marina camargo
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URBE #1 CARTOGRAFIAS URBANAS
um tempo relativo, que relata a História,
Entre a consciência da História e
mas que ali se materializa em sobrepo-
da irracionalidade da memória, as cida-
truções que voltam a ser novamente
sados – mas para serem vividos agora.
sições, camadas, construções e recons-
ruínas. É como lembrar do que nunca
vivemos, compartilhar uma lembran-
des são relatos coletivos de tempos pas-
Sehnsucht *
ça que não nos pertence, mas que se
ou sobre o esquecimento
a percepção de tempo e espaço, me-
res abrem reflexões possíveis sobre os
apresenta toda de uma vez, assaltando
mória e História.
As cidades guardam suas his-
tórias impregnadas em suas ruas e
construções, algo que compartilhamos
quando estamos nos lugares (de modo
consciente ou não). Estando ali, presente no lugar, as memórias passam a ser
nossas. A experiência ultrapassa os lugares e se desloca pelo tempo.
Se a lembrança e a presença nos lugalugares e as coisas, há simetricamente
a necessidade de esquecimento nos lu-
gares em que vivemos. Pensando nessa
relação de memória histórica que as-
sume parte de uma memória coletiva,
mesmo no presente, as imagens da re-
gião dos Alpes começaram a fazer parte
da minha imaginação (ou imaginário)
sobre a cidade onde estava vivendo.
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24 um tempo relativo, que relata a História, mas que ali