Para estudar o passado, o historiador procura identificar dados e informações
em fontes de diversas naturezas.
• FONTES ESCRITAS: cartas, jornais, inscrições em monumentos, documentos
oficiais, leis, obras literárias.
• FONTES VISUAIS: pinturas, desenhos, fotografias, construções, mapas,
filmes.
• FONTES ORAIS: relatos, canções, gravações, lendas, mitos, entrevistas.
• FONTES MATERIAIS: objetos, utensílios, roupas, moedas, estruturas.
FONTES ESCRITAS: podem ser qualitativas ou seriadas.
CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA: exemplo de fonte escrita qualitativa
FONTES ESCRITA SERIADA: lista de óbitos da Vila de Morretes
O QUE PODE SER FEITO COM OS DADOS SERIADOS?
FONTE: PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PORTO
DOS MORRETES. Livros de óbito 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
DISTRIBUIÇÃO DOS ESCRAVOS POR ESPÉCIE DE ESTABELECIMENTO (1836)
250
QUANTIDADE DE ESCRAVOS
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ESPÉCIE DE ESTABELECIMENTO
FONTE: AESP. MP. 1836. Consultado em microfilme no Arquivo Público do Paraná (APPR).
SUBSISTEMA: JMF. FILME Nº 1223. MICROFILME: 225. REF: 1835.
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EXEMPLO DE FONTE VISUAL: A FOTOGRAFIA
Um senhor com seus escravos
OUTRO EXEMPLO DE FONTE VISUAL: A PINTURA
NEGROS JOGANDO CAPOEIRA
EXEMPLO DE FONTE ORAL: ENTREVISTA FEITA COM UM EX-ESCRAVO EM
1933
O relato de Seu Argeu, com idade “perto de noventa anos”, ex-escravo
entrevistado pelo jornal Escudo Social de São Felipe em 1933, sugere uma
possível estratégia do senhor para tentar manter os ex-escravos ligados ao
engenho, depois do 13 de maio. Segundo ele, “Seu Mata Pinto (seu senhor)
ajuntou tudo, uns cem, para um samba, mandou abrir vinho, cachaça, melaço
com tapioca bestou, e de madrugada diche que tudo tava livre. Foi o diacho,
a gente já sabia e fuguete pipocou à noite toda.” Mas, a estratégia não teria
funcionado, pois “no outro dia não tinha ninguém mais no terreiro”. As
memórias de Seu Argeu sinalizam a importância daquele dia para os seus
iguais, apontando para a necessidade de sair daquele espaço de vivências e
lembranças que procuravam esquecer, distanciar-se, embora talvez não por
muito tempo. Ele foi parar em outro engenho, o do Major Medrado, onde
continuou no trabalho da moenda, mas “ninguém me bate, vochê brinca
comigo, Iaiá me dá dinheiro pra o pito, seu capitão brinca também comigo.
Só não trabaio nas chuvas.”
Jornal Semanário Escudo Social de 14 de outubro de 1933. Arquivo Público
de São Felipe.
Edinelia Maria Oliveira Souza
FONTES MATERIAIS: OBJETOS DE PUNIÇÃO AOS ESCRAVOS
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