Assistente Social especialista em Arteterapia: ARTETERAPIA NA EMPRESA - Mas
que negócio é esse?
É Arte e Terapia ao mesmo tempo. Abrindo espaço e se consolidando como terapia
complementar, a Arteterapia tem um vasto campo potencial de trabalho pela frente. Ainda é quase
uma novidade enquanto recurso a contribuir dentro das Instituições como empresas, escolas,
hospitais, clínicas, etc. Voltada ao cuidado e bem-estar das pessoas e aos objetivos dessas
organizações, propõe atividades expressivas e artísticas como: desenho, pintura, dança,
modelagem, teatro, poesia, colagem, entre outras, planejadas e direcionadas ao indivíduo, ao grupo
do qual ele faz parte e aos diferentes grupos entre si.
Considerando que somos criaturas compostas de vários aspectos - físico, mental,
emocional, espiritual, e se negligenciarmos a atenção a algum deles, sem nos darmos conta do
quanto são interligados, podemos provocar consequências presentes ou futuras, tais como tensões,
insatisfações, enfermidades e stress. Considerando também que as Instituições são formadas por
pessoas que se dedicam a satisfazer as necessidades de outras pessoas, a qualidade dos produtos
e serviços começa no investimento em cuidados e bem-estar oferecidos aos integrantes da própria
organização.
Cada um de nós assume vários papéis, mas sempre incluídos em um todo, cuja composição
não pode prescindir das qualidades individuais de cada um. São essas particularidades que
enriquecem o conjunto, que tem mais conteúdo para a elaboração das estratégias que levarão à
realização do objetivo comum. As diferenças deixam de representar ameaça para se transformarem
em preciosa contribuição. Nesse contexto, o alinhamento entre os objetivos pessoais e
organizacionais passa a ser fundamental em um mercado cada vez mais competitivo, tanto para o
alcance de metas e resultados, quanto na manutenção da imagem corporativa interna e externa,
refletida no orgulho e satisfação das pessoas em fazer parte dela e na fidelização da clientela.
A Arteterapia estimula o processo de conscientização do potencial pessoal e profissional,
através de atividades que levam ao autoconhecimento: qual o diferencial, as capacidades e os
limites a serem superados de cada sujeito. E o exercício da empatia permite aprender e colocar-se
no lugar do outro, reconhecer e assimilar os conhecimentos, identificando como eles podem
melhorar as próprias atividades. Sem deixar de ser crítico e rigoroso com o trabalho, nem firme e
obstinado na realização dos objetivos, o desempenho de diferentes papéis oferece diferentes tipos
de conhecimento e raciocínio, perspectivas e visões de mundo específicas.
Todo problema representa uma situação limitante e, muitas vezes, acrescentamos a ela
nossas próprias limitações, que frequentemente só existem em nossa imaginação. E a criatividade
muitas vezes se manifesta através de uma leitura diferente e inédita da situação. Ela não
compromete as normas e teorias, nem o bom senso e é algo a mais em relação a tudo isso, pois
surge quando todo um resto não está conseguindo resolver o assunto. Na Arteterapia o indivíduo é
convidado a mudar o contexto e fazer as adaptações necessárias, mudando o olhar, observando
tudo sob nova perspectiva.
Nosso repertório de experiências é um recurso importante, mas em determinadas situações
é preciso esquecer o que se sabe para acessar idéias novas. Certos comportamentos e crenças
tendem a se repetir, mesmo que não exista mais nenhum motivo para isso, o que bloqueia/boicota a
criatividade/atualização. Aquietando e esvaziando a mente que sempre tem as respostas prontas,
podemos passar a fazer as perguntas certas, pois o que funcionava ontem, pode não ser a solução
para os problemas de hoje ou talvez não sirva para aproveitar as oportunidades de amanhã.
Todos nascemos com talentos originais em potencial e desenvolvê-los, realizá-los é nosso
maior desafio. E o desafio da Arteterapia dentro das organizações é contribuir para o acolhimento e
Assistente Social especialista em Arteterapia - Silvana M. Ludwig (23-11-2009)
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aproveitamento desses talentos, pois o seu potencial também se desenvolve e se amplia nessa
interação, com e entre os indivíduos que a compõem.
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