VERIFICAÇÃO DO CONSUMO DE PESCADO NA CIDADE DE TOLEDO-PR RAFAEL L. B. ANDRADE1*, RICARDO L. WAGNER1, ILSON MAHL1, RÉGIS F. QUEIROZ1, GELSON HEIN2, RICARDO S. MARTINS3 Escrito para apresentação no II Simpósio Paranaense de Engenharia de Pesca & VI Semana Acadêmica de Engenharia de Pesca UNIOESTE 25 a 29 de outubro 2004 - Toledo – PR RESUMO: A piscicultura é uma da atividade empresariais mais recente do meio rural brasileiro, variando desde a produção de alevinos, engorda de peixes até o lazer (pesque-pagues e pesca esportiva). Como atividade econômica, vem crescendo nos últimos anos e se tornando uma opção atraente para novos investidores em toda a cadeia produtiva, isto se deve à busca por novas opções para a agropecuária, a qual tem passado por grandes dificuldades econômicas nos últimos anos. Neste estudo, objetivou-se realizar um levantamento junto a população do Município de Toledo-PR, para verificar o consumo de peixes pela população de quatro bairros e dois supermercados. Foram realizadas entrevistas aleatórias com consumidores presentes na “Feira do Peixe” promovida pela ATOAQUI-EMATER/PR e nos supermercados, durante a semana santa de 2004. Foram entrevistadas 330 pessoas utilizando-se de questionário com 11 perguntas, abordando: faixa etária e sexo do entrevistado, consumo rotineiro de peixe em casa, espécie mais consumida, principal forma de preparo, itens considerados na compra de um peixe inteiro etc. A maioria dos entrevistados tinha mais de 30 anos, sendo 63,33% homens e 36,67% mulheres. Foi possível observar que na periferia existe uma maior freqüência no consumo de peixes que nas regiões centrais da cidade, onde residem pessoas de classes sociais mais estáveis economicamente. Das pessoas que declararam consumir peixe fora de casa 60,73% o consomem em pesque-pagues, restaurantes e lanchonetes, e a minoria 39,26% preferem consumi-lo em casa. A maioria 59,06% afirmam que geralmente consomem o peixe frito e os demais declaram consumi-lo assado ou ao molho. A espécie de maior preferência é a tilápia com 54,97% da preferência, seguida pelas carpas (carpa-hungára e cabeçuda), e espécies nativas (pacu, piauçu e bagres). Das pessoas entrevistadas observou-se que na hora da compra o fator determinante é o frescor do produto (61,92%), seguido pelo tamanho e apresentação do mesmo. A população mostrou-se bastante interessada em outras formas de consumo do pescado, como filé a rolet (36,82%), quibe (17,36%) e “fishburguer” (15,86%). Portanto, existe um grande mercado a ser explorado para comercialização de peixes frescos, de espécies já conhecidas a apreciadas pelo público local, onde 39,30% dos entrevistados trocaria a carne (bovina, suína e de ave) pelo peixe. Desta forma, inserir produtos diferenciados, como postas de peixe e filé a rolet, possa ser uma boa alternativa, desde que haja divulgação e o consumidor possa adquirir o peixe ainda fresco. PALAVRAS-CHAVE: consumo de pescado, mercado consumidor, derivados do pescado. 1 Acadêmico de graduação em Engenharia de Pesca – UNIOESTE, PR Presidente da Associação Toledana de Aquicultura – ATOAQUI/EMATER, PR 3 Professor Doutor da UNIOESTE/Campus de Toledo * Avenida Maripá no 1635, ap 05 – Telefone : 45-2841780 / 45-91131289 – email: [email protected] 2