ANÁLISE LITERÁRIA
NAVIO NEGREIRO
AMISTAD
O FILME
TÍTULO: AMISTAD
DIREÇÃO: STEVEN SPIELBERG
PRODUÇÃO: EUA
ANO DE PRODUÇÃO: 1997
GÊNERO: DRAMA
ENREDO
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Costa de Cuba, 1839. Dezenas de escravos negros se libertam das
correntes e assumem o comando do navio negreiro La Amistad. Eles
sonham retornar para a África, mas desconhecem navegação e se
vêem obrigados a confiar em dois tripulantes sobreviventes, que os
enganam e fazem com que, após dois meses, sejam capturados por
um navio americano, quando desordenadamente navegaram até a
costa de Connecticut. Os africanos são inicialmente julgados pelo
assassinato da tripulação, mas o caso toma vulto e o presidente
americano Martin Van Buren, que sonha ser reeleito, tenta a
condenação dos escravos, pois agradaria aos estados do sul e
também fortaleceria os laços com a Espanha, pois a jovem Rainha
Isabella II alega que tanto os escravos quanto o navio são seus e
devem ser devolvidos. Mas os abolicionistas vencem, e no entanto o
governo apela e a causa chega a Suprema Corte Americana. Este
quadro faz o ex-presidente John Quincy Adams, um abolicionista
não-assumido, sair da sua aposentadoria voluntária, para defender
os africanos.
PERSONAGENS
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Cinqué
Theodore Joadson
Roger Baldwin
John Quincy Adams
Martin Van Buren
Rainha Isabella
ESCRAVIDÃO
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A escravidão (escravismo, escravagismo e escravatura) é a prática
social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre
outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por
meio da força. Em algumas sociedades desde os tempos mais
remotos os escravos eram legalmente definidos como uma
mercadoria.
Com o surgimento do ideal liberal e da ciência econômica na
Europa, a escravatura passou a ser considerada pouco produtiva e
moralmente incorreta. Em 1850, no Brasil, pela Lei Eusébio de
Queirós, passou-se a punir os traficantes de escravos, de modo a
que nenhum escravo mais entrasse no país; em 1871 foi sancionada
a Lei do Ventre Livre que declarava livre os filhos de escravos
nascidos a partir daquele ano, e em 1885 a Lei dos sexagenários,
que concedia liberdade aos maiores de 60 anos. Em 1888, quando a
escravidão foi abolida no Brasil,pela Lei Áurea, ele era o único país
ocidental que ainda mantinha a escravidão legalizada.
TEMÁTICA
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Escravidão;
Desvalorização do ser humano (objeto);
Preconceito Intolerância;
Ideais de liberdade (Iluminismo).
A OBRA
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TÍTULO: NAVIO NEGREIRO
AUTOR: CASTRO ALVES
PUBLICAÇÃO:
ESCOLA LITERÁRIA
O AUTOR
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Castro Alves fez os primeiros estudos na Bahia. Em
1864, conheceu a atriz Eugênia Câmara, sua amante. É
ela quem o estimula na carreira literária.
Em 1868, Castro Alves vem para São Paulo, onde trava
conhecimento com José de Alencar e Machado de Assis.
Matricula-se na Faculdade de Direito do Largo São
Francisco e, juntamente com seus colegas, participa do
movimento abolicionista.
Em 1870, seu pé esquerdo é amputado,
em conseqüência de um tiro acidental,
numa caçada. Muito fraco e tuberculoso,
volta para a Bahia, onde morre com apenas vinte
e quatro anos.
IDEIAS ABOLICIONISTAS
Castro Alves – o expoente máximo da terceira geração romântica –
dá a seus versos um caráter social e revolucionário. É ele um
romântico que não segue a linha de seus predecessores, presos às
sugestões do passado. O cantor dos escravos volta-se para o futuro.
Com um entusiasmo fervoroso, defende a causa dos humildes, dos
escravos. Castro Alves é o porta-voz de uma mensagem cristã e
humanitária para redenção dos negros. Antes dele nenhum poeta
apresentou a paisagem e o homem nacionais na forma poética de
modo tão brasileiro.
As poesias castroalvinas, pelos seus temas, enquadram o autor
numa fase de transição entre o Romantismo e o Realismo.
Uma boa parte de sua obra ficou inacabada, em virtude de sua
morte prematura. O único livro de versos que publicou foi Espumas
Flutuantes, em 1870, em Salvador.
SÍNTESE DO POEMA
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Um dos mais conhecidos poemas da literatura
brasileira, O Navio Negreiro – Tragédia no Mar
foi concluído pelo poeta em São Paulo, em 1868.
Quase vinte anos depois, portanto, da
promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que
proibiu o tráfico de escravos, de 4 de setembro
de 1850. A proibição, no entanto, não vingou de
todo, o que levou Castro Alves a se empenhar
na denúncia da miséria a que eram submetidos
os africanos na cruel travessia oceânica. É
preciso lembrar que, em média, menos da
metade dos escravos embarcados nos navios
negreiros completavam a viagem com vida.
AS PARTES DO POEMA
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Composto em seis partes, o poema inicia-se com
versos decassílabos que representam a
imensidão do mar e seu reflexo na vastidão dos
céus:
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar - dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
- Constelações do líquido tesouro...
AS PARTES DO POEMA
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Na segunda parte do poema, ao seguir o
navio misterioso, pedindo emprestadas as
asas do albatroz, o eu lírico escuta as
canções vindas do mar.
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
AS PARTES DO POEMA
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Ao se aproximar, na terceira parte, o eu lírico se
horroriza com a “cena infame e vil”, descrita na quarta
parte do poema:
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
[...]
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
CONTEXTO HISTÓRICO
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2ª METADE DOSÉCULO XIX:
Revolução Industrial;
Ideais republicanos e abolicionistas;
Ascensão da burguesia;
Fim do tráfico negreiro no Brasil.
ESCRAVOS NO BRASIL DO
SÉCULO XXI
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Já faz mais de um século desde que a Princesa Isabel assinou a lei
áurea pondo fim a escravidão no Brasil; entretanto, até hoje, em
pleno século XXI, o Brasil continua a sofrer a vergonha internacional
do desrespeito à dignidade humana com a continuação do trabalho
escravo.
Segundo cálculos da Comissão Pastoral da Terra, no Brasil, 25.000
pessoas, a maioria homens semi-analfabetos, entre 25 e 40 anos de
idade, trabalham em condições subumanas, sem acesso a água
potável, alojamento, salário e com o cerceamento de outro direito
básico: o da liberdade. "Em condições inferiores às dos animais em
cativeiro e proibidos de regressarem para a cidade de onde
partiram, esses trabalhadores se submetem a jornadas excessivas
de trabalho, com os direitos legais desrespeitados e pondo em risco
sua segurança e saúde física e mental", (Marinalva Cardoso, auditora fiscal
da Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Norte).
ROMANTISMO – 3ª GERAÇÃO
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LITERATURA SOCIAL:
Transição entre Romantismo e Realismo;
Poesia de Libertação (ideais de
democracia);
Defesa do republicanismo e do
abolicionismo;
Defesa de temas sociais (oratória).
TEMÁTICA
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Escravidão (desvalorização do ser
humano);
Exploração em nome da intolerância e do
preconceito;
Ideais de liberdade (abolicionismo);
INTERTEXTUALIDADE
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Escravidão (ser humano explorando o ser
humano);
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Ideais de Liberdade (abolicionismo);
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Desvalorização do ser Humano (objeto);
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