EVANGELIZAÇÃO E PASTORAL 1º URGENCIA IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO QUAIS SÃO AS SOMBRA QUE VEMOS HOJE EM NOSSA REALIDADE? O fenômeno da globalização derrubando as fronteiras geográficas, gerando uma mentalidade planetária. O galopante desenvolvimento da ciência e da tecnologia criando redes de comunicação de alcance mundial, interagindo em tempo real. Esses Fenómenos afetam sensivelmente a vida dos povos e o sentido religioso e ético, gerando crise de sentido, levando as pessoas a sentirem-se perplexas e carentes de referenciais seguros para construírem um futuro digno. (cf. Dap, nº 36) Os meios de comunicações invadem todos os espaços da vida humana, e particularmente a intimidade do lar, ditando normas, atitude e comportamento Percebe-se então enfraquecimento das tradições religiosas, gerando ansiedade em que se percebe ao seu redor um mudo opaco. Outras sobras que nos inquietam e nos angustiam: Diminuição dos católicos e o crescente número dos que deixam a Igreja para aderir a outros grupos religiosos, o aumento do número de pessoas que estão perdendo o sentido da vida e abandonando a religião. Aparecida convoca todo o povo de Deus as origens fundante do cristianismo , salientando uma característica central do cristão: SER DISCÍPULO MISSIONÁRIO. Mais o discipulado missionário não acontece e nem começa por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas no encontro, profundo e pessoal, com Jesus Cristo vivo e doador da vida, que se realiza na força do Espírito e na fé recebida e vivida na Igreja, comunidade missionária, e leva a recuperar a identidade cristã. ( cf. DAp, nº 11) Jesus inicia sua missão anunciando que o reino de Deus esta próximo e convoca o povo à conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15) “A conversão é a resposta inicial de quem escuta o Senhor com admiração, crê nele pela ação do Espírito, decide ser seu amigo e ir após ele, mudando sua forma de pensar e viver, aceitando a cruz de Cristo, consciente de que morrer para o pecado é alcançar a vida” (DAp, nº 278b) A CONVERSÃO TEM DUPLA DIMENSÃO: Conversão pessoal e conversão comunitária Conversão pessoal: É adesão plena e sincera a Jesus Cristo e ao seu Evangelho, mediante a fé, que implica numa mudança de vida, comportamentos e atitudes, atingindo as relações fraternas e impregnando as estruturas sociais semente de vida nova na concretização do Reino Conversão comunitária: Leva toda comunidade a tornar-se discípula, a aprender ser fiel, deixando-se constantemente evangelizar, de um lado, pela palavra de vida; de outro, pelos acontecimentos da história humana, nos quais Deus se manifesta como salvação para todos A esta conversão dá início a um processo dinâmico e permanente que se prolonga por toda a existência, numa passagem contínua da “vida segundo a carne” à “vida segundo o Espírito” e precisa ser fortalecida com a catequese permanente e a vida sacramental de modo a permitir “que os discípulos missionários possam perseverar na vida cristã e na missão em meio ao mundo que desafia” (Dap, nº 278c) “Para nos convertermos em uma Igreja cheia de ímpeto e audácia evangelizadora, temos que ser de novo evangelizados e fiéis discípulos (Dap, nº 549) Todo o povo de Deus é “chamado a uma atitude de permanente de conversão”(DAp,nº 366) Aparecida convoca toda a Igreja a uma conversão radical em relação à missão: “passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária” (Dap, nº 370) Esta passagem de uma pastoral da conservação para uma pastoral missionária é uma tarefa gigantesca, é preciso união de todos os cristãos e esforço conjunto de toda a Igreja na formação do discípulo missionário. Essa formação deve ser: integral, Atenta às dimensões querigmática humana, permanente, comunitária, espiritual, intelectual, pastoral e missionária, respeitosa dos processos de cada pessoa e que contemple o acompanhamento do discípulo. Ao lado de todas essas exigências, é fundamenta contemplar a formação na espiritualidade da ação missionária (cf. Dap, nº279-285) A espiritualidade missionária tem a sua origem e fundamento no mistério da comunhão Trinitária e se concretiza no caminho de seguimento de Jesus. Ser cristão não é simplesmente aceitar uma doutrina e ser fiel a determinadas normas, sem dúvida é importante, é antes de tudo seguir uma pessoa que nos atrai a si e conquista o nosso coração: Jesus de Nazaré. É responder o seu chamado e por a caminho . A dinâmica do seguimento de Jesus tem duas dimensões fundamentais e profundamente relacionadas entre si: 1- estar com Jesus para assimilar seus ensinamentos, e tornar-se semelhante a Ele e aprender Dele os segredos do Pai. 2- ser enviado em missão por Jesus que configura a dimensão missionária, que implica em assumir e dar continuidade o projeto de vida de Jesus. A espiritualidade do Missionário está centrada: na Palavra de Deus e na Eucaristia (cf. Dap, nº 248) “A missão não é uma tarefa opcional, mas integrante da identidade cristã”(Dap, nº 155) Missão é uma forma de viver Em Jesus Cristo , “missão” e “vida” se confundem ou se identificam. Da mesma forma, o cristão será fiel a Cristo, na missão de evangelizar, quando puder afirmar tamanha sintonia entre sua fé e sua missão, entre sua vida e sua pastoral que pode dizer com Cristo: “eu sou a minha missão”. Por isso, que, mais que um plano de trabalho, estamos explicitando um projeto de vida que desejamos que seja o autêntico seguimento de Jesus. É importante salientar que o trabalho evangelizador acontece na força do Espírito Santo (RM 45;92) que é o principal protagonista da missão e faz de nós protagonistas também. Daí decorre a primeira urgência do trabalho evangelizador que é a Igreja em estado permanente de missão. EVANGELIZAÇÃO E PASTORAL 2º URGENCIA IGREJA: CASA DA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ A descoberta do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, dom salvífico para toda a humanidade, não acontece sem a mediação dos outros (Rm 10,14). Esse encontro é mediado pela ação da Igreja, ação que se concretiza em cada tempo e lugar com o jeito de ser de cada povo e de cultura. (DG nº 37) O estado permanente de missão só é possível a partir de uma efetiva iniciação à vida cristã. (DGAE nº 39) Um grande desafio que nos questiona é: como estamos educando na fé e como estamos alimentando a experiência Cristã (cf Dap nº 287) É preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo, facilitar-se o encontro com Ele e optar por segui-lo. (DGAE nº 39) A iniciação cristã não se esgota na preparação aos sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. Ela se refere a Jesus Cristo. Esta adesão deve ser feita pela primeira vez, mas refeita, fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o cotidiano exigir. (cf Dap 288) por exemplo: • quando chegam os filhos • quando o adolescente busca a sua identidade, • quando o jovem prepara suas escolhas futuras, no noivado, no matrimônio, nas experiências de dor e fragilidade. (cf) • Nossas comunidades precisam ser comunidades diuturnamente mistagógicas, preparadas para permitir que o encontro com Jesus Cristo se faça e se refaça permanentemente. ( DGAE nº41) Consequências para ação evangelizadora: Em primeiro lugar, o processo permanente de iniciação: - acolhida, - dialogo, - partilha, - familiaridade com a palavra de Deus e - vida em comunidade ( DGAE nº42) Em segundo lugar, estrutura de acolhida: grupos de estilo catecumenal, nos mais diversos lugares e horários, sempre disponíveis em - a acolher, - apresentar Jesus Cristo e - dar razões de nossas esperanças (1Pd 3,15). Isso implica um novo perfil de agente evangelizador, no qual o ministério dos introdutores e catequistas assumem um papel preponderante. ( DGAE nº42) Os introdutores e catequistas são ponte entre o coração que busca descobrir ou redescobrir Jesus Cristo e seu seguimento na comunidade de irmãos, em atitudes coerentes e na missão de colaborar na edificação do Reino de Deus. ( DGAE nº42) A ação evangelizadora se põe em diálogo com o atual momento da história, que pede o anúncio explícito e contínuo de Jesus Cristo e o chamado à comunhão, como atitude decorrente para a vivência de fé e para a vida em geral. ( DGAE nº42) Implica melhor formação do responsáveis (DAP nº 106) e um itinerário catequético permanente, assumido pela Igreja Particular. ( DGAE nº) É necessário desenvolver em nossas comunidades um processo de iniciação na vida cristã, que conduza ao "encontro pessoal com Jesus Cristo" (DAp,289) no culto da amizade com Ele pela oração, no apreço pela celebração litúrgica, na experiência comunitária e no compromisso apostólico, mediante um serviço permanente aos demais. (DGAE, nº 86) No processo de iniciação à vida cristã, deve se ter consciência de que, mesmo em se tratando da Boa-Nova, não se pode impô-la. A pedagogia Evangélica consiste na persuasão do interlocutor pelo testemunho de vida e por uma argumentação sincera e rigorosa, que estimula a busca da verdade. (DGAE, nº 88). O discípulo missionário crê em Igreja, crê com os outros discípulos missionário e naquilo que os outros discípulo missionário creem. (DGAE, nº 89). • No anúncio da Boa-Nova, antes do missionário, sempre chega o Espírito Santo, protagonista da Evangelização. É ele quem move o coração para o encontro pessoal com Jesus Cristo (DGAE, nº 89). • no processo de iniciação cristã é preciso, portanto, dar grande valor à relação interpessoal, no seio de uma comunidade eclesial. As pessoas não buscam em primeiro lugar as doutrinas, mas o encontro pessoal, o relacionamento solidário e fraterno, a acolhida, vivência implícita do próprio Evangelho. (DGAE, nº 89). EVANGELIZAR, A PARTIR DE JESUS CRISTO Na força do Espírito Santo Para que: TODOS TENHAM VIDA (Jo 10,10) Como Igreja: 1 - Discípula 2 – Missionária 3 – profética Alimentada pela: Palavra Eucaristia À LUZ DA EVANGÉLICA OPÇÃO PELOS POBRES Evangelizar Partir de Jesus Cristo significa que Temos uma origem e um referencial Esse é o nosso principio inspirador Uma pequena ou grande decisão depende de um bom “ponto de partida” “PARTIR DE JESUS CRISTO”, identifica a Igreja no Brasil como preocupada em viver de tal forma o Evangelho de Jesus que se sente naturalmente missionária, como que repetindo as palavras de Paulo: Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16). Entre o ser e o agir da Igreja há uma relação de identidade; ela existe enquanto evangeliza, “ela existe para evangelizar” (DGAE 12) O mandato de Jesus é claro: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo!” (Mc 16,15). Assim Jesus faz com que a sua Igreja seja indispensavelmente missionária, com o dever de transmitir a mensagem recebida, sendo que o efeito que ela realizou em nós deve acontecer também nos outros a partir de nós. Isso significa que a Igreja deve suscitar em todos uma forte consciência missionária que os leve ao encontro do outro para partilhar o dom do encontro com Cristo, através do anúncio de Jesus Cristo para superar a crise de valores e de referências que são consequências do afastamento das pessoas de Jesus Cristo. É importante deixar claro que o testemunho é a base do anúncio e que todos devem assumir sua responsabilidade pessoal MISSÃO Evangelização Mc 16,15 pescar Pastoral Mt 28,19 pastorear ide e proclamai o evangelho ide e fazei discípulos Em nosso trabalho devemos cuidar destas duas realidades. Embora sendo complementares e parte de um mesmo conjunto de ações que chamamos de evangelização, existem ações distintas para cada um desses momentos ou etapa do processo evangelizador. (EN 17) Evangelização Evangelizar é anunciar “o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré Filho de Deus” (EN 22) Evangelizar é, dar testemunho, de maneira simples e direta, de Deus revelado por Jesus Cristo, no Espírito Santo. Dar testemunho de que no seu filho ele amou o mundo; de que no seu Verbo Encarnado ele deu o ser a todas as coisas e chamou os homens para a vida eterna. (cf. EN 26). Evangelizar significa levar a pessoa a ter o mesmo comportamento de Jesus, assumir como próprios os valores do Evangelho configurar plenamente sua pessoa a Jesus Cristo como graça recebida no sacramento do batismo. Esta é a missão permanente da Igreja, (cf. EN 14), que existe em função da evangelização, devendo incidir sobre a realidade para transforma-la (cf. EN 19) A Evangelização, cf. EN 27, deve conter como centro e ápice do seu dinamismo: uma proclamação clara que, em Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado a salvação é oferecida a todos os homens, como dom da graça e da misericórdia do mesmo Deus. Salvação que ultrapassa todos “os limites temporais” para vir a ter a sua plena realização na comunhão com Deus: salvação transcendente e escatológica, que já tem o seu começo nesta vida, mas que terá realização completa na eternidade. A Evangelização, cf. EN 28, também deve conter, a pregação da esperança nas promessas feitas por Deus na Nova Aliança em Jesus Cristo: pregação do amor de Deus para conosco e de nosso amor a Deus; pregação do amor fraterno para todos os homens, capacidade de doação e de perdão, de renúncia e de ajuda aos irmãos, que promana do amor de Deus que é o núcleo do Evangelho; pregação do mistério do mal e da busca ativa do bem; pregação, igualmente, e esta sempre urgente, da busca do próprio Deus, através da oração, principalmente de adoração e de ação de graças, assim como através da comunhão com o sinal visível do encontro com Deus que é Igreja de Jesus Cristo. Efetivamente a evangelização consiste em implantar a Igreja. “Evangelização comporta também uma mensagem social explícita, adaptada às diversas situações e continuamente atualizada: sobre os direitos e deveres de toda a pessoa humana e sobre a vida familiar, sobre a vida em comum na sociedade; sobre a vida internacional, sobre a paz, a justiça e o desenvolvimento; sobre a libertação de uma maneira vigorosa.” (EN 29). João Paulo II em discurso na II Assembléia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina, (cf. SD 22), convoca a Igreja da América Latina e do Caribe a se comprometer numa Nova Evangelização e “traçar para os próximos anos uma nova estratégia evangelizadora, um plano global de evangelização”. Sob o ponto de vista da evangelização, podemos distinguir três situações: (cf. RM 33) Realidade onde Cristo e o seu Evangelho não são conhecidos: povos, grupos humanos, contextos sócioculturais. Esta é propriamente a missão ad gentes Atividade missionária da Igreja. - (AG 6). Comunidades cristãs que possuem sólidas e adequadas estruturas eclesiais, são fermento de fé e de vida, irradiando o testemunho do Evangelho. Nelas se desenvolve a atividade ou cuidado pastoral da Igreja. Situação intermediária, onde grupos inteiros de batizados perderam o sentido vivo da fé, não se reconhecendo já como membros da Igreja e conduzindo uma vida distante de Cristo e de seu Evangelho. Neste caso, torna-se necessária uma “nova evangelização”, ou “re-evangelização”. Nova Evangelização para significa: (cf. SD 24) Aprofundar Complementar Corrigir as deficiências anteriores Nova Evangelização: (cf. SD 24) • é, antes de tudo, um chamado à conversão João Paulo II, discurso inaugural, 1) (cf. e à esperança que se apoia nas promessas de Deus e que tem como certeza a Ressureição de Cristo, primeiro anúncio e raiz de toda a evangelização, fundamento de toda promoção humana, princípio de toda a autêntica cultura cristã João Paulo II, discurso inaugural, 25); (cf. •é também um novo âmbito vital, um novo pentecostes (cf. João Paulo II, discurso inaugural, 30-31); • é o conjunto de meios, ações e atitudes aptos para pôr o Evangelho em diálogo ativo com a modernidade e o pós-moderno; • é o esforço por inculturar o Evangelho na situação atual das culturas de nosso continente. Sujeito da Nova Evangelização (cf. SD 25) Toda a comunidade eclesial segundo a sua própria natureza: • os Bispos em comunhão com o Papa; • os Presbíteros; • os Diáconos; • os Religiosos e Religiosas e; • todos os homens e mulheres que constituem o povo de Deus. Finalidade da Nova Evangelização (cf. SD 26) Formar pessoas e comunidades maduras na fé para dar respostas à nova situação em que vive: Destinatário da Nova Evangelização (cf. SD 26) Grupos Populações Classe Média Ambientes de Vida e de Trabalho Marcados pela ciência, pela técnica e pelos meios de comunicação social Tarefa da Nova Evangelização (cf. SD 26) Suscitar a adesão pessoal a Jesus Cristo e à Igreja de tantos homens e mulheres batizados que vivem o cristianismo sem energia, “tendo perdido o sentido vivo da fé, inclusive já não se reconhecendo como membros da Igreja e levando uma existência distanciada de Cristo e de seu Evangelho” (RM, 33) Conteúdo da Nova Evangelização (cf. SD 27) Jesus Cristo, Evangelho do Pai, que anunciou com gestos e palavras que Deus é misirecordioso para com todas as suas criaturas, que ama o homem com amor sem limites e quis entrar na sua história por meio de Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, para libertar-nos do pecado e de todas as suas consequências e para fazer-nos participantes de sua vida divina A força renovadora da Evangelização está (cf. SD 27): • na fidelidade à palavra de Deus acolhida na comunidade eclesial; • no Espírito Santo, que cria a comunidade e, na diversidade, alimenta a riqueza carismática e ministerial; • e no projetar para o mundo mediante o compromisso missionário. Como deve ser a nova Evangelização (cf. SD 28-29) Nova em seu ardor Nova em seus métodos Nova em sua expressão Jesus Cristo nos chama a renovar nosso ardor apostólico. Para isso envia o seu Espírito, que inflama hoje o coração da Igreja. Assim o melhor evangelizador é o santo, o homem das bem-aventuranças (cf. RM 90-91). Uma evangelização nova em seu ardor supõe: (cf. SD 29) •fé sólida; • caridade pastoral intensa; • forte fidelidade sob a ação do Espírito; • mística; • entusiasmo incontido na tarefa de anunciar o Evangelho; • capacidade de despertar a credibilidade para acolher a Boa Nova da Salvação. Uma Evagelização Nova em seus métodos exige: (cf. SD 29) • novos caminhos; • confiança no anúncio salvador de Jesus (querigma); • confiança na atividade do Espírito Santo; • imaginação e criatividade; • utilizar os meios que a técnica e a ciência nos proporcionam; • utilizar meios que façam o Evangelho chegar ao centro da pessoa e da sociedade. Uma Evagelização Nova em sua expressão exige: (cf. SD 30) • Inculturar-se mais no modo de ser e de viver em nossas culturas; • Levar em conta as particularidades das diversas culturas; • Falar segundo a mentalidade e cultura dos ouvintes; • Conversão pastoral da Igreja na consciência e na práxis pessoal e comunitária, nas relações de igualdade e de autoridade; • Presença com mais clareza, enquanto sinal eficaz, sacramento de salvação universal. ELEMENTOS E PASSOS ESSENCIAIS DA EVANGELIZAÇÃO 1° – TESTEMUNHO DE VIDA. “Evangelizar é, em primeiro lugar, dar testemunho de maneira simples e direta, de Deus revelado por Jesus Cristo.” (EN 26) Os cristãos pelo testemunho irradiam a sua fé em valores que estão para além dos valores. Por força deste testemunho os cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem, perguntas: • Por que é que eles são assim? • Por que é que eles vivem daquela maneira? • O que é, ou quem é, que os inspira? • Por que é que eles estão conosco? Nisso há já um gesto inicial de evangelização. (cf EN,21) “O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas, do que os mestres.” (EN 41) 2° – ANÚNCIO EXPLÍCITO. Aproveitar toda ocasião e oportunidade. “Dando razão de sua esperança” (1Pd 3,15). Comunicar a outros a experiência pessoal do encontro vivo com Cristo, sua salvação e a Vida Nova. “A Boa Nova proclamada pelo testemunho da vida deverá, mais tarde ou mais cedo, ser proclamada pela palavra da vida. Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados”.(EN, 22) 3° – SAÍDA MISSIONÁRIA. A Igreja, pastores e fiéis, sem descuidar da atenção aos mais próximos, (cf. SD, 131) deve: • Sair organizadamente ao encontro dos que estão afastados, visitando casa por casa. • Promover um novo impulso missionário em direção a esses fiéis, indo-lhes ao encontro. • Pregar-lhes o querigma de uma forma viva alegre. • Organizar campanhas missionárias / Destacar as visitas domiciliares e as missões populares. • Motivar e animar as comunidades e movimentos eclesiais para que redobrem seu serviço evangelizador. •Comunicar de forma sintética e compacta, convidando as pessoas a uma resposta global de conversão e aceitação de Jesus como Salvador. 4° – ADESÃO VITAL NUMA COMUNIDADE ECLESIAL. O anúncio, de fato, adquire toda sua dimensão quando faz brotar naquele que o recebeu, uma adesão do coração às verdades reveladas, ao programa de vida, na palavra e ao reino anunciado por Jesus. (cf. EN 23) “O dinamismo da evangelização, àquele que acolhe o Evangelho como palavra que salva, normalmente, o traduz nestas atitudes: • adesão à Igreja, • aceitação dos sacramentos que manifestam e sustentam essa adesão, pela graça que eles conferem.” (EN 23) ELEMENTOS DA PASTORAL 5° – COMUNIDADES. Sobre comunidades o documento CL 34 diz: “Esta nova evangelização, dirigida não apenas aos indivíduos, mas inteiras faixas de população, nas suas diversas situações, ambientes e culturas, tem por fim formar comunidades eclesiais maduras, onde a fé desabroche e realize todo o seu significado originário de adesão à pessoa de Cristo e ao seu Evangelho, de encontro e de comunhão sacramental com ele, de existência vivida na caridade e no serviço”. É importante, também, que as pessoas não se fechem no grupo, recusando a solidariedade e a comunhão que devem à Igreja como instituição, representada pela paróquia e pela diocese cf. Doc. 71, n. 140. Modelo de Comunidade cf. RM 51 “De fato, cada comunidade, para ser cristã, deve fundar-se e viver em Cristo, na escuta da Palavra de Deus, na oração onde a Eucaristia ocupa um lugar central, na comunhão expressa pela unidade de coração e de alma, e pela partilha conforme as necessidades dos vários membros (cf. At 2,42-47). 6° - CATEQUESE. Catequese entendida como um processo de amadurecimento na fé e não apenas como curso de preparação para receber sacramentos. A catequese faz parte do conjunto da evangelização, mas não se confunde nem ignora o primeiro anúncio (querigma), como deixa claro o Papa João Paulo II: “Antes de mais nada convém recordar que entre a catequese e a evangelização não existe separação nem oposição, como também não há identificação pura e simples, mas existem sim relações íntimas de integração e de complementaridade recíproca” (CT 18). A catequese deve ser vista como um processo permanente de educação na fé: “Desde a primeira infância até o limiar da maturidade, a catequese torna-se, pois, uma escola permanente da fé e segue as grandes linhas da vida, à maneira de um farol que ilumina o caminho da criança, do adolescente e do jovem” (CT 39). 7° - SACRAMENTOS, vida litúrgica e oracional, como centro, fonte e cume de toda vida cristã e eclesial. Piedade popular evangelizada, purificada e integrada numa séria vida cristã e engajamento eclesial. O elemento central são os sacramentos, especialmente a Eucaristia. Em Atos 2,42, além de comunidade e doutrina, assinala-se como elemento de perseverança as orações e a Fração do Pão. Se a Eucaristia é o centro da vida cristã ela não é o início, como ensina o Papa João Paulo II no doc. EE 35. 8° - AÇÃO SOCIAL, não apenas assistencial, mas promocional e estrutural. Promoção humana integral para um mundo novo, para mudança de estruturas e sistemas. “Não havia necessitados entre eles” (At 4,34). “A evangelização não seria completa se não tomasse em consideração a interpelação recíproca que se fazem, constantemente o Evangelho e a vida concreta, pessoal e social, dos homens. É por isso que a evangelização comporta uma mensagem explicita, adaptada às diversas situações e continuamente atualizada: sobre os direitos e deveres de toda a pessoa humana e sobre a vida familiar, sobre a vida em comum na sociedade; sobre a vida internacional, a paz, a justiça e o desenvolvimento; uma mensagem sobremaneira vigorosa nos nossos dias, ainda, sobre a libertação” EN 29. O Papa afirma na NMI n° 50 que a evangelização é a primeira caridade: “Por isso, devemos procurar que os pobres se sintam, em cada comunidade cristã, como ‘em sua casa’. Não seria este estilo a maior e mais eficaz apresentação da boa nova do Reino? Sem esta forma de evangelização, realizada por meio da caridade e do testemunho da pobreza cristã, o anúncio do Evangelho – e este anúncio é a primeira caridade – corre o risco de não ser compreendido ou de afogar-se naquele mar de palavras que a atual sociedade da comunicação diariamente nos apresenta. A caridade das obras garante a força inequívoca à caridade das palavras”. A ação social é parte integral do Plano pastoral, fruto da evangelização e expressão de verdadeiras comunidades cristãs, onde se compartilha tudo e não há nenhum necessitado. 9° - ENVOLVIMENTO APOSTÓLICO. O doc. CL fala da necessidade de todos estarem comprometidos com o apostolado: “Os fiéis leigos devem convencer-se cada vez mais do particular significado que tem o empenho apostólico na sua paróquia. (...) Habituem-se os leigos a trabalhar na paróquia intimamente unidos aos seus sacerdotes, a trazer para a comunidade eclesial os próprios problemas e os do mundo e as questões que dizem respeito à salvação dos homens, para que se examinem e resolvam com o concurso de todos. Habituem-se a prestar auxílio a toda a iniciativa apostólica e missionária da sua comunidade eclesial na medida das próprias forças” CL 27. “Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos”. RM 03 10° - SETORES E PASTORAIS. • Paróquia organizada em Setores geográficos, com Visita Missionárias Permanente. • Pastorais de ações específicas. • CONSELHO MISSIONÁRIO E PASTORAL PAROQUIAL, formado pelos responsáveis de setores e pastorais junto com o pároco. Pároco o cabeça de tudo, efetivamente presente, impulsionando, animando e coordenado tudo, superando uma pastoral de manutenção, uma Paróquia estação de serviços religiosos, transformando-a em Paróquia comunidade evangelizadora, em uma Igreja, comunhão missionária. Processo Pessoal Pároco e Algumas Lideranças da Paróquia 1°- Retiro de Evagelização Capacitação para Pastoreio / Coordenadores de Comunidade Processo Paroquial 2°- Retiro de Evagelização Formação de Proclamadores Perseverar em Comunidade Formação de Missionários Visitadores / Casa de Oração e Acolhida (Visita Missionária / Pastoral / Dízimo) (Estudo/ Catequese) Perseverar em Comunidade (Estudo/ Catequese) 3°- Retiro de Evagelização Compromisso Apostólico Perseverar em Comunidade (Estudo/ Catequese) Compromisso Apostólico (Visita Missionária / Pastoral / Dízimo) Compromisso Apostólico (Visita Missionária / Pastoral / Dízimo) 4°- Missão Evangelizadora Retiro de Evangelização Perseverar em Compromisso Apostólico Comunidade (Visita Missionária / Pastoral / Dízimo) (Estudo/ Catequese) •Capacitação para Missionários Visitadores •Capacitação para Proclamadores e Pastoreio •Capacitação para Coordenadores de Comunidade •Capacitação para Casa de Oração e Acolhida 5°- Paróquia em Permanente Missão Casa de Oração e Acolhida Retiro de Evangelização •Capacitação para Catequistas •Capacitação para Ministérios Leigos Perseverar em Compromisso Comunidade Apostólico (Estudo/ Catequese) (Visita Missionária / Pastoral / Dízimo) •Capacitação para Ação Social •Capacitação para a Pastoral da Juventude •Capacitação para a Pastoral Familiar •Capacitação para Pastoral da Sobriedade A partir deste momento se estabelece um ciclo permanente com gente nova para o Processo Missionário Evangelizador • Reconhecendo nossa identidade missionária, esta primeira urgência deverá “suscitar em cada batizado em cada forma de organização eclesial, uma forte consciência missionária, [ ... ]. A atual consciência missionária interpela o discípulo missionário a sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom com o encontro com Cristo” (DGAE 31; DAp 548) Objetivos específicos • Favorecer a cada pessoa o encontro com Jesus Cristo para ser discípula missionária a serviço do Reino; • Despertar as comunidades para o anúncio de Jesus Cristo e o Reino de Deus, num estado permanente de missão, expressando a conversão pastoral. • Fortalecer o testemunho do Evangelho, em atitudes de serviço e diálogo, para a construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária. Pistas de ação: • Conscientização missionária das lideranças, de modo que a “própria comunidade cristã, sinta-se ela mesma anúncio. • Levantamento da realidade da comunidade para descobrir os destinatários da evangelização. • Missão popular para evangelizar a realidade identificada. • Organizar conselho missionários paroquial como um lugar, onde se discutam, organizem e desenvolvam atividades missionárias. Pistas de ação: • Incentivar organizar trabalhos missionários, tais como a infância adolescência e juventude missionária, envolvendo os na caminhada eclesial • Educar os membros da paróquia para se tornarem comunidade Cristã abertas e não fechadas em torno de si mesmas, sem relacionamento com a sociedade. • Educar para o diálogo religioso e inter-religioso • Dar atenção as comunidade mais distantes da sede paroquial. • Motivar as pastorais sociais para ação missionária, saindo do caráter meramente assistencialista.