrem numa situação caracterizável como de formação certificada, uma redução de 20%. Significa o exposto que, em 2011, para tais casos a retribuição mínima garantida será de 388,00. Esta redução é aplicável tanto aos trabalhadores menores como aos maiores de 18 anos, não podendo ser aplicada por período superior a um ano – o qual inclui o tempo de formação passado ao serviço de outros empregadores, desde que documentado e visando a mesma qualificação –, sendo reduzido a seis meses no caso de trabalhadores habilitados com curso técnico-profissional ou curso obtido no sistema de formação profissional qualificante para a respectiva profissão. Importa aproveitar esta oportunidade para recordar que, para além da eventualidade de redução nos termos atrás descritos, está ainda prevista expressamente na cláusula 9ª do CCT aplicável às empresas filiadas na AIMMAP uma outra possibilidade de redução. Com efeito, nos termos da supra citada cláusula, durante o período de integração e formação – que terá uma duração máxima de 9 meses –, o trabalhador poderá auferir uma remuneração correspondente a 80% do valor constante nas tabelas de remunerações mínimas que integram o CCT para o grau menos qualificado da respectiva profissão. Na próxima edição de “Metal” poderemos voltar a este assunto, nomeadamente para identificação do diploma legal que entretanto vier a ser publicado no Diário da República neste âmbito.■ 7 As alterações ao Código Contributivo A Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro, aprovou o chamado Código Contributivo, o qual veio compilar as garantias e obrigações contributivas de trabalhadores e empresas, introduzindo grandes alterações ao nível destas últimas. A entrada em vigor deste diploma estava prevista para o dia 1 de Janeiro de 2010. No entanto, atendendo à conjuntura económica, financeira e social que se atravessava, e na sequência de grande contestação por parte de associações patronais, partidos políticos e outras organizações, foi decidido adiar o início de vigência do Código para 1 de Janeiro de 2011. Entretanto, conforme tem vindo a ser anunciado em sucessivas edições de “Metal”, foi levada a efeito durante o presente ano uma negociação entre o Governo e os parceiros sociais no sentido de se melhorar significativamente o Código. A negociação em causa redundou num conjunto de alterações ao referido Código, as quais constam da Lei de Orçamento para 2011. As alterações mais significativas agora introduzidas ao Código Contributivo, são as seguintes: O aumento de 3% da taxa contributiva a cargo da entidade empregadora relativamente aos trabalhadores contratados a termo e a diminuição de 1% dessa mesma taxa relativamente aos trabalhadores contratados por tempo indeterminado entrarão apenas em vigor quando forem regulamentados, sendo que tal regulamentação nunca poderá ocorrer antes de 1 de Janeiro de 2014; As despesas de transporte só constituirão base de incidência contributiva na medida em que não se traduzam em meio de transporte disponibilizado pela entidade empregadora ou em que excedam o valor de passe social ou, na inexistência deste, o que resultaria da utilização de transportes colectivos, desde que quer a disponibilização daquele quer a atribuição destas tenha carácter geral; Os valores atribuídos a título de despesas de representação só constituirão base de incidência contributiva quando se encontrem predeterminados e deles não tenham sido prestadas contas até ao termo do exercício; As despesas resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador de viatura automóvel que gere encargos para a entidade empregadora constituirão base de incidência contributiva, desde que tal utilização se encontre prevista em acordo escrito entre o trabalhador e a entidade empregadora do qual conste: a) A afectação, em permanência, ao trabalhador, de uma viatura automóvel concreta; b) Que os encargos com a viatura e com a sua utilização sejam integralmente suportados pela entidade empregadora; c) Menção expressa da possibilidade de utilização para fins pessoais ou da possibilidade de utilização durante 24 horas por dia e o trabalhador não se encontre sob o regime da isenção de horário de trabalho. Considera-se ainda que a viatura é para uso pessoal sempre que no acordo escrito seja afecta ao trabalhador, em permanência, viatura automóvel concreta, com expressa possibilidade de utilização nos dias de descanso semanal. Nos casos previstos no número anterior, esta componente não constitui base de incidência nos meses em que o trabalhador preste trabalho suplementar em pelo menos dois dos dias de descanso semanal obrigatório ou em quatro dias de descanso semanal obrigatório ou complementar. O valor sujeito a incidência contributiva corresponde a 0,75% do custo de aquisição da viatura. Em relação às ajudas de custo, aos abonos de viagem, às despesas de transporte, aos abonos para falhas, às compensações por cessação do contrato de trabalho por acordo nas situações que confiram o direito ao subsídio de desemprego e às importâncias auferidas pela utilização de automóvel próprio em serviço da entidade empregadora, o limite de isenção deixa de ser o previsto no Código do IRS (como constava na redacção original do Código Contributivo), passando a ser o previsto no Código do IRS acrescido de 50%, desde que esse acréscimo corresponda aos montantes estabelecidos, para cada uma dessas prestações, no Instrumento de Regulamentação Colectiva de Trabalho aplicável. ■ Calendário Fiscal JANEIRO 2011 IRC – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - Entrega, até ao dia 20 de Janeiro de 2011, nos cofres do Estado das importâncias retidas no mês de Dezembro de 2010 a título de imposto. IRS – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - Entrega, até ao dia 20 de Janeiro de 2011, nos cofres do Estado das importâncias retidas no mês de Dezembro de 2010 a título de imposto. - Entrega, até ao dia 20 de Janeiro de 2011, pelos devedores de rendimentos obrigados à retenção total ou parcial de imposto, aos sujeitos passivos, de documento comprovativo das importâncias pagas no ano anterior, do imposto retido na fonte e das deduções a que eventualmente tenha havido lugar. IVA – Imposto Sobre o Valor Acrescentado - Contribuintes do Regime Normal de Obrigação Periódica Mensal – Envio até ao dia 10 de Janeiro de 2011, da declaração periódica com referência ao mês de Novembro de 2010, bem como dos anexos nela referidos. Pagamento até à referida data do imposto apurado. - Entrega, até ao dia 31 de Janeiro de 2011, da declaração de alterações pelos sujeitos passivos que, estando no regime de isenção do Artigo 53º do Código do IVA, tenham no ano anterior ultrapassado os limites nele estabelecidos. - Entrega, até ao dia 31 de Janeiro de 2011, da declaração de alterações pelos sujeitos passivos que, estando no regime de pequenos retalhistas do Artigo 60º do Código do IVA, tenham no ano anterior ultrapassado os volumes compras nele estabelecidos. - Entrega, até ao dia 31 de Janeiro de 2011, por transmissão electrónica de dados, do pedido de restituição do IVA pelos sujeitos passivos cujo imposto suportado, no ano civil anterior ou no próprio ano, noutro Estado-membro ou país terceiro (neste caso em suporte de papel), quando o montante a reembolsar for superior a 400 e respeitante a um período de três meses consecutivos, ou, se período inferior, desde que termine em 31 de Dezembro e o valor não seja inferior a 50. A actualidade do sector metalúrgico e metalomecânico www.twitter.com/aimmap www.tecnometal-revista.blogspot.com www.aimmap.blogspot.com Segurança Social - Pagamento, até ao dia 15 de Janeiro de 2011, das contribuições relativas às remunerações referentes ao mês de Dezembro de 2010. Imposto do Selo - Entrega, até ao dia 20 de Janeiro de 2011, das importâncias retidas no mês de Dezembro de 2010, a título de imposto. Imposto Único de Circulação (IUC) Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pagamento, até ao dia 31 de Janeiro de 2011, do imposto relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no presente mês. As pessoas singulares poderão solicitar a liquidação em qualquer Serviço das Finanças.■ 8 sexta-feira, 7 Janeiro de 2011 ASSUNTOS ACTUAIS Competitividade do sector Desafios e perspectivas de futuro N a sequência dos trabalhos efectuados em anteriores edições do “Metal”, procede-se agora à publicação de um quinto texto produzido pela Comissão Europeia a propósito do sector metalúrgico e metalomecânico na União Europeia. A competitividade do sector metalúrgico está condicionada pela presença de “sócios” muito poderosos na cadeia de valor, como os fornecedores de metal ou os utilizadores finais. A indústria metalúrgica confronta-se assim com não poucos desafios em matéria de competitividade. O lado mais obscuro • O sector encontra-se sujeito a um significativo número de factores económicos que escapam ao seu controlo, como a restrição de crédito, a recessão, o preço do aço e o acesso às matérias-primas. • Os seus clientes na cadeia de valor estão adquirindo uma dimensão cada vez maior, o que os converte em “sócios” relativamente influentes e poderosos. • Ocorreu uma queda na procura de produtos finais como os automóveis fabricados pelos seus clientes na cadeia de valor. • A progressiva tendência para fabricar produtos finais e a crescente participação dos produtores de aço coloca em risco as PME de mais pequena dimensão. • O sector experimenta uma grande dificuldade para se consolidar, tanto por razões estruturais como devido aos elevados níveis de especialização. • A dimensão das empresas e o próprio carácter da actividade dificultam a adopção de economias de escala. • A I&D resulta como essencial para a sobrevivência do sector, mas poucas empresas contam com os recursos suficientes para a financiar. • O financiamento pode ser por vezes difícil de obter. • O sector precisa de melhorar a relação e a comunicação com a cadeia de valor, para fomentar eficazmente a inovação. • A necessidade de cumprir as normas requer tempo e um forte investimento. • O dinheiro e o tempo necessários para investir em práticas que protejam a propriedade intelectual situa as empresas do sector metalúrgico numa posição de desvantagem perante empresas de maior dimensão. • A concorrência das economias emergen- tes provocou um aumento das importações de produtos metálicos e produtos acabados de similares características a um preço inferior. • O facto de a União Europeia possuir leis em matéria de saúde e segurança, normas ambientais e standards de qualidade mais exigentes que outros actores do mercado global reduz a competitividade do sector. • Não existe suficiente mão-de-obra qualificada para operar com as novas tecnologias e impulsionar a inovação. • Os gastos administrativos das PME são proporcionalmente elevados. Um olhar mais optimista face ao futuro . O sector desempenha um papel fundamental como vínculo de união entre os principais actores integrantes da cadeia de valor. Sem estes vínculos a cadeia de valor ficaria ameaçada de desaparição. • As empresas estrangeiras presentes na cadeia de valor introduziram novas ideias e métodos e difundiram novas tecnologias. • Antes de 2006 produziu-se um aumento significativo das exportações de valor acrescentado. • A debilidade do euro pode ajudar a incrementar as exportações: os bens de equipamento e os bens de consumo duradouro são agora mais baratos nos mercados mundiais. • O preço do petróleo está a baixar e as matérias-primas também parecem embaratecer. • As iniciativas para proteger o meio ambiente, cada vez mais numerosas, contribuem para criar novas oportunidades. • As PME, predominantes no sector, podem adaptar facilmente a sua produção às necessidades cada vez mais complexas dos clientes da cadeia de valor. • Os produtos da indústria metalúrgica são, no seu conjunto, fáceis de reciclar. • A globalização estimula as empresas a especializar-se e inovar. • A indústria metalúrgica produz produtos únicos difíceis de imitar, um facto que se vê favorecido pela constante inovação que caracteriza o sector. • Tendência para aumento da produtividade laboral. Comissão Europeia Direcção-Geral da Empresa e Indústria É urgente promover o pagamento pontual “Não posso porque estou empregado no Fundo de das dívidas aos fornecedores não pagamento pontual aos perseverança contribuiu para que al das empresas aos seus fornecedo- Desemprego” O fornecedores constitui, segundo estudos divulgados por organismos da União Europeia, um factor muito importante de constrangimento da actividade empresarial e de agravamento do desemprego. Inclusivamente, Portugal encontra-se actualmente como o país mais mal classificado na Tabela do Índice do Risco de Pagamento do European Payment Index 2010 – IntraJustitia. Num momento de grave crise económica como o que actualmente se vive, os atrasos nos pagamentos das dívidas revestem-se de uma gravidade ainda mais acentuada. Aliás, tal como é sabido, actualmente as empresas apontam a falta de liquidez como uma das maiores inibições ao seu próprio desenvolvimento. Infelizmente, como todos podemos facilmente constatar, o primeiro a dar este mau exemplo de mau pagador é o próprio Estado português. Sucede que esse mau exemplo tem vindo a ser imitado pelas próprias empresas. É normal que assim suceda. Quando quem tem as maiores responsabilidades dá maus exemplos acaba por ser inevitável que de uma forma transversal a própria sociedade venha a incorrer nos mesmos maus comportamentos. Desde há muito que a AIMMAP tem vindo a denunciar os atrasos dos pagamentos do Estado aos seus fornecedores. Sem falsas modéstias, entende aliás a AIMMAP que a sua tenha sido aprovado entretanto um diploma legal nos termos do qual os organismos públicos são penalizados pelos referidos atrasos. Lamentavelmente, apesar de a lei ser agora mais severa para o Estado quando este se atrasa no cumprimento das suas obrigações pecuniárias, na prática as condutas ainda não melhoraram de forma visível. Pelo que, naturalmente, incumbe a todos os lesados pelo Estado denunciar publicamente os atropelos de que são alvo. Independentemente do exposto, há que ter consciência de que, caso se pretenda efectivamente alterar este lamentável panorama, não será bastante que o Estado passe a ser cumpridor. É fundamental que também as empresas privadas passem a honrar os seus compromissos com pontualidade. Nesse sentido, é verdadeiramente premente que se estimule uma renovação da cultura empresarial, alicerçada em critérios éticos e de responsabilidade social. As empresas devem contribuir decisivamente, através do seu próprio exemplo, para inversão deste ciclo vicioso. E essa mudança deve ser efectuada independentemente do comportamento perverso do Estado. Tendo em conta o exposto, a AIMMAP saúda a iniciativa recentemente lançada pela ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores, no sentido de contribuir para potenciar o pagamento pontu- res. Essa iniciativa – denominada Compromisso Pagamento Pontual —, é uma verdadeira pedrada no charco, nas águas paradas de uma parte da nossa economia. Não é admissível que algumas empresas sejam conduzidas para a insolvência apenas porque os seus clientes não lhes pagam pontualmente o que é devido. Num momento de grave crise económica como o que actualmente se vive, os atrasos nos pagamentos das dívidas revestem-se de uma gravidade ainda mais acentuada Tem pois de ser o mundo das empresas a assumir de uma vez por todas que é necessário inverter tudo isto. A iniciativa da ACEGE está inequivocamente no bom caminho. Pelo que precisa de todo o nosso apoio enquanto empresários e dirigentes associativos. ■ C omo já se referiu noutro local desta edição, a segunda acção do Programa de Formação Acção promovido pela Academia PME que se destina a Pequenas e Médias Empresas e em que a AIMMAP é Entidade Beneficiária e o CENFIM a Entidade Formadora revelou-se como um enorme sucesso. Para além das outras manifestações práticas dos resultados produzidos, ressalta o crescimento do emprego que se prevê venha a atingir mais de 8% no conjunto das empresas participantes. Não obstante, quando questionadas sobre a maior ou menor dificuldade em obterem candidatos para as múltiplas funções inerentes à actividade de cada empresa, todas as empresas, sem qualquer excepção, manifestaram a sua enorme dificuldade em conseguir o preenchimento dos postos de trabalho de que necessitam para o incremento da sua produtividade e para a satisfação dos compromissos comerciais que, com o seu esforço, desenvolvido na actual crise, conseguiram estabelecer com actuais e novos clientes. Vários foram os casos referenciados de desempregados que se dirigiram às empresas apenas para receber o carimbo comprovativo da sua presença numa entrevista de recrutamento, ou que manifestam claramente o seu desinteresse pela oferta que lhes é apresentada, sendo deste modo amiúde a opção pela manutenção do subsídio de desemprego ou do subsídio social de reinserção. Ora esta prática, que obviamente não é generalizada mas que tem vindo a assumir uma frequência verdadeiramente preocupante, ofende em primeiro lugar todos os trabalhadores que se encontram verdadeiramente numa situação crítica e que por variadíssimas razões não encontraram a sua oportunidade no mercado de trabalho. Mas revela igualmente uma enorme incapacidade do actual quadro legal de apoio ao desemprego em contribuir directamente para a reinserção no mercado laboral daquelas ou daqueles que em algum momento se viram privados dos seus empregos. Por isso e no âmbito da discussão entretanto gerada no grupo de trabalho surgiu a afirmação que já consta ouvir-se em algumas regiões do país “Não posso porque estou empregado no Fundo de Desemprego...”. Naturalmente, estes factos agora descritos constituem um obstáculo assaz paradoxal à actividade das empresas, sobretudo PME que na presente conjuntura são os verdadeiros motores do arranque da economia, aliás como os recentes indicadores referentes aos dados das exportações claramente revelam.