Registrado sob nº 471 ISSN 1807-3441 Loteamento Mirante da Serra: Valorização e expropriação de classes de baixa renda. NILVAM JERONIMO BRAVIN [email protected] Prof(ª) SANDRA LUCIA VIDEIRA Universidade Estadual do Centro-Oeste Palavras-chave: LOTEAMENTO MIRANTE DA SERRA, SEGREGAÇÃO SÓCIOESPACIAL, VALORIZAÇÃO, EXPROPRIAÇÃO Esse estudo nos foi instigado na medida em que percebemos as diferentes mazelas do ambiente urbano, pois o mesmo concentra disparidades tanto sociais quanto econômicas. Retratando essa questão, o presente trabalho pretende analisar a problemática da segregação sócio-espacial na cidade de Guarapuava, especificamente no loteamento Mirante da Serra, discutindo assim as contradições nas suas formas de valorização. Quando analisado a evolução nos preços desse loteamento, constatamos a nossa hipótese, de que houve no decorrer da sua implantação uma grande valorização da área em um período muito curto de tempo. Nesse sentido enfocamos a problemática dessa valorização, rápida e progressiva, e suas conseqüências para alguns segmentos da sociedade. Quando um local se valoriza de forma rápida e intensa, esse passa a atrair classes de alta renda, fazendo com que essa valorização acabe por implicar em um aumento no seu custo, como por exemplo aumento do IPTU. Essas implicações aliadas a outras, como a elevação do preço do imóvel que força os moradores antigos a venderem suas propriedades, e se transferirem novamente para outras áreas segregadas, de baixa infra-estrutura e cada vez mais distantes do centro. A valorização alcançada por esse loteamento em um período tão curto (quinze meses), pode ser constatada após o mesmo ter sido ocupado por classes de menor renda, devido os preços baixos no início de sua implantação, após as construções e ampliação da infra-estrutura houve uma dinamização da área, visto o atrativo do sítio natural que é à vista da escarpa que é cortada pelo rio Jordão e pela implantação de uma faculdade próxima a esse loteamento, contribuindo para a sua valorização. Concluímos que as pessoas de menor renda, que buscavam o loteamento para fugir do aluguel e terem um local próprio, não puderam usufruir as melhorias e infra-estruturas criadas loteamento, tendo que seguir novamente para uma área segregada na cidade. no